Distúrbios gastrointestinais funcionais roma iii
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DISTÚRBIOS GASTROINTESTINAIS
FUNCIONAIS
ROMA III
DISTÚRBIOS FUNCIONAISDISTÚRBIOS FUNCIONAIS GIGI
TGI InferiorTGI Inferior TGI SuperiorTGI Superior
Distensão Funcional
SII
Constipação/diarréia Funcional
Disfagia Funcional
Dor Torácicanão cardíaca
Aerofagia
DispepsiaFuncional
DISTÚRBIOS FUNCIONAIS GIDISTÚRBIOS FUNCIONAIS GI
CONCEITOCONCEITO
...Combinação variável de sintomas ...Combinação variável de sintomas gastrointestinais crônicos e recorrentes não gastrointestinais crônicos e recorrentes não
explicáveis por alterações explicáveis por alterações estruturais,anatômicas,metabólicas ou estruturais,anatômicas,metabólicas ou
bioquímicas.bioquímicas.
CRITÉRIOS DE ROMA (1988CRITÉRIOS DE ROMA (1988) THE FUNCTIONAL GASTROINTESTINAL DISORDERS (1994)
CRITÉRIOS DE ROMA II (1999)CRITÉRIOS DE ROMA II (1999)THE FUNCTIONAL GASTROINTESTINAL DISORDERS (2000) CRITÉRIOS DE ROMA III (2006)CRITÉRIOS DE ROMA III (2006)THE FUNCTIONAL GASTROINTESTINAL DISORDERS (2006)*
• Sistematização dos diferentes distúrbios gastroenterológicos que têm em comum o fato de serem ricos do ponto de vista sintomático mas inexpressivos em alterações anatomopatológicas ou bioquímicas.
• Uniformização dos conceitos e da classificação dos distúrbios funcionais gastrointestinais.
CRITÉRIOS DE ROMA III
QUAIS OS OBJETIVOS EM CLASSIFICAR OS DISTÚRBIOS FUNCIONAIS?
• Facilitar a comunicação entre os pesquisadores e também deles com a comunidade médica.
• Simplificar o atendimento dos pacientes com diagnóstico de distúrbios funcionais baseados em sinais e sintomas.
A importância da “separação” dos sintomas funcionais em diferentes síndromes é a
facilitação do diagnóstico e do tratamento, especialmente da investigação científica.
ROMA III:ROMA III: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOSASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
✓ Estudos epidemiológicos demonstram que a prevalência das Estudos epidemiológicos demonstram que a prevalência das desordens funcionais é semelhante na Europa, EUA, Canadá e desordens funcionais é semelhante na Europa, EUA, Canadá e Austrália e parece menor na Ásia e África.Austrália e parece menor na Ásia e África.
✓ A maioria dos DFGI predomina em mulheres (Globus, Disfagia, A maioria dos DFGI predomina em mulheres (Globus, Disfagia, IBS, Distensão Abdominal, Dor Abdominal Crônica). IBS, Distensão Abdominal, Dor Abdominal Crônica).
✓ Vários estudos demonstram que, em relação ao gênero, não Vários estudos demonstram que, em relação ao gênero, não existe diferença da prevalência nos seguintes distúrbios existe diferença da prevalência nos seguintes distúrbios funcionais: Dor Torácica, Pirose, Ruminação, Dispepsia e funcionais: Dor Torácica, Pirose, Ruminação, Dispepsia e Vômitos. Vômitos.
✓ Alguns estudos demonstram maior prevalência da Diarréia Alguns estudos demonstram maior prevalência da Diarréia Funcional em homens.Funcional em homens.
Chang L et al. Chang L et al. GastroenterologyGastroenterology 2006;130:1435-46 2006;130:1435-46
Os Distúrbios Funcionais GI sãomuito prevalentes nos Estados Unidos
*Corazziari E. Best Prac Res Clin Gastroenterol. 2004;18:613-631.†Centers for Disease Control and Prevention. MMWR. 2004;53:145-148.‡Centers for Disease Control and Prevention. MMWR. 2003;52:833-837.
‡
0
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15
20
25
30
RefluxoGastroesofágico*
Dispepsia* ConstipaçãoCrônica*
SII* Asma Diabetes
Po
pu
laç
ão
, %
†
• PRESENÇA DE SINTOMAS DURANTE PELO MENOS 12 SEMANAS, QUE NÃO PRECISAM SER NECESSARIAMENTE CONSECUTIVAS NOS ÚLTIMOS 12 MESES.
• EXCLUSÃO DE DESORDENS ESTRUTURAIS OU METABÓLICAS
CRITÉRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DOS DFGI
CRITÉRIOS DE ROMA II
CRITÉRIOS DE ROMA III
INÍCIO DOS SINTOMAS, NO MÍNIMO, 6MESES ANTES DO DIAGNÓSTICO E ESTES DEVEM ESTAR PRESENTES E ATIVOS NOS ÚLTIMOS 3 MESES.
CRITÉRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DOS DFGI
CRITÉRIOS DE ROMA III
QUAL O MODELO FISIOPATOLÓGICO PROPOSTO?
• O NOVO MODELO PROPÕE QUE OS SINTOMAS DOS
PACIENTES SEJAM ENTENDIDOS DENTRO DE UM
PLURALISMO FISIOLÓGICO: SIMULTANEAMENTE
PODEM INTERAGIR DISTÚRBIOS MOTORES, AUMENTO
DA SENSIBILIDADE VISCERAL, ALTERAÇÃO DAS
CONEXÕES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL COM O
INTESTINO, AO MESMO TEMPO QUE EVENTOS
SOCIOCULTURAIS E INFLUÊNCIAS PSICOSSOCIAIS
PODEM MODULAR A PERCEPÇÃO DOS SINTOMAS.
O COMITÊ ROMA III CLASSIFICOU OS DISTÚRBIOS FUNCIONAIS GASTROINTESTINAIS DE ACORDO COM A REGIÃO ANATÔMICA, SEPARANDO-OS EM 6 GRUPOS:
1. ESÔFAGO
2. ESTÔMAGO E DUODENO
3. INTESTINO
4. DOR ABDOMINAL FUNCIONAL
5. VIAS BILIARES
6. ANORRETAIS
7. PEDIÁTRICOS
ROMA III: CLASSIFICAÇÃO
• DISTÚRBIOS ESOFAGIANOSDISTÚRBIOS ESOFAGIANOS
A1.A1. PIROSE FUNCIONAL PIROSE FUNCIONAL
A2.A2. DOR TORÁCICA FUNCIONAL DE PRESUMÍVEL DOR TORÁCICA FUNCIONAL DE PRESUMÍVEL
ORIGEM ESOFAGIANAORIGEM ESOFAGIANA
A3.A3. DISFAGIA FUNCIONAL DISFAGIA FUNCIONAL
A4.A4. GLOBUSGLOBUS
ROMA III: CLASSIFICAÇÃO
B. DISTÚRBIOS GASTRODUODENAISB. DISTÚRBIOS GASTRODUODENAIS
B1.B1. DISPEPSIA FUNCIONAL DISPEPSIA FUNCIONAL B1a.B1a. Síndrome do Desconforto pós-prandialSíndrome do Desconforto pós-prandial B1b. B1b. Síndrome da Dor EpigástricaSíndrome da Dor Epigástrica
B2.B2. ERUCTAÇÃO ERUCTAÇÃO
B2a.B2a. Aerofagia Aerofagia B2b.B2b. Eructações excessivas inespecíficas Eructações excessivas inespecíficas
B3.B3. NÁUSEAS E VÔMITOS NÁUSEAS E VÔMITOS
B3a.B3a. Náusea idiopática crônica Náusea idiopática crônica B3b.B3b. Vômito funcional Vômito funcional B3b.B3b. Síndrome do vômito Síndrome do vômito
B4.B4. SÍNDROME DA RUMINAÇÃO EM ADULTOSSÍNDROME DA RUMINAÇÃO EM ADULTOS
ROMA III: CLASSIFICAÇÃO
A.A. DISTÚRBIOS INTESTINAISDISTÚRBIOS INTESTINAIS
C1. C1. SÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVELSÍNDROME DO INTESTINO IRRITÁVEL
C2.C2. DISTENSÃO ABDOMINAL FUNCIONALDISTENSÃO ABDOMINAL FUNCIONAL
C3.C3. CONSTIPAÇÃO FUNCIONALCONSTIPAÇÃO FUNCIONAL
C4.C4. DIARRÉIA FUNCIONALDIARRÉIA FUNCIONAL
C5. C5. DISTÚRBIO FUNCIONAL INTESTINALDISTÚRBIO FUNCIONAL INTESTINAL INESPECÍFICO INESPECÍFICO
ROMA III: CLASSIFICAÇÃO
D.D. SÍNDROME DA DOR ABDOMINAL FUNCIONAL SÍNDROME DA DOR ABDOMINAL FUNCIONAL
ROMA III: CLASSIFICAÇÃO
B.B. DISTÚRBIOS DAS VIAS BILIARES E DO ESFÍNTER DISTÚRBIOS DAS VIAS BILIARES E DO ESFÍNTER DE ODDIDE ODDI
E1. E1. DISTÚRBIO FUNCIONAL DA VIA BILIARDISTÚRBIO FUNCIONAL DA VIA BILIAR
E2.E2. DISTÚRBIO FUNCIONAL DO ESFINCTER DE ODDI DISTÚRBIO FUNCIONAL DO ESFINCTER DE ODDI BILIAR BILIAR
E3.E3. DISTÚRBIO FUNCIONAL DO ESFÍNCTER DE ODDIDISTÚRBIO FUNCIONAL DO ESFÍNCTER DE ODDI PANCREÁTICOPANCREÁTICO
ROMA III: CLASSIFICAÇÃO
A.A. DISTÚRBIOS ANORRETAISDISTÚRBIOS ANORRETAIS
F1. F1. SÍNDROME DA INCONTINÊNCIA FECAL FUNCIONALSÍNDROME DA INCONTINÊNCIA FECAL FUNCIONAL
F2.F2. DOR ANORRETAL FUNCIONAL DOR ANORRETAL FUNCIONAL
F2a. F2a. Proctalgia crônicaProctalgia crônica
F2a1.F2a1. Síndrome do Levantador do Ânus Síndrome do Levantador do Ânus
F2a2.F2a2. Dor anorretal funcional inespecífica Dor anorretal funcional inespecífica
F2b. F2b. Proctalgia fugazProctalgia fugaz
F3.F3. DISTÚRBIOS FUNCIONAIS DA DEFECAÇÃODISTÚRBIOS FUNCIONAIS DA DEFECAÇÃO
F3a1.F3a1. Defecação dissinérgica Defecação dissinérgica
F3a2.F3a2. Propulsão defecatória inadequada Propulsão defecatória inadequada
ROMA III: CLASSIFICAÇÃO
G. DISTÚRBIOS FUNCIONAIS DOS NEONATOS G. DISTÚRBIOS FUNCIONAIS DOS NEONATOS
e das CRIANÇAS DE ATÉ 3 ANOSe das CRIANÇAS DE ATÉ 3 ANOS
G1- Regurgitação infantilG1- Regurgitação infantil
G2- Síndrome da ruminação infantilG2- Síndrome da ruminação infantil
G3- Síndrome do vômito cíclicoG3- Síndrome do vômito cíclico
G4- Cólica infantilG4- Cólica infantil
G5- Diarréia funcionalG5- Diarréia funcional
G6- Constipação infantilG6- Constipação infantil
ROMA III: CLASSIFICAÇÃO• H. DISTÚRBIOS FUNCIONAIS DAS CRIANÇAS H. DISTÚRBIOS FUNCIONAIS DAS CRIANÇAS
COM MAIS DE 3 ANOS e dos ADOLESCENTESCOM MAIS DE 3 ANOS e dos ADOLESCENTES
• H1H1- - Vômitos e aerofagiaVômitos e aerofagia
• H2- Distúrbios funcionais gastrointestinais H2- Distúrbios funcionais gastrointestinais relacionados à dor abdominalrelacionados à dor abdominal
• H3- Constipação e incontinênciaH3- Constipação e incontinência
Desafio clínico dos DistúrbiosGastrointestinais Funcionais
1- reconhecimento: diagnóstico
2- abordagem terapêutica baseada na fisiopatologia
3- reconhecer o impacto das síndromes funcionais
4- recomendações terapêuticas atuais
Desafio clínico dos Distúrbios Gastrointestinais Funcionais
1- reconhecimento: diagnóstico
diagnóstico de inclusão
X
diagnóstico de exclusão
Desafio clínico dos Distúrbios Gastrointestinais Funcionais
1- reconhecimento: diagnóstico
critérios diagnósticos + valorização dos sinais de alarme
diagnóstico de inclusão
SINAIS E/OU SINTOMAS DE ALARMESINAIS E/OU SINTOMAS DE ALARME
• Perda de peso
• Disfagia
• Febre
• Vômitos freqüentes
• Sangramento
• Anemia
• Icterícia
• Massa palpável
• História familiar de Câncer do TGI
• Mudança no padrão dos sintomas
“Red Flag”
DispepsiaFuncional
SII
DRGE
ConstipaçãoCrônica
Constipação
pirose Regurgitação
Distensão abdominal
Eructações
Dor Abdominal
Desconforto
*Locke GR et al. Neurogastroenterol Motil. 2004;16:1-6.†Corazziari E. Best Prac Res Clin Gastroenterol. 2004;18:613-631.‡Talley NJ et al. Am J Gastroenterol. 2003;98:2454-2459.
Sobreposição dos Distúrbios Funcionais GI
• 29% dos pacientes com refluxo esofágico têm constipação crônica*
• O diagnóstico pode passar de um distúrbio para outro ao longo do tempo†
• Possíveis mecanismos fisiopatológicos em comum†‡
Desafio clínico dos DistúrbiosGastrointestinais Funcionais
1- reconhecimento: diagnóstico
2- abordagem terapêutica baseada na fisiopatologia
3- reconhecer o impacto da doença
4- recomendações terapêuticas atuais
DISPEPSIADISPEPSIA
Responsável por 40 a Responsável por 40 a 70% das queixas 70% das queixas gastroenterológicasgastroenterológicas
Incidência anual de Incidência anual de 8%8%
Presente em 25 a Presente em 25 a 40% da população 40% da população geralgeral
Apenas 22% dos Apenas 22% dos pacientes chegam ao pacientes chegam ao especialistaespecialista
McNamara GastClNthAm2000
Pacientes com os seguintes sintomas durante Pacientes com os seguintes sintomas durante OS ÚLTIMOS 3OS ÚLTIMOS 3 MESES MESES EE QUE SE INICIARAM, NO MÍNIMO, NOS QUE SE INICIARAM, NO MÍNIMO, NOS ÚLTIMOS ÚLTIMOS 6 MESES:6 MESES:
• É FUNDAMENTAL:É FUNDAMENTAL:5.5. Um ou mais de:Um ou mais de:
a- Empachamento pós-prandiala- Empachamento pós-prandial b- Saciedade precoceb- Saciedade precoce c- Dor epigástricac- Dor epigástrica d- Queimação epigástricad- Queimação epigástrica
2.2. E, E, aausência de lesões estruturais (inclusive após endoscopia usência de lesões estruturais (inclusive após endoscopia digestiva alta) que possam explicar os sintomas.digestiva alta) que possam explicar os sintomas.
Tack J et al. Gastroenterology 2006;130:1466-79
ROMA III: CONCEITO
Dispepsia Funcional
SCI
DRGE
Síndrome da dor epigástrica
Síndrome do desconforto pós-prandial
Investigação
Avaliação sintomas
Classificaç ão ROMA III:
CLASSIFICAÇÃO
• SÍNDROME DA DOR EPIGÁSTRICA
• SÍNDROME DO DESCONFORTO PÓS-PRANDIAL
Pacientes com os seguintes sintomas Pacientes com os seguintes sintomas durante osdurante os últimos 3 últimos 3 meses meses ee que se iniciaram, no mínimo, nos últimos que se iniciaram, no mínimo, nos últimos 6 meses:6 meses:
• É FUNDAMENTAL PELO MENOS UM dos critérios abaixo:É FUNDAMENTAL PELO MENOS UM dos critérios abaixo:6.6. Empachamento pós-prandial que ocorre, no mínimo, váriasEmpachamento pós-prandial que ocorre, no mínimo, várias vezes por semana.vezes por semana.• Saciedade precoce que impossibilita o término normal das Saciedade precoce que impossibilita o término normal das
refeições, que ocorre, refeições, que ocorre, no mínimo, várias vezes por semana.no mínimo, várias vezes por semana.
CRITÉRIOS CORROBORATIVOS:CRITÉRIOS CORROBORATIVOS: 1) Distensão abdome superior, náusea pós-prandial ou eructação pode 1) Distensão abdome superior, náusea pós-prandial ou eructação pode
estar presente;estar presente; 2) Síndrome da dor epigástrica pode coexistir2) Síndrome da dor epigástrica pode coexistir
Tack J et al. Gastroenterology 2006;130:1466-79
ROMA III: Classificação da DFSÍNDROME DO DESCONFORTO PÓS-PRANDIAL
Pacientes com os seguintes sintomas Pacientes com os seguintes sintomas durante osdurante os últimos 3 últimos 3 meses meses ee que se iniciaram, no mínimo, nos últimos que se iniciaram, no mínimo, nos últimos 6 meses:6 meses:
É FUNDAMENTAL TODOS OS CRITÉRIOS ABAIXO:É FUNDAMENTAL TODOS OS CRITÉRIOS ABAIXO:6.6. Dor ou queimação localizada no epigástrio pelo menos Dor ou queimação localizada no epigástrio pelo menos
moderada e que ocorre, no mínimo, uma vez por semana;moderada e que ocorre, no mínimo, uma vez por semana;• Dor intermitente;Dor intermitente;• Dor não generalizada ou localizada em outras regiões Dor não generalizada ou localizada em outras regiões
abdominais ou torácica;abdominais ou torácica;• Dor não aliviada pela defecação ou eliminação de flatos;Dor não aliviada pela defecação ou eliminação de flatos;• As características da dor não preenchem critérios para o As características da dor não preenchem critérios para o
diagnóstico dos distúrbios funcionais da VB ou EO.diagnóstico dos distúrbios funcionais da VB ou EO.
Tack J et al. Gastroenterology 2006;130:1466-79
ROMA III: Classificação da DFSÍNDROME DA DOR EPIGÁSTRICA
CRITÉRIOS CORROBORATIVOS:CRITÉRIOS CORROBORATIVOS:
4)4) A dor pode ter características de queimação, mas sem A dor pode ter características de queimação, mas sem
componente retroesternal;componente retroesternal;
5)5) A dor é comumente induzida ou aliviada pela ingestão A dor é comumente induzida ou aliviada pela ingestão
das refeições, mas pode ocorrer também em jejum;das refeições, mas pode ocorrer também em jejum;
6)6) Síndrome do desconforto pós-prandial pode coexistir.Síndrome do desconforto pós-prandial pode coexistir.
Tack J et al. Gastroenterology 2006;130:1466-79
ROMA III: Classificação da DFSÍNDROME DA DOR EPIGÁSTRICA
1. Distúrbios da motilidade digestiva
2. Alteração da sensibilidade visceral (hiperalgesia)
3. Desregulação SNC-SNE
✓ Inflamação intestinal resultante de infecção (Helicobacter pylori)
❚ Fatores psicossociais
FISIOPATOLOGIAFISIOPATOLOGIA
?
Pirose
predominante
Sintomas dispépticos
DRGE
Sintomas dispépticos,
sem sinais de alarme
Sintomas de alarme,Fatores de risco,
AINES
EDAAlta prev. Hp
Pesquisar Hp
Positivo: tratar
Melhoraclínica
Persistência dos sintomas
Negativo
Baixa prev. Hp
Tratamento empírico: PPI (1a. escolha) ou procinéticos
melhoraclínica
persistência dos sintomas
Tack et al. Gastroenterology, 2004
SÍNDROME DO
INTESTINO IRRITÁVEL
Pacientes com os seguintes sintomas durante Pacientes com os seguintes sintomas durante os últimos 3os últimos 3 meses meses ee que se iniciaram, no mínimo, nos últimos que se iniciaram, no mínimo, nos últimos 6 meses:6 meses:
• Dor ou desconforto abdominal ocorrendo, no mínimo, 3 Dor ou desconforto abdominal ocorrendo, no mínimo, 3 dias por mês nos últimos 3 meses associada com 2 ou mais dias por mês nos últimos 3 meses associada com 2 ou mais dos critérios abaixo: dos critérios abaixo:
• Alívio da dor com a defecação;Alívio da dor com a defecação;• Início da dor associado com alteração na freqüência das Início da dor associado com alteração na freqüência das
fezes;fezes;• Início da dor associado com alteração na forma e na Início da dor associado com alteração na forma e na
aparência das fezes.aparência das fezes.George F et al. Gastroenterology 2006;130:1480-81
ROMA III: CONCEITO
George F et al. Gastroenterology 2006;130:1480-81
ROMA III: CLASSIFICAÇÃO
❚ SII com CONSTIPAÇÃO (SII-C): Fezes endurecidas, ressecadas ou fragmentadas (cíbalos) em ≥ 25% ou mais e fezes amolecidas ou pastosas em < 25% das evacuações;
❚ SII com DIARRÉIA (SII-D): Fezes amolecidas ou pastosas em ≥ 25% ou mais e fezes endurecidas, ressecadas ou fragmentadas (cíbalos) em < 25% das evacuações;
❚ SII FORMA MISTA (SII-M)
❚ SII NÃO DETERMINADA – Insuficientes anormalidades na consistência das fezes para preencher os critérios acima e ser alocada em um dos subtipos acima..
SINTOMAS DE ALARMESINTOMAS DE ALARME
Achados Laboratoriais
– ↓ Hemoglobina
– ↑ Leucócitos
– Sangue oculto nas fezes
História– Início em pacientes idosos (>50 anos)
–Antecedentes familiares de câncer de cólon ou doença inflamatória intestinal
–Perda de peso não intencional ≥ 4,5 kg
–Hematoquezia (sangue vivo nas fezes)
–Sintomas de distúrbios de base, como hipotireoidismo
Drossman DA et al. Gastroenterology. 1997;112:2120-2137.Paterson WG et al. CMAJ. 1999;161:154-160.Camilleri M, Choi MG. Aliment Pharmacol Ther. 1997;11:3-15.Frissora CL, Harris LA. Emerg Med. 2001;Apr:57-64.
Exame Físico
– Massa abdominal
– Achados anormais ao exame do reto
CC e SII-C podem ser diagnosticadas com segurança na prática clínica
Sim
Constipação secundária
Constipação ocasional
Sintomas por ≥ 3 meses?
Sintomas devidos a causa secundária?
Não Sim
Predomínio de dor abdominal?
Sim
Não
SII com constipação
Constipação idiopática crônica
Não
Avaliar melhorSinais de Alerta?Sim
Constipação crônica
Todas as constipações
Não
Adaptado de Corazziari E, Best Pract Res Clin Gastroenterol. 2004 Aug;18(4):613Adaptado de Prather CM, Rev Gastroenterol Disord. 2004; 4 (suppl 2):S11
Tratamento de acordo com o sintoma Tratamento de acordo com o sintoma predominantepredominante
DiarréiaDiarréia
DistensãoDistensão
ConstipaçãoConstipação
DorDor
DiarréiaConstipação
Tratamentos da SII de acordo com os sintomas predominantes
Roma IIISintomaspredominantes
Dor abdominal/distensão(pós-prandial/crônica)
Função intestinalalterada
Tratamento Psylium
MetilcelulosePolicarbofila
LactuloseSorbitol
Tegaserode
LoperamidaColestiramina
Alosetron
Mebeverina / PinavérioOtilônio / Trimebutina
Antidepressivos tricíclicos Antagonistas 5HT(começar com
doses baixas e aumentar progressivamente)
ROMA III: O QUE MUDOU
AA- - O período de sintomas necessário para o O período de sintomas necessário para o diagnóstico: diagnóstico: 6 meses6 meses
B- Alteração na classificação das síndromes:B- Alteração na classificação das síndromes: RuminaçãoRuminação
C- Criação de uma nova categoria de DFGI: C- Criação de uma nova categoria de DFGI: Dor Abdominal Funcional Dor Abdominal Funcional
D- Criação de duas categorias pediátricas: D- Criação de duas categorias pediátricas: Neonatos e crianças de até 3 anos; Crianças Neonatos e crianças de até 3 anos; Crianças com mais de 3 anos e adolescentescom mais de 3 anos e adolescentes
ROMA III: O QUE MUDOU
E- E- Mudança na subclassificação da Dispepsia Funcional: Mudança na subclassificação da Dispepsia Funcional: Síndrome da dor epigástrica e Síndrome do Síndrome da dor epigástrica e Síndrome do Desconforto Pós-prandialDesconforto Pós-prandial
F- Critérios mais rigorosos para o diagnóstico dos F- Critérios mais rigorosos para o diagnóstico dos distúrbios funcionais da Vesícula Biliar e do Esfíncter distúrbios funcionais da Vesícula Biliar e do Esfíncter de Oddi: de Oddi: mais critérios de inclusão e exclusão e mais critérios de inclusão e exclusão e redução da necessidade de exames invasivos para redução da necessidade de exames invasivos para confirmação do distúrbio funcionalconfirmação do distúrbio funcional
G- Revisão dos subtipos da Síndrome do Intestino G- Revisão dos subtipos da Síndrome do Intestino Irritável: Irritável: o comitê recomenda que a determinação o comitê recomenda que a determinação dos subtipos – diarréia, constipação e misto – seja dos subtipos – diarréia, constipação e misto – seja baseada apenas na consistência das fezes.baseada apenas na consistência das fezes.
Conclusões
• Boa relação médico-paciente
• Futuro:
conhecimento da fisiopatologia
↓novas opções terapêuticas
OBRIGADO