Docência no Ensino Superior

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DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

Prof. Orvandil Moreira Barbosa

Blog: www.domomb.blospot.com

[email protected]

Orkut: Prof. +Orvandil, Cartas e Reflexões Proféticas

Telefones: 62 – 9141 – 6655 e 8216 - 4922

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PLANO DE AULAS

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EMENTA

O Ensino Superior e sua função social. Concepção

de docência no ensino superior. Sociedade da

informação e do conhecimento e o trabalho

docente enquanto prática social.

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ANÁLISE E REFLEXÃO DAS E SOBRE AS

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NA DOCÊNCIA NO

ENSINO SUPERIOR, INCLUSIVE OS

PROCEDIMENTOS DE AVALIÇÃO,

PERMITINDO REPENSAR O FAZER

DOCENTE, DE FORMA CRÍTICA,

VALORIZANDO A INOVAÇÃO E A

CRIATIVIDADE.

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OBJETIVOS:

Refletir sobre os princípios

norteadores da prática no ensino

superior frente as exigências atuais;

Discutir a função do ensino superior

contemporânea e conjunturalmente;

Page 7: Docência no Ensino Superior

Refletir sobre às práticas

pedagógicas tradicionais, inclusive a

avaliação no ensino superior;

Compreender a sala de aula como

espaço e tempo de aprendeizagem e

de troca de experiências;

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Discutir a função do ensino superior

contemporânea e conjunturalmente;

Refletir sobre às práticas

pedagógicas tradicionais, inclusive a

avaliação no ensino superior;

Pensar as pessoas dos/as próprios/as

docentes.

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27/08 pela manhã- sábado: Quem é o/a educador-pessoa?

Texto “Que marca deixarás?” 1.Qual a marca do prof. de ensino religioso e seus desdobramentos no futuro doutor?

2. Qual é o significado de teu nome e a história de tua pessoa? 3. Por quê a escolha da docência? 4. Qual tua marca construída nas vidas de teus/tuas alunos/as?

• Técnica: A, B e C com relatos a todos buscando pensar vidas que movem docentes.

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À tarde(27/08):

Organizar grupos para estudos e

avaliação no próximo encontro.

Ensino superior, concepções de

docência, função e prática sociais.

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manhã: Sociedade de informação, do

conhecimento enquanto ideologia. Análise

crítica e relfexiva das práticas

pedagócicas no ensino.

à tarde: organização dos estudos dos

textos em grupos, avaliação e

apresentação.

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ENSINO SUPERIOR

Concepações:

a)terceiro grau: após ensino

médio com o objetivo de preparar

para a vida, para a sociedade e

para o mercado;

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b)composto de alunos/as diferentes, de

professores/as com curso de pós-

graduação, de conteúdos, de pesquisas, de

filosofias e objetivos pedagógicos, da

pressão social e política, conjunturalmente;

c)de instituições públicas e particulares,

com propostas diferenciadas histórica e

economicamente;

d)com desafios filosóficos, científicos e

ideológicos.

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PARADÍGMAS

Page 16: Docência no Ensino Superior

a)Verticalista: define-se como imposição de informações de cima para baixo em forma de comunicado, de modo autoritário;

Page 17: Docência no Ensino Superior

b)Centralizador: o/a docente é

centralizador do conhecimento e do

ensino. Os/as alunos/as são

ouvintes/espectadores. Ensinar

predomina em relação ao aprender:

ênfase nos métodos, nos recursos e

no/a professor/a

PROFESSORES/AS

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c)democratista: o/a docente deixa correr “livre”, à deriva, sem orientar claramente o conteúdo e os/as alunos/as. Falsa concepeção de democracia, anarquia...;

d)democrático: superação da dicotomia ensino aprendizagem. O/a professor/a é orientador/a e organizador/a das situações de ensino – a aprendizagem é central.Selma Garrido Pimenta o denomina de ENSINAGEM.

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CARACTERÍSTICAS DA ENSINAGEM:

1. finalidade da docência: relação e diálogo com outros campos do conhecimento. Ensinar e aprender acontecem juntas. Compreende as dimensões política - como prática social transformadora; científica - como revelação das leis reais das condições concretas em que se manifestam e técnica – como orientações da prática em situações concretas específicas.

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Quatro tipos de conteúdos: 1.

fatuais; 2. procedimentais; 3.

atitudinais e 4. aprendizagem de

conceitos e princípios.

Destaca-se na aprendizagem os

papeis do/a professor/a e do/a

aluno/a.

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DO/A PROFESSOR/A:

Organizar as atividades de

ensino e as da aprendizagem,

marcadas pela parceria e pela

solidariedade.

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DO/A ALUNO/A:

Algumas categorias podem orientar sua atividade:

1.significação: vínculos, nexos do conteúdo a ser

desenvolvido; 2.problematização: recuperação da origem

do conhecimento como problema; 3. práxis: ação do sujeito

sobre o objeto a ser conhecido; 4. criticidade: visão crítica

da realidade; 5. continuidade – ruptura: síntese de

conhecimento mais elaborado; 6. historicidade: história,

contexto e superação pela humanidade; 7. totalidade:

combinar síntese, análise, conhecimento e realidade,

determinantes e nexos internos.

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2.PROFESSOR/A E ALUNO/A: CIÊNCIA,

CONHECIMENTO E SABER ESCOLAR

Superação da fragmentação do “especialismo”;

Superação do dualismo, assumindo todos os pressupostos implicados;

Superação do método único, mas dialogar com todas as ciências, métodos, com a razão e com o sensível.

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3. DOCÊNCIA E ENSINO: ENSINAR A

QUEM?

1. alunos/as que se evadem da escola;

2. centralização no professor/a;

3. aluno/a ouvinte;

4. faixa etária entre 18-19 com as seguintes características: falta de motivação; passividade e individualismo; falta de disciplina e hábitos de estudos insuficientes; problemas com a escolaridade anterior

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nível de conhecimento insuficiente para

a graduação; dificuldades para

interpretação; dificuldade de raciocínio e

falta de criticidade; heterogeneidade nas

classes e diversidade de maturidade;

interesse na nota para passar de ano e

obter diploma; falta de tempo para

estudar, com pouco contato extra-classe;

aluno/a trabalhador/a; ausência de

clareza da área do conhecimento e da

vida; falta de informações sobre o curso

que quer fazer etc.

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PROFESSORES/AS E ALUNOS/AS

MEMBROS SOCIAIS: Os modelos de ensino

provêem de sistemas-raízes políticos adotados

pela sociedade ou por grupos dominantes.

Professores/as e Alunos/as provêm daí.

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MODELOS - RAÍZES - SISTEMAS

a)ditadura militar: expansionismo bélico

estadunidense;

b)neobiliberalismo: controle político e econômico pelo

mercado= mais mercado menos estado;

c)democracia com desenvolvimento nacional:

busca de autonomia nacional com investimentos sociais

(destacar educação).

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MUDANÇAS NO ESNINO

1. no mundo do trabalho: passagem de uma sociedade de acúmulo econômico e político para a distribuição de renda e democracia política com justiça social;

2. transformação de Estado controlado pelo mercado para o de Estado desenvolvimentista regulador de investimentos e de direitos humanos dos professores/as e de alunos/as.

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CRISE DE IDENTIDADE DO/A PROFESSOR/A

“Toda profissão afirma uma identidade e esta, por

sua vez, “não é um dado adquirido, não é uma

propriedade, não é um produto. A identidade é um

lugar de lutas e de conflitos, é um espaço em

construção de maneiras de ser e de estar na

profissão. Por isso, é mais adequado falar em

processo identitário, realçando a mesma dinâmica

que caracteriza a maneira como cada um se sente e

se diz professor” (Nóvoa, 1996).

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“Crise de identidade do professor

significa, portanto, uma crise da maneira

de ser na profissão, isto é, uma crise no

ato de professar e que implica em

dificuldades na interação social;

descontentamento na realização das suas

atividades; descrença no seu papel social

etc.”

Page 32: Docência no Ensino Superior

“As causas da crise de identidade são

diversas: conflitos na instituição de

trabalho; baixos salários; pouco

reconhecimento social; sentimentos de

incerteza ou insegurança. Por outro

lado, deve-se considerar que tal crise

não é alheia à distinção entre o eu

pessoal e o eu profissional.”

Page 33: Docência no Ensino Superior

“...é difícil desmembrar um modo de ser pessoal – crenças,

valores morais, posturas ou aspectos do caráter – de tudo

aquilo que compõem o modo de ser professor – crenças a

respeito da educação, valores pedagógicos e posturas

didáticas. Por maior que seja a semelhança das

trajetórias profissionais de professores e as suas origens

de classe, cada um desenvolve uma forma própria

(pessoal) de organizar as aulas, de movimentar-se em

sala, de dirigir-se aos alunos, de abordar didaticamente

um certo tema ou conteúdo e de reagir diante de

conflitos” (http://espacoacademico.wordpress.com – Prof.

PAULO MEKSENAS)

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FORMAÇÃO CONTINUADA DOS/AS

PROFESSOPRORES/AS PROTAGONISTAS

“Estabelecendo laços entre inovação e formação é

fundamental buscar formas alternativas de

aperfeiçoamento docente, colocando em prática novas

propostas teórico-pedagógicas por meio das quais seja

possível, além de superar a distância das disciplinas dos

cursos e dos professores em relação a realidade do

Ensino... [em todos os níveis], aproximar alunos e

professores e levá-los a construir também com o auxílio

dos recursos da tecnologia uma abordagem inter e

multidisciplinar para os problemas da prática social

concreta”(Zainko, Maria Amélia Sobbag – Desafio da

Universidade Contemporânea, p. 187)

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SOCIALIZAÇÃO

“Socialização ... pode ser definida como o

processo sociopsicológico que objetiva a

formação da personalidade individual

através da interação com outros indivíduos

e grupos. Quando esta socialização adquire

caráter de franca intencionalidade e se faz

através de processos formais, socialmente

sancionados, falamos em educação” (Moema

Toscano – Introdução à Sociologia Educacional .

Vozes)

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QUESTÕES CULTURAIS

Definição: o antropólogo inglês Edward B.

Taylor define cultura como “aquele todo

complexo que inclui conhecimento, crença,

arte, moral, costumes e quaisquer outras

capacidades e hábitos adquiridos pelo

homem enquanto membro da sociedade”

(apud , Toscano Moema, p. 39). É tudo o que

recebeu transformação pelo homem como

fruto de seu esforço para dominar a

natureza a seu serviço.

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Colere: cultivo do solo intelectual e espiritual;

Modus vivendi: pessoas e grupos são alteridades

culturais;

Modus operandi: todos os recursos intelectuais,

científicos e tecnonológicos.

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EDUCAÇÃO, POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO

O que vem primeiro, a educação ou

o desenvilvimento?

Os educadores devem ser

políticos?

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Política vem de polis – grego= cidade e cidadania.

“O homem isolado ou é um deus ou uma besta”, dizia

Aristóteles.

“...seria desejável que os professores, enquanto

responsáveis pela herança cultural de sua sociedade,

tivessem condições de plena conscietização do processo

sociopolítico de que são, a um tempo, sujeito e objeto”

(Toscano, Moema, p. 123).

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“O desenvolvimento ...é um

processo de transformação global.

No processo de desenvolvimento,

o aspecto econômico é

preponderante” e acontece

através do “crescimento do

padrão de vida da população no

seio da qual ocorre o

desenvolvimento”(Toscano, p.

166). No desenvolvimeto ou no seu

contrário envolvem-se os fatores

econômico, político e social.

Page 42: Docência no Ensino Superior

1. “Nenhum país do mundo contemporâneo se

desenvolveu a partir do aperfeiçoamento puro e simples

de suas instituições educacionais...”

2. ...não se sabe, até hoje, de um país ou região que,

havendo deflagrado, de modo decidido e autônomo, seu

processo de crescimento, tenha conseguido manter as

velhas estruturas educacionais rígidas ou congeladas;

3. a educação é uma condição necessária, mas não

sufuciente para o desenvolvimento. Pensar o contrário é

contribuir para cristalizar uma atitude conservadora... A

respeito das transformações sociais e das áreas

prioritárias de ação e decisão políticas” (Toscano, p. 179).

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POSSIBILIDADES

1. CONSTRUÇÃO DE SABERES DE ALUNOS/AS E DE PROFESSORES/AS

2. SOCIALIZAÇÃO CULTURAL

3. ENFRENTAR POLÍTICAS DOMINANTES NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES/AS PARA CONSTRUIR SABERES DE DOCÊNCIA EMANCIPATÓRIA COM AS MARCAS DE POLÍTICA HORIZONTAL DA CIDADANIA, COMUNITARIEDADE COM AUTONOMIA E SOLIDARIEDADE.

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ESCLARECIMENTOS

As notas serão construídas a partir

das presenças, participações em aula,

na entrega de relatórios e de trabalho

escrito no penúltimo dia de aula. O

tema fica a escolha de cada pessoa ou

grupo.

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QUESTÕES IMPORTANTES

REFERENTES A DOCÊNCIA NO

ENSINO SUPERIOR

Enfrentaremos juntos, durante 4 encontros,

algumas questões que nos preocupam no Ensino

Superior. Verificar no Plano cada uma e todas...

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PROPOSTA DE TRABALHO PARA HOJE: 1. Nos dois períodos iniciais integrar a

turma a partir de micro-grupos: praticar

esforço para sintetizar experiências

docentes com o estudo e debate de cada item

do texto “Do ensinar à ensinagem”, de

Pimenta e Anastasiou: 1.1. Do ensinar à ensinagem –

finalidades da docência (p. 204); 1.2. Professor e aluno: ciência,

conhecimento e saber escolar (p. 218); 1.3. Docência e ensino: ensinar a

quem? (p. 226)

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2. APÓS O INTERVALO NOS ÚLTIMOS

PERÍODOS

Os micro-grupos relatam suas conclusões, geram esclarecimentos, debates e entregam relatórios para avaliação.

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A) RETOMADA DAS AULAS

ANTERIORES:

a)Primeira aula: ensino e ensinagem: debate experimental com base na noção de ensinagem;

b)Segunda aula: questões em grupo: 1. Do ensinar à ensinagem; 2. Professor e aluno: ciência, conhecimento e saber escolar; 3. Docência: ensinar a quem?

c)construção em grupos: possibilidades e dificuldades.

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B)AULA DE HOJE: MUDANÇAS A PARTIR

DO MUNDO DO TRABALHO Texto de Acácia Zeneide Kuenzer

“O QUE MUDA NO COTIDIANO DA

SALA DE AULA UNIVERSITÁRIA

COM AS MUDANÇAS NO MUNDO DO

TRABALHO?”

Page 51: Docência no Ensino Superior

METODOLOGIA DA AULA DE HOJE

Técnica de dinâmica de grupo: grade progressiva.

QUESTÕES:

1. A que mudanças no mundo do trabalho o texto se refere)? (conceituar) (p. 15)

Page 52: Docência no Ensino Superior

QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

2)Quais são “as mudanças que ocorrem na sala de aula a partir das mudanças que vêm ocorrendo no mundo do trabalho?” (p. 16)

Page 53: Docência no Ensino Superior

QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

3)a)O que quer significar a frase

“profissões de nível superior, com foco no

mercado, eram rigorosamente delimitadas,

para o que concorriam as corporações, por

meio da regulamentação das atividades

profissionais”?

Page 54: Docência no Ensino Superior

QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

3)b)O que é rigidez

taylorista/fordista na educação,

suas conseqüências curriculares

e seu caráter ideológico? (p. 16 –

21)

Page 55: Docência no Ensino Superior

QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

4)Qual a contradição entre a

flexibilização de conteúdos e a

falta de investimentos num País

que renunciou a sua soberania?

(p. 20 – 23)

Page 56: Docência no Ensino Superior

QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

5)Definir o conceito de Estado e

distinguir as noções de Estado

regulador, de Estado controlado

pelo mercado e as conseqüências de

cada noção para a educação e os

direitos dos alunos (p. 23 – 26)

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QUESTÕES – CONTINUAÇÃO -

6)O que se entende por superar os limites do

conhecimento dos produtos a favor da

retomada da dialética conteúdo – método na

perspectiva do trabalho de destruição das

condições de exploração e construção de outra

sociedade, germinando a semente da

transformação? (p. 26 – 28)

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DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

Profª. Ms. Isabel Ana de Moraes

Page 59: Docência no Ensino Superior

PERSPECTIVAS ATUAIS PARA

O ENSINO SUPERIOR

FUNÇÃO SOCIAL

A Universidade constitui-se em local de

convivência entre educadores e educandos.

É o locus por excelência da inter-relação, onde

imperam os aspectos culturais, sociais, políticos e

econômicos da sociedade como um todo.

Page 60: Docência no Ensino Superior

As perspectivas atuais para a universidade

encontra-se numa encruzilhada:

divididas entre diretrizes para a reestruturação

e revalorização do ensino superior público e

força de mercado

uma força de mercado que tenta transformar o

processo de ensino e aprendizagem, em mais uma

mercadoria passível de valor de troca

Page 61: Docência no Ensino Superior

Atribuições do ensino superior como um processo

de busca, de construção científica e de crítica ao

conhecimento produzido:

propiciar um conjunto de conhecimentos,

métodos e técnicas científicos, que assegurem o

domínio científico e profissional do campo

específico e devem ser ensinados criticamente;

Conduzir a uma progressiva autonomia do aluno

na busca de conhecimentos;

Page 62: Docência no Ensino Superior

Considerar o processo de ensinar/aprender

como atividade integrada à investigação;

Desenvolver a capacidade de reflexão;

Substituir a simples transmissão de conteúdos

por um processo de investigação do

conhecimento;

Integrar, vertical e horizontalmente, a atividade

de investigação à atividade de ensinar do

professor, o que supõe trabalho em equipe;

Page 63: Docência no Ensino Superior

Criar e recriar situações de aprendizagem;

Valorizar a avaliação diagnóstica e

compreensiva da atividade mais do que a

avaliação como controle;

Conhecer o universo cultural e de

conhecimentos

Desenvolver, com base nos alunos, processos de

ensino e aprendizagem interativos e

participativos.

Page 64: Docência no Ensino Superior

CONCEPÇÃO DE DOCÊNCIA NO

ENSINO SUPEIOR

A docência no ensino superior é entendida como:

Processo de relação entre professor/aluno e

professor/professor e de formação contínua

Prestação de um serviço à sociedade mediante a

profissão de professor

Page 65: Docência no Ensino Superior

Aspectos do mundo contemporâneo que

impulsionam o desenvolvimento profissional do

professor universitário:

1. transformação da sociedade, de seus valores e

de suas formas de organização de trabalho

2.O avanço exponencial da ciência nas últimas

décadas;

3.A consideração progressiva de uma Ciência da

Educação

Page 66: Docência no Ensino Superior

Configuração da docência como um campo de

conhecimentos específicos:

• conteúdo das diversas áreas do saber e do ensino

(campo das ciências humanas e naturais, da

cultura e das artes);

• conteúdos didático-pedagógicos, diretamente

relacionados ao campo da prática profissional;

Page 67: Docência no Ensino Superior

• conteúdos relacionados a saberes pedagógicos

mais amplos do campo teórico da prática

educacional;

• conteúdos ligados à explicitação de sentido da

existência humana individual, com sensibilidade

pessoal e social.

A identidade do professor é também

profissional; ou seja, a docência constitui um

campo específico de intervenção profissional

na prática social

Page 68: Docência no Ensino Superior

ELEMNTOS CONSTITUTIVOS DA

PRÁTICA DOCENTE

Formação acadêmica

Conceitos

• Conteúdos específicos

Ideal

Objetivos

o Regulamentação

Código de Ética

Page 69: Docência no Ensino Superior

A docência no ensino superior é profissão que tem

por natureza constituir um processo mediador

entre sujeitos essencialmente diferentes, professor

e alunos, no confronto e na conquista do

conhecimento.

Na construção da identidade da profissão docente,

é essencial considerar a importância da

criatividade na solução de cada nova situação

vivenciada.

Page 70: Docência no Ensino Superior

CARACTERÍSTICAS DA

PROFISSÃO DOCENTE

A singularidade

A incerteza

A novidade

O dilema

O conflito

A instabilidade

Imprevisibilidade

Page 71: Docência no Ensino Superior

DOCÊNCIA

Aspectos relativos aos sujeitos presentes no

universo da docência:

• o professor como pessoa e a pessoa do professor

como profissional;

• o aluno como sujeito do processo cognitivo;

• processos cognitivos compartilhados entre os

diferentes sujeitos.

Page 72: Docência no Ensino Superior

DOCÊNCIA

Aspectos relativos aos determinantes do processo educativo:

• Projeto político-pedagógico institucional e sua inserção no contexto social;

• projeto dos cursos e os dados da realidade institucional;

• Teoria didática praticada e a desejada na sala de aula;

• a responsabilidade com a atuação técnica e social do profissional no mercado de trabalho.

Page 73: Docência no Ensino Superior

IDENTIDADE PROFISSIONAL DO

DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR

Dilemas da identidade profissional dos docentes

do ensino superior:

tendência a construção da identidade e ao

desenvolvimento do trabalho docente de forma

individual, desintegrada, ou em grupos fechados

– Individualismo/Coordenação.

Page 74: Docência no Ensino Superior

Incidência da dialética pesquisa/docência no progresso pessoal e profissional dos docentes do ensino superior;

tendência à especialização dos estudos e dos perfis profissionais – Generalista/Especialista - alimentada pela compartimentalização dos conteúdos disciplinares, da formação ;

Ensino/Aprendizagem - O que faz um professor ser bom professor, ensinar bem ou formar bons alunos? Até onde chega o trabalho docente? Até onde chega a responsabilidade como docente e começa a responsabilidade dos estudantes? Como conseguir equilibrar o eixo disciplinar (explicar bem os conteúdos) com o eixo pessoal (ajudar os alunos para que aprendam o que lhes ensinam?)

Page 75: Docência no Ensino Superior

Segundo Ramsden (1992, p.89), o equilíbrio no

desempenho da docência, o bom ensino

universitário caracteriza-se por:

desejo de compartilhar com os estudantes seu

amor pelos conteúdos da disciplina;

habilidade para fazer com que o material que

deve ser ensinado seja estimulante e interessante;

facilidade de contato com os estudantes e busca

de seu nível de compreensão;

Page 76: Docência no Ensino Superior

capacidade de explicar o material de maneira

clara;

compromisso de deixar absolutamente claro o

que se aprendeu, em que nível e por quê;

demonstração de interesse e respeito pelos

estudantes;

responsabilidade de estimular a autonomia dos

estudantes;

capacidade de improvisar e de se adaptar às

novas demandas;

uso de métodos de avaliação comparativo;

Page 77: Docência no Ensino Superior

uso de métodos de ensino e tarefas acadêmicas

que exijam dos estudantes o envolvimento ativo

na aprendizagem, assumindo responsabilidades

e trabalhando cooperativamente;

visão centrada nos conteúdos-chave dos temas e

nos erros conceituais dos estudantes antes da

tentativa de dominar, a todo custo, todos os

temas do programa;

Page 78: Docência no Ensino Superior

AVALIAÇÃO DO TRABALHO

PEDAGÓGICO NO ENSINO SUPERIOR

Segundo Villas Boas (2004), as pesquisas

constatam o que tem acontecido sobre a avaliação

do trabalho pedagógico do docente do ensino

superior:

nem sempre o professor elabora um plano de

curso;

o plano existe somente para cumprir a

finalidade burocrática, de atender às exigências

do departamento;

Page 79: Docência no Ensino Superior

os alunos não reivindicam maiores informações do e sobre o plano de ensino, contentam-se com as que recebem;

os planos omitem os critérios a serem utilizados na avaliação;

avaliação tratada de forma autoritária;

avaliação usada com mais freqüência para classificar e não para diagnosticar;

o trabalho começa com a perspectiva do fracasso e não com a do sucesso;

desarticulação entre a avaliação e o trabalho pedagógico (desvinculação entre a avaliação, os conteúdos, os objetivos)

Page 80: Docência no Ensino Superior

ALGUMAS POSSIBILIDADES DE

CAMINHOS PARA A

PRENDIZAGEM MAIS CRIATIVA Para Wechsler (1996), as características que

descrevem um professor criativo são, dentre

muitas:

abertura a novas experiências;

ousadia e idealismo;

confiança em si mesmo e postura de facilitador;

curiosidade; humor; preferência por arriscar-se;

estar apaixonado por sua área de ensino;

Page 81: Docência no Ensino Superior

encorajar os estudantes a realizar seus próprios

projetos;

permitir que os alunos tenham idéias diferentes

das do professor.

A proposta de um ensino criativo, segundo

alguns estudiosos e pesquisadores, depende da

mudança de postura do professor, que deve

sempre cuidar para que exista um clima criativo

na sala de aula.