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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
A importância do controle de estoque nas organizações.
Karen Fernandes Pires de Jesus
ORIENTADOR:
Prof. JORGE TADEU VIEIRA LOURENÇO
Rio de Janeiro
2018
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2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM como requisito
parcial para obtenção do grau de especialista em MBA em Gestão de Compras e Suprimentos.
A importância do controle de estoque nas organizações.
Rio de Janeiro
2018
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AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais por toda compreensão e ausência durante este
período.
Aos amigos que me incentivaram quando eu pensei em desistir.
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RESUMO
Equilíbrio entre compra e venda, o direcionamento adequado dos
estoques é fator fundamental para o planejamento e sucesso de qualquer
empresa. Busca reduzir ao máximo as quantidades de produto, aumenta o
capital de giro, reduz custos e amplia o desempenho operacional da
organização. A partir deste ponto, a empresa consegue atender toda a
demanda e obter maior lucro, proporcionando aos consumidores um
atendimento com maior eficiência e eficácia.
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METODOLOGIA
Esta monografia foi desenvolvida através de pesquisas bibliográficas
baseadas em livros, artigos e sites relacionados ao tema exposto.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I
Gestão e Controle de estoque 08
CAPÍTULO II
A crise no Brasil 18
CAPÍTULO III
A importância do controle de estoque para as empresas 22
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 38
ÍNDICE 39
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INTRODUÇÃO
Em épocas de economia desaquecida, é comum que o mercado
sinta uma redução em sua lucratividade. Com menos dinheiro circulando,
invariavelmente as organizações buscam otimizar resultados criando metas
ambiciosas, envolvendo números e visando ganhos.
Nesta hora as empresas precisam equilibrar as quantidades em
estoque gerando sinergia entre atendimento ao mercado e custos controlados,
pois saber gerir e controlar com eficiência os estoques é primordial para a
manutenção da organização.
O cenário nacional e mundial pressiona a competitividade das
organizações cada vez mais. Em momentos instáveis como os vividos desde
meados de 2015, as empresas necessitam adotar boas estratégias de
negócios, de gestão eficiente dos estoques, por meio do máximo conhecimento
da sua demanda, giro de estoque e flexibilidade das áreas para absorver as
possíveis variações de consumo que podem existir ou até mesmo aumentar
neste momento.
Tratando de gerenciamento de estoque, é necessário ter em vista
maior controle dos recursos materiais. A armazenagem também é muito
necessária, pois saber onde colocar, o que colocar, quanto de produto colocar,
quais meios de transporte usar, mantendo uma gestão eficiente nesses
processos, é de fundamental importância para agregar valor ao negócio.
A gestão dos estoques passa a ser algo estratégico, os controles
físicos e sistêmicos passam a ser essenciais e as áreas de estocagem
representam muito mais que um local de guarda e conservação de bens. Na
verdade, representam o “banco” das organizações, com dinheiro em forma de
produtos, materiais e embalagens, além de ser uma área que nos proporciona
o poder de atendimento as necessidades dos clientes com o produto certo, na
hora demandada, na quantidade certa e a custos adequados.
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CAPÍTULO I
Gestão e controle de estoque
Com origem na antiguidade, o controle de estoque evoluiu com o
tempo e, hoje, as chances de prejuízo e desperdício de produtos se tornaram
muito baixas.
1.1. Conceito de estoque
Os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa utiliza
para a produção de seu produto ou para suprir a necessidade da própria
empresa.
A função dos estoques é maximizar as vendas, aperfeiçoar o
planejamento e controle de produção. Quanto maior o investimento, maior será
o comprometimento e responsabilidade de cada departamento para minimizar
perdas e custos, reduzindo as necessidades de capital investido. (DIAS, 2010).
O objetivo de qualquer empresa, é prever o que exatamente seus
clientes querem e o quanto querem, prevenindo e até mesmo evitando
possíveis incertezas em suas demandas. O administrador de estoques lida com
inúmeros problemas, no qual o mesmo, utiliza várias ferramentas que o
auxiliam a chegar numa solução. É comum estabelecer regras de decisão
assertiva aos itens um por um, pois é com base nessas decisões, que os
profissionais responsáveis desempenham o papel de controlar com eficiência
cada um desses itens.
Algumas ferramentas que podem ser utilizadas para verificar a
demanda do cliente interno são: por número de pedidos, por quantidade de
compras ou vendas de anos antecedentes, por números de entregas
executadas no prazo acordado, enfim, tudo que seja possível, atender a
necessidade de cliente de forma mais assertiva. Entretanto, no nosso cotidiano,
é sempre complicado atender a demanda sem que existam erros, sejam eles
no próprio processo, ou com seus fornecedores.
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Quando se fala em estoques, se fala em "valores" e geralmente é
um local de grande atenção da empresa, pois é onde está concentrada a maior
parte do capital. O estoque é um dos ativos mais representativos do capital
circulante e da posição financeira para as empresas comerciais e industriais,
chegando em alguns casos a 50% de todo seu capital. A administração,
controle, contabilização e avaliação do estoque de materiais são essenciais
para apuração do custo e consequentemente do resultado gerado pela
empresa. Reduções no montante estocado se traduzem na liberação de grande
volume do capital necessário ao andamento do negócio como um todo.
Conforme Beulke e Bertó (2001), os estoques das empresas
industriais costumam se apresentar sob três formas:
a) Materiais adquiridos e ainda não utilizados;
b) Produtos em fase de elaboração;
c) Produtos prontos.
Já para Martins e Alt (2009), os estoques são normalmente divididos
em cinco grandes grupos:
a) Estoques de materiais – são os materiais utilizados no processo de
transformação dos produtos acabados, mais conhecidos como matéria-
prima;
b) Estoques de produtos prontos em processo – são as matérias-primas que
estão no processo produtivo, mas ainda não se transformaram em produtos
acabados;
c) Estoques de produtos acabados – são os produtos prontos para
comercialização;
d) Estoques em trânsito – são os itens que estão em trânsito entre as
unidades fabris e ainda não chegaram a seu destino final;
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Estoques em consignação – são os materiais ou produtos que ainda
pertencem ao fornecedor até que sejam consumidos ou vendidos.
Mediante a responsabilidade de ter um dos maiores ativos da
empresa, o administrador desses materiais não pode cometer excessos, pois
representam custos operacionais e de oportunidade do capital empregado, e
não pode manter níveis baixos de estoque que podem originar perdas de
economias e custos elevados devido à falta de produtos. Em regra geral, não é
tarefa fácil encontrar o ponto ótimo, pois depende da dinâmica do setor.
1.2. O que é o controle de estoque?
Conforme Dias (2005, p.16) “a administração de estoques deverá
conciliar da melhor maneira os objetivos dos quatro departamentos (compras,
produção, vendas e financeiro), sem prejudicar a operacionalidade da empresa,
assim como a definição da política de estoques”.
Segundo Viana (2002, p. 109):
[...] o alcance do termo estoque é muito elástico. Do ponto de vista mais tradicional, podemos considerá-lo como representativo de matérias-primas, produtos semiacabados, componentes para montagem, sobressalentes, produtos acabados, materiais administrativos e suprimentos variados.
O estoque existe para que as empresas possam trabalhar com a
mínima segurança no seu processo de produção e/ou venda. Para isso é
preciso que haja uma boa interação com o planejamento e o controle de
produção, de onde nasce toda a necessidade.
Se não houver esta sintonia, a empresa vai correr o risco de obter
resultados desastrosos e indesejados, resultados estes com relação a
aquisição de materiais desnecessários e/ou aquisição de quantidades acima ou
abaixo da necessidade real e que vai afetar diretamente na produção final e no
setor financeiro da empresa.
Mais do que contar e organizar produtos em prateleiras, o controle
de estoque é uma atividade importante e fundamental para o controle
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financeiro do negócio. É com ele que você administra quanto de material entra
e sai, além de conhecer informações sobre vendas e compras futuras.
Ele também permite conhecer o volume de compras de um produto,
sua frequência, sazonalidade e quais podem ser descartados ou representam
boas oportunidades de vendas.
O inventário dos estoques deve ser efetuado através de contagem
física dos itens e posterior confrontação com os controles disponíveis na
empresa. Realizados os levantamentos, verificam-se as diferenças entre a
contagem física e os controles. Esse procedimento possibilita a identificação de
possíveis falhas nos registros contábeis e dos controles internos, além de
permitir a identificação de desvios ou outras irregularidades. Se constatando
divergências entre o controle físico e o inventário, deverão ser realizados os
ajustes conforme as normas contábeis e legais.
Com o controle de estoque, o espaço para armazenar os produtos é
melhor aproveitado, assim como a organização de cada item no estoque, sua
identificação e análise.
Para o comércio uma vantagem é que, sabendo quanto se tem em
depósito fica mais fácil atender aos pedidos dos clientes e descobrir o
momento certo para fazer promoções e oferecer descontos.
Uma boa gestão de estoque evita prejuízos, porque os produtos
vencidos ou com problemas podem ser facilmente trocados ou descartados.
1.3. Gestão de estoque
É a atividade na empresa que consiste em armazenar, abastecer, controlar, e alimentar de informações todos os setores de produção, de vendas, de compras e administrativos, quanto aos estoques disponíveis de matéria prima, insumos e todo tipo de material consumido na empresa. A administração de estoques da empresa é composta de uma cadeia de suprimento, normalmente definidas como o conjunto de empresas que transacionam produtos e informações entre si ao longo do processo produtivo, como fornecedor e comprador de todo tipo de necessidades ligadas à produção (FRANÇA, 2009, p. 23).
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A partir dessas características referentes à gestão de estoques,
pode-se destacar que o objetivo do seu controle é contribuir para o
investimento em estoque, um conceito muito importante no ambiente
empresarial que pode contribuir para a redução de custos e para o
aperfeiçoamento do desempenho de uma organização, desde que faça parte
de um planejamento eficiente e bem pensado.
Quando mal planejada a gestão de estoques, como qualquer outra
ação de uma organização, pode levar o setor a uma série de entraves. Dentre
os quais podemos listar: incapacidade de cumprir promessas de entrega;
crescimento do estoque quando a demanda for inferior ao previsto, falta
constante de espaço de armazenagem e aumento dos itens de materiais
obsoletos, ocasionando assim o aumento de capital empregado na companhia.
Quando bem planejada, porém, a organização tem um
conhecimento acerca das quantidades de materiais necessárias para atender a
demanda por um determinado período; quais são os materiais que não são
necessários de manter em estoque devido ao pouco giro, se tem aumento da
rotatividade dos estoques reduzindo os custos dos materiais comprados e
melhora as relações com usuários. Além disso, podemos pontuar outros
resultados positivos para as organizações que se estruturam a partir de uma
gestão de estoque bem planejada que são: redução ou até anulação de perdas
e/ou furtos de materiais e maior competitividade de uma empresa em relação a
concorrência.
O estoque deve funcionar como elemento regulador do fluxo de
materiais da empresa, isto é, como a velocidade com que chega à empresa é
diferente da que sai, há necessidade de certa quantidade de materiais, que
hora aumenta hora diminui amortecendo as variações.
O gerenciamento de estoque surgiu para suprir a necessidade das
empresas em controlar todo o fluxo de materiais como o período de cada um
dentro do depósito, a quantidade mantida em cada parte, a periodicidade de
reposição, entre outras questões.
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1.4. A importância da gestão de estoque
Gerir estoques pode ser resumido como a função de equilibrar
compras, armazenagem e entregas, controlando as entradas e o consumo de
materiais, movimentando o ciclo da mercadoria. Sendo assim, um dos
indicadores de desempenho mais relevantes para essa atividade é justamente
a velocidade dessa movimentação, o famoso giro de estoque.
A movimentação de estoque deve ser sistematizada por meio de
normas de entrada e saída. É nesse contexto que entra em cena o controle
físico e financeiro de estoque, cujo objetivo principal é trazer informações sobre
a quantidade disponível de cada item no estoque, e seu correspondente valor
financeiro.
O desafio do gestor de estoques é saber quando e quanto ressuprir
de cada material e quanto se deve manter em estoque de segurança.
A gestão de estoque é considerada como elemento fundamental
para a redução e o controle dos custos totais e melhoria do nível de serviço
prestado pelas empresas.
Um bom controle de estoque permite ao gestor calcular o giro das
mercadorias e aperfeiçoar o processo de compras, diminuindo a pressão sobre
o capital de giro da empresa. Implantar esse controle também viabiliza a
classificação dos produtos utilizando-se de uma ferramenta conhecida como
Curva ABC, que se baseia na premissa de que, em geral, 80% das
consequências são diretamente influenciados por apenas 20% das causas.
O objetivo desse método de classificação é, portanto, identificar os
itens de maior impacto para os resultados da empresa a partir de indicadores
como giro de estoque, lucratividade e representatividade no faturamento.
1.4. 1. Curva ABC
Curva ABC é uma ferramenta gerencial que auxilia a identificação
dos itens que necessitam de uma “atenção” especial, seja por algum tipo de
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deficiência, seja por lucro, venda ou produtividade com parâmetros que fogem
dos fatores costumeiros permitindo o tratamento adequado quanto à sua
importância relativa. Esta ferramenta vem auxiliando a administração de custos
com bastante ênfase.
Uma análise ABC consiste da divisão dos itens de estoque por três
grupos de acordo com o valor de demanda, em se tratando de produtos
acabados, ou valor de consumo quando se tratarem de produtos em processo
ou matérias-primas e insumos. O valor de consumo ou valor de demanda é
determinado multiplicando-se o preço ou custo unitário de cada item pelo seu
consumo ou sua demanda.
Assim sendo, como resultado de uma típica classificação ABC,
surgirão grupos divididos em três classes, como segue:
• Classe A : Itens que possuem alto valor de demanda ou consumo.
• Classe B: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo
intermediário.
• Classe C: Itens que possuem um valor de demanda ou consumo
baixo.
Nesta classificação ABC de itens de estoque tida como típica
apresenta uma configuração na qual 20% dos itens são considerados A e que
estes respondem por 65% do valor de demanda ou consumo.
Os itens B representam 30% do total de número de itens e 25% do
valor de demanda ou consumo.
Tem-se ainda que os restantes 50% dos itens e 10% do valor de
consumo serão considerados de classe C.
É importante observar que o princípio ABC no qual uma pequena
percentagem de itens é responsável por uma grande percentagem do valor de
demanda ou consumo o que normalmente ocorre.
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O método de preparo de uma curva ABC depende exclusivamente
das necessidades da empresa em especial, sendo dificilmente aplicada de uma
empresa sobre a outra.
A curva ABC é uma importante ferramenta para a administração,
possibilita também informações estratégicas para a realização de compra de
mercadorias, exclusão de itens (redução de estoques, controle sobre o (s)
produto(s) entre outras formas de controles. O ponto - chave da Curva ABC é
ver – constatar – que as maiores parcelas do VALOR (acumulado)
correspondem às menores parcelas da QUANTIDADE. Quanto mais
desuniforme a distribuição, mais se acentua a Curva ABC e mais interessante e
vantajosa se torna a sua aplicação.
1.4. 2. Objetivo do Controle de Estoque
O controle de estoque deve ser utilizado tanto para matéria-prima,
mercadorias produzidas e/ou mercadorias vendidas.
O primeiro passo para conseguir um bom controle de estoque é ter
um bom e confiável sistema que lhe auxilie na administração de todo o material
de forma que ele consiga ainda realizar outras funções.
Conseguir proporcionar o produto certo, no tempo exato para o
consumidor, sem que a empresa necessite da manutenção do mesmo nos
estoques é praticamente impossível para o ramo de comércio. Manter certo
nível mínimo de estoques torna-se necessário para a empesa.
Contudo, a manutenção dos estoques tem a incidência de custo de
armazenagem ou manutenção física e custo financeiro do investimento do
capital de giro. Por isso é necessário um processo de gestão eficiente dos
mesmos.
O gestor financeiro deverá manter o controle do estoque por tipo de
produto/mercadorias existentes na empresa, da seguinte forma: registrar no
controle de estoque as quantidades, custo unitário e custo total das
mercadorias/produtos adquiridos e produtos vendidos; calcular no controle de
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estoque o saldo em quantidades, custo unitário e custo total das
mercadorias/produtos que ficaram em estoque; periodicamente, confirmar se o
saldo apurado no controle de estoque bate com o estoque físico existente na
empresa.
Os estoques, por representarem um significativo investimento de
capital, devem ser vistos como um fator potencial de geração de negócios,
lucros ou mesmo agregação de valor por meio de um gerenciamento eficiente,
a partir das funções e controles de estoques.
As principais vantagens decorrentes do sistema de controle de
estoque são: maior disponibilidade de capital para outras aplicações; redução
dos custos de armazenagem; redução dos custos de paradas de máquinas por
falta de material; redução dos custos dos estoques que envolvem diminuição
do número de itens em estoque; redução dos riscos de perdas por
deterioração; redução dos custos de posse de estoque.
O objetivo do controle de estoque também é financeiro, pois a
manutenção de estoques é cara e o gerenciamento do estoque deve permitir
que o capital investido seja minimizado. Ao mesmo tempo, não é possível para
uma empresa trabalhar sem estoque.
Os estoques possuem uma série de objetivos:
a) Melhorar o nível de serviço
b) Incentivam economias de produção;
c) Permitem economia de escala nas compras e no transporte;
d) Agem como proteção contra aumento de preços;
e) Protegem a empresa de incertezas na demanda e no tempo de
ressuprimento;
f) Servem como segurança contra contingências.
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Portanto, um bom controle de estoque passa primeiramente pelo
planejamento desse estoque. Quais produtos ou matérias-primas oferecem
vantagens ao serem estocadas? Para saber a resposta é preciso levar em
conta a data de entrega do fornecedor, perecibilidade, demanda, entre outros
fatores. Esse levantamento irá determinar o que é quanto deverá permanecer
em estoque, a periodicidade da reposição e o grau de prioridade de cada item.
Também irá determinar as necessidades físicas para a estocagem dos
produtos.
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CAPÍTULO II
A crise no Brasil
A crise da economia brasileira teve como origem uma série de
choques de oferta e demanda, na maior parte ocasionados por erros de
políticas públicas que reduziram a capacidade de crescimento da economia
brasileira e geraram um custo fiscal elevado. Depois de dois anos consecutivos
de queda, o Produto Interno Bruto (PIB) voltou a crescer em 2017.
2.1. Situação econômica no Brasil
A crise econômica do Brasil é atribuída a uma série de fatores, pois
seria impossível apontar apenas um motivo.
Primeiramente, é necessário entender que alguns fatores externos
explicam parte do desequilíbrio no país, como a crise econômica global de
2008, onde vários países vêm enfrentando dificuldades para retomar o
crescimento e por esse motivo diminuíram as importações dos produtos que
realizavam.
Para combater os efeitos da instabilidade financeira mundial, o
modelo econômico adotado pelo então presidente Lula baseou-se na adoção
de medidas para estimular o consumo. Para isso, o governo reduziu as taxas
de juros, cortou impostos, concedeu desonerações fiscais a alguns setores da
economia, incentivou a liberação de crédito pelos bancos públicos para
financiar o desenvolvimento e expandiu o gasto por meio de programas de
investimento em infraestrutura. Mediante essas medidas, o Brasil chegou a
registrar uma taxa de crescimento do PIB de 7,6% em 2010, e o país cresceu
acima da média mundial.
O problema, no entanto, é que a crise econômica global durou além
do que os economistas previram e avançou durante o governo de Dilma
Rousseff, a partir de 2011. Com o prolongamento da crise, o governo manteve
as medidas para estimular a produção e o consumo. O problema foi que o
governo passou a gastar cada vez mais, enquanto a arrecadação com
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impostos e tributos diminuiu, o que desequilibrou as contas públicas. Com a
dívida em alta, o governo perde a capacidade de atrair investimentos e não
consegue destinar recursos para estimular o crescimento do país.
Diante desse cenário, a presidente começou seu segundo mandato
em 2015 sob o prisma do chamado ajuste fiscal. Essa expressão designava um
conjunto de medidas que visava equilibrar o orçamento do governo,
envolvendo tanto a contenção de gastos como a ampliação de receitas. De
modo geral, o governo fez cortes no orçamento, restringiu benefícios e
aumentou impostos e tributos.
O problema é que os cortes de gastos oficiais provocaram um efeito
amplo na economia, pois quando o governo reduz, por exemplo, o investimento
em obras de infraestrutura – como geração de energia, transportes,
telecomunicações e setor de água e esgoto – determina a paralisia de vários
setores produtivos, causando o fechamento de empresas e aumento no
desemprego. Também, houve o congelamento de tarifas públicas para evitar o
aumento da inflação. Entretanto, ocorreu a quebra de contrato com as
empresas de eletricidade que acabaram repassando os custos para a
população.
Consequentemente, essas medidas para reduzir as despesas
acabaram tendo um efeito contrário na outra ponta do orçamento que é a
queda na arrecadação de impostos. Afinal, quando as empresas fecham ou
diminuem a produção e as vendas, menos elas contribuem para a receita
federal.
Com essas medidas, o país entrou em recessão técnica em meados
de 2014 com queda da produção industrial, dos salários reais e do PIB em
3,8% em 2015.
Todo esse cenário resulta no desempenho do Produto Interno Bruto,
que é a soma do valor de todos os bens e serviços produzidos, distribuídos e
consumidos em uma região durante um período determinado. É a principal
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medida usada para avaliar o tamanho de uma economia e compará-la com
outras.
Com a “recessão técnica” que se instaurou no Brasil, os dados
mostravam que as pessoas estavam gastando menos e se as pessoas gastam
menos com produtos e serviços, se o governo gasta menos, se as empresas
deixam de investir em melhorias e se o país exporta menos do que importa,
tudo isso impede o PIB de crescer.
Com todas essas resoluções implementadas várias empresas
brasileiras se mudaram para outros países a fim de escapar dos altos impostos
e o Brasil perdeu o status de alvo para investimento sem muitos riscos, prova
disso foram as frequentes perdas de pontuação e conceito junto às agências
que acompanham a estabilidade econômica de países desenvolvidos.
2.2. O impacto da crise nas organizações
O desgaste da gestão política destes últimos anos tirou a
capacidade do país de criar quaisquer mecanismos de combate efetivo ao
problema econômico. O que víamos era uma espiral para baixo, quando toda e
qualquer iniciativa do governo no sentido de mitigar a crise, gerou efeito
contrário, aprofundando seus piores efeitos. Os agentes econômicos, bem
como toda a sociedade não confiavam na capacidade do governo de nos tirar
do enorme problema em que estávamos inseridos.
Essa instabilidade da economia, a elevação do percentual de
desemprego, as reduções de faturamento do varejo afetaram de forma direta
as receitas das empresas, fazendo com que milhares de lojas fechassem as
portas.
Segundo dados Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC), em 2015 101,9 mil estabelecimentos encerraram as
atividades, em 2016, já tinham sido fechadas 105,3 mil e no ano passado, o
saldo entre aberturas e fechamentos de estabelecimentos comerciais ainda
ficou negativo em 19,3 mil unidades.
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De maneira geral, o maior prejuízo para as empresas está
relacionado aos investimentos, que naturalmente são os primeiros a sofrerem
com as incertezas de um governo já tão fragilizado. É neste momento que os
empresários deixam de colocar dinheiro em marketing, ampliação de estrutura,
ampliação comercial e produtiva e todos setores que naturalmente tendem a
aumentar o faturamento do negócio.
A tomada de decisões por parte de investidores esbarra no fato de
que a crise possa durar muito mais do que foi prevista. Diante disso, o que não
pode ser feito?
Inicialmente, deve ser analisada a situação financeira da empresa e
medir a relação de entradas e saída de receitas, ou seja: lucro. Demitir
funcionários e reduzir o quadro pode não ser uma boa saída, pois haverá
sobrecarga de trabalho, que gerará insatisfação, desmotivação e assim por
diante. Reduzir investimento de mídia em rádio, televisão e internet pode não
ser a saída, pois na medida em que você perde visibilidade, perde ao mesmo
tempo seus clientes que irão migrar para marcas ou estabelecimentos que
estão ao alcance imediato.
Em tempos de crise em que o consumo reduz drasticamente e a
produção fica comprometida, é importante realizar ajustes dos processos,
fortalecer a relação com os fornecedores, prestadores de serviços e investir em
inovação.
Quando os processos são ajustados os gestores das empresas
podem ter a real dimensão do impacto dessas mudanças no resultado
operacional das organizações, desta forma podem ter uma maior concentração
de esforços para tomar as decisões nas áreas táticas e estratégicas.
A relação com fornecedores e prestadores de serviço quando
revisadas com foco na possibilidade de aumentar a eficiência no uso dos
recursos alocados na operação, constroem uma parceria estratégica que é
fundamental para a sustentabilidade no negócio de ambos.
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CAPÍTULO III
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE PARA
AS EMPRESAS
O estoque é um item indispensável para a composição de uma
empresa, seja ela industrial ou comercial. O modo como ele é armazenado e
controlado pode aumentar a lucratividade da entidade ou causar transtornos
para a mesma. Para isso, é indispensável que o gestor participe fielmente na
administração da empresa.
De acordo com Tadeu (2010, p. 26):
Para que o gestor tome sua decisão de forma eficiente, ele precisa avaliar e ponderar todas as variáveis interferentes possíveis e viáveis de serem calculadas para basear sua escolha em critérios objetivos, evitando-se risco de cair na armadilha do subjetivismo ou empirismo gerencial.
O controle eficiente do estoque é essencial para a empresa manter-
se competitiva e cumprir adequadamente suas atividades, além disso, é
importante que não falte produtos armazenados e que não sejam compradas
mercadorias desnecessárias. O prazo de entrega do produto, época do ano,
demanda de procura, são itens que devem ser levados em conta na
composição do estoque da empresa.
A importância de manter um controle de estoque adequado também
é representada pela citação deIudicibus, Martins e Gelbcke (2000, p. 101):
Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira da maioria das companhias industriais e comerciais. Sua correta determinação no início e no fim do período contábil é essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício. Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de operação dessas companhias e envolvem problemas de administração, controle, contabilização e principalmente de avaliação.
Diante das circunstâncias, percebe-se o quanto é importante que o
gestor desenvolva técnicas eficazes para obter resultados satisfatórios no
fechamento contábil.
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Segundo Oliveira, Chieregato, Perez Junior e Gomes (2003), há uma
necessidade de implantação de um bom sistema de controle interno sobre as
movimentações, isso porque qualquer incorreção nos valores de compras e
vendas do estoque pode afetar diretamente o valor do ativo e
consequentemente o resultado contábil no exercício.
A importância do planejar o estoque é enfatizada pelo autor Tadeu
(2010, p.13):
O estoque é uma área-chave dentro das organizações, uma vez que se configura como um dos principais elos entre duas outras áreas: produção e planejamento. Dessa forma, preocupar-se com a questão da manutenção dos níveis adequados de materiais estocados é apenas um dos pontos que devem ser observados para uma gestão eficiente dos estoques.
Quando existe um planejamento coerente com as atividades
desenvolvidas pela empresa, controlar o estoque acaba sendo uma tarefa de
fácil manuseamento por parte do gestor. A organização de seu espaço
acontece conforme as necessidades apresentadas pela empresa, uma vez que
as metas estabelecidas só serão alcançadas se o gestor manter o ritmo de
sistematização conforme planejado.
Na concepção de Pozo (2008, p. 38):
A função principal do controle de estoques é justamente maximizar o uso de recursos para gerenciamento dos estoques, porém, o gestor depara-se com um dilema que é causador da inadequada gestão de materiais, percebida em inúmeras empresas, e que cria problemas quanto às necessidades de capital de giro da empresa, bem como seu custo. É necessário encontrar o ponto ideal entre manter um grande volume de materiais e produtos em estoque para atender plenamente a demanda, o que gera uso elevado de ativos da organização e, manter volumes muito baixos de estoques para minimização dos custos, porém com atrasos em entregas, insatisfação de clientes pela falta de produtos e, principalmente, a perda do cliente.
Diariamente o setor administrativo de uma organização busca um
controle eficiente, porém, sem planejamento fica inviável colocar em prática tal
procedimento. Deste modo, manter um controle físico de seus produtos acaba
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sendo uma excelente alternativa para quem almeja o aumento de ganho de
capital, reduzindo as compras desnecessárias. A omissão desse controle pode
ocasionar a falta de credibilidade da empresa diante de sua clientela e adquirir
uma desvantagem comercial relacionada aos seus concorrentes.
Segundo Tadeu (2010, p.13):
Para alcançar níveis operacionais de excelência nessa área, é preciso criar um ambiente organizacional capaz de propiciar a integração efetiva, e não tão somente formal, das diversas áreas e setores que compõem uma empresa.
A interatividade dos funcionários do estabelecimento com a equipe
administrativa é de suma importância para que o desenvolvimento das
atividades ocorra com sucesso. Uma vez que há uma relação baseada na
comunicação, será possibilitado ao gestor um conhecimento maior sobre o seu
ambiente organizacional.
Segundo Bowersox e Closs (2001, p.229):
Nível de serviço ao cliente é um objetivo fixo pela alta administração. Comporta objetivos de desempenho que a função de estoque deve ser capaz de cumprir. O nível de serviço pode ser definido em termos de tempo de ciclo de pedido, de percentagem de quantidades atendidas, ou de qualquer combinação desses objetivos.
A princípio, a prioridade de qualquer administração é oferecer um
serviço confiável e eficaz no intuito de conquistar sua clientela e reverter isso
em ganhos futuros. Aos funcionários responsáveis pelo abastecimento das
mercadorias, fica mais fácil identificar o gosto e a necessidade de seus
clientes. Através do conhecimento de sua equipe, o gestor pode usar deste
artifício para desenvolver estratégias de vendas com o auxílio do marketing.
Com esta possibilidade, o mesmo terá uma noção maior do que estocar em
cada época do ano.
Tadeu (2010) expõe que a acumulação de estoque é estimulada em
virtude de alterações nas condições do ambiente. Essas alterações podem ser
decorrentes de atrasos na entrega dos fornecedores, alta rotatividade do
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produto, descontos quando a mercadoria for negociada em maior volume, falta
do produto na distribuidora e etc.
Arnould (2009, p.247) expõe:
Os estoques são materiais e suprimentos que uma empresa ou instituição mantém, seja para vender ou para fornecer insumos ou suprimentos para o processo de produção. Todas as empresas e instituições precisam manter estoques. Frequentemente, os estoques constituem uma parte substancial dos ativos totais.
É perceptível que o estoque traz consigo a importância para o
desenvolvimento de uma empresa. Ao mesmo tempo em que ele pode ser um
grande auxílio no sucesso da entidade, o mesmo também pode ser motivo de
prejuízos consideráveis. Tudo depende de que produtos ele será constituído
bem como de sua quantidade.
De acordo com Garcia, Reis, Machado e Ferreira Filho (2006, p.10):
Apesar de sua importância, complexidade e extensão, a gestão de estoques é ainda negligenciada em muitas empresas, sendo classificada como uma questão de estratégia e restringida à tomada de decisões em níveis organizacionais mais baixos. Outras empresas, entretanto, já percebem como a gestão de estoque pode trazer vantagens competitivas e estão inclusive olhando os estoques ao longo de toda a cadeia de suprimentos da qual fazem parte.
À medida que o cliente busca por um determinado produto e o
administrador percebe o aumento de sua venda, o mesmo pode se basear
neste detalhe para priorizar o armazenamento desta mercadoria para que não
falte em seu estabelecimento. Na verdade, a cadeia de suprimentos torna-se
uma boa ferramenta para a composição de um estoque adequado, uma vez
que o gestor irá priorizar o armazenamento dos produtos de maior rotatividade.
Para Richers (1984), o comportamento do consumidor é
caracterizado pelas atividades mentais e emocionais quando é feita a escolha
por um determinado tipo de produto. Já Salomon (2002), destaca que o
consumidor sofre influências psicológicas, sociais, culturais e pessoais. Esta
discrição é demonstrada por Kotler (1998), conforme a seguir:
26
Fatores Culturais: Cultura, subcultura, classes sociais.
Fatores Sociais: Grupo de referências, família, papéis e
posições sociais
Fatores Pessoais: Idade e Estágio do ciclo de vida,
ocupação, condições econômicas, estilo de vida,
personalidade e Autoconhecimento.
Fatores Psicológicos: Motivação, percepção, aprendizado,
crenças e atitudes.
É visível que o ato de comprar e estocar requer uma análise
detalhada do público alvo, a demanda de oferta e procura é o que movimenta
as mercadorias estocadas, mais uma vez, é perceptível a importância de
conhecer o tipo de cliente para finalmente poder concluir uma compra.
Segundo Ballou (1993, p.17):
A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controle efetivos para as atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos.
Isso implica que o sucesso na logística depende do preço que a
mercadoria é adquirida e de seu armazenamento. Quanto menor o custo,
consequentemente, menor também será o preço repassado aos consumidores.
Da mesma forma procede-se com o armazenamento, o cuidado com o produto
estimula as vendas pela aparência visual.
Segundo Pozo (2010, p.27):
“A importância da correta administração de materiais pode ser facilmente percebida quando os bens necessários não estão disponíveis no momento exato e correto para atender as necessidades do mercado”.
A percepção do gestor deve estar alinhada às necessidades de sua
empresa e também de sua clientela. As informações repassadas pelo sistema
27
não podem estar em desconforme com a contagem física do estoque. Por este
motivo que além de planejar e executar, é importante que se mantenha uma
organização alinhada.
De acordo com Tadeu (2010, p. 24):
Por detrás de toda atividade deve haver uma finalidade. Cabe ao planejamento alinhar as atividades de gestão de estoque ao seu escopo específico. E mais ainda, cabe ao planejamento o tratamento das informações e dos dados gerados nas áreas operacionais, como de manutenção de estoques, compras e processamento de pedidos para a formação de conhecimento gerencial para a tomada de decisão. O planejamento é também a área responsável pela intercomunicação das funções compras, estoques e produção para o compartilhamento de informações necessárias a estas.
Planejar é essencial para que se obtenham resultados favoráveis
para a administração de uma empresa, uma vez que o gestor programa o
andamento das atividades, os resultados tenderam a ser positivos e
satisfatórios.
3.1 Impactos da ausência do controle de estoque
Tadeu (2010) destaca que muitas vezes uma empresa possui uma
fortuna guardada em seu estoque e não tem consciência disso. Isso acontece
quando uma compra fica estocada e 38 não é convertida em vendas. Acontece
que o capital investido fica preso, sem gerar os resultados esperados pelo
gestor. É por este motivo que é tão importante que o comprador tenha noção
dos produtos que tem maior rotatividade, além disso, também se torna
importante que ele compre somente o suficiente para não deixar faltar em seu
estabelecimento.
Através das observações realizadas, foi constato a empresa
enfrentou diversos problemas relacionados a avarias, isso porque a pessoa
responsável por realizar as compras não filtrava seus pedidos. Muitas
mercadorias eram compradas desnecessariamente, e a situação foi criando o
efeito bola de neve, até que houve perdas consideráveis do capital investido.
Além disso, a falta de controle no estoque diminuiu as vendas de determinados
28
produtos, pois os clientes não queriam esperar sua chegada às prateleiras. A
empresa tornou-se mais vulnerável à prática de desvio de mercadoria e roubos,
pois não se tinha um controle confiável do estoque da empresa.
Foi observado também que a atual gestão está buscando equilibrar
suas compras, de modo que venha a diminuir o que for desnecessário e
acrescentar no que de fato tem uma boa rotatividade. A oportunidade de fazer
o uso correto de boas negociações tem criado um elo de parceria entre os
fornecedores e a empresa.
A empresa busca por fechar negociações com fornecedores que
além do preço mais em conta, ofereça a vantagem de pagar pelos produtos
avariados. Esta alternativa diminui as 39 perdas que a empresa pode sofrer
pela ausência do produto. O valor da mercadoria avariada pode ser restituído
integralmente ou parcialmente em 50%.
3.2 Otimização do controle de estoque
Aperfeiçoar as atividades desempenhadas no âmbito comercial de
uma empresa requer uma análise precisa e detalhada do alvo principal destas
mudanças, que neste caso, nos referimos ao estoque da entidade analisada.
Em decorrência das transições sofridas nos últimos meses, foi
observado que a empresa ainda está em fase de adaptação no que se refere à
implementação de uma nova política de compra e estocagem das mercadorias
adquiridas para venda. Foi possível verificar também que a análise de vendas
está se tornando um diferencial positivo na otimização do estoque da empresa,
uma vez que a contagem física dos produtos auxilia nos ajustes da contagem
apresentada pelo sistema operacional, diminuindo as irregularidades nas
quantidades expostas.
O controle contínuo do estoque resguarda a empresa de incertezas.
Neste caso, será um benefício para a administração quando a mesma for
realizar uma compra. O fato de o gestor saber o que tem no espaço físico da
empresa livra o mesmo de comprar mercadorias em quantidades
29
desnecessárias, e ao mesmo tempo lhe é permitido atender a demanda dos
clientes sem que os prejudique em suas compras.
Tal benfeitoria é comprovada através das palavras de Bowersox e
Closs (2001), quando é mencionada a importância que um sistema operacional
eficaz pode exercer no momento de uma tomada de decisão.
Diante das inúmeras vantagens que o controle de estoque permite o
gestor ainda pode ter a noção exata do tempo que cada mercadoria pode
demorar a chegar à sua empresa. Comparando a rotatividade do produto com
o que se tem estocado, ele chegará à quantidade correta que deve ser
comprada, mantendo assim um controle sobre a entrada e saída dos produtos
vendidos em seu estabelecimento.
Em meio às mudanças ocorridas, verificou-se que a empresa ainda
precisa aperfeiçoar suas técnicas de controle de estoque, abordando o
monitoramento frequente por parte do gestor com relação às transações
comerciais e ao controle do estoque, podendo dessa forma, chegar ao objetivo
principal de obter informações precisas e verídicas para desempenhar
ordenadamente suas compras.
3.3 Procedimentos adotados para o controle de estoque
Nos dias atuais as empresas comerciais passam por diversas
readaptações no desenvolver de suas atividades com o intuito de conseguir
atender a demanda de mercado com eficiência e praticidade. As inovações
tecnológicas surgem constantemente para auxiliar o gestor na formação de seu
conhecimento e tomada de decisão.
Foi constatado que a empresa não mantinha um controle de compra
adequado para compor o seu estoque. Além disso, também foi observado que
os fornecedores tinham autonomia para inserir produtos desnecessários no
decorrer da compra, não havia uma avaliação concreta do que de fato a
empresa necessitava estocar. Muitos produtos foram comprados
desnecessariamente, provocando uma perda contínua pelo excesso estocado.
30
Houve muita falta das mercadorias de alto giro, provocando uma diminuição de
vendas na empresa.
Em período de movimento intenso no estabelecimento, para diminuir
as filas e reclamações dos clientes houve situações controversas às ensinadas
pelos autores para a obtenção de um controle de estoque, como por exemplo,
o fato de algumas compras não serem registradas nos caixas. A venda era
realizada informalmente através da soma feita por calculadoras comuns,
prejudicando totalmente o controle do estoque. Ou seja, as mercadorias que
foram vendidas informalmente não tiveram a saída no sistema, impossibilitando
a elaboração de um estoque confiável. Tal procedimento fragiliza a contagem
correta das mercadorias armazenadas e também desperta a atenção das
autoridades fiscais em caso de um descontrole no inventário apresentado
trimestralmente. A empresa tenderá a ficar passiva de auditorias.
Além disso, foi observado que existem funcionários que consomem
os produtos sem pagar por eles, este é outro fator que também prejudica o
estoque da empresa. Pois não haverá uma saída deste produto.
Verificou-se que alguns procedimentos estão começando a ser
mudados em decorrência da nova gestão no setor de compras. Com o intuito
de restabelecer o controle do estoque, estão sendo feitas avaliações contínuas
para realizar as negociações. Antes de qualquer tomada de decisão é feita uma
comparação entre a sugestão do fornecedor e o giro de vendas dos produtos
apresentados nas cotações, este procedimento está facilitando a diminuição de
perda do capital investido e aumentando as vendas, isto porque as compras
estão sendo realizadas conforme a procura dos clientes.
Foi feita uma análise de compra e venda de três meses, sendo em
gestões diferentes. Foi possível verificar que houve uma mudança
considerável, principalmente quando se trata das vendas.
Tal procedimento expõe o valor de compra e venda das mercadorias
nos meses de agosto, setembro e outubro dos anos de 2014 e 2015. Além
disso, também é apresentado o valor do lucro bruto relacionado a cada análise
31
feita. Esta comparação foi realizada com o intuito de avaliar em qual gestão o
supermercado manteve melhor desempenho no decorrer de suas vendas.
3.4. Gerenciando estoque em tempos de crise
Segundo Silva, Reichenback e Karpinski (2010, p.3):
Um bom controle de estoque e um monitoramento da sua movimentação são atividades indispensáveis para a lucratividade e para competitividade da empresa; porém, o custo do controle de estoque não deverá exceder os benefícios que ele possa proporcionar.
No mundo competitivo e global em que vivemos, as organizações
mais eficazes buscam invariavelmente otimizar resultados. Metas ambiciosas
são estabelecidas, envolvendo números e lucratividade. No entanto, saber gerir
e controlar com eficiência os estoques é primordial para o alcance e
manutenção da competitividade organizacional.
Em momentos de dificuldade econômica, como o que estamos
vivendo atualmente, manter um controle de estoque preciso é determinante
para o sucesso e até para a sobrevivência de muitas companhias. Além de
reduzir desperdícios e fazer cortes onde for possível, é preciso manter um olhar
especial para o estoque, que dependendo do ramo de atuação da empresa, é
um departamento extremamente importante.
A gestão dos estoques passa a ser algo estratégico, os controles
físicos e sistêmicos passam a ser essenciais e as áreas de estocagem
representam muito mais que um local de guarda e conservação de bens, e sim
representam o “banco” das organizações, com dinheiro em forma de produtos,
materiais e embalagens, além de ser uma área que nos proporciona o poder de
atendimento as necessidades dos clientes com o produto certo, na hora
demandada, na quantidade certa a custos adequados. Este é o grande desafio
e dilema da gestão dos estoques, equilibrar as quantidades gerando sinergia
entre atendimento ao mercado e custos controlados, chamado
academicamente de equilíbrio da oferta e da demanda.
32
Os estoques são bens guardados e conservados por um tempo,
para o uso futuro, onde este futuro deve ser o mais próximo possível,
considerando as particularidades de cada mercado. Estoques parados por
muito tempo são bens geradores de diversos custos diretos e indiretos para
organização, chamados de custos de manutenção dos estoques. Além também
do risco de obsolescência, ou seja, risco deste produto vencer, avariar ou sair
de linha perdendo uma de suas características fundamentais que é a de gerar
receita para a organização.
Os estoques passam hoje a ter uma vertente muito mais estratégica
nas organizações do que meramente bens necessários geradores de custos
para as empresas. Buscar resultados otimizados e maior lucratividade
organizacional, é necessário ter total domínio da operação de estoques, desde
o controle da demanda, definindo uma estratégia de suprimentos mais
adequada, como no controle da sua manutenção e saída, momentos estes
fundamentais para o controle de perdas e aumento da eficiência operacional.
3.4.1. Como otimizar o gerenciamento de estoque em épocas
de economia desfavorável?
Em épocas de economia desaquecida, é comum que o comércio e
as empresas sintam uma redução em sua lucratividade. Com menos dinheiro
circulando no mercado, a redução das vendas se torna um desafio e é preciso
encontrar maneiras para lidar com o volume de produtos em estoque.
Para fazer uma boa gestão do estoque, o seu mix de produtos é o
primeiro quesito que demanda avaliação. Analisar os produtos, conferir a
procura e o volume de vendas e verificar as quantidades disponíveis são muito
importantes, pois alguns produtos vendem melhor que outros e é tarefa do
gestor analisar quais devem ser produzidos e /ou reabastecidos com mais
frequência e quais podem ficar em modo de espera até que a situação
econômica melhore.
33
É necessário pesquisar o comportamento do negócio nos anos
anteriores e principalmente o cenário atual para fazer a análise do mix de
produtos e assim saber o que deve ou não seguir no seu portfólio.
O seu estoque é um reflexo do comportamento de consumo dos
seus clientes. Isso significa que é preciso analisar o perfil consumidor de seus
clientes para que o estoque não fique abarrotado de produtos. Faça uma
análise das vendas, da quantidade de pedidos feitos por cliente, o volume de
produtos em cada negócio fechado e em quais datas os clientes procuram a
empresa para adquirir novos produtos.
Essa análise das vendas é facilitada com a utilização de ferramentas
como o ERP — Enterprise Resource Planning — e o CRM — Customer
Relationship Management —, que controlam e registram as movimentações
financeiras e o contato com os clientes. Lembre-se que não é uma boa ideia
produzir ou comprar um volume de mercadorias que seja superior ao seu
escopo de vendas.
O estoque precisa estar sempre sob a lupa dos gestores e
responsáveis pelo setor. Para que os números estejam sempre atualizados a
melhor saída é estabelecer análises periódicas, pois só assim a empresa é
capaz de mensurar o volume de saídas e quais produtos necessitam de um
empurrãozinho do time de vendas para que sejam colocados no mercado.
Conforme a tecnologia evolui, novas soluções são encontradas para
auxiliar na gestão empresarial e em diversas outras tarefas, seja no cotidiano
do trabalho ou em casa. Atualmente já estão disponíveis no mercado soluções
para controle de estoque que realizam uma verdadeira revolução na maneira
como o estoque é gerido. O WMS — sigla para Warehouse Management
System —, por exemplo, foi criado com o objetivo de digitalizar e concentrar
todas as informações relacionadas ao gerenciamento de estoque de uma
empresa.
Soluções com foco na redução do estoque e dos custos de
armazenamento podem ser utilizadas para apoiar os gestores nessa difícil
34
tarefa de estabelecer os volumes de produtos. Principalmente em épocas de
crise em que todas as empresas precisam trabalhar com custos operacionais
reduzidos e otimizados.
A escolha por terceirizar seu estoque com operadores logísticos
especializados é o melhor caminho a ser seguido. Empresas de ponta neste
setor estão mais do que preparadas para exercer um papel estratégico no que
remete à concepção estrita da palavra parceria. Informação objetiva, redução
de custos na cadeia como um todo, projetos específicos que visam ajustar
todos os processos, SLAs muito alinhados, rastreabilidade e acuracidade nos
estoques. Tudo isso faz com que os gestores tenham tranquilidade e foquem
apenas no seu negócio.
Se você não tiver o que vender ou não tiver um estoque planejado
para atender às demandas de acordo com a expectativa dos clientes, será
muito difícil manter as contas em dia e a empresa saudável.
O risco de encalhe de determinados produtos (com excesso de
estoque) e de erros no planejamento que faça faltar alguns outros são
situações que podem gerar problemas nas vendas e problemas financeiros já
que pode demandar custos desnecessários, você precisa vender mas não
pode perder dinheiro, o que fazer?
O mais importante na hora de pensar no estoque da sua empresa é
o GIRO de cada produto, ou seja, o quanto os clientes demandam cada um
deles.
Comece sua análise usando o histórico de vendas, ele permite
elencar quais itens exigem um estoque maior e quais permitem um estoque
reduzido.
Para os produtos com menor giro, se possível procure fornecedores
que façam entrega rápida e compre apenas o essencial, isso vai eliminar a
necessidade de estocagem e reduzir o uso de capital de giro, além de
possíveis perdas por prazo ou custo com local para armazenar.
35
Garantir a rapidez desse fluxo de entregas rápidas dos pedidos
exige um bom relacionamento com o fornecedor, confiança é até mais
importante que preço.
O fornecedor não pode deixar você na mão, e nem você deve deixá-
lo também.
Combinar custos e formas de pagamento com o fornecedor, auxilia
na precificação e dá a oportunidade de avaliar o quanto isso é necessário para
formar seu estoque com segurança.
Conhecer o estoque mínimo de cada produto é fundamental, a
quantidade do estoque mínimo não pode ser definida no “chute”, na intuição ou
na inferência.
Um bom sistema de gestão pode te ajudar muito nesta tarefa mas
conhecer a fórmula é muito importante para que você não fique “a mercê” de
informações errônea.
Então vamos entender a fórmula:
Quantidade estoque mínimo = apure a quantidade do giro diário, ela
é obtida apurando a quantidade vendida em determinado período dividido pela
quantidade de dias úteis do período analisado.
Agora que você já sabe qual é a necessidade de estoque por dia
(giro diário) basta verificar qual é o tempo que seu fornecedor demora para te
entregar e aplicar uma margem de segurança para imprevistos como atrasos
da transportadora etc.
Para fazer o pedido, não se esqueça de pedir o mínimo que permita
não perder vendas, mas ao mesmo tempo não preciso de alto investimento
conforme já vimos.
Não se esqueça de considerar o fator sazonalidade, e a análise da
diferença do giro em cada mês ou período, isso é muito importante pois em
alguns segmentos isso tem alto impacto.
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CONCLUSÃO
Em momentos de crise, a primeira coisa que vem à mente é tentar
pressionar os fornecedores, o que não é uma tática muito eficaz, visto que eles
também estão passando pela mesma situação.
Uma alternativa muito mais eficiente é juntar forças e traçar um
plano de ação conjunto para melhorar a eficiência dos processos, aumentar a
produtividade e reduzir custos.
Nos momentos de dificuldade que as empresas estão enfrentando,
os custos precisam ser cortados constantemente, mas é necessário ter muito
cuidado para não eliminar custos importantes e que afetem o funcionamento da
empresa, pois caso isso aconteça, o efeito será contrário.
A crise exige mudanças e, nesses períodos, é necessário rever
fluxos, simplificar processos e automatizar algumas tarefas. Uma opção
interessante seria criar grupos de trabalho para resolver problemas específicos
que integrem diferentes áreas da empresa e que envolva funcionários e
fornecedores, pois quanto mais pessoas trabalhando em prol de um objetivo
comum, maiores são as chances de êxito.
A gestão de estoque tem uma importância substancial, visto que
esta gestão trata de uma parcela do ativo da empresa. Se essa gestão falhar, a
empresa poderá deixar de gerar lucros e agregação de valores a esse
processo. Outro ponto fundamental dentro de uma empresa é a forma como os
materiais são armazenados e movimentados. Pois se não for de uma forma
adequada acarretará danos aos materiais, em consequência, custo para a
empresa.
Estoques elevados e mal administrados encarecem o preço final dos
produtos, bem como uma aplicação indevida do capital de giro. Uma empresa
pode apresentar maior rentabilidade e melhor serviço junto a seus clientes com
o uso de um método adequado de controle de estoque e um processo de
armazenagem satisfatório.
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Hoje, por meio da informatização, o gestor pode contar com os
vários sistemas e ferramentas de gestão de estoque, auxiliando as rotinas
administrativas da empresa, trazendo benefícios e total controle e organização
para as melhorias futuras.
As informações quanto mais atualizadas forem, sobre o quanto e
quando é necessário o suprimento de recursos materiais, bem como o
conhecimento dos custos de aquisição e manutenção dos estoques para
atender as necessidades de consumo do fluxo produtivo, são vistos como
principais resultados do estudo que permitem maior agregação de valor para os
negócios da organização. Além de possibilitar o controle e acompanhamento
dos resultados, contribui na identificação de possíveis pontos fracos no
processo e, desse modo, consegue-se alinhar esforços para a melhoria
contínua em todos os aspectos da organização.
38
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VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático. São Paulo:
Atlas, 2000. 448 p.
40
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 01 AGRADECIMENTOS 03
RESUMO 04 METODOLOGIA 05
SUMÁRIO 06 INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I
Gestão e controle de estoque 08
1.1. Conceito de estoque 08
1.2. O que é o controle de estoque? 10
1.3. Gestão de estoque 11
1.4. A importância da gestão de estoque 13
1.4.1. Curva ABC 13
1.4.2. Objetivo do controle de estoque 15
CAPÍTULO II
A crise no Brasil 18
2.1. Situação econômica 18
2.2. O impacto da crise nas organizações 20
CAPÍTULO III
A importância do controle de estoque para as empresas 22
3.1. Impactos da ausência do controle de estoque 27
3.2. Otimização do controle de estoque 28
3.3 Procedimentos adotados para o controle de estoque 29
3.4. Gerenciando estoque em tempos de crise 31
3.4.1. Como otimizar o gerenciamento de estoque em épocas de economia desfavorável? 32
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 37