DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEIDE DIREITO AUTORAL · 2017-03-25 · de um controle financeiro,...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
FLUXO DE CAIXA COMO TOMADA DE DECISÃO
Lindolfo Silva de Oliveira
ORIENTADOR: Profª. Aleksandra Sliwowska
Rio de Janeiro 2017
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES / AVM
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
Apresentação de monografia à AVM como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA em Finanças e Gestão Corporativa Por: Lindolfo Silva de Oliveira
FLUXO DE CAIXA COMO TOMADA DE DECISÃO
Rio de Janeiro 2017
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a todos meus colegas de curso,
pelo apoio em momentos de dificuldade. Onde
nesses 12 (meses) meses de formação, a
convivência diária mesmo que por um período
relativamente curto, proporcionou a transformação e
troca de conhecimento dentro do grupo, onde todos
em busca do mesmo objetivo:
Aprendizado/Aperfeiçoamento/Capacitação.
Agradeço também, a meus familiares e
amigos e em especial a 02 (duas) parceiras de
trabalhos das quais tive o prazer de realizar essa
troca de conhecimento e aprendizado contínuo pela
paciência e as palavras encorajadoras, que sem
sombra de dúvida foi essencial durante todo o meu
processo de formação.
E foi fim, agradeço a todos os professores
que contribuíram para o meu processo de formação
profissional pela paciência, preocupação e incentivo
na elaboração dessa monografia, pois, sem seu
apoio não seria possível à realização deste.
A todos vocês, meu Muito obrigado!
.
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DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho à todos meus colegas de
trabalho, em especial a aos setores: Contas a
Receber/Contas a Pagar e Tesouraria ao qual
faço parte, pois foram eles que contribuíram para
que fosse possível a conclusão de mais uma
etapa na minha formação.
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RESUMO
O objetivo desde artigo é apontar qual a importância do fluxo de
caixa, como apoio ao processo de gestão e a tomada de decisão. Trata-se
de uma revisão bibliográfica pelo tema oferecido, mostrando a necessidade
de um controle financeiro, igualmente, a análise dos gestores referente aos
aspectos econômico-financeiros da empresa. Surge à necessidade do uso
de ferramentas eficientes e eficazes, capaz de auxiliar no processo de
gestão e tomada de decisão. Nesse ambiente, o fluxo de caixa torna -se
uma excelente ferramenta que possibilita o planejamento e o controle dos
recursos financeiros, mostrando os rumos financeiros dos negócios e
servindo como base para as futuras tomadas de decisões.
Ao analisar o fluxo de caixa (DFC), se o saldo for negativo,
significa que o gestor do DFC precisará reverter os gastos para aumentar a
entrada de dinheiro ou até mesmo evitar que o caixa fique ainda mais negativo.
Por outro lado, o saldo positivo demonstra que a empresa está conseguindo
manter sua saúde financeira cumprindo com suas obrigações.
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METODOLOGIA
A metodologia de pesquisa utilizada para elaboração da
monografia baseia-se em pesquisas bibliográficas, com base em livros
técnicos de área de Administração Financeira, bem como artigos e exemplos
postados na internet o que corresponde o assunto fluxo de caixa.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPITULO I
A importância do Fluxo de Caixa 11
CAPÍTULO II
Planejamento Financeiro 16
CAPÍTULO III
Tipos de Fluxo de Caixa 27
CONCLUSÃO 34
BIBLIOGRAFIA 36
ÍNDICE 38
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INTRODUÇÃO
O cenário empresarial globalizado tem inserido várias mudanças
na economia mundial, forçando nações a reverem suas políticas de
desenvolvimento para se adequarem à realidade mundial. Segundo Porter
(1986), esta nova ordem traz novos desafios à gestão dos negócios,
induzindo as empresas a reverem suas políticas gerenciais.
Cada vez mais, as empresas estão adotando estratégias que visem
à competitividade e permanência no mercado. Nesse sentido, muitos estudos
apontam que um dos grandes desafios enfrentados pelas organizações,
principalmente as micros e pequenas empresas, está correlacionado com a
falta de gestão financeira compatível.
Visto que a gestão financeira assume um importante papel dentro
das organizações e tem como requisito básico manter a organização
frequentemente em situação de liquidez, ou seja, proporcionar o equilíbrio
necessário entre os objetivos de lucro e os de liquidez financeira, quantificando
os planos os planos de ampliação de acordo com as possibilidades de
aquisição de recursos próprios ou de terceiros.
Entende-se que o fluxo de caixa é um instrumento obrigatório
para a gestão. Além disto, juntamente com outras ferramentas de análise e
controle econômico-financeiro, servem de contribuição para acumular
informações necessárias para de tomada de decisão.
Assim sendo, esse artigo tem como principal objetivo, apresentar
de uma forma clara e esclarecedora, os principais conceitos relacionados com
fluxo de caixa, mostrando a importância de utilizá-lo como suporte à gestão e
tomada de decisão.
O foco principal da pesquisa é “investigar qual é a importância
da gestão do fluxo de caixa como suporte à tomada de decisão empresarial. ”
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Desta maneira, a conclusão tem como objetivo apresentar uma
consideração, respondendo ao problema.
O presente trabalho evidencia a existência de ferramentas eficazes
na gestão empresarial. Como exemplo disso, o Fluxo de Caixa, que quando
feito com seriedade na gestão de uma empresa, contribui para o
acompanhamento das diretrizes e para o alcance das metas estabelecidas e
nas tomadas de decisões gerenciais.
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CAPÍTULO I
A IMPORTANCIA DO FLUXO DE CAIXA
A empresa realiza operações da venda, compras e investimentos
todos os dias que abrem as suas portas. Às vezes, o volume de
numerários é maior ou menor, dependendo do período em que se realizam
as compras e as vendas, bem como do interesse do mercado pelos produtos e
serviços da empresa.
Segundo Zdanowicz (1995, p.37), “denomina-se fluxo de caixa de
uma empresa ao conjunto de ingressos e desembolsos de numerários ao longo
de um período determinado”.
Com a realidade de mercado que as empresas estão enfrentando, a
crescente globalização da economia exigindo mais competitividade, a
acelerada evoluções tecnológica tornando cada vez menores os ciclos de
produção, a necessidade de cativar e encantar os clientes, sendo eles
diariamente mais exigentes e conscientes das alternativas que lhe são
oferecidas, tem requerido das empresas e dos indivíduos esforço contínuo de
melhoria de seus processos operacionais e de seus modelos de gestão.
Segundo (Zdanowicz, 1998),
Produzir mais e melhor, a valores competitivos, e, paralelamente, alcançar resultados suficientes para remunerar os investimentos realizados e necessários para manter e alargar a capacidade de reinvestir, essa conjugação de fatores aqui representados é que se reflete na administração do fluxo de caixa, constituindo-se num grande desafio para os administradores e os profissionais da área financeira.
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O processo administrativo leva os gestores a buscarem
incansavelmente alternativas para superar os desafios encontrados no seu
dia-a-dia.
De acordo com Zdanowicz (1998, p. 35) “o fluxo de caixa é um
instrumento útil ao processo de tomada de decisão, ou seja, através de prévias
análises econômico-financeiras e patrimoniais, obtêm-se as condições
necessárias para definir as decisões corretas”.
O fluxo de caixa é um dos principais instrumentos para garantir a
saúde financeira da empresa. É através dele que os gestores irão controlar
quanto dinheiro entra e sai do caixa. Este controle pode ser diário, semanal,
mensal, anual, dependendo de como o empreendedor prefere controlar as
finanças de seu negócio. Este relatório de contas é formado por todos os
dados obtidos com as movimentações dos recursos financeiros. São eles:
Receitas e Despesas.
Receitas: São obtidas, normalmente, através da venda de
mercadorias e serviços, mas também pode vir por meio de empréstimos,
vendas de bens da empresa, investimentos do proprietário e rendimentos de
aplicações.
Despesas: São geradas pela produção das mercadorias, pelas
despesas de venda (comissões, fretes, seguro de transporte, propaganda etc.),
despesas de administração (salários e encargos de pessoal, aluguel, água, luz,
telefone, internet, correio etc.) e despesas financeiras (juros e variação
cambial).
1.1 Fluxo de caixa x Tomada de Decisão
O objetivo principal do fluxo de caixa é identificar o que falta e o
que sobra. Desta forma, é possível organizar o planejamento da empresa e
prever as próximas ações. Quanto menor o período de acompanhamento, mais
eficiente ele será. Por exemplo: se uma empresa faz os lançamentos de
entrada e saída a cada sexta-feira, um problema pode levar até sete dias para
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ser detectado. Se por acaso o erro foi o lançamento de um produto com valor
errado, isto pode dar um grande prejuízo à empresa. Se o acompanhamento
fosse diário, no mesmo dia o gestor conseguiria identificar e buscar a solução.
De acordo com Andrade (1998, p.2), decisão se define como “um
curso de ação escolhido pela pessoa, como o meio mais efetivo à sua
disposição para alcançar os objetivos procurados, ou seja, para resolver o
problema que a incomoda”. Logo, decisão é um processo que se desenvolve a
partir do momento em que foi detectado um problema, o que é feito através de
sintomas de que algo está saindo do estado normal ou planejado.
O exercício de administrar um negócio, seja ele de pequeno ou
grande porte, é uma tarefa que se apresenta cada dia mais difícil. Os gestores
correm riscos cada vez maiores. O aumento da competitividade, a
globalização, a estabilização da nossa economia, o surgimento de novas
tecnologias, clientes mais exigentes quanto a preços e qualidade, cria a
necessidade contínua de reciclar produtos e processos na busca de menores
custos, sem perda da qualidade. Isto força as empresas a se reciclarem e a se
organizarem. As que não dão a devida atenção a todos estes fatores, e a seus
setores, principalmente a saúde financeira de seus negócios, tendem à morte
prematura.
Cada vez mais as empresas necessitam estar totalmente afinadas
com seus colaboradores partilhando dos mesmos objetivos. Todos devem
partilhar da visão, missão e dos valores da empresa para que a mesma tenha
sucesso, e todos os interessados, sejam os investidores, funcionários, clientes,
governo, entre outros, sejam beneficiados. No entender de Prezes Jr (1997,
p.16), “o modelo de gestão adotado representa a forma pela qual a empresa irá
desenvolver o seu negócio. Esse modelo é decorrente da missão estabelecida
e dos propósitos e objetivos a serem alcançados”.
1.1.1 Instrumentos ou ferramentas de gestão
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Os dias atuais exigem que as riquezas sejam mais bem geridas, e
isto não pode mais ser feito de modo empírico, havendo necessidade de uma
gestão embasada em informações confiáveis, que diminuam o risco nos
empreendimentos e, segundo Arantes (1998), a administração, nesta tarefa,
pode ser auxiliada por instrumentos de gestão.
Para tanto às ferramentas de gestão devem ser utilizadas para
diminuir riscos, fornecendo o planejamento e o controle, diretrizes para a
consecução dos objetivos empresariais. Ackoff apud Frezatti (1999, p.16)
assevera que “planejar significa decidir antecipadamente”.
1.2 O Papel do Fluxo de Caixa
De acordo com Campos Filho (1997), “Entende-se como Fluxo de
Caixa o registro e controle sobre a movimentação do caixa de qualquer
empresa, expressando as entradas e saídas de recursos financeiros ocorridos
em determinados períodos de tempo”.
O Fluxo de Caixa assume importante papel no planejamento
financeiro das empresas. Portanto, constitui-se num exercício dinâmico, que
deve ser constantemente revisto, atualizado e utilizado na tomada de decisões.
Para Zdanowicz (1998, p. 33), “o fluxo de caixa é o instrumento que
permite demonstrar as operações financeiras que são realizadas pela
empresa”, o que possibilita melhores análises e decisões quanto à aplicação
dos recursos financeiros de que a empresa dispõe.
O Fluxo de Caixa constitui ferramenta importante para a boa
administração e avaliação das organizações. Sua adoção possibilita boa
gestão dos recursos financeiros, evitando situações de insolvência ou falta de
liquidez que representam sérias ameaças à continuidade das organizações.
A conveniente utilização da ferramenta fluxo de caixa também
possibilita o conhecimento do grau de independência financeira das
organizações, com base na avaliação de seu potencial para geração de
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recursos no futuro, saldar seus compromissos e remunerar seus
empreendedores.
A ferramenta fluxo de caixa viabiliza, ainda, a avaliação da
capacidade de financiamento do seu capital de giro ou se depende de recursos
externos, permitindo conhecer a capacidade de expansão com recursos
próprios, gerados a partir de suas próprias operações e aferir o potencial
efetivo das organizações para programar decisões de investimento,
financiamento, distribuição de lucros e/ou pagamento de dividendos.
Também, gera indicadores do momento ideal para a realização de
empréstimos ou captações de recursos externos, tanto para a cobertura
de eventuais situações de déficits, como para implementar decisões que
dependem de contribuição adicionais, além de orientar as aplicações dos
excedentes de caixa (superávits) no mercado financeiro. Possibilita maiores
ganhos para a organização e melhor compatibilização dos prazos.
Segundo Frezatti (1997, p. 27), “A geração de caixa é algo
fundamental na organização, em seu estágio inicial, em seu desenvolvimento e
mesmo no momento de sua extinção”.
Considerar o fluxo de caixa de uma organização instrumento
gerencial, não significa que ela vai prescindir da contabilidade e dos
relatórios gerenciais por ela gerados. Ao contrário, com o fortalecimento dos
relatórios gerenciais gerados pela contabilidade, se pretende aliar a
potencialidade do fluxo de caixa para melhor gerenciar suas decisões.
Trata-se de considerar que o fluxo de caixa também deve ser
recepcionado como instrumento que traga subsídios para o processo de
tomada de decisões. O simples reconhecimento disso já é um passo para
que os gestores do negócio possam dispor de informações adequadas.
Segundo Frezatti (1997, p. 24), é muito comum em uma situação
crítica de falta de liquidez de uma empresa, a priorização do caixa.
Empresas em dificuldades de negócios, concordatárias e/ou que estejam
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tentando evitar a falência, colocam-se desesperadamente nas mãos do fluxo
de caixa para perseguir a saída das situações de dificuldade. Para uma
perfeita análise das informações, o Fluxo de Caixa de uma organização,
deve apresentar estrutura com determinado grau de detalhamento, para que
o administrador possa analisar entender e decidir adequadamente sobre sua
liquidez.
Segundo Yoshitake e Hoji (1997, p. 149), os analistas de balanços
com visão moderna dão mais importância ao fluxo de caixa:
[...] não é muito importante saber se uma empresa teve lucro ou prejuízo em determinado exercício, pois o resultado pode ter sido maquilado por algum artifício contábil permitido pela lei e, portanto, sem conhecer o fluxo de caixa, não se pode saber que capacidade a empresa tem em gerar receita.
Os Fluxos Operacionais representam todos os gastos relacionados
com a produção e comercialização dos bens e serviços da empresa. Devem
conter como entradas a cobrança das vendas dos produtos/serviços gerados e
comercializados, e como saídas, os elementos que estão ligados à geração,
administração e comercialização de produtos como: pagamentos a
fornecedores, e demais gastos.
Os Fluxos de Investimentos envolvem a aquisição e venda de ativos
que serão utilizados na produção de bens uso serviços, concessão e
recebimento de empréstimos, movimentações relativas às aplicações
financeiras e participações em outras empresas.
São consideradas entradas de Atividades de Investimentos:
recebimento de empréstimos concedidos, recebimentos por resgate de
aplicações financeiras, recebimento por vendas de participações acionárias em
outras empresas dentre outras. E como saídas: desembolso por concessão
de empréstimos, pagamento para aquisição de título financeiro, pagamentos
para aquisição de participação acionária em outras empresas.
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Segundo Campos Filho (1999, p. 27) “A maneira mais fácil de definir
Investimento é por meio da relação descrita e o conceito é, basicamente, o
mesmo que a maioria dos profissionais já tem, em linhas gerais, corresponde
ao grupo Ativo Permanente do Balanço Patrimonial”.
Os Fluxos de Financiamento que fazem o somatório dos demais
fluxos, no caso de sobras dos recursos, existe saída para aplicação. E na falta
de caixa, existe resgate de investimento ou mesmo captação de recursos.
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CAPÍTULO II
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
O processo de planejamento do Fluxo de Caixa da empresa consiste
em implantar estrutura de informações útil, prática e econômica. A proposta é
dispor de mecanismo seguro para estimar os futuros ingressos e desembolsos
de caixa da empresa.
Zdanowicz afirma, (1995, p. 50) “é importante o planejamento do
fluxo de caixa, porque irá indicar antecipadamente as necessidades de
numerários para o atendimento dos compromissos que a empresa costuma
assumir com prazos certos para serem saldados”.
O fluxo de caixa é um dos instrumentos mais eficientes de
planejamento e controle financeiro, o qual poderá ser elaborado de diferentes
maneiras, conforme as necessidades ou conveniências da empresa, a fim de
permitir que se visualizem os futuros ingressos de recursos e os respectivos
desembolsos.
Caso haja excedentes financeiros, permitirá ao administrador
financeiro estudar a destinação mais eficiente dos mesmos. Se houver
escassez de recursos financeiros, possibilitará a ele captar nas fontes menos
onerosas do mercado. Cumpre destacar que, na captação e na aplicação de
recursos financeiros por parte da empresa, deverá ser fixado, entre outros
fatores, o prazo de operação.
Por exemplo, na aplicação de recursos no mercado financeiro (fundo
de Aplicações Financeiras), o administrador financeiro deverá levar em
consideração não só a taxa de juros que será paga pela instituição financeira,
mas também a segurança da operação e o período que excede, será aplicado,
pois a empresa é indústria, comércio ou prestadora de serviços, e não uma
especuladora no mercado financeiro.
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O Fluxo de Caixa projetado pode ser expresso de forma
genérica pela seguinte equação, segundo Zdanowicz (1995, p. 49):
SFC = SIC + I – D
Onde:
SFC = Saldo final de caixa;
SIC = Saldo inicial de caixa;
I = Ingressos
D = Desembolsos
Nestes termos, o fluxo de caixa é o instrumento utilizado pelo
administrador financeiro, com a finalidade de detectar se o saldo inicial de
caixa adicionado ao somatório de ingressos, menos o somatório de
desembolsos em determinado período, apresentará excedentes de caixa ou
escassez de recursos financeiros pelas empresas.
2.1 Importância do Planejamento
Segundo Ross (1998, p.82), “Planejamento Financeiro formaliza a
maneira pelo qual os objetivos financeiros podem ser alcançados. Em visão
mais sintetizada, um plano financeiro significa uma declaração do que a
empresa deve realizar no futuro”. O planejamento dá a empresa subsídios,
para que não seja surpreendida e possa ter uma alternativa já prevista, caso
tenha que tomar uma decisão.
Gitman (1997, p.588) menciona
“O planejamento financeiro é um dos aspectos importantes para funcionamento e sustentação de uma empresa, pois fornece roteiros para dirigir, coordenar e controlar suas ações na consecução de seus objetivos. Dois aspectos-chave do planejamento financeiro são o planejamento de caixa e de lucros. O primeiro envolve o planejamento do orçamento de caixa da empresa; por sua vez, o planejamento de lucros é
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normalmente realizado por meio de demonstrativos financeiros projetados, os quais são úteis para fins de planejamento financeiro interno, como também comumente exigidos pelos credores atuais e futuros”
Um bom planejamento financeiro deve prever o que acontecerá caso
o planejado não ocorra, frustrando as expectativas dos executivos e do
mercado ou se o mercado não estiver aquecido o suficiente para dar o retorno
esperado.
Deste modo, o objetivo do planejamento financeiro é evitar
surpresas e desenvolver planos alternativos.
É importante o planejamento do fluxo de caixa, porque irá indicar
antecipadamente as necessidades de numerário para o atendimento dos
compromissos que a empresa costuma assumir, considerando os prazos para
serem saldados. Com isso, o administrador financeiro estará apto a planejar
com a devida antecedência, os problemas de caixa que poderão surgir em
consequência de reduções cíclicas das receitas ou de aumento no volume dos
pagamentos.
Segundo Gitman, (1997, p. 586)
[...] O planejamento de caixa é a espinha dorsal da empresa. Sem ele não se saberá quando haverá caixa suficiente para sustentar as operações ou quando se necessitará de financiamentos bancários. Empresas que continuamente tenham falta de caixa e que necessitem de empréstimos de última hora, poderão perceber como é difícil encontrar bancos que as financie.
Outro papel importante que desempenha o fluxo de caixa é a
possibilidade de evitar a programação de desembolsos vultosos para período
em que o ingresso orçado seja baixo por questões de mercado, por exemplo.
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O planejamento do fluxo de caixa permite ao administrador
financeiro verificar se poderá realizar aplicações a curto prazo com base na
liquidez, na rentabilidade e nos prazos de resgate.
O fluxo de caixa é de vital importância para a eficiência econômico–
financeira e gerencial das empresas, sejam elas, micro, pequenas, médias ou
grandes. Muitas instituições de crédito exigem sua apresentação antes de
concederem empréstimos a seus clientes.
2.2 Prazo de Planejamento do Fluxo de Caixa
Segundo Zdanowicz (1995, p. 51),
[...] O período abrangido pelo planejamento do fluxo de caixa depende do tamanho e ramo de atividade da empresa. Em geral, quando as atividades estão sujeitas a grandes oscilações, a tendência é para estimativas com prazos curtos (diário, semanal, mensal), enquanto as empresas que apresentam volume de vendas estável, preferem projetor o fluxo de caixa para período longos (trimestral, semestral ou anual).
A finalidade do planejamento também influi no período abrangido
pelo mesmo. Por exemplo, para um programa de investimento intensivo por
parte da empresa, torna-se conveniente planejamento mais detalhado,
referente a um prazo menor, para se dar idéia aproximada da projeção de
saldos mensais durante o exercício social.
Como toda a empresa tem mais de uma espécie de necessidade
financeira, precisa ter estimativas com prazos variáveis, de acordo com as
respectivas finalidades.
Frezatti (1999) afirma que “É importante à empresa trabalhar com
um planejamento mínimo para três meses. O fluxo de caixa mensal deverá,
posteriormente, transformar-se em semanal e este em diário”.
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O modelo diário fornecerá a posição dos recursos em função dos
ingressos e desembolsos de caixa, constituindo-se em poderosos instrumentos
de planejamento e controle financeiros para empresa.
Segundo Zdanowicz (2001, p. 51) “O planejamento do fluxo de caixa
em longo prazo dispensa a apresentação de muitos detalhes, pois tem em vista
apenas relacionar alterações significativas nos futuros saldos de caixa da
empresa”.
2.3 Elaboração do Fluxo de Caixa
O fluxo de caixa é um dos instrumentos mais eficientes de
planejamento e de controle financeiro, o qual poderá ser elaborado de
diferentes maneiras, conforme as necessidades ou conveniências de cada
empresa, a fim de permitir que se visualizem os ingressos de recursos e os
respectivos desembolsos.
O período ideal para um planejamento de pelo fluxo de caixa é um
mínimo de três meses, segundo Zdanowicz (1995).
O fluxo de caixa mensal deverá, posteriormente, transformar-se em
semanal e este em diário. O modelo diário fornecerá a posição dos recursos
em função dos ingressos e dos desembolsos de caixa, e constitui-se em
poderoso instrumento de planejamento e de controle financeiro para a
empresa.
Elabora-se o fluxo de caixa a partir das informações recebidas dos
diversos departamentos, setores, seções da empresa, de acordo com o
cronograma anual ou mensal de ingressos e de desembolsos, remetidos ao
departamento ou gerência financeira.
Segundo Zdanowicz, (1995, p. 52) as seguintes informações ou
estimativas, segundo os períodos de tempo, são úteis para a elaboração do
fluxo de caixa:
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a) projeção de vendas, considerando-se as
prováveis proporções entre as vendas à vista e a
prazo da empresa;
b) estimativa das compras e as respectivas
condições oferecidas pelos fornecedores;
c) levantamento das cobranças efetivas com os
créditos a receber de clientes;
d) determinação da periodicidade do fluxo de
caixa, de acordo com as necessidades,
tamanho, organização da empresa e ramo de
atividade;
e) orçamento dos demais ingressos e desembolsos
de caixa para o período.
No entender de Oliveira (1999) o planejamento pode ser conceituado
como um processo, desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de
um modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de
esforços e recursos pela empresa.
Para Ross, Westerfield e Jaffe (1995, p.525) “o planejamento é um
processo que, na melhor das hipóteses, ajuda à empresa a evitar tropeçar no
seu futuro andando para trás, obriga a empresa a refletir sobre sua meta”.
Para se fazer uns fluxos de caixa, devem-se conhecer todas as
receitas (com datas de entrada) e todas as despesas (com datas de
vencimento).
As principais receitas são: vendas à vista, recebimento de vendas a
prazo, aumento de capital social, vendas dos itens do Ativo Permanente,
receita de aluguéis e resgate de aplicações no mercado financeiro. As
principais despesas são: custos para financiar o ciclo operacional da empresa
(aluguel, mão-de-obra, matéria-prima, luz, telefone, água), amortizar os
empréstimos e/ou financiamentos.
Na elaboração do fluxo de caixa utilizam-se mapas auxiliares que
são muito úteis, eis alguns: mapa auxiliar de recebimento de vendas a prazo,
de recebimento de vendas a prazo com atraso, de pagamentos das compras a
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prazo, planilha de recebimentos, planilha de projeção das compras, planilha
de pagamentos, planilha de despesas administrativas.
2.3.1 Transações que Aumentam o Caixa
A disponibilidade do caixa aumenta através de algumas transações:
Integralização do capital pelos sócios ou acionistas, empréstimos bancários e
financeiros, venda de itens do Ativo Permanente, vendas à vista e recebimento
de duplicatas a receber, outras entradas, como juros recebidos, dividendos
recebidos, indenizações de seguros.
2.3.2 Transações que Diminuem o Caixa
A diminuição da caixa se dá com o pagamento de dividendos a
acionistas, pagamento de juros, correção monetária da dívida e amortização
da dívida, aquisição de itens do Ativo Permanente, compras a vista e
pagamento de despesa/custo conta a pagar e outros pagamento de
fornecedores.
2.3.3Transações que não afetam o Caixa
Há também transações que não afetam o caixa da empresa,
depreciação, amortização e exaustão que são reduções de Ativo, sem afetar o
caixa, provisão para devedores duvidosos estimativa de prováveis perdas com
clientes que não representa o desembolso ou encaixa, acréscimo (ou
diminuição) de itens de investimentos pelo método de equivalência patrimonial,
assim como correção monetária poderá haver aumentos ou diminuições em
itens de investimentos sem significar que houve vendas ou novas aquisições.
2.4 Modelo de Fluxo de caixa
O fluxo de caixa é elaborado de acordo com o tipo de atividade
econômica, dependendo também do porte da empresa e de seu processo de
comercialização.
Considerando-se a legislação tributária vigente, as empresas de
pequeno porte classificam-se em optantes e não optantes pelo SIMPLES, em
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nível federal, segundo o ramo de atividade e faturamento anual, conforme a lei
nº. 9.317/96 e alterações posteriores. Sendo optante pelo SIMPLES elas
classificam-se em micro- empresa ou empresa de pequeno porte, de acordo
com o faturamento anual.
Como modelo, foi usada hipoteticamente uma empresa de pequeno
porte optante pelo simples em níveis federal e estadual, sendo firma
individual, que tem por atividade comercial a venda de produtos
farmacêuticos, não possuindo estabelecimento próprio e com quatro
funcionários. Esta empresa denominar-se-á “Drogaria Remedin”. As
transações financeiras da empresa – Drogaria Remedin – estão a seguir
relacionadas.
A entrada de recursos é com recebimentos através de vendas a
vista (80%) e a prazo - 30 dias (20%); Não houve outras entradas de caixa,
como venda de ativo permanente, financiamento e integralização de capital.
Os desembolsos são com: fornecedores (mercadorias – à vista 80%
e a prazo 20% em 30 dias. Já os transportes são a vista). Remuneração de
pessoal (salários, férias, 13º salário) no quinto dia útil, encargos sociais (FGTS)
no sétimo dia do mês seguinte, impostos e taxas (SIMPLES, ICMS, IPTU,
alvará de localização e de saúde) no 10º dia do mês seguinte, financiamentos
bancários no vencimento, despesas administrativas (aluguel, telefone,
honorários “pró-labore”, água, luz) no quinto dia, despesas financeiras
(despesas bancárias no dia 30 e juros a pagar quando ocorrer), e outros. O
saldo inicial de caixa é igual ao de 31.12. X0, no valor de R$ 2.000,00.
Outros dados da empresa a serem considerados na elaboração do
fluxo de caixa: o nível desejado de caixa para o mês seguinte é de 5% a mais
em relação ao anterior. Em caso de excedentes, será aplicado no mercado
financeiro, para resgate em 30 dias. Havendo escassez de recursos, a
empresa captará recursos em Bancos, com amortização em 60 dias.
De acordo com transações anteriores, projetou-se um período de
atividade de dezembro de x0 a junho x1.
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Quadro nº. 1. Demonstrativo das projeções de transações no
período considerado.
Dezembro Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
Vendas mercadorias 15.000,00 12.000,00 18.000,00 15.000,00 17.000,00 20.000,00 23.000,00
Compras mercadorias 7.500,00 6.000,00 9.000,00 7.500,00 8.500,00 10,000,00 11.500,00
Remuneração pessoal 3.000,00 2.500,00 3.200,00 3.000,00 3.000,00 4.000,00 4.200,00 Encargos Sociais 240,00 200,00 256,00 240,00 240,00 320,00 336,00 Financiam.e Emprést,
Despesas Administrat.
Luz 48,00 40,00 52,00 48,00 50,00 56,00 59,00
Água 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 Aluguel 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00
Telefone 62,00 65,00 61,00 70,00 61,00 72,00 80,00
Honorários 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00
Pro-labore 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00
Material de Escritório 22,00 15,00 18,00 25,00 20,00 30,00 25,00
Despesas Financeiras 55,00 50,00 60,00 55,00 58,00 62,00 65,00 Impostos e taxas
SIMPLES(5,4%) 810,00 648,00 972,00 810,00 918,00 1.080,00 1.242,00
ICMS 750,00 600,00 900,00 750,00 850,00 1.000,00 1.150,00
IPTU 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00
Alvarás localizaç e saúd 320,00
Fonte: Acadêmico Silvestre Q.Gonçalves em pesquisa monográfica.
Quadro nº. 2. Mapa de recebimento de vendas:
Recebimento/ve
ndas
Receita
janeiro
fevereiro
Março
abril
maio
junho
Dezembro 15.000,00 3.000,00
Janeiro 12.000,00 2.400,00
Fevereiro 18.000,00 3.600,00
Março 15.000,00 3.000,00
Abril 17.000,00 3.400,00
Maio 20.000,00 4.000,00
Junho 23.000,00
Vendamês 9.600,00 14.400,00 12.000,00 13.600,00 16.000,00 18.400,00
26
Somatorio 12.600,00 16.800,00 15.600,00 16.600,00 19.400,00 22.400,00 Fonte: Acadêmico Silvestre Q.Gonçalves em pesquisa monográfica.
O mapa de recebimento de venda foi disposto na planilha onde o
valor de venda mês é multiplicado pela porcentagem da venda mês.
Quadro nº. 3. Mapa de pagamento de compras:
Fonte: Acadêmico Silvestre Q.Gonçalves em pesquisa monográfica.
O mapa de compra de mercadorias foi disposto em planilha
onde o somatório é o desembolso que foi efetuado a fornecedores mês a
mês, sendo parte à vista e parte a prazo. A seguir estes valores foram
transportados para o quadro do fluxo de caixa.
Quadro nº. 4. Fluxo de Caixa Método Direto.
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho
1- ENTRADAS
Receita de vendas à vista 9.600,00 14.400,00 12.000,00 13.600,00 16.000,00 18.400,00
Receita de vendas a prazo 3.000,00 2.400,00 3.600,00 3.000,00 3.400,00 4.000,00
Receita de operações bancarias
Pagamentos/Compras janeiro fevereiro março abril maio junho
Dezembro 7.500,00 1.500,00
Janeiro 6.000,00 1.200,00
Fevereiro 9.000,00 1.800,00
Março 7.500,00 1.500,00
Abril 8.500,00 1.700,00
Maio 10.000,00
2.000,00 Junho
11.500,00
Compras mês
4.800,00 7.200,00 6.000,00 6.800,00 8.000,00 9.200,00
Somatório 6.300,00 8.400,00 7.800,00 8.300,00 9.700,00 11.200,00
27
Financiamentos e empret.
TOTAL DAS ENTRADAS 12.600,00 16.800,00 15.600,00 16.600,00 19.400,00 22.400,00
2- SAÍDAS
Compras à vista 4.800,00 7.200,00 6.000,00 6.800,00 8.000,00 9.200,00
Pagamento de forneced.
1.500,00
1.200,00
1.800,00
1.500,00
1.700,00
2.000,00
Remuneração de pessoal 2.500,00 3.200,00 3.000,00 3.000,00 4.000,00 4.200,00
Encargos Sociais 200,00 256,00 240,00 240,00 320,00 336,00
Financiamentos e empret.
Despesas Administrativas
Luz 40,00 52,00 48,00 50,00 56,00 59,00
Agua 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00 25,00
Aluguel 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00 400,00
Telefone 65,00 61,00 70,00 61,00 72,00 80,00
Honorários 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00 300,00
Pro-labore 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00 900,00
Materiais de escritorio 15,00 18,00 25,00 20,00 30,00 25,00
Despesas Financeiras 50,00 60,00 55,00 58,00 62,00 65,00
Impostos e taxas
SIMPLES(5,4%) 648,00 972,00 810,00 918,00 1.080,00 1.242,00
ICMS 600,00 900,00 750,00 850,00 1.000,00 1.150,00
IPTU 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00 35,00
Alvarás Localiz e saud
320,00
TOTAL DAS SAÍDAS 12.398,00 15.579,00 14.458,00 15.157,00 17.980,00 20.017,00
3-Diferença do período(1-2) 202,00 1.221,00 1.142,00 1.443,00 1.420,00 2.383,00
4- SALDO INICIAL DE CAIXA
2.000,00
2.100,00
2.205,00
2.315,25
2.431,00
2.552,56
5- Disponib. Acum. (3+4) 2.202,00 3.321,00 3.347,00 3.758,25 3.851,00 4.935,56
6-Nível Desejado 2.100,00 2.205,00 2.315,25 2.431,00 2.552,56 2.680,19
7-Empréstimos a captar
8- Aplicações no mercado (102,00) (1.116,00) (1.031,75) (1.327,25) (1.298,44) (2.255,37)
9- Amortizações
10- Resgates 102,00 1.116,00 1.031,75 1.327,25 1.298,44
11- SALDO FINAL DE CAIXA
2.100,00
2.205,00
2.315,25
2.431,00
2.552,56
2.680,19 Fonte: Acadêmico Silvestre Q.Gonçalves em pesquisa monográfica.
Com base nas transações de períodos anteriores, o administrador
da empresa analisada projetou sua atividade para o próximo semestre tendo,
com isso, a possibilidade de tomar decisões em relação ao saldo excedente
28
disponível em caixa, podendo inclusive modificar sua política de compra e
venda
29
CAPÍTULO III
OS TIPOS DE FLUXO DE CAIXA
Cada empresa tem uma forma de organizar o fluxo de caixa. Este
jeito vai depender do tamanho da empresa, dos seus objetivos financeiros e do
tempo e pessoal disponíveis para o trabalho. O ideal é que o fluxo seja dividido
em três tipos, para facilitar a compreensão do que a empresa tem, quanto ela
ganha, o que ela gasta, quanto tem para investir e quando pode investir.
O fluxo de caixa é uma demonstração dinâmica, que oferece ao
gerente financeiro uma bagagem de informações que o ajudará na tomada de
decisões. Representa a previsão, o controle e o registro de entradas e saídas
financeiras durante determinado período, contendo informações sobre a vida
financeira da empresa.
3.1 Fluxo de Caixa Operacional
É o que mantém a empresa funcionando, que financia o negócio. É
neste tipo que estarão as receitas das vendas de mercadorias e serviços e as
despesas geradas pela produção, venda e administração, desde a compra de
matéria-prima e gasto com transporte até o pagamento de funcionários e a
energia elétrica. É aqui que estará o dia a dia dos negócios.
O ciclo operacional varia em função do setor de atividade e das
características de atuação de cada empresa. Empresas prestadoras de
serviços possuem ciclos diferentes das empresas industriais ou comercias, e
mesmo entre si, de acordo com o setor, podem sofrer períodos de
sazonalidade diversos.
Ainda no entendimento dos mesmos autores, o ciclo financeiro mede
exclusivamente as movimentações de caixa. Abrangendo o período
compreendido entre o desembolso inicial de caixa e o recebimento da venda do
30
produto ou serviço, representa efetivamente o período em que a empresa irá
necessitar de financiamento para suas atividades.
Ross, Westerfield e Jaffe (1995, p.538), afirmam que o ciclo de caixa
“começa quando se faz o pagamento de compras de matérias-prima e termina
quando se recebe dos clientes”, isto é, o período entre a saída e o recebimento
do dinheiro.
Assaf Neto e Silva (1997), identificam ainda, o ciclo econômico que
considera unicamente as ocorrências de natureza econômica, envolvendo a
compra dos materiais até a respectiva venda, não levando em conta os reflexos
de caixa. Os autores demonstram que a partir do ciclo operacional, podem ser
identificados o ciclo financeiro (caixa) e o ciclo econômico.
A partir da relação existente entre os ciclos, Marques & Braga (1995)
e Ross, Westerfield e Jaffe (1995), entendem que através dos índices e das
diferenças matemáticas podemos determinar o tempo de cada um dos ciclos.
Segundo Brasil & Brasil (1999, p.17) “o insumo mais importante da
empresa é o tempo”. E isto se torna mais verdadeiro, quanto mais competitivo
se torna o mercado e a empresa necessita de redução nos seus custos
operacionais e financeiros.
A gestão deve tomar decisões embasadas em informações o menos
empíricas possíveis pois quanto maior o ciclo financeiro maior o tempo de
utilização de financiamentos e, portanto, maior custo.
Silva (1999, p.372) salienta que “ao longo do tempo, ou seja, no
decorrer de um exercício social para outro, as variações sofridas poderão
provocar mudanças na saúde financeira da empresa”.
3.2. Fluxo de Caixa Financeiro
Aqui estará registrado o patrimônio da empresa, o que ela conseguiu
acumular em um determinado período de tempo. São os registros das entradas
31
e saídas, porém não o que está acontecendo agora, mas sim as previsões de
lucros e gastos. É deste caixa que, se necessário, haverá uma retirada para
cobrir uma despesa extra, como a compra de um maquinário que estragou. Os
pedidos e pagamentos de empréstimos também ficam registrados aqui.
E no caso de insuficiência de recursos, ocorre à entrada por meio de
resgate de investimentos, ou por meio de captação de recursos com terceiros.
3.3. Fluxo de Caixa para Investimentos
Pode ser considerado o local da “sobra” do dinheiro. Depois de
receber e pagar as contas em dia e fazer o planejamento para o futuro, com as
previsões necessárias, é possível, e desejável, que haja dinheiro em caixa não
comprometido com mais nada. O ideal é que esta sobra seja direcionada para
investimentos diferentes daquele da sua empresa, desde uma simples
poupança com rendimento fixo mensal até ações na bolsa de valores. Depende
do que o empreendedor busca. O importante é não deixar o dinheiro parado,
pois não representa benefício algum.
Os fluxos permanentes, que está ligado aos investimentos no ativo
permanente da empresa; o fluxo dos acionistas, que indica as transações que
afetam os mesmos e que são derivadas de decisões de capitalização ou de
distribuição do lucro ou redução do capital.
3.4. Controle Rígido
Manter um controle rígido das movimentações financeiras é a melhor
forma que as empresas têm de fazer um planejamento eficiente. Saber o que
entra e sai do caixa pode evitar um dos principais problemas, ter lucro e
mesmo assim endividar-se e ter que fechar as portas. A forma mais simples de
fazer o controle é usar o livro caixa, pois ele contém o histórico financeiro da
empresa em ordem cronológica. Quanto mais detalhado for o registro no livro,
melhor. Uma das principais recomendações é a atualização diária, sendo
importante manter um bom controle de contas a receber, contas a pagar, saldo
32
de aplicações financeiras, faturamento, vendas à vista e a prazo, enfim um
controle efetivo das finanças da empresa.
Segundo Macário (2009, p. 11), “o fluxo de caixa ajuda o gestor
financeiro nas decisões para manter a sua empresa no mercado”.
Para empresas novas ou em fase de desenvolvimento, a projeção
do fluxo de caixa pode significar a diferença entre sucesso e fracasso. Já para
as demais, mostra seu comportamento, podendo detectar se está em
crescimento ou estagnada.
Segundo Zdanowicz (1998, p.19) “O fluxo de caixa é o instrumento
que permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e
controlar os recursos financeiros de sua empresa para um determinado
período”.
A manutenção do controle apresenta algumas vantagens, entre elas:
Planejar e controlar as entradas e saídas de caixa num período de tempo
determinado; Auxiliar o empresário a tomar decisões antecipadas sobre a falta
ou sobra de dinheiro na empresa; Verificar se a empresa está trabalhando com
aperto ou folga financeira no período avaliado; Verificar se os recursos
financeiros próprios são suficientes para tocar o negócio em determinado
período ou se há necessidade de recursos com terceiros; Avaliar se o
recebimento das vendas é suficiente para cobrir os gastos assumidos e
previstos no período; Verificar a necessidade de realizar promoções e
liquidações, reduzir ou aumentar preços objetivando o ingresso de recursos na
empresa; Avaliar a capacidade de pagamentos antes de assumir
compromissos.
Além disso, quando utilizado em conjunto com as demais
demonstrações contábeis, o fluxo de caixa oferece informações que habilitam
os gestores a avaliar as mudanças nos ativos líquidos e na estrutura financeira
(liquidez e solvência) da empresa.
33
3.4.1 Ferramentas de Controle
Como já foi dito, o fluxo de caixa é uma ferramenta indispensável
para a visualização das entradas e saídas de dinheiro da empresa. Com ele, os
empreendedores têm nas mãos dados que permitem a tomada de decisões
quanto a planejamento futuro, cortes de gastos, investimentos e outras
movimentações financeiras. Mas se você não consegue controlar o fluxo de
caixa ou está fazendo isso sem colher um resultado positivo, pode estar
fazendo algo de errado. Veja na página a seguir alguns erros que podem
atrapalhar o bom andamento do seu trabalho.
Não ter categorias Apesar de existirem softwares e programas que
auxiliam empresários no fluxo de caixa, a maneira mais simples é montar uma
planilha. Apenas registrar todos os gastos e despesas não é o suficiente para
tomar decisões. O ideal é separar os valores em categorias. Faça colunas para
custos com ocupação, como aluguel, IPTU e até água e luz, para custos com
pessoal, incluindo salários e benefícios, e também para custos administrativos
e relacionados a vendas. Desta forma, fica mais fácil identificar, por exemplo,
onde a empresa gasta mais e até como seria possível reduzir custos. Não ter
um acompanhamento diário O padrão mais comum de fluxo de caixa é mensal,
ajudando o empresário a avaliar o desempenho do negócio naquele mês. Na
prática, é melhor acompanhar diariamente, pois este tipo de relatório não serve
para ver quanto se está gastando, para falar de passado, mas sim para ajudar
com o futuro.
Lançar vendas e não recebimentos uma nova venda sempre é
recebida pela empresa como dinheiro no bolso e muitos empresários se
precipitam e lançam os valores na planilha. No fluxo de caixa, o que deve ser
lançado são as receitas e não as vendas. A receita é aquilo que entrou de
dinheiro. Se fizer uma venda em três vezes, por exemplo, vai ter que lançar o
pagamento em três vezes também. O mesmo vale para pagamentos. Se você
recebeu um prazo maior, por exemplo, para quitar uma dívida, o registro desta
saída deve ser mudado de data. Este é o ponto de partida para um fluxo de
caixa bem feito. Não ser realista é com o acompanhamento diário que o
34
empresário vai aprendendo como o negócio se comporta mês a mês e pode se
preparar para períodos de baixa. Isso só acontece se os dados usados
estiverem de acordo com a realidade. Empresas projetam fluxo de caixa de até
dois anos, com o que imaginam que vai ser a atividade. Cada vez que
aumentam as expectativas de venda, aumentam os gastos também
3.4.2 Liquidez
Uma das determinantes do sucesso ou fracasso de uma empresa é
a liquidez, isto é, a capacidade de saldar seus compromissos nas datas
aprazadas. No estudo de Silva (1999), a importância da análise da liquidez de
uma empresa está em identificar sua capacidade de honrar com seus
compromissos de curto prazo.
Com liquidez a empresa terá recursos para saldar em tempo hábil os
compromissos assumidos para com terceiros, podendo obter descontos,
manter a credibilidade, aproveitar oportunidades de negócios que surgem no
mercado.
Dalbello (1999) em seu estudo afirma que a liquidez é eficaz quando
os meios de pagamentos se convertem, em tempo hábil, em dinheiro para
cobrir as necessidades de pagamento da empresa. Os giros dos meios de
pagamento devem ser aptos para acompanhar os giros das necessidades de
pagamento. Para que isto aconteça, os estoques devem ser vendidos em
tempo hábil e, as duplicatas recebidas para que exista dinheiro suficiente para
cobrir o que se precisa pagar. Só assim haverá eficácia em sua liquidez.
É neste sentido que o tempo, no sistema de liquidez, depende da
conjugação das velocidades entre os meios de pagamento e a necessidade de
pagamento para que ocorra o equilíbrio no sistema da liquidez.
A análise de liquidez envolve basicamente, o conhecimento da
capacidade financeira de uma empresa em liquidar seus diversos
compromissos passivos nos prazos combinados. Na análise tradicional, são
utilizados diversos indicadores operacionais da liquidez, tais como liquidez
35
corrente, liquidez seca, giro do circulante, entre outros. Estas medidas
procuram explicar e qualificar a capacidade financeira das empresas.
Porém as demonstrações contábeis, conforme a situação da
empresa, podem apresentar uma situação de liquidez irreal. Podem apresentar
estoques obsoletos como meio de pagamento, por exemplo. Este, por sua vez,
faz com que a análise tradicional de balanço seja questionada, apesar de sua
importância e uso generalizado.
Neste contexto o Fluxo de Caixa se apresenta como uma ferramenta
utilizada pelo administrador financeiro, com o objetivo de apurar os somatórios
de ingressos e de desembolsos financeiros em determinado momento,
prognosticando se haverá excedente ou escassez de caixa, em função do nível
desejado pela empresa. Daí a importância dos ciclos no sistema de liquidez: a
conjugação das velocidades entre os meios de pagamento e as necessidades
de pagamento para que ocorra o equilíbrio no sistema.
A simples implantação de um sistema de Fluxos não irá resolver os
problemas de liquidez da empresa, porém lhe permitirá um melhor
gerenciamento dos recursos e necessidades. O importante é acompanhar
comparando tais situações no dia a dia ou períodos a períodos, e isso é o que
nos oferece um Fluxo de Caixa, que passamos a estudar no capítulo seguinte.
36
CONCLUSÃO
Como ficou claro, manter um fluxo de caixa organizado é
indispensável para o sucesso e o futuro da empresa. Se dentro do
planejamento do seu negócio ainda não está incluído este tipo de trabalho, não
perca mais tempo: vá atrás dos melhores modelos para adaptar à sua rotina.
Somente com o controle do que a empresa ganha e gasta é possível pensar no
futuro, em ampliações e novas metas. Ter nas mãos esses números vai facilitar
a administração da empresa, pois dará base para a tomada de decisões mais
rápidas e com mais confiança. Você não dependerá de contas feitas às
pressas e na última hora, correndo um risco muito maior de errar.
Além disso, fazendo os relatórios diariamente (e esta é a forma mais
indicada), você poderá identificar erros e problemas quase instantaneamente,
sem ter a falsa impressão de que está tudo bem. Isto previne a descoberta,
daqui a uma semana ou um mês, por exemplo, de um rombo no caixa que
gerará dívidas para a empresa por um longo tempo. Então não perca, adapte
sua rotina e inclua a produção do fluxo de caixa no planejamento da sua
empresa. Faça desta ferramenta um importante aliado na manutenção do seu
negócio.
A contabilidade já não pode mais a limitar-se a registrar fatos
passados e a manter livros fiscais escriturados com o único fim de recolhimento
de tributos e o cumprimento de obrigações acessórias. Não que o registro e a
boa ordem das informações passadas não sejam importantes e necessárias,
mas porque seu papel, cada vez mais, passa a ser cobrado como atividade
integrada ao todo das organizações.
Pensar em contabilidade para a empresa atual, significa pensar em
sistema integrado de informações que espelhe a realidade da situação
passada e atual, mas que também seja capaz de fomentar estudos
prospectivos e projetivos perfeitamente sintonizados com todas as demais
áreas da empresa (ZDANOWICZ, 2001).
37
Buscou-se nesse trabalho apresentar ferramentas para evidenciar
um dos ativos mais importantes de uma empresa, o Disponível, pois é ele que
supre as necessidades básicas diárias de uma organização, permitindo a
continuidade de seu funcionamento.
O fluxo de caixa é apresentado como instrumento essencial para a
gestão do disponível. A empresa que mantém continuamente atualizado seu
fluxo de caixa poderá dimensionar a qualquer momento o volume de entradas e
saídas de recursos financeiros, através de mudanças nos prazos de
recebimentos e pagamentos, bem como fixar o nível desejado de
disponibilidade para o próximo período.
O estudo voltado para o desenvolvimento de novas ferramentas
que auxiliem o processo de tomada de decisão nas empresas deve ser
incentivado. Dentre os instrumentos gerenciais de caráter mais dinâmicos,
o fluxo de caixa merece destaque, seja por sua estreita relação com a
situação de liquidez da empresa, como pela propriedade de projetor
situações futuras.
As dificuldades encontradas na gestão dos recursos financeiros de
uma empresa, tomando-se por base dados históricos, relatórios elaborados
pelo regime de competência, fizeram, com que surgisse o fluxo de caixa,
bastante evidenciado e indispensável para a boa gestão das empresas.
Foram apresentadas formas e métodos de se elaborar um fluxo de
caixa. Não existe modelo melhor que outro tudo depende da necessidade de
informação do usuário.
É importante ressaltar que apesar de sua validade, o fluxo de
caixa apresenta limitações em oferecer informações que diz respeito ao lucro e
aos custos dos produtos da empresa. Isto porque sua elaboração é feita pelo
regime de caixa e não pelo princípio de competência.
38
O fluxo de caixa é mais um instrumento que o gestor e o
analista de mercado têm a seu alcance, para que, juntando-o às demais
demonstrações contábeis, possam tomar suas decisões com maior segurança.
O problema inicialmente formulado foi respondido. A pesquisa
evidenciou que a Demonstração de Fluxo de Caixa é importante instrumento de
gestão empresarial.
39
BIBLIOGRAFIA
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40
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41
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 01 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I
A importância do Fluxo de Caixa 11
1.1. Fluxo de Caixa x Tomada de Decisão 11
1.1.1 Instrumentos ou ferramentas de Gestão 13
1.2 O papel do Fluxo de Caixa 14
CAPÍTULO II
Planejamento financeiro 17
2.1. Importância do Planejamento 18
2.2. Prazo de Planejamento de Fluxo de Caixa 20
2.3. Elaboração do Fluxo de Caixa 21
2.3.1 Transações que Aumentam o Caixa 23
2.3.2 Transações que Diminuem o Caixa 23
2.3.3 Transações que não afetam o Caixa 23
2.4 Modelo de Fluxo de Caixa 24 CAPÍTULO III
Tipos de Fluxo de Caixa 29
3.1. Fluxo Operacional 30
3.2. Fluxo de Caixa Financeiro 31
3.3. Fluxo de Caixa para Investimentos 31
3.4. Controle Rígido 32
3.4.1 Ferramentas de Controle 33
3.4.2 Liquidez 34
CONCLUSÃO 36 BIBLIOGRAFIA 39