Direcção de Relações com Investidores e Comunicação ... · e na nossa qualidade de vida. O...
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Rua Tomás da Fonseca, Torre C
1600-209 Lisboa
Tel.: +351 217 240 866
Fax: +351 217 242 965
e-mail: [email protected]
www.galpenergia.com
Galp Energia, SGPS, S.A.
Sociedade Aberta
Direcção de Relações com Investidores e Comunicação Externa
DATA BOOK DE SEGURANÇA,SAÚDE E AMBIENTE
DATA BOOK DE SEGURANÇA,SAÚDE E AMBIENTE
REFINARIA DE MATOSINHOS2009
GALP ENERGIA
DATA BOOK DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE 2009 REFINARIA DE MATOSINHOS
A REFINARIA DE MATOSINHOS NUM FLASH
O Data Book da refinaria de Matosinhos
apresenta o desempenho de Segurança,
Saúde e Ambiente da refinaria de modo
factual e directo, discutindo e analisando
vários indicadores características da actividade
e temas que suscitam o interesse do público,
stakeholders e entidades públicas.
Desejamos-lhes uma boa leitura.
1969 4,5Mt 465ANO DE INÍCIO DE LABORAÇÃO
CRUDE/ANO DE CAPACIDADE
NÚMERO DE TRABALHADORES
00 • Visão01 • Apresentação02 • Enquadramento
• Política de Segurança, Saúde e Ambiente da Galp Energia
• Apresentação da refi naria
• Dados do operador
• Localização e envolvente
• Resenha histórica
• Licenças
• Descrição da actividade
• Capacidade
• Descrição das principais matérias-primas
• Descrição dos Processos
03 • Em Detalhe04 • Actividades, Acções e Projectos
• Destaques de 2009
• Ciclos de Acções e Projectos
• Custos e Investimentos
• Formação em Segurança, Saúde e Ambiente
05 • Em foco - Energia, uma prioridade na refi naria06 • Indicadores de actividade
• Nível de actividade
• Produção
• Expedições
07 • Desempenho em Ambiente• Consumo de recursos
• Consumo de água
• Consumo de energia
• Emissões atmosféricas
• Óxidos de Enxofre
• Óxidos de Azoto
• Partículas totais
• Dióxido de Carbono
• Emissões de Compostos Orgânicos Voláteis
• Monitorização em contínuo
• Impacte na qualidade do ar
• Efl uentes líquidos
• Produção de águas residuais
• Monitorização da qualidade dos efl uentes líquidos
• Resíduos
• Produção de resíduos
• Impacte decorrente da produção de resíduos
• Solos e Recursos Hídricos
08 • Desempenho em Segurança e Saúde• Sinistralidade
• Medicina do Trabalho
• Prevenção e Mitigação de riscos
• Avaliação da exposição ocupacional aos agentes químicos
• Ruído
• Avaliação da qualidade do ar interior
• Exercícios de simulação
• Inspecções de segurança
• OPAS
• Prevenção de Acidentes Graves envolvendo substâncias perigosas
• Programa de Segurança
• Segurança de Produtos
• Regulamento REACH
• Fichas de Dados de Segurança e Instruções de Manuseamento de Produtos
09 • Relação com a Comunidade10 • As caras da Segurança, Saúde e Ambiente da refi naria11 • Glossário12 • Declaração de Conformidade
GALP ENERGIA
DATA BOOK DE AMBIENTE E SEGURANÇA 2009 REFINARIA DE MATOSINHOS
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REFINARIA DE MATOSINHOSVISÃO
Vontade de fazer sempre melhor.
O Plano Estratégico 2008 / 2011 está alicerçado num desempenho de excelência
ao nível da Segurança, do Ambiente e do Negócio.
2009 foi o ano da Segurança. Foi neste ano que lográmos superar o desempenho
das empresas petrolíferas nossas concorrentes. A metodologia seguida de “Contá-
gio Comportamental” levou-nos a um posicionamento de referência.
Ao nível Ambiental, a evolução foi também notável. Melhorámos em todos os
indicadores e sustentámos a nossa política de melhoria de efi ciência na utilização
de recursos. O nosso valor Ambiental já foi por todos nós integralmente interio-
rizado:
“O nosso compromisso com o Ambiente está para além das questões legais. Garan-
timos uma integração sustentada na envolvente”;
Não estamos satisfeitos, queremos mais.
A energia, que representa cerca de 75% dos nossos custos de operação, é a gran-
de aposta que também todos estamos conscientes e mobilizados para ganhar. Até
2012 vamos baixar gradualmente e sustentadamente as nossas necessidades em
25%.
Em 2012 seremos então uma refi naria de referência na utilização deste recurso
escasso, cada vez mais caro e com um impacto determinante na redução de
emissões de CO2 e na nossa qualidade de vida.
O nosso desempenho de excelência em Ambiente e Segurança permite-nos ope-
racionalizar a nossa Visão:
“Liderança em custos em 2012”;
Como 3/4 dos nossos custos operacionais são encargos com energia, a excelência
Operacional implica também a excelência em desempenho Ambiental.
Os próximos dois anos serão os anos da Energia. O Ambiente e todos nós bem
o merecemos.
A Direcção da refi naria de Matosinhos
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VISÃO
01A SUSTENTABILIDADE DA NOSSA ACTIVIDADE PRESSUPÕE A CONSIDERAÇÃO DA PROTECÇÃO DO AMBIENTE, SEGURANÇA E SAÚDE DOS COLABORADORES PRÓPRIOS E CONTRATADOS, CLIENTES E COMUNIDADE, COMO VALORES DA EMPRESA E PILARES ESSENCIAIS DA GESTÃO.
DR. ANDRÉ RIBEIROADMINISTRADOR EXECUTIVO DA GALP ENERGIA
APRESENTAÇÃO
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APRESENTAÇÃO
É COM ESPECIAL
SATISFAÇÃO E APREÇO
QUE O CONVIDAMOS
A SERVIR-SE DESTE
DOCUMENTO COMO FONTE
FIDEDIGNA DE
INFORMAÇÃO E COMO
FIEL REPRODUÇÃO
DA REALIDADE
E DO DESEMPENHO
DA REFINARIA
DE MATOSINHOS.
APRESENTAÇÃOCompleta-se com esta edição um ciclo de três anos de publicação do Data Book da refi naria de Matosinhos - agora denominado Data Book de Segurança, Saúde e Ambiente, fazendo justiça aos conteúdos que já constavam das edições anteriores e que continuamos a apresentar e a aperfeiçoar.
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O Data Book da refi naria de Matosinhos
apresenta o desempenho em Seguran-
ça, Saúde e Ambiente da refi naria de
modo factual e directo, discutindo e ana-
lisando vários indicadores característicos
da actividade e temas que suscitam in-
teresse do público, stakeholders e enti-
dades públicas. A evolução dos indica-
dores, marcadamente positiva ao longo
dos últimos anos - 2005-2009, é refl exo
do desenvolvimento cultural da Orga-
nização e do compromisso da Gestão,
com tradução a nível de investimentos,
estabelecimento de planos de formação
de colaboradores, defi nição de objecti-
vos e metas, e, no fundo, resultado da
integração holística do desempenho em
Segurança, Saúde e Ambiente na per-
formance da instalação.
O formato do Data Book continua fi el
ao da primeira edição, na medida em
que a sua essência reside exacta-
mente no modo de apresentação dos
indicadores e demais tipologias de
informação reportada - recorrendo pri-
vilegiadamente a esquemas, quadros,
fotografi as e gráfi cos.
Neste terceiro ano, e à semelhança do
Data Book de 2008, favorece-se um
desenvolvimento temático específi co,
para o qual é consagrado o capítulo Em
foco, numa lógica e formato de fascí-
culo. Este ano o capítulo é subordinado
ao tema da Energia, assunto essencial
e actual, merecendo por isso devido
destaque nesta edição.
Conservando também a inovação
da edição anterior, no Data Book
de Matosinhos de 2009 descreve-
mos Em detalhe a Fábrica de Utili-
dades. Este tópico tem igualmente
o formato de artigo/fascículo, sen-
do o seu objecto distinto em cada
edição, com vista à promoção do
conhecimento da refinaria por parte
dos leitores.
Estamos convictos de que as novida-
des e melhoramentos do Data Book
vão de encontro à expectativa e inte-
resse dos leitores, uma vez que estes
incrementos decorrem dos inputs que
recebemos, da experiência acumulada
e da implementação das recomenda-
ções da Deloitte & Associados, socie-
dade responsável pela verifi cação dos
conteúdos dos Data Books desde a sua
primeira edição. É por isso com especial
satisfação e apreço que o convidamos
a servir-se deste documento como fon-
te fi dedigna de informação e como fi el
reprodução da realidade e do desem-
penho da refi naria de Matosinhos.
02A CRESCENTE PREOCUPAÇÃO EM TERMOS DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE NA REFINARIA DE MATOSINHOS REFLECTE-SE POSITIVA E INEQUIVOCAMENTE NOS RESULTADOS QUE AGORA APRESENTAMOS COM ORGULHO E SATISFAÇÃO. ESTE É O NOSSO CAMINHO: GANHA O AMBIENTE, GANHAM AS PESSOAS E GANHA A EMPRESA. NÃO ESTAMOS MARAVILHADOS, ESTAMOS MOTIVADOS.
ENGº MARTINHO CORREIADIRECTOR DA REFINARIA DE MATOSINHOS
ENQUADRAMENTO
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SENQUADRAMENTO
POLÍTICA DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE DA GALP ENERGIAA Galp Energia entende que a protecção do Ambiente, a Segurança e a Saúde dos seus colaboradores, clientes e comunidade em geral, são valores essenciais para a susten-tabilidade da Empresa e nessa medida, está consciente da sua responsabilidade na gestão do impacte das suas activi-dades, produtos e serviços na sociedade em que se insere.
A GALP ENERGIA
ASSUME-SE, PORTANTO,
COMO UMA EMPRESA
SOCIAL E
AMBIENTALMENTE
RESPONSÁVEL,
CONSTITUÍDA POR UMA
EQUIPA MOTIVADA,
COMPETENTE
E INOVADORA,
EMPENHADA
EM PROTEGER
O AMBIENTE,
A SEGURANÇA E
A SAÚDE DOS SEUS
COLABORADORES,
CLIENTES, PARCEIROS
E DA COMUNIDADE,
CONTRIBUINDO
ACTIVAMENTE PARA O BEM
ESTAR DA SOCIEDADE.
Estabelece-se, assim, um compromisso de
integrar a Segurança, Saúde e Ambiente
(SSA) na estratégia e actividades da Em-
presa, bem como na melhoria contínua no
seu desempenho, fazendo destes pilares
da Gestão e contribuindo, dessa forma,
para alcançar o desenvolvimento susten-
tável e a excelência empresarial.
A Galp Energia compromete-se a:
• Consagrar a Segurança, Saúde e Protec-
ção do Ambiente como valores funda-
mentais da Empresa;
• Assumir que a gestão da Segurança, Saúde
e Ambiente é uma responsabilidade direc-
ta dos líderes e a prevenção de riscos uma
responsabilidade de todos na Organização;
• Promover a formação de todos os co-
laboradores nesta matéria, envolvendo
parceiros e demais partes interessadas,
comprometendo-os com as questões de
Segurança, Saúde e Ambiente para que
actuem proactivamente dentro e fora do
Ambiente de trabalho;
• Aplicar as melhores práticas de gestão e
soluções técnicas disponíveis, para além
do cumprimento da legislação, nas estra-
tégias de prevenção contínua mediante
a identifi cação, controlo e monitorização
de riscos para garantir a Segurança, Saú-
de e protecção do Ambiente;
• Criar condições para que a Organização,
como um todo, se mantenha perma-
nentemente preparada para responder a
emergências;
• Assegurar a sustentabilidade de projectos,
empreendimentos e produtos ao longo
do seu ciclo de vida, mediante a utiliza-
ção de tecnologias, instalações, recursos
e práticas que previnem ou minimizam
consequências adversas;
• Estabelecer metas e objectivos desafi a-
dores, medindo e avaliando os resultados
obtidos e tomando as acções necessárias
à sua prossecução;
• Assegurar a utilização efi ciente da energia
e recursos e a incorporação de tecnolo-
gias seguras e inovadoras na gestão das
suas actividades, minimizando o impacte,
de forma a garantir a sustentabilidade da
Empresa e a protecção do Ambiente;
• Informar e divulgar a presente Política, de
forma responsável e transparente, às par-
tes interessadas, comunicando o desem-
penho da Empresa a nível de Segurança,
Saúde e Ambiente.
A Galp Energia assume-se, portanto, como
uma Empresa social e ambientalmente res-
ponsável, constituída por uma equipa moti-
vada, competente e inovadora, empenhada
em proteger o Ambiente, a Segurança e a
Saúde dos seus colaboradores, clientes, par-
ceiros e da comunidade, contribuindo acti-
vamente para o bem estar da Sociedade.
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ENQUADRAMENTO
APRESENTAÇÃO DA REFINARIADados do operador
Localização e envolventeA refi naria de Matosinhos localiza-se no Douro Litoral, entre a Boa-Nova
e o Cabo do Mundo, nas freguesias de Leça da Palmeira e de Perafi ta, no
concelho de Matosinhos. Ocupa uma área de aproximadamente 400 ha, a
Noroeste da cidade do Porto e a cerca de 2 km do Terminal de Leixões.
A refinaria conta com uma boa rede
de acessos rodoviários e com uma
ligação ao Terminal Petrolífero e
uma monobóia, através do qual se
processa a recepção de matérias-
-primas e a expedição de produtos
acabados.
Na envolvente da refinaria merecem
destaque as seguintes ocupações:
• Parque de Gás de Perafita, com
armazenagem de GPL (Gás de Pe-
tróleo Liquefeito) e enchimento de
veículos cisterna e garrafas, situa-
do a Nordeste da refinaria;
• Hospital Privado de Boa Nova;
• Fábricas de conservas, oficinas de
reparação de veículos e garagens,
a cerca de 150 m da vedação da
refinaria;
• Espaços urbanos com núcleos po-
pulacionais, nomeadamente Leça
da Palmeira e Matosinhos a Sul,
Aldeia Nova, Poupas e Telheira a
refi naria de Matosinhos
Leça da Palmeira, Apartado 3015Matosinhos 4451-852 - Leça da Palmeira
Telefone: 22 9982106
Fax: 22 9982196
CAE: 19201 - Fabricação de Produtos Petrolíferos Refi nados
Data de Constituição: 26 de Março de 1976
Sede social: Rua Tomás da Fonseca Torre C - 1600-209 Lisboa
Telefone: 21 7242500
Fax: 21 7240573
Capital social: 516.750.000 Euros
Número de Contribuinte: 500 697 370
Número de matrícula na CRC de Lisboa: 523Refi naria de Matosinhos.
A refi naria de Matosinhos é um
activo da Petrogal, S.A., empresa
do Grupo Galp Energia. O quadro
seguinte apresenta os elementos
relevantes:
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ENQUADRAMENTO
O gráfi co anterior apresenta o histó-
rico do Índice da Qualidade do Ar na
região do Porto Litoral. Observa-se
uma melhoria consistente da qualida-
de do ar.
A nível de águas superficiais, a re-
gião é de transição entre as bacias
hidrográficas do Rio Leça e do Rio
Onda. Os cursos de água são tempo-
rários, com escoamento natural ape-
nas na sequência de pluviosidade
significativa. A Bacia do Leça apre-
senta elevado grau de poluição.
Os recursos hídricos subterrâneos
apresentam baixa vulnerabilidade à
poluição.
Norte e Almeiriga, Amorosa, Gon-
çalves e Avessada a Este;
• Espaços florestais e agrícolas e
matos;
• Espaços dunares, com vegetação
típica.
Na envolvente à refinaria não exis-
tem áreas de conservação da Na-
tureza. Enumera-se de seguida os
instrumentos de ordenamento de
território em vigor na região que cir-
cunscreve a refinaria:
• Plano de Bacia Hidrográfica do Rio
Leça;
• Plano de Ordenamento da Orla Cos-
teira Caminha-Espinho;
• Plano Regional de Ordenamento
Florestal da área metropolitana do
Porto e entre Douro e Vouga;
• Plano Regional de Ordenamento do
Território para a Região Norte;
• Plano Director Municipal de Mato-
sinhos;
• Plano de Urbanização entre a Rua
de Belchior Robles e a Avenida dos
Combatentes da Grande Guerra em
Leça da Palmeira.
Ainda que concorram diversos ope-
radores para a qualidade do ar e dos
recursos hídricos na região sob infl u-
ência da refi naria de Matosinhos, e
atendendo a que a refi naria realiza
monitorização das emissões líqui-
das e gasosas de forma a controlar
o impacte da sua actividade, é rele-
vante apresentar informação acerca
da qualidade destes descritores na
envolvente.
NA ENVOLVENTE
À REFINARIA NÃO EXISTEM
ÁREAS DE CONSERVAÇÃO
DA NATUREZA.
Resenha histórica
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ENQUADRAMENTO
1966 Início do projecto de construção da refi naria de Matosinhos, com uma capacidade de processamento de 2Mt/ano de petróleo bruto.
1967 Início dos trabalhos de construção em Setembro de 1967.
1969 Arranque progressivo das unidades processuais em Setembro.
1970 Inauguração ofi cial da refi naria de Matosinhos, a 5 de Junho.
1973 Entre Setembro e Dezembro – 1º revamping para 4,5 Mt/ano, que consistiu na transformação da unidade de viscorredução e craquea-mento térmico numa nova unidade de viscorredução, tendo o equipamento entretanto disponível sido aproveitado para implantação de uma nova destilação atmosférica.
1975 Segundo revamping através da construção de uma nova linha de tratamento de petróleo bruto.
1978 a 1982 Paragem de várias unidades de uma das linhas na sequência do choque petrolífero de 1973/74 e posterior arranque da refi naria de
Sines, com diminuição drástica do tratamento de petróleo bruto na refi naria de Matosinhos.
1981 Início da laboração na Fábrica de Aromáticos, com capacidade de 350 mil t/ano de Benzeno, Tolueno, Paraxileno, Ortoxileno e Solven-tes Aromáticos e Alifáticos.
1982 A capacidade de processamento de petróleo bruto na refi naria passou a ser a de 4,5 Mt/ano.
1983 Transformação de um platforming semi-regenerativo num CCR – Continuous Catalyst Regeneration, de forma a manter as unidades de reformação catalítica com produção adequada em qualidade e quantidade.
1984 Alterações na Fábrica de Óleos Base, no sentido de aumentar a sua capacidade de produção de 100 mil para 150 mil t/ano de óleos base. A produção de parafi nas e betumes passou de 5 mil e 30 mil para 10 mil e 130 mil t/ano, respectivamente.
1988 Reactivação das unidades de unifi ning e platforming, devido à contratação de terceiros para tratamento de petróleo bruto. revamping da ETAR, em que a capacidade de tratamento aumentou de 150 para 450 m3/h.
1989 Alterações para permitir a alimentação da unidade de Destilação de Vácuo com Resíduo Atmosférico proveniente do exterior.
1991 Modifi cação das unidades de unifi ning e platforming, no sentido de aumento da sua capacidade e redução dos consumos energéticos. Paragem do unifi ning da linha 3000.
1992 Modifi cações à Parex, devido às exigências do mercado internacional relativamente à pureza e crescimento do consumo, que levaram a um aumento da produção global da Fábrica de Aromáticos para 440 mil t/ano.
1994 Modernização da unidade de destilação de Vácuo da Fábrica de Óleos de Base.
1996 e 1997
Construção de Estação de Enchimento de Carros Tanque por Baixo com Unidade de Recuperação de Vapores (VRU), de uma nova unidade de Dessulfuração de Gasóleo e ainda das instalações associadas: unidade de produção de enxofre, Stripper de águas ácidas e revamping de unidade de aminas.
1997 e 1998 Instalação de monobóia ao largo do Porto de Leixões, no sentido de aumentar a operacionalidade da refi naria e a sua rentabilização.
2000 Construção da unidade de hidrogenação de parafi nas e ceras de petróleo.
2001 Entrada em laboração de uma nova unidade de Purifi cação de Hidrogénio.
2004 Modernização do Parque de Resíduos.
2005 Emissão do título de emissão de Gases com Efeito de Estufa nº197.02.
2006 Entrada em funcionamento dos novos pipelines de interligação da refi naria ao Terminal Petroleiro de Leixões. Entrada em funcionamen-to da monobóia.
2007 Emissão da Licença Ambiental da refi naria de Matosinhos. Entrada em funcionamento das novas bacias de tempestade da ETAR. Paragem geral.
2008 Início das obras de reconfi guração da refi naria de Matosinhos.Benefi ciação das antigas bacias de tempestade.Conclusão da Inspecção e Reabilitação de toda a extensão da rede de dreno oleoso.
2009 Entrada em funcionamento do Precipitador Electrostático, nas caldeiras G e H, para redução das partículas emitidas na Fabrica de Utilidades.Entrada em funcionamento do sistema de remoção de cloretos nas correntes de LPG dos dois reformings U1300 e U3300.Entrada em funcionamento do sistema de remoção de ácido clorídrico nas correntes ricas em hidrogénio dos dois reformings U1300 e U3300.Instalação de queimadores de baixo NO
x na caldeira H.
Instalação de uma nova unidade de produção de azoto.Substituição dos analisadores de fumos nas fontes fi xas de emissão.
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SENQUADRAMENTO
Licenças
A refi naria de Matosinhos, sendo uma instalação ao abrigo do diploma
de Prevenção e Controlo Integrado da Poluição, detém uma Licença
Ambiental, a LA número 190/2008, que sistematiza e reúne todos os
requisitos legais em matéria de ambiente a que está obrigada. Esta
Licença refl ecte já as condições de cumprimento associadas à laboração
das novas unidades do Projecto de Conversão da refi naria de Matosinhos.
DESCRIÇÃO DA ACTIVIDADEA refinaria de Matosinhos destaca-se pela sua produção de especialidades, designadamente, de lubrificantes e aromáticos.
• GÁS DE PETRÓLEO LIQUEFEITO;
• GASOLINAS;
• NAFTA;
• JET/PETRÓLEO;
• GASÓLEOS;
• FUÉIS;
• ÓLEOS BASE;
• ÓLEOS LUBRIFICANTES;
• PARAFINAS;
• SOLVENTES ALIFÁTICOS
E AROMÁTICOS, BENZENO,
TOLUENO E XILENOS;
• BETUMES.
Por estar abrangida pelo Comércio
Europeu de Licenças de Emissão, em
Portugal substanciado no Plano Na-
cional de Atribuição de Licenças de
Emissão (PNALE), actualmente no
seu segundo período de cumprimen-
to (2008-2012), a refi naria possui um
Título de Emissão de Gases com Efei-
to de Estufa, TEGEE número 197.03.II,
subjacente ao qual está a atribuição
de 1.098.025 Licenças de Emissão de
CO2. No actual período, a Fábrica de
Aromáticos passou a estar incluída no
âmbito do PNALE, razão pela qual do
anterior para o actual período houve
um acréscimo de Licenças de Emissão
atribuídas. Não obstante o aumento,
está inerente um esforço de redução,
generalizado aliás a todos os sectores
abrangidos no PNALE.
Capacidade
A refi naria de Matosinhos tem uma capacidade instalada de refi nação
de 4,5 milhões de toneladas de petróleo bruto por ano, produzindo uma
gama diversifi cada de produtos comerciais refi nados, nomeadamente:
A capacidade de armazenagem da
refi naria é de 567.086 m3 de petró-
leo bruto, perfazendo-se um total de
1.803.978 m3 de capacidade de ar-
mazenagem.
A gestão e os planos de produção da
refi naria, com impacte ao nível da
gestão da armazenagem, consideram
a necessidade de garantir a seguran-
ça do abastecimento do mercado de
produtos petrolíferos.
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ENQUADRAMENTO
A refi naria de Matosinhos refi na
dois tipos de crude: SOUR e SWEET,
decorrendo esta designação do seu
teor de enxofre. O crude provém
maioritariamente da Líbia, Nigéria,
Argélia, Arábia Saudita, Irão, Rússia e
Mar do Norte – Noruega e Reino Unido.
O quadro ao lado apresenta as pro-
porções de utilização de cada rama,
bem como as principais característi-
cas a estas associadas.
A selecção dos tipos de crude atende
a diversos factores comerciais, técnicos
e ambientais, como sejam: qualidade,
disponibilidade no mercado, cotação in-
ternacional, planos de produção da refi -
naria e capacidade de armazenagem.
TIPO DE RAMA INDICADOR 2005 2006 2007 2008 2009
Proporção de utilização (%) 68,20 66,90 71,10 69,80 62,00
SWEET Densidade da Carga (º API) 43,33 42,46 41,02 40,67 40,69
Enxofre (%m/m) 0,15 0,15 0,13 0,11 0,12
Proporção de utilização (%) 31,80 33,10 28,90 30,20 38,00
SOUR Densidade da Carga (º API) 33,21 33,17 32,94 33,23 33,18
Enxofre (%m/m) 1,87 1,87 1,96 1,86 1,70
RUBRICA PCIP DESCRIÇÃO
1.1Instalações de combustão com potência calorífi ca de combus-
tão superior a 50 MW
1.2refi narias de petróleo e fábricas
de gás
4.1.a)Instalações químicas destinadas à produção de produtos quími-
cos orgânicos de base
Descrição dos processosA refi naria de Matosinhos
desenvolve as seguintes
actividades ao abrigo do diploma
de Prevenção e Controlo Integrado
de Poluição (PCIP):
A imagem ao lado ilustra a confi gura-
ção da refi naria e as diversas activida-
des subjacentes à operação.
O esquema ao lado, por sua vez, ilustra
simplifi cadamente o processo produtivo:
FOBd.a. tratamentos
Light
FCOdestilação
atmosféricade p.b.
tratamentos
SB, EA, CPC, Forties,...
Parafinas
Óleos base
GPL
Gasolinas
Aromáticos
Gasóleos e Jet
Fuéis
FAR
GPL
Nafta
Gasóleo
Fuel
Descrição das principais matérias-primas
03A FUT - FÁBRICA DE UTILIDADES, TEM COMO MISSÃO PRODUZIR E DISTRIBUIR AS UTILIDADES NECESSÁRIAS AO COMPLEXO DA REFINARIA DE MATOSINHOS, REGENDO-SE PELO ESTRITO CUMPRIMENTO DOS NORMATIVOS DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE, INTEGRANDO PROCEDIMENTOS E PRÁTICAS DE EXCELÊNCIA, CONVERGENTES PARA UM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. VENHA CONHECÊ-LA!
EM DETALHE
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FUT - UMA VISITA GUIADA À FÁBRICA DE UTILIDADESA FUT - Fábrica de Utilidades tem como missão produzir e distribuir as utilidades necessárias ao complexo da refinaria de Matosinhos regendo-se pelo estrito cumprimento dos normativos de Segurança, Saúde e Ambiente, integrando procedimentos e práticas de excelência convergentes para um desenvolvimento sustentável.
EM DETALHE
TODA A ENERGIA
ELÉCTRICA É DISTRIBUIDA
À REFINARIA POR
DIVERSAS SUBESTAÇÕES
LOCALIZADAS PELO
COMPLEXO,
ASSEMELHANDO-SE A UMA
PEQUENA CIDADE...
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No núcleo da Fábrica de Utilidades
existe a central termoeléctrica. Esta
assenta num ciclo típico de “Rankine”,
produção de vapor e Energia Eléctrica,
cujo fl uido [água] circula em ciclo fe-
chado.
Assim, o vapor de alta pressão é pro-
duzido nos geradores de vapor, o qual
é enviado para os turbogeradores, que
por sua vez produzem energia eléctri-
ca e vapor de média pressão.
O vapor de média pressão designado
como “vapor de processo” é utilizado
na refi naria para aquecimento diverso
e accionamento de turbinas. Retorna
à central, já na forma de condensado
ou vapor de baixa pressão fechando o
ciclo água-vapor.
No caso particular da refi naria de Ma-
tosinhos, a Central Termoeléctrica,
está equipada com cinco geradores
de vapor de alta pressão e três turbo-
geradores.
Toda a energia eléctrica é distribuída à
refi naria por diversas subestações lo-
calizadas pelo complexo, assemelhan-
do-se a uma pequena cidade…
Existem ainda outras unidades com-
plementares à Central Termoeléctrica:
• Unidade de desmineralização de
água, que recorre a permutadores ió-
nicos para remoção dos sais da água
e promover o condicionamento quí-
mico da água que se destina a ali-
mentar os Geradores de Vapor;
• Unidade de produção de água de
arrefecimento que assegura o arre-
fecimento de processos e máquinas,
através da recirculação fechada de
água e torres de arrefecimento;
• Unidade de armazenagem de água
bruta, que armazena em quatro tan-
ques a água necessária ao funciona-
mento do complexo e é simultanea-
mente reserva a sinistros;
• Unidades de produção de ar compri-
mido utilizado para comando das vál-
vulas de controlo e serviços gerais;
• Unidade de distribuição de combustí-
veis líquidos e gasosos para queima
em fornalhas e caldeiras.
A última década constitui uma forte apos-
Fábrica de utilidades.
40 Anos de laboração• 1968 - Ano de início da Construção da refi naria: Fábrica de Utilidades com quatro
Geradores de Vapor, dois Turbogrupos e uma Chaminé.
• 1975 a 1981- Construção da Fábrica de Combustíveis II e Fábrica de Aromáticos:
Novos Geradores de Vapor, aquisição de um Turbogrupo de Contrapressão e
construção da 2ª chaminé.
• 1994 a 1996 - Implementação do Sistema de Controlo Distribuído DCS.
• 1995 - Instalação do Sistema de Supervisão de Energia Eléctrica da rede eléctri-
ca de Alta e Média Tensão.
• 2008- Construção do Electrofi ltro e o Posto de Redução e Medida de gás natural (PRM).
• 2009- Substituição para queimadores de elevada performance na redução de
emissão de Óxidos de Azoto (Low NOx).
• 2009/2010 - Construção da nova central de cogeração: duas Turbinas alimenta-
das a gás natural e dois Geradores de Vapor de Recuperação [HRSG] (Produ-
ção de 2x42MW—Energia Eléctrica e 2x130ton/h de Vapor de Alta Pressão)
- Projecto de Flexibilização da Fábrica de Utilidades.
Futura central de cogeraçãoA futura central de cogeração tem como objectivo o fornecimento de
Vapor de Alta Pressão e de Energia Eléctrica à refi naria, benefi ciando
assim das vantagens da produção combinada de electricidade e vapor
através da queima de gás natural. Esta tecnologia apresenta-se com
maior efi ciência energética.
EM DETALHE
A ÚLTIMA DÉCADA
CONSTITUI UMA FORTE
APOSTA NOS
COMPROMISSOS
AMBIENTAIS.
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Em termos de emissões atmosféricas,
as reduções face à actual situação
serão signifi cativas em elementos
como óxidos de enxofre, atenden-
do a que o combustível da unidade
de cogeração será o gás natural, ou
mesmo as partículas, os óxidos de
azoto e o dióxido de carbono, em
particular na componente associada
à energia térmica.
ta nos compromissos ambientais em que
a construção do Precipitador electrostáti-
co (ESP), a introdução do Combustível de
gás natural e a substituição tecnológica
para queimadores de elevada perfor-
mance na redução de emissão de Óxidos
de Azoto (Low NOx) permitem um de-
sempenho ambiental de nível Europeu.
Obras da central de cogeração.
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04ACREDITAMOS QUE A SUSTENTABILIDADE DA NOSSA REFINARIA SE ALICERÇA NAQUILO QUE SÃO OS NOSSOS VALORES FUNDAMENTAIS: A SUBORDINAÇÃO DAS NOSSAS ACTIVIDADES E DECISÕES À GARANTIA DA SEGURANÇA, DA SAÚDE E DO RESPEITO PELO AMBIENTE, PARA AS PESSOAS QUE AQUI TABALHAM E PARA A COMUNIDADE ENVOLVENTE. ESTA É A RAZÃO DE SER DO NOSSO TRABALHO.
ENGº MANUEL BARREIRA,DIRECTOR AQS DA REFINARIA DE MATOSINHOS
ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS
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DESTAQUES DE 2009Em 2009 o nível de actividade sofreu um decréscimo, por razões de natureza estratégica, facto que terá impacte na valoração absoluta de alguns indicadores.
ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS
CUMPRIU-SE, EM 2009,
OS PLAFONDS MÁSSICOS
ATRIBUÍDOS ÀS GRANDES
INSTALAÇÕES DE
COMBUSTÃO PARA
OS POLUENTES SO2, NO
X
E PARTÍCULAS.
Em 2009 foram substituídos os anali-
sadores de efl uentes gasosos das fon-
tes fi xas de emissão. Este projecto de
renovação tecnológica permitiu dotar
as fontes fi xas de emissão da refi naria
de Matosinhos com equipamentos de
monitorização das emissões mais mo-
dernos e mais fi áveis. A grande ino-
vação deste projecto prende-se com a
utilização da tecnologia de transmissão
de dados via rádio - sistema “wireless”
– por meio de antenas. Esta opção de-
monstrou ser a mais adequada para a
transmissão de informação de analisa-
dores colocados em pontos altos.
Em 2009 foi consolidada a implemen-
tação na refi naria de Matosinhos, no
âmbito do sistema de gestão ambien-
tal, de uma importante norma de ga-
rantia de qualidade dos sistemas au-
tomatizados de medição, EN 14181,
que exige vários níveis de garantia de
qualidade (QAL1, QAL2 e QAL3) e AST
(Ensaio de Verifi cação Anual).
A instalação deste sistema de monito-
rização de última geração permitiu que
o cálculo das emissões mássicas totais
da refi naria passasse a ser efectuado
automaticamente pela aplicação Siste-
ma de Informação Ambiental Centrali-
zada, com base na monitorização em
tempo real, em substituição do cálculo
das emissões mássicas com base no
consumo de combustível de acordo
com as fórmulas da Concawe (meto-
dologia utilizada até Janeiro de 2009).
O ano de 2009 foi um ano de consoli-
dação e melhoria do desempenho am-
biental da refi naria de Matosinhos. Ao
longo deste Data Book será visível a
evolução positiva desse desempenho
através da apresentação gráfi ca de di-
ferentes indicadores.
Destaca-se nesta rubrica o cumprimen-
to dos plafonds mássicos atribuídos às
Grandes Instalações de Combustão para
os poluentes SO2, NO
x e Partículas.
O ano de 2009 fechou com a emissão
de menos 18% de emissões de CO2 do
que as previstas no Título de Emissão
de Gases de Efeito Estufa da refi naria
de Matosinhos.
A melhoria signifi cativa nestes dois ca-
sos, plafonds mássicos e emissões de
CO2, refl ecte o esforço efectuado pela
refi naria de Matosinhos para atingir
esses importantes objectivos.
Em Janeiro de 2009 foi levada a cabo
uma iniciativa designada por: “0 mês
de Segurança”, que se desenvolveu a
partir de uma tomada de decisão es-
tratégica, assumida pela Direcção da
refi naria de Matosinhos.
As diversas acções realizadas ao longo
desse mês compreenderam todos os
agentes (colaboradores, prestadores
de serviço) envolvidos na actividade
da refi naria, autoridades competentes
e a comunidade da envolvente.
Um dos grandes objectivos desta acção foi
colocar o enfoque nas pessoas, relevan-
do o factor humano como agente activo
e determinante no processo de melhoria
contínua e no desenvolvimento sustenta-
do numa CULTURA DE SEGURANÇA.
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ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS
O programa integrou as mais diversas actividades, tais como:
CICLOS DE ACÇÕES E PROJECTOSO ano de 2009 caracterizou-se pelo arranque das obras de construção das novas unidades de vácuo/visbreaker (VUVB) e da nova unidade Claus, assim como do projecto de revamping das unidades de topping Un - 3000 e da dessulfuração de gasóleo Un – 3700.
Da evolução dos trabalhos realizados em 2009 destaca-se o seguinte:
• Trabalhos de construção civil das uni-
dades VUVB;
• Arranque dos trabalhos de metalome-
cânica (VUVB);
• Instalação das colunas de Soaker e de
fraccionamento;
• Finalização dos estudos relativos aos
modelos 3D da nova unidade Claus;
O contributo de todos, nesta iniciativa,
consolidou uma das vertentes chave con-
substanciada na Política da Galp Energia,
assumindo que a Segurança, Saúde e
Ambiente, são o primeiro elo a conside-
rar no processo de criação de valor.
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SACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS
DE FORMA A GARANTIR
A MELHORIA CONTÍNUA
DOS SEUS DESEMPENHOS,
ESTÁ EM CURSO
A IMPLEMENTAÇÃO
DO SISTEMA DE GESTÃO
AMBIENTAL
E DE SEGURANÇA,
DE ACORDO COM A ISO
14001:2004 E A OSHAS
18001, INTEGRADO
NO PLANO
DE CERTIFICAÇÃO
DA REFINARIA.
• Fase fi nal da engenharia relativa ao
revamping da U3000 e da U3700:
• Finalização da construção e imperme-
abilização da nova bacia de tanques.
A Galp Energia dedica grande parte
dos seus investimentos de Segurança,
Saúde e Ambiente ao alinhamento das
suas instalações industriais com as Me-
lhores Técnicas Disponíveis, no que res-
peita à produção e gestão operacio-
nal, no sentido de prevenir e reduzir o
impacte da sua actividade. Os planos
de acção defi nidos anualmente na re-
fi naria refl ectem a estratégia de curto
e longo prazo da Empresa e, concreta-
mente, o alinhamento das instalações
com as Melhores Técnicas Disponíveis
(MTD’s) é um factor de análise no âm-
bito de todos os projectos.
De forma a garantir a melhoria contí-
nua dos seus desempenhos, está em
curso a implementação do Sistema
de Gestão Ambiental e de Segurança,
de acordo com a ISO 14001:2004 e a
OSHAS 18001, integrado no plano de
Certifi cação da refi naria.
A Galp Energia, e em particular, a re-
fi naria de Matosinhos, opera normal-
mente em ambientes que poderão
ser defi nidos como de risco acrescido.
Como tal, tem a responsabilidade de
se diferenciar na gestão, salvaguar-
dando a Segurança de Pessoas, Bens
e Ambiente, para garantir a sua sus-
tentabilidade.
A necessidade de adequar os compor-
tamentos e atitudes de todos na Em-
presa às melhores práticas mundiais
em todas as actividades, é uma con-
dição básica da sua sustentabilidade,
e esteve na origem do Programa de
Segurança da Galp Energia (PSGE).
Desde 2008 que o PSGE tem promovi-
do o compromisso a todos os níveis de
gestão da Companhia para com os te-
mas de Segurança, Saúde e Ambien-
te. Foi assim dada maior visibilidade
a estes temas consolidados, com a
aprovação de um conjunto de normas
e procedimentos Corporativos, de apli-
cação a todo o Grupo Galp Energia, es-
senciais a qualquer Sistema de Gestão
e que são fundamentais para tornar
as actividades diariamente desenvol-
vidas mais seguras.
Ressaltam, pela sua importância, os
requisitos relativos às Autorizações de
Trabalho e Procedimentos Prioritários,
a Preparação e Resposta a Emergên-
cia, o Sistema de Gestão de Integrida-
de Mecânica, assim como a Comuni-
cação e Investigação de Acidentes.
Para se alcançar a meta ZERO ACIDEN-
TES, para além de existir um normati-
vo consolidado e coerente, é neces-
sário promover uma evolução cultural,
razão pela qual foram desenvolvidas
e aplicadas diversas ferramentas tais
como as Observações Preventivas de
Ambiente e Segurança, os Ganhos
Rápidos e a divulgação de Alertas de
SSA.
O PSGE a decorrer, mantém vivos os
princípios que estiveram na sua génese:
• O desenvolvimento e reforço de
uma cultura de Segurança entre to-
dos os colaboradores e parceiros da
Galp Energia;
• A identifi cação e eliminação de ris-
cos e comportamentos inseguros,
promovendo a disciplina operacional,
de modo a prevenir e evitar outros
incidentes;
• O reporte e análise de todos os inciden-
tes de Segurança, Saúde e Ambiente
para garantir a sua não repetição.
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ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS
Os montantes reportados anualmente
como investimentos de Ambiente re-
fl ectem o ciclo dos projectos. A sua evo-
lução, por conseguinte, deve ser vista de
modo integrado, constituindo etapas su-
cessivas para a consolidação de planos
de investimentos. Nessa perspectiva,
oscilações anuais não traduzem dife-
rentes níveis de comprometimento na
prossecução da melhoria do desempe-
nho ambiental. No período em análise
(2005-2009) o acumulado de custos e
CUSTOS E INVESTIMENTOSNo gráfi co seguinte apresentam-se os principais custos e investimentos em Ambiente.
investimentos em ambiente é de €92
milhões.
Os investimentos no capítulo de Segu-
rança, no ano de 2009 perfi zeram um
total de €5 milhões.
Dos montantes apresentados anterior-
mente, o gráfi co seguinte distingue cus-
tos de investimentos, evidenciando-se a
preocupação da refi naria na renovação e
prevenção da poluição.
NO PERÍODO EM ANÁLISE
(2005-2009)
O ACUMULADO DE CUSTOS
E INVESTIMENTOS
EM AMBIENTE É DE
€92 MILHÕES.
Precipitador eletrostático.
ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS
FORMAÇÃO EM SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTEA política de formação na Galp Energia baliza-se pelo desafi o do desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais dos seus colaboradores, tanto no sentido do seu crescimento profi ssional, como da criação de valor, e, particularmente no que respeita estas matérias, em prossecução da redução do impacte ambiental e riscos associados a actividade.
Examinando o cariz dos investimentos
em matéria de protecção e gestão am-
biental, conclui-se que há um esforço
substancial da refi naria na aposta em
tecnologias integradas para evitar e re-
duzir a poluição gerada, preterindo-se
o investimento em medidas de fi m de
linha, que visam a redução do impacte
da poluição produzida. É de ressalvar
que a adopção de tecnologias de fi m
de linha traduz muitas vezes constran-
gimentos técnicos e estruturais que
inviabilizam a implementação de tec-
nologias preventivas da poluição.
Para a refi naria de Matosinhos, garan-
tir a Segurança e minimizar o impacte
no Ambiente é uma prioridade, consa-
grando-se no quotidiano da instalação
uma diversidade de acções e enqua-
drá-las na rotina dos seus colaborado-
res é contribuir decididamente para a
sustentabilidade da actividade.
Para a consecução de tais objectivos é
essencial conceder aos colaboradores
todas as competências necessárias. É
nesse sentido que a formação em Se-
gurança, Saúde e Ambiente é assumi-
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ACTIVIDADES, ACÇÕES E PROJECTOS
Número de formandos em acções de formação em Segurança, Saúde e Ambiente
2009
467
2008
843
Número de horas em acções de formação em Segurança, Saúde e Ambiente
2009
6.356
2008
7.854
Número de acções de formação em Segurança, Saúde e Ambiente
2009
68
2008
21
Número de formandos em acções de formação ministradas em Segurança, Saúde e Ambiente
2009
4.305
2008
2.986
Número de acções de formação ministradas em Segurança, Saúde e Ambiente
2009
594
2008
473
da como de relevante importância.
As formações a que assistem os co-
laboradores assumem o formato de
sessões “em sala”, “on the job” ou de
“e-learning”, acondicionando diversos
processos de aprendizagem.
Os gráfi cos seguintes apresentam, para
2008 e 2009, o número de horas de
formação, o número de formandos e
o número de acções de formação em
Segurança, Saúde e Ambiente a que
assistiram colaboradores da refi naria
de Matosinhos:
Também de extrema importância é
a garantia de que os colaboradores e
os prestadores de serviços que exe-
cutam trabalhos na refi naria estão
alinhados com as melhores práticas
de Segurança, Saúde e Ambiente, e
com os procedimentos em vigor na
instalação. Nesse sentido, as áreas
de Ambiente e Segurança da refi naria
ministram acções de formação, rela-
tivamente às quais se apresenta os
seguintes gráfi cos:
05SE PENSARMOS QUE A MATÉRIA-PRIMA QUE É PROCESSADA É ENERGIA E QUE AO LONGO DO PROCESSO PRODUTIVO GASTA-SE, PERDE-SE, RECUPERA-SE E AINDA QUE A MAIORIA DOS PRODUTOS FINAIS SÃO ENERGIA, PERCEBE-SE PORQUE É QUE A GESTÃO DA ENERGIA ASSUME PARTICULAR IMPORTÂNCIA NA OPTIMIZAÇÃO DOS RESULTADOS DE UMA REFINARIA.SAIBA QUAIS SÃO AS APOSTAS DA REFINARIA DE MATOSINHOS.
EM FOCO - ENERGIA, UMA PRIORIDADE NA REFINARIA
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EM FOCO - ENERGIA, UMA PRIORIDADE NA REFINARIA
EM FOCO – ENERGIA, UMA PRIORIDADE NA REFINARIA A Energia é um dos bens essenciais para o desenvolvimen-to das comunidades, sendo a base da sociedade moderna. Actualmente, as necessidades energéticas de todo o mun-do são supridas recorrendo maioritariamente à utilização de combustíveis fosseis como o carvão, petróleo, gás, etc.
Energia na refi naria de Matosinhos (RM)
EII - O Benchmark para os consumos energéticos
CERCA DE 8% DO CRUDE
PROCESSADO
NA REFINARIA
DE MATOSINHOS,
É CONSUMIDO
COMO COMBUSTÍVEL
NA PRÓPRIA REFINARIA.
Na indústria petrolífera, a Energia constitui
uma componente primária do processo.
Se pensarmos que a matéria-prima
que é processada é Energia e que ao
longo do processo produtivo gasta-se,
Sendo a refi nação de petróleos uma in-
dústria de consumo intensivo de Ener-
gia, esta componente tem um grande
peso nos custos variáveis e como tal,
a sua contribuição para o custo indus-
trial de produção, tem um peso muito
signifi cativo.
Três pontos fortes podem ser apresen-
tados sobre a relevância da energia
nos custos operacionais da RM:
Para uma melhor análise da perfor-
mance de uma refi naria, a compara-
ção com outras refi narias semelhantes
é essencial.
perde-se, recupera-se e ainda que a
maioria dos produtos fi nais obtidos
são energia, percebe-se porque é que
a Gestão de Energia assume particular
importância na optimização dos resul-
tados de uma refi naria.
• A energia é responsável por mais de
60% dos custos operacionais;
• Cerca de 8% do crude processado na
refi naria de Matosinhos, é consumido
como combustível na própria refi naria;
• O combustível usado por ano para gerar
a energia necessária para o complexo
poder laborar, é equivalente à carga de
2 petroleiros.
Desde os anos 80, a refi naria de Ma-
tosinhos participa nos estudos So-
lomon, principal referência mundial
para o benchmark do desempenho
operacional das refi narias, efectua-
dos de 2 em 2 anos.
Relativamente aos consumos energé-
ticos a Solomon defi ne um indicador
EII® – Energy Intensity Index. Este in-
dicador pode ser defi nido pela razão
entre o combustível queimado numa
refi naria e o somatório dos standards
energéticos das unidades que consti-
tuem essa mesma refi naria.
EII - Posicionamento da RM
MatosinhosFUELS 2004
MatosinhosFUELS 2006
MatosinhosFUELS 2008
2 Melhores Hydroskimmings
2008
97,5102,6
78,8 82,2
2 Melhores Ibéria2008
2 Melhores Europa Ocidental
2008
67,4
100,7
33
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EM FOCO - ENERGIA, UMA PRIORIDADE NA REFINARIA
COM UMA UTILIZAÇÃO
RACIONAL DE ENERGIA
CADA VEZ MAIS EFICIENTE
E CONSEQUENTE REDUÇÃO
DE CUSTOS DE OPERAÇÃO,
A REFINARIA
DE MATOSINHOS TEM
COMO OBJECTIVO SER UMA
REFINARIA DE REFERÊNCIA
A NÍVEL ENERGÉTICO.
2009-Mudança de atitude Em todas as fases da vida da RM, o
consumo de Energia, constituiu sempre
um parâmetro de produção a que todos
os gestores deram grande importância,
embora sempre ajustado à conjuntura
nacional do mercado da Energia.
Em 2008, assistiu-se a uma escalada
dos preços dos combustíveis, que le-
vou a que a Energia tivesse um papel
ainda mais preponderante nos custos
de operação da RM, e por isso levou a
que a utilização racional da Energia fos-
se estabelecida como uma prioridade
pela actual Equipa de Gestão.
Durante o ano de 2009, para além
dos elevados esforços no sentido de
racionalização dos consumos energé-
ticos, foram preconizadas diversas ac-
tividades relacionadas com este tema,
que culminaram na elaboração de um
documento, designado Master Plan
da Energia, que visa complementar as
medidas já em curso no Master Plan
da refi naria.
Os novos desafi osCom a implementação do Master Plan e
outros projectos adicionais na RM, o de-
sempenho energético vai melhorar signifi -
cativamente, de que se salienta os projec-
tos mais importantes:
• Revamping da Un. 3000 – Destilação at-
mosférica;
• Revamping da fornalha do Topping (H-3001);
• Revamping das unidades 1200 – Dessul-
furação de Gasolina Pesada e 3700 -Des-
sulfuração de Gasóleo;
• Construção da unidade de cogeração;
• Revamping da unidade de extracção de
aromáticos;
Mas a refi naria de Matosinhos quer ser
ainda mais ambiciosa. O Master Plan
de Energia, criado no fi nal de 2009, terá
grande enfoque e desenvolvimento ao
longo de 2010. Com uma utilização racio-
nal de Energia cada vez mais efi ciente e
consequente redução de custos de opera-
ção, a refi naria de Matosinhos tem como
objectivo ser uma refi naria de referência a
nível energético, atingindo um EII® que a
posicione entre as melhores refi narias da
Europa Ocidental, entre as duas melhores
da Península Ibérica e seja a melhor com
confi guração de hydroskimming.
No Master Plan de Energia estão progra-
madas diversas actividades que se podem
dividir em três grupos:
• Investimentos em curso;
• Pequenas medidas de implementação rápida;
• Novos investimentos.
Este é sem dúvida, um objectivo muito am-
bicioso, e só possível de atingir com grande
esforço, determinação e empenho de toda
a equipa da refi naria de Matosinhos.
EII - Posicionamento futuro
MatosinhosFUELS 2008
100,7
Master Plan
7
1
Un.0200Integraçãoenergética
35,8
Pequenas e médias medidas
4
Novas medidas MatosinhosFUELS 2012
74,9
2 Melhores Hydroskimmings
2008
78,8
2 Melhores Ibéria2008
82,2
Cogeração
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06PARA ALÉM DA IMPORTÂNCIA DOS INDICADORES DA ACTIVIDADE PER SE, ENTENDEMOS QUE O DESEMPENHO EM AMBIENTE E SEGURANÇA DEVE SER VISTO NA SUA LIGAÇÃO COM A INTENSIDADE PRODUTIVA. POR ISSO, COMEÇAMOS POR APRESENTAR OS INDICADORES DE ACTIVIDADE!
INDICADORES DE ACTIVIDADE
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SINDICADORES DE ACTIVIDADE
PRODUÇÃO
NÍVEL DE ACTIVIDADE
O decréscimo de actividade do ano de
2009 face a 2008 deveu-se a paragens
estratégicas das unidades processuais, in-
fl uenciadas pelas oscilações entre a ofer-
Nível de actividade (106 t)
2005
4,13,6 3,8
2007
3,4
4,9
2008
4,2
2009
4,1
3,33,5
2006
4,0
Carga tratada Crude tratado
O DECRÉSCIMO
DE ACTIVIDADE DO ANO
DE 2009 FACE A 2008
DEVEU-SE A PARAGENS
ESTRATÉGICAS
DAS UNIDADES
PROCESSUAIS.
ta e a procura, resultantes da conjuntura
económica mundial. A oportunidade criada
pelas paragens permitiu a antecipação da
realização de intervenções de manutenção.
O gráfi co seguinte apresenta a carga
tratada e o crude tratado na refi naria.
A carga tratada inclui, não só o cru-
de, mas também as matérias-primas
e componentes tratados, ponderados
por um factor de conversão em petró-
leo bruto que atende ao nível de pro-
cessamento da referida carga.
No gráfi co seguinte apresenta-se a
produção da refi naria de Matosinhos,
excluindo-se o enxofre e parafi nas,
por serem consideravelmente inferio-
res aos restantes produtos.
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INDICADORES DE ACTIVIDADE
EXPEDIÇÕESO gráfi co seguinte apresenta as quantidades de produtos expedidos por veículo-
-cisterna:
Ainda que haja outras formas de expe-
dição, como por pipeline ou por navio, a
expedição por veículo cisterna é a mais
expressiva, uma vez que a refi naria de
Matosinhos assegura o abastecimento
do Norte do país, sendo que, para isso,
o veículo-cisterna é a via privilegiada.
Quantidades de produtos expedidos por veículo-cisterna (103 t)
Betumes Químicos Pretos Brancos
2005
414
152596
1.417
2006
154149
552
1.374
2007
126160
492
1.405
2008
179
156
1.255
2009
16990
375
1.303
404
Expedições por veículo-cisterna
Betumes Químicos Pretos Brancos
2005
8.220
6.466
28.744
61.667
2006
6.362
6.663
26.267
58.924
2007
4.866
7.297
23.593
60.020
2008
7.894
6.239
19.815
53.479
2009
7.027
4.124
55.417
18.807
Consideram-se como produtos bran-
cos as gasolinas, o jet e os gasóleos e
como produtos pretos os fuéis.
De seguida, apresenta-se o gráfi co rela-
tivo ao número de expedições por veícu-
lo-cisterna, para cada tipo de produto:
Parque de Boa Nova.
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07NESTE CAPÍTULO RETRATA-SE O DESEMPENHO DA INSTALAÇÃO RECORRENDO A INDICADORES ABSOLUTOS, QUE A REFINARIA SE EMPENHA EM MELHORAR; E ANALISA-SE A EVOLUÇÃO DESSES MESMOS INDICADORES NORMALIZADOS, DESCONTANDO EFEITOS DE ESCALA DECORRENTES DOS DIFERENTES NÍVEIS DE INTENSIDADE DA ACTIVIDADE.VENHA VER COMO A REFINARIA SE TEM SUPERADO!
DESEMPENHO EM AMBIENTE
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SDESEMPENHO EM AMBIENTE
DESEMPENHO EM AMBIENTENeste capítulo apresenta-se informações e indicadores relativos ao desempenho ambiental da refi naria de Matosinhos.
CONSUMO DE RECURSOSEm virtude da signifi cância da sua utilização e da sua relevância ambiental, apresenta-se neste capítulo informações e indicadores relativos ao consumo de água e de energia.
Consumo de água
Retrata-se o desempenho da instalação
recorrendo a indicadores absolutos, que
a refi naria se empenha em melhorar
com vista a reduzir o seu impacte no
Ambiente tendo o objectivo subjacente
de superação contínua, num processo
vivido diariamente na instalação.
Apresenta-se também a evolução des-
ses indicadores normalizados, ou seja,
descontando efeitos de escala decor-
A refi naria de Matosinhos capta água bruta do Rio Ave, esporadicamente
do Rio Cávado, e adquire água potável dos Serviços Municipalizados de
Água e Saneamento (SMAS) de Matosinhos.
rentes dos diferentes níveis de intensi-
dade da actividade. Com efeito, o nível
de actividade da instalação infere inevi-
tavelmente na valoração absoluta dos
indicadores, sem que por vezes a evolu-
ção absoluta constitua um bom retrato
do desempenho e progresso da instala-
ção. Por outro lado, a normalização dos
indicadores permite também comparar
o desempenho da refi naria com os pa-
res europeus de referência no sector.
Os gráfi cos seguintes apresentam o
consumo total de água, bem como a
água que é reutilizada e a distribuição
dos consumos por fonte.
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DESEMPENHO EM AMBIENTE
Pode constatar-se que em termos ab-
solutos se tem vindo a verifi car uma
redução dos consumos de água. Como
referido, o nível de actividade da refi -
naria em 2009 diminuiu face a 2008
No entanto, é importante salientar
que tanto no decorrer dos trabalhos da
construção das novas unidades, como
no plano de intervenção em tanques,
foram realizados diversos testes hi-
dráulicos que contribuíram signifi ca-
tivamente para o consumo global de
água, o que demonstra que, apesar do
acréscimo do consumo por nível de ac-
devido a razões de gestão estratégica,
o que em termos de normalização com
o nível de actividade se traduz num
aumento ligeiro deste indicador, como
evidenciado no gráfi co seguinte:
tividade, foi efectuado um esforço por
parte da refi naria para reduzir o consu-
mo de água.
Terá impacte ao nível da reutilização
de água o investimento de 2009 rela-
tivo à construção de um tanque para a
rede do Serviço de Incêndio, com água
tratada recuperada da ETAR.
Tanque de água bruta.
legenda
DESEMPENHO EM AMBIENTE
Consumo de energiaNo que concerne ao descritor
energia, é de destacar o consumo
de Resíduo Processual Combustível
(RPC) e gás (mistura de fuel gás
enriquecido com gás natural),
e o consumo de electricidade.
Os gráfi cos ao lado apresentam o
consumo destes combustíveis na re-
fi naria.
Na refi naria de Matosinhos, até 2008,
apenas se consumiam dois tipos de
combustíveis: Resíduo Processual de
Combustível (RPC) e fuel gás.
Com o intuito de melhorar o de-
sempenho ambiental da refinaria
no que diz respeito às emissões at-
mosféricas, em Setembro de 2008
foi introduzido um combustível mais
limpo na pool de Combustíveis da
refinaria: o gás natural. Em 2008,
o gás natural foi apenas consumido
nas caldeiras, sendo que a partir de
Março de 2009 a refinaria passou a
consumir uma mistura de fuel gás
enriquecido com gás natural.
Para efeitos comparativos pode-
mos dizer que o contributo do
consumo de gás natural em 2008
foi de 7.157 toneladas e que em
2009 o total de gás natural consu-
mido directamente nas caldeiras,
em Janeiro e Fevereiro, e a partir
de Março misturado com fuel gás,
foi de 29.612 toneladas.
No que respeita à electricidade, é de
referir que, em função dos regimes
de excedente ou carência, a refi na-
ria vende ou adquire electricidade da
rede. O gráfi co ao lado apresenta a
electricidade produzida e consumida.
Consumo de resíduo processual combustível (103 t)
2005
226
2006
224
2007
211
2008
218
2009
158
Decréscimo de 27%no consumo de RPC
Consumo de gás (103 t)
2005
121
2006
104
2007
99
2008
141
2009
134
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DESEMPENHO EM AMBIENTE
Óxidos de EnxofreO gráfi co seguinte apresenta as emissões absolutas de óxidos de enxofre, repre-
sentadas com base no equivalente em dióxido de enxofre, SO2.
O gráfi co seguinte normaliza as emissões absolutas com base no nível de
actividade:
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS Neste capítulo apresentam-se as emissões atmosféricas dos poluentes com relevância em termos de qualidade do ar ambiente.
DE FORMA A REDUZIR
AS EMISSÕES DE SO2,
A REFINARIA TEM
DESENVOLVIDO ESFORÇOS
CUJO IMPACTE É NOTÓRIO.
Emissões de SO2 (103 t)
2005
9,536
2006
9,751
2007
9,889
2008
5,960
2009
4,055
Decréscimo de 60%nas emissões totais de
SO2 de 2007 para 2009.
Emissões de SO2 por nível de actividade (kg/t)
2005
2,301
2006
2,411
2007
2,591
2008
1,226
2009
0,994
Decréscimo de 62%nas emissões de SO2 por
nível de actividade de 2007 para 2009.
O enxofre é um componente natural
do crude e durante o processo de refi -
nação é possível recuperar parte deste
elemento, e outra parte é inevitavel-
mente emitida para a atmosfera ou
retida nos produtos refi nados.
De forma a reduzir as emissões de SO2,
a refi naria tem desenvolvido esforços
cujo impacte é notório mediante a ob-
servação dos dois gráfi cos anteriores.
Por um lado, a introdução de gás natu-
ral no portfólio de combustíveis usados
e o aumento do consumo de fuel gás,
contribui incontestavelmente para a
redução das emissões. Por outro lado,
é também visível a tendência consis-
tente de redução do teor de enxofre
do RPC, facto que infere igualmente
nas emissões de SO2:
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Acresce ainda que a refi naria de Ma-
tosinhos possui uma unidade de recu-
peração de enxofre (Unidade Claus).
O desempenho desta unidade está
É de notar um acréscimo do Enxofre recuperado por carga tratada.
patente no gráfi co seguinte, onde se
apresenta o enxofre elementar recupe-
rado, atenuado às emissões atmosféri-
cas e ao teor de enxofre nos produtos.
Óxidos de AzotoO gráfi co seguinte apresenta as emissões absolutas de óxidos de azoto:
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Também relativamente às emissões de
NOx se verifi ca o esforço realizado pela
refi naria de Matosinhos no sentido da
melhoria contínua do seu desempenho
ambiental, facto determinado pelo su-
perior consumo de gás face ao RPC.
Partículas totais
O gráfi co seguinte apresenta os valores da emissão de partículas totais no período em estudo:
O gráfico seguinte permite avaliar a emissão específica de partículas na refinaria de Matosinhos:
No gráfi co seguinte apresenta-se as emissões de NOx por nível de actividade:
A REFINARIA REDUZIU
AS EMISSÕES DE SO2, NO
X
E PARTÍCULAS.
Emissões de NOx por nível de actividade (kg/t)
Decréscimo de 27% nas emissões NO
x por nível de actividade
de 2007 para 2009.
2005
0,629
2006
0,608
2007
0,609
2008
0,543
2009
0,447
Emissões de partículas por nível de actividade (kg/t)
Redução de 63% das emissões de partículas por nível de actividade
de 2007 para 2009.
2005
0,144
2006
0,142
2007
0,143
2008
0,088
2009
0,053
Mais uma vez se verifi ca que a qualidade dos combustíveis queimados e bem as-sim o consumo privilegiado de combus-tíveis mais limpos, como o gás, foi deter-minante para a redução das emissões.
Neste caso, a redução do consumo de
Resíduo Processual Combustível contri-buiu para a melhoria deste indicador.
Simultaneamente, o alinhamento com as melhores técnicas disponíveis, como a insta-lação de um precipitador electrostático, con-tribuiu adicionalmente para esta redução.
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SDESEMPENHO EM AMBIENTE
Encontramo-nos no segundo ano do
segundo período de cumprimento do
Plano Nacional de Atribuição de Li-
cenças de Emissão, PNALE II – 2008-
-2012. A variação registada ao nível
do número de Licenças de Emissão de
2007 para 2008 não espelha a redu-
ção generalizada a todos os sectores
das Licenças atribuídas, uma vez que
a partir de 2008 passou a incluir-se
A refi naria de Matosinhos realiza campa-
nhas de monitorização de COV’s cujas me-
dições têm como objectivo minimizar as
emissões destes compostos. Nestas cam-
panhas determina--se a emissão total de
COV’s resultante da actividade da refi naria
considerando as emissões fugitivas dos
equipamentos processuais e as emissões
difusas dos diferentes órgãos da Estação
de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).
Para a quantifi cação das emissões fugitivas
foi utilizada a norma europeia EN15446:
2008. Até 2008, era utilizado o método
a Fábrica de Aromáticos no plafond
conjunto.
O aumento do consumo de gás em
detrimento do consumo de Resíduo
Processual Combustível, com teor de
carbono mais elevado, e a redução do
nível de actividade em 2009 foram os
principais factores a contribuir para a
redução das emissões de CO2.
21 equivalente, da Agência Americana de
Protecção do Ambiente (EPA). Para a esti-
mativa das emissões difusas da ETAR foi
utilizado o programa Water9 da EPA.
Através de um software informático
da EPA (Tanks), atendendo às carac-
terísticas meteorológicas locais e às
especifi cações técnicas dos tanques,
características dos produtos armazena-
dos e respectivas movimentações, são
determinadas e controladas as emissões
difusas de COV’s da armazenagem.
Dióxido de Carbono
Emissões de Compostos Orgânicos Voláteis
As emissões de Compostos Orgânicos Voláteis - COV’s da refi naria de
Matosinhos têm origem em várias fontes: armazenagem de produtos,
processo (incluindo a rede de drenagem) e tratamento de efl uentes.
O gráfi co seguinte apresenta as emissões de CO2 decorrentes da actividade da refi naria
de Matosinhos e ilustra o cumprimento do plafond de emissão atribuído em 2009:
O AUMENTO DO CONSUMO
DE GÁS EM DETRIMENTO
DO CONSUMO DE RESÍDUO
PROCESSUAL
COMBUSTÍVEL, COM TEOR
DE CARBONO MAIS
ELEVADO, E A REDUÇÃO
DO NÍVEL DE ACTIVIDADE
EM 2009 FORAM
OS PRINCIPAIS
FACTORES A CONTRIBUIR
PARA A REDUÇÃO
DAS EMISSÕES DE CO2.
Emissões de CO2 (103 t)
2005
1.155,93
2006
941,21
2007
842,97
9521.098
2008
1.121,77
2009
887,86
Licenças de Emissão
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DESEMPENHO EM AMBIENTE
A refi naria de Matosinhos realiza
monitorização em contínuo de
SO2, NO
x e partículas em algumas
fontes fi xas. Não obstante,
ao abrigo da Licença Ambiental,
a monitorização em contínuo é
obrigatória somente nas fornalhas
de processo alimentadas a RPC
e gás.
Os gráfi cos ao lado apresentam para
os poluentes SO2, NO
x e partículas, os
resultados, no período em análise, do
autocontrolo para as três fontes fi xas
referidas.
Da análise dos gráfi cos ao lado é visível
o comprometimento da instalação em
reduzir o impacte da sua actividade e
garantir uma integração sustentada na
envolvente.
É de notar que, desde 2008, as
Grandes Instalações de Combustão
(GIC’s) estão sujeitas a um plafond
mássico, definido pelo Plano Nacio-
nal de Redução de Emissão (PNRE).
No gráfico ao lado é possível visua-
lizar a evolução das emissões más-
sicas nos dois últimos anos, tendo-
-se em 2009 recuperado o desvio
registado em 2008.
Monitorização em contínuo
Chaminés da refi naria de Matosinhos.
Emissões das Gic's (t)
S02
Partículas
3.385
Nox
896
100
Plafonds 2008 2009
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SDESEMPENHO EM AMBIENTE
• Instalação de uma Unidade Claus para
minimizar as emissões de SO2, em 1998;
• Redução do teor de enxofre do RPC
(esforço concertado a partir de 1998,
altura em que o teor de enxofre ron-
dava os 4%);
• Instalação de precipitador electrostá-
tico, nas caldeiras G e H, para redu-
ção das partículas emitidas na Fábri-
ca de Utilidades;
• Introdução de gás natural no portfó-
lio de combustíveis consumidos;
• Substituição dos equipamentos que
utilizam como agente refrigerante
substâncias que empobrecem a ca-
mada de ozono;
• Optimização energética da refi naria,
mediante a realização de investi-
mentos que permitem a redução dos
consumos de combustível e aumen-
to da efi ciência, o que incorre na re-
dução das emissões específi cas;
• Instalação de queimadores de baixo
NOx, em algumas fornalhas de pro-
cesso, alinhados com as Melhores
Técnicas Disponíveis;
• Instalação de queimadores de baixo
NOx, em caldeiras, na fabrica de Uti-
lidades, alinhados com as Melhores
Técnicas Disponíveis;
• Redução do consumo de RPC privile-
giando-se o consumo de combustí-
veis mais limpos como o gás;
• Instalação de equipamentos de mo-
nitorização das emissões atmosféri-
cas mais modernos e com ranges de
medição ajustadas que permite um
controlo on line das emissões, ante-
cipando upsets nas fontes e conse-
quentes intervenções de prevenção.
Mais particularmente, de forma a mini-
mizar as emissões de COV’s, a refi naria
de Matosinhos tem vindo a implementar
várias acções, das quais se destacam:
• Adaptação dos tanques de armaze-
nagem às Melhores Técnicas Dispo-
níveis (MTD’s), através da instalação
de duplas selagens nos tanques de
Petróleo Bruto e Gasolinas com tec-
tos fl utuantes;
• Montagem de empanques duplos em al-
gumas bombas, adaptando-as às MTD’s;
• Instalação de sample coolers fechados
(para amostragem de produto), de
acordo com o preconizado nas BREF’S;
• Instalação de uma unidade de recu-
peração de vapores (Vapour Reco-
very Unit, VRU);
• Programa LDAR (Leak Detection And
Repair) – programa de detecção e
reparação de fugas;
• Substituição de queimadores em fornalhas;
• Substituição dos pilotos da Flare;
• Plano de intervenção em tanques, ini-
ciado em 2007, que permitiu, através
Impacte na qualidade do ar
Para além dos grandes projectos com motivações e repercussões
ambientais já mencionados, ainda com o intuito de melhoria da qualidade
do ar ambiente, a refi naria tem implementado várias medidas, resultado
dos recentes investimentos, dos quais se destacam:
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DESEMPENHO EM AMBIENTE
A PRODUÇÃO
DE EFLUENTES É INERENTE
À ACTIVIDADE, MAS
FORTEMENTE
INFLUENCIADA
PELAS CONDIÇÕES
METEOROLÓGICAS.
de diversas acções de requalifi cação,
criar condições para a minimização
de emissões de COV’s e prevenir po-
tenciais impactes da actividade nos
solos e águas subterrâneas.
Em Abril de 2009, e com a preocupa-
ção de contribuir para a melhoria da
qualidade do ar na envolvente, a refi -
naria de Matosinhos assinou um proto-
colo com a Comissão de Coordenação
e Desenvolvimento Regional do Nor-
te onde se comprometeu a contribuir
para a efectiva redução dos níveis de
partículas na Região Norte, mais con-
cretamente, no sector da indústria.
Produção de águas residuais
A produção de efl uentes é inerente à
actividade, mas é fortemente infl uen-
ciada pelas condições meteorológicas
que se fazem sentir, sendo os efl uen-
tes pluviais das zonas processuais e da
armazenagem, recolhidos e encami-
nhados para tratamento na ETAR da re-
fi naria. Com efeito, existem fortes osci-
lações sazonais ao nível dos efl uentes
produzidos. Os últimos meses de 2009,
em particular, foram de forte pluviosi-
dade. Apresenta-se o gráfi co seguinte,
que para 2009 relaciona a produção de
efl uentes com a pluviosidade média
ocorrida na região da refi naria de Ma-
tosinhos [dados de 2009 do Instituto
de Meteorologia]. Note-se que a pro-
dução de efl uentes decorre igualmente
de aspectos intrínsecos da actividade,
pelo que a relação é mais clara quan-
do a precipitação é mais signifi cativa.
Por outro lado, quando a precipitação
é reduzida, perde ascendência sobre o
indicador, sendo a carga tratada o prin-
cipal factor a infl uenciar a produção de
efl uentes.
EFLUENTES LÍQUIDOS
300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
500
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
Efluentes produzidos
Relação entre os efluentes produzidos e precipitação média na região da refinaria
Efluentes produzidos (m3) Pluviosidade média (mm)
Pluviosidade média
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
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SDESEMPENHO EM AMBIENTE
A evolução ao longo dos últimos anos na produção de efl uentes líquidos está
patente no gráfi co seguinte:
O gráfi co seguinte, por sua vez, normaliza a produção de efl uentes com base no
nível de actividade:
Monitorização da qualidade dos efl uentes líquidos
A refi naria de Matosinhos dispõe de uma ETAR. A sua Licença Ambiental
defi ne os valores limite de descarga e a frequência de amostragem para
cada poluente. Os gráfi cos seguintes apresentam a concentração dos
poluentes descarregados no meio hídrico, demonstrando o cumprimento
dos requisitos patentes na Licença Ambiental.
Começa por se apresentar o gráfi co relativo ao pH do efl uente descarregado:
A LICENÇA AMBIENTAL
DE REFINARIA DEFINE
OS VALORES LIMITE
DE DESCARGA DOS
EFLUENTES
E A FREQUÊNCIA
DE AMOSTRAGEM
PARA CADA POLUENTE.
Efluentes líquidos produzidos por nível de actividade (m3/t)
2005
0,38
2006
0,48
2007
0,64
2008
0,47
2009
0,42
Decréscimo de 34% produção de efluentes por nível de actividade
de 2007 para 2009
51
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10
8
6
4
2
0
Concentração Hidrocarbonetos rejeitados
Hidrocarbonetos rejeitados no efluente
Concentração do efluente em hidrocarbonetos (mg/l)
Hidrocarbonetos rejeitados por nível de actividade (g/t)
Hidrocarbonetos rejeitados por nível de actividade
Concentração limite definida na licença
2,89 2,86
3,84
10
1,74 2,10
20092005 200820072006
1,11 1,37
2,46
0,82 0,81
10
8
6
4
2
0
O gráfi co seguinte ilustra o desempenho da refi naria em relação aos hidrocar-
bonetos rejeitados.
No gráfi co seguinte apresenta-se a
concentração do efl uente descarre-
gado em termos de Óleos e Gorduras
(O&G), Sólidos Suspensos Totais (SST)
e Carência Bioquímica de Oxigénio a
cinco dias (CBO5), indicadores associa-
dos à presença de matéria orgânica no
efl uente.
Também no que respeita os fenóis e cianetos a refi naria tem cumprido o limite
defi nido pela Licença:
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SDESEMPENHO EM AMBIENTE
Por fi m, relativamente à concentração do efl uente em Ferro Total, apresenta-se
o gráfi co seguinte:
Estes indicadores de desempenho da
ETAR denotam uma melhoria consolida-
da, que decorre da adopção de medidas
de actuação ao nível operacional para
minimizar o impacte de alguns poluentes
nos processos de tratamento da ETAR.
Produção de resíduos
A refi naria de Matosinhos, consciente da sua responsabilidade na gestão do
impacte das suas actividades sobre o ambiente, desenvolve também esforços
no sentido de minimizar a produção de resíduos, numa abordagem
de melhoria contínua, a partir de adequada segregação de resíduos.
Apresenta-se a evolução da produção de resíduos atendendo à sua tipologia.
O gráfi co seguinte evidencia a evolução ao nível da produção de resíduos industriais:
RESÍDUOS
Concentração do efluente em ferro total (mg/l)
2005
1,02
2,00
2006
0,71
2007
0,78
2008
0,66
2009
0,31
Concentração do efluente em Ferro Limite da licença
Resíduos industriais produzidos (103 t)
2005 2006 2008 20092007
1,1
5,2 3,8
8,4 9,2
12,7
1,8
6,4 7,4
0,2
Resíduos industriais perigosos Resíduos industriais não perigosos
Aferindo a produção de resíduos com
base no nível de actividade, apresen-
ta-se o gráfi co ao lado.
Resíduos industriais produzidos por nível de actividade (kg/t)
2005 2006 2007 2008 2009
1,25
0,27
0,93
2,092,42
3,33
1,32
0,36
1,81
0,05
Resíduos industriais perigosos por nível de actividade
Resíduos industriais não perigosos por nível de actividade
Vista parcial sobre a ETAR.
53
DESEMPENHO EM AMBIENTE
A REFINARIA
DE MATOSINHOS
CONTINUA A APOSTAR NA
SENSIBILIZAÇÃO DE TODOS
OS COLABORADORES E
EMPREITEIROS, DE FORMA
A INCENTIVAR A REDUÇÃO
NA ORIGEM E A
AUMENTAR A SEGREGAÇÃO
DE RESÍDUOS.
Ao nível dos resíduos equiparados a urbanos, expõe-se o seguinte gráfi co:
579
0,0920,104
1.2631.996
0,091
0,139
1.134
381
0,050
2.000
1.500
1.000
500
0
0,160
0,140
0,120
0,100
0,080
0,060
0,040
0,020
0,000
Quantidade de materiais recuperados
Materiais recuperados (t)
Toneladas de materiais recuperados Toneladas de materiais recuperados por toneladade resíduos industriais produzidos
Materiais recuperados por quantidade de resíduos industriais produzidos
2005 2006 2007 2008 2009
O gráfi co seguinte ilustra a evolução da recuperação de materiais na refi naria. Este indi-
cador deve ser entendido na sua relação com a quantidade de resíduos produzidos.
Como se deduz da análise do gráfi co ante-
rior, o rácio entre os materiais recuperados e
os resíduos industriais produzidos não tem
necessariamente o mesmo andamento
que a quantidade de materiais recuperados.
Este rácio constitui, no entanto uma boa
medida da efi cácia a nível da recuperação
de materiais. Apesar disso, é conveniente
referir que a performance da refi naria re-
lativamente a este indicador está limitada
no que concerne à quantidade de resíduos
industriais passíveis de serem recuperados,
o que depende das empreitadas e das
actividades levadas a cabo. Com efeito, a
grande recuperação de materiais no ano de
2007, que provocou uma descontinuidade
no andamento do indicador, deveu-se à
paragem da Linha I da Fábrica de Combustí-
veis e da FAR, em 2006, e à Paragem Geral
de 2007, tendo sido produzidas elevadas
quantidades de sucata metálica decorrente
da substituição de equipamento.
Parque de resíduos.
Impacte decorrente da produção de resíduos
Por forma a minimizar os impactes
decorrentes da produção de resíduos,
a refi naria de Matosinhos continua a
apostar na sensibilização de todos os
colaboradores e empreiteiros, de forma
a incentivar a redução na origem e a
aumentar a segregação de resíduos.
Os objectivos defi nidos pela refi naria
de Matosinhos, no âmbito do seu Pla-
no de Gestão de Resíduos, foram atin-
gidos por via da adopção das seguintes
medidas:
• Eliminação do passivo existente; DA
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• Reformulação do Parque de Armaze-
nagem Temporária;
• Levantamento dos materiais contendo
amianto;
• Dotação de contentores adequados à
tipologia de resíduos;
• Inclusão nos contratos de empreitadas de
cláusulas relativas à gestão de resíduos;
• Gestão por tipo de resíduos do trans-
porte e destino fi nal de acordo com a
legislação aplicável;
• Medidas conducentes à minimização
de resíduos.
Por outro lado, a refi naria de Matosi-
nhos tem implementado boas práticas
quanto à deposição e acondicionamen-
to temporário dos resíduos produzidos,
das quais se destacam:
• Parque de resíduos coberto, imper-
meabilizado e sistema de drenagem
ligado à ETAR;
• Existência de contentores adequados
ao tipo de resíduo acondicionado (ta-
manho e estado físico);
• Existência de rotulagem adequada dos
contentores/tambores que acondicio-
nam os resíduos;
• Melhoria da segregação e identifi ca-
ção por código LER;
• Caracterização das fi leiras de resíduos
produzidos na refi naria (armazena-
mento segregado);
• Garantia de que o período de armazenagem
não é superior ao necessário à grupagem;
• Sensibilização e formação em boas
práticas para a Gestão de Resíduos.
SOLOS E RECURSOS HÍDRICOSA proactividade da refi naria de Matosinhos relativamente à qualidade dos solos
e águas subterrâneas decorre da consciência do risco inerente à actividade.
DESEMPENHO EM AMBIENTE
A REFINARIA
DE MATOSINHOS
TEM IMPLEMENTADO BOAS
PRÁTICAS QUANTO
À DEPOSIÇÃO
E ACONDICIONAMENTO
TEMPORÁRIO
DOS RESÍDUOS
PRODUZIDOS.
O gráfi co seguinte evidencia a disposição
das áreas da refi naria dedicadas às novas
unidades e à central de cogeração:
Impermeabilização de novas bacias.
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Como decorre da observação do grá-
fi co anterior, a refi naria tem demons-
trado preocupação e forte empenha-
mento na protecção do solo e das
águas subterrâneas, privilegiando a
impermeabilização das superfícies
das áreas dedicadas à central de co-
geração e novas unidades do Projec-
to de Conversão.
De forma a monitorizar a qualidade
da água subterrânea, a refi naria de
DESEMPENHO EM AMBIENTE
DE FORMA A MONITORIZAR
A QUALIDADE DE ÁGUA
SUBTERRÂNEA,
A REFINARIA
DE MATOSINHOS
DISPÕE DE UMA VASTA
REDE DE PIEZÓMETROS.
Matosinhos é dotada de 55 piezó-
metros compostos por caixas de dre-
nagem curtas e em contacto com as
unidades hidrogeológicas, adequados
para garantir a representatividade na
amostragem de água subterrânea.
Semestralmente, utilizando essas es-
truturas, é realizada uma monitoriza-
ção das águas subterrâneas na área
da refi naria. A fi gura seguinte ilustra
a disposição dos piezómetros na re-
fi naria.
Em 2009 foi iniciado um estudo que
consistiu na realização de análises
quantitativas de risco para a saúde
humana e ambiente relativamente à
qualidade dos solos e das águas sub-
terrâneas. Para tal, foram realizadas
sondagens para recolha de amostras
de solo a várias profundidades, e
instalados 14 novos piezómetros, de
forma a completar o conhecimento
das características hidrogeológicas
e da qualidade do aquífero.
O estudo teve em consideração a
presença de potenciais receptores
humanos e ambientais na envol-
vente, presentes e presumíveis no
futuro, e atendeu às eventuais vias
de exposição e mecanismos de mo-
bilização dos poluentes presentes no
solo e água subterrânea. O trabalho
será concluído no início do ano de
2010.
08PRETENDE-SE ALCANÇAR UMA CULTURA SUSTENTÁVEL DE PREVENÇÃO BASEADA NUMA GESTÃO DE SSA DE ELEVADO DESEMPENHO!
VENHA CONHECER OS RESULTADOS DESTES ESFORÇOS!
DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE
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SINISTRALIDADE
A Segurança é um valor fundamental a promover e a preservar, na estratégia e actividade da refi naria de Matosinhos, transformando-o no compromisso de todos os colaboradores e prestadores de serviço.
Para repercutir esse valor na Organiza-
ção e nos parceiros que trabalham com
a refi naria, tem-se verifi cado um forte
compromisso de gestão. Assume-se
este valor não só como factor de di-
ferenciação mas também como factor
decisivo, sendo uma condição prévia
para operar e refl ectindo-se na ema-
nação de normas/procedimentos de
SSA e na implementação de medidas
de prevenção e/ou mitigação.
Num percurso para a Excelência, a refi -
naria tem vindo a monitorizar continu-
adamente o seu desempenho, sendo a
meta alcançar os Zero Acidentes, quer
sejam acidentes pessoais, materiais,
ambientais, operacionais ou rodoviá-
rios, quer em colaboradores próprios
quer, ainda, em prestadores de serviço.
O gráfi co seguinte apresenta o número
de acidentes pessoais por tipologia.
No ano de 2009, verifi ca-se que o nú-
mero de acidentes pessoais com cola-
boradores próprios da refi naria diminuiu
relativamente ao ano anterior, princi-
palmente o número de acidentes com
baixa e primeiros socorros, resultado do
esforço realizado pela refi naria de Ma-
tosinhos no sentido da prevenção.
Numa perspectiva de melhoria contínua
e de cada vez maior exigência e rigor no
reporte de ocorrências, o gráfi co seguinte,
apresenta não só o número de acidentes
pessoais com colaboradores próprios mas
a inclusão de acidentes pessoais ocorri-
dos com prestadores de serviço.
A REFINARIA TEM VINDO
A MONITORIZAR
CONTINUADAMENTE
O SEU DESEMPENHO,
SENDO A META ALCANÇAR
OS ZERO ACIDENTES.
DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE
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DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE
O gráfico em baixo evidencia a evo-
lução do Índice de Frequência (IF:
número de acidentes/ milhão de
horas trabalhadas) de acidentes
pessoais com baixa de colabora-
dores próprios, na continuidade do
esforço de alinhamento com as me-
lhores práticas internacionais ao ní-
vel da comunicação de indicadores
de desempenho.
Da análise do gráfi co acima, verifi ca-se
um decréscimo do IF, principalmente
devido à diminuição do número de aci-
dentes com baixa. Comparando o valor
de 1,35 apresentado, com a referência
do sector Europeu – Concawe, cujo o
IF(1) (2008) foi de 1,50 (próprios e refi -
nação), apresentamo-nos abaixo deste
IF, fruto do trabalho de sensibilização e
formação desenvolvido este ano com
maior intensidade.
Considerando não só os colaboradores
próprios mas também apresentando o
IF dos acidentes com baixa global agre-
gado (próprios e prestadores de servi-
ço), apresentamos um valor de 1,31.
Este último constitui o IF de referência
da refi naria de Matosinhos e traduz a
visão da Galp Energia relativamente à
sua responsabilidade e infl uência no
que respeita à sinistralidade de presta-
dores de serviço.
O gráfi co em baixo apresenta a Taxa de
Gravidade de acidentes com baixa de cola-
boradores próprios (número dias totais per-
didos/número de acidentes com baixa).
(1) – European downstream oil industry safety performance - Statistical summary of reported incidents – 2008; Prepared for the CONCAWE Safety Management Group by: A. Burton (Awaken Consulting) and K.H. den Haan (Technical Coordinator).
VERIFICOU-SE UM
DECRÉSCIMO DO ÍNDICE
DE FREQUÊNCIA
DE ACIDENTES COM BAIXA,
FRUTO DO TRABALHO
DE SENSIBILIZAÇÃO
E FORMAÇÃO
DESENVOLVIDO.
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SDESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE
O decréscimo deveu-se à diminui-
ção do número de acidentes com
baixa verificada. Se se contabilizar a
estatística relativa a prestadores de
serviço o valor da taxa de gravidade
diminui para 54.
Por outro lado, a norma de proce-
dimento da Galp Energia referente
à Comunicação e Investigação de
Incidentes estabelece critérios para
a classificação, investigação, aná-
lise, documentação e divulgação de
acidentes, doenças profi ssionais, qua-
se acidentes e não conformidades de
SSA crítico(a)s e/ou sistemático(a)s,
bem como o acompanhamento das
acções para minimizar riscos e evi-
tar a sua recorrência, ocorrência si-
milar ou da mesma natureza, com o
intuito de controlar ou eliminar as
causas identificadas.
No ano de 2009, foram comunica-
dos e investigados os acidentes pes-
soais, materiais e ambientais, que
constam da figura ao lado, com a
classificação consoante a gravidade
crescente de 1 a 4. É de realçar que
se incluem acidentes com prestado-
res de serviço.
O gráfico seguinte ilustra a percen-
tagem total dos acidentes por tipo
de danos ocorridos na refinaria.
A classificação do acidente atende
à maior gravidade relativamente a
várias tipologias. É de realçar que
todos estes acidentes foram devida-
mente investigados pela refinaria,
que implementou eficazmente me-
didas correctivas de modo a assegu-
rar a sua não repetição.
MEDICINA DO TRABALHOA Medicina do Trabalho desenvolve uma actividade proactiva na promoção e preservação da saúde dos colaboradores de modo a identifi car eventuais problemas de saúde ocupacional, agindo e reagindo de forma a proporcionar os melhores diagnósticos e cuidados médicos.
O gráfi co seguinte ilustra o número de
exames médicos realizados na refi naria
de Matosinhos durante o período 2005 a
2009. Estes exames médicos incluem os
exames de admissão, realizados aquando
a admissão de novos colaboradores, em
que são avaliadas as suas capacidades
físicas e mentais para o desempenho da
FORAM COMUNICADOS
E INVESTIGADOS TODOS
OS ACIDENTES PESSOAIS,
MATERIAIS E AMBIENTAIS.
Acidentes Totais (pessoais, materiais, ambientais) (n.º)
Classe 1Classe 2
Classe 3Classe 4
51
Acidentes Totais
4
0
10
Ambientais
Acidentes pessoais, materiais, ambientais (%)
46%
17%
37%
Materiais Pessoais
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Posto médico.
DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE
Exames médicos realizados (n.º)
2005 2006 2008 20092007
1.561
1.3651.455
34
865
263
696
255
21
Exames totais Exames ocasionais Exames periódicos Exames de admissão
função para que são contratados; os exa-
mes periódicos realizados na refi naria; e
os exames ocasionais (por iniciativa médi-
ca, e por pedido do trabalhador).
De realçar que nestes dois últimos anos
esta informação já se encontra repor-
tada de forma desagregada. Também
com o objectivo de identifi car situações
que ponham em risco a saúde dos co-
laboradores, os serviços da Medicina do
PREVENÇÃO E MITIGAÇÃO DE RISCOS
Avaliação da exposição ocupacional aos agentes químicos
Ao abrigo do Decreto-lei n.º 290/2001 de 16 de Novembro, relativo
à protecção da segurança e saúde dos trabalhadores contra os riscos
ligados à exposição a agentes químicos no local de trabalho, a refi naria
de Matosinhos realiza anualmente a avaliação da exposição ocupacional
aos agentes químicos.
Esta iniciativa, de obrigatoriedade le-
gal, permite avaliar em que grau exis-
te risco de exposição dos trabalhado-
res aos produtos químicos, permitindo
acompanhar em que medida ao longo
do tempo se verifi cam alterações nas
medições realizadas.
Os valores limite de exposição ocupacio-
nal utilizados são os estabelecidos pela
Trabalho realizam com frequência visi-
tas aos postos de trabalho e às fábricas,
procurando implementar medidas que
minimizem os riscos a que estão sujei-
tos os trabalhadores.
Na sequência de todos os esforços
desenvolvidos, não se registou, no
período em análise, qualquer caso de
doença profi ssional nos trabalhadores
da refi naria de Matosinhos.
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Ruído
A medição do ruído industrial foi mais uma das actividades desenvolvidas
no âmbito da higiene ocupacional, no ano de 2009, pelos técnicos de
segurança da refi naria de Matosinhos.
ACGIH (American Conference of Govern-
mental Industrial Hygienist) de 2009 e
legislação vigente, quando aplicável.
Na campanha de 2009 avaliaram-se
cerca de 18 produtos químicos, ao
nível das diferentes unidades proces-
suais, tendo sido o estudo extensível
aos três turnos de trabalho. Esta ac-
tividade, subcontratada, utiliza como
metodologia de medição o emprego
de bombas de amostragem pessoais,
colocadas perto das vias respiratórias
(zona de respiração) que recolhem o ar
durante o período de trabalho do cola-
borador, em tubos de carvão activado.
Todas as análises são realizadas de
acordo com os métodos National Ins-
titute Ocupational safety and Heath
(NIOSH) e Occupational Safety and
Health Administartion (OSHA), em la-
boratórios acreditados.
Em resultado das medições efectuadas
a refi naria põe em prática medidas de
carácter organizacional e técnico, pro-
movendo a vigilância médica dos tra-
balhadores, e garantindo a formação
e o treino dos seus colaboradores.
A nível técnico, as unidades proces-
suais já se encontram equipadas com
tecnologias que garantem maior es-
tanquicidade dos produtos manipu-
lados reduzindo o risco de exposição
aos agentes químicos. A esse nível
destaca-se, por exemplo, os empan-
ques duplos em bombas, os sistemas
de amostragem em circuito fechado,
os circuitos de drenagem em sistema
fechado, a selagem dupla ao nível dos
tanques de petróleo bruto, entre ou-
tras medidas.
Ao nível da adopção de medidas de
protecção individual, os colaboradores
possuem equipamentos de protecção
individual bem como detectores pes-
soais de gás sulfídrico e aparelhos de
protecção respiratória isolantes e autó-
nomos, entre outras medidas.
A informação extraída destas campa-
nhas permite obter um maior conheci-
mento dos postos de trabalho, fruto de
uma análise sustentada e consistente,
realizada ao longo dos anos.
Destes estudos resulta um Plano de
Acções Correctivas, que, entre outros
aspectos, considera:
• Adopção de novas tecnologias (MTD´s);
• Indução de práticas Adequadas;
• Organização dos postos de trabalho;
• Formação na utilização de Equipamen-
tos de Protecção Individual (EPI´s) e
• Articulação com a medicina do Trabalho.
A REFINARIA SINALIZA
TODOS OS LOCAIS ONDE
EXISTE RISCO E EXPOSIÇÃO
AO RUÍDO.
Linha de enchimento da fábrica de Lubrifi cantes.
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Para a medição do nível sonoro é utiliza-
do o sonómetro. Este equipamento for-
nece uma medição objectiva e reprodutí-
vel do nível do som, sendo sujeito a uma
calibração anual, e uma verifi cação antes
e depois de cada série de medições, com
recurso de um calibrador acústico.
No que concerne à medição, esta é
desenvolvida de acordo com os proce-
dimentos constantes da legislação apli-
cável, permitindo determinar a exposi-
ção pessoal diária de um trabalhador
ao ruído, bem como o nível de pressão
sonora de pico a que o colaborador se
encontra exposto. Com esta informação
elaboram-se os mapas e as fi chas de
exposição individual ao ruído. Os docu-
mentos são posteriormente assinados
pelos responsáveis das instalações e
pelo colaborador respectivo.
Complementarmente a refi naria de
Matosinhos, entre outras medidas:
• Informa todos os trabalhadores so-
bre os ricos potenciais da exposição
ao ruído e os resultados das ava-
liações pessoais de cada trabalha-
dor, não descuidando das medidas
a adoptar ou já adoptadas para con-
trolo da exposição;
• Reduz ao nível mais baixo possível
a exposição dos trabalhadores duran-
te o tempo de trabalho considerando
sempre o progresso técnico;
• Realiza manutenção periódica dos
seus equipamentos;
• Dota os trabalhadores de equipamen-
tos de protecção individual;
• Sinaliza os locais onde existe risco
e exposição ao ruído:
• Promove a vigilância médica e audio-
métrica dos trabalhadores expostos.
DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE
A REFINARIA
DE MATOSINHOS REALIZOU
UMA CAMPANHA PARA
A AVALIAÇÃO
DA QUALIDADE DO AR
INTERIOR.
Avaliação da qualidade do ar interior
É essencial avaliar os níveis de concentração de substâncias nocivas
existentes no ar dos locais de trabalho, de modo a que não sejam
ultrapassados os valores limites defi nidos em legislação específi ca. Para
tal, no âmbito da higiene ocupacional foi desenvolvida no ano de 2009, ao
abrigo do Decreto-lei n.º 76/2006, de 4 de Abril, mais uma campanha que
pretendeu levar a cabo este objectivo.
Foi avaliada a qualidade do ar no inte-
rior dos seguintes edifícios:
• Salas de controlo;
• Edifícios manutenção;
• Armazém geral;
• Instalações do Parque da Boa Nova;
• Instalações do Terminal de Leixões;
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Verifi cou-se um acréscimo do número de
exercícios de simulação realizados de for-
ma a reforçar a capacidade e competên-
cia para lidar com situações de emergên-
cia. Considerou-se um elevado número
de cenários defi nidos no Plano de Emer-
gência Interno (PEI) com vista a preparar
os elementos envolvidos contribuindo
para uma efi caz preparação e resposta
adequada a eventuais emergências.
Ainda que constem deste capítulo, os
exercícios de simulação incidem igual-
mente em cenários de risco para o
ambiente. Na sequência destes exer-
cícios e sua avaliação, é elaborado um
relatório de forma a identifi car as limi-
tações e oportunidades de melhoria.
Exercícios de simulação
Em 2009 realizaram-se 10 exercícios de simulação com consequente avaliação.
DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE
NOS EXERCÍCIOS
DE SIMULAÇÃO
CONSIDEROU-SE
UM ELEVADO NÚMERO
DE CENÁRIOS DEFINIDOS
NOS PLANOS
DE EMERGÊNCIA INTERNOS.
• Terminal Oceânico de Leixões;
• Laboratório.
Com este estudo determinou-se a con-
centração de:
• Partículas suspensas no ar;
• Dióxido de Carbono;
• Monóxido de Carbono;
• Compostos Orgânicos Voláteis;
• Formaldaeído.
A Analise Microbiológica do Ar (Fungos, Le-
gionella Pneumophila) e a caracterização do
ambiente térmico (temperatura e humida-
de relativa) foram também alvo de análise.
Este trabalho, subcontratado, compreen-
de visitas técnicas aos edifícios, reuniões
com os responsáveis das instalações,
análise documental e medição dos pa-
râmetros predefi nidos. Os dias para a
realização das medições são selecciona-
dos de modo que a ocupação dos locais
de estudo seja representativa de um dia
normal de trabalho.
As deficiências mais frequentes encontradas
ao nível da qualidade do ar interior devem-se:
• À ventilação inadequada (má distribuição);
• Contaminação interior (proveniente
do indivíduo e produtos utilizados);
• Contaminação exterior (quando o ar exte-
rior contaminado penetra nos edifícios);
• Contaminação biológica;
• Materiais de construção.
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Inspecções de segurança
Considerando a importância da garantia da segurança nas instalações da
refi naria de Matosinhos, é necessário regulamentar procedimentos de
inspecção de segurança às diversas áreas que constituem o complexo.
Deste modo, todos os anos os técnicos
de segurança da refi naria, de acordo
com um plano previamente estabe-
lecido no início de cada ano, realizam
aproximadamente 12 inspecções de
Segurança às instalações. Esta activi-
dade é suportada pelo procedimento
interno - NPI – RP - 302.20 – Inspec-
ções de Segurança.
Nesta actividade são analisados dife-
rentes descritores de âmbito bastan-
te diversifi cado, abordando-se desde
a temática do Sistema de Gestão de
Segurança na Prevenção de Acidentes
Graves (SGSPAG), ao abrigo do Decre-
to-lei n.º 254/2007 de 12 de Julho,
quer a aplicação dos critérios defi nidos
no Decreto-lei n.º 236/2003 de 22 de
Setembro (que transpõe para o direito
interno a Directiva n.º 1999/92/CE, de
16 de Dezembro, relativa às prescri-
ções mínimas destinadas a promover
a melhoria da protecção da segurança
e da saúde dos trabalhadores suscep-
tíveis de serem expostos a riscos deri-
vados de atmosferas explosivas).
O cumprimento das prescrições míni-
mas na prevenção dos riscos profi ssio-
nais e higiene nos estabelecimentos
industriais, matéria regulamentada pela
Portaria n.º 53/71 de 3 de Fevereiro e
pela Portaria n.º 702/80, de 22 de Se-
tembro, é também alvo de verifi cação
nestas visitas.
Faz igualmente parte integrante deste
trabalho a verifi cação da implementa-
ção das recomendações, resultantes
das visitas das companhias de segu-
ros, realizadas anualmente.
O objectivo desta iniciativa é sistematizar as
situações não conformes, bem como identi-
fi car os pontos onde é pertinente desenvol-
ver um nível de desempenho superior.
Este trabalho é realizado em colabora-
ção com o responsável de cada insta-
lação, do qual resultam constatações,
alvo de acompanhamento por parte da
Área de Segurança, cuja implementa-
ção tem que ser assegurada pela ins-
talação nos prazos pré-defi nidos.
DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE
O Programa de Observações Preventivas de Ambiente e Segurança (OPAS), tem vindo
a reforçar a necessidade de adopção de comportamentos e atitudes de SSA positivos,
permitindo verifi car em campo a sua compreensão, cumprimento de normas e a
consciencialização de preocupações ambientais, identifi car os pontos fracos nos
Sistemas de Gestão de SSA, identifi car e corrigir Não Conformidades/Práticas de
trabalho não seguras que possam gerar danos nas pessoas, ambiente ou património.
OPAS
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As OPAS são um método de observa-
ção de colaboradores próprios (da Galp
Energia) ou de terceiros (prestadores de
serviços) durante a realização das suas
actividades e consiste numa técnica de
abordagem positiva, com o propósito de
consciencializar e motivar para a SSA.
Na refi naria de Matosinhos durante o
ano de 2009, foram realizadas 1.143
horas de OPAS, efectuadas por traba-
lhadores Galp Energia credenciados,
com formação na ferramenta e objecti-
vos mensais defi nidos, de acordo com a
Norma de Procedimento Galp Energia.
Prevenção de acidentes graves envolvendo substâncias perigosas
A refi naria de Matosinhos (RM) está abrangida pela Directiva SEVESO,
transposta para o regime jurídico pelo Decreto-lei n.º 254/ 2007, de 12 de
Julho. Este regime defi ne os requisitos a observar na prevenção e controlo dos
perigos associados a acidentes graves que envolvam substâncias perigosas.
Em consequência desta Directiva, a re-
fi naria tem implementado um Sistema
de Gestão de Segurança na Prevenção
de Acidentes Graves (SGSPAG), o qual
contempla um conjunto sistémico de
processos, normas e procedimentos, que
cruzam transversalmente todas as activi-
dades realizadas no complexo industrial.
Dos vários processos auditados destacam-se:
• O recrutamento e formação de colabo-
radores;
• Acolhimento de prestadores de ser-
viços, preparação das actividades de
execução de trabalhos, condiciona-
dos à emissão de Autorização de Tra-
balho complementada com as Fichas
de avaliação e controlo de risco;
• Gestão de alterações que contem-
plam, não só os requisitos a observar
aquando de alterações nas instala-
ções, mas também quando se pro-
cede à mudança de local de trabalho
ou função de colaboradores, passando
pelas alterações do meio envolvente;
• Inspecção de equipamentos estáti-
cos baseada no risco (metodologia
RBI) e ensaios em reservatório sobre
pressão, de forma a garantir a inte-
gridade de todos os equipamentos;
• Inspecção e ensaio dos dispositivos
de seguranças processuais, de forma
a garantir que os processos se man-
têm em condições de operação, den-
tro dos valores de projecto;
• Resposta à emergência, garantido
que todos os meios, recursos e pro-
cedimentos, previstos no acciona-
mento do Plano de Emergência In-
terna (PEI), estão operacionais e são
periodicamente testados em exercí-
cios simulados e de treino.
A REFINARIA TEM
IMPLEMENTADO
UM SISTEMA DE GESTÃO
DE SEGURANÇA PARA
A PREVENÇÃO
DE ACIDENTES GRAVES.
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Desde 2007 que a Agência Portuguesa
do Ambiente (APA) estabeleceu como
requisito uma auditoria externa anual às
Instalações, tendo a Galp Energia assumi-
do que esta seria precedida de uma
auditoria interna, mas realizada por
entidade externa e habilitada, com o
propósito de elevar os patamares de
rigor, preparando deste modo a audi-
toria realizada pela APA.
O ANO DE 2009 MARCOU
UM AVANÇO SIGNIFICATIVO
DA CULTURA DE SSA
NA REFINARIA
DE MATOSINHOS.
PROGRAMA DE SEGURANÇAEstabelecida a Política de Segurança, Saúde e Ambiente (SSA) da Galp Energia, o Programa de Segurança (PSGE), tem vindo a desenvolver e implementar directrizes corporativas de SSA.
Para isso, tem-se enfatizado o reconhe-
cimento de SSA como um valor na Em-
presa, promovendo mudanças no com-
portamento de todos os colaboradores e
prestadores de serviço.
É de realçar a importância do compro-
misso visível da Gestão de Topo, fomen-
tando-se uma concepção de liderança
pelo exemplo. Outro aspecto fundamen-
tal deste compromisso tem sido a sua
adopção em cascata, partindo do Conse-
lho de Administração e passando por to-
dos os níveis de coordenação da Empre-
sa, estendendo-se ainda a prestadores
de serviços e demais parceiros.
A refi naria de Matosinhos, de forma a
promover a organização integrada, es-
tabeleceu uma Comissão de SSA lidera-
da pelo director da refi naria que reúne
periodicamente, com objectivo de efec-
tuar o acompanhamento da transposi-
ção e da execução dos procedimentos
corporativos na realidade da refi naria,
assim como a defi nição do seu plano de
implementação, incluindo formação e
responsabilidades dos intervenientes.
Por fi m, foram criados e estão em fun-
cionamento Sub-Comissões de SSA das
várias áreas da refi naria, assim como
grupos de excelência para desenvolver
temas específi cos, que permitirão al-
cançar os objectivos e metas traçadas.
Durante o ano de 2009, o PSGE pro-
moveu mais um conjunto de sessões
de sensibilização aos Gestores de 1ª
e 2ª Linha, onde também estiveram
presentes membros da direcção da
refi naria de Matosinhos. Estes eventos
tiveram como objectivo demonstrar a
importância e incentivar o Compromis-
so da direcção e da Linha Hierárquica
com o desempenho de SSA da Galp
Energia, ponto que constitui um dos
principais pilares da evolução cultural
de SSA de que necessita a Galp Energia
para cumprir a sua ambição expressa
de operar com ZERO ACIDENTES, quer
sejam acidentes pessoais, materiais,
ambientais, operacionais ou rodoviá-
rios.
Foram ainda efectuadas, no âmbi-
to do PSGE, uma série de formações
específi cas na área de SSA com o
objectivo de dotar os participantes,
nomeadamente trabalhadores da refi -
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naria de Matosinhos, de conhecimen-
tos e técnicas necessárias à imple-
mentação das directrizes corporativas
de SSA, designadamente:
• Análise Segurança da Tarefa (AST);
• Autorizações de Trabalho e Procedi-
mentos Prioritários (Trabalhos em Al-
tura, Espaços Confi nados, Escavações
e Controlo de Energias Perigosas);
• Observações Preventivas de Ambiente
e Segurança (OPAS);
• Investigação e Análise de Incidentes e
não Conformidades.
Para além destas formações, foram
ainda realizadas várias de sessões de
Coaching de OPAS e Investigação de
Incidentes aos colaboradores forma-
dos anteriormente, de forma a con-
solidar e uniformizar conceitos apren-
didos.
Neste sentido, o ano 2009 marcou
um avanço significativo da cultura
de SSA na refinaria de Matosinhos.
SEGURANÇA DE PRODUTOS
Dando seguimento ao trabalho efectu-
ado ao longo dos últimos anos, a re-
fi naria de Matosinhos prosseguiu em
2009 o seu comprometimento com as
tarefas necessárias ao efectivo cumpri-
mento do Regulamento.
As acções mais relevantes tiveram lugar
no âmbito da actualização de dados para
a elaboração das análises de risco, com
a quantifi cação da produção de todas as
substâncias intermédias e fi nais.
Para os dossiers de registo a submeter du-
rante o ano de 2010, o regulamento obriga
à caracterização das substâncias em termos
de composição e de identifi cação. Iniciou-
se assim a análise dos métodos de ensaio
preconizados pelas associações e consórcios
europeus em que a Galp Energia participa, de
forma a se atingir este objectivo. Foram assim
já efectuados alguns ensaios laboratoriais.
Prosseguiu-se ainda com o levantamen-
to fi nal das substâncias a registar, ana-
lisando-se os casos que são abrangidos
por outras legislações e que, nessa qua-
lidade, estarão isentos de registo.
Regulamento REACH
O regulamento REACH, relativo ao registo, avaliação, autorização e restrição
de substâncias químicas (REACH – Registration, Evaluation, Authorisation and
Restriction of Chemicals) entrou em vigor a 1 de Junho de 2007, com o intuito
de simplifi car e melhorar o quadro legislativo relativo às substâncias químicas
na União Europeia. Este regulamento vem, pois, colocar sobre a indústria uma
maior responsabilidade na gestão dos riscos que as substâncias químicas
podem representar para a saúde humana e para o ambiente.
DESEMPENHO EM SEGURANÇA E SAÚDE
Fichas de dados de segurança e instruções de manuseamento de produtos
A refi naria de Matosinhos dispõe de um conjunto diversifi cado de informação de
segurança relativa aos produtos que produz e utiliza. Essa informação abrange
os perigos dos produtos, o modo de os manusear em segurança, e as medidas a
adoptar em caso de acidente em que os mesmos estejam envolvidos.
As Fichas de Dados de Segurança
(FDS’s) constituem uma das principais
fontes de informação sobre Seguran-
ça de produtos e são divulgadas pela
Empresa, através de um Sistema de
Informação de Ambiente, Qualidade
e Segurança. A informação referente
a estes documentos é actualizada,
sempre que necessário, de acordo
com uma Norma de Procedimento
Galp Energia.
Para facilitar o entendimento relativamen-
te aos perigos dos produtos em cada lo-
cal de trabalho, são elaboradas instruções
resumidas de manuseamento: Instruções
de Manuseamento de Produtos (IMP’s),
com base no conteúdo das FDS’s.
Uma Ficha de Dados de Segurança contém a seguinte informação:
• Identifi cação da substância/prepara-
ção da sociedade/empresa;
• Identifi cação dos perigos e primeiros
socorros;
• Composição e informação sobre os
componentes;
• Medidas de combate a incêndios e a
tomar em caso de fugas acidentais;
• Manuseamento e armazenagem;
• Controlo da exposição/protecção pessoal;
• Propriedades físicas e químicas;
• Estabilidade e reactividade;
• Informação toxicológica e ecológica;
• Considerações relativas à eliminação;
• Informações sobre regulamentação e
transporte;
• Outras informações.
Pipelines da refi naria.
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09A INTEGRAÇÃO HARMONIOSA DE ACTIVIDADE DA REFINARIA DE MATOSINHOS COM A COMUNIDADE É UMA PRIORIDADE PARA NÓS!
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RELAÇÃO COM A COMUNIDADE
RELAÇÃO COM A COMUNIDADEA refi naria de Matosinhos trata todas as reclamações recebidas, com a maior
brevidade possível. No período de 2005 a 2009, as situações particulares
que motivaram as reclamações foram prontamente corrigidas, não se tendo
verifi cado recorrência dessas mesmas situações. O quadro seguinte apresenta a
lista das reclamações e as acções tomadas no sentido de as resolver:
A REFINARIA
DE MATOSINHOS TRATA
TODAS AS RECLAMAÇÕES
RECEBIDAS COM A MAIOR
BREVIDADE POSSÍVEL.
ANO DESCRIÇÃO ACÇÃO
2005
“Cheiro incomodativo”Identifi cação da fonte. Foram imple-
mentadas medidas no sentido de diminuir ou mesmo eliminar a causa.
“Falta de corte da vegetação em terrenos da Galp Energia”
Efectuado contrato com empresa para cortar vegetação, em terrenos da
Galp Energia, 2 vezes por ano.
“Ruído nocturno (colocação em carga do colector de vapor de alta pressão da FAR)”
Operação deixou de ser realizada à noite.
2006
“Ruído nocturno provocado por martelos pneumáticos” (Trabalho de demolição nas condutas da chaminé,
durante a paragem geral para manutenção)
Operação deixou de ser realizada em período nocturno.
“Deposição de resíduos em terrenos da Galp Energia”Remoção dos resíduos e vedação dos
terrenos.
“Projecção de cinzas” (ruptura de linha)Efectuada visita ao local, foi explicada a ocorrência à população e efectuada
a reparação dos danos.
“Cheiro incomodativo”Identifi cação da fonte. Foram imple-
mentadas medidas no sentido de diminuir ou mesmo eliminar a causa.
2007
“Ruído nocturno (colocação em carga do colector de vapor de alta pressão da FAR)”
Foi explicado que o ruído era devido ao aquecimento do colector de vapor,
para colocação em serviço de um compressor, que tinha parado e era
urgente o seu arranque, e ainda, que a operação por norma só é realizada
em período diurno. Minimizado o tempo da operação.
“Descarga na Ribeira da Guarda”Inspecção dos drenos e eliminação
física da ligação à Ribeira.
“Cheiro incomodativo”Identifi cação da fonte. Foram imple-
mentadas medidas no sentido de diminuir ou mesmo eliminar a causa.
2008 “Contaminação na Ribeira Boa Nova junto à praia”
Recolha de amostra de água da ribeira, para análise; Recolha de
fotografi as;Colaboração com as entidades
presentes no local - GNR, Policia Ma-rítima, Câmara Municipal, Protecção
Civil, para identifi cação da origem da contaminação, externa à refi naria.
2009
“Ruído nocturno”
Defi nido protocolo de comunicação com a Protecção Civil no caso de
situações previsíveis de ocorrência de ruído. Defi nido procedimento interno de planeamento de trabalhos passí-
veis de gerar ruído apenas durante o período diurno e entardecer.
“Cheiro Incomodativo” Fonte não identifi cada.
“Mancha de contaminação na orla marítima”
Colaboração com as entidades presentes no local -, Policia Marítima,
Câmara Municipal, na recolha de testemunhos para identifi cação da
origem da contaminação, externa à refi naria.
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10MOSTRAMOS AGORA UM POUCO DE NÓS!
AS CARAS DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE DA REFINARIA
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AS CARAS DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE DA REFINARIAAinda que todos os colaboradores sejam responsáveis pela Segurança, Saúde e Ambiente enquanto valores intrínsecos da actividade, na refi naria de Matosinhos existem áreas específi cas para a gestão da Segurança, Saúde e Ambiente. Este é pois um espaço consagrado à apresentação destas pessoas, que diariamente trabalham para a prossecução de níveis de excelência no desempenho.
AS CARAS DE SEGURANÇA, SAÚDE E AMBIENTE DA REFINARIA
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11EM FAVOR DE UM REPORTE TRANSPARENTE, FIQUE A SABER UM POUCO MAIS DOS INDICADORES QUE APRESENTAMOS NO DATA BOOK DA REFINARIA DE MATOSINHOS!
GLOSSÁRIO
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SGLOSSÁRIO
TERMO DEFINIÇÃO UNIDADES
Acidentes AmbientaisContabiliza o número total de acidentes que causem prejuízos na envolven-te da refinaria incluindo o ar, a água, o solo, os recursos naturais, a flora, a fauna, os seres humanos e suas inter-relações.
Número de acidentes
Acidentes com 1º Socorro
Contabiliza o número total de acidentes de trabalho (excluindo acidentes in itinerae), que requeiram que o trabalhador seja assistido, mas não por um médico.
Número de acidentes
Acidentes com baixa
Contabiliza o número total de acidentes de trabalho (não inclui acidentes in itinerae), em que houve dias ou turnos em que o trabalhador não desempe-nhou as suas funções, devido a uma qualquer incapacidade de realizar o seu trabalho.
Número de acidentes
Acidentes com tratamento médico
Contabiliza o número total de acidentes de trabalho (excluindo acidentes in itinerae), que requeiram que o trabalhador seja assistido por um médico.
Número de acidentes
Acidentes pessoaisContabiliza o número total de acidentes sofrido pelo colaborador excluindo os in itinerae. Estão incluídos os acidentes envolvendo 1ºs socorros, casos de tratamento médico e acidentes com baixa.
Número de acidentes
Acidentes in itinerae
Representam os acidentes que ocorrem no trajecto normalmente utilizado pelo trabalhador, qualquer que seja a direcção na qual se desloca, entre o seu local de trabalho ou de formação ligado à sua actividade profissional e a sua residência principal ou secundária, o local onde toma normalmente as suas refeições ou o local onde recebe normalmente o seu salário, do qual resulta a morte ou lesões corporais.
Número de acidentes
Acidentes materiais
Contabiliza o número total de acidentes que causem prejuízos em bens mate-riais nomeadamente, património, equipamento, produto, produtividade, para-lisação da produção, coimas por não cumprimento da legislação ou despesas de outra natureza, relacionadas com o acidente ou com o acidentado.
Número de acidentes
Água consumida por nível de actividade
Este indicador é dado pelo quociente entre a água consumida (Ver “consumo de água”) e a carga tratada na refinaria. Representa o consumo específico de água.
Múltiplo de m3/t
Água reutilizadaRepresenta a quantidade de água tratada na ETAR da refinaria que é reapro-veitada na rede de água de incêndio e na rede de água de serviço.
Múltiplo de m3
Bolha de SO2
Representa a concentração de óxidos de enxofre, na forma de dióxido de enxofre, numa chaminé virtual, ponderando os diversos caudais e concen-trações das diversas fontes, bem como os seus teores de enxofre. A fórmula de cálculo foi aprovada pela Agência Portuguesa do Ambiente, e exclui as emissões resultantes da Unidade Claus e das Flares.
Miligrama por Normal m3 (mg/Nm3)
Carência Bioquímica de Oxigénio 5
Corresponde ao oxigénio consumido na degradação da matéria orgânica a uma temperatura média de 20ºC durante cinco dias, nos efluentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no laboratório da refinaria.
mg/l
Carga tratada (Nível de actividade)
A carga tratada é uma medida da intensidade produtiva e do nível de activi-dade da refinaria e é obtida a partir da quantidade, em massa, das matérias--primas e componentes processados, ponderada* por um factor de conversão em petróleo bruto equivalente. O factor de conversão depende do nível de tratamento a que as matérias-primas e os componentes são sujeitos.* Esta ponderação foi introduzida em 2008 por se entender representar melhor a carga tratada.
Múltiplo t
CianetosCorresponde à concentração de Cianetos, dos efluentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no laboratório da refinaria.
mg/l
Concentração de hidrocarbonetos rejeitados
Corresponde à concentração em hidrocarbonetos, dos efluentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no laboratório da refinaria.
mg/l
Consumo de água
Representa o consumo de água de processo das fábricas (captada no Rio Ave, esporadicamente no Rio Cávado), bem como a água para consumo humano, proveniente dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento, SMAS, de Matosinhos.
Múltiplo de m3
Consumo de fuel gásConsumo de fuel gás, para queima em GIC’s e fornalhas processuais. O con-sumo das Flares (somente o relativo aos pilotos, excluindo-se as quebras) é também incluído.
Múltiplo t
Consumo de gás natural Consumo de gás natural, para queima em GIC’s e fornalhas processuais. Múltiplo t
Consumo de RPCConsumo de Resíduo Processual Combustível (fuelóleo de consumo interno), para queima em GIC’s e fornalhas processuais.
Múltiplo t
Consumo de gásConsumo de mistura de fuel gás enriquecida com gás natural, para queima em GIC’s e fornalhas processuais.
Múltiplo t
Crude tratadoRepresenta a quantidade de petróleo bruto que é processado na refinaria, alimentando as unidades.
Múltiplo t
Custos
Totalizam as despesas operacionais relativas às operações relacionadas com cada uma das categorias ambientais (protecção do recurso água; gestão de resíduos; protecção de solos e águas subterrâneas; protecção do ar e clima) e de Segurança, Saúde e Higiene no Trabalho. A categorização é feita de acordo com o definido pelo Instituto Nacional de Estatística.
Múltiplo de €
Densidade APIUnidade de densidade de acordo com o indicador do American Institute of Petroleum (°API = (141,5/ peso específico a 60° F) - 131,5).
ºAPI
Doenças Profi ssionaisContabiliza as doenças causadas pela actividade exercida pelo trabalhador ou constantes da lista das doenças profissionais (Dec-Reg 12/80 e Decreto-lei nº 248/99).
Número de casos
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GLOSSÁRIO
Efl uentes líquidos por nível de actividade
Corresponde ao quociente entre os efl uentes líquidos produzidos, contabilizados de acordo com o exposto em “Efl uentes Líquidos produzidos” e a carga tratada.
m3/t
Efl uentes líquidos produzidos
Comporta o volume de águas residuais produzidas. Múltiplo de m3
Emissões de CO2 das
instalações no âmbito do PNALE
Representa o total de emissões de Dióxido de Carbono contabilizadas de acordo com o disposto no Título de Emissão de Gases com Efeito de Estufa.
Múltiplo t
Emissões de NOx
Representa as emissões de óxidos de azoto (óxido de azoto e dióxido de azoto), decorrentes da combustão de RPC, fuel gás e gás natural, nas GIC’s e em forna-lhas do Processo.
NOx = NO
x RPC + NO
x FG + NO
x GN
NOx RPC
(t) = ConsumoRPC
(t) x Femissão RPC
x PCIRPC
(TJ/t) x 10-3
NOx FG
(t) = ConsumoFG
(t) x Femissão FG
x PCIFG
(TJ/t) x 10-3
NOx GN
de acordo com “Air Pollutant Emission estimation methods for EPER and PRTR reporting by refi neries, Concawe, report número 3/07R:
NOx GN
= NOx térmico
+ NOx combustível
NOx térmico
(kg) = 10-3 x ConsumoGN
(t) x 1,11 x PCI (MJ/t) x FBase
x FH2
x FControl
x FPr
eheat x F
H2O x F
Load x F
Burn
NOx combustível
= 0 Porque a percentagem de azoto combustível do gás natural é
zero.
Aplicam-se as fórmulas do RPC e do FG às emissões da combustão, atendendo aos factores de emissão consoante os equipamentos de combustão tenham potência térmica superior ou inferior a 50 MWt:
A partir de 1 de Abril para as fontes fi xas com monitorização em contínuo, o cálculo das emissões passou a ser efectuado pelo Sistema Informação Ambiental Centralizada (SIAC).
Múltiplo t
Emissões de NOx por
nível de actividadeCorresponde ao quociente entre as emissões de NOx, contabilizadas de acordo com o exposto em “Emissões de NOx” e a carga tratada.
kg/t
Emissões de partículas
Representa as emissões de partículas totais (combustível não queimado, fuligem e incondensáveis em suspensão em correntes gasosas), decorrentes da combus-tão de RPC, gás natural e de fuel gás, nas GIC’s, em fornalhas do Processo e da FAR. As Emissões são determinadas de acordo com as fórmulas do Manual da EPA:
Emissões partículas = EmissõesRPC
+ EmissõesFG
+ EmissõesGN
EmissõesRPC
= ((9,19 x %SRPC
+ 3,22) + 1,5) x 0,1195 x ConsumoRPC
(t)
PRPC
(g/cm3)
EmissõesFG
= ConsumoFG
x 7,6 x 16
PFG
(g/cm3) x 106
E EmissõesGN
= ConsumoGN
x 7,6 x 16
PGN
(g/cm3) x 106
A partir de 1 de Abril para as fontes fi xas com monitorização em contínuo, o cálculo das emissões passou a ser efectuado pelo Sistema Informação Ambiental Centralizada (SIAC).
Múltiplo t
Emissões de partículas por carga tratada
Corresponde ao quociente entre as emissões de partículas, contabilizadas de acordo com o exposto em “Emissões de partículas” e a carga tratada.
kg/t
Unidades de Combustão Tipo de Combustível Factor de emissão (g/GJ)
Com potência térmica 50 MWt
RPC 180
Fuel gás 140
Com potência térmica 50 MWt
RPC 190
Fuel gás 140
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SGLOSSÁRIO
Emissões de SO2
Este indicador representa as emissões de dióxido de enxofre, decorrentes da combustão de RPC, nas GIC’s, em fornalhas do Processo e da FAR, e da unidade Claus. As emissões de combustão são calculadas com base na seguinte fórmula:
SO2 = SO
2 RPC (t) = Consumo
RPC (t) x % S
RPC x 0,02
% S RPC
representa o teor de Enxofre do RPC (Ver “Teor de Enxofre no RPC”). Não se consideram emissões de SO
2 do fuel gás nem do gás natural, uma vez que
estes têm teores de enxofre muito próximos do zero. A partir de 1 de Abril para as fontes fi xas com monitorização em contínuo, o cálculo das emissões passou a ser efectuado pelo Sistema Informação Ambiental Centralizada (SIAC).
Múltiplo t
Emissões de SO2 por
nível de actividadeCorresponde ao quociente entre as emissões de SO
2, contabilizadas de acordo
com o exposto em “Emissões de SO2” e a carga tratada.
kg/t
Energia eléctrica produzida
Representa a produção de energia eléctrica, medida nos contadores das caldeiras.Múltiplo de Tonelada
Equivalente de Petróleo (tep)
Enxofre recuperado
Representa em termos mássicos o enxofre recuperado na Unidade de recupera-ção de Enxofre. Este valor é determinado com base nos balanços de massa da refi naria, de acordo com a carga de H
2S na Unidade e a efi ciência de recuperação
da mesma.
t
Enxofre recuperado por carga tratada
É dado pelo quociente entre o enxofre recuperado, contabilizado de acordo com o exposto em “Enxofre Recuperado”, e a carga tratada.
kg/t
Equipamentos de fi m de linha
Instalações, equipamentos ou partes identifi cáveis de maquinaria, assim como construções, que funcionam no término do processo de produção, destinadas a tratar, prevenir ou medir a poluição.
Exames médicos
Contabiliza: o número de exames de admissão (exames médicos obrigatórios por ocasião da admissão de um trabalhador, com a fi nalidade constatar a capacidade física e psicológica do empregado para o exercício da função para que é contra-tado); o número de exames periódicos (realizados com a periodicidade prevista legalmente, consoante a faixa etária do trabalhador); o número de exames ocasionais (realizados por motivos específi cos, ou imposição/iniciativa médica, ou pedido do trabalhador). São considerados apenas trabalhadores da Petrogal.
Número de exames
FARRepresenta a Fábrica de Aromáticos, uma unidade da refi naria do Matosinhos destinada à produção de solventes e compostos aromáticos (tolueno, xileno e benzeno).
FenóisCorresponde à concentração de Fenóis, dos efl uentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no Laboratório da refi naria.
mg/l
Ferro TotalCorresponde à concentração total de Ferro, dos efl uentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no laboratório da refi naria.
mg/l
GIC’sGrandes Instalações de Combustão destinadas à produção de electricidade e vapor, com potência térmica superior a 50 MWt.
Hidrocarbonetos rejeitados por nível de actividade
Corresponde ao quociente entre a massa total de hidrocarbonetos rejeitados (determinada a partir das concentrações e volume de efl uente produzido) e a carga tratada.
g/t
Índice de frequência de acidentes (totais e com baixa)
Corresponde ao quociente entre o número de acidentes (totais e com baixa, respectivamente) e os milhões de horas trabalhadas. As horas trabalhadas cor-respondem ao somatório das horas anuais trabalhadas por cada colaborador.São considerados apenas trabalhadores da Petrogal.
Número de acidentes por milhão de horas
trabalhadas
Investimentos
Totalizam os montantes de investimento nas diversas categorias ambientais (protecção do recurso água; gestão de resíduos; protecção de solos e águas sub-terrâneas; protecção do ar e clima) e de Segurança, Saúde e Higiene no Trabalho. A categorização é feita de acordo com o defi nido pelo Instituto Nacional de Estatística.
Múltiplos de €
Nº de acções de formação em Ambiente e Segurança
Representa o nº total de diferentes formações externas em Ambiente e/ou Segurança frequentadas pelos colaboradores, tais como cursos, seminários e outras acções.
Número de acções
Nº de acções de formação ministradas em Segurança
Representa o nº total de sessões de formação em Segurança ministradas pelo departamento de Segurança a colaboradores e prestadores de serviço.
Número de acções
Nº de formandos em acções de formação ministradas pelo departamento de Segurança
Representa o nº total de formandos (colaboradores Petrogal e prestadores de serviço), que frequentou as acções de formação em Ambiente e Segurança ministradas pelo departamento de Segurança.
Número de formandos
Nº de formandos em acções de formação ministradas em Ambiente e Segurança
Representa o nº total de formandos Petrogal que frequentou as acções de forma-ção externa em Ambiente e Segurança.
Número de formandos
Óleos e GordurasCorresponde à concentração em Óleos e Gorduras, dos efl uentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no laboratório da refi naria.
mg/l
ph do efl uenteRefere-se ao potencial hidrogeniónico dos efl uentes descarregados na ETAR na refi naria, através de análises laboratoriais realizadas na mesma.
Escala de Sorensen
ProcessoEm Processo incluem-se as actividades fabris que envolvem consumos de com-bustível. Inclui-se sob esta designação as Flares e a unidade Claus.
Produção Representa a quantidade de cada tipo de produto que é produzido na refi naria. Múltiplo de t/produto
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Quantidade de materiais recuperados
Corresponde à quantidade de materiais enviados para valorização, como sucatas, embalagens, papel, plástico e óleos usados. Não inclui a Fábrica de Lubrifi cantes.
t
Resíduos industriais não perigosos produzidos
Representa a quantidade de resíduos industriais que não apresentam caracte-rísticas de perigosidade para a saúde e Ambiente, de acordo com a legislação aplicável e a Lista Europeia de Resíduos. Não se incluem materiais recuperados. Não inclui a Fábrica de Lubrifi cantes.
Múltiplo t
Resíduos industriaisperigosos produzidos
Representa a quantidade de resíduos industriais que apresentam características de perigosidade para a saúde e Ambiente, de acordo com a legislação aplicável e a Lista Europeia de Resíduos. Não inclui a Fábrica de Lubrifi cantes.
Resíduos industriais (perigosos ou não perigosos) produzidos por nível de actividade
Corresponde ao quociente entre a quantidade de resíduos industriais (perigosos ou não perigosos) e a carga tratada.
kg/t
Resíduos sólidos equiparados a urbanos
Corresponde à quantidade produzida de resíduos domésticos ou semelhantes, em razão da sua natureza ou composição.
t
Unidade Claus É a unidade associada à recuperação de Enxofre.
Sólidos Suspensos Totais
Corresponde à concentração de Sólidos Suspensos, dos efl uentes rejeitados, de acordo com análises laboratoriais realizadas no laboratório da refi naria.
mg/l
Taxa de GravidadeExpressa a gravidade dos acidentes com baixa na medida dos dias totais perdidos em função do número de acidentes com baixa.
Número de dias totais perdidos/número de acidentes com baixa
Tecnologias integradas
Equipamentos e/ou instalações ou partes de equipamentos e/ou instalações, tendo sofrido modifi cações no sentido da diminuição da poluição, integrados no processo de produção. Inclui-se estudos de análise integrada de soluções com vista à melhoria do desempenho ambiental.
Teor de Enxofre no RPCCorresponde ao valor percentual do teor de Enxofre no RPC. Este valor é deter-minado laboratorialmente, através de análises semanais a amostras compostas, constituindo o valor anual uma média dos valores médios mensais.
%
TERMO DEFINIÇÃO UNIDADES
12ASSIM DEMONSTRAMOS A CONFIANÇA QUE TEMOS NO REPORTE DO NOSSO DESEMPENHO. PORQUE APOSTAMOS NO RIGOR E NA QUALIDADE, CONTINUAMOS A MERECER UMA DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE.
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EDIÇÃO E REVISÃO DE TEXTO
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DATA BOOK DE SEGURANÇA,SAÚDE E AMBIENTE
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