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Diretor: Nuno Rosa | Chefe de Redação: Valter Boita | Coordenação: Deolinda Castelhano e Teresa Agostinho | Bianual | Março de 2014 | Ano 9 - Número 21 Cursos Profissionais: contexto e formação Oferta educativa para o ano letivo 2014-2015. Página 9 Oficina das Ideias - a filoso- fia vai ao Centro Escolar da Benedita Projeto no âmbito da Filosofia para crianças com os alunos do 4º ano. Página 8 Comunicar Ciência Alunos do ECB vencedores do Con- curso da Agência Espacial Europeia, “Cientista da Cassini por um dia”. Página 14 Cambridge English mais perto dos alunos O ECB implementou, neste ano letivo, aulas de preparação para exame de nível A1 e B2, para alunos do 7º, 11º e 12º anos. Página 8 ECB TEM NOVO DIRETOR PEDAGÓGICO O Eng. Nuno Rosa é desde janeiro o novo diretor pedagógico do ECB, substituindo no cargo o Dr. Alfredo Lopes, que há 10 anos desempenhava estas funções. Com quase 50 anos de existência, o ECB tem o mais jovem e o primeiro ex-aluno no cargo de diretor pedagógico. O Toque de Saída foi ao seu encontro para o dar a conhecer um pouco melhor. Entrevista na página 11 ALUNAS DO ECB FORMAM GRUPO MUSICAL Entrevista na página 16

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Diretor: Nuno Rosa | Chefe de Redação: Valter Boita | Coordenação: Deolinda Castelhano e Teresa Agostinho | Bianual | Março de 2014 | Ano 9 - Número 21

Cursos Profissionais: contexto e formação

Oferta educativa para o ano letivo

2014-2015.

Página 9

Oficina das Ideias - a filoso-fia vai ao Centro Escolar da Benedita

Projeto no âmbito da Filosofia para crianças com os alunos do 4º ano.

Página 8

Comunicar Ciência

Alunos do ECB vencedores do Con-curso da Agência Espacial Europeia, “Cientista da Cassini por um dia”.

Página 14

Cambridge English mais perto dos alunos

O ECB implementou, neste ano letivo, aulas de preparação para exame de nível A1 e B2, para alunos do 7º, 11º e 12º anos.

Página 8

ECB tEm novo dirEtor pEdagógiCo

O Eng. Nuno Rosa é desde janeiro o novo diretor pedagógico do ECB, substituindo no cargo o Dr. Alfredo Lopes, que há 10 anos desempenhava estas funções. Com quase 50 anos de existência, o ECB tem o mais jovem e o primeiro ex-aluno no cargo de diretor pedagógico. O Toque de Saída foi ao seu encontro para o dar a conhecer um pouco melhor.

Entrevista na página 11

aLUnaS do ECB Formam grUpo mUSiCaL

Entrevista na página 16

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ANO 9 - Nº 21TOQUE DE SAÍDA

2 ESCOLA VIVA

EditoriaL SUMÁRIOESCOLA VIVA

Editorial 2

Levanta-te contra a pobreza 3

Quadro de Mérito 3

Alunos do ECB distinguidos 3

Festa de Natal do ECB 4

Gabinete de Psicologia 4

Mérito ECB aceita novos desafios 5

GleeClub 2013-2014 5

Sorriso Amigo 5

Projeto Crescer 6

Oficina das Ideias 8

Cambridge English 8

Associação de Estudantes 8

Cursos Profissionais 9

Parlamento dos jovens 9

Nós importamo-nos! 10

Entrevista ao novo Diretor Pedagógico 11

Francês em atividade 12

ECB inclusivo 13

O.I.: Um espaço de discussão 13

Oficina das Ideias no 1.º ciclo 13

Cadernos ECB 14

V-Day in Benedita 20

Viagem de estudo a Madrid 20

OLHAR CIRCUNDANTE

Percursos.ECB 4

Fechar os olhos à dislexia 6

Missão CSI 14

Entrevista às Cupcake 16

CCGS 20

O LUGAR DA MEMÓRIA 12

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE

A gralha-de-bico vermelho 6

Ciência em miniatura 7

Olimpíadas Portuguesas de Biologia 7

Clube de Robótica 7

Coastwatch 7

Notícia do Programa Eco-Escola 10

Compostagem 10

Como comunicam as formigas 12

InGenious 13

Concurso “Cientistas da Cassini” 14

Comunicar Ciência 15

Fotografia & Ciência 20

ARTE E CULTURA

Passarox – peça dos Gambuzinos 16

Entre livros 17

Sugestão de leitura 17

RECRIAR O MUNDO 17

MENTE SÃ EM CORPO SÃO

Educação Física e desporto no ECB 18

Xadrez na Benedita 19

PASSATEMPOS E CURIOSIDADES 19

Diretor do Jornal:Nuno RosaChefe de redação: Valter BoitaCoordenação:Deolinda CastelhanoTeresa AgostinhoEquipa de redação:Acácio CastelhanoClara PeraltaConceição RaimundoEstela SantanaGraça SilvaIsabel PáscoaSérgio TeixeiraMarketing e vendas:Maria José JorgeComposição gráfica:Paulo Valentim Samuel Branco

Externato Cooperativo da BeneditaRua do Externato CooperativoApartado 197 2476-901 Benedita

[email protected]

top 10Os livros mais requisitados na Biblioteca do ECB durante os meses de setembro a dezembro de 2013.

1º- Diário de Anne Frank – Anne Frank

2º - Sexta-Feira ou a Vida Selvagem – Mi-chel Tournier

3º - Aldeia Nova – Manuel da Fonseca

4º - O Hobbit – J. R. R. Tolkien

5º - A Saga das Pedras Mágicas – Sandra Carvalho

6º - Um Crime no Expresso do Oriente – Agatha Christie

7º - O Último Segredo – José Rodrigues dos Santos

8º - À Beira do Lago dos Encantos – Maria Alberta Menéres

9º - A Filha da Minha Melhor Amiga – Do-rothy Koomson

10º - A Filha do Papa – Luís Miguel Rocha

À beira de completar 50 anos, a nossa escola pas-sa por um período conturbado. O longo caminho que percorremos implicou a implementação de reformas e mudanças, no sentido de nos adaptarmos às cons-tantes exigências com as quais nos confrontamos. As circunstâncias do atual momento obrigam-nos, mais uma vez, a refletir acerca do modo como aqui che-gámos e para onde queremos ir. A crise económica e demográfica que o país atravessa, por um lado, e as opções políticas, por outro, justificam, em grande me-dida, a situação financeira a que chegámos. De certa forma, sentimos que fomos injustiçados e deixados ao abandono. Ao longo deste meio século de existência, realizámos um serviço público de educação e criámos oportunidades a milhares de jovens da nossa região, das mais diferentes origens socioeconómicas, para se afirmarem na sociedade e contribuírem para o desen-volvimento da região e do país. Nesse sentido, o ECB investiu na formação de um corpo docente estável e profissionalizado, nas condições físicas e equipamen-tos da escola, nas novas tecnologias e nos projetos e parcerias com instituições locais, regionais e na-cionais, tendo sempre presente os alunos, que são a razão de ser da instituição escolar. Até há pouco tempo, todos estes aspetos eram valorizados pelo Es-tado aquando do financiamento da escola. Atualmen-te, as escolas com contrato de associação são todas tratadas financeiramente da mesma forma, apenas em função do número de turmas.

O ECB é uma cooperativa de ensino, uma insti-tuição sem fins lucrativos que, na década de 60 do século passado, nasceu do sonho da comunidade de criar condições locais para a educação das crianças e jovens da Benedita e das freguesias limítrofes. A si-tuação de crise que assola o país e as atuais opções políticas têm-nos penalizado fortemente, fazendo com que as nossas anteriores forças sejam agora as nos-sas fraquezas. Efetivamente, confrontamo-nos com alguns constrangimentos decorrentes dos cortes no financiamento, nomeadamente o facto de os nossos edifícios requererem constante manutenção. E, ape-sar de sermos uma das escolas mais bem equipadas da região nas áreas das tecnologias, não possuímos autonomia para abrir mais turmas nessas áreas.

Mas não podemos perder a esperança. Sabemos que o caminho que trilhámos é o da qualidade e é aquele que queremos seguir. Aqui está esta edição do nosso Jornal Toque de Saída para mostrar toda a vitalidade e dinamismo da nossa escola.

A mensagem que queremos passar é a de que não vamos desistir, pois temos “UM COMPROMISSO COM O FUTURO”. De olhos postos no futuro, iremos ajus-tar o que for ajustável sem perder o rumo, apostando nos valores que sempre nos guiaram. A mudança não nos intimida, é um processo de desenvolvimento e de melhoria. Talvez todos nós, direção, professores, fun-cionários e encarregados de educação, tenhamos de dar um pouco mais, de nos esforçarmos mais ainda e sermos mais exigentes e rigorosos. Apesar das vi-cissitudes, estou certo de que ultrapassaremos esta fase difícil e continuaremos a nossa missão, rumo ao sucesso, de “EDUCAR PARA O RISCO”.

Diretor Pedagógico, Nuno Rosa

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ANO 9 - Nº 21 TOQUE DE SAÍDA

ESCOLA VIVA 3

Adriana Raileanu 8.º AMaria João M. Marques 8.º B

Carolina Sofia N. Joaquim 8.º DEma Lourenço Ferreira 8.º EJosé Maria Marquês Gonçalves 8.º EMiguel Penas do Carmo 8.º ESara Margarida P. Lopes 8.º ECarolina Tomás Ramalho 8.º FAna Filipa Serrazina Inácio 9.º ALaura Vicente da Costa 9.º ARita Alexandra Neto Pestana 9.º BAlexandre da Silva Pinho 9.º EMaria Catarina Nunes Jorge 9.º GCláudia Susano Vicente 9.º HInês Susano Vicente 9.º HTiago Jorge Coelho Batista Voc.Francisco Rogério Santos 10.º APatrícia Maria Pimenta Rebelo 10.º AAlice Loureiro Norte 10.º BCristina Isabel A. Rodrigues 10.º BMartina Lopes Ferreira 10.º BFrancisco M. S. L. Cavadas 10.º CCatarina Sofia Paulo Correia 10.º DFrancisco Xavier A. Bogalho 10.º DIva Ana Vicente Leão 10.º DCarolina Silva Couto 10.º EAlexandra Lopes Periquito 10.º GNicole Rocha Serralheiro 10.º GFrancisco Miguel D. Salvaterra 11.º A

Gonçalo Ferreira Borges 11.º AHelena Carvalho Gorricha 11.º ACarlos Ferreira Martins 11.º CMaria Carmo Lopes 11.º CInês da Cruz do Couto 11.º DBeatriz José Pereira Lourenço 11.º EBeatriz Roque Santos 11.º ERaquel Filipe Rocha 11.º ESara Marques Félix 11.º EAna Paula Jorge Cruz 12.º AEduardo Manuel S. F. Aivado 12.º AVanessa Agostinho Ferreira 12.º AAlice Coelho Vicente 12.º BBeatriz Ribeiro Norte 12.º BCarolina Gonçalves Guerra 12.º BCatarina Colaço Serralheiro 12.º BCláudia Santos Constantino 12.º BFilipa Alexandra Paulo Lindo 12.º BJosé Luís Alexandre Mateus 12.º BMaria Ana Bernardo Almeida 12.º BMariana da Silva Alves 12.º BPatrícia Fialho Inácio 12.º BPedro Rui Ramalho Constantino 12.º BDiana Isabel Tereso Pereira 12.º DAna Catarina P. A. Cruz 12.º E

Maria Simões Belo 12.º EPatrícia Constantino Martins 12.º EDaniel Ferreira Rebelo 12.º FDavid Agostinho Raimundo 12.º H

1º pErÍodo

QUadro dE mÉrito 2013/2014

No passado dia 17 de outubro, cerca de 1200 alunos do ECB e 200 crianças da resposta social da Creche e Pré-Escolar do Centro Social Paroquial da Benedita fizeram a atividade “Stand Up-Levanta-te contra a Pobreza”.

Promovida pelas Nações Unidas, no âmbito do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, esta ação tem como principal objetivo sensibilizar a comunidade para os oito objetivos do Milénio, dos quais fazem parte: acabar com a fome e a miséria e fortalecer uma parceria global para o desenvolvi-

mento.Na nossa escola esta atividade vem sendo pro-

movida, nos últimos quatro anos, pelo Grupo de Ge-ografia em parceria com a Associação de Solidarie-dade Sorriso Amigo.

Ao toque da campainha, todos os alunos e pro-fessores se levantaram e, nas salas de aula e nou-tros espaços, foi lida uma mensagem aos alunos e professores.

Grupo de Geografia

tEStEmUnhoS

No dia 17 de outubro, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, eu levantei-me contra a pobreza! Fui empreendedora social, pois não tive uma atitude passiva em relação aos problemas do mundo, e agi! Ver que “todo o mundo pode mudar o Mundo” dei-xou-me feliz e motivada para fazer a mudança, porque não importa se somos alunos do ECB, crianças do Centro Social Paroquial da Bene-dita, funcionários ou professores. Todos nós, com um pequeno gesto, podemos melhorar a vida de alguém e fazer a diferença.

Raquel Baptista, 12ºD

Após a visualização do filme Quem se im-porta?, no âmbito da disciplina de Geografia C, a professora Rita Vicente propôs-nos a ida, no dia 17 de outubro, Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, ao Centro Paroquial da Benedita, divulgar a mensagem do “Stand Up - Levanta-te contra a pobreza!” aos meni-nos e funcionários. Foi extraordinária a con-vivência com as crianças, seres únicos, cujo sorriso vale mais que mil palavras. Foi uma experiência fantástica que gostaria de repetir. É muito bom sentir que com ela vamos ajudar alguém que precisa.

Andreia Santos, 12ºD

Stand UpLEvanta-tE Contra a poBrEza

aLUnoS do ECB d i S t i n g U i d o S por EmprESa da BEnEdita

O ECB é, desde a sua fundação, uma es-cola inserida na comunidade. Reconhecendo esse papel e no âmbito do mecenato cultural, no início do ano letivo, a empresa Julipedra – Indústria de Transformação de Mármores, Lda. (Benedita) propôs-se distinguir os dois melho-res alunos dos cursos científico-humanísticos e dos cursos profissionais do ano letivo de 2012-2013.

Assim, foram contempladas as estudantes Ana Carolina Pimenta Pontes (curso científi-co-humanístico) e Marisa Lopes Fialho (curso profissional) com um prémio no valor de 250 euros, entregue na Festa de Natal do ECB.

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ANO 9 - Nº 21TOQUE DE SAÍDA

4 ESCOLA VIVA

O Gabinete de Psicologia do Externato da Bene-dita existe há 14 anos e tem como objetivos últimos a promoção do sucesso escolar e pessoal dos alu-nos na sua vertente psicológica e comportamental, através de um trabalho de grande proximidade, quer com os alunos, quer com a comunidade educativa e encarregados de educação.

O trabalho realizado é maioritariamente individu-alizado, mas também se realizam intervenções em pequeno grupo e em turma, assim como trabalho direto com professores e pais, importantíssimo para o sucesso dos alunos.

Do trabalho individualizado com alunos, desta-cam-se os problemas emocionais (depressão, an-siedade e perturbações do relacionamento com pa-res e com adultos) e dificuldades de aprendizagem (avaliações das áreas cognitivas). Quanto ao tra-balho em pequeno grupo, a intervenção incide es-sencialmente no desenvolvimento de competências cognitivas e sociais, assim como nas metodologias de estudo. O trabalho em turma foca-se principal-mente na orientação vocacional, mas também no desenvolvimento de temáticas importantes para tur-mas específicas (estratégias de resolução de pro-blemas, modificação de comportamentos, metodo-logias de estudo, ansiedade em exames, de entre outras).

Relativamente ao trabalho com os pais, procu-ra-se estabelecer um contacto próximo, no sentido de os ouvir, acolher as suas angústias e dúvidas, transformando-as em sentimentos e atitudes mais

positivas e catalisadoras de mudança, também para os seus filhos.

Com os professores, o trabalho é sobretudo de colaboração, sendo estes vistos como fortes aliados para a mudança dos alunos, quer a nível comporta-mental, quer cognitivo e social.

O Gabinete de Psicologia procurou, desde o seu início, realizar um trabalho de grande proximidade, transmitindo direta ou indiretamente aos alunos, pais e professores, a noção de que o acompanha-mento em psicologia escolar serve para qualquer um e não é exclusivo daqueles que apresentam gra-ves ou acentuadas problemáticas.

Nesta escola, o acompanhamento psicológico em proximidade só é possível e eficaz graças à co-laboração dos professores, dos pais (que contactam frequentemente o gabinete de psicologia de modo a acompanharem o processo dos seus filhos) e tam-bém dos funcionários da escola que, em muitas si-tuações, são o “1º porto de abrigo” dos alunos em sofrimento psicológico.

O acesso ao Gabinete de Psicologia é livre para alunos, professores e encarregados de educação. Disponibiliza-se ainda acompanhamento à distância através de email ([email protected]) e, em breve, será criada a possibilidade de acompanha-mento via Skype (para casos específicos), possibi-litando, desta forma, um acesso mais facilitado a todos os utilizadores.

Psicóloga Margarida Ferreira

Desde há vários anos que os professores de EMRC do ECB organizam a festa de Natal para toda a comunidade educativa, no grande auditório do Centro Cul-tural Gonçalves Sapinho, e este ano não foi exceção!

Esta é sempre um orgulho para todos os alunos, professores e funcionários da nossa escola, pois nela conseguimos ver repre-sentados os variados talentos que possuímos e, tudo junto, resulta em algo extraordinário e que me-rece realmente ser visto, falado e

aplaudido. Cada grupo que atua esforça-se ao máximo para con-seguir proporcionar um espetácu-lo memorável a todos os que as-sistem, enchendo-os de sorrisos, emoção, alegria, gargalhadas e mensagens preparadas por tur-mas e por grupos de alunos en-volvidos em projetos. Esta festa prima, não só pelos momentos de pura diversão, mas também por adicionar aos momentos de hu-mor chamadas de atenção para a nossa realidade, enaltecendo os valores de solidariedade, partilha

e união que são incentivos para que se estabeleçam laços entre alunos, professores e funcioná-rios.

Todos os participantes estão de parabéns e, como é óbvio, não nos podemos esquecer de referir os apresentadores, que realizaram o seu trabalho como verdadeiros profissionais, nem de toda a equipa que está por detrás deste evento, pois sem eles nada disto seria possível.

Sara Félix, 11º E

gaBinEtE dE pSiCoLogia

FESta dE nataL do ECB p E r C U r S o S . E C B

aS razõES para Um projEto

A relação entre uma escola e os seus alunos ultrapassa em muito o conteúdo das aprendizagens e o seu contributo para a in-tegração na sociedade e no trabalho. Sendo a dimensão mais objetiva, ela é, apesar dis-so, apenas um aspeto desta relação espe-cial que se estabelece para sempre e molda a vida e o carácter de cada um.

A nossa escola tem um caráter identi-tário, define-nos como pessoas. Foi aonde fizemos amizades para a vida. Lá criámos o nosso imaginário, sonhámos partidas e vi-tórias, amámos pela primeira vez e sofremos de amores “para sempre” que tinham um in-tervalo no verão.

Foi na escola que nos construímos como indivíduos e cidadãos, fizemos todos os dis-parates e percebemos que há consequên-cias, aprendemos a passar da rebeldia à determinação, estabelecemos objetivos e partimos, por fim, um dia, na busca de os alcançar.

Mas a escola? Onde ficou? Com o que ficou?

Um ficheiro parado no tempo, uma foto de quando tínhamos dez ou quinze anos, re-gistos de notas que já ninguém sabe que es-forços exigiram ou o que significaram nesse momento.

Mas a escola? De que material é feita? Que identidade construiu?

A escola é o que são os seus alunos em cada momento mas é, também, o seu passa-do, o futuro que já se fez presente na vida dos seus antigos estudantes, os caminhos que ajudou a construir, as pistas que abriu e os instrumentos profissionais e morais que forneceu, os sonhos nela sonhados que se fizeram realidade.

Os alunos têm futuro, a escola tem pas-sado. E é no encontro entre o passado e o futuro que a escola tem a sua razão de ser. É nesse encontro /desencontro diário que se constroem as sociedades e se desenvolvem os países.

O ECB está empenhado em saber o futu-ro já realizado pelos seus alunos, por onde andam, o que fazem, como se sentem em relação ao tempo em que nele estudaram, como contribuem para o nosso país. Mas, o ECB não pode atingir esse objetivo sem o vosso contributo. Sim, vós, os antigos alu-nos do Externato.

Todos podem colaborar. Basta ir à pági-na da Net do Externato e responder a PER-CURSOS.ECB. Dar cinco minutos do vosso presente à escola que vos deu tanto no pas-sado. Muitos já responderam e a todos que-remos agradecer.

Contamos com todos. Queremos saber de si!

Professoras Conceição Raimundo e

Salomé Lopes

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ANO 9 - Nº 21 TOQUE DE SAÍDA

ESCOLA VIVA 5

O Sorriso Amigo é um projeto de solidariedade, que funciona no Externato Cooperativo da Benedita desde dezembro de 2000. Foi fundado por um conjun-to de alunos de uma turma do 11º ano e pela sua di-retora de turma, Ana Paula Barosa. Um dos objetivos principais deste projeto é a ajuda prestada aos alunos do ECB com mais fragilidades económicas. Este auxílio concretiza-se na entrega de cabazes de alimentos, pagamento de medicamentos e de con-sultas médicas, nomea-damente oftalmológicas e dentárias, entre outros.

No ano de 2013/2014, o Sorriso Amigo já contou

com diversas iniciativas de angariação de fundos e ali-mentos. Durante o Festival Bango 2013, dias 6,7 e 8 de setembro, esteve presente a servir jantares, para an-gariar fundos monetários. Durante esse mesmo festi-val também teve uma pe-quena barraquinha onde vendeu diversos artigos, como T-shirts e esferográ-ficas. Em conjunto com o Grupo de Geografia, no dia 17 de outubro, reali-zou uma outra atividade, o Stand UP, cujo objetivo foi alertar para o problema da pobreza no mundo e na

nossa comunidade. Todos os alunos do ECB pude-ram participar nesta ati-vidade, contribuindo com um alimento para o Sorri-so Amigo. Nos dias 9 e 10 de novembro teve início a Campanha de Natal, de-signada Natal a Sorrir, com a recolha de alimentos nos supermercados Neomáqui-na e Intermarché. Os alu-nos e professores do ECB também venderam esfero-gráficas, T-shirts e cane-cas, cujos fundos revertem para o projeto.

Professora Ana Paula Barosa

O esforço compensa e abre caminhos.No segundo ano de existência, o Mérito ECB é

um grupo mais numeroso, onde o convívio e a parti-lha marcam a diferença e reforçam a união.

Das diversas atividades que realizamos, o Vo-luntariado destaca-se como a mais marcante e, na realidade, tornou-se parte da vida de cada um.

Dentro da escola, o Mérito ECB dispo-nibiliza sessões de apoio ao estudo aos alunos da escola. As inscrições realizam-se no Centro de Recursos. Basta tomar a decisão, pedir ajuda e, de igual para igual, o companheirismo resulta em mais apren-dizagem e cumplicidade.

É também de cumplicidade que se ca-racteriza a relação do Mérito ECB com os alunos com necessidades educativas es-peciais que, em conjunto, colaboram para uma escola verdadeiramente inclusiva. No ano passado “conquistaram” juntos a Sala do Aluno; este ano “invadiram” a cantina, dando uma ajuda preciosa aos que dela necessitam e propiciando um convívio saudável que dá gosto testemunhar.

Fora da escola, semanalmente, às sextas-feiras das 14:30 horas às 16:00 horas, a parceria com a Universidade Sénior iniciada no ano passado con-tinua de vento em popa. Cerca de 30 alunos, divi-didos em grupos semanais, dão apoio na área das tecnologias aos seniores interessados. A recompen-

sa é um ambiente de aprendizagem, companheiris-mo e respeito entre as duas gerações, ambiente este que também se vive este ano, pela primeira vez, no Lar da Misericórdia. Ao longo da semana, 23 jovens dispõem de um pouco do seu tempo e dedicam-no aos mais velhos: joga-se, lê-se, conver-sa-se, caminha-se, aprende-se, faz-se companhia...

É um pouco de ar jovem e fresco que entra no Lar, fazendo a diferença, o que é, sem dúvida, uma ex-periência marcante que jamais se esquecerá.

Programa Young VolunTeamCom o objetivo de levar esta experiência de vo-

luntariado mais além, aceitámos o convite e vamos participar no Programa Young VolunTeam, em re-

presentação da nossa escola. Este projeto é uma iniciativa da Caixa Geral de Depósitos, em parceria com a Sair da Casca e Entreajuda (duas instituições de solidariedade), com o apoio da Direção-Geral da Educação e do Programa Juventude em Ação, da Comissão Europeia.

O objetivo é sensibilizar toda a comunidade edu-cativa, e não só, para a prática do Voluntariado, enquanto expressão de cidadania ativa. Na prática, a equipa de seis alunos irá usufruir de formação que lhe permitirá im-plementar ações deste tipo junto dos mais novos, envolvendo toda a comunidade escolar. A primei-ra ação de formação decorrerá na nossa escola no próximo dia 21 de fevereiro.

Para que todos possam acom-panhar e participar nesta iniciativa, criámos uma página no facebook dirigida a toda a comunidade – ECB SOLIDÁRIO – onde será par-

tilhado tudo o que de solidário se faz e se vai fazer na nossa escola.

A participação de cada um é essencial. A partici-pação de todos é determinante.

JUNTOS VAMOS DAR MAIS AO MUNDO!

Professora Carmelita Costa/Mérito ECB

mÉrito ECB aCEita novoS dESaFioS

SorriSo amigo

Mais uma aventura que se inicia... com muita música, alegria e amizade!

Depois de, solidariamente, marcar presença, como já é habi-tual, no Bango 2014, o GleeClub ECB reabre inscrições e inicia audições para incluir novos elementos no grupo. Às Alice Vicente, Georgeta Munteanu, Jacinta Madaleno e Maria João Marques vêm agora juntar-se a Lara Aleixo, a Laura Serrão e a Teresa Peralta, alunas do 7º e 8º anos, compondo o GleeClub 2013/2014.

A apresentação do novo grupo deu-se na Festa de Natal e, a 2 de fevereiro, fizeram a primeira atuação na Festa dos Padroeiros. Sempre com o objetivo de desenvolver as capacidades de cada elemento, o trabalho tem-se desenrolado e o jovem grupo começa a ganhar consistência.

No dia 14 de fevereiro interpretaram o tema “Break the Chain” que serviu de base à coreografia do One Billion Rising For Justice, iniciativa pelo fim da violência contra as mulheres que teve lugar na cave do CCGS e que foi dançada por dezenas de alunos do 2º e 3º ciclos e Secundário.

Novos desafios irão surgir… GleeClub is definitely here to stay!

Professora Carmelita Costa

gLEECLUB 2013-2014

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ANO 9 - Nº 21TOQUE DE SAÍDA

6 ESCOLA VIVA

Desde há nove anos que o Projeto Cres-cer faz parte da vida do ECB. Ao longo des-tes anos o projeto tem procurado desenvol-ver nos alunos valores e responsabilidades importantes para o seu crescimento e for-mação enquanto cidadãos, pretendendo pro-mover a autoestima, autonomia e sentido de responsabilidade, através da reflexão, troca de opiniões e do reforço positivo, bem como de um relacionamento condigno entre os pa-res, a fim de facilitar a integração na escola e na comunidade envolvente.

Desenvolvemos sessões de (in)formação com técnicos especializados sobre diferen-tes temáticas, elaboramos e divulgamos ma-terial preventivo/informativo, dinamizamos o Gabinete de Apoio e Informação ao Aluno, realizamos atividades inter-turmas, debates e jogos de dinâmicas de grupo. As atividades destinam-se aos alunos do 3º ciclo e do en-sino secundário, a professores, pais e outros educadores.

Este ano letivo, como linha orientadora da nossa ação, estamos a privilegiar a promo-ção da saúde como uma condição fundamen-tal para a participação ativa dos jovens na sociedade e desta forma uma vivência da Ci-dadania consciente e esclarecida. Para além da consciencialização de que as nossas de-cisões implicam consequências a curto, mé-

dio e longo prazo, promovemos a interven-ção na comunidade através da partilha, quer de opiniões quer de ações concretas que são operacionalizadas a partir de projetos de so-lidariedade e/ou de voluntariado.

No primeiro período decorreram sessões de sensibilização sobre saúde e alimenta-ção saudável, comportamentos de risco na adolescência, crescer em segurança e os malefícios do tabaco. Estas sessões foram dinamizadas por instituições com quem es-tabelecemos parcerias, são elas: o Centro de Saúde de Alcobaça e da Benedita, Esco-la Segura, Autoridade para as Condições de Trabalho e o Núcleo de Saúde Pública das Caldas da Rainha. Para além destas ses-sões, na disciplina de Oferta Complementar, lecionada pelo Diretor de turma, são aborda-dos diversos temas e desenvolvidos traba-lhos no âmbito do Projeto de Educação Se-xual planificado para cada turma.

Um dos dias temáticos trabalhado foi o Dia Internacional para a Erradicação da vio-lência contra as mulheres, celebrado a 24 de outubro, com a atividade Quebrar Silêncios. Depois de trabalharem o tema em sala de aula, as turmas fizeram cartazes e alguns alunos do 7º ano, com as bocas vendadas, fizeram um cordão humano com o objetivo de sensibilizar a comunidade escolar para esta temática.

Realizou-se também uma apresentação do projeto a Pais e Encarregados de Educa-ção do 7ºano. Estas atividades irão continuar ao longo do ano letivo.

A intervenção da equipa não se restringe ao trabalho com os alunos, mas pretende dar apoio aos professores, fomentado espaços de partilha de experiências e de materiais a privilegiar na disciplina de Oferta Comple-mentar.

A Equipa do Projeto Crescer

projEto CrESCEr

O ECB desde 2005 que apoia, de modo especializa-do, alunos disléxicos. Há 9 anos, 25 professores fizeram formação em “Dificuldades de Aprendizagem Específi-cas – Dislexia” para intervir

junto dos alunos com baixo desempenho na leitura e na escrita. Três professoras de Português complementaram a sua formação com uma pós-graduação na área, de modo a permitir um apoio mais efi-

ciente e completo a estes alu-nos.

Na realidade, o ECB está concentrado no sucesso es-colar de todos os seus alunos e também dos disléxicos. Para isso promove horas de apoio especializado, permitindo que as competências se desenvol-vam de modo a ultrapassar os obstáculos académicos.

Os disléxicos são pessoas de inteligência normal ou su-perior, mas com dificuldade específica na aprendizagem e automatização da leitura. Por isso, e para que o sistema es-colar e social os proteja, ne-cessitam de ser referenciados e diagnosticados até ao sexto ano de escolaridade.

Os pais e a escola (Jar-dim de Infância; primeiro e segundo ciclos) não devem desvalorizar as dificuldades que estas crianças manifes-tam desde cedo. Devem os pais, com a colaboração dos professores, procurar respos-tas através de uma avaliação cognitiva global e de testes específicos de dislexia, re-solvidos junto de psicólogos. Despistam-se problemas vá-rios, encontram-se respostas, na maioria dos casos, a tem-po de atuação.

O ECB é uma escola que tem orgulho nos disléxicos que apoiou, todos eles, hoje, adultos de sucesso: pastelei-ros, mecânicos, treinadores,

gestores, fisioterapeutas, res-tauradores, informáticos, de-signers, …

Os pais dos disléxicos não devem ter medo de conhecer as características dos seus filhos, pois quanto mais cedo for a avaliação, mais cedo se inicia o processo de recupe-ração; as crianças disléxicas, quando aprendem a ler, não têm cliques para compreen-der as mensagens, precisam de muito treino e apoio espe-cializado; a dislexia não pas-sa com a idade, necessita de conselhos incisivos, adequa-dos e certeiros.

Professora Paula C.Ferreira

FEChar oS oLhoS À diSLEXiaUm grandE Erro doS EdUCadorES

Cérebro de um normo-leitor Cérebro de um disléxico

A gralha-de-bico-vermelho é uma espécie característica das encostas escarpadas das zonas montanhosas e com uma ampla distribuição geo-gráfica. Tem um comprimento entre 37 a 41 centímetros, e uma enverga-dura entre 70 a 80 centímetros. Estas aves são inconfundíveis, com o seu corpo preto, patas e bico vermelhos. Os juvenis apresentam usualmente um bico amarelado. Geralmente gre-gárias, são bastante vocais, emitindo

um som metálico característico e fácil de identificar. São também conhecidas pelos seus voos ondulantes e acro-báticos em grupo, onde vários indivíduos se envolvem em piruetas, acompanhadas pelas suas numerosas e agudas vocalizações.

A espécie prefere desfiladeiros fluviais que ofereçam disponibilidade de sítios para se reproduzir. É muito fiel aos locais de reprodução, sendo raramente observada fora da área normal de distribuição. Após a parada nupcial, os pro-genitores começam a fazer o ninho, isoladamente ou em colónias, sendo estes ninhos sempre ocupados pelos mes-mos casais.

Em Portugal é mal conhecida, apesar de ser possível encontrar alguns aglomerados populacionais no nosso ter-ritório. As populações mais numerosas encontram-se nas serras calcárias de média e baixa altitude (Serra dos Can-deeiros) e em escarpas fluviais (Douro Internacional) ou costeiras (Sudoeste Alentejano).

Em Portugal esta espécie encontra-se em perigo, que parece estar ligado ao abandono do pastoreio extensivo e da agricultura tradicional, assim como à florestação de ter-ras agrícolas, à pressão turística e ao aumento do uso de agroquímicos. Todos estes fatores levaram, consequente-mente, a uma diminuição da capacidade de reprodução e à regressão da espécie.

Carolina Ramalho, Rafaela Boita e Marta Valentim, 8º F

a graLha-dE-BiCo-vErmELho

na SErra doS CandEEiroS

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ANO 9 - Nº 21 TOQUE DE SAÍDA

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE 7

A equipa do projeto Ciência em Miniatura - “A brincar também se aprende ” já regressou ao Centro Escolar da Benedita para continuar a despertar o interesse dos alunos do 1º ciclo pela ciência.

A área de Estudo do Meio, enquanto “área de abertura para o mundo, para a diversidade da re-alidade física e social, para a riqueza de conheci-mentos e experiências que possam fazer ‘crescer’ no aluno a compressão do mundo em que vive e a que pertence” (Roldão, M.C. 1995: 15), reúne as condições necessárias para que a criança amplie as suas experiências e desenvolva um conjunto de competências que a torne capaz de interagir de for-ma consciente e democrática, revelando-se impres-cindível para o desenvolvimento integral do aluno. Essa imprescindibilidade é justificada, não só pelo carácter integrador e transdisciplinar que esta área comporta, mas também pelo conjunto de aprendiza-gens relevantes e significativas que poderá promo-ver aos alunos.

Mais uma vez, alunos e professores das turmas

do 3º ano se têm mostrado muito interessados e sa-tisfeitos, pois consideram de grande importância as atividades que vêm a ser desenvolvidas, dado se-rem importantes na construção do conhecimento e na qualidade do pensamento, induzindo um proces-so de construção de significados, a partir de factos e de evidências experimentais.

Tem sido bastante gratificante ver, aula após aula, o brilho no olhar daquelas crianças que de-monstram uma impressionante sede de conheci-mento, procurando saber sempre mais e mais. In-discutivelmente, este tem sido um projeto que nos ensina imenso, tanto a nível profissional como a nível pessoal, porque tem sido uma aprendizagem de sentido duplo – nós tentamos ensinar estes me-ninos a ser um pouco mais adultos e, por seu turno, eles (re) ensinam-nos como é bom ser criança.

A Equipa do Projeto

CLUBE dE roBótiCaWorkshop de Introdução à Robótica

No dia 19 de dezembro sete alunos do ECB, dos cursos de Ciências e Tecnologias e de Profissional de Técnico de Informática de Gestão, participaram no workshop Introdução à Robótica, realizado em Leiria, na Escola Su-perior de Tecnologia e Gestão (ESTG) – IPL. As atividades desenvolvidas tiveram como principal objetivo a aquisição de conhecimen-tos básicos sobre robótica e foram dinamiza-das pelos professores Hugo Costelha e Nuno Lopes da ESTG. Os alunos do ECB tiveram oportunidade de visitar um laboratório de Ro-bótica, conhecer as aplicações da robótica em diversas áreas, aprender sobre a constituição de um robot móvel e programar robots, conce-bidos na ESTG, através da Linguagem C.

Professores Inês Madaleno e Samuel Branco

CiênCia Em miniatUra

a BrinCar tamBÉm SE aprEndE

No passado dia 10 de janeiro, a bióloga da Câ-mara Municipal de Alcobaça, Sofia Quaresma, este-ve presente no Centro Cultural Gonçalves Sapinho para realizar uma sessão de preparação dos alunos do ECB que participaram na campanha 2013-2014 do projeto Coast Watch.

O Coastwatch é um projeto de âmbito europeu que promove a cidadania ativa, consistindo na mo-nitorização e caracterização ambiental do litoral. Este projeto conta com a participação de milhares de voluntários, sendo um importante instrumento de educação para a cidadania ambiental, promovendo a educação para a conservação e o desenvolvi-mento sustentável dos ecossistemas dependentes de água doce, de águas costeiras e de transição. Este ano participaram cerca de 106 alunos das tur-mas C, E, G e H do 8º ano e a turma E do 11º ano.

A sessão teve como objetivo principal a sensi-

bilização dos alunos para o trabalho de campo no âmbito da participação da escola neste projeto. Os alunos foram informados sobre as características geomorfológicas e ambientais dos locais que vão monitorizar e alertados para as ações que devem adotar durante o trabalho de campo. Também fo-ram informados sobre as principais espécies que poderão encontrar e como proceder à sua identifi-cação. No final da sessão foram alertados para as consequências do impacte das atividades humanas nos ecossistemas naturais a uma escala local e mundial, através da visualização de alguns vídeos produzidos por investigadores nestas áreas, segui-da de debate.

Os alunos mostraram-se bastante interessados no conteúdo desta ação, tendo suscitado discussão do tema em sala de aula. Esta sessão foi muito en-riquecedora e interessante e mudou certamente a perspetiva destes jovens em relação à preservação do ecossistema litoral das praias da região onde vivemos.

Grupo de Biologia e Geologia.

oLimpÍadaS portUgUESaS dE BioLogia

Edição 2013/2014

As OPB são um concurso de ciência, na área da Biolo-gia, destinada a estudantes do ensino básico e secundá-rio entre o 9º e o 12º ano, que têm como principal ob-

jetivo estimular o gosto dos estudantes pela Biologia, em particular fomentando o interesse pela vertente prática desta disciplina. Nesse sentido, o ECB participou mais uma vez nas Olimpíadas Portuguesas de Biologia.

Este concurso é constituído por duas cate-gorias: as Olimpíadas Portuguesas de Biologia Sénior, para alunos do 10º ao 12º ano, e as Olimpíadas Portuguesas de Biologia Júnior, especificamente para alunos do 9º ano. Cerca de 70 alunos do 9º até ao 12º ano do curso de Ciências e Tecnologias colocaram à prova os seus conhecimentos nesta área na 1ª eli-minatória que decorreu nos dias 17 de janeiro e 7 de fevereiro, para as categorias sénior e júnior, respetivamente.

Desejamos as maiores felicidades aos nos-sos jovens cientistas!

Grupo de Biologia e Geologia

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ANO 9 - Nº 21TOQUE DE SAÍDA

8 ESCOLA VIVA

Os alunos do Externato Cooperativo da Bene-dita elegeram, no início do ano letivo, uma nova Associação de Estudantes. Da direção fazem parte Ana Santos (Presidente), Miguel Lopes, Catarina Coito, Luís Siopa e Pedro Constantino; a Assembleia Geral é constituída por Rui Subtil, Carolina Guerra, João Pedro Fernandes e para o Conselho Fiscal foram eleitos João Ferreira, João Fernandes e Catarina Serralheiro.

A presidente, Ana Santos, declarou ao Toque de Saída que os eleitos se sentem “ bastante fe-lizes com o voto de confiança que lhes foi dado pelos colegas e muito entusiasmados para fazer algo diferente”, acrescentando que esta asso-

ciação quer “fazer deste ano, um ano melhor, cheio de surpresas e de estreias.” A nova dire-ção pretende trabalhar o tema da inclusão so-cial, criando para o efeito, parcerias com várias instituições. Para além deste projeto, pretendem também organizar vários eventos abertos a toda a comunidade escolar, relacionados com o lazer, o desporto e a cultura.

Para cumprir estes objetivos, a Associação de Estudantes conta com o apoio de todos os alu-nos, direção da escola, professores e restante comunidade escolar.

Associação de Estudantes

No ano letivo 2013/2014, o ECB tem como ofer-ta de escola, para os alunos do 7.º e 8.º anos, a disciplina de Oficina das Ideias, com um tempo letivo por semana. Pretende-se com esta discipli-na aplicar o programa educativo desenvolvido por Matthew Lipman e Ann Sharp, designado Filosofia para Crianças, que visa fornecer instrumentos bá-sicos de pensamento crítico, a fim de os alunos desenvolverem capacidades de conceptualização, argumentação, problematização, bem como as ca-

pacidades de descentração, de respeito pela opi-nião dos outros, de análise crítica da informação e de tomadas de decisão livres e responsáveis.

Trata-se de um projeto inovador, coerente com as necessidades da sociedade atual que cada vez exige mais cidadãos ativos e críticos e candidatos ao mundo do trabalho, empreendedores e criati-vos. Saber pensar de forma autónoma e criativa requer treino e é um desafio para os nossos alu-nos “levarem” as suas ideias a uma oficina para as consertar e as examinar.

Esta disciplina foi criada em articulação com a disciplina de Tecnologias da Informação e da Co-municação (TIC), a fim de instigar os alunos a ad-quirirem competências básicas de análise crítica, que facilitem a transformação da informação em conhecimento.

O grupo de Filosofia do ECB implementou ain-da um projeto no âmbito da Filosofia para Crian-ças, também designado de Oficina das Ideias, em parceria com o Agrupamento de Escolas da Bene-dita, que está a ser desenvolvido no Centro Esco-lar, e dirigido aos alunos do 4º ano. Os filósofos de palmo e meio têm-se revelado muito recetivos e participativos. Para os professores tem sido uma experiência única e gratificante.

Grupo de Filosofia

oFiCina daS idEiaS no ECB E no CEntro ESCoLar da BEnEdita

aSSoCiação dE EStUdantES

Sabia que…- O santo padroeiro dos trabalhadores é São José Operário?- Portugal foi o primeiro país do mundo a abolir a pena de morte?- A luz elétrica chegou a Portugal, em setembro de 1878, no reinado de D. Luís?

Professora Ana Paula Barosa

CamBridgE EngLiSh

maiS pErto doS aLUnoS

O domínio de uma ou mais línguas estran-geiras tem-se revelado de maior importância no currículo de qualquer pessoa, pelo que nunca é de mais investir na formação dos nossos alunos. A pensar nisto, o ECB implementou, neste ano letivo, aulas de preparação para exame de nível A1 (Young Learners), para alunos do 7.º ano de escolaridade, e B2 (First Certificate for Schools), para alunos do 11.º e 12.º anos, resultante de um protocolo entre a Associação de Estabelecimen-tos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP) e a Cambridge ESOL. O número de alunos que se inscreveram para frequentar estas aulas é de cerca de 25, do 7.º ano e 4 do 11.º e 12.º anos de escolaridade.

As aulas são totalmente gratuitas para os alu-nos, tendo estes apenas de pagar os materiais didáticos e o exame do seu nível. A realização deste exame permite a aquisição de um certifi-cado de Cambridge English, que é uma das mais prestigiadas qualificações em inglês no mundo. O certificado atesta que os alunos adquiriram competências comunicativas práticas na língua, que lhes permitem usar o inglês em situações da vida real, abrindo portas para oportunidades de trabalho internacional e ingresso em instituições universitárias estrangeiras.

Salienta-se, também, que o certificado de ní-vel B2 possibilita e facilita a entrada em projetos internacionais, como o ERASMUS+ e a realiza-ção de estágios curriculares em instituições es-trangeiras, facilitando a integração dos nossos alunos num mundo global.

Professora Maria José Guerra

CUrioSidadESda hiStória

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ANO 9 - Nº 21 TOQUE DE SAÍDA

ESCOLA VIVA 9

Felizmente após o 25 de abril iniciou-se em Portugal uma nova ambição nacional no que toca à formação e escolaridade dos por-tugueses. Se antes o ensino era genericamente classista, após a revolução todo o sistema escolar e social se uniu para gerar uma dinâmica de igualdade de opor-tunidades e de desenvolvimento. Surgiu assim o ensino unificado e a escolaridade obrigatória foi sendo sucessivamente alargada.

No entanto, os preconceitos e a ideia de desigualdade de opor-tunidades perduraram no tempo e nas opções dos estudantes e suas famílias. Gerou-se assim um novo desequilíbrio na sociedade portu-guesa. Fomos formando autênticos exércitos de doutores sem que o mercado de trabalho os pudesse absorver; as licenciaturas multipli-caram-se em nome e especializa-ram-se em tal grau que cada curso vai sendo mais específico e conce-de menor amplitude, logo, menor capacidade de adaptação a novas solicitações profissionais e técni-cas.

Os estudantes, por desagradá-vel que seja admiti-lo, escolhem

cada vez mais os cursos que lhes parecem mais fáceis sem pensar nas possibilidades que assim lhes fogem no futuro.

As empresas, por seu turno, ou não encontram os técnicos de que precisam ou, muitas, não são ca-pazes de aproveitar a formação ge-neralista, identificar o seu potencial e dar a formação específica que a sua área de trabalho exige.

Quando os Cursos Profissionais surgiram, em grande medida para solucionar o desajuste atrás descri-to, muita foi a desconfiança gerada. Alguns disseram que não iam abrir novas oportunidades de emprego, não iam ensinar nada com aplica-ção prática; outros que os alunos não iam ter formação científica suficiente ou que nunca poderiam prosseguir estudos. Os precon-ceitos regressaram em força. Aos poucos, no entanto, os resultados foram aparecendo. Os Cursos Pro-fissionais não são uma panaceia para todas as questões, mas resol-vem muitas. Permitem aos alunos menos motivados ultrapassar essa fase terrível em que não se reve-em na escola, renovar a confiança e a autoestima, disciplinarem-se e,

finalmente, sentirem-se a aprender, a ser capazes, a fazer e a ser acei-tes no mercado de trabalho. Permi-tem, a todos os que se empenham realmente (só a esses), prosseguir os estudos (no caso do ECB, só do ano passado, mais de uma dezena de alunos estão matriculados em CET). Permitem o contacto com as empresas e a vida real do trabalho, o conhecimento e o respeito mútuo entre as escolas e as empresas, a permeabilidade entre aprender e fazer.

Apesar de todas as dificulda-des, o saldo é francamente positivo e vamos continuar.

Para o ano letivo 2014-2015, o ECB vai oferecer à escolha dos alunos mais Cursos Profissionais. São eles:- Curso Profissional de Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade- Curso Profissional de Técnico de Vendas - Curso Profissional de Técnico de Processamento e Controlo de Qua-lidade Alimentar - Curso Profissional de Técnico de Multimédia- Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva

O caminho é continuar a traba-lhar. Para a escola, tudo fazer para proporcionar cada vez melhor for-mação. Para os alunos, aproveitar e desenvolver todas as suas capa-cidades em benefício de um futuro que se sonha sempre feliz e bem-sucedido.

Mª da Conceição Raimundo(Dir. de Ciclo dos Cursos Profissionais)

Este ano letivo, o ECB ampliou a sua oferta for-mativa ao disponibilizar uma nova modalidade de ensino orientada para a sua formação inicial. O Cur-so Vocacional de Tecnologias da Informação visa possibilitar a progressão dos estudos para o ensino secundário a estudantes que não concluíram ainda

o 9º ano. A turma em funcionamento no ECB no cor-rente ano letivo é composta por 24 alunos.

Os cursos vocacionais são o resultado de uma experiência-piloto levada a cabo no ano letivo 2012-2013, pelo Ministério da Educação e Ciência. O pro-jeto foi, inicialmente, introduzido em 12 escolas e alargado, neste ano letivo, a outras instituições de ensino, entre as quais o ECB. Estes cursos focam-se essencialmente em disciplinas estruturantes, como Português, Matemática, Inglês, História, Geo-grafia, e nas áreas das Ciências Naturais e Físico-Químicas, constando também da sua estrutura cur-ricular a disciplina de Educação Física e as Áreas Vocacionais. Na componente Vocacional do Curso de Tecnologias da Informação são disponibilizados aos alunos diversos conteúdos relacionados com a programação da Folha de Cálculo Excel, que con-templam as suas funcionalidades mais avançadas,

a instalação e configuração de redes de computa-dores e a utilização de ferramentas de manipulação de imagem digital.

O curso terá a duração de um ano e apenas fica-rá concluído após a obtenção de aprovação no está-gio a realizar numa entidade empresarial da região.

Destacou-se, no decurso do primeiro período, o envolvimento da turma nas atividades do dia Inter-nacional da Pessoa Portadora de Deficiência, come-morado no passado dia 5 de dezembro. Os alunos elaboraram cartazes subordinados ao tema, tendo sido atribuídos prémios aos elementos vencedores na Festa de Natal.

Professor Alexandre Lourenço

CUrSoS proFiSSionaiS ContEXto E Formação

CUrSo voCaCionaL dE tECnoLogiaS da inFormação

parLamEnto doS jovEnS

a CriSE dEmogrÁFiCa Em dEBatE

Como já vem sendo hábito, os alu-nos do ensino secundário do ECB parti-ciparam na atividade proposta pela As-sembleia da República para as escolas, Parlamento dos Jovens.

Na sessão de escola, que se reali-zou no dia 20 de janeiro, foram eleitos os representantes do ECB ao “Parla-mento” distrital - Cláudio Norte, Rafael Santos (efetivos) e Sónia Coelho (su-plente). No dia 25 de março vai decorrer a sessão em Leiria. Os “deputados” do ECB terão oportunidade de apresentar as suas ideias e debater com os outros jovens do distrito os problemas susci-tados pela temática em discussão este ano: “Crise demográfica (emigração, natalidade, envelhecimento) ”.

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ANO 9 - Nº 21TOQUE DE SAÍDA

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE10

No dia 22 de novembro de 2013, no âmbito da semana europeia da prevenção de resíduos, a técnica Carolina Graça, da Câmara Municipal de Alcobaça, apresen-tou uma sessão com o objetivo de nos sensibilizar para a noção de composta-gem e para a necessidade de reduzir a quantidade de resíduos produzidos em nossas casas.

A compostagem é um processo de re-ciclagem de matéria orgânica, por ação de micro-organismos, como fungos ou bactérias, transformando folhas, ramos e resíduos domésticos (restos de vege-tais, frutas, etc…), em composto fértil, demorando entre 3 e 5 meses a concluir a transformação.

Existem dois tipos de resíduos que podemos colocar num compostor para obtermos um composto fertilizante e be-néfico para as plantas. Os verdes (restos de vegetais, frutas, borras de café, folhas

verdes, etc.) que são húmidos e os casta-nhos (ramos pequenos, folhas secas, pa-lha, etc.) que são secos. Por outro lado, não devemos colocar restos de carne, peixe, excrementos de animais, cinzas e produtos químicos, pois iriam danificar o composto, podendo até transformá-lo num composto tóxico (no caso de colo-carmos substâncias químicas).

O compostor deve ser colocado à som-bra de uma árvore de folha caduca, pois durante o verão este precisa de sombra e no inverno necessita de sol e de estar em contacto com o solo. No fundo do com-postor devemos colocar ramos grossos e secos, na primeira camada devem existir castanhos, enquanto na segunda camada devem existir verdes e assim sucessiva-mente, terminando numa camada de cas-tanhos. Para verificar se o processo está a decorrer como pretendido, uma vez por semana devem-se verificar vários níveis: como o oxigénio, a humidade e o tama-nho dos materiais.

A compostagem doméstica é um pro-cesso que não exige conhecimentos téc-nicos, é simples e ecologicamente susten-tável, pois assim reduzimos a quantidade de resíduos domésticos a enviar para o aterro sanitário.

José Gonçalves e Miguel Carmo, 8ºE

notÍCiaS do programa ECo-ESCoLa

O programa Eco-Escolas é um pro-jeto que procura estimular a adoção e o reforço de conceitos e ideias de educação e gestão ambiental na vida quotidiana das escolas. Aos estudan-tes é-lhes dirigido também o desafio de participarem nos processos de de-cisão e tomarem consciência da im-portância do ambiente no dia a dia da sua vida pessoal, familiar e comunitá-ria. O ECB continua com este projeto,

no qual serão desenvolvidos diversos tipos de ações no âmbito da educa-ção ambiental, algumas das quais em parceria com a Unidade de Ambiente e Espaços Verdes da Câmara Munici-pal de Alcobaça.

Este ano os alunos continuarão a participar no Projeto Europeu Co-astwatch. Durante os meses de ja-neiro e fevereiro, os alunos fizeram o levantamento de dados ambientais

para a caraterização da faixa litoral, correspondente às praias do conce-lho de Alcobaça, e tiveram oportuni-dade de constatar alguns dos proble-mas ambientais das regiões costeiras e a urgência da sua proteção.

À semelhança de anos anteriores, estamos também a participar no pro-jeto “Jovens Repórteres do Ambien-te”, e nas atividades promovidas pela Associação de Defesa do Património Ambiental NOSTRUM, bem como em alguns concursos promovidos pelo programa Eco-Escolas, nomeada-mente: desafio Valor Fito – alertar para o correto encaminhamento das embalagens de alguns produtos usa-dos na agricultura; Escola Geração Depositrão - recolha de REEE; Eco-repórter da Energia - sensibilizar para a redução de consumos, eficiência energética e energias renováveis; concursos de recolha de pilhas e tin-teiros. Este ano letivo, o grupo de alu-nos do projeto Momentos de Ciência irá implementar na escola uma horta biológica de forma a promover uma abordagem centrada na inclusão e na

participação ativa dos alunos, contri-buindo para o seu desenvolvimento pessoal e social, bem como para a sua educação alimentar.

No âmbito das atividades promo-vidas pela Câmara Municipal de Alco-baça, o ECB participa nos concursos: Consumo de água e energia na nossa Escola; Vamos cuidar dos oceanos; Uma outra praia; e Saca-Rolhas. Al-guns alunos participaram também numa palestra no âmbito da comemo-ração da semana europeia da preven-ção de resíduos.

Sê ECO!

A equipa Eco-escola

CompoStagEm nóS importamo-noS !Quem se importa?

Foi esta a questão colocada pelo do-cumentário da EDP, visualizado pelos alunos inscritos na disciplina de Educa-ção Moral Religiosa Católica. Esse docu-mentário tinha como objetivo alertar para problemas muito pre-

sentes no nosso dia a dia, de entre os quais, a discriminação, as desigualdades sociais, a poluição e outros que, de certa forma, afetam a qualidade de vida e a felicidade humana. Chocados com estas realidades, os alunos aceitaram o desafio de dinamizar o projeto “Nós Importamo-nos”, que consiste na realização de ses-sões e workshops com utentes de várias instituições locais, no-meadamente a Santa Casa da Misericórdia da Benedita, o Centro de Dia do Vimeiro, o Lar da Gouxaria, o Lar d’Aldeia, os Centros Sociais e Paroquiais da Benedita e de Turquel, e ainda algumas pré-escolas do agrupamento da Benedita.

Os alunos do ECB disponibilizaram voluntariamente algum do seu tempo livre, ao longo do 1º período, para preparar momentos lúdicos e pedagógicos que partilharam com crianças do ensino pré-escolar e idosos institucionalizados. Com o passar do tempo, estabeleceram-se laços entre alunos e utentes que dificilmente serão quebrados, daí que faça sentido dar continuidade a um projeto que transmitiu tanta esperança aos mais velhos, tantos ensinamentos aos mais novos, e tanto prazer a nós próprios.

Nós Importamo-nos, e tu?

Ana Castelhano, 11ºE

Carlos Martins, 11ºC

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ANO 9 - Nº 21 TOQUE DE SAÍDA

ESCOLA VIVA 11

“Posso dizer que tenho ‘amor à camisola’ e que farei tudo o que estiver ao meu alcance para que o Externato continue a ser uma escola onde se pratique um ensino de qualidade”

EntrEviSta ao novo dirEtor pEdagógiCo do ECB

Nuno Manuel Lopes Rosa tem 45 anos, é casa-do e pai de três filhos. Licenciou-se em Engenharia Mecânica, pelo Instituto Superior Técnico, no ano de 1992, tendo feito profissionalização em Ensino de Matemática, pela Escola Superior de Educação de Leiria. Fez formação em Gestão Escolar, pela Uni-versidade de Coimbra, e encontra-se a lecionar no ECB desde o ano letivo de 1992-93, tendo exercido o cargo de coordenador de informática e de coorde-nador da comissão de horários.

Como é que reagiu quando o convidaram para assumir a direção pedagógica, sendo um ex-alu-no da escola e o mais jovem diretor pedagógico do ECB? De que modo a junção destas duas con-dições se articulam com a sua liderança e o seu projeto educativo?

A minha primeira reação ao convite foi de admira-ção. Primeiro, porque, de facto, não estava à espera e, em segundo, porque achava que o Dr. Alfredo iria continuar pelo menos mais 5 ou 6 anos à frente dos destinos do ECB. À medida que me fui habituando à ideia, senti que seria uma honra suceder a tão ilus-tres ex-diretores desta casa, de entre os quais des-taco o Dr. Sapinho. Claro que sinto uma pontinha de orgulho em ser o primeiro ex-aluno a desempenhar funções de diretor, mas acuso bastante mais a res-ponsabilidade que isso acarreta.

Estudei aqui do 7º ao 12º ano. Durante 5 anos interrompi a minha ligação ao ECB para tirar a li-cenciatura em Lisboa e, mal terminei, voltei a esta que é a minha segunda casa, há já mais de 21 anos. Posso dizer que tenho “amor à camisola” e que farei tudo o que estiver ao meu alcance para que o Exter-nato continue a ser uma escola onde se pratique um ensino de qualidade, uma escola de projetos inova-dores, onde todos se sintam bem e motivados para atingirem os seus objetivos.

Apesar das dificuldades subjacentes à con-juntura económica do país, considera que este facto pode condicionar o seu projeto na continu-ação do desenvolvimento do ECB?

O meu projeto para o ECB é essencialmente de continuidade mas, sem dúvida que os constrangi-mentos financeiros impostos pela conjuntura econó-mica já o estão a condicionar. A asfixia financeira

a que os sucessivos cortes nos têm sujeitado vai implicar ajustes, especialmente ao nível do pessoal docente, perdendo uma parte do seu mais importan-te capital. Apesar da inevitabilidade desta medida que muito me entristece, tentarei minimizar o seu impacto na qualidade do ensino e na dinâmica da escola. Mas sei que não vai ser fácil ultrapassar esta fase, algo traumatizante.

Mas o que tem de ser feito, será feito e a escola não pode parar. Acredito no potencial dos que ficam, na sua capacidade de adaptação às mudanças e na sua vontade de melhorar continuamente, de modo a compensar, de alguma forma, estas perdas.

Que inovações pretende implementar a curto e a médio prazo, no sentido de se alcançar o su-cesso escolar dos alunos?

A educação, a formação e o sucesso escolar dos nossos alunos são a minha principal preocupação. É essa a minha prioridade. Considero fundamental criar um sistema eficaz que permita aferir a quali-dade das aprendizagens e monitorizar o progresso dos nossos alunos, de forma a detetar atentamente os casos problemáticos e ajustar as estratégias que levem à recuperação do maior número de alunos possível. Desta forma, proponho uma alteração pro-funda na organização dos apoios, na seleção dos alunos que os frequentam e na monitorização dos seus progressos.

Uma outra novidade será a aposta no apoio aos bons alunos e a todos aqueles que querem efetiva-mente melhorar os seus resultados, especialmente na fase de preparação para os exames nacionais.

Uma outra preocupação tem a ver com as situ-ações de indisciplina em sala de aula. Tal como na generalidade das salas de aula das escolas do país, ocorre um elevado número de atos de indisciplina de baixo impacto, mas que provocam um desgaste mui-to significativo nos professores e nos alunos e que têm reflexos evidentes no rendimento global das tur-mas, especialmente nas do 3º ciclo. É relativamente consensual que a disciplina na sala de aula promove a aprendizagem e a responsabilidade dos alunos. A Indisciplina, por seu lado, faz perder tempo, aumen-ta o stress e potencia a ansiedade de professores e alunos.

Temos de ser mais rigorosos e exigentes. Do meu ponto de vista, a atuação da escola deve ser mais no sentido da prevenção do que da punição. Todos os intervenientes devem ter bem presentes os seus direitos e os seus deveres e saber como atuar de acordo com a gravidade da situação. Daí que con-sidere fundamental desencadear um processo que leve ao desenvolvimento conjunto de um plano de ação para a indisciplina, que estabeleça um código de conduta para alunos, professores, funcionários e encarregados de educação, no qual estejam devida-mente tipificadas as infrações disciplinares, o modo de atuar e as sanções a aplicar consoante o grau de gravidade da situação.

As regras entretanto definidas serão devidamen-te publicitadas e deverão ser comunicadas aos alu-nos no primeiro dia de aulas de qualquer disciplina, bem como aos pais e encarregados de educação.

Vinco aqui a importância do primeiro dia de aulas, pois trata-se de uma oportunidade única para mar-car, logo desde o início, a forma como queremos que as aulas funcionem ao longo do ano letivo: em am-biente tranquilo, com trabalho, rigor e exigência.

Estando próximos da celebração dos 50 anos do Instituto Nossa Senhora da Encarnação, pode adiantar-nos algumas atividades/projetos já pen-sados para a comemoração?

As comemorações dos 50 anos do INSE iniciar-se-ão no dia 12 de outubro de 2014 e decorrerão ao longo de todo o próximo ano letivo. Esse dia será as-sinalado com o içar da nova bandeira e com o entoar do novo hino, pelo GleeClub, seguido de uma missa campal, a realizar no pátio da escola. As principais atividades terão lugar na Semana Cultural/Feira do Livro do próximo ano e constarão, de entre outras, no lançamento de um livro comemorativo dos 50 anos, exposições de fotografia e arte, palestras de ilustres convidados e ex-alunos, momentos musicais por alunos e ex-alunos. Entretanto, já decorrem al-guns preparativos, nomeadamente no que diz res-peito à elaboração de um livro comemorativo.

Como gostaria que daqui a dez anos fosse visto o ECB?

Gostaria que daqui a dez anos o ECB fosse re-conhecido como uma escola que presta um serviço de qualidade à comunidade envolvente e que essa qualidade fosse facilmente demonstrável. Gostaria que o sucesso da escola fosse diretamente propor-cional ao sucesso dos seus alunos e ex-alunos e que todos sentissem orgulho em frequentar ou terem frequentado esta escola. Espero ainda que esta con-tinue a ser uma escola de projetos, alguns dos quais tão inovadores que eu ainda nem sequer consigo imaginá-los. Por fim, gostaria que nessa altura a es-cola tivesse a capacidade de criar raízes profundas nos seus alunos, que os liguem à comunidade local, para que sintam vontade de um dia voltar e construir o seu e o nosso futuro, em conjunto.

A comunidade educativa envolve diretamen-te alunos, professores, pais e encarregados de educação. Que mensagem gostaria de deixar re-gistada à comunidade educativa?

Em primeiro lugar, gostaria de deixar uma men-sagem de esperança e de confiança no futuro. Em segundo lugar, gostaria de solicitar a ajuda e o com-promisso de cada um dos intervenientes na constru-ção desse futuro. Aos alunos, pedia-lhes para serem mais responsáveis e mais trabalhadores, que não se deixem enganar, porque o sucesso só se con-segue, efetivamente, com esforço e dedicação. Aos professores, peço que sejam rigorosos e exigentes, que preparem bem as suas aulas, especialmente a primeira, que saibam gerir as relações interpes-soais e que invistam na motivação dos alunos. Aos funcionários, peço que conheçam bem as regras do regulamento interno e as façam cumprir. Aos pais e encarregados de educação, peço que estejam presentes o mais possível na vida escolar dos seus educandos, sejam dedicados e exigentes.

Professores Clara Peralta e Valter Boita

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ANO 9 - Nº 21TOQUE DE SAÍDA

O LUGAR DA MEMÓRIA12

Aprender Francês é não só es-tudar vocabulário e gramática, mas também descobrir um novo universo cultural. Tendo em mente este prin-cípio, as professoras de Francês do

ECB estão a dinamizar dois projetos e irão promover uma atividade no âm-bito da sua disciplina, com o objetivo de divulgar a cultura e a civilização francesas.

O primeiro projeto decorre durante todo o ano letivo e consta da prepara-ção para o Exame Delf Scolaire, nos níveis A1, A2 e B1, de acordo com o Quadro Europeu de Referência das Línguas, a realizar no início de maio em Caldas da Rainha. Este exame é certificado pela Alliance Française, que o tutela em Portugal, e pelo Mi-nistério de Educação Francês, que o elabora. É um projeto que envolve cerca de 40 alunos dos 8º, 9º, 10º e 11º anos de escolaridade.

No dia 1 de abril, terá lugar o Dia do Francês, cuja atividade principal será um espetáculo onde os alunos de Francês, de todos os anos e ní-veis, irão retratar personalidades francesas e representar momentos da cultura e da civilização francesas, através de pequenos sketches, decla-

mação de poemas, canções, entre ou-tras atividades.

Ainda no dia 1 de abril, à noite, um grupo de 50 alunos de Francês, dos 9º e 10º anos, e 5 professoras de Francês, partirão para uma visita de estudo ao Futuroscope, em Poitiers, França. A visita tem como principal objetivo permitir aos alunos o contac-to de perto com a língua francesa, as-sim como o experienciar de vivências, de emoções e de sensações fortes através do visionamento de imagens em grande formato, de espetáculos incríveis e de aventuras interativas e sensoriais. Além de se divertirem, os alunos poderão sonhar, ficar a conhe-cer e explorar o mundo de uma ma-neira diferente e ver o futuro, hoje.

Professoras do Grupo de Francês

FranCêS Em atividadE

Cinquenta anos é muito tempo. Tanto que muito do que foi acontecendo já qua-se passou a esquecido.

Nos dias de hoje, alguns alunos da nossa escola, e não só, pensam que o direi-to de poderem estudar sem ter de pagar propinas lhes dá o privilégio de passarem o ano letivo sem terem de fa-zer grandes esforços e sem terem de se preocupar muito com os estudos. Enfim, na-vegam num mar de menor esforço, dececionando pais, professores e toda uma so-ciedade que contribui para a sua educação académica.

Há precisamente 50 anos não era assim. Muitos daqueles que poderiam ter sido grandes profissionais, fosse qual fosse a área que escolhessem, não o pude-ram fazer. E não o puderam fazer, porque, na Benedita, não havia uma escola que

lhes permitisse ultrapassar a chamada 4ª classe.

Qual era então o cami-nho? Para os rapazes era mais fácil - o Seminário era o caminho escolhido (ou possível) para muitos con-tinuarem os seus estudos. Para as raparigas, o caso mudava de figura: ou iam internas para os colégios de freiras, ou escolhiam Al-cobaça, Caldas da Rainha, e até Leiria, para prosse-guirem estudos. Mas estas situações de deslocação colocavam outro problema às famílias: o pagamento de propinas e mensalidades que não eram comportáveis para a grande maioria.

Havia rapazes que iam para Alcobaça de bicicleta a fim de poderem estudar. Muitos faziam-no à noite, depois de um dia de traba-lho. Como se pode calcular, a vida não era fácil para es-

tes jovens. Mas a verdade é que, como diz o velho di-tado, “a fome é que mete o lobo ao caminho”.

Em 1964 o sonho de prosseguir os estudos na Benedita ganhou forma. Para suprir a falta de uma escola que o permitisse, um grupo de cidadãos deu voz aos anseios da comunida-de e criou, precisamente há cinquenta anos, o Externato Cooperativo da Benedita, inicialmente sem o ensino liceal, mas com alguns cur-sos vocacionados para o comércio e indústria. O Ex-ternato, como é conhecido, deu o seu pontapé de saída em instalações precárias, iniciando as suas ativida-des no dia 12 de outubro de 1964. Esta terá sido, ao que consta, a primeira coopera-tiva de ensino da Península Ibérica.

Ao longo destes 50 anos, o ECB foi-se construindo como escola, cresceu, or-gulha-se do seu percurso e mantém-se fiel ao princípio que o viu nascer: uma esco-la para TODOS.

Professora Maria José Jorge

a BEnEdita hÁ 50 anoSAs formigas são insetos que comunicam geralmente atra-

vés de uma substância química chamada feromona. O seu habitat pode ser em troncos de árvores ou no solo, depen-dendo da espécie. As sociedades das formigas são organi-zadas por divisão de tarefas, distribuídas pelo tamanho e/ou pela idade do indivíduo. Como passam a maior parte do tem-po em contacto com o solo, largam um trilho de feromonas que pode ser seguido por outras formigas da mesma espécie.

Quando uma formiga encontra o seu alimento, deixa um rasto de feromonas ao voltar até à colónia que, depois de ser seguido por outras, acaba por ser reforçado. Este comporta-mento ajuda-as a adaptarem-se às mudanças do meio. Por exemplo, quando um caminho estabelecido para uma fonte de alimento é bloqueado por um novo obstáculo, as formigas abandonam-no, explorando novas rotas. As feromonas tam-bém podem ser usadas para outros propósitos, por exemplo, quando uma sofre um ataque de um predador, emite um alar-me de feromonas que atrai as formigas mais próximas. As formigas, geralmente, atacam e defendem-se através da inje-ção de compostos químicos no animal atacado, em especial, o ácido fórmico. Muitas espécies também usam feromonas para confundir os seus predadores.

Tal como outros insetos, as formigas sentem o cheiro através das suas longas e finas antenas que recolhem infor-mações sobre a proveniência e intensidade das feromonas. Quando duas formigas se encontram, aproximam as suas antenas e as feromonas que estiverem presentes fornecem informação sobre cada uma. A rainha da colónia produz uma feromona especial que informa as outras formigas quando devem começar a criar novas rainhas.

As formigas são animais bastante úteis ao ser humano, porque podem ajudar a exterminar outros insetos e a aerificar o solo, aumentando, assim, a sua fertilidade.

Renata Baptista, 8º F

Como ComUniCam aS FormigaS

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ANO 9 - Nº 21 TOQUE DE SAÍDA

ESCOLA VIVA 13

Ao longo do ano letivo, os alunos das turmas do quarto ano do Centro Escolar da Be-nedita têm usufruído de ses-sões quinzenais no âmbito da Oferta Complementar: Oficina das Ideias. As sessões são

promovidas pelos professores de filosofia do Externato Coo-perativo da Benedita, em par-ceria com o Agrupamento de Escolas da Benedita.

Os alunos têm tido a opor-tunidade de refletir sobre diver-

sos temas no âmbito da educa-ção para a cidadania: justiça, injustiça, partilha, semelhança e diferença entre os seres hu-manos/culturas… As metodo-logias utilizadas têm permiti-do uma participação ativa dos alunos, quer a nível individual, quer ao nível do grande grupo.

A oportunidade de poder participar em debates na sala de aula tem vindo a fomentar, de forma progressiva, uma maior consciencialização nos alunos, face à sua conduta na sociedade e face a determina-dos valores.

As docentes do 4.º ano - Centro

Escolar (Agrup. Escolas da Bene-

dita)

O Externato Cooperativo da Benedita é uma escola cada vez mais inclusiva, procurando não só dar resposta às necessidades educativas es-peciais dos alunos que a frequentam, mas tam-bém apostando e valorizando as suas capaci-dades, construindo assim um percurso onde a diferença também faz parte da formação pessoal e social de todos os alunos, ou seja, um ECB verdadeiramente INCLUSIVO!

Neste sentido, no passado dia 3 de dezem-bro, e no âmbito da comemoração do Dia Inter-nacional da Pessoa com Deficiência, o grupo de Educação Especial dinamizou várias atividades entre as quais se destacou o Torneio de Boccia. Este é um desporto indoor, de precisão, em que são arremessadas bolas, seis azuis e seis ver-melhas, com o objetivo de as colocar o mais per-to possível de uma bola branca, chamada “jack” ou bola alvo. É permitido o uso das mãos, dos pés ou de instrumentos de auxílio para atletas com grande comprometimento nos membros su-periores e inferiores. Esta é uma modalidade de

Desporto Escolar que funciona semanalmente nesta escola.

O Torneio realizado em dezembro contou com a presença de vários alunos de diferentes anos e turmas que, organizados em equipas, demons-traram grandes potencialidades nesta área. Foi ainda possível a alguns espetadores experimen-tarem a modalidade, comprovando que se trata de um desporto aliciante para todos.

Para além deste Torneio, é ainda de salientar a exposição de trabalhos realizados pelas tur-mas do Curso Vocacional e do 12º ano de Artes, com o objetivo de sensibilizar a comunidade es-colar para a temática da deficiência.

A todos aqueles que se envolveram nestas atividades e que todos os dias contribuem para que a inclusão dos alunos com Necessidades Educativas Especiais seja uma realidade, fica então um Obrigada especial!

Equipa de professores de Educação Especial

ECB inCLUSivotornEio dE BoCCia no ECB

agrUpamEnto dE ESCoLaS da BEnEditaoFiCina daS idEiaS no 1º CiCLo

oFiCina dE idEiaS

Um ESpaço dE diSCUSSão

Este ano temos Oficina de Ideias. No início, nin-guém fazia ideia do que se tratava.

Nas aulas, começámos por refletir sobre “ O que é uma pergunta”. Foi um tema interessante. Desco-brimos depois o que era um problema e alguns tipos de problemas. Aprendemos que muitas perguntas não têm resposta definitiva. O tema seguinte foi o silêncio. Descobrimos que o silêncio devia ser mais respeitado, que era algo precioso e que, por vezes, o silêncio pode ser uma boa resposta. Fizemos uma espécie de jogo, onde tínhamos de explicar a frase: “O silêncio é de ouro”. Descobrimos vários significa-dos e razões. Criámos as regras para nos orientar-mos num debate, como por exemplo: saber ouvir os outros, não fugir ao assunto tratado e ser rigoroso com o que dizemos e pensamos.

Nesta Oficina estudamos os detalhes de cada coisa. Aprendemos significados, a contrastar con-ceitos, que é ver as diferenças a partir de critérios. Aprendemos o que é um critério ou termo de com-paração que nos orienta em algumas reflexões.

Raquel Lopes e Mariana Quitério, 8º GMariana Quitério e Raquel Lopes, 7ºG

O inGenious (http://www.ingenious-science.eu/) é o Organismo Europeu de Coordenação para a Educação da Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM). É uma iniciativa conjunta lançada pela European Schoolnet e pela Europe-an Roundtable of Industrialists (ERT) que pretende reforçar o interesse dos jovens europeus na educa-ção e carreiras científicas. Tem como objetivo apro-ximar educação científica e carreiras profissionais, envolvendo até 1 000 salas de aula na Europa.

O Externato Cooperativo da Benedita (ECB) é uma das escolas piloto pertencente a um dos 15 países que faz parte do consórcio. Neste momento, um dos professores do ECB, Samuel Branco, é o responsável pela implementação do inGenious, es-tando também envolvida a equipa do projeto esco-lar “Comunicar Ciência”, para assegurar o contrato estabelecido que passa pela aplicação de três das atividades práticas disponibilizadas: aplicação de pré e pós-questionários, participação em comuni-dades de prática, em cursos online abertos e mas-sivos (MOOC).

Professor Samuel Branco

SoLUção doS EnigmaS

Desafio 1Resposta: Pedro não pagou!

Desafio 2Resposta: As idades dos filhos são: 2, 2, 9

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ANO 9 - Nº 21TOQUE DE SAÍDA

14 ESCOLA VIVA

Fazer voluntariado é um valor vivido por muitas pessoas, mas fazer voluntariado numa Clínica Psiquiátrica durante quatro dias foi um desafio. Alguns jovens do Externato Cooperativo da Bene-dita aceitaram esse repto, colo-cado pelos professores de Edu-cação Moral e Religiosa Católica, e durante quatro dias foram vo-luntários na Casa de Saúde de Idanha (CSI), Clínica Psiquiátri-ca, da responsabilidade da Con-gregação das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, participando na atividade “Natal Hospitaleiro”. Esta experiência foi possível devido à colaboração da Câmara Municipal de ALcoba-ça, que ofereceu a deslocação ao grupo de voluntários.

Foi-lhes solicitado que levas-sem na bagagem espírito de aco-lhimento e vontade de dar e re-

ceber. Depois de participarem em várias atividades, de viverem mo-mentos de encontro e terem rece-bido muitos afetos das utentes a quem se dedicaram, partilham as seguintes reflexões:

tEStEmUnhoS

Entrei na CSI com um pouco de receio, pois pouco sabia do que se ia passar durante aqueles quatro dias. Ao longo do tempo e das atividades, com orientações da Irmã Fernanda sentia que o meu coração se abria, refleti, convivi, partilhei e cresci como pessoa e como cristã!

Estar com as pacientes permi-tiu-me aprender muito e presen-ciar uma realidade completamen-te diferente. Dei o que pude de mim e vi que um pequeno gesto

pode, sem dúvida, gerar sorrisos e uma enorme felicidade.

O convívio nas unidades, o convívio com os colegas, os mo-mentos de oração e de reflexão e as atividades tornaram um fim de semana especial e muito signifi-cante para mim.

Patrícia Rebelo, 10º A

Este ano, vivi o tempo de Na-tal de maneira diferente.

Na CSI tive oportunidade de ajudar, conversar, ensinar e aprender com os utentes desta instituição. Conheci jovens vo-luntários vindos de outros pontos do país e que ali se encontraram, juntos descobrimos o sentido da hospitalidade e criámos laços muito fortes! Com esta ativida-de, não só tive oportunidade de conhecer uma realidade muito di-ferente daquela que vivo no dia a dia, mas também, a partir de pequenos gestos, recebi enor-mes sorrisos, amor e felicidade, encontrei o verdadeiro sentido do “dar e receber”.

Na CSI todos nós passámos momentos inesquecíveis, esta é uma experiência fantástica e, sem dúvida, a repetir! Convívio, solidariedade, oração, partilha, amor, fé, alegria, força, esperan-ça foi o que trouxe desta casa!

Rita Inácio, 10º B

miSSão CSi

SEr voLUntÁrio, SEr SoLidÁrioCadErnoS ECB

Cadernos do ECB é a revista científico-pe-dagógica anual do Externato Cooperativo da Benedita, fundada em 2008, com o objetivo de publicar artigos científicos, sínteses de estu-dos e reflexões de caráter pedagógico.

É uma forma de promover a divulgação e a partilha de estudos que resultem da formação contínua de professores, de pós-graduações, de cursos de mestrado ou de doutoramento, ou ainda da visão crítica de muitos, bem como da sua experiência didático-pedagógica, advinda do trabalho desenvolvido na sala de aula. Con-ta também com a participação de interessados em questões de educação e de personalidades do meio científico e cultural português.

Nas três primeiras publicações, incluiu arti-gos de Isabel Alçada, João Costa, António Ba-gão Félix e João Malaca Casteleiro.

Desde 2011, a revista passou a ser publi-cada em versão online, estando este formato a cargo do professor Paulo Valentim.

É uma revista gratuita e acessível a todos os leitores, cujo lançamento ocorre em simul-tâneo com uma ação de formação dinamiza-da por um convidado /personalidade. No ano transato, foi realizada pela escritora Raquel Ochoa. Este ano haverá outro convidado.

Professora Lucília Borges

vEnCEdorES do ConCUrSo “CiEntiSta da CaSSini por Um dia”

Nesta iniciativa da Agência Espacial Europeia (ESA), foram distinguidos os alunos do 10º ano (curso de Ciências e Tecno-logias), do Externato Coopera-tivo da Benedita, Ismael Maga-lhães e Patrícia Rebelo (escalão

2, dos 13 aos 15 anos) e Genni-fer Oliveira (escalão 3, dos 16-18anos.)

Mais de 800 alunos europeus (dos 10 aos 18 anos) participa-ram no concurso “Cientista da Cassini por um dia”. Os estudan-

tes foram convidados a colocar-se no papel de um cientista de uma sonda espacial e escrever um ensaio de 500 palavras sobre um dos alvos do estudo da sonda Cassini: Saturno e as suas luas Iapetus e Dione. As composições premiadas serão publicadas no website da ESA.

A sonda que dá nome ao con-curso foi concebida para recolher dados sobre Saturno, as suas luas e anéis, tendo iniciado a re-colha de imagens em 2004. Este projeto científico resulta de uma parceria entre a NASA, a Agên-cia Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Italiana (ASI).

Parabéns aos vencedores!

O vídeo Human Polution, realizado pelos alunos do 11º ano, Bruna Penas, Catarina Coi-to, Diogo Durão e Filipa Lopes, do curso de Ciências e Tecnologias, foi distinguido como finalista do 2º escalão (do 10º ao 12º anos), no concurso Europeu de Vídeo, dinamizado pelo Projeto Europeu MARLISCO.

Os vídeos finalistas podem ser visiona-dos no Canal YouTube Europeu MARLISCO (http://goo.gl/1t9wGc) onde decorreu a vota-ção. À data do fecho desta edição ainda não são conhecidos os vencedores mas, seja qual for o resultado final, os realizadores de Human Polution, com esta distinção, já se sentem re-compensados pelo seu trabalho. Parabéns!

marLiSCo

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ANO 9 - Nº 21 TOQUE DE SAÍDA

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE 15

ComUniCar CiênCia - aprEndizagEm ativa

Vive-se num mundo no qual a Ci-ência se tornou uma parte intrínseca da vida de todas as pessoas, sendo, por isso, basicamente uma segunda língua. Por conseguinte, precisamos de aprender esta linguagem e méto-dos de pesquisa de modo a pensar mais criticamente sobre os aconteci-mentos diários das nossas vidas. Hoje em dia está-se no meio de uma ex-plosão de informação científica que “bombardeia” o mundo inteiro com novas descobertas. Com efeito, nun-ca antes houve tanta necessidade de preparar os alunos para enfrentarem o fluxo dinâmico e imprevisível da de-satualização de conhecimentos cientí-ficos e técnicos. Assim sendo, devem aprender ciências para compreender, avaliar e utilizar esse conhecimento científico e técnico. Estas e todas as outras capacidades de pensamento crítico são a chave de uma aprendiza-gem com sucesso.

Nesta perspetiva, a Educação em Ciências poderá contribuir para compreender a Ciência de modo a estar-se preparado para agir, usando as capacidades de pensamento críti-co, nomeadamente na resolução de problemas e na tomada de decisões sobre o modo como a Ciência e a Tecnologia são usadas para mudar a sociedade e vice-versa. Na verdade, a adequada resolução de problemas, quer no âmbito da Biologia, da Físi-ca ou de qualquer outra área cientí-fica, requer o uso de capacidades de pensamento crítico para os indivíduos decidirem com base na relevância das razões encontradas, declinando a par-cialidade e a arbitrariedade na avalia-ção dos argumentos.

A conceção formal do projeto es-colar Comunicar Ciência encetou-se no ano de 2011 com a premissa de que a aprendizagem e o desenvolvi-mento ocorrem em contextos sociais e culturais e que, estando em cons-tante mudança, influenciam e são in-fluenciados pelas interações, modos de perceber os outros e a situação, e também pelas próprias práticas que se desenvolvem no seu seio. Assim, a equipa formada por professores do 3º ciclo e secundário, de diferentes áre-as do saber, acredita que os alunos

não se apropriam apenas do conheci-mento académico, mas desenvolvem também novas formas de estar, de se percecionar (e aos outros) e de se re-lacionar com os outros e com o saber, quando estimulados para uma apren-dizagem ativa em contexto não formal (Clube/Projeto/Gabinete).

Assim, penso que é essencial con-siderar não só os aspetos cognitivos, mas também os aspetos afetivos en-volvidos no processo de aprender. Com efeito, ao interagir com os outros (pares, professores) e mesmo com no-vos equipamentos laboratoriais e arti-gos científicos, o aluno é confrontado com diferentes saberes, que pode ex-plorar e/ou elaborar, apropriando-se de novas competências e modificando a sua estrutura conceptual. Simulta-neamente, é também pelo confronto com o outro que o aluno constrói uma identidade escolar, englobando ima-gens sobre quem é como aluno, sobre o que é conhecimento válido e sobre o que é aprender, que podem ser deci-sivas na forma como se vai relacionar com os outros, com a escola e com o saber escolar.

As atividades investigativas, uma das práticas do projeto escolar, permi-tem não só criar contextos em que as identidades escolares dos alunos po-dem ser reconstruídas, mas também contextos de maior envolvimento com o saber e com a aprendizagem.

O Comunicar Ciência preconiza que, no contexto atual, de grande exi-gência se torna essencial envolver os alunos nas suas próprias aprendiza-gens e torná-los conscientes da rele-vância desses saberes.

O projeto escolar Comunicar Ciên-cia tem vindo a desenvolver uma di-versidade de atividades inerentes ao ensino das ciências, direcionadas es-sencialmente a alunos do secundário. Para conseguir atingir os objetivos, foi necessário envolver professores do ensino superior e cientistas que, voluntariamente, aceitaram realizar protocolos com o Externato Coopera-tivo da Benedita. A conquista destas parcerias foi um processo exigente em termos pessoais e profissionais, mas muito enriquecedor para todos os envolvidos.

Deste modo, para minimizar os efeitos nefastos de um ensino livres-co, a equipa, no ano letivo transato, teve conhecimento do Programa Na-cional Escolher Ciência, veiculado pela Ciência Viva e MEC (http://www.cienciaviva.pt/escolherciencia/), que pretende promover a aproximação en-tre os ensinos secundário e superior,

numa perspetiva de partilha de recur-sos e de estímulo ao prosseguimento de estudos em áreas científicas e tec-nológicas. Apenas em meados de fe-vereiro de 2012 se teve conhecimento dos resultados do programa que ter-minará em julho deste ano.

As instituições pelas quais o ECB está a colaborar são: Escola Superior Agrária de Coimbra, Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Instituto de Higiene e Medicina Tro-pical, Instituto Superior de Psicologia Aplicada e Ciências, Instituto Superior Técnico, Ordem dos Biólogos e Pro-grama Polar Português. Foi também estabelecido um protocolo com a Es-cola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar (ESTM) do Instituto Politécni-co de Leiria.

Para promover a literacia cientí-fica, é necessário proporcionar aos alunos um ambiente de aprendizagem em que sejam encorajados a explorar, a testar as suas ideias, a recolher evi-dências, a interpretar com base nas evidências recolhidas, a tomar deci-sões e a encontrar uma solução para os problemas que lhes são propostos.

O projeto premeia uma aprendiza-gem ativa, uma vez que as atividades desenvolvidas envolvem processos de exploração dos materiais e do mundo material, exigem curiosidade, interes-se e perseverança para compreender e resolver o problema. Aprende-se colocando questões e fazendo previ-sões, formulando hipóteses e crian-do modelos ou teorias. As atividades investigativas na sala de aula envol-vem, de uma forma ativa, os alunos na procura do caminho a seguir para encontrar uma ou mais soluções, tratando-se de uma metodologia que tem a potencialidade de promover a compreensão dos fenómenos e o de-senvolvimento de competências de conhecimento processual, raciocínio e comunicação, entre outras. Estas po-tencialidades permitem dar resposta às exigências do mundo atual.

A equipa considera que os pro-fessores têm de estar predispostos a romper com práticas mais tradicio-nais, caso contrário, corre-se o risco de estes mudarem aspetos periféricos das suas práticas, sem um impacte significativo no contexto pedagógico, como, por exemplo, o desenvolvi-mento de atividades investigativas de forma fechada, sem espaço para os alunos as conceberem ou implemen-tarem de forma autónoma, continuan-do o professor a ocupar uma posição privilegiada na definição do que é ser aluno, do que é aprender, e/ou do que é conhecimento válido. Os projetos

de desenvolvimento profissional são, pois, essenciais.

O projeto pretende também envol-ver professores que gostam de apren-der “mais ciência”, proporcionando e divulgando encontros/workshops de Educação em Ciências, no sentido de os envolver na “Ciência em Portugal”. É no processo contínuo de formação que, também, os professores podem encontrar o espaço de reflexão e de apoio que facilite não só a apropria-ção de novos saberes e competên-cias, mas também outras imagens sobre o que é ser professor, sobre o que é ser aluno, ensinar e aprender, sendo que essa reflexão lhes permiti-rá implementar as atividades investi-gativas de forma realmente inovadora. Os professores são o motor de de-senvolvimento cultural e científico no País, por isso a sua VALORIZAÇÃO e RESPEITO são cruciais!

Ao contrário de pedagogias do fa-cilitismo, aprender exige (entre outras coisas) esforço, perseverança, empe-nho e sacrifícios. Aprender Ciências, que muitas vezes implica romper com o senso comum, exige ainda mais cui-dados com a nossa própria aprendi-zagem.

Alunos e professores que gosta-riam de desenvolver atividades inves-tigativas poderão contactar a equipa do Comunicar Ciência (https://www.facebook .com/pages /Comun ica r -Ci%C3%AAncia/177658522418925).

Gratifico, particularmente, os co-legas: Maria José Guerra (Grupo de Inglês), Samuel Branco (Grupo de In-formática) e Inês Madaleno (Grupo de Física e Química), pelo dinamismo, empenho e, sobretudo, pelo espírito de partilha tão crucial em qualquer projeto transdisciplinar.

Responsável pelo Comunicar CiênciaProfessora Paula Castelhano

iologia e Geologia)

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ANO 9 - Nº 21TOQUE DE SAÍDA

OLHAR CIRCUNDANTE16

Alice Vicente tem 17 anos e reside em Tur-quel; integrou o GleeClub e, desde o ano passado, o Mérito ECB; considera-se simples e perfecionis-ta. Carolina Guerra tem 17 anos e vive na Pedra Redonda (Benedita); tem estado envolvida no Gle-eClub, no grupo de teatro Gambuzinos e no Mérito ECB; confessa-se diver-tida e distraída. Fabiana Gonzaga tem 18 anos e reside em Santa Catarina; fez também parte do Gle-eClub e considera-se sim-pática e reservada. Maria Almeida tem 18 anos e vive na Pedra Redonda (Benedita); também se deu a conhecer nos pal-cos pelo grupo de alunos GleeClub, pratica volei-bol, integra o Mérito ECB e diz-se persistente e tei-mosa.

Conheceram-se no projeto GleeClub da nossa escola. A Carolina participou na última gala dos Talentos do ECB, a Alice integrou a equipa de Hóquei em Patins Fe-minino Nacional e todas são boas alunas, sen-do que três integraram o Quadro de Mérito no primeiro período. Como conseguiram conciliar a escola e a vossa parti-cipação no programa de televisão?

Não foi fácil conciliar tudo, até porque estamos todas num ano decisi-vo que, no fundo, ditará o nosso futuro. A partir de novembro, passámos praticamente a viver em Lisboa, uma vez que só vínhamos a casa à segun-da e à terça-feira. Nesses

dias, tentávamos aprovei-tar para pôr o estudo em dia e, mesmo durante o resto da semana, entre os ensaios, fazíamos ques-tão de guardar um tempo para estudar e fazer tra-balhos. É óbvio que a aju-da dos nossos colegas e professores foi preciosa.

Quem teve a ideia de se inscreverem no Fac-tor X?

A Maria é que tomou a iniciativa de nos ins-crever. O nosso grupo nasceu no verão, como Helis&Ela, e achámos que poderia ser uma experiên-cia positiva, a de partici-parmos. Uma vez que não tínhamos nada a perder, e sem grande expetativa, lá concordámos, e o re-sultado foi ótimo. Apesar de já termos alguma ex-periência de palco, princi-palmente devido ao Glee-Club, nunca tínhamos tido aulas de canto e, portan-to, aprendemos imenso a nível musical. O programa tinha professores e téc-nicos incríveis, de uma enorme qualidade, que fizeram de tudo para que tirássemos o melhor par-tido da experiência. Para além disso, conhecemos pessoas fantásticas, tan-

to entre os concorrentes, como a nível da produção.

Como têm lidado com o sucesso? Dão muitos autógrafos?

Temos lidado bem, de forma serena. É verdade que temos dado alguns autógrafos, principalmen-te quando estamos em grupo e quando atuamos, no entanto, o facto de vivermos num meio pe-queno faz com que esta “fama” se sinta mais mo-deradamente. Aqui já co-nhecíamos toda a gente, o que faz com que não haja grande sobressalto nem histerismo. As pes-soas geralmente apenas nos dão os parabéns pelo nosso percurso no progra-ma e força para continuar, o que é muito positivo.

Como aspirantes a uma carreira musical, há projetos que nos pos-sam contar em primeira mão?

Neste momento ainda está tudo muito fresco. Saímos há pouco tempo do programa e precisamos de respirar, de pensar na-quilo que podemos fazer, para depois podermos passar, então, à ação. Apesar disso, temos vindo a atuar em diversos even-tos e vamos continuar a fazê-lo, ainda com alguns temas que interpretámos no Factor X e outros “co-vers”. Entretanto, pode-mos revelar que estamos a começar a trabalhar em originais, que é aquilo que pretendemos fazer daqui em diante. Sabemos, po-rém, que o caminho ainda é longo e difícil.

Assim que con-cluírem o ensino se-cundário, pretendem

prosseguir estudos su-periores? E em que áre-as?

Sim, todas nós pre-tendemos seguir para o ensino superior. A Alice quer entrar em Medicina; a Carolina tem como obje-tivo ser “chef” de cozinha e seguir para Produção Alimentar e Restauração; a Maria quer seguir Ciên-cias Biomédicas; e a Fa-biana está indecisa entre alguns cursos na área da saúde. De facto, todas partilhamos de um grande interesse pela área cien-tífica e não queremos, de forma alguma, deixar isso de parte.

Onde ficará a música nas vossas vidas?

Esperamos, claro, que a música continue a ter um lugar importante nas nossas vidas, apesar de continuarmos a dar prima-zia aos estudos. De facto, a música é uma grande paixão para todas nós, mas obviamente que é um meio muito difícil e instá-vel, com o qual não pode-mos contar. Assim sendo, vamos trabalhar imenso para construir um percur-so positivo e feliz, contu-do, contamos fazê-lo sem que haja um conflito com a escola e o nosso percur-so académico, em geral.

Que mensagem gos-tariam de deixar aos vossos colegas que, tal como vós, têm sonhos para concretizar?

A todos os nossos co-legas queremos apenas dizer: sigam os vossos sonhos, porque nada é impossível. Arrisquem e aproveitem cada oportu-nidade, afinal nunca se sabe quando é que a vão ter novamente. Não te-nham medo de ouvir um “não” e não desistam à primeira, porque com tra-balho podem realmente fazer coisas boas na vida, que vos dão prazer e que vos fazem aprender imen-so. É o que estamos tam-bém nós a tentar fazer.

Professores Clara Peralta e Valter Boita

EntrEviSta ÀS CUpCaKE

Quem não se lembra de Adolf Hi-tler, “o tirano”?… E quem se lembra de Adolf Hitler, “o eleito democratica-mente”?

O homem que queria ser pintor tornou-se desenhador da morte, da mesma forma que o homem que queria ser cozinheiro se tornou ma-nipulador de alimentos: as aves.

Sem asas para alcançar o céu e sem interesses comuns aos anjos, o “Mes-tre” serviu-se das asas de cada tipo de ave, que corresponderá a cada tipo de homem: o homem abutre, o papagaio, o cérebro-de-galinha, a avestruz, que não quer encarar os próprios problemas, o sábio mocho, o futurista falcão…

Passarox é a terra em que as aves se deixam ouvir. Vivem numa hierarquizada civilização que equivaleria a uma mo-narquia democrática: a águia, majestosa ave soberana “símbolo de todos os impé-rios”; as aves predadoras, como o falcão e o milhafre, e a plebe.

Também os homens acreditam viver democraticamente, esquecendo que a democracia é um império erguido pelas vidas dos faraós do tempo, e que, tal como o romano, se não for mantido… rui. Castro Guedes reparou que a demo-cracia tem sido corroída pelos vícios e corrupção sociais e decidiu “acordar” o mundo.

E se “ridendo castigat mores”, tal como Vieira se serviu dos peixes, Gue-des serve-se dos seres alados para atin-gir a humanidade, que com o seu cérebro de galinha, está suscetível ao ataque de qualquer galo.

O clímax ocorre aquando da invasão aviária ao mundo, que nos faz pensar no poder da natureza e no poder que o Ho-mem vai perdendo no caminho da artifi-cialidade.

Beatriz Lourenço, 11º E

Passaroxa pEça QUE “oS gamBUzinoS” andam a tECEr

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ANO 9 - Nº 21 TOQUE DE SAÍDA

ARTE E CULTURA 17

Da premiada autora de Meio Sol Amarelo e A Cor do Hibisco, Chimamanda Ngozi Adichie, Americanah é um romance centrado em duas personagens, Obin-ze e Ifemelu, dois jovens nigerianos que enfrentam desafios difíceis nos países que os acolhem, Inglaterra e Estados Unidos da Amé-

rica. Ainda adolescentes, apaixonaram-se quando frequentavam a escola secundária em Lagos, na Ni-géria, contudo, a ditadura militar leva-os a abando-nar o país. Assim Ifemelu, jovem bela e destemida, ruma à América para estudar, enquanto o introver-tido e terno Obinze viverá como imigrante ilegal em Londres, porque a América pós onze de setembro não lhe permite juntar-se à sua amada. Reencon-trar-se-ão já adultos e a antiga paixão reacende-se, porém neste momento terão de tomar as decisões mais difíceis das suas vidas, pois Obinze é agora um homem rico e poderoso na recém democracia nigeriana e Ifemelu é autora de um blogue de culto nos Estados Unidos.

Americanah é um romance destemido e emocio-nante, triste e irónico que abrange três continentes e muitas vidas e, à semelhança dos livros anterio-res, Adichie, através de uma escrita poderosa mas sedutora, leva-nos a refletir sobre a natureza huma-na, a raça e a identidade no mundo globalizado em que vivemos.

Professora Luísa Rocha

SUgEStão dE LEitUra

Adoro o estilo barroco, considero-o uma das mais aprimoradas formas de arte. Não que des-preze o conteúdo (longe disso), mas acho que o conteúdo tem muito mais excelência quando é enfeitado a talha dourada, e o oiro que mais doira (e dura) é a palavra.

Quando um sermão me faz refletir, faz-me mudar e corrigir. Foi o caso. Esta obra de arte da literatura portuguesa fez-me ir mais além, fez-me pensar na história da Humanidade e fez-me, sobretudo, questionar os louros por-tugueses na época dos descobrimentos e das conquistas. A nossa colonização não foi ética, e isto dito de forma subtil. Este sermão só me deu mais motivos para dar sermões ao país surdo, que me ensurdece a mim também.

Peixe a peixe, as camadas humanas passí-veis de crítica foram criticadas. Disse-se bem, é verdade, mas de quê? Dos índios, da natureza! Todo o artificial foi desprezado, e é lamentável

que todo o português fosse já, há centenas de anos atrás, um artifício. Os colonos do Mara-nhão foram ferozmente satirizados por Vieira que, no dia da comemoração de Santo António, decide pregar como ele ao invés de pregar dele, vendo-se, também ele, perante um público cor-rompido pelos vícios, que o não quer ouvir.

O que é a água-de-colónia? Pois bem, na colónia brasileira, Portugal sempre se perfu-mou: escondemos, sem tomar banho, as nos-sas impurezas. Qual a relevância de ter infra-estruturas económicas internamente, se temos ouro com que nos enfeitar, índios com que o trabalhar e litros e litros de água em que comer-cializar? Tantos os litros de água que virámos sardinhas enlatadas num país pequeno para a nossa mania das grandezas e grande de mais para a nossa rentabilidade.

O enunciado é muito bem desencadeado, dotado de lógica interna e de requinte linguís-tico… mas, principalmente, e conseguindo so-bressair à talha dourada, há uma mensagem moralizadora que, infelizmente, se mantém atual. Adam ainda por aí muitos polvos, muitos roncadores e voadores, fruto de um clima social que incentiva à falcatrua.

Ainda sou do tempo das tasquinhas, ao pé das salinas… a tradição evapora o sal e a terra vai ficando mal, e a carne Humana vai apodrecendo.

Beatriz Lourenço, 11º E

SErmão dE Santo antónio aoS pEiXES

Caros leitores! Neste ano letivo, conti-nuamos a questionar professores e colegas sobre os seus gostos no que respeita à lei-tura. A nossa escolha recaiu sobre a nossa professora de Inglês, Rosa Ferreira, que gosta de ler e aceitou partilhar connosco as suas preferências.

Qual o livro que leu e que mais a sur-preendeu?

Há um que li recentemente, e que me surpreendeu bastante, chama-se A estra-nha viagem do senhor Daldry, de Marc Levy.

Diga o nome de um autor de que não goste e porquê.

José Saramago. Fartei-me deste autor no meu tempo de estudante.

Há algum livro que tenha lido mais do que uma vez? Qual? Porquê?

Sim, Viagens na minha terra. Quando tive de estudar esta obra no meu 11º ano, não gostei e achei-o uma “seca”. Resolvi lê-lo novamente o ano passado e mudei de opinião. Acho que naquela altura era dema-siado nova para o compreender.

Se lhe pedisse para recomendar a lei-tura de um livro, qual escolheria?

Nunca me esqueças, de Lesley Pearse.Complete a frase: Ler é…Viajar, conhecer lugares, pessoas e

emoções.Fabiana Machado, Marília Ferreira, Ana Ribeiro e Ângela Costa, 10º D

EntrE LivroSpróXimoS EvEntoS

SEmana CULtUraL E FEira do Livro

A Semana Cultural do ECB vai decorrer entre os dias 31 de março e 4 de abril. Durante este evento vão ter lugar ati-vidades diversificadas, como palestras, conferências e espe-táculos de teatro, música e dança. Como tem acontecido em anos anteriores, irão também decorrer atividades desportivas, os Laboratórios Abertos, o Dia de Informática, a Exposição das Artes, bem como a apresentação de curtas-metragens realizadas pelos alunos do curso Profissional de Técnico de Multimédia.

O ECB vai também realizar a sua Feira do Livro, entre os dias 29 de abril e 4 de maio. Para além da exposição e venda de livros, a feira contará com várias atividades abertas a toda a comunidade educativa.

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ANO 9 - Nº 21TOQUE DE SAÍDA

MENTE SÃ EM CORPO SÃO18

EdUCação FÍSiCa E dESporto no ECB

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Desporto Escolar: PatinagemVoleibolAtletismoBadmintonTriatloFutsalRugbyBocciaXadrezCorta-Mato

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Exercício Físico Sénior:Aulas semanais para alunos da Universidade Sénior.

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Talentos ECB:Projeto que visa descobrir e valorizar os talentos dos alu-nos nas diversas áreas artís-ticas.

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Gabinete de Estatística em Educação Física:Recolha e apresentação de dados biométricos e compor-tamentais dos alunos.

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UP ECB:Evento aberto à comunidade que reúne dezenas de institui-ções e empresas associadas aos conceitos de saúde e la-zer.

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Clube dos Pré-requisitos:Prepara os alunos para rea-lizarem com sucesso provas de aptidão física de acesso ao ensino superior.

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ECB AIR:Torneio de basquetebol 3X3.

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C. Prof. Técnico de Apoio de Gestão Desportiva: Formação de profissionais ca-pazes de colaborar na gestão e manutenção de instalações e de equipamentos desporti-vos e que participam na con-ceção, desenvolvimento e avaliação de programas, ati-vidades e eventos desportivos em diversos contextos organi-zacionais.

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Jornadas da USF da Bene-dita:Parceiros na organização da atividade.

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Educação Física Adaptada:Aulas individualizadas para alunos com necessidades educativas especiais.

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Gab. Saúde e Condição Física:Avaliação, prescrição e orien-tação dos alunos no âmbito de hábitos de vida saudável.

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Condição Física na escola:Treinos semanais abertos a professores, funcionários e alunos.

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ANO 9 - Nº 21 TOQUE DE SAÍDA

PASSATEMPOS E CURIOSIDADES 19

XadrEz na BEnEdita

O Xadrez na Benedita está em várias frentes – Desporto Escolar (ECB e Agrupamento de Escolas da Benedita) e Federado (Asso-ciação Peão Cavalgante e ECB).

Vamos falar do Desporto Es-colar. Entre 250 a 300 alunos (do Centro Escolar da Benedita, da Escola Básica1, Casal da Lagoa, e ECB – Grupo Equipa do ECB, treinados por José Cavadas, e uma turma do Centro Escolar da Benedita, EB2 Benedita) fre-quentam o Xadrez no âmbito do Desporto Escolar, tendo treinos nas suas escolas.

A região Oeste usufrui de um circuito Escolar de Xadrez que vai na XIII edição. Até ao momen-to realizaram-se dois Encontros,

o primeiro na Escola D. Inês de Castro e o segundo em S. Mar-tinho do Porto. Cada Encontro tem quatro grupos de competição – Infantis; Iniciados; Juvenis; Ju-niores. Os alunos das escolas da Benedita venceram em três gru-pos: Infantis – Constança Rodri-gues (EB2 Benedita) – 7 pontos em 7 possíveis; Juvenis – Fran-cisco Cavadas (ECB) – 7 pontos em 7. No Grupo Juniores, João Santos (ECB – 10º D) sagrou-se vencedor.

No segundo Encontro, rea-lizado em S. Martinho do Porto, no escalão Infantil (até 12 anos) o Grupo Equipa do ECB /Centro Escolar venceu por Equipas; a nível individual, foi ganho por um

aluno do 3º ano, com apenas 8 anos, Vasco Coelho, que venceu todos os jogos. Em 2º ficou Bru-no Pedro (ECB – 7º C). A Escola EB2 Benedita foi 2ª Classificada. No Grupo Juvenil, Francisco Ca-vadas ficou em 2º, com 6 pontos; em 5º ficou Laura Costa (ECB – 9ºA); em 6º, Alexandre Teixeira (ECB – 9ºA); em 7º - Pedro Cruz (ECB – 9ºD). No torneio dos Ju-niores, João Santos mais uma vez venceu.

Todos os alunos que preten-dam jogar/ aprender xadrez po-dem aparecer na Sala do Aluno, na cave do CCGS, do ECB, e requisitar os tabuleiros disponí-veis para o efeito. Os treinos re-alizam-se sempre às segundas-feiras (das 13:30 às 15:05 horas e das 16:45 às 17:30 horas) e às quartas-feiras (das 14:20 às 15:05 horas). Podem também visitar-nos no sítio http://axbene-dita.blogspot.com.

Professor José Cavadas

aS rECEitaS da iSaBEL

tartE QUEijada dE Sintra

Ingredientes:1 massa quebrada de compra4 gemas400 g de queijo fresco225 g de açúcar amarelo1 pitada de sal30 g de farinha20 g de manteiga

Preparação: Forre a tarteira com a massa e pique o fun-

do com um garfo. De seguida, prepare o re-cheio. Junte as gemas, o queijo e o açúcar e bata com a varinha mágica. Adicione a canela e a farinha e bata novamente. Por fim, junte a manteiga derretida e bata. Deite este recheio na forma e leve a forno médio (pré-aquecido a 180ºC) durante cerca de 20/25 minutos.

Quando a queijada arrefecer, polvilhe-a com açúcar em pó e delicie-se!

Professora Isabel Neto

tarot2014 – Temperança (XIV) e Car-ro (VII).

O desafio, neste ano da Graça do Senhor de 2014, será usar a vontade, a persistência no cami-nho para manifestar no mundo, na personalidade e na vida, o Bom, o Belo e o Justo. Encontrar o caminho do meio ou esperar, controlando cuidadosamente cir-cunstâncias provavelmente difí-ceis.

Equilibrar opostos, mantendo o movimento do Carro e o foco no objetivo a alcançar.

Mobilidade, portanto. Manter tensão entre opostos, de forma a continuar o caminho, a alquimia, a transmutação do Ser.

A consciência da tensão - e do seu propósito – tem de ser mantida e avaliada ao longo do percurso, enquanto os acidentes se desenrolam e vão colocando novos desafios.

O Carro desafia-nos a aceitar os limites da força de vontade. Assim, o ano vai desafiar-nos a reconhecer quando a nossa von-tade deve ser abandonada, en-tregue a um poder mais elevado.

E, porque estamos no segun-do milénio, o desafio é ainda re-alizar o percurso com consciên-

cia, focados no que se pretende alcançar e alinhados ao sentido interior de fluxo, à vi(n)da do es-pírito.

Os cincos [utilizo o Tarot de Rider Waitte] mostram oportuni-dades para “calibragem da Lei Divina; transição”. Assim, paus – assentar os pés na Terra, desa-fio, projetos; espadas – assimilar o que aprendeu antes de prosse-guir; copas – concentrar-se no presente, decidir e avançar; ou-ros – ganhar mais autoconheci-mento antes de avançar.

Sugestão de autoaplicação de Jin Shin Jyutsu.

Segure no exterior do cotove-lo direito (na direção do polegar); coloque a mão direita na barriga da perna direita. Mantenha esta posição durante 2 a 3 minutos, respirando calmamente. Repita para o lado esquerdo do corpo.

Coloque uma mão (por ex. a direita) na dobra do pescoço, junte os joelhos e posicione o po-legar esquerdo sobre a unha do anelar esquerdo - durante 2 a 3 minutos.

Professora Ana Luísa Quitério

Desafio 1Quatro amigos vão ao museu e um deles entra sem pagar. Um fiscal quer saber quem foi o pe-netra:– Eu não fui, diz o Benjamim.– Foi o Pedro, diz o Carlos.– Foi o Carlos, diz o Mário.– O Mário não tem razão, diz o Pedro.Só um deles mentiu. Quem não pagou a entra-da?

Desafio 2

As Idades:Um diálogo entre dois amigos:Jarbas: Maria, qual é a idade dos teus 3 filhos? Maria: A soma das suas idades é 13, e o produ-to é igual à tua idade.Jarbas: Desculpa, mas esses dados são insu-ficientes.Maria: Tens razão, o mais velho já toca piano.Jarbas: Ah...agora sim consigo adivinhar!Quais as idades dos filhos da Maria?

Soluções na página 13

dESaFioS

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ANO 9 - Nº 21TOQUE DE SAÍDA

No dia 25 de novembro de 2013, a aluna Cláu-dia Constantino, do 12º B, do curso de Ciências e Tecnologias, ganhou o 1º prémio no concurso de fotografia, ‘’Fotografia & Ciência’’, promovi-do pelo facebook do Museu de História Natural e da Ciência. A organização presenteou a aluna com um conjunto de livros muito interessantes .

Apesar da conjuntura financeira atual, o Cen-tro Cultural Gonçalves Sapinho tem mantido a sua atividade cultural. Não sendo possível pro-gramar espetáculos com cachê devido à falta de orçamento, o CCGS, para além da agenda de atividades desenvolvidas no âmbito do pro-grama educativo do Externato Cooperativo da Benedita, dos quais se destacam as peças de teatro do grupo residente, Os Gambuzinos, e as iniciativas musicais do grupo GleeClub, de entre outras, também tem estabelecido parcerias com algumas entidades locais, como a Associação Cultural Gambuzinos com um Pé de Fora, a As-sociação de Xadrez Peão Cavalgante, a Associa-ção de Pais, a Universidade Sénior ou a Santa Casa da Misericórdia, em cedências de espaço, sujeitas ao pagamento de uma taxa de utilização (referente a custos de manutenção e apoio téc-nico/logístico) e também em espetáculos à bilhe-teira que permitam custear os gastos inerentes aos mesmos.

Nos próximos meses irão integrar a nossa programação diversos eventos para o público em geral. A agenda ainda não está fechada, contudo salientam-se as já habituais Feira do Livro e Se-mana Cultural do ECB. O concerto da Orquestra Ligeira de Óbidos, com apresentação marcada para o dia 22 de março, e que incluirá uma prova de vinhos no foyer do CCGS; a peça Passarox representada pelo grupo de teatro OS Gambuzi-nos, cuja estreia está prevista para o dia 10 de maio,; o Festival de Teatro promovido pela Asso-ciação Gambuzinos com 1 Pé de Fora, com apoio do Município de Alcobaça e previsto para o início de abril; o espetáculo de Dança Oriental, agen-dado para o primeiro fim de semana de julho e, ainda, algumas palestras abertas à comunidade.

Renata Belo

No Dia dos Namorados, alunos da Benedita dançam pelo fim da violência contra as mulhe-res, os adolescentes e as crianças.

O Mérito ECB promoveu mais uma vez a campanha internacional One Billion Rising For Justice, apresentando a coreografia/flashmob “Break the Chain” (Quebrar a corrente).

Em parceria com o Projeto Crescer (ECB) e o Agrupamento de Escolas da Benedita, celebrou-se, assim, no dia 14 de fevereiro, o V-day in Be-nedita. A iniciativa teve lugar na cave do CCGS, pelas 10:00 horas, protagonizada por dezenas de alunos do 2º e 3ºciclos e secundário, e o tema foi cantado pelo GleeClub ECB. Posteriormente, às 10:30 horas, no Centro Escolar, o tema foi dança-do por alunos do 1º ciclo. Espacialmente um pouco distantes, a motivação e a emoção foram idênticas e o objetivo foi o mesmo: dizer NÃO à violência.

O V-day é um movimento global que con-vida todos os interessados a participarem na campanha global One Billion Rising for Justice. Manifesta-se, especialmente, pelo fim da vio-lência contra as mulheres, incluindo violações,

espancamentos, incestos, mutilações genitais e escravidão sexual.

Para quem não conhece, a ideia do V-day sur-giu depois de Eve Ensler, conhecida dramaturga norte-americana e autora do livro Os Monólogos da Vagina, ter visitado uma comunidade na Repú-blica Democrática do Congo, onde as mulheres, al-tamente vulneráveis à violência, curavam as suas feridas através da dança. “Vi o poder da dança e comecei a pensar o que seria se mil milhões de mulheres, e todos os homens que as amam, dan-çassem no mesmo dia, em todo o planeta”. E foi assim que o V-day surgiu em 2013, propondo que um número igual ou superior a mil milhões de mu-lheres e homens se juntassem em todo o mundo, dançando pelo fim da violência contra mulheres.

Na Benedita, o apelo foi ouvido e perto de uma centena de jovens marcaram a diferença, abraçando a iniciativa com entusiasmo e alegria.

Professora Carmelita Costa /Mérito ECB

V-DAY in BEnEdita FotograFia & CiênCia

As turmas de Artes Visuais do ECB realiza-ram, no mês de fevereiro, a viagem de estudo anual, este ano à cidade de Madrid. A viagem foi bem organizada e revelou-se culturalmen-te muito enriquecedora, reunindo diversos pon-tos de interesse e conciliação de diferentes gostos nas várias áreas das artes visuais.

Durante três dias de visita, os alunos tiveram oportunidade de conhecer os pontos mais impor-tantes da cidade, visitando o Palácio Real e a Catedral de Almudena, assim como três museus

de diferentes épocas e estilos artísticos: o Prado, o Thyssen-Bornemisza e o Centro de Arte Rei-na Sofia. Dou também especial destaque à fei-ra internacional de arte contemporânea - ARCO - pela enorme importância cultural e pela expe-riência muito gratificante, estimulante e relevan-te para o desenvolvimento dos nossos gostos e interesses académicos, artísticos e pessoais.

Carolina Couto, 10º E

Um ESpaço dE Ligação EntrE a ESCoLa E a ComUnidadE

viagEm dE EStUdo a madrid