DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 2016. 2. 10. · cerebral e ajuda na...

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA Música, Neurociências e a Educação Por: Cláudia Lúcia Oliveira de Lemos Orientador Profª. Marta Pires Relvas Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

    AVM FACULDADE INTEGRADA

    Música, Neurociências e a Educação

    Por: Cláudia Lúcia Oliveira de Lemos

    Orientador

    Profª. Marta Pires Relvas

    Rio de Janeiro

    2016

    DOCU

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  • UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

    PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

    AVM FACULDADE INTEGRADA

    Música, Neurociências e a Educação

    .

    Apresentação de monografia à AVM Faculdade

    Integrada como requisito parcial para obtenção do

    grau de especialista em Neurociência Pedagógica

    Por: Cláudia Lúcia Oliveira de Lemos

    Rio de Janeiro

    2016

  • AGRADECIMENTOS

    A Deus, a minha querida irmã, aos

    amigos e aos professores da AVM

  • DEDICATÓRIA

    À minha família, pоr sua capacidade dе acreditar е investir еm mim, а minha professora orientadora qυе teve paciência е mе ajudou bastante à concluir еstе trabalho e também аоs meus professores da AVM qυе mе ensinaram е mе mostraram о quanto estudar é bom.

  • RESUMO

    Este trabalho tem como objetivo esclarecer que a música, tem um

    extenso neurodesenvolvimento, com acesso direto à afetividade, controle de

    impulsos, emoções e motivação. Capaz de estimular a memória não verbal; um

    elemento de aplicação nas funções cerebrais, que envolve um armazenamento

    de símbolos organizados e que estimula a capacidade de retenção e

    memorização. Inclusive com a participação da neurociência, sendo aplicada

    corretamente, auxilia a minimizar os sinais e sintomas de várias doenças, pois

    melhora a comunicação, expressão, organização e relacionamentos. A música

    é indicada para o desenvolvimento de potenciais e recuperação de funções,

    com objetivos terapêuticos relevantes que envolvem a melhora das

    necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas do indivíduo.

    Toda pesquisa foi realizada através de referências bibliográficas sobre

    música, neurociências e educação para o desenvolvimento cognitivo humano.

    A importância deste trabalho também é fazer com que o professor

    perceba a causa da dificuldade de aprendizagem do aluno, e com auxilio da

    música, de forma educativa, deverá estimular ao educando, ter novas

    estratégias de ensino para que assim a criança obtenha plasticidade cerebral

    apresentando êxito no processo da aprendizagem.

    PALAVRAS- CHAVE: música, neurociências e educação.

  • METODOLOGIA

    Este trabalho foi realizado com uma ampla variedade de pesquisa

    bibliográfica para esclarecer a importância da música, da neurociência e da

    educação auxiliando o professor para se ter um ensino de qualidade

    fornecendo os subsídios teóricos para o desenvolvimento da pesquisa

    abordada.

    Através da utilização de referências bibliográficas de artigos científicos,

    revistas científicas e também livros como embasamento da pesquisa

    enfocando as palavras chaves música, neurociências e a educação.

    A proposta desse trabalho é que os leitores possam observar a

    importância da música, neurociência e da educação no desenvolvimento

    humano.

    Esta pesquisa tem um cunho qualitativo, foram utilizados bancos de

    dados Scielo, e bases de livros de Relvas, (2012), Relvas et al, (2014), Filho,

    (2006), Rocha et al, (2013), Silva, (2010) e Góes, (2009).

  • SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO.....................................................................................................8

    CAPÍTULO I

    Música influenciando o ser humano..................................................................10

    1.1- A música agindo no cérebro humano.........................................................11

    1.2- A música e desenvolvimento......................................................................12

    1.3- A música contribuindo na aprendizagem....................................................14

    1.4- Música facilita a memorização....................................................................16

    1.4.1- Memória e seus tipos...............................................................................17

    CAPÍTULO II

    A importância da Neurociência no desenvolvimento humano...........................20

    2.1- Neurociência......................................................................................................20

    2.1.1- Definição..................................................................................................20

    2.2- Cérebro.......................................................................................................21

    2.2.1- Córtex Cerebral.......................................................................................23

    2.2.2- Neurociência Cognitiva............................................................................24

    2.3- Neuroplasticidade cerebral.........................................................................27

    CAPÍTULO III

    Música, educação e a afetividade influenciando na aprendizagem.................30

    3.1- O professor como um ser transformador em sala de aula.........................33

    3.2- A afetividade contribuindo para a aprendizagem.......................................35

    3.2.1- Sistema límbico.......................................................................................37

    CONCLUSÃO....................................................................................................40

    BIBLIOGRAFIA .................................................................................................42

    ÍNDICE...............................................................................................................46

  • 8

    INTRODUÇÃO

    A música está presente em todos os momentos da vida do ser humano,

    desde o período gestacional, onde o bebê percebe os sons até o ultimo dia de

    vida, pois o último sistema a parar é o auditivo.

    O processamento musical envolve uma ampla gama de áreas cerebrais

    relacionadas à percepção de alturas, timbres, ritmos, à decodificação métrica,

    melódico-hamônica, à gestualidade implícita e modulação do sistema de prazer

    e recompensa que acompanham nossas reações psíquicas e corporais à

    música. Através dos processos modulares integram percepções múltiplas em

    uma experiência singular, essencialmente emocional que seduz e direciona ao

    mesmo tempo nossos sentidos, nosso corpo e cognição. Também beneficia na

    recuperação de várias doenças específicas.

    A música inteiramente ligada a neurociência ativa o processamento

    cerebral e ajuda na memorização, na concentração, nas emoções, levando em

    conta o envolvimento lúdico e a transitividade que caracterizam a arte. É um

    instrumento de aprendizagem que busca o equilíbrio e abrange a capacidade

    de conhecer, conviver, crescer e humanizar-se com as várias dimensões da

    vida (PINTO, 2009).

    Segundo Alvarenga, 2012, algo novo apreendido na memória de longo

    prazo modifica a estrutura do neurônio, as neurotrofinas, enfim, quanto mais

    ativas estejam as células do cérebro, mais quantidades de neurotrofinas

    produzem e isto gera mais conexões entre as distintas áreas do cérebro,

    gerando assim a plasticidade cerebral.

    O capítulo I enfatiza que a música influencia no desenvolvimento do ser

    humano, agindo no cérebro humano desenvolvendo conexões sinápticas,

    contribuindo na aprendizagem e facilitando a memorização de longa duração.

    No capítulo II explica a importância da neurociência no desenvolvimento

    humano definindo-a e destacando algumas estruturas cerebrais e suas

    características e funções neuronais apresentando alguns tipos de

  • 9

    Neurociência, tais como: Neurociência Cognitiva, pois ajuda na compreensão e

    na estimulação de novos neurônios contribuído para Neuroplasticidade

    cerebral.

    O capítulo III informa que a educação como processo contínuo de

    formação e ensino aprendizagem, junto com a construção do conhecimento,

    que faz parte do currículo dos estabelecimentos oficializados de ensino, sejam

    eles públicos ou privados. O professor como um ser transformador em sala de

    aula necessita da utilização de meios estimuladores para facilitar a

    aprendizagem através de mecanismo, como a música que penetra no sistema

    auditivo, isto é, a primeira porta de entrada o ouvido humano e estimulando o

    lobo occipital provocando a ativação maior de áreas do hemisfério cerebral

    esquerdo contribuindo para a aprendizagem trabalhando as emoções com a

    afetividade e estimulando o sistema límbico.

    A música, neurociência e a educação estão ligadas, pois os circuitos

    neuronais são ativados pela música, uma vez que o aprendizado requer

    habilidades multimodais que envolvem a percepção de estímulos simultâneos e

    a integração de várias funções cognitivas como a atenção, a memória e das

    áreas de associação sensorial e corporal, envolvidas tanto na linguagem

    corporal quanto simbólica.

    .

  • 10

    CAPÍTULO I

    MÚSICA INFLUENCIANDO NO SER HUMANO

    Música é a arte de combinar os sons, através dela, o corpo reage às

    vibrações dos sons, são despertadas emoções que interferem no

    funcionamento do organismo humano, de forma agradável aos ouvidos.

    Filho (2006) pesquisou que, ao longo da história, a música esteve

    presente e influente nas sociedades tão antiga, sendo mais remota Antiguidade

    quanto o homem. De acordo com o historiador Diodoro (um século a.C.), a

    palavra música deriva de um vocábulo egípcio, o que o levou a concluir que ela

    se originou do Egito, sendo que a primeira ideia do som, a Música Primitiva era

    usada para exteriorização de alegria, prazer, amor, dor, religiosidade e os

    anseios da alma. Muito mais racionalmente, outros acreditam que o ponto de

    partida para a criação da música é a própria natureza. Para outro historiador, a

    música teve origem no canto das aves. Assim os historiadores divergem neste

    ponto, mas concordam em atribuí-la.

    A ideia do ritmo encontra-se em certos movimentos naturais: na

    respiração, nas batidas do coração e na regularidade da marcha (andar). O

    trote e o passo de um cavalo marcam bem o ritmo de dois a quatro tempos, e o

    galope o de três tempos. O que está demonstrado, com certeza, é que a Índia,

    o Egito, a Assíria, a Pérsia e a China, na sua antiga cultura muito anterior ao

    período grego, possuíram uma arte musical desenvolvida. Quanto ao conceito

    original de música, talvez porque o canto é tão natural ao homem quanto a

    palavra, é que um dia, não se sabe ao certo quando e nem onde, aconteceu a

    fusão da música com a palavra.

    Filho (2006) ainda afirma que a música apresenta valor terapêutico. Na

    Grécia antiga, Esculápio, o primeiro médico da humanidade, utilizava a música

    para curar. Na mesma cultura, Pitágoras ensinava os seus discípulos a

    empregar a música e o canto para se livrarem de medos, preocupações e

    raiva. Alguns templos do oriente, a cura através de sons melódicos e de música

    elevou-se ao status de arte maior. Sons repetidos ajudavam a induzir estados

  • 11

    de meditação. A influência da música era de grande ajuda na redução tensões

    físicas e emocionais.

    1.1- A música agindo no cérebro humano

    A música é percebida através da parte do cérebro que recebe os estímulos

    das emoções, sensações e sentimentos, sem antes ser submetida aos centros

    cerebrais envolvidos com a razão e a inteligência, por estes motivos acaba

    afetando a pessoa sem que ela se dê por conta, a resposta à música ocorre

    mesmo quando o ouvinte não está dando uma atenção consciente a ela.

    O ritmo das vibrações presentes nas músicas afeta de forma direta todas

    as reações do organismo, gera estímulos no cérebro que são enviados ao

    restante do corpo sendo capazes de provocar os mais variados sintomas, às

    vezes bons, às vezes ruins. As canções com textos violentos aumentam os

    pensamentos e sentimentos agressivos e as de tom mais humorístico

    aumentam a hostilidade.

    A dopamina é liberada antes mesmo do prazer associado à música

    ouvida, e durante o próprio pico de prazer, ou seja, no auge emocional, na

    realidade trata-se de dois processos fisiológicos distintos que envolvem

    diferentes regiões do cérebro, durante o auge do prazer é ativado o núcleo

    accumbens, envolvido na euforia produzida pela ingestão de psicoestimulantes

    (como a cocaína), antes, no prazer por antecipação, a atividade da dopamina é

    observada em outra área do cérebro.

    A quantidade de liberação de dopamina no cérebro do indivíduo varia

    conforme a intensidade da emoção e do prazer que a pessoa está sentindo, em

    comparação com as medições realizadas ao escutar uma música.

    A música, que não depende do cérebro superior para penetrar no

    organismo pode estimular através do tálamo – a estação de todas as emoções,

    sensações e sentimentos. Uma vez que o estímulo seja capaz de atingir o

    tálamo, o cérebro superior é automaticamente invadido, e se o estímulo

    continuar por algum tempo, um mais estreito contato entre o cérebro superior e

    o mundo ou realidade pode ser assim estabelecido.

  • 12

    A plasticidade neural tem um papel fundamental, pois, a partir do aumento

    no número de sinapses e de neurotransmissores, quer seja como o aumento

    da potência da sinapse existente e a formação de novas conexões. Este fato

    ocorre predominantemente a partir de exercícios musicais os quais são

    apontados como capazes de desenvolverem o hemisfério esquerdo (área da

    linguagem) e de beneficiarem a memória e a realização de tarefas espaciais.

    As sinapses que fazem a comunicação dos neurônios entre si podem ser

    formadas e desconectadas de forma cíclica durante a vida

    Esse é o processo do aprendizado, seja ele cognitivo, psicomotor ou

    emocional, e ocorre através da mediação de fatores de crescimento cerebral

    chamados de neurotrofinas.

    As neurotrofinas são produzidas como o resultado da atividade cerebral e

    possuem uma importante função em certas áreas cerebrais, incluindo o córtex

    frontal e o hipocampo.

    Uma neurotrofina bastante conhecida é o Fator Neurotrófico Derivado do

    Cérebro (FNDC).

    Ele contribui não apenas para a criação de novas conexões sinápticas,

    mas também para a neurogênese (neuroplasticidade) de novas células

    cerebrais.

    O FNDC ajuda na formação cerebral desde o nascimento até o final da

    vida.

    Com isso, a música é um estimulo fundamental para o desenvolvimento

    cognitivo e no aspecto emocional, ajudando assim na neuroplasticidade.

    1.2- A música e desenvolvimento

    A música está presente na vida do ser humano, desde a fase gestacional.

    O ouvido humano começa a se desenvolver na 10ª semana de gestação e é

    funcional aos 4 meses e meio (de gestação). A partir de então, o feto é capaz

    de ouvir alguns sons, sentindo os ritmos do corpo da sua mãe. É capaz de

    ouvir sons externos, incluindo sons musicais e reconhecê-los logo após ao seu

    nascimento. É importante informar que o balbuciar do bebê, as palmas e as

  • 13

    brincadeiras de interação com o meio externo, isto é, dinâmicas entre outras

    favorecem no desenvolvimento cognitivo.

    Os estímulos sonoros seguem pelo nervo auditivo até o lobo temporal,

    onde se dá a senso-percepção musical: é nesse estágio que são decodificados

    altura, timbre, contorno e ritmo do som. O lobo temporal conecta-se em

    circuitos de ida e volta com o hipocampo, uma das áreas ligadas à memória, o

    cerebelo e a amígdala, áreas que integram o chamado cérebro primitivo e são

    responsáveis pela regulação motora e emocional, e ainda um pequeno núcleo

    de massa cinzenta, relacionado à sensação de bem-estar gerada por uma boa

    música.

    Enquanto as áreas temporais do cérebro são aquelas que recebem e

    processam os sons, algumas áreas específicas do lobo frontal são

    responsáveis pela decodificação da estrutura e ordem temporal, isto é, do

    comportamento musical mais planejado.

    O hipocampo é umas das áreas responsáveis pela memória e sendo

    sempre ativada com auxilio de uma canção familiar, com acompanhamento de

    um ritmo envolvendo circuitos de regulação temporal do cerebelo, a

    orquestração ativa o cerebelo e tronco cerebral, a leitura de partituras auxilia na

    ativação ao córtex visual situado no lobo occipital, ouvir e cantar e relembrar

    letras de musicas ativam as áreas de linguagem Broca e Wernicke, atividades

    musicais que necessitam de sistemas cognitivos mais avançados, como por

    exemplo, planejamento, ativará assim os lobos frontais.

    Alguns benefícios que música apresenta na vida do ser humano:

    • Tem efeito sobre os circuitos neurais do sistema nervoso autônomo.

    • Ativa os circuitos neurais, inclusive do sistema límbico, afetando as

    emoções e outras funções mentais.

    • Afeta o sistema endócrino, estimulando a segregação de hormônios.

    • Estimula o sistema imunológico melhorando a reação imunológica.

    Tanto a percepção primária do som quanto seu entendimento sintático

    são modulados pela experiência emocional de se ouvir música. A integração de

    áreas corticais do cérebro com o sistema límbico (responsável pelas emoções)

  • 14

    faz com que o processamento musical seja influenciado pela emoção (ROCHA;

    et al, 2013).

    1.3- A música contribuindo na aprendizagem

    Relvas (2010) informa que aprender é promover novas conexões neurais,

    por isso sempre será necessário realizar um “up grade” dos nossos neurônios

    para evitar o “empobrecimento” da qualidade dos nossos pensamentos e

    atitudes.

    No ensino da música, essa linguagem musical deve ser um dos meios

    para alcançar a educação de pessoas criativas e críticas, e os bons resultados

    serão obtidos pela adequação das atividades, pela postura reflexiva e crítica do

    professor, facilitando a aprendizagem, propiciando situações enriquecedoras,

    organizando experiências que garantam a expressividade infantil (SILVA,

    2010).

    A música pode ser uma atividade divertida e que auxilia na construção do

    caráter, da consciência e da inteligência emocional do indivíduo, pois

    desenvolve a mente humana, promove o equilíbrio, proporcionando um estado

    agradável de bem-estar, facilita a concentração e o desenvolvimento do

    raciocínio, sendo também um agente cultural contribuindo efetivamente na

    construção da identidade do cidadão.

    A música proporciona um importante modo de expressão pessoal. Todos

    sentem a necessidade de estar em contato com os amigos. A autoestima é um

    subproduto desta expressividade. O uso da música na aprendizagem,

    valorizando trabalho em equipe, pois, para que uma orquestra tenha sucesso,

    todos os seus elementos têm que trabalhar em conjunto harmoniosamente com

    um único objetivo, o desempenho, e têm que se comprometer a aprender a

    música, participar em ensaios, e praticar música em conjunto. Por isso, sua

    importância também em sala de aula.

    De acordo com Góes (2009), o trabalho em sala de aula com a música é

    uma proposta que vai além do aspecto motivador, visto que permite dar

    abertura para uma diversidade de oportunidades, contribuindo para o

    desenvolvimento pleno da criança. Ao inserir a música na prática diária do

    ambiente educativo, a mesma pode tornar-se um importante elemento

  • 15

    facilitador no processo de aprendizagem da escrita e da leitura criando o gosto

    pelos diversos assuntos estudados, desenvolvendo a coordenação motora – o

    ritmo, auxiliando na formação de conceitos, no desenvolvimento da autoestima

    e na interação com o outro.

    São diversas atividades que podem ser trabalhadas com as crianças

    inclusive de educação infantil, explorando o universo musical e construindo sua

    aprendizagem de maneira lúdica e de fácil entendimento.

    A música deve servir como instrumento de estimulo no processo de

    desenvolvimento cognitivo da criança, tem como intenção trazer mais prazer e

    ludicidade à forma de aprendizagem infantil, afastando da sala de aula o mito

    de que a aprendizagem é um processo chato e cansativo e deixando claro que

    pode se dar de maneira prazerosa.

    ILARI (2003) diz que a educação musical deveria ser oferecida o mais

    cedo possível, tendo à possibilidade de desenvolver tanto a estrutura cognitiva

    como a emocional, a social e a habilidade musical. O interesse pelo

    desenvolvimento cognitivo musical tem crescido de modo substancial nas

    últimas décadas devido a recentes descobertas no campo da neurociência. A

    distinção entre alturas, timbres e intensidades já aconteceriam desde o

    nascimento até o décimo mês de vida, tornando-se cada vez mais refinadas.

    As preferências e memórias musicais também se dariam a partir dessa época,

    por meio de processos imitativos e de impregnação, estando também

    associado a inúmeras funções psicossociais, como a comunicação e o

    desenvolvimento da linguagem compreensiva e expressiva, por exemplo, ou

    entretenimento.

    A música é indispensável no processo de desenvolvimento da criança,

    podendo auxiliar no seu desenvolvimento cognitivo e, por isso, deve ser

    valorizada no âmbito escolar a fim de potencializar a imaginação, a linguagem,

    a atenção, a memória e outras habilidades, além de contribuir de forma eficaz

    na aprendizagem habilitando as múltiplas inteligências e estimulando a

    inteligência musical.

    Desenvolve a criatividade e facilitando proporcionar contatos com outras

    culturas e momentos alegres e prazerosos, nos quais transforma o espaço

  • 16

    escolar em um ambiente adequado à aprendizagem, além de estimular nos

    alunos o ritmo e a coordenação motora, favorecendo sua autonomia e

    interação com o grupo.

    A música mexe com o ser humano, colocando-o em contato com os

    sentimentos mais íntimos, fazendo chorar, sorrir, refletir, odiar, amar, lembrar...

    A música tem uma capacidade prévia de alcançar o inconsciente através da

    emoção, pois remete ao encontro com as primeiras experiências, adquiridas,

    ainda, no período embrionário. A música influencia na arte, em geral na

    dinâmica psíquica do indivíduo, desde a sua tenra idade, levando em conta a

    dinâmica inconsciente/ consciente. (CARL JUNG, 1980).

    A música como forma de aprendizagem tende no meio educacional

    formar individuo questionador e explorador de seus valores e costumes e para

    que isso ocorra é necessário começar esse trabalho desde bem cedo, pois a

    criança necessita de uma aprendizagem diferenciada e alegre. O professor é o

    mediador nesse processo de aprendizagem e cabe a ele saber trabalhar e

    desenvolver atividades com a música.

    Na sala de aula, a música aproxima a memória individual do professor

    com a dos alunos. É importante contextualizar as canções com os estudantes,

    e assim criar empatia para elas serem bem utilizadas.

    A educação musical favorece a ativação dos chamados neurônios

    espelho, localizados em áreas frontais e parietais do cérebro, e essenciais para

    a chamada cognição social humana, um conjunto de processos cognitivos e

    emocionais responsáveis pelas funções de empatia, ressonância afetiva e

    compreensão de ambiguidades na linguagem verbal e não verbal.

    1.4- Música facilita a memorização

    A memória tem a capacidade de armazenar informações na mente e de

    recuperá-las em algum momento futuro, um sistema dinâmico, criado e

    modificado ao longo do tempo.

    Através da memória a identidade é construída e indivíduos únicos são

    formados. É na memória que as vivências são guardadas, sejam elas simples

  • 17

    ou complexas, somando-as a novas experiências e selecionando novos

    momentos para viver.

    A memória focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de

    energia mental e deteriora-se com a idade. É um processo que conecta

    pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas ideias, ajudando a

    tomar decisões diárias.

    Alguns aspectos da memória estão envolvidos em quase todas as

    atividades, sendo assim, a memória é uma função cognitiva relacionada

    diretamente à funcionalidade do indivíduo (ROSSETTO, 2008).

    1.4.1- Memória e seus tipos

    A memória pode ser classificada de maneira diferenciada, conforme o

    critério adotado:

    • quanto ao tipo de informação recebida (memória para fatos ou

    memória episódica, memória para materiais linguísticos e

    conhecimentos gerais sobre o mundo ou memória semântica,

    memória para experiências pessoais ou memória autobiográfica,

    memória para procedimentos ou memória procedural);

    • quanto ao período de tempo durante o qual a informação foi

    recebida e mantida (memória sensorial/incidental, memória de

    curto prazo/memória de trabalho, memória de longo prazo e

    memória prospectiva);

    • quanto à modalidade sensorial responsável pela recepção e

    registro da informação (memória visual, auditiva, olfativa e assim

    por diante).

    Pode-se classificar a memória em três sistemas:

    • a memória sensorial, que é específica da modalidade sensorial e

    se refere ao processamento rápido das informações recebidas

    pelos órgãos dos sentidos, sendo que tais informações são

    mantidas por alguns milésimos de segundo antes de passarem

    para a memória de curto prazo;

  • 18

    • a memória de curto prazo, que guarda durante um tempo

    determinado a informação proveniente da memória sensorial, antes

    de transferi-la para a memória de longo prazo; essa informação

    presente na memória de curto prazo pode ser perdida em virtude

    da interferência de novas informações que vêm chegando;

    • a memória de longo prazo, que retém as informações por períodos

    mais longos, variando de alguns minutos a muitos anos.

    A memória de curto prazo o centro da consciência, pois abriga os

    pensamentos e as informações a que o indivíduo está atento no momento. A

    memória pode ser subdivida em memória de curto prazo em memória primária

    e memória operacional ou de trabalho.

    A memória deve ser exercitada constantemente como condição para o

    seu funcionamento satisfatório, bem como para sua expansão. Quanto mais a

    memória é utilizada e trabalhada, mais o indivíduo aumenta sua capacidade de

    retenção de informações e conhecimentos.

    O potencial da mutabilidade cerebral tem uma profunda relação com as

    experiências que os seres vivos humanos têm com as informações às quais

    acessam todos os dias. Mas o conhecimento demanda processos

    diferenciados de maturação. É a decantada maturidade. Se processos

    diferenciados, sua representa a existência de dificuldades. Aprender não é

    fácil. E as dificuldades de aprendizagem não estão ligadas apenas ao sistema

    biológico cerebral, mas podem ser causadas por problemas passageiros, que

    nem sempre, oferecem condições adequadas para superá-las com

    tranquilidade (Relvas et al, 2014).

    Mello (2012) afirma que existe uma plasticidade na memória dos

    indivíduos e por meio de técnicas específicas é possível aumentar a eficiência

    da gravação de informações e até mesmo reverter ou compensar déficits

    cognitivos

    Portanto, grande parte do processamento das informações acontece na

    memória de trabalho, onde tais informações ganham significado ou são

    transformadas para uma armazenagem mais duradoura.

  • 19

    Se o cérebro naturalmente tem a flexibilidade de revitalizar suas funções

    por realocações de suas redes neuronais, a interferência do ambiente escolar,

    nesse processo, deve surgir como solidária na organização das funções

    cognitivas mais complexas, como memória, atenção e linguagem, responsáveis

    pelo comportamento adaptativo e criativo intrínseco à comunicação humana.

    (RELVAS et al, 2014).

    Rizzon (2009) diz que a grande parte das memórias que, ao serem

    evocadas, ainda formam uma nova memória naquele momento. É muito difícil

    evocar uma só memória declarativa, como a letra de uma canção sem estar

    relacionada a sua melodia, mais à memória de como cantar (procedural) e mais

    ainda à memória de trabalho.

    A memória é a base do conhecimento, portanto, deve ser trabalhada e

    estimulada.

  • 20

    CAPÍTULO II

    A IMPORTÂNCIA DA NEUROCIÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO HUMANO

    Segundo Tabacow (2006), a Neurociência existe há mais de um século.

    Mas, a partir de 1950, o interesse pelo cérebro aumentou devido ao

    aparecimento do computador, cujo funcionamento foi idealizado com base no

    funcionamento do cérebro, mais especificamente em suas células, os

    neurônios. Imaginou-se que ambos, computadores e cérebros, seriam dois

    sistemas de processamento de informações. A partir de então, os estudiosos

    do assunto começaram a utilizar o computador simulando estados mentais;

    acreditava, e ainda acreditam que poderemos vir a conhecer os segredos da

    mente a partir dessas simulações.

    Apesar de o computador ser uma invenção do cérebro, é indiscutível que,

    em certos contextos, a invenção superou o inventor. Hoje, PCs são capazes de

    fazer cálculos e de trabalhar a uma velocidade assombrosa, sem queda de

    produtividade ou ameaça de tédio. Porém, ao mesmo tempo, esses “cérebros”

    não são tão potentes ou inteligentes como aqueles presentes nas caixas

    cranianas. A “arquitetura” do nosso órgão é muito mais complexa do que a de

    uma CPU e que ele trata as tarefas de forma diferente, como se tivesse

    milhares de núcleos à sua disposição.

    A velocidade de processamento do cérebro humano não pode ser medida

    da mesma forma com as CPUs usadas nos computadores. Porém, é possível

    estimar esse valor com base no funcionamento da retina, o tecido nervoso do

    olho responsável, literalmente, pela visão que se tem do mundo.

    Atualmente a Neurociência é uma das áreas que mais avançou, em

    termos de indagação e investigação, nos últimos tempos.

    2.1- Neurociência

    2.1.1- Definição

    De acordo com Relvas (2012), neurociência é um campo de estudo entre

    Anatomia, Biologia, Farmacologia, Fisiologia, Genética, Patologia, Neurologia,

  • 21

    Psicologia, Psiquiatria, Química, Radiologia e os vislumbrados estudos

    inerentes à educação humana no ensino e na aprendizagem.

    Rezende (2008) afirma que a Neurociência lida com os mecanismos

    biológicos, as estruturas cerebrais, as doenças mentais, a cognição, o sistema

    nervoso e as emoções. Conhecer seus encantos requer desmistificar conceitos

    e linguagens e adentrar numa direção com desafios no universo do aprender.

    Neurociência é, portanto, um conjunto de ciências cujo sujeito de

    investigação é o sistema nervoso com particular interesse em como a atividade

    do cérebro se relaciona com a conduta e a aprendizagem.

    Navia, (2012) diz que o agente central e motivador de toda pesquisa

    neurocientífica é o sistema nervoso. Sendo assim, as neurociências podem ser

    definidas como a ciência que estuda o sistema nervoso humano e animal. Seus

    parâmetros de investigação envolvem o desenvolvimento, o funcionamento, a

    evolução, as relações estabelecidas entre a mente e o comportamento, além

    das alterações do sistema nervoso.

    A Neurociência contribui para a aprendizagem, auxiliando o professor na

    prática educativa, favorecendo o raciocínio lógico da condição humana. Ajuda

    aos educadores a perceber o que ocorre no cérebro humano, quando o ser

    está em contato com novas informações, como elas estão sendo processadas,

    as novidades e, de que forma este aprendizado se tornará conhecimento para

    o restante da vida.

    2.2- Cérebro

    O cérebro é um sistema aberto organizado, sendo moldado por meio da

    interação, com objetos e situações as quais ocorrem ao redor, na tentativa de

    estabelecer conexões entre os padrões novos e os que já existem.

    O cérebro humano é formado por quase cem bilhões de neurônios

    intrinsecamente conectados que permitem desde a regulação de funções

    básicas, como a respiração, até tarefas elaboradas, tais como acreditar em

    uma ideia. Todas as condutas humanas, sejam elas explícitas ou implícitas,

    são possibilitadas por essas redes neurais. Contudo, os neurônios apenas não

  • 22

    são suficientes para explicar essas condutas. A experiência de cada um parece

    unir as dimensões social, biológica e psicológica.

    O cérebro humano tem muitas funções. Controla a temperatura do corpo,

    a pressão arterial, a quantidade de batimentos cardíacos e a respiração.

    O cérebro abriga milhões de informações que são trazidas pelos

    sentidos como visão, audição, tato, paladar e olfato, e, tem a competência de

    controlar todos os movimentos do corpo, como o caminhar, sentar, correr,

    pular, permitindo o sonho, pensamento, raciocínio e sentimento de diversas

    emoções. (LÉO, 2010).

    O cérebro é a parte mais desenvolvida do encéfalo sua massa de tecido

    cinza-rósea apresenta duas substâncias diferentes, sendo uma branca, na

    região central, e uma cinzenta, da qual se forma o córtex cerebral. No córtex

    cerebral as superfícies corticais não são uniformes, possuem saliências (giros)

    e depressões (sulcos).

    O SN divide-se em Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema Nervoso

    Periférico (SNP). O SNC é o centro coordenador das conexões nervosas,

    através do encéfalo e medula espinal, processa a regulação de todas as

    estruturas que medeiam a interação entre o organismo e o meio ambiente. O

    encéfalo recebe e processa a informação integrada (interna e externa) uma vez

    que dirige a atividade de outros sistemas. O encéfalo compreende:

    - Telencéfalo: Constituído pelos dois hemisférios cerebrais.

    - Diencéfalo: Situa-se na linha mediana, entre os dois hemisférios, se divide

    em: Epitálamo, tálamo e hipotálamo.

    Epitálamo - Forma a glândula pineal e a habênula;

    Tálamo - É a estação retransmissora de informações no cérebro, com exceção

    das informações olfatórias;

    Hipotálamo - Controla o sistema endócrino e interfere nas funções viscerais.

    Cerebelo: Localiza-se por trás do tronco cerebral. É responsável pelo equilíbrio

    e a coordenação motora.

    http://www.infoescola.com/anatomia-humana/encefalo/

  • 23

    Tronco cerebral: É a substância nervosa que vai do cérebro à medula. No

    centro há uma formação reticular no controle da consciência, sono e vigília. É

    dividido em três partes :

    - Mesencéfalo - Porção superior do tronco cerebral, de onde se originam os

    pares de nervos cranianos III e IV;

    - Ponte - Porção média do tronco cerebral, de onde se originam os pares de

    nervos cranianos V, VI, VII e VIII;

    - Bulbo - Porção inferior do tronco cerebral, de onde se originam os pares de

    nervos cranianos IX, X, XI XII. (SANTOS, 2002).

    Fonte: Saúde Howstuffworks- comotudofunciona

    http://saude.hsw.uol.com.br/cerebro7.htm Acesso em: Jan, 2016.

    2.2.1- Córtex Cerebral

    O córtex cerebral, um tecido fino com uma espessura entre 1 e 4 mm e

    uma estrutura laminar formada por 6 camadas distintas de diferentes tipos de

    corpos celulares, é constituído por células neuroglias e neurônios. Além de

    nutrir, isolar e proteger os neurônios, as células neuroglias são tão críticas para

    certas funções corticais quanto os neurônios, ao contrário do que se pensava

    alguns anos atrás.

    Lobos Cerebrais

    O córtex cerebral é dividido em áreas denominadas lobos cerebrais, cada

    uma com funções diferenciadas e especializadas. Os lobos são: lobo frontal,

    lobo occipital, lobo parietal e o lobo temporal.

    http://saude.hsw.uol.com.br/cerebro7.htmhttp://www.infoescola.com/sistema-nervoso/neuronios/

  • 24

    Os lobos parietais, temporais e occipitais estão envolvidos na produção

    das percepções resultantes das informações obtidas por nossos órgãos

    sensoriais do que diz respeito à relação do meio ambiente e nosso corpo. O

    lobo frontal, por sua vez, por incluir o córtex motor, o córtex pré-motor e o

    córtex pré-frontal, está envolvido no planejamento de ações e movimento,

    assim como no pensamento abstrato.

    Fonte: Descomplicando o Cérebro Neurologia Veterinária e Neurociência

    https://vetneuro.wordpress.com/c_erebro.jpg.Acesso em Jan.2016.

    Todas as atividades estão relacionadas ao funcionamento do cérebro. Ele

    é um órgão vital muito importante para o desenvolvimento humano, para a

    aprendizagem e a cognição. Atrasos cognitivos e motores causam

    lesionamento no cérebro. O desenvolvimento cerebral depende muito da

    genética, da maneira como qual a pessoa foi criada e educada e também do

    meio.

    2.2.2- Neurociência Cognitiva

    Conceitos cognitivos são baseados em observações comportamentais

    consistentes. Conceitos inferidos em neurociência cognitiva incluem áreas de

    estudo tais como linguagem, aprendizagem, memória ou visão.

    A Neurociência cognitiva procura estabelecer correlações entre:

    •Propriedades de estímulos apresentados ao SNC;

    •Medidas da atividade cerebral por meio de técnicas e tecnologias diversas;

    •Propriedades mentais, por meio do comportamento observável (relatos

    verbais e não verbais e expressões de comportamento).

    https://vetneuro.wordpress.com/c_erebro.jpg.Acesso%20em%20Jan.2016

  • 25

    Processos mentais abordados na Neurociência Cognitiva:

    a) Aprendizagem e Memória;

    b) Atenção;

    c) Motivação e Emoções;

    d) Sensação e Percepção;

    e) Identidade Pessoal (o “Eu”);

    f) Pensamento e Funções Executivas;

    g) Linguagem e Interpretação;

    h) Motricidade e Planejamento Motor

    Fonte: (Imagem extraída do livro "Cem Bilhões de Neurônios - Lent, 2002")

    http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/t_2002/t_2002_renato_aposo_e_francine_va

    z/neurociencia.htm Acesso em Jan.2016.

    Vista superior do cérebro humano, mostrando seus dois hemisférios.

    Estão colocadas as principais especializações de cada hemisfério, algumas

    bem confirmadas e outras ainda em debate.

    Tendo a célula responsável pelo sistema nervoso chamado neurônio,

    apresentando função importante no corpo humano.

    Os neurônios são responsáveis pela transmissão da informação através

    da diferença de potencial elétrico na sua membrana, enquanto as demais

    células, as células da neuroglia (ou glia), sustentam-nos e podem participar da

    http://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/t_2002/t_2002_renato_aposo_e_francine_vaz/neurociencia.htmhttp://www.nce.ufrj.br/ginape/publicacoes/trabalhos/t_2002/t_2002_renato_aposo_e_francine_vaz/neurociencia.htm

  • 26

    atividade neuronal ou da defesa. No SNC, essas células são os astrócitos, os

    oligodendrocitos, as células da micróglia e as células ependimárias. No SNP,

    são as células-satélites e as células de Schwann.

    As neuróglias assumem diferentes funções no sistema nervoso. Elas

    cercam os neurônios, mantendo-os fixos, cada um no seu lugar, e fornecendo-

    lhes o oxigênio e os nutrientes que necessitam.

    O papel destas células é fixar e alimentar os neurônios humanos.

    Elas têm outro papel relevante. De fato, não cabe apenas aos neurônios

    participar na transmissão de sinais que ocorre no sistema nervoso.

    As células gliais também comunicam entre elas e com os próprios

    neurônios, sendo perfeitamente capazes de alterar os sinais das células

    nervosas nas fendas sinápticas que existem entre os neurônios e podendo

    inclusivamente influenciar o local onde se formam as sinapses.

    Ao que tudo indica, as neuróglias participam, de forma ativa, nas

    chamadas transmissões sinápticas, regulando a libertação de

    neurotransmissores e mesmo libertando-os, tal como ao ATP que, por sua vez,

    modela as funções pré-sinápticas.

    Esta função faz com que as neuróglias tenham um papel crucial na

    capacidade de aprender e construir memórias. Do mesmo modo, serão

    relevantes para a recuperação de lesões neurológicas.

    Além de servirem para cercar, isolar e alimentar os neurônios e de

    participarem na transmissão de estímulos e mensagens, as células gliais têm

    igualmente como função destruir patógenos e remover os neurônios mortos,

    assim como manter a homeostase e formar a mielina.

    São elas que fabricam as moléculas que alteram ou inibem o crescimento

    de dendritos e axônios, promovendo a reparação de células lesadas.

    A maioria dos neurônios possui três regiões responsáveis por funções

    especializadas:

    • Corpo celular

    • Dendritos

    • Axônio

  • 27

    Fonte: Bioloja materiais didáticos –Anatomia e Fisiologia Humanas Profª Ana Luisa Miranda Vilela

    http://www.afh.bio.br/basicos/Nervoso1.htm Acesso em: Jan, 2016.

    Corpo celular: é nesta estrutura que se dá a síntese proteica, sendo

    também nesta aqui que ocorre a convergência das correntes elétricas geradas

    na árvore dendrítica. Cada corpo celular neuronal contém apenas um núcleo

    que se encontra no centro da célula. É também nesta estrutura que estão

    alojadas todas as funções celulares em geral.

    Dendritos: São extensões citoplasmáticas ou prolongamentos

    especializados em receber e transportar os estímulos das células sensoriais,

    dos axônios, e de outros neurônios. Possuem múltiplas ramificações e

    extremidades arborizadas, o que lhes dá a capacidade de receber múltiplos

    estímulos de vários neurônios em simultâneo.

    Axônios: São fibras dos neurônios que conduzem impulsos para longe do

    corpo da célula. Estes impulsos podem ser passados para outro neurônio, para

    um músculo ou uma glândula. Um axônio é uma fibra simples, que pode ser

    muito longa e que se ramifica na extremidade. Alguns axônios são recobertos

    com um material gorduroso chamado Mielina que isola e protege a fibra.

    2.3- Neuroplasticidade cerebral

    A neuroplasticidade é à capacidade do sistema nervoso de alterar

    algumas das propriedades morfológicas e funcionais em resposta a alterações

    do ambiente, é a adaptação e reorganização da dinâmica do sistema nervoso

    mediante as alterações.

    http://www.afh.bio.br/basicos/Nervoso1.htm

  • 28

    A plasticidade nervosa não ocorre apenas em processos patológicos, mas

    também tem funções extremamente importantes no funcionamento normal do

    indivíduo.

    Por haver esta capacidade é que, crianças que sofreram acidentes com

    perda de massa encefálica, déficits motores, visuais, de fala e audição, vão se

    recuperando gradativamente e podem chegar à idade adulta sem sequelas.

    As formas de plasticidade:

    • Regenerativa: Consiste no recrescimento dos axônios lesados. É

    mais comum no sistema nervoso periférico.

    • Axônica: ou plasticidade ontogenética, ocorre de zero a 2 anos de

    idade, é a fase crítica, fundamental para desenvolvimento do SN.

    • Sináptica: Capacidade de alterar a sinapse entre as células

    nervosas.

    • Dendrítica: Alterações no número, no comprimento, na disposição

    espacial e na densidade das espinhas dendríticas, ocorrem

    principalmente nas fases iniciais do desenvolvimento do indivíduo.

    • Somática: Capacidade de regular a proliferação ou morte de

    células nervosas. Somente o sistema nervoso embrionário é

    dotado dessa capacidade.

    A inteligência musical é um traço compartilhado e mutável que pode estar

    presente em grau até acentuado mesmo em crianças com deficiência

    intelectual. Crianças com síndrome de Willians, um tipo de doença genética,

    apresentam deficiência intelectual e habilidades de percepção, de identificação,

    classificação de diferentes sons e de nuances de andamento, mudança de

    tonalidade, muitas vezes, extraordinárias.

    O período do neurodesenvolvimento mais sensível para o

    desenvolvimento de habilidades musicais se dá nos primeiros 8 anos de vida.

    Estudos com potenciais evocados mostram que bebês já nos primeiros 3

    meses de vida apresentam várias competências musicais para reconhecer o

    contorno melódico, diferenciam consonâncias e dissonâncias e mudanças

    rítmicas. A exposição precoce à música além de facilitar a emergência de

  • 29

    talentos ocultos, contribui para a construção de um cérebro biologicamente

    mais conectado, fluido, emocionalmente competente e criativo.

    Crianças em ambientes sensorialmente enriquecedores apresentam

    respostas fisiológicas mais amplas, maior atividade das áreas associativas

    cerebrais, maior grau de neurogênese (formação de novos neurônios em área

    importante para a memória como o hipocampo) e diminuição da perda neuronal

    (apoptose funcional).

    O avanço das correlações da música com a função cerebral exige cada

    vez mais, um trabalho multidisciplinar (músicos, neurologistas, educadores

    musicais) que dê acesso à multiplicidade de experiências musicais, lúdicas,

    criativas, prazerosas, na análise do impacto da música no

    neurodesenvolvimento. Este alcance poderá significar um resgate do sentido

    integrado da arte, educação e ciência e um novo status para invenção e

    criatividade.

  • 30

    CAPÍTULO III

    MÚSICA, EDUCAÇÃO E A AFETIVIDADE

    INFLUENCIANDO NA APRENDIZAGEM

    A educação e a aprendizagem estão ligadas ao desenvolvimento do

    cérebro, o qual é moldável aos estímulos do ambiente. O aprender e o lembrar

    do estudante ocorre no seu cérebro. Os estímulos do ambiente levam os

    neurônios a formar novas sinapses.

    Na relação ensino/aprendizagem deve se levar em consideração os

    fatores afetivos. Nesta relação há três pontos importantes a serem levados em

    consideração: a emoção exerce influência no raciocínio, os sistemas cerebrais

    ligados à emoção estão ligados aos sistemas destinados à razão e a mente

    não pode ser separada do corpo.

    Oliveira (2014) informa que a mente, o cérebro e os processos neurais

    envolvidos no pensamento e na aprendizagem têm possibilitado a emergência

    de explicações e uma melhor compreensão da ciência da educação. As

    investigações multidisciplinares e interdisciplinares com a contribuição científica

    estão abrindo o caminho que pode levar a pesquisa educacional básica à

    prática da sala de aula.

    A educação musical, em idade escolar, exerce também a função de

    ensinar conceitos, ideias, sociabilidade, dentre as técnicas utilizadas para a

    aprendizagem estão os jogos musicais, que utilizados de forma lúdica além de

    fonte de motivação e neurodesenvolvimento, podem ativar os sistemas de

    controle da memória, da linguagem, da atenção e do pensamento superior.

    Santos et al, (2015) afirmam que à medida que as funções cognitivas vão

    se desenvolvendo no individuo, melhora-se a percepção musical, pois as

    percepções não é somente sensório-motora, mas passa a envolver outras

    sensações táteis - cinestésica, visual e motora.

    De acordo com Silva (2010), a música pode ser trabalhada em várias

    áreas da educação, como: Língua Portuguesa, raciocínio lógico matemático,

    História, Geografia e Ciências, isto é, a música favorece a interdisciplinaridade.

    No entanto, para atingir essas áreas o professor poderá atribuir atividades que

  • 31

    contribuam para que o indivíduo aprenda a viver na sociedade, abrangendo

    aspectos comportamentais como disciplina, respeito, gentileza, civilidade,

    valores e aspectos didáticos, com a formação de hábitos específicos, tais como

    os relativos a datas comemorativas, cores, números, noções de higiene, a

    manifestações folclóricas, poesias relacionadas a habilidades: análise, síntese,

    discriminação visual e auditiva, coordenação visomotora. Ou seja, atividades

    que facilitará a aprendizagem, fixando assuntos relevantes, unindo o útil ao

    agradável.

    Silva (2011) explica que toda a expressão musical age sobre a mente,

    favorecendo a descarga de emoções, da expressão da reação motora e alívio

    das tensões. Os movimentos adaptados a um ritmo é resultado de um conjunto

    total de atividades coordenadas. Assim que, atividades como: o cantar, o bater

    palmas, gesticular, bater os pés, são experiências valiosas para as crianças,

    pois favorecem o desenvolvimento do senso rítmico a coordenação motora os

    quais, são fatores importantes para o processo da leitura e da escrita.

    Os desenvolvimentos significativos decorrentes da inclusão da música na

    aprendizagem são:

    • o desenvolvimento socioafetivo;

    • a construção do próprio mundo;

    • inter-relações com base na afetividade.

    A música afeta o funcionamento cerebral, pois as alterações fisiológicas

    com a sua exposição são múltiplas e vão desde a modulação neurovegetativa

    dos padrões de variabilidade dos ritmos endógenos da frequência cardíaca,

    dos ritmos respiratórios, dos ritmos elétricos cerebrais, dos ciclos circadianos

    de sono-vigília, até a produção de vários neurotransmissores ligados à

    recompensa, ao prazer e ao sistema de neuromodulação da dor. Treinamento

    musical e exposição prolongada à música considerada prazerosa aumentam a

    produção de neurotrofinas produzidas em nosso cérebro em situações de

    desafio, podendo determinar não só aumento da sobrevivência de neurônios

    como mudanças de padrões de conectividade na chamada plasticidade

    cerebral.

  • 32

    A música é um instrumento de ativação, dentre outras localizações

    cerebrais, além de mexer com atenção, memória e percepções, facilitando

    assim a aprendizagem.

    De acordo com a pesquisa de Batista (2011), a aprendizagem ocorre

    basicamente em três estágios:

    A - Subaprendizagem: Entrou em contato com o assunto, mas não

    prestou atenção, portanto não assimilou.

    B - Aprendizagem simples: Entrou em contato com o assunto, prestou

    atenção, mas não memorizou.

    C - Superaprendizagem ou aprendizagem ideal: Entrou em contato com o

    assunto, prestou atenção, assimilou e memorizou.

    Os dois primeiros casos necessitam de acompanhamento

    psicopedagógico e análise (exames e testes) para detectar onde há e qual

    seria a possível falha. Sendo neste ponto, vêm as dificuldades, os problemas e

    os distúrbios, que também podem ocorrer basicamente de três formas:

    A- Causas psicológicas: Traumas, problemas familiares, problemas

    financeiros, etc.

    B- Causas orgânicas: Desnutrição, anemia ou distúrbios, como dislexia,

    disgrafia, entre outros.

    C- Causas do sistema: Inadequação dos métodos aplicados em

    aprendizagem, despreparo dos professores e comunidade escolar.

    A relação música-neurociências o entendimento tenderia à naturalização,

    à supersimplificação dos processos cognitivos musicais. O cérebro é um

    ecossistema altamente integrado não cabendo mais o imaginário mecanicista e

    behaviorista, pois ele nada se parece com uma máquina e os processamentos

    musicais no cérebro excedem qualquer noção limítrofe de estímulo-resposta. E

    a ideia de planejamento do aprendizado, apesar de não ser nova, soa como

    uma dica neurocientífica que uma aprendizagem mais consciente e a

    organização mental possa ter mais sentido e resultado que aquela

    automatizada pelo hábito. A sinergia dos processos musicais é ampla e

    diversa. O cérebro possui generalizações em sua estrutura e certos padrões de

    processamento musical comuns ao ser humano, mas o caminho conectivo

  • 33

    entre os neurônios e de origem pessoal. O curioso é que o meio a algumas

    generalizações essa informação parece ser importante fator determinante de

    individuação.

    Enfim, a música é um instrumento facilitador da aprendizagem, portanto, o

    seu uso em sala de aula deve ser incentivado para que novas conexões

    aconteçam e os objetivos sejam alcançados.

    3.1- O professor como um ser transformador em sala de aula

    De acordo com Relvas (2012), conhecer o processo da aprendizagem se

    tornou um novo desafio para os professores, o ambiente é a sala de aula. É

    preciso reconfigurar este lugar de forma que se possa promover uma maior

    convergência entre ciência, aprendizagem, ensino e educação.

    O papel do educador é complexo, pois exige muito mais que apenas

    reprodução dos conhecimentos e experiências. O professor deve ter uma ação

    pedagógica inovadora, que possa despertar no aluno a curiosidade e o

    interesse no desenvolvimento das atividades. O profissional também deve

    facilitar e mediar na construção ativa do conhecimento do estudante.

    Segundo Carvalho (2010), o indivíduo, permanentemente em busca de

    respostas para as suas percepções, pensamentos e ações, tem suas conexões

    neurais em constante reorganização e seus padrões conectivos alterados a

    todo o momento, mediante processos de fortalecimento ou enfraquecimento de

    sinapses. No cérebro, há neurônios prontos para a estimulação. A atividade

    mental estimula a reconstrução de conjuntos neurais, processando

    experiências vivenciais e/ou linguísticas, num fluxo e refluxo de informação. As

    informações, captadas pelos sentidos e transformadas em estímulos elétricos

    que percorrem os neurônios, são catalogadas e arquivadas na memória.

    O professor tem um grande desafio, que é enxergar seu aluno em sua

    totalidade e concretude. A escola é um meio fundamental para o

    desenvolvimento do professor e do aluno, pois nesse meio um é afetado pelo

    outro, e ambos pelo contexto onde estão inseridos. Quando não há satisfação

    das necessidades afetivas, cognitivas e motoras causa prejuízos a ambos, e

    isso afeta diretamente o processo da aprendizagem.

  • 34

    Para Freitas et al, (2015), a atenção é uma das funções mais importantes

    do sistema nervoso central para o aprendizado. Com ela, podemos, diante de

    uma variedade de estímulos dos mais diferentes tipos, aos quais somos

    expostos diariamente, definir o que é mais relevante em determinado momento

    e focar nossa atenção para aprender algo sobre aquilo que nos instiga. No

    entanto, nossa capacidade de manter a atenção em determinado

    estímulo/tema é limitada a um curto período de tempo, por isso a importância

    de utilizar estímulos de diferentes tipos no processo de aprendizagem.

    A neurociência tem uma grande relevância na formação de professores,

    pois oferece aos educadores um aprofundamento sobre o cérebro no processo

    de aprendizagem.

    A neurociência e a pedagogia se completam, pois juntas oferecem uma

    inovadora parceria, respeitando as especificidades de cada ciência. Levam os

    estudantes a um novo sistema, através do qual biologicamente se constrói a

    fonte de novas conexões neurais.

    Os profissionais da escola devem ter em mente que, se um indivíduo não

    pode aprender da maneira como é ensinado, é melhor ensiná-lo como ele pode

    aprender, utilizando diversas formas de ensinar.

    O professor precisa desenvolver capacidades, reconhecer as

    transformações tecnológicas de informação em sala de aula, atender as

    diversidades culturais, respeitando as diferenças, investindo na atualização

    cientifica, técnica e cultural, integrando no exercício da sua docência a

    dimensão afetiva, bem como desenvolvendo comportamento ético a fim de

    orientar os alunos em valores e atitudes. É necessário ser um bom planejador,

    pois, as novas tecnologias são instrumentos para os educandos e educadores

    no processo de formação do cidadão.

    O professor necessita transformar sua prática pedagógica em

    constatações relevantes diante de suas experiências, criando fundamentações

    científicas, que permitam utilizar em suas aulas, procedimentos adequados aos

    alunos, às suas necessidades, de modo a permitir os avanços no

    desenvolvimento e, mais tarde, ser um indivíduo participativo na sociedade.

  • 35

    A prática educativa, tendo como objetivo a produção de aprendizagens

    que devem ser pertinentes ao momento atual, tendo em vista as necessidades

    do mercado de trabalho advindos da globalização e das tecnologias de

    informação e comunicação.

    O educador quando se dedica ajuda a construir infinitas personalidades.

    Descobre estratégias para compreender seus educandos e, motiva-os para

    obter prazer em descobrir novos ensinamentos. São os educadores que

    ajudam os seus alunos a construir suas próprias estradas quando procuram

    formas diversas para estimulá-los em suas capacidades.

    Motivando e acreditando em cada aprendiz, o educador vai ajudando a

    esculpir cérebros eficazes.

    O professor deve respeitar a velocidade de aprendizagem de cada aluno

    e perceber suas limitações. É necessário que o educador crie novos métodos

    para fazer com que os conhecimentos sejam recebidos com alegria e prazer

    para que assim possa obter um grande êxito em seu trabalho.

    3.2- A afetividade contribuindo para a aprendizagem

    A afetividade é importante para o ensino e aprendizagem na medida em

    que contribui para a criação de um clima de compreensão, de confiança, de

    respeito mútuo e de motivação. Num ambiente afetivo e seguro, os alunos

    mostram-se calmos e tranquilos, constroem uma autoimagem elevada,

    participam das atividades propostas e contribuem para o cumprimento dos

    objetivos educacionais. No caso contrário, o aluno rejeita o professor e a

    disciplina por ele ministrada, perde o interesse em frequentar a escola, sendo

    levado ao fracasso escolar.

    A emoção e a motivação influenciam na aprendizagem. Os sentimentos,

    intensificando a atividade das redes neurais e fortalecendo suas conexões

    sinápticas, podem estimular a aquisição, a retenção, a evocação e a

    articulação das informações no cérebro.

    As emoções fornecem aos indivíduos comportamentos voltados para a

    sobrevivência e são inseparáveis das ideias e sentimentos relacionados à

  • 36

    recompensa ou punição, prazer ou dor, aproximação ou afastamento,

    vantagem ou desvantagem pessoal.

    Pabst (2012) afirma que emoções em ação tornam-se poderosos fatores

    de motivações. Pois são elas que definem o rumo de cada ação e dão a partida

    nas realizações de longo prazo. Mas elas também podem trazer problemas.

    Quando o medo se transforma em ansiedade, o desejo dá lugar à ganância,

    uma contrariedade converte-se em raiva, e a raiva em ira, a amizade dá lugar a

    inveja e o amor a obsessão, ou o prazer se torna um vício, as emoções

    começam a voltar-se contra a própria pessoa. A saúde mental depende da

    higiene emocional e, na grande maioria, os problemas mentais refletem o

    colapso da organização emocional. As emoções podem ter consequências

    tanto úteis quanto patológicas.

    Trabalhar as emoções no ambiente escolar significa dotar os alunos de

    recursos e estratégias de conduta que lhe permitam ter maior controle de si

    mesmo, pois aquele que aprendeu a gerenciar melhor suas emoções pode

    evitar ou minimizar a interferência de pressões externas e internas que se

    convertem em estresse, melhorando a saúde psicológica e tendo mais chances

    de progredir tanto no âmbito acadêmico quanto social.

    Reis (2011), explica que uma criança assistida, cuidada e educada em

    ambientes que ofereçam motivos suficientes ao seu desenvolvimento, detém

    maiores possibilidades de torna-se um adulto consciente das suas ações, ainda

    que possa se defrontar com situações adversas. Emoção e motivação estão

    relacionadas uma a outra, correspondem a impulsos, que são incitamentos

    internos à uma ação ou de incentivos externos, que são, às vezes, indiretos à

    essa mesma ação.

    A aprendizagem eficiente é aquela construída sobre a base da crítica e da

    reflexão sobre objeto do conhecimento, para que assim possa proporcionar ao

    sujeito a capacidade de perceber o mundo que o cerca.

    O destino do cérebro depende de estímulos, da escola, da família e do

    meio ambiente, além de elementos essenciais que influenciam na

    aprendizagem, ambiente, idade, genética, nutrição, psicológico, áreas corticais

    e principalmente motivação.

  • 37

    É fundamental que os professores entendam que são os sentimentos que

    impulsionam a aprendizagem positiva ou negativamente, compreendendo que

    o aluno é um ser emocional que pensa. Coerente com esta nova visão é

    importante que os mestres aprendam a "ler e entender" as emoções de seus

    alunos procurando lidar de forma adequada, com elas o aluno constrói através

    de diálogo, conhecimentos com colegas, professores e pessoas desenvolvendo

    competências e valores essenciais a fim de que possa viver junto á família, a

    sociedade e no futuro ao exigente mundo do trabalho.

    Gobbi (2001) aponta que estratégias afetivas são vistas como

    instrumentos que encorajam o aprendiz e reduzem a sua ansiedade. Elas são

    usadas para regular as emoções, contribuindo para o sucesso ou fracasso do

    aluno. Com o controle emocional, o estudante pode alcançar os objetivos,

    através do uso da música, que tem o poder de acalmar, divertir, tocar

    profundamente as pessoas, até mesmo no momento de aprender.

    Trabalhando com estas diferenças de dificuldades cognitivas cabe ao

    professor criar estratégias que leve ao aluno estimulado pelo meio que o cerca

    desenvolver novas sinapses, isto é, cérebro estimulado leva ao despertar pelo

    interesse pelo ensino e aprendizado.

    A teoria cognitiva reconhece que no ato do planejamento pedagógico o

    educador deve considerar elementos ligados à aprendizagem, linguagem, as

    emoções, à atenção.

    Muitos educadores buscam formas para estimular o desenvolvimento do

    cérebro e a inteligência de cada criança. Os educadores devem basear que

    cérebro saudável é cérebro ativo.

    Danello (2011) diz que há duas memórias, uma que se emociona e sente

    e outra que compreende e reflete (a emoção e a razão). Cada pessoa

    apresenta diferentes reações conforme a utilização de seu cérebro. Na

    interação da emoção, o sistema límbico é o responsável pelo prazer. A falta de

    interesse gera problemas, inibindo o processo de aprendizagem.

    3.2.1- Sistema límbico

  • 38

    De acordo com Villela 2013, o sistema límbico é uma região formada por

    neurônios e é constituído de massa cinzenta, essa região é denominada lobo

    límbico.

    O sistema límbico responde pelos comportamentos instintivos, pelas

    emoções e pelos impulsos básicos, como sexo, ira, prazer e sobrevivência.

    Forma um elo entre os centros de consciência superiores no córtex cerebral e o

    tronco encefálico, que regula os sistemas corporais como o sistema endócrino;

    o SNA (Sistema Nervoso Autônomo) e age no mecanismo da memória e

    aprendizado.

    Segundo Ribas, 2007, do ponto de vista morfológico, as estruturas que

    compõem o sistema límbico se caracterizam como uma série de curvas em

    forma de "C" que têm como centro o tálamo e o hipotálamo em cada

    hemisfério.

    As estruturas do sistema límbico são:

    • Hipotálamo: é responsável por diversas funções importantes

    como: regulagem do sono, pela libido, controla o apetite e a

    temperatura corporal; quando a temperatura aumenta o hipotálamo

    age na dilatação dos capilares para o resfriamento sanguíneo. Age

    juntamente a hipófise, ajudando o sistema endócrino.

    • Corpos mamilares: responsáveis por regularem os reflexos

    alimentares.

    • Tálamo: é responsável por quatro sentidos: tato, paladar, visão e

    audição. Também é responsável pelas sensações de dor, quente

    ou frio e a pressão do ambiente. Apenas os sinais do olfato são

    enviados diretamente ao córtex cerebral sem ter que serem

    “filtrados” pelo tálamo.

    • Giro cingulado: é responsável pelos odores e a visão

    • Amígdala cerebral: é nesta região onde é identificado quando há

    perigo, medo e ansiedade. Elas são responsáveis por memórias

    emocionais.

    • Hipocampo: é responsável pela memória recente. Quando uma

    pessoa se lembra de algo, aumenta significadamente o

  • 39

    metabolismo desta estrutura, resultando no aumento do fluxo

    sanguíneo.

    • Tronco cerebral: é responsável pelas reações emocionais

    • Área tegmental ventral: grupo de neurônios localizados em uma

    parte do tronco cerebral. Uma parte dele secreta dopamina. A

    descarga espontânea ou a estimulação elétrica dos neurônios da

    região dopaminérgica mesolímbica produzem sensações de prazer.

    • Área septal: constitui um dos centros do prazer do cérebro.

    A principal função do sistema límbico é a integração de informações

    sensitivo-sensoriais com o estado psíquico interno, onde é atribuído um

    conteúdo afetivo aos estímulos, a informação é registrada e relacionada com

    as memórias pré-existentes, o que leva à produção de uma resposta emocional

    adequada, consciente e/ou vegetativa.

  • 40

    CONCLUSÃO

    A música tem influência positiva na aprendizagem. Pois ela favorece a

    ativação dos neurônios espelho, localizados em áreas frontais e parietais do

    cérebro, e essenciais para a chamada cognição social humana, um conjunto de

    processos cognitivos e emocionais responsáveis pelas funções de empatia,

    ressonância afetiva e compreensão na linguagem verbal e não verbal. Sem a

    música, o êxito da aprendizagem não seria tão facilmente e significativamente

    alcançado.

    A música vem como estímulo para ativar neurônios, ajudar na plasticidade

    cerebral, com isso, na aprendizagem. Ela também pode provocar o aumento da

    imunidade.

    É fundamental que o professor conheça as estruturas do cérebro

    responsáveis pela aprendizagem. A neurociência oferece um grande potencial

    para nortear o trabalho na educação. Portanto, é importante construir pontes

    entre a neurociência e a prática educacional.

    O professor tem o papel de provocar desafios, facilitar reflexões e permitir

    a comunicação entre emoções e afetos num ser que é orgânico e mental. O

    aluno tem a capacidade de questionar, argumentar e apresentar autonomia em

    aprender.

    Sem emoção não há aprendizagem. Se o professor não tiver um carisma,

    capacidade de estimular e motivar o aluno para o aprendizado, este não

    ocorrerá de forma positiva ou até mesmo pode nem vir a existir e a criança

    passar a temer o professor ou a matéria.

    Existem várias formas de aprender pelos circuitos neurais, portanto há

    várias formas de ensinar. Cabe ao professor buscar a melhor maneira para

    incentivar, estimular e motivar, ou seja, despertar o interesse de cada aluno

    para novas aprendizagens fortalecendo as conexões afetivas e emocionais do

  • 41

    sistema límbico, a partir da ativação do sistema de recompensa, pois quanto

    mais o aluno gostar do que está sendo ensinado, mais vontade ele terá de

    continuar aprendendo.

  • 42

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    http://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0853.pdf

  • 46

    ÍNDICE

    FOLHA DE ROSTO

    AGRADECIMENTOS

    DEDICATÓRIA

    RESUMO

    METODOLOGIA

    SUMÁRIO

    INTRODUÇÃO.....................................................................................................8

    CAPÍTULO I

    Música influenciando o ser humano..................................................................10

    1.1- A música agindo no cérebro humano.........................................................11

    1.2- A música e desenvolvimento......................................................................12

    1.3- A música contribuindo na aprendizagem...................................................14

    1.4- Música facilita a memorização...................................................................16

    1.4.1- Memória e seus tipos..............................................................................17

    CAPÍTULO II

    A importância da Neurociência no desenvolvimento humano...........................20

    2.1- Neurociência......................................................................................................20

    2.1.1- Definição..................................................................................................20

    2.2- Cérebro.......................................................................................................21

    2.2.1- Córtex Cerebral.......................................................................................23

    2.2.2- Neurociência Cognitiva............................................................................24

  • 47

    2.3- Neuroplasticidade cerebral.........................................................................27

    CAPÍTULO III

    Música, educação e a afetividade influenciando na aprendizagem.................30

    3.1- O professor como um ser transformador em sala de aula.........................33

    3.2- A afetividade contribuindo para a aprendizagem.......................................35

    3.2.1- Sistema límbico.......................................................................................37

    CONCLUSÃO....................................................................................................40

    BIBLIOGRAFIA ................................................................................................42

    ÍNDICE...............................................................................................................46

  • 48

    AGRADECIMENTOSA Deus, a minha querida irmã, aos amigos e aos professores da AVMMETODOLOGIA1.4- Música facilita a memorizaçãoFOLHA DE ROSTO