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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT A Serviço das Comunidades Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXX - 296 | JULHO DE 2014 Dom José Lanza Neto Há sete anos, bispo de Guaxupé

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A Serviço das Comunidades

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

CORREIOSMITRA

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXX - 296 | JULHO DE 2014

Dom José Lanza NetoHá sete anos, bispo de Guaxupé

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Dom José Lanza Neto

2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Editorial

A Voz do Pastor

ExpedienteDiretor geralDOM JOSÉ LANZA NETOEditor e Jornalista Responsável PE. GILVAIR MESSIAS DA SILVA - MTB: MG 17.550 JPRevisãoMYRTHES BRANDÃOProjeto grá�co e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - www.bananacanelaedesign.-com.br - (35) 3713-6160Tiragem3.950 EXEMPLARES

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃO

IlustraçãoMARCELO A. VENTURA

RedaçãoPraça Santa Rita, 02 - Centro CEP. 37860-000, Nova Resende - MGTelefone(35) 3562.1347E-mail [email protected] Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.Uma Publicação da Diocese de Guaxupéwww.guaxupe.org.br

Estávamos todos ansiosos, à espe-ra da nomeação de nosso novo arce-bispo. Rezávamos para que o Espírito Santo indicasse alguém muito espe-cial, como de fato aconteceu; de longe e de perto, chegou nosso amigo e ir-mão, Dom José Luiz. Queremos cami-nhar juntos!

Conhecemos Dom José Luiz Majella Delgado, CSSR, ainda como subsecre-tário adjunto geral da CNBB, em Brasí-lia, durante o curso para bispos novos, por ocasião de nossa nomeação como bispo auxiliar na Arquidiocese de Londrina, Estado do Paraná. Ficamos

muito impressionados com sua aten-ção, firmeza, prontidão e serviço dian-te daqueles que precisavam de seus préstimos. Dom José sempre nos cha-mou atenção pelo seu jeito simples, alegre, disponível e descontraído de relacionar-se. Seja muito bem-vindo à nossa província eclesiástica, que seu ministério episcopal seja ainda mais fecundo e que o evangelho ensinado torne-se uma página viva no meio de seu povo. Nós o acolhemos com gran-de alegria e expectativa, na esperan-ça de que nossas dioceses, Guaxupé e Campanha, sufragâneas, unam-se e

se fortaleçam ainda mais. Esperamos crescer em todos os sentidos, especial-mente na comunhão e na organização de nossos trabalhos pastorais. Grande ênfase seja dada aos trabalhos organi-zados por província, pois só assim ven-ceremos obstáculos e desafios. Temos nosso seminário de teologia em sua cidade sede. Cremos ser este um gran-de eixo que nos une. Estamos prontos para somar e nos colocamos inteira-mente à sua disposição. Nossas dioce-ses têm muito em comum: povo bom e generoso, a fé, a religiosidade em suas tradições. São pequenas cidades

e comunidades. Grande parte das fa-mílias ainda se encontra na zona rural, no cultivo do café, na criação do gado leiteiro ou na prática da agricultura fa-miliar. Pensamos que não nos faltará nada, pois temos uma boa infraestru-tura. Que o bom Deus não nos deixe faltar o sopro do seu Espírito e, de nos-sa parte, abertura e acolhimento.

Que Maria Santíssima, a estrela da evangelização com o titulo de Senho-ra Aparecida, ampare e proteja nosso ministério episcopal e a caminhada de seu povo.

Mãe Aparecida, rogai por nós!

QUEREMOS CAMINHAR JUNTOS!

“Os Bispos devem ser Pastores (...). Homens capazes de vigiar o rebanho que lhes foi confiado e cuidar de tudo aquilo que o mantém unido: vigiar seu povo, atentos a eventuais perigos que o ameacem, mas sobretudo para fazer crescer a esperança (o Bispo tem que cuidar da

esperança do seu povo): que haja sol e luz nos corações. Homens capazes de sustentar com amor e paciência os passos de Deus em seu rebanho. E o lugar do Bispo para estar com o seu

povo é triplo: ou à frente para indicar o caminho, ou no meio para mantê-lo unido e neutralizar as debandadas, ou atrás, para evitar que alguém se atrase mas também, e fundamentalmente,

porque o próprio rebanho tem o seu faro para encontrar novos caminhos.” Papa Francisco, aos Núncios Apostólicos

Deveras se espere tanto de um bis-po. Homem comum. Homem que vem do povo. E por ter origens tão humanas, Deus o escolhe para cuidar daqueles que tanto conhece.

Figura em desgaste. Gasta-se como uma vela sobre o altar. Está em evidência. Se não se evidenciar, é porque está guar-dado. Vela que se guarda não tem ser-ventia. Se ilumina, gasta-se. Sua missão é animar o Rebanho, não permitir que os discípulos da Barca, a Igreja, adormeçam. É uma sentinela. Um guarda de Israel.

Para a Igreja de hoje, o bispo é aque-le que faz de sua diocese uma grande

Rede de Comunidades. Seu ofício é ligar os pontos que possibilitam encontrar a todos em um mesmo e comum lugar, a Comunidade e o Presbitério. É um ponto de unidade.

Para uma Igreja Missionária, em vias de conversão pastoral, faz-se preciso um pastor muito próximo ao seu rebanho. Que conheça a natureza de cada mem-bro, que também acredite na força con-junta. Um Pastor que sinta o cheiro das chagas sociais e que perceba as necessi-dades pastorais daqueles que lhe foram confiados. Por isso, permanentemente é necessário formar o rebanho, cuidar de

sua sede e fome. O bispo é um incansável formador de Povo de Deus.

Dentro do caminho das Santas Mis-sões Populares, meio às constantes bus-cas alternativas de renovação paroquial, quando a Igreja diocesana se prepara para as celebrações jubilares de seu cen-tenário, importante é reconhecer o pa-pel de seu pastor e rezar por seu ofício. COMUNHÃO de julho apresenta motivos para celebrar o sétimo aniversário de dom José Lanza Neto como bispo de Guaxupé, para uma Igreja Missionária e atenta à re-alidade em que vive.

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3Julho/2014

Com a presença de 5 igrejas, encontro valorizou a Palavra de Deus

Padre Henrique (coordenador de pastoral) e dom José Lanza, com dom Leonardo Ulrich Steiner (ao centro)

Foto: www.guaxupe.org.br

Foto: www.guaxupe.org.br

Nos dias 25, 26 e 27 deste mês, acontecerá em Jacuí o 31º Encontro Diocesano das Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s). Reunirá cerca de 150 participantes e terá como tema: “Co-munidades adultas para uma socie-dade cidadã.” As comunidades cristãs só serão fermento que transforma o mundo, quando elas próprias forem realmente adultas, senhoras de si, sem dependência infantil e sem rebeldia adolescente.

Os participantes serão organiza-dos em cinco “comunidades” (Jerusa-

Bispos e coordenadores diocesanos de pastoral estiveram reunidos, entre os dias 3 a 5 de junho, em Belo Horizonte, para a assembleia do Conselho Episco-pal de Pastoral do Regional Leste 2, que compreende os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo, junto à Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O tema central do evento foi moti-vado pela exortação apostólica do papa Francisco, “Evangelii Gaudium e os desa-fios da Evangelização.” O encontro, reali-zado na Casa de Retiros São José, contou com a participação do bispo da Diocese de Guaxupé, dom José Lanza Neto e do coordenador diocesano de pastoral, pa-dre Henrique Neveston da Silva.

A assessoria e a exposição da temá-tica principal couberam ao bispo auxi-liar da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), dom João Justino de Medeiros Sil-va. Outros temas também foram deba-tidos, como Análise de Conjuntura, com assessoria do padre Geraldo Martins; os Ecos da Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, em 2013 e a Evange-Todos os anos, entre as solenida-

des da Ascensão do Senhor e de Pen-tecostes, a Igreja Católica se dedica à Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (SOUC), promovida pelo Con-selho Pontifício para Unidade dos Cris-tãos (CPUC) e pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI) em todo o mundo. Em 2014, a temática destacada foi um questionamento presente na primeira carta de São Paulo aos Coríntios (1Cor 1, 1 -17): “Acaso Cristo está dividido?”

Com intuito de celebrarem esta se-mana com representantes de outras comunidades eclesiais, os padres atu-antes na cidade de Guaxupé tiveram a iniciativa de promover uma celebração ecumênica, na qual se valorizasse a li-turgia da Palavra. O evento realizou-se dia 5 de junho, no Teatro Municipal, com a presença de pastores e padres, além de fiéis das diversas denomina-ções cristãs para se unirem em oração.

Foi um momento marcante para as

Notícias

Encontro Diocesano de CEB’s serárealizado em Jacuí

Regional Leste 2 realiza Assembleia Episcopal na capital mineira

Celebração ecumênica reúne padres, pastores e fiéis

lém, Antioquia, Tessalônica, Filipos e Corinto) e em 4 ou 5 grupos menores de reflexão. Os grupos e comunidades irão primeiro VER a realidade sob seus diversos aspectos (econômico, social, político e ideológico); em seguida, a Palavra de Deus os levará a JULGAR essa realidade e a decidir como vão AGIR sobre ela.

O lema do encontro será a palavra de Paulo (Rm 1,16): “Não me envergo-nho do Evangelho.”

Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado

lização da Juventude no Regional Leste 2, com assessoria dos padres Evandro Bastos (secretário executivo do Regional Leste 2) e padre Sebastião Correa (asses-sor regional do Setor Juventude).

Diretrizes e renovaçãoNo segundo dia, dom Leonardo Ulri-

ch Steiner, bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, ministrou conferência aos participantes da Assem-bleia sobre “Espiritualidade das Diretri-zes Gerais para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2011-2015.”

Simultaneamente, promoveu-se o Encontro Regional dos coordenadores diocesanos de pastoral do Leste 2. A proposta é o estudo do documento da CNBB, “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia: A conversão pas-toral da paróquia.” A publicação recente se dedica à reflexão sobre a revitalização das paróquias e dos organismos ecle-siais.

Com informações da CNBB eda Arquidiocese de Belo Horizontecomunidades, pois se ressaltou a unida-

de dos cristãos por meio da promoção do amor e da paz, que devem ser disse-minados entre todos, independente do credo, raça, língua, cor e status social.

A grande lição tirada deste encontro ecumênico, de acordo com os líderes das comunidades, é a necessidade das mesmas estarem “unidas pelo amor de Deus, pela confissão de fé comum e pelo compromisso com a missão.” Par-ticiparam da celebração os padres Clai-ton Ramos, Glauco Siqueira dos Santos, Maurício Marques da Silva, Reginaldo da Silva e Weberton dos Reis Magno, além dos pastores Antônio José dos Santos (Igreja Presbiteriana do Brasil), Israel Henrique Daciolo (Igreja Presbi-teriana Independente), Marcos Anto-nio Nascimento (Igreja Batista Nova Filadélfia) e Vicente Luiz da Silva (Igre-ja Assembleia de Deus – Ministério de Santos).

Por padre Claiton Ramos

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4 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Com o tema escolhido pelo papa Francisco, “Comunicação a serviço de uma autêntica cultura do encontro”, o Dia Mundial das Comunicações, celebrado na As-censão do Senhor, 1º de junho, ocorreu em várias paróquias da diocese. Organizado pela Pastoral da Comunicação (PASCOM), o evento teve como objetivo celebrar as iniciativas e o trabalho do comunicador social, tornar conhecida a comunicação católica paroquial e diocesana, orientar famílias quanto ao uso dos recursos midiáticos e divulgar a mensagem papal para o referido dia.

Algumas iniciativas:

Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Alfenas: projetou power point com a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações (incluindo música), minutos antes de todas as celebrações.

Paróquia Sagrado Coração de Jesus de Poços: em todas as missas da paróquia, a PASCOM esteve presente, deixando uma mensagem sobre a importância de cultivar na família, na comunidade e através das redes sociais a cultura do encontro, tema proposto pelo papa Francisco. Também foi distribuído um panfleto refe-rente ao DMC, com os endereços dos meios de comunicação da paróquia SCJ.

Paróquia Nossa Senhora das Dores de Guaxupé: foi celebrada uma missa com a presença dos comunica-dores de toda a cidade e região. Cada ano, um ór-gão de imprensa é home-nageado pela paróquia. Neste, o jornal Folha do Povo.

Paróquia Divino Espírito Santo de Pratápolis: Todas as celebrações eucarís-ticas do final de semana fizeram memória à data. Trechos da Carta “Comu-nicação a serviço de uma

autêntica cultura do encontro”, do Papa Francisco, foram lidos durantes as cele-brações. A PASCOM organizou um cartão com endereços dos perfis da paróquia e da diocese nas redes sociais e distribuiu para a comunidade. Os comunicado-res da paróquia participaram emocionados da celebração das 19h, do domingo, fechando com alegria e entusiasmo a festividade do dia.

Paróquia Santa Rita de Nova Resende: Acolheu em missa festiva os comunica-dores da PASCOM e, através da homilia, destacaram-se trechos da mensagem papal para o Dia Mundial das Comunicações.

Flash nas redesTrechos da mensagem do papa Francisco foram compartilhados nas redes sociais, em imagens

e vídeos. Um grande movimento pelos integrantes da PASCOM para tornar conhecido o pedido da Igreja, fazer da comunicação uma cultura do diálogo e do encontro.

Notícias

Dia mundial das comunicações ecoou na diocese

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5Julho/2014

A CNBB publicou recentemente o documento “Comunidade de Comu-nidades: uma nova paróquia – A con-versão pastoral da paróquia”, fruto de um longo caminho de reflexões da Igreja no Brasil, à luz do Documento de Aparecida.

A Diocese de Guaxupé, nos pre-parativos de seu centenário, condu-zida pelas decisões pastorais de sua assembleia de 2009 e fiel ao que o Espírito pede à Igreja, contempla em sua metodologia de renovação ecle-sial, as Santas Missões Populares. Para isso, todo empenho e prepara-ção são necessários.

Em fevereiro, o clero da diocese se encontrou com padre Luís Mosconi com a finalidade de conhecer melhor as propostas e o caminho das Santas Missões. E, no dia 26 de junho, na Cú-ria Diocesana, com o tema Paróquia Missionária, vários padres tiveram a oportunidade de refletir o assunto. Convidado para assessorar o evento, padre José Carlos Pereira, religioso passionista, autor de diversos livros sobre gestão paroquial em vista da atividade missionária, falou com pro-priedade sobre o protagonismo dos leigos na paróquia, enquanto Rede de Comunidades.

Padre José Carlos apresentou que uma paróquia possui necessariamen-te três pilares: Finanças (patrimo-nial), Pessoas (pastoral) e Espiritual (missionária). Estes fundamentos consolidam uma formação integral e não, fragmentada. Contudo, é preci-so dos métodos Teórico (formação), Prático (organização), Espiritual (ora-ção e missão). Sem estes pilares e métodos, bem planejados em uma

Paróquia Missionária é tema de Encontro do Clero

Pastoral de Conjunto, a paróquia corre o sério risco de se perder ante a evangelização. “Se nossas comu-nidades não forem comunidades, a Igreja está condenada ao fracasso.”

O assessor ainda disse que a vita-lidade de uma Paróquia Missionária em Rede de Comunidades consis-te em bons planejamentos, depois de ter concretizado a Setorização paroquial e encarregado a vida da comunidade aos conselhos. “Não é possível uma paróquia missionária se os seus membros não forem mis-sionários.”

Por Pe. Gilvair Messias

Foto: Paróquia N. Senhora AparecidaA co m u n i d a d e p a ro q u i a l

N o s s a S e n h o ra A p a re c i d a d e Pa s s o s re a l i zo u n o d i a 1 8 d e m a i o, o p r i m e i ro e n co nt ro d e n a m o ra d o s co m a p re s e n ç a d e 2 9 c a s a i s .

O s p a r t i c i p a nte s t i ve ra m a o p o r t u n i d a d e d e re f l e t i r s o b re a co nv i vê n c i a n o n a m o ro. A l -g u n s m e m b ro s d a co m u n i d a d e f a l a ra m s o b re o a m o r d e D e u s, s e x u a l i d a d e e te s te m u n h o. Co nto u - s e co m a p re s e n ç a d e u m p s i có l o g o, co m a b o rd a g e m s o b re a “p ato l o gi a d o n a m o ro. ”

Co n c l u i u - s e o e ve nto co m a p a l e s t ra d e Pa d re D i rce u S o a -re s , “ Eu c a r i s t i a e M at r i m ô n i o. ”

Por Rafael Júnior de Lima

Encontro para namorados é promovido em Passos

Evento reuniu 29 casais

Padre José Carlos Pereira falou sobre o protagonismo dos leigos na paróquia

Foto: Pascom

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6 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Reportagem

Na convivência com seminaristas da Diocese de Guaxupé, quando es-tes estudavam teologia com várias dioceses na Arquidiocese de Ribeirão Preto, o então formador, padre José Lanza Neto da Diocese de Jaboticabal, jamais pensaria a possibilidade de um dia ser bispo na vizinha Igreja sulmi-neira.

Paulista de Pirangi, filho de Osval-do Lanza e de dona Palmira Bobato Lanza, cresceu entre agricultores, em ambiente muito semelhante ao que se encontra hoje. Ordenado bispo no

dia 19 de setembro de 2004, como bis-po auxiliar em Londrina (PR), por nome-ação do papa João Paulo II, seus cami-nhos atingiriam, mais tarde, as mesmas origens de seu pai, nascido em terras mineiras de Pequeri, cidade próxima a Juiz de Fora.

No dia 13 de junho de 2007, foi no-meado 9º bispo da Diocese de Guaxu-pé. Sua posse, dia 22 de julho daquele mesmo ano, ocorreu entre esperança e dor. O novo prelado chegava com a missão de, inicialmente, cuidar do luto que ainda era chaga viva no coração de

sua diocese, a perda de dom José Mau-ro Pereira Bastos, tragicamente falecido em 2006.

Em 7 anos, dom José Lanza viveu todas as incumbências de um bispo. Desafios, dores, alegrias e sonhos não faltaram à sua história de pastor. Pre-ocupado com questões pastorais e administrativas, com a formação semi-narística, empreendedor, também se apresenta aprendiz de seu próprio ofí-cio. Quando interrogado sobre o minis-tério episcopal, diz que é “um jeito de alcançar a santidade.”

O número é de perfeição, sétimo aniversário como bispo de Guaxupé. Um tempo para ser celebrado, a ma-turidade da história consola, alegra e alicerça os motivos da celebração. Neste momento do percurso, quando a estabilidade floresce nas pastagens pastoris, o bispo pode afirmar: “A Dio-cese de Guaxupé é a diocese sonhada por qualquer bispo.”

O COMUNHÃO entrevistou dom José Lanza para também render-lhe homenagem por seu episcopado em Guaxupé.

COMUNHÃO: Há sete anos como bispo de Guaxupé e quase 10 anos de ministério episcopal, uma coisa é dizer o que é um bispo e outra, o que é ser bispo, depois deste tempo de experiência. Para o se-nhor, o que é ser bispo?

Dom José Lanza: É difícil descrever a mis-são do bispo. Em primeiro lugar, fiquei me perguntando “por que eu?” Entre tantos padres preparados, por que fui escolhido? Demora um tempo para isso ser assimila-do. O ministério episcopal é bem diferente do ministério sacerdotal. No começo, que-ria logo ter toda experiência para atuar. Depois de uma longa caminhada de dez anos, agora com experiência, posso dizer: ser bispo é ficar vinte quatro horas no ar, isto é, estar sempre à disposição em rela-ção a tudo e a todos. Como diz Dom José Geraldo, ser bispo é “fascinante”, mas é de-safiador e é preciso cultivar a busca cons-tante da fé e de Deus. Maria tem sido meu porto seguro. Ser bispo é, de certa forma, um jeito de buscar a santidade. O caminho da santidade é sempre difícil e espinhoso.

COMUNHÃO: O que é a Diocese de Gua-xupé para o senhor?Dom José Lanza: A Diocese de Guaxupé é a diocese sonhada por qualquer bispo. Tem tudo o que um bispo deseja, procura e como gostaria de atuar. É um povo ge-neroso e de fé, seminários, vocações, sa-

cerdotes, religiosos/as, paróquias e comu-nidades, pastoral organizada, lideranças, região bonita e rica em recursos. Trabalho não falta, somos abençoados pelo clima; a região é próspera.

COMUNHÃO: A seu ver, quem o senhor é para a diocese?Dom José Lanza: Sou o bispo eleito, envia-do para esta diocese. Não a escolhi. Penso e procuro estar ao máximo em sintonia com aquilo que me é solicitado. Gosto de ser o que sou para esta diocese. Entendo que significo o que o Santo Padre, o Papa, pediu: responder a esta realidade dioce-sana. Não estamos por acaso em uma ci-dade, em uma diocese, em um estado, em um país.

COMUNHÃO: Neste tempo, como bispo de Guaxupé, quais foram as maiores difi-culdades?Dom José Lanza: Nestes sete anos, como dificuldade colocaria a questão das gran-des reformas na cúria e no palácio; às vezes, algumas transferências e alguns problemas pontuais em relação a esse ou aquele padre.

COMUNHÃO: E as alegrias? O que mais o realizou como bispo e pessoa humana?Dom José Lanza: A alegria é a satisfação de saber que nossa diocese, de certa for-ma, está organizada. Imagine se não ti-

véssemos reitores para os dois seminários, coordenador de pastoral, ou mesmo uma pastoral organizada, sem a estrutura sino-dal que temos, paróquias e o número de padres numa diocese tão extensa? O que causa alegria e realização é perceber que tudo foi muito bem trabalhado e quantas energias foram gastas! Por tudo, continua valendo a pena!

COMUNHÃO: Cada pessoa tem sua mar-ca. Como bispo, com o que mais o senhor se identifica? O que mais gosta de fazer?Dom José Lanza: Descobri que gosto mais da parte prática, gosto de ver tudo bem organizado, como aprendi quando padre. No entanto, sempre sonhei com uma pas-toral popular, bíblica. Meus colegas padres queriam que eu fosse fazer o curso de Teo-logia Pastoral. Em viagens de passeio com seminaristas e padres, diziam durante o percurso que eu só falava em pastoral.

COMUNHÃO: Do ponto de vista pastoral, o que o senhor já atingiu? O que ainda pretende e espera?Dom José Lanza: Noto que me identi-fiquei muito com a prática pastoral da diocese na sua organização e propostas; sempre pensei assim. A caminhada da diocese é interessante, tem preocupação, objetividade, metas, princípios e a prática pastoral alcança resultados excelentes. Quando me der conta da necessidade de

algo mais, construiremos juntos.

COMUNHÃO: E do ponto de vista admi-nistrativo, com o que se sentiu bem de ter realizado? Há ainda algum sonho neste campo?Dom José Lanza: O que foi feito está de bom tamanho, talvez investir na “Casa do Clero.”

COMUNHÃO: Sobre as Santas Missões Populares, o senhor já as desejava ou sua realização provém apenas do Centenário da Diocese? O que é esperado das SMP?Dom José Lanza: Estamos apostando nas SMP. É o grande sonho da Igreja Latino--Americana e Caribenha. Não estou en-tendendo as SMP como algo a mais, uma onda. A missão é o outro lado da moeda. Só ela devolverá para a Igreja o que ela é e significa. A missão é como o sal, se perder sua força, a Igreja se torna uma estrutura caduca, vazia, não evangeliza e se perde no tempo e no espaço. A missão é um acontecimento do Espírito Santo.

COMUNHÃO: Uma mensagem aos seus diocesanos.Dom José Lanza: Acreditemos em nós mesmos, acreditemos em Deus e naqui-lo que Ele coloca em nosso coração, em

Dom José Lanza Neto - “Ser Bispo é Cultivar a busca constante da fé”

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7Julho/2014

nossa mente e em nossas mãos para que o seu Reino aconteça neste mundo. Uma pessoa desanimada, desacreditada, can-sada de si mesma não vai a lugar algum. A força do cristão é a fé, a oração e a convic-ção de que o que Deus quer realizar neste mundo passa por nós. Olhemos os profe-tas, os mártires, os missionários, os gran-des santos e santas da Igreja que nunca desistiram, tinham em si um “pedaço” de Deus. Deus não desiste nunca! Deus é fiel! Sua aliança em e com Jesus Cristo é nova e eterna. Caminhemos com os olhos fixos em Jesus.

HOMENAGEMAo celebrar os sete anos da posse de

nosso bispo, dom Lanza, nesta Diocese de Guaxupé, venho expressar minha gra-tidão a Deus por sempre nos enviar pas-tores segundo seu coração, para pastorear o Povo Santo de Deus presente na Igreja. Aproveito para elencar algumas das mui-tas virtudes que transpareceram na vida de Dom Lanza, durante estes anos que está à frente desta Igreja local, enquanto Pastor e Pai. Trata-se de um homem de fé, orante; sua simplicidade é visível pelo jeito de ser; é irmão e companheiro; aberto ao diálogo, não impõe suas ideias; sabe aco-lher com alegria; trabalhador e compro-missado com seu povo e missão a ele con-fiados. Nosso bispo possui um coração tão grande, a ponto de ser capaz de aco-

lher a todos. O b r i g a d o , dom Lanza, por partilhar conosco as alegrias e es-peranças, di-ficuldades e sofrimentos, como irmão e amigo. Ain-da como pai, é capaz de escutar, com-p r e e n d e r , ajudar, orien-tar. Que o Senhor que o

chamou e o escolheu para estar conosco, faça-o fiel e, assim, possa sempre “perma-necer no amor”.

Pe. Reginaldo da Silva, cura da Catedral

Em nome de todos integrantes da Pas-toral da Criança da Diocese de Guaxupé, queremos parabenizar Dom José Lanza Neto por todo trabalho realizado. Um bis-po sempre presente, atuante, dedicado e muito atencioso aos sinais e necessidades sentidas em nossa diocese. Dom Lanza é o tipo de pastor que se preocupa com seu rebanho, que coloca a mão na massa. É o primeiro a dar o exemplo inicial em qual-quer atividade proposta pela Igreja, ves-tindo a camisa e se dedicando ao máxi-mo. Olhando para a trajetória destes sete anos, podemos observar o grande avanço de nossa diocese em todos os âmbitos: pastorais, movimentos, administrativos e evangelizador. Dom Lanza, agradecemos a Deus pela sua presença no meio de nós. A Pastoral da Criança de nossa diocese se orgulha de ter um bispo tão presente. Que Deus, por intercessão de Nossa Senhora das Dores, sempre o abençoe e ilumine seus passos! Muito obrigado por tudo e parabéns!

Pedro Netto, coordenador diocesano da Pastoral da Criança

Parabéns, dom Lanza, pelo seu sétimo ano de ministério episcopal na Diocese de Guaxupé. Sentimo-nos muito felizes e agradecemos a Deus por tê-lo como nos-so pastor e guia. Que Deus lhe dê muita saúde, paz e sabedoria para continuar conduzindo seu rebanho! Que o Divino Espírito Santo o fortifique cada vez mais para que seu ministério seja fecundo em nossas paróquias e no coração do seu povo! Com o carinho, respeito e gratidão do ECC e de todas as famílias da Diocese de Guaxupé.

Claudeci Divino de Araújo e Idivane Apareci-da Rezende de Araújo, casal diocesano do ECC

Dom Lanza, “Permanecer no amor” é o seu lema! Nestes sete anos de caminhada, aprendemos a admirá-lo e a tê-lo como exemplo de dedicação, trabalho e amor. Seu cuidado pastoral o torna um grande pastor, incansável no seu cuidado às coi-sas do Pai. Sua missão é árdua, mas cheia

de beleza, luzes, realizações, alegrias e es-peranças. Que o Senhor Deus da vida der-rame sobre o senhor sua bênção! Somos felizes por podermos caminhar ao seu lado e sermos colaboradores desta missão.

Ana Maria Cardoso Moraes, ecônoma da Mitra, em nome dos Funcionários da

Diocese

Dom José Lanza, em nome de todos os seminaristas e estagiários em Ano Pastoral, quero agradecer-lhe pela do-ação de vida nestes sete anos à frente de nossa diocese. Lembro que ao chegar a esta Igreja Par-ticular, o senhor possibilitou aos seminaristas de filosofia o estágio pastoral aos finais de semana, o que oferece aos futuros presbíteros um tempo mais extenso de contato e convívio com o povo a quem deve-rão servir. Recordo igualmente, com gratidão, que o senhor sempre dedi-cou séria reflexão à formação presbi-teral como processo. Nosso agrade-cimento e nossas orações.

Eder Carlos de Oliveira, estagiário em Ano Pastoral na Paróquia Santa Rita de Palmeiral

Há sete anos, chegava em nossa Diocese de Guaxupé, dom José Lan-za. Foi chegando de mansinho... Aos poucos, foi conhecendo e deixando--se ser conhecido. Pastor zeloso e muito preocupado com o bem de seu rebanho e, de modo muito particular, com o seu presbitério. Destaco em nosso pastor sua capacidade de ouvir a todos e tratá-los com muito res-peito. Está sem-

pre junto dos seus presbíteros, tentando nos entender e ajudar-nos na-quilo que precisamos. Obrigado, dom Lanza, por seu ministério e pastoreio. Obrigado por sua ami-zade e por todo empenho em fazer, desta diocese, uma Igreja cada vez mais discípula e missionária de Jesus Cristo.

Pe. Cesar Acorinte, coordenador da Pastoral Presbiteral

Revmo. dom José Lanza, nós da Congregação das Irmãs da Nova Be-tânia nos alegramos pelos sete anos de seu episcopado em nossa diocese. Agradecemos a Deus por esta dádiva em nosso meio, pois o senhor veio e permaneceu com tanta dedicação, ser-vindo e liderando a Diocese de Guaxu-pé. Deus continue abençoando sua vida e seu ministério. Conte sempre com nossas orações, Irmãs da Nova Betânia

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8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Retrato Missionário

No mês de abril, a Paróquia Sagrado Co-ração de Jesus, de Poços de Caldas, realizou uma Assembleia Paroquial com toda a lide-rança para apresentar o projeto missionário das Santas Missões Populares na diocese.

Na oportunidade, o pároco, Graciano Cirina, partilhou com todos os presentes a rica experiência da Formação Permanente do Clero que foi conduzida por Luis Mosco-ni, padre responsável pelas Santas Missões Populares em várias dioceses do Brasil.

Padre Graciano apresentou ainda, à comunidade reunida, a proposta que faz parte das comemorações do Centenário da Diocese, em fevereiro de 2016.

No dia 09 de junho, a Paróquia Divino Espírito Santo de Pratápolis realizou uma reunião de “Despertar para as Missões”. Padre Aloísio e as paroquianas Verinha, Niquinha e Eni

Os missionários da Paróquia São José, de Machado, estiveram no bairro Santo Antônio II, em visita às famílias do local.

Padre Alexandre José Gonçalves, pároco, acompanhou as visitações e

No dia 23 de maio, a Paróquia São Paulo Apóstolo, de Poços de Caldas, deu início às Santas Missões Populares, atra-vés de uma noite de conscientização. O convite foi feito a toda comunidade. Mui-tos fiéis e membros das pastorais atende-ram ao chamado.

Foi uma noite de orações, cantos e de despertar para uma nova realidade. Levou-se ao conhecimento da comuni-dade a importância das Santas Missões Populares, num momento em que a hu-manidade vive tantas crises, contra valo-res, violências, descuido com a natureza e falta de sentido à vida. Os agentes da pa-róquia entendem que é urgente fazer-se alguma coisa para mudar essa realidade. Trata-se, sem dúvida, de uma tomada de consciência.

No dia 1º de junho, a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, de Alfenas, realizou o “Despertar Missionário” para os parti-cipantes da comunidade que estão se engajando nas Santas Missões Popu-lares (SMP). O objetivo foi promover a espiritualidade missionária e trocar ex-periências do início do processo missio-nário nos setores paroquiais.

O encontro aconteceu com a par-ticipação dos voluntários na Celebra-ção Eucarística das sete horas. Houve a exortação do pároco, padre Reinaldo

Paróquia Sagrado Coração, de Poços,promove Assembleia

Paróquia de Pratápolis organiza“Despertar para as Missões”

Paróquia São José de Machado realiza visitas missionárias

Paróquia Aparecida, de Alfenas, inicia oficialmente as Santas Missões

Paróquia São Paulo Apóstolo se envolve nas Santas Missões

Com muito entusiasmo e alegria, os lei-gos de diversos grupos, movimentos e pas-torais da paróquia Sagrado Coração, junto ao padre Graciano, deram esse grande pas-so, unidos à Igreja Particular de Guaxupé. “Sabemos que este é apenas um pequeno passo diante deste grande projeto missio-nário em nossa Diocese, mas com alegria e coragem, vamos em frente. É o Senhor quem nos chama e nos envia. Eis-nos aqui, Senhor”, comentou David Brunório, um dos paroquianos envolvidos.

Por Pascom ParóquiaSagrado Coração de Jesus

abençoou os doentes.A ação faz parte das Santas Missões

Populares, em comemoração ao Cente-nário da diocese.

Por Pascom Paróquia São José

Marques Rezende e o envio dos missio-nários. Logo após o café, iniciaram-se as falas, baseadas nos livros “A vida é mis-são” e “Santas Missões Populares”, am-bos de autoria do padre Luís Mosconi.

Cerca de 30 pessoas participaram do evento e se comprometeram, a par-tir daquela ocasião, em fortalecer os setores paroquiais, convidando outros voluntários para visitas às famílias, pre-paração do método das Santas Missões, além do aprofundamento espiritual.Por Pascom Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Durante o encontro, foram apresenta-das as propostas das SMP, com o objeti-vo de suscitar nos corações das pessoas o desejo de mudança para um mundo melhor, mais justo, mais fraterno, mais solidário. Lançou-se a semente com a esperança de se colher muitos e bons fru-tos. Na ocasião, os presentes se sentiram tocados e sensibilizados com o chamado.

No encerramento, todos foram convi-dados para participar de uma adoração ao Santíssimo Sacramento, na intenção das SMP e a adesão também foi grande. Isso mostra que os paroquianos entende-ram e atenderam ao chamado de Jesus.

No domingo, dia 1 de junho, celebrou--se a Missa de Envio dos missionários.

Com informações daParóquia São Paulo Apóstolo

falaram sobre a importância e a fina-lidade das Santas Missões Populares, realizadas em todo território da dio-cese.

Após entoar o hino do centenário

da diocese, o grupo refletiu sobre a importância de iniciar o trabalho mis-sionário.

Os participantes foram motivados a dar uma “sacudida” na vida, abrir

novos caminhos, viver em processo de conversão e aceitar o envio “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações” (Mt 28,19).

Por Pascom Pratápolis

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9Julho/2014

No domingo, 8 de junho, a Paróquia São Sebastião, em Poços de Caldas, rea-lizou o Encontro de Espiritualidade que reuniu os agentes de pastorais, movimen-tos e ministérios , no dia de Pentecostes. O evento teve início às 14h, no Salão de Festas. O tema da reflexão foi “Santas Mis-sões Populares”, oficialmente iniciadas na Paróquia, naquele dia. Dona Edite Guedes, da equipe de Formação Cristã da Paróquia São Sebastião e Rogério Carrilo, da Paró-quia Sagrado Coração de Jesus proferiram

“A formação do catequista deve ser per-manente. Por isso, ele deve buscar sempre subsídios que o auxiliem a crescer na fé, no conhecimento a respeito da Catequese e de outras áreas” (DDC, 176).

Em certa ocasião, um coordenador de catequese se encontra com seu grupo na reu-nião mensal. A oração inicial é muito bonita, o clima é de acolhida, os recados são bem ouvi-dos e alguns dos presentes até os comentam. Tudo está indo muito bem, até que o coorde-nador dá a notícia: a reunião do próximo mês será de estudo, com determinado tema e é importante a participação de todos os cate-quistas. Pronto, bastou dizer isso para ouvir frases como: “Para que? É só dizer que Jesus nos ama e pronto, as crianças não precisam mais do que isso”; “Eu, que já tenho muito tempo de Catequese não preciso mais de estudar, já sei tudo!” “Os outros catequistas até que precisam mesmo ver isso, mas eu, que já fiz um curso (de dia inteiro!) há dez anos, já não preciso dessas reuniões de estudo.” E por aí vai... Bem, é claro que essa situação só ocor-re distante de nossa realidade ou não? Você já pode ter “ouvido” alguma história assim. Isso nos faz perguntar: por que tantos catequistas, os educadores na fé por excelência, relutam em aprofundar seus estudos? Como é possí-vel ser um evangelizador e, ainda assim, dei-xar-se cair no comodismo do “eu já sei, não preciso saber mais?”

Crer para Conhecer...Conhecer para crer melhor

Evidentemente, um bom catequista não é feito apenas de conhecimento. Aliás, esse sem uma vivência de fé seria infrutífero; seria como um especialista em técnicas de ema-grecimento, obeso. É imprescindível que os catequistas compreendam que o conheci-mento das verdades de fé é uma exigência de primeira ordem. Afinal, como vou falar sobre aquilo que não sei? Como pretendo cativar meu catequizando se não demonstro saber sobre algo que eu espero que ele saiba?

Toda pessoa, ao assumir ser um ministro da Catequese, deve estar consciente de que isso lhe exigirá algumas coisas. Uma delas é a dedicação à sua preparação. A Catequese deve ser levada a sério (o que não significa

Encontro de Espiritualidade ocorre na Paróquia São Sebastião de Poçospalestras sobre o chamado missionário e as Santas Missões Populares.

Para nortear o planejamento das Mis-sões, os agentes foram divididos em gru-pos para traçar o perfil da realidade paro-quial. O lanche comunitário abriu espaço para a confraternização dos participantes.

A Celebração Eucarística das 19h en-cerrou o encontro e também o Cerco de Jericó, iniciado no último dia 2 de junho.

Por Pascom Paróquia São Sebastião

Catequese

O CATEQUISTA E A FORMAÇÃO

ser triste, mas alegre de forma compromis-sada com ela) e isso exige preparo, o que, obviamente, necessita de tempo disponível. A todo candidato a catequista se explica que esse tempo lhe será exigido, que esse preparo é fundamental. Somente aqueles que acei-tam essa condição podem ser admitidos. No entanto, muitos o assumem e depois não se mostram tão comprometidos assim, não pa-rando para pensar que seu descompromisso com seu preparo pode prejudicar a todo o grupo de catequistas, fazendo-o andar em descompasso e servindo de mau exemplo para outros membros da equipe. (Afinal, se um pode não participar das formações, outro também pode fazer o mesmo).

Desafios da FormaçãoO mais difícil e intrigante em alguns gru-

pos de catequistas é ver que nem sempre os novos, mas aqueles com mais tempo dentro da Ministério da Catequese, que deveriam servir de exemplo, justamente alguns deles mais se esgueiram das formações que ocor-rem em seus grupos paroquiais e setoriais. Como se explica isso?

Acredito que as respostam sejam várias, indo de dificuldades pessoais e/ou profissio-nais, até o puro e simples comodismo. Gosta-

ria de ressaltar um ponto que vejo como cru-cial: o Diretório Nacional de Catequese (DNC 254) diz que a formação de catequistas tem como um de seus objetivos “favorecer a cada catequista o seu próprio crescimento e reali-zação, acolhendo a proposta de Deus e sen-tindo-se pertencente a uma comunidade.” Pois aí está: será que nossos catequistas estão conscientes disso? Como esse crescimento próprio está sendo encarado por eles?

Crescer é ser mais, é tornar-se maduro na própria fé, é tornar-se capaz de uma abertura maior ao outro, é ter firmeza naquilo em que se acredita e deixar que sua vida seja guiada por princípios decorrentes dessa crença. As-sim, pode-se chegar realmente a uma rea-lização, um sentir-se bem consigo mesmo, com Deus, com o próximo, com o mundo. Realizar-se é ser feliz, liberto de temores que nos impedem de andar livremente, que nos mantêm escravos de condutas internalizadas por discursos que, normalmente, não condi-zem com a mensagem de amor e de fé que nos foi trazida por Jesus.

Se conheço a Deus superficialmente, mi-nha acolhida à sua proposta também será superficial, sem consequências práticas; se-rei como o sal que perde seu gosto e que só serve para ser jogado fora e ser pisado pelos

homens (Mt 5, 13b). Como pretenderia eu sentir-me realmente pertencente a uma co-munidade, se nela apenas ajo como alguém que passa sua mão por sobre as águas mas sem as tocar, sem ao menos molhar as pontas dos dedos?

Acredito que esta reflexão possa ajudar a despertar a conscientização de nossos minis-tros do ensino das verdades da fé. Logicamen-te, muitos podem apresentar certa resistência ao estudo, mas saber o porquê da necessida-de de se preparar é fundamental para se alte-rar esta atitude. Jamais poderemos achar que não precisamos de formação, que já fizemos um curso e que agora sabemos de toda a Teologia que existe. Precisamos é de uma ati-tude de humildade, admitirmos que precisa-mos saber mais e melhor sobre o amor para mais e melhor amar. Afinal, como dizia Isaac Newton, “o que sabemos é uma gota; o que ignoramos é um oceano.” E olhem que ele era um gênio! Aliás, você já viu alguma pessoa realmente genial dizer que sabe tudo sobre alguma coisa? Pense nisso.

Algumas questõesComo está a preparação inicial para os ca-

tequistas de minha paróquia? Ela existe? Está sendo realizada de uma forma integradora, que lhes dê um suporte de conhecimento, mas também de partilha com o grupo já exis-tente?

E quanto à formação continuada? Há reu-niões específicas de estudo com o grupo de catequistas da paróquia e/ou da cidade? Os catequistas são motivados a participar?

Existem temas mais “espinhosos”, que requerem maior preparo de nossos cate-quistas? Quem está se encarregando desse preparo? Estamos recorrendo a outras pes-soas, com mais experiência nesses assuntos, quando é necessário? Temos contato com a coordenação regional e diocesana?

Em relação às Sagradas Escrituras, esta-mos incentivando nossos catequistas a um contato maior com elas? Que importância damos a elas em nossos estudos pessoal e comunitário, e em nossos encontros de Cate-quese?

Por José Oseas Mota,catequista e professor em Guaxupé

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10 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Atualidade

A IGREJA E O SOCIALTanto hoje como ontem, a Igreja

sempre se preocupou com a questão social, com questões relacionadas à saúde, à habitação, ao trabalho, à educação, enfim, às condições reais da existência, à qualidade de vida. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10).

A Igreja no BrasilO social tem uma dimensão trans-

formadora da ação evangelizadora da Igreja no Brasil, cujo objetivo é con-tribuir à luz da Palavra de Deus e das Diretrizes Gerais da CNBB, para a trans-formação dos corações e das estruturas da sociedade em que vivemos, em vista da construção de uma nova sociedade, o “Reino de Deus”, tão propagado por Jesus Cristo. Portanto, procura desen-volver atividades concretas que viabi-lizem essa transformação em situações específicas, tais como o mundo do tra-balho, a realidade das ruas, o campo da mobilidade humana, os presídios, as situações de marginalização da mulher, dos trabalhadores rurais, dos pesca-dores e assim por diante. Procura ain-da integrar em suas atividades a fé e o compromisso social, a oração e a ação, a religião e a prática do dia a dia, a ética e a política. É preciso superar as dicoto-mias entre “os que só rezam” e “os que só lutam”, “os que louvam e celebram” e “os que fazem política”. Com efeito, a verdadeira fé cristã se desdobra natu-ralmente em compromisso diante dos pobres. Portanto, ação social é condi-ção indispensável da vivência cristã. O compromisso sócio-político não é um apêndice da fé, ao contrário, é inerente às suas exigências. A fé cristã tem, ne-cessariamente, uma dimensão social.

Valem, ainda, as palavras de São João Paulo II, proferidas na carta apos-tólica Novo Millennio Ineunte, as quais se aplicam tão bem ao Brasil: “O nosso mundo começa o novo milênio carre-gado com as contradições de um cres-cimento econômico, cultural e tecnoló-gico que oferece a poucos afortunados grandes possibilidades e deixa milhões e milhões de pessoas não só à margem do progresso, mas a braços com condi-ções de vida muito inferiores ao míni-mo que é devido à dignidade humana.” E o Santo Papa – como todos nós – se pergunta: “Como é possível que ain-da haja, no nosso tempo, quem morra de fome, quem esteja condenado ao analfabetismo, quem viva privado dos cuidados médicos mais elementares, quem não tenha uma casa onde se abrigar?” (NMI, nº 50).

A Pastoral da CriançaNão dá para falar em social na Igreja

do Brasil sem citar a Pastoral da Crian-ça como destaque. Começou em 1983, no interior do Paraná, para responder a

um problema muito concreto: a desnu-trição das crianças pobres. Então, com criatividade, ousadia e recursos sim-ples, desenvolveu-se uma metodolo-gia eficaz, que se tornou até referência internacional e foi copiada por outros países.

A prática da Pastoral da Criança par-te da ideia de que a solução dos pro-blemas sociais necessita da solidarie-dade humana, organizada e animada em rede, com objetivos definidos cujo principal agente de transformação são as lideranças das comunidades pobres e miseráveis.

A experiência demonstra que a so-lução dos problemas sociais depende da transformação do tecido social e de políticas públicas voltadas para os mais necessitados. É uma tarefa que deve ser compartilhada entre governo, em-presários e sociedade civil. Por isso, as parcerias entre eles são de fundamen-tal importância na busca da realização de um trabalho eficaz que realmente chegue às famílias e comunidades, en-volvendo-as no protagonismo de sua própria transformação social. Fazendo a união entre a fé e o compromisso so-cial, a Pastoral da Criança organiza as comunidades em torno de um traba-lho de promoção humana no combate à mortalidade infantil, à desnutrição e à marginalidade social. Ela atua eficaz-mente na educação para uma cultura de paz e na melhoria da qualidade de vida das famílias acompanhadas.

Surgimento das Pastorais SociaisAs pastorais sociais surgiram no Bra-

sil, na década de 70, por motivos mui-to claros. Na época, eram insuficientes os instrumentos de trabalho social na Igreja Católica para dar conta dos no-vos problemas que atingiam os amplos setores da sociedade brasileira.

O Concílio Vaticano II e a Conferên-cia Episcopal Latino- Americana dos Bispos em Medellín marcaram uma profunda mudança da Igreja, a partir de uma opção em favor dos pobres, dos Direitos Humanos e da Justiça.

As Comunidades Eclesiais de Base (CEB’s), surgidas sob inspiração do Con-cílio e do Encontro dos nossos Bispos em Medellín, foram o berço de onde nasceram muitas lideranças das pasto-rais e movimentos sociais. Daí, muitos leigos e leigas, religiosos e religiosas, presbíteros e bispos assumiram um posicionamento profético que colo-cou em prática estas opções pastorais, impulsionando e apoiando a Pastoral Social. Alguns pagaram com a própria vida essa busca de fidelidade a Jesus, visando a uma “vida plena” para todos.

As Pastorais Sociais são onze: da ter-ra, operária, da criança, do menor, da saúde, carcerária, do povo da rua, dos pescadores, dos migrantes, da mulher marginalizada e dos nômades. Além delas, o Setor responde também por três organismos: Cáritas Brasileira, Ibra-des e Ceris.

Fundamentos para a ação socialEm Mt 9, 35-38,diz-se que Jesus

percorria todas as cidades e aldeias. No caminho, encontrava “as multidões cansadas e abatidas, como ovelhas sem

pastor.” Diante delas, ele sentia com-paixão. Eis o espírito de toda a ação social da Igreja, apontado na cartilha da CNBB: “O que é Pastoral Social”. Ela manifesta que hoje, como no tempo de Jesus, as multidões dos pobres encon-tram-se “cansadas e abatidas.” Cansadas de tantas promessas não cumpridas, de tanta corrupção e de tanto lutar em vão: abatidas pelo peso da exclusão e da miséria, da fome e da doença, do abandono e do descaso. Hoje, como ontem, a injustiça e a desigualdade so-cial geram milhares de empobrecidos que se tornam excluídos, quando não, exterminados. Geram, ainda, desem-prego, violência, dependência química, prostituição, racismo e destruição do meio ambiente. Essa situação atinge todo o planeta, contudo, de forma mais brutal, os países subdesenvolvidos.

Nesse contexto social, o que signifi-ca a compaixão? Uma palavra compos-ta de outras duas: “com-paixão”. Estar “com” na paixão do outro, na cruz do seu sofrimento. Sentir a dor do outro e, juntos, buscar soluções alternativas. Estar “com” não significa dar coisas, mas dar-se. Dar o próprio tempo, colocar-se à disposição. Em síntese, significa cami-nhar junto com aquele que sofre. Assu-mir sua dor e tentar encontrar saídas para superar os momentos difíceis.

Indagou-se a uma mulher a qual dos filhos ela mais amava. Ela, como mãe, respondeu: ao mais triste até que sorria, ao mais doente até que sare, ao mais distante até que volte, ao menor até que cresça. Combinando a narra-ção do evangelho com este caso, po-

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11Julho/2014

demos dizer que Deus tem nome de Pai e coração de Mãe. O amor de Deus se estende a todos seus filhos e filhas. Todos e todas têm lugar em seu cora-ção misericordioso e compassivo. Mas esse mesmo coração tem uma predile-ção especial pelos que sofrem. Aqueles que, por circunstâncias várias, encon-tram-se debilitados e abandonados, terão um lugar especial no coração do pai e da mãe. Assim, as multidões “can-sadas e abatidas” do Evangelho, como também a “ovelha perdida”, terão pre-ferência no Reino de Deus. “Os últimos serão os primeiros” diz Jesus. Onde a vida encontra-se mais ameaçada, é aí que a presença de Deus adquire signi-ficação mais profunda. Esta deve ser a razão primeira da ação social na Igreja.

Finalidade das Pastorais Sociais

As Pastorais Sociais têm como finali-dade concretizar em ações sociais e es-pecíficas a solicitude da Igreja diante de situações reais de marginalização, para testemunhar o amor de Deus e colabo-rar na melhoria das condições de vida da população. Elas estão presentes em dioceses, paróquias e comunidades. Conforme o texto da CNBB, a dimensão sócio-transformadora da ação da Igreja é constituída de quatro aspectos com-plementares e indissociáveis: sensibi-lidade para com os fracos e indefesos; solidariedade frente a determinadas emergências; profetismo no combate à injustiça e espiritualidade libertadora. Eles também são os traços comuns das Pastorais Sociais.

A sensibilidade traduz-se em um co-ração aberto a todo tipo de sofrimento, seja a cruz individual de cada pessoa humana, seja a cruz coletiva de grupos, setores e categorias inteiras submeti-das à exclusão social. Trata-se de um coração que se contrai e se distende diante das alegrias e tristezas que o circundam. Assim, o toque amigo, uma palavra, uma visita ou um olhar tradu-

zem esta sensibilidade. Entretanto, não basta ser sensível. É preciso descruzar os braços, arregaçar as mangas e passar à ação, como fez o bom samaritano.

Nesse sentido, entra a solidariedade que se concretiza na mão estendida às situações de emergência, de carência, de extrema pobreza e de fome. Um gesto, um mutirão ou uma campanha constituem expressões vivas da solida-riedade. A solidariedade se expressa, também, no apoio às lutas e movimen-tos sociais por melhores condições de vida e trabalho. Todavia, ainda não bas-tam somente a sensibilidade e a solida-riedade! É preciso analisar as causas da pobreza e das desigualdades sociais. E trabalhar pela conscientização e orga-nização em vista da construção de uma sociedade humana, solidária e ecologi-camente sustentável. Assim, a denún-cia e o anúncio também fazem parte deste aspecto da ação social da Igreja.

O profetismo necessário: Em certa casa, toda vez que chovia, a família se mobilizava para colocar bacias e pane-las embaixo das goteiras. Então, uma vizinha alertou: “Não adianta vocês fa-zerem isso. É preciso ajustar as telhas e trocar a madeira, que está podre!” Assim é o profetismo, postura crítica diante de um sistema sócio-político-e-conômico que produz saber e riqueza, mas que também exclui grande parte da população.

Não poderia faltar, por fim, a espi-ritualidade libertadora que é fonte e sustento da caminhada. Por meio dessa mística, os agentes das ações sociais se deixam interpelar, simultaneamente, pelo clamor concreto dos empobreci-dos e pelo chamado de Deus que, em seu íntimo, convida a uma ação liber-tadora, para participar na construção de um mundo novo. Quem lida na área social está submetido constantemente a muitas tensões. Surpreende-se, como Jesus, ao perceber que o Pai esconde certas coisas aos sábios e entendidos e as revela aos pequeninos (Lc 10,21). Por outro lado, provoca enormes de-cepções, ao se confrontar com o pe-cado e a miséria humana, presentes de forma própria nos pobres e excluí-dos. Enfrenta ainda incompreensão na própria família e na Igreja. Não é fácil. Somente uma espiritualidade constan-temente alimentada pela Palavra de Deus e a oração sustentam os que atu-am no campo social. Eles precisam da

espiritualidade para manter a alegria, a esperança, certa serenidade e a paz de espírito. A espiritualidade integra e torna mais fecundos a sensibilidade, a solidariedade e o profetismo.

Quem faz Pastoral Social?As Pastorais Sociais são constituí-

das por agentes de pastoral que atuam fora do ambiente religioso da Igreja. Diferentemente da ação paroquial, que muitas vezes está voltada somente para os fiéis que já participam da co-munidade eclesial, as Pastorais Sociais se relacionam com pessoas e grupos das mais diversas concepções religio-sas, políticas e ideológicas. Essa presen-ça para além dos limites da paróquia não faz dela uma pastoral menos cristã (talvez esteja aí o grande problema da falta de engajamento neste campo), mas sim, constituem o específico de sua atuação.

Muitas vezes, as Pastorais Sociais são acusadas de estarem promoven-do uma politização inadequada da fé cristã e acirrarem os conflitos sociais. É verdade que nem sempre se conse-gue o equilíbrio entre a prudência e a coragem, a prática social transforma-dora e a mística. E nem todos os agentes de pasto-ral social demons-tram igual matu-ridade humana e espiritual. Mas estes limites con-cretos não devem servir para desau-torizar ou subesti-mar a importância destas pastorais para a sociedade e a missão evange-lizadora da Igreja. Todo grupo huma-no tem dificulda-des para realizar seu ideal. A pro-posta das Pastorais Sociais está funda-da no Evangelho e no desejo explícito do magistério da Igreja. Basta recor-dar a encíclica do papa emérito Ben-to XVI, “Caritas in

veritate”.Porque tocam em questões sociais

complexas, mexendo em interesses econômicos, sociais e políticos, é com-preensível que as Pastorais Sociais se-jam “causa de contradição” e não en-contrem aprovação unânime. Todavia, não se pode deixar de dizer que, ainda assim, elas estimulam a Igreja a viver a unidade na diversidade, a exercitar a to-lerância e o espírito fraterno, para além de diferentes visões sobre a sociedade.

As paróquias e movimentos, enfim todos devem estimular as lideranças cristãs a tomarem parte nas ações so-ciais. Trata-se de uma vocação, de um legítimo ministério, de um serviço ao mundo. É uma forma concreta de se espalhar a luz do evangelho na socie-dade, pela prática da caridade ativa, lúcida e imbuída de consciência social. Assim, de formas distintas, no trabalho paroquial e na ação social transfor-madora, realiza-se o pedido de Jesus: “Brilhe assim a luz de vocês no mun-do, para que as pessoas, vendo as suas boas obras, glorifiquem o Pai” (Mt 5,16). Portanto, não esperemos por uma grande estrutura nem num número ex-pressivo de pessoas disponíveis, muito menos dons administrativos e abasta-dos recursos financeiros. Podemos e devemos recomeçar já com aquilo que temos em nossas mãos.

Por Edon Fonseca Borges, catequista na paróquia São Francisco de Paula, Monte

Santo de Minas

As Pastorais Sociais têm como finalidade concretizar em ações sociais e específicas a solicitude da Igreja diante de situações reais

de marginalização,“

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12 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Comunicações

Agenda Pastoral de Julho

Comemorações de Julho

3 Diocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em Guaxupé9 Setor Passos: Reunião dos Presbíteros na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Passos10 Setor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros na Paróquia Santa Rita, em Nova Resende11 Setor Poços: Reunião dos Presbíteros na Paróquia Nossa Senhora da Esperança, em Poços14 Setores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros na Paróquia São José e Dores, em Alfenas16-20 Encontro Regional de Coordenadores Diocesanos de Catequese em Belo Horizonte17-20 Cursilho Masculino em São Sebastião do Paraíso

Natalício03 Pe. Edimar Mendes Xavier09 Pe. Francisco dos Santos11 Frei Adilson Gonçalves11 Pe. Antonio Carlos Melo12 Pe. Ailton Goulart Rosa16 Pe. José Milton Reis22 Pe. José Pimenta dos Santos22 Pe. Vicente Pinto Ribeiro28 Pe. Dirceu Soares Alves28 Pe. Claudionor de Barros

28 Pe. Juvenal Cândido Martins

Ordenação02 Pe. Dênis Nunes de Araújo06 Pe. Norival Sardinha Filho09 Pe. Edson Alves de Oliveira10 Pe. Antônio Donizeti de Oliveira15 Pe. Robison Inácio de Souza Santos16 Pe. Francisco Clóvis Nery16 Pe. Sidney da Silva Carvalho16 Pe. Weberton Reis Magno

17 Pe. Reinaldo Marques Rezende17 Pe. Paulo Carmo Pereira20 Mons. José dos Reis23 Dom José Geraldo Oliveira do Valle, episcopal30 Pe. José Ricardo Esteves Pereira30 Pe. Ademir da Silva Ribeiro30 Pe. Sebastião Marcos Ferreira31 Pe. Thomas Patrick O`Brien

18-20 Visita Pastoral na paróquia Nossa Senhora das Graças, em Passos19 Reunião Diocesana da Pastoral da Criança em Poços 20 Setor Areado: Encontro de Formação dos Coordenadores e Missionários da Mãe Rainha Dia de Espiritualidade da Pastoral da Criança24-27 Cursilho Feminino em São Sebastião do Paraíso25-27 Diocese: Seminário Diocesano de Catequese em Poços de Caldas25-27 31º Encontro Diocesano de CEBs em Jacuí Visita Pastoral em São João Batista do Glória26 Setor Guaxupé: Reunião do Conselho Diocesano do ECC 31 Setores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros na Paróquia São José, em Paraíso

IGREJA EM MISSÃO

Se sua paróquia tiver bons registros que marcaram os 100 anos da Diocese de Guaxupé, envie-nos para que possamos juntos recontar os passos deste caminho.

Quantos acontecimentos merecem memória... Se, em sua comunidade, ocorre um belo trabalho social ou missionário, em preparação às Santas Missões Populares, escreva-nos. Nosso contato é: [email protected]

Se é tempo de re�etir a missionariedade de nossa Igreja, também é tempo de rezar, de cantar o centenário. Adquira em www.guaxupe.org.br a oração e o hino das comemorações jubilares e divulgue-os em sua comunidade.