DISCIPLINA: Redação e Interpretação de Texto Científico Aula sobre fichamentos e resumos Profa....

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Profa. Lílian MoreiraProfa. Lílian Moreira

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GÊNERO TEXTUAL: FICHAMENTO

As leituras realizadas devem ser registradas, documentadas, através de anotações, que se

tornam mais acessíveis, funcionais, se forem feitas em

fichas.

Fichar é transcrever anotações em fichas, para fins de estudo

ou pesquisa.

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Pela facilidade do manuseio, as fichas nos possibilitam:

- obter a informação exata, no momento necessário;

- manusear, remover, renovar, acrescentar informações;

- elas ocupam pouco espaço, são facilmente transportadas, podem ser ordenadas conforme a

necessidade do aluno/pesquisador.

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TAMANHOS E CONTEÚDOS

Existem tamanhos padronizados de fichas, com ou sem pauta.

pequeno – 7,5 X12,5 cm;médio – 10,5 x 15,5 cm;grande – 12,5 X 20,5 cm.

Geralmente, o tipo pequeno é usado apenas para indicações bibliográficas; o médio para

anotações sucintas; e o grande para resumos de obras inteiras, planos de aula, seminários etc.

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Utilizando fichas

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Times New Roman

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ESTRUTURA DA FICHA

ASSUNTO: (REFERÊNCIA)

(CORPO: esquema, resumo, citações etc.).

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Quanto ao conteúdo, as fichas podem ser:

1- Fichas de indicação bibliográfica : apresentam os elementos que compõem a referência bibliográfica. Os principais são:

autor; título; número da edição (da segunda em

diante); local de publicação; editora; data da publicação.

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As indicações bibliográficas obedecem às normas da ABNT.

Estas fichas de indicação bibliográfica são úteis quando se está fazendo um levantamento bibliográfico de um assunto. Auxiliam no momento de colocar as referências em ordem alfabética, na organização da bibliografia do trabalho.

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MODELO DE FICHA DE INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

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2- Fichas de citações Estas fichas são usadas para a transcrição

de trechos importantes dos textos/livros, que poderão ser usados como citações em trabalhos.

Transcreve-se na ficha, entre aspas e literalmente, o trecho , sem esquecer de colocar, no alto, as indicações bibliográficas, acrescentando-se o número da página de onde se fez a transcrição.

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MODELO DE FICHAS DE CITAÇÕES

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3- FICHAS DE RESUMOS

Apresentam resumos descritivos (não dispensam a leitura do texto/obra, apontam as partes principais) ou resumos informativos (mais abrangentes, dispensam a leitura do texto/obra).

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MODELO DE FICHA DE RESUMO

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4- FICHAS DE APRECIAÇÃO

Estas fichas recebem anotações sobre o conteúdo das obras, comparações com outras da mesma área: críticas, comentários e opiniões sobre o que se leu.

A elaboração deste tipo de fichas poupa o tempo que seria gasto no reexame dos textos.

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5- FICHAS DE ESQUEMA

Estas fichas apresentam esquemas de capítulos ou de obras completas. Os esquemas facilitam as revisões das matérias ou memorização dos conteúdos.

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6- FICHAS DE IDEIAS SUGERIDAS PELA LEITURA

Estas fichas recebem anotações de ideias que surgem quando a leitura do texto está sendo realizada e que podem ser utilizadas na realização dos trabalhos.

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USO DAS FICHAS E ORGANIZAÇÃO DOS

FICHÁRIOS

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A ficha deve conter: um cabeçalho que indica o tema/ assunto/

finalidade do texto lido; a referência bibliográfica completa do texto/obra; o conteúdo; se o texto/livro foi consultado em biblioteca,

aconselha-se anotar o nome da biblioteca e os dados catalográficos da obra, que facilitam uma nova consulta, se for preciso;

quando houver necessidade de mais de uma ficha para o mesmo texto, as fichas devem ser numeradas (ao alto, à direita);

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as fichas devem ser arquivadas em fichários (uma caixa de papelão, como as de sapato, por exemplo, funciona como um arquivo, desde que organizada para este fim);

nunca misturar assuntos e autores; as fichas são organizadas, no fichário, por ordem

alfabética de autores, títulos ou assuntos; Para separar assuntos/ autor/ disciplina no

mesmo fichário, utiliza-se uma ficha-guia (de cor diferente ou com uma aba em que se anota o assunto/autor para facilitar o manuseio).

(ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010.)

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GÊNERO TEXTUAL: RESUMOApresentação concisa dos pontos relevantes de um documento.

TIPOS DE RESUMOS Resumo descritivo ou indicativo: apresenta

apenas os pontos principais do documento, não indicando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo geral, não dispensa a consulta ao original. Sua extensão é de 15 a 20 linhas; utilizam-se frases curtas que, geralmente, correspondem a cada elemento fundamental do texto.

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Resumo informativo ou analítico: informa ao leitor finalidades, metodologia, resultados e conclusões do documento, de tal forma que este possa, inclusive, dispensar a consulta ao original.

É o mais solicitado nos cursos de graduação. São eliminados gráficos, citações, exemplificações, mantendo-se as ideias principais. É o tipo de resumo que reduz o texto a 1/3 ou ¼ do original.

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Resumo crítico: consiste na condensação do texto original a 1/3 ou ¼ de sua extensão, mantendo as ideias principais, permitindo a opinião e comentários do autor do resumo. Tal como o resumo informativo, dispensa a leitura do original para a compreensão do assunto. Também chamado de resenha.

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REDAÇÃO DE RESUMOS: PARÁGRAFOS E CAPÍTULOS

A técnica de resumo é diferente para textos curtos e obra completa.

Por texto curto entende-se o que consta de um parágrafo até um capítulo.

Parágrafos e capítulos podem ser resumidos empregando-se a técnica de sublinhar e redigir o resumo organizando frases baseadas nas palavras sublinhadas.

Usar vocabulário próprio ou do autor é indiferente, desde que o resumo apresente as principais ideias do texto.

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Não são admitidos acréscimos ou comentários ao texto, mas as opiniões e pontos de vista do autor do texto original devem ser respeitados.

O resumo deve ser precedido da referência do documento.

O resumo deve ser composto de uma sequência de frases concisas, afirmativas e não de enumeração de tópicos.

Recomenda-se o uso de parágrafo único.

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Sublinhando as palavras mais importantes:

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Exemplo de resumo que não se prende fielmente às palavras

sublinhadas

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"Na psicanálise freudiana muito comportamento criador, especialmente nas artes, é substituto e continuação do folguedo da infância. Como a criança se exprime em jogos e fantasias, o adulto criativo o faz escrevendo ou, conforme o caso, pintando. Além disso, muito do material, de que ele se vale para resolver seu conflito inconsciente, material que se torna substância de sua produção criadora, tende a ser obtido das experiências da infância. Assim, um evento comum pode impressioná-Io de tal modo que desperte a lembrança de alguma experiência anterior. Essa lembrança por sua vez promove um desejo, que se realiza no escrever ou no pintar. A relação da criatividade com o folguedo infantil atinge máxima clareza, talvez, no prazer que a pessoa criativa manifesta em jogar com ideias, livremente, em seu hábito de explorar ideias e situações pela simples alegria de ver aonde elas podem levar" (Kneller, 1976, p. 42-43). 

(ver o resumo em doc. Word)

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Resumo

Na concepção freudiana, a criatividade dos artistas é substitutivo das brincadeiras infantis. A criança se expressa através de jogos e da fantasia, o adulto o faz através da literatura ou da pintura, inspirando-se em suas experiências da infância. Essa relação é confirmada pelo prazer que a pessoa criativa sente em explorar ideias e situações apenas pela alegria de ver aonde elas podem chegar.

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Exemplo de resumo que se prende fielmente às palavras sublinhadas

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"Vivemos num ambiente formado e, em grande proporção, criado por influências semânticas sem paralelo no passado: circulação em massa, de jornais e revistas que só fazem refletir, num espantoso número de casos, os preconceitos e as obsessões de seus redatores e proprietários; programas de rádio, tanto locais como em cadeia, quase inteiramente dominados por motivos comerciais; conselheiros de relações públicas, que não são mais que artífices, regiamente pagos, para manipular e remodelar o nosso ambiente semântico de um modo favorável a seu cliente. É um ambiente excitante, mas cheio de perigos, sendo apenas um pequeno exagero dizer que foi pelo rádio que Hitler conquistou a Áustria. Os cidadãos de uma sociedade moderna precisam, em conseqüência, de algo mais do que simples 'senso comum', recentemente definido por Stuart Chase como 'aquilo que nos diz que o mundo é plano. Precisam, esses cidadãos, de ficar cientificamente conscientes do poder e das limitações dos símbolos, especialmente das palavras, se é que desejam evitar ser levados à mais completa confusão, mediante a complexidade do seu ambiente semântico. Assim, pois, o primeiro dos princípios que governam os símbolos é este: O símbolo não é a coisa simbolizada; a palavra não é a coisa; o mapa não é o território que ele representa" (HAYAKAWA, 1972, p. 20-21). (ver o resumo em doc. Word)

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Resumo Vivemos num ambiente formado por influências

semânticas: circulação em massa de jornais e revistas que refletem os preconceitos e obsessões de seus redatores e proprietários; o rádio, dominado por motivos comerciais; as relações públicas, pagos para manipular o ambiente a favor de seus clientes. É um ambiente excitante, mas cheio de perigos. Os cidadãos de uma sociedade moderna precisam ficar conscientes do poder e das limitações dos símbolos, a fim de evitar confusão ante a complexidade de seu ambiente semântico. O primeiro princípio que governa os símbolos é este: o símbolo não é a coisa simbolizada; a palavra não é a coisa; o mapa não é o território que representa.

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RESUMO DE OBRA COMPLETA Não pode ser feito palavra por palavra, ou mesmo capítulo por capítulo, a

partir do que foi sublinhado. Deve-se adotar os seguintes procedimentos: a) Fazer uma leitura integral do texto, para conhecimento do assunto; b)

aplicar a técnica de sublinhar, para ressaltar as ideias importantes e os detalhes relevantes, em cada capítulo; c) reestruturar o plano de redação do autor, valendo-se, para isto, do índice ou sumário, isto é, identificar, pelo sumário, as principais PARTES do livro; em cada parte, os CAPÍTULOS, os títulos e subtítulos. De posse desses elementos, elaborar um plano ou esquema de redação do resumo; d) tomar por base o esquema ou plano de redação, para fazer um rascunho, resumindo por capítulos ou por partes; e) concluído o rascunho, fazer uma leitura, para verificar se há possibilidade de resumir mais, ou se não houve omissão de algum elemento importante. Refazer a redação, com as alterações necessárias, e transcrever em fichas, segundo as normas de fichamentos.

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Informação e documentação – Resumo – Apresentação. NBR 6028:2003. Rio de Janeiro: ABNT, nov. 2003. Esta norma substitui a NBR 6029:1990.

ANDRADE, M. M. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de trabalhos na graduação. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2010.

Referências bibliográficas