Dieta e nutrição: o que sabem e não sabem os médicos do futuro · 2019. 6. 2. · FACULDADE DE...

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FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA – TRABALHO FINAL LEONARDO FILIPE NAPOLEÃO MARTINS Dieta e nutrição: o que sabem e não sabem os médicos do futuro ARTIGO CIENTÍFICO ÁREA CIENTÍFICA DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR Trabalho realizado sob a orientação de: DOUTORA INÊS ROSENDO PROFESSOR DOUTOR MANUEL TEIXEIRA MARQUES VERÍSSIMO JANEIRO/2017

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FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA – TRABALHO FINAL

LEONARDO FILIPE NAPOLEÃO MARTINS

Dieta e nutrição: o que sabem e não sabem os médicos do

futuro

ARTIGO CIENTÍFICO

ÁREA CIENTÍFICA DE MEDICINA GERAL E FAMILIAR

Trabalho realizado sob a orientação de:

DOUTORA INÊS ROSENDO

PROFESSOR DOUTOR MANUEL TEIXEIRA MARQUES VERÍSSIMO

JANEIRO/2017

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Índice Resumo ............................................................................................................................................... 3

Abstract .............................................................................................................................................. 4

Introdução .......................................................................................................................................... 5

Material e métodos ............................................................................................................................ 6

Tipo de estudo ................................................................................................................................ 6

Recolha de dados ........................................................................................................................... 6

Variáveis ......................................................................................................................................... 6

Tratamento estatístico ................................................................................................................... 7

Resultados .......................................................................................................................................... 8

Caracterização da população ....................................................................................................... 8

Caracterização das 2 amostras ..................................................................................................... 8

Avaliação da Normalidade ....................................................................................................... 8

Pontuações no QCN .................................................................................................................... 10

Discussão .......................................................................................................................................... 12

Conclusão ......................................................................................................................................... 14

Bibliografia ...................................................................................................................................... 15

Anexos .............................................................................................................................................. 18

Anexo 1 – Questionário de Conhecimentos Nutricionais – Versão reduzida nº 1 corrigido 18

Anexo 2 – Critérios de correcção do QNC ................................................................................ 23

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Resumo

Oito das dez principais causas de morte podem ser tratadas e/ou prevenidas por cuidados

nutricionais especializados e adequado. No entanto, e apesar do médico ser considerado por

grande parte da população uma das fontes mais credíveis para se obter informação na área

da nutrição, parte considerável da classe médica reconhece não ter conhecimentos

satisfatórios de Nutrição, em grande parte devido à dificuldade em adquirir conhecimentos

especificamente nessa área no decorrer do curso. Será que as Faculdades de Medicina estão

a fornecer formação suficiente a este nível e que os alunos de Medicina saem da Faculdade

com mais conhecimento nutricional do que aquele com que iniciaram o curso? Neste

estudo, foram testados os conhecimentos nutricionais dos alunos do 1º e 6º ano do

Mestrado Integrado em Medicina (MIM), através da aplicação do Questionário de

Conhecimentos Nutricionais (QCN), e avaliadas se as diferenças entre estes eram

significativas. Obteve-se uma amostra representativa da população em estudo (n=215).

Constatou-se que os alunos do 6º ano obtiveram, em média, pontuações mais elevadas do

que os do 1º ano (81,88% vs 69,85%; p<0,001) e que não houve diferenças estatisticamente

significativas entre as pontuações obtidas pelos homens e pelas mulheres (74,04% vs

75,63%; p=0,366). As faculdades de Medicina podem e devem repensar a formação

nutricional que fornecem aos seus estudantes pelo impacto que, no futuro, estes

conhecimentos irão ter na luta contra as principais doenças do século XXI.

Palavras-chave: Nutrição, estudantes de Medicina, Conhecimentos Nutricionais, Educação

Médica, Faculdades de Medicina

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Abstract

Eight out of the ten leading causes of death can be treated and/or prevented by means of

specialized and adequate nutritional care. However, and in spite of being considered by a

great majority of the population as one of the most trustworthy sources when it comes to

getting information in the field of Nutrition, a great part of physicians recognizes not

having satisfactory knowledge in this particular area, partly owing to the difficulty in

acquiring nutritional knowledge throughout their course. Are Medicine Faculties providing

suitable and enough formation when it comes to nutrition? Are Medicine students getting

out of college with more nutritional knowledge than when they began the course? In this

study, Nutritional knowledge was tested in first year and sixth year students of the master

degree in Medicine, by filling in the Nutritional Knowledge Questionnaire (NKQ), and it

was assessed if the differences between them were statistically significant. A representative

sample of the population in study was gathered (n=215). It was found that sixth year

students got, on average, higher scores than first year students (81,88% vs 69,85%;

p<0,001) and there was no significant difference between the scores men and women

achieved (74,04% vs 75,63%; p=0,366). Medicine Faculties ought to reconsider the

nutritional education they are providing their students due to the impact that, in the future,

these skills will have in the fight against the main diseases of the twenty-first century.

Keywords: Nutrition, Medicine students, Nutritional Knowledge, Medical Education,

Medicine Faculty

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Introdução

A nutrição é uma componente essencial dos cuidados de saúde. Nos EUA, 8 das 10

principais causas de morte em 2014 foram causadas por doenças crónicas, que poderiam ser

tratadas e/ou prevenidas por alterações do foro nutricional (1,2). As 2 principais, doença

cardiovascular (DCV) e cancro, foram responsáveis por 46% de todas as mortes. (3).

São vários os estudos internacionais que afirmam que a dieta e a actividade física

desempenham um papel ímpar na DCV– 7 dos 8 factores de risco que acarretam 61% das

mortes por DCV estão relacionados com a dieta e o exercício. (4) No caso do cancro, os

estudos afirmam que entre 20 a 33% de todas as mortes estão relacionadas com padrões de

dieta pouco saudáveis e com a falta de atividade física. (5,6)

Cada vez mais se espera que os médicos sejam um elo importante na educação nutricional

das populações, especialmente quando são considerados como uma das fontes mais

credíveis de informação dietética.(7) É reconhecido internacionalmente que os médicos não

têm conhecimentos suficiente de Nutrição. (8–10) Em Portugal, um estudo concluiu que os

próprios médicos consideravam uma obrigação saber fornecer conselhos dietéticos quando

necessário e que quase todos já o fizeram. A maioria considerou ser importante ter

conhecimentos de nutrição e 33,6% disseram mesmo ser indispensável. Porém, uma

proporção considerável (26,7%) considerou ter conhecimentos nutricionais limitados.(11)

Os médicos sabem a importância que a Nutrição tem na prevenção primária de doença, mas

estarão os estudantes de Medicina, como médicos do futuro, a obter os conhecimentos

necessários para não serem perpetuadores de maus hábitos alimentares na população que

vão assistir? Vários estudos apontam que as faculdades de Medicina não estão a fornecer

formação suficiente aos seus estudantes(12–14).

O objectivo desta tese é avaliar se os estudantes do curso do Mestrado Integrado em

Medicina (MIM) adquirem conhecimentos sobre nutrição no decorrer do curso, isto é, se há

diferenças entre os conhecimentos nutricionais de estudantes do primeiro ano e os dos

estudantes do último ano do curso do MIM.

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Material e métodos

Tipo de estudo

Foi realizado um estudo observacional, transversal e analítico, utilizando uma amostra da

população dos alunos do 1º e 6º ano do MIM.

Recolha de dados

Utilizou-se um questionário validado para avaliar o conhecimento nutricional de uma dada

população, o Questionário de Conhecimento Nutricional (QCN) (15) (anexo 1). Para

aumentar a taxa de participação, optou-se por fornecer a versão reduzida nº1 do QCN,

igualmente validada para avaliar conhecimentos nutricionais. Transcreveu-se o questionário

para formato online para um preenchimento mais cómodo dos participantes.

Posteriormente, o questionário foi partilhado em grupos fechados de alunos do 1º e 6º ano

de Medicina na rede social Facebook e através de comissões de curso de todas as

faculdades do país, para que o questionário chegasse ao maior número possível de

estudantes. O questionário esteve disponível para preenchimento durante um mês, desde o

dia 4 de Novembro a 4 de Dezembro de 2016. Para obter os resultados do questionário foi

utilizada a chave original de correcção (anexo 1 e anexo 2). Assim, cada aluno teve uma

nota em cada uma das partes que a versão reduzida do QCN avalia: recomendações

dietéticas (1ª parte – 6 pontos), fonte alimentar de todos os nutrientes (2ª parte – 34 pontos)

e relação da dieta com a doença (3ª parte – 10 pontos), assim como uma pontuação total

máxima de 50 pontos. Dividindo a pontuação obtida no QCN por quartis, a distribuição é a

seguinte: 1º quartil dos 0 aos 12 pontos, o 2º é dos 13 aos 24 pontos, o 3º dos 25 aos 37

pontos e o 4º dos 38 aos 50 pontos.

Variáveis

Foram estudadas as variáveis Sexo, Ano do MIM e Conhecimentos Nutricionais.

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Tratamento estatístico

Para análise da informação foi utilizado o programa de estatística SPSS ®, versão 23.

Dos questionários recolhidos, foram excluídas as respostas de pessoas que não fossem do 1º

ano ou 6º ano. Por falta de representatividade, foram ainda excluídas as respostas de alunos

que não estudassem na FMUC.

Foi realizada uma análise descritiva das variáveis Sexo e ano do MIM tendo sido obtida a

tabela de frequências. Para a variável Conhecimentos Nutricionais calculou-se a média, a

mediana e o desvio padrão (DP) em cada amostra. Para avaliar se a variável Conhecimentos

Nutricionais seguia uma distribuição normal, utilizou-se o Teste de Shapiro-Wilk e teve-se

em conta os valores da assimetria e curtose. De seguida realizou-se um teste de comparação

de médias de duas amostras independentes, o teste U de Mann-Whitney para comparar as

diferenças de conhecimentos nutricionais entre sexos e entre os alunos do 1º e 6º ano.

Considerou-se um nível de significância de 0,05.

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Resultados

Caracterização da população

Foi obtido um total de 290 questionários. Destes 290, foram excluídos os questionários que

não fossem de alunos do 1º ou 6º ano e que não fossem alunos da FMUC, o que resultou

numa amostra de 215 questionários. De seguida, dividiu-se a amostra em duas, uma sendo

constituída pelos alunos do 1º ano (n=118) e a outra pelos alunos do 6º ano (n=97).

Dos 215 participantes que constituíram a amostra, 48 (22,3%) eram do género masculino e

167 (77,7%) do género feminino.

Caracterização das 2 amostras

A tabela seguinte mostra as características das 2 amostras.

Avaliação da Normalidade

Ano Shapiro-Wilk

Estatística gl Sig.

Pontuação no QCN 1º ano 0,986 118 0,274

6º ano 0,970 97 0,025 Tabela 2 - Teste de Shapiro-Wilk

O Teste de Shapiro-Wilk (p>0,05 para o 1º ano; p<0,05 para o 6º ano) (tabela 2) e a

inspecção visual dos Q-Q plots (figura 1 e figura 2), dos gráficos de extremos e quartis

(figura 3) e dos histogramas (figura 4) demontraram que as pontuações no QCN, apesar de

seguirem uma distribuição normal no 1º ano, não seguiam uma distribuição normal no 6º

ano, com uma Assimetria = -0,311 (DP = 0,223) e Curtose = 0,252 (DP = 0,442) para o 1º

ano e uma Assimetria = -0,572 (DP = 0,245) e Curtose = 0,013 (DP = 0,485) para o 6º ano

(tabela 3).

1º ano 6º ano

Sex

o

Masculino 32 (26,8%) 16 (16,5%)

Feminino 86 (73,2%) 81 (83,5%)

Total 118 (100%) 97 (100%)

Tabela 1 - Distribuição da amostra por sexo e por ano

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z Ano

Pontuação Total no QCN 1º ano (n=118) 6º ano (n=97) p

Média ± DP 69,84% ± 9,78% 81,88% ± 9,25% <0,001

Assimetria ± DP -0,311±0,223 -0,572±0,245

Curtose ± DP 0,252±0,442 0,013±0,485 Tabela 3 - Estatística descritiva da pontuação nos diferentes anos - médias com desvio Padrão, assimetria e curtose

Figura 1 - Q-Q plot para o 1º ano Figura 2 - Q-Q plot para o 6º ano

Figura 3 - Gráficos de quartis e extremos para o 1º e 6º ano

Figura 4 -Histogramas com curvas de distribuição para o 1º e 6º ano

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Pontuações no QCN

Pode-se afirmar, com 95% de confiança, que as diferenças encontradas entre as pontuações

no QCN, tanto das suas partes, como no seu todo, do 1º e do 6º ano são estatisticamente

significativas, sendo que as pontuações do 6º ano são maiores do que as do 1º ano (tabela

4). Não se verifica uma diferença estatisticamente significativa entre as pontuações nos

diferentes sexos (tabela 5).

Distribuindo a pontuação obtida por quartis, a maioria dos estudantes ficaram incluídos no

4º Quartil (n=113; 52,6%). Depois, por ordem decrescente, no 3º Quartil (n=98; 45,6%), 2º

Quartil (n=4; 1,9%) e 1º Quartil (n=0; 0%).

Ano

Pontuação no QCN 1º ano (n=118) 6º ano (n=97) p

Parte 1 Média ± DP 71,47% ± 15,11% 76,12% ± 11,00% 0,018

IC 95% 68,71% a 74,22% 73,90% a 78,33%

Parte 2 Média ± DP 70,56% ± 11,89% 82,96% ± 10,73% <,001

IC 95% 68,40% a 72,73% 80,80% a 85,12%

Parte 3 Média ± DP 66,44% ± 15,05% 81,65% ± 15,99% <,001

IC 95% 63,70% a 68,18% 78,42% a 84,87%

Total Média ± DP 69,85% ± 9,78% 81,88% ± 9,25% <,001

IC 95% 68,06% a 71,63% 80,01% a 83,74%

n (%) n (%) Distribução da pontuação por quartis

1º Quartil 0 (0%) 0 (0%)

<,001 2º Quartil 4 (3,39%) 0 (0%)

3º Quartil 77 (65,25%) 21 (21,65%)

4º Quartil 37 (31,36%) 76 (78,35%)

Tabela 4- Pontuação média das respostas em cada uma das 3 partes do QCN por ano de curso e distribuição da

pontuação total no QCN por quartis

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Tabela 5- Pontuação média das respostas em cada uma das 3 partes do QCN por sexo e distribuição da pontuação

total no QCN por quartis

Sexo

Pontuação no QCN Masculino (n=48) Feminino (n=167) p

Parte 1 Média ± DP 68,75% ± 18,71% 74,95% ± 11,40% 0,082

IC 95% 63,32% a 74,18% 73,21% a 76,69%

Parte 2 Média ± DP 76,10% ± 12,35% 76,17% ± 13,13% 0,866

IC 95% 72,52% a 79,69% 74,17% a 78,18%

Parte 3 Média ± DP 70,21% ± 16,69% 74,19% ± 17,3% 0,133

IC 95% 65,36% a 75,06% 71,55% a 76,83%

Total Média ± DP 74,04% ± 11,25% 75,63% ± 11,27% 0,366

IC 95% 70,78% a 77,31% 73,91% a 77,35%

n (%) n (%) Distribução da pontuação por quartis

1º Quartil 0 (0%) 0 (0%)

1,000 2º Quartil 1 (2,08%) 3 (1,80%)

3º Quartil 22 (45,83%) 76 (45,51%)

4º Quartil 25 (52,08%) 88 (52,69%)

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Discussão

Tal como acontece no curso de Medicina, ambos os grupos obtidos são maioritariamente

compostos por mulheres. Obtiveram-se mais respostas no 1º ano do que no 6º ano. Apesar

da divulgação dos questionários em grupos de todas as faculdades de Medicina do país, só

se atingiu representatividade da população na FMUC e por isso optou-se por não incluir

outras faculdades no estudo. Esta maior proporção de resposta dos alunos de Coimbra

dever-se-á provavelmente ao facto do questionário ser feito por um estudante de Coimbra e

ter sido mais fácil divulgar entre estes. A falta de representatividade de outras faculdades,

poderia ser ultrapassada indo presencialmente a cada uma delas distribuir e recolher

questionários.

Em Portugal, um estudo realizado a estudantes do MIM da Faculdade de Medicina da

Universidade de Coimbra (FMUC) no ano lectivo de 2012/13, avaliou, entre outros

factores, os conhecimentos nutricionais de alunos do 1º e 6º anos(16). Os resultados desse

estudo não diferem, em termos gerais, do que foi encontrado no estudo actual: os alunos do

6º ano têm, em média, maior pontuação do que os do 1º ano.

Quanto aos quartis em que se inseriram houve, no entanto, algumas diferenças: os alunos

do 6º ano neste estudo tinham menos alunos colocados no 4º quartil (78,35% vs 90,7%).

Por outro lado, apenas 31,36% dos alunos do 1º ano estão neste estudo dentro do 4º quartil,

enquanto que nos alunos do ano lectivo de 2012/13, 53,8% estavam no 4º quartil. Podemos

pensar em algumas explicações para este facto: o questionário utilizado neste estudo, tendo

menos alíneas, valorizaria mais cada resposta errada; poderá ter havido menos eficiência no

ensino da Nutrição na FMUC; a autora do estudo anterior fez alterações à grelha de

correcção, enquanto que neste estudo foi utilizada a chave sem correcções adicionais, o que

pode ter diminuído as pontuações.

Apesar disto, no presente estudo apenas 1,9% dos estudantes estavam nos primeiros 2

quartis, enquanto que 11,6% da amostra do estudo de 2012/13 tinha obtido pontuações no

QCN abaixo de 50%, o que pode significar que os alunos presentes assimilaram melhor os

conhecimentos elementares.

Quando aplicado a estudantes de cursos que não de Medicina, as pontuações obtidas no

QCN foram mais baixas.(15)

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Não se verificaram diferenças estatisticamente significativas de conhecimentos nutricionais

entre o sexo masculino e o sexo feminino, apesar de ser bastante debatido na literatura

internacional qual o sexo que mais conhecimento nutricionais possui. Alguns estudos

afirmam haver diferenças entre os sexos(10), enquanto que outros rejeitam essa hipótese.

(15–17) No entanto, é de ressaltar que os vários estudos não utilizam os mesmos métodos

de avaliação dos conhecimentos e que por isso qualquer extrapolação estará dependente da

utilização de questionários validados universalmente.

Este estudo tem algumas limitações. Os resultados podem não ser generalizáveis a outras

populações de estudantes de Medicina, já que entre as várias faculdades os currículos

variam muito. Trata-se de um estudo transversal e não de um estudo longitudinal. Assim,

foram comparadas pessoas diferentes, que podem ter conhecimentos de base diferentes.

Idealmente, para avaliar a evolução nos conhecimentos, avaliar-se-ia as mesmas pessoas no

1º ano e depois no 6º ano; Como o preenchimento do questionário foi voluntário, é possível

que apenas os estudantes que tenham mais experiência em nutrição ou atitudes positivas em

relação a esta área, tenham participado neste estudo, sendo de esperar algum viés de

selecção. O QCN é um questionário que avalia conhecimentos nutricionais muito

abrangentes, podendo até ser considerado um questionário de cultura nutricional geral.

Possivelmente os resultados obtidos pelos estudantes de Medicina podem estar

sobrevalorizados, não sendo avaliados o tipo de conhecimentos necessários específicos para

um médico.

Ainda assim, teve como ponto positivo obter uma boa amostra tanto no 1º como 6º ano,

superior à do estudo anteriormente efetuado nesta população.(16) Por ter usado métodos

semelhantes, pode comparar-se com esse estudo anterior e reforçar os seus resultados em

relação a melhores conhecimentos no 6º ano em relação ao 1º ano, como estudo de

replicação (necessário para melhorar a solidez da evidência científica(18)) e mostrando

aparentemente uma melhoria ligeira nos conhecimentos básicos de nutrição em relação ao

ano de 2013. Como não temos conhecimento de alterações significativas desde essa altura

no ensino desta área, poderá dever-se a outros fatores. Como este ano foi introduzido um

novo módulo na cadeira de medicina geral e familiar no 5º ano nesta área, será interessante

replicar este estudo de novo no próximo ano para perceber as diferenças.

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Conclusão

Este estudo tinha como objectivo avaliar se havia uma evolução no conhecimento

nutricional nos estudantes do MIM enquanto médicos do futuro, na perspectiva de perceber

se as escolas médicas estavam a ensinar eficientemente Nutrição.

Efectivamente, os conhecimentos nutricionais melhoraram do 1º para o 6º ano no MIM na

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. As faculdades de Medicina podem e

devem repensar a formação nutricional que fornecem aos seus estudantes pelo impacto que,

no futuro, estes conhecimentos irão ter na luta contra as principais doenças do século XXI e

será interessante perceber se houve melhoria após as alterações no curriculum de Medicina

Geral e Familiar terem passado a englobar esta área.

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15. Almeida De Souza J. CONHECIMENTOS NUTRICIONAIS Reprodução e

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Validação do Questionário. 2009.

16. Miranda PRR de. Os conhecimentos nutricionais dos alunos do mestrado integrado

em Medicina da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e a sua

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Anexos

Anexo 1 – Questionário de Conhecimentos Nutricionais – Versão reduzida nº 1

corrigido

Questionário sobre nutrição

Olá colegas. Sou o Leonardo Napoleão, aluno do 6º ano do Mestrado Integrado em Medicina da FMUC. No âmbito da realização do meu Trabalho Final de Mestrado, estou a realizar um estudo sobre os conhecimentos nutricionais que os alunos de Medicina do 6º ano têm, comparando-os com os que os alunos do 1º ano apresentam (para avaliar o padrão de evolução). Peço, para isso, a colaboração dos estudantes de Medicina do 1º e 6º anos da FMUC do presente ano lectivo (2016/2017), através do preenchimento deste questionário. Demorará cerca de 10 minutos. Qualquer dúvida ou se quiserem posterior envio dos resultados, poderão solicitar para [email protected] *Obrigatório

Isto é um questionário, não um teste.

As tuas respostas ajudarão a identificar o que as pessoas sabem sobre conselhos de dietética e aquilo que acham confuso. É importante que respondas sozinho. As tuas respostas serão anónimas. Se não souberes uma resposta, deves escolher “Não tenho a certeza”. Por favor, não tentes adivinhar nem consultes o Dr. Google, para não enviesar os resultados. Muito obrigado pela tua atenção!

Os primeiros itens são sobre o que pensas que os especialistas aconselham. 1. Consideras que os especialistas de saúde recomendam que as pessoas comam mais, igual ou menos dos seguintes alimentos? * Escolhe uma opção por alimento Marcar apenas uma oval por linha.

Mais Igual Menos Não tenho a certeza

Legumes

Alimentos amiláceos/farináceos

Alimentos gordos

Alimentos ricos em fibra

Fruta

Alimentos salgados

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Os especialistas classificam os alimentos em grupos. Gostaríamos de saber se conheces os alimentos que pertencem a cada um dos grupos. 2.1. Acreditas que estes alimentos são ricos ou pobres em gordura? * Escolhe uma opção por alimento Marcar apenas uma oval por linha.

2.2. Consideras que os especialistas incluem estes alimentos no grupo dos alimentos amiláceos/farináceos? * Escolhe uma opção por alimento Marcar apenas uma oval por linha.

2.3. Achas que estes alimentos são ricos ou pobres em sal? * Escolhe uma opção por alimento Marcar apenas uma oval por linha.

2.4. Pensas que estes alimentos são ricos ou pobres em proteína? * Escolhe uma opção por alimento Marcar apenas uma oval por linha. Rico Pobre Não tenho a certeza

2.5. Acreditas que estes alimentos são ricos ou pobres em fibra dietética? * Escolhe uma opção por alimento Marcar apenas uma oval por linha.

Rico Pobre Não tenho a certeza

Massa

Feijão cozido

Fiambre

Mel

Croquete

Pão

Sim Não Não tenho a certeza

Queijo

Massa

Manteiga

Nozes

Arroz

Papas de cereais

Rico Pobre Não tenho a certeza

Salsicha

Massa

Atum enlatado

Legumes congelados

Queijo

Frango

Manteiga

Natas

Rico Pobre Não tenho a certeza

Ovos

Carne Vermelha

Brócolos

Frango

Feijão cozido

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2.6. Acreditas que estes alimentos são ricos ou pobres em gordura saturada? * Escolhe uma opção por alimento Marcar apenas uma oval por linha. Rico Pobre Não tenho a certeza

2.7. Pensas que os especialistas consideram estes alimentos como uma alternativa saudável à carne vermelha? * Escolhe uma opção por alimento Marcar apenas uma oval por linha.

2.8. Em tua opinião, há mais cálcio num copo de leite gordo do que num copo de leite magro. * Marcar apenas uma oval.

Concordo Discordo Não tenho a certeza

Esta secção é sobre problemas de saúde ou doenças.

3.1. Tens conhecimento de algum problema de saúde ou doença que estejam relacionados com a baixa ingestão de frutas e legumes? * (Doenças que existam, não são doenças que tu tenhas) Marcar apenas uma oval.

Sim Não Não tenho a certeza

3.1.1. Se sim, que doenças ou problemas de saúde achas que estão relacionados com a baixa ingestão de frutas e legumes?

3.2. Tens conhecimento de algum problema de saúde ou doença que estejam relacionados com a baixa ingestão de fibra? * (Doenças que existam, não são doenças que tu tenhas) Marcar apenas uma oval.

Sim Não Não tenho a certeza

3.2.1. Se sim, que doenças ou problemas de saúde pensas estarem relacionados com a baixa ingestão de fibra?

Sardinha

Azeite

Carne Vermelha

Sim Não Não tenho a certeza

Paté de fígado

Fiambre

Feijão cozido

Queijo Magro

Croquete

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3.3. Tens conhecimento de algum problema de saúde ou doença que estejam relacionados com a quantidade de sal ou sódio que as pessoas ingerem? * (Doenças que existam, não são doenças que tu tenhas) Marcar apenas uma oval.

Sim Não Não tenho a certeza

3.3.1 Se sim, que doenças ou problemas de saúde consideras estarem relacionados com a ingestão de sal?

3.4. Tens conhecimento de algum problema de saúde ou doença que estejam relacionados com a quantidade de gordura que as pessoas comem? * (Doenças que existam, não são doenças que tu tenhas) Marcar apenas uma oval.

Sim Não Não tenho a certeza

3.4.1. Se sim, que doenças ou problemas de saúde acreditas estarem relacionados com a ingestão de gordura?

3.5. Pensas que estes comportamentos ajudam a reduzir a probabilidade de vir a ter certos tipos de cancro? * Marcar apenas uma oval por linha.

3.6. Acreditas que estes comportamentos ajudam a prevenir doenças do coração? * Marcar apenas uma oval por linha.

3.7. Qual destes nutrientes mais contribui para aumentar os níveis de colesterol do sangue das pessoas? * Marcar apenas uma oval.

Antioxidantes Gorduras poliinsaturadas Gorduras saturadas Colesterol da dieta Não tenho a certeza

Sim Não Não tenho a certeza

Comer mais fibra

Comer menos açúcar

Comer menos fruta

Comer menos sal

Comer mais frutas e legumes Comer menos alimentos com conservantes/aditivos

Sim Não Não tenho a certeza

Comer mais fibra

Comer menos gordura saturada

Comer menos sal

Comer mais frutas e legumes Comer menos alimentos com conservantes/aditivos

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3.8. Já ouviste falar de vitaminas antioxidantes? * Marcar apenas uma oval.

Sim Não

3.9. Se respondeste SIM na questão 8, quais destas vitaminas acreditas que são antioxidantes? Marcar apenas uma oval por linha.

Finalmente, gostaríamos de colocar algumas questões sobre ti. Tu és do género masculino ou feminino? * Marcar apenas uma oval.

Masculino Feminino

Qual é a tua faculdade? * Marcar apenas uma oval.

FMUC FCSUBI FCMUNL FMUL FMUM FMUP ICBAS Outra:

Que ano estás a frequentar? * Marcar apenas uma oval.

1º ano 6º ano Outra:

Sim Não Não tenho a certeza

Vitamina A

Vitaminas do complexo B

Vitamina C

Vitamina D

Vitamina E

Vitamina K

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Anexo 2 – Critérios de correcção do QNC

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