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    MATERIAIS DE CONSTRUO MECNICA I (EM304)1 Semestre

    2005/06

    AOS

    1. Diagrama de Equilbrio das ligas Fe-C

    F. Jorge Lino Alves

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    SUMRIO

    1. O diagrama de equilbrio ferro - carbono

    1.1 Formas alotrpicas do ferro1.2 Solubilidade do carbono no ferro. Fases ricas em carbono: carbonetos

    de ferro e grafite. Diagrama estvel e metaestvel

    1.3 Linhas de temperatura crticas

    1.4 Definio de estruturas em arrefecimento lento das ligas Fe-C

    1.5 Mecanismos de endurecimento e efeitos nas propriedades mecnicasdo ao

    1.5.1. Controle da quantidade de carbonetos1.5.2. Controle dos elementos de liga

    1.5.3. Controle da velocidade de arrefecimento

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    O ao o metal mais utilizado por 2 razes:

    baixo custo

    excelentes propriedades mecnicas

    Os utilizadores de ao enfrentam em geral 2 questes

    fundamentais: escolha do ao

    tratamento do ao

    Para tirar o mximo partido dum ao, necessrio conhecer as suaspropriedades em funo da sua composio e as modificaesprovocadas pelos diversos tratamentos.

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    PRODUO DO AO

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    Produo do ao:

    A matria prima (minrio deferro ou sucata, dependendodo processo) convertida emao lquido.

    Processo com minrio deferro alto forno Processo com sucata forno de arco elctrico.

    O ao fundido vazado emcontnuo (ou em lingotes) produtos semi-acabados:

    brames - seco rectangularpara produtos em chapa.

    blooms - seco quadradapara perfis.

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    PelletsPellets

    Alto FornoAlto Forno

    CarvoCarvo

    ConversoresConversores Vazamento contnuoVazamento contnuo

    SlabsSlabs

    TransporteTransporte

    Laminagem quenteLaminagem quente

    Laminagem a FrioLaminagem a FrioRevestimentoRevestimento

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    Vazamento Contnuo

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    Linha de Laminagem a Quente

    Pr reduo

    1 enrolamento

    Linha de reduo final

    Linha de arrefecimento

    Enroladores

    Fornos de reaquecimento

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    Transporte Lule

    Aquecimentodos slabs

    Enrolador

    Recozimento

    Enrolamento

    Laminagem a Frio

    Decapagem

    Fluxo de Produo

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    Propriedades & Processos, ao HSLA/C-Mn

    Re=Strckgrns

    mnestemp

    Re=Strckgrns

    Deformation

    Re=Strckgrns

    Slutvalstemperatur

    Re=Strckgrns

    Kylningshastighet

    Re=Strckgrns

    Haspeltemperatur

    Slagseghet

    Temperatur

    CMn steelHSLA

    Roughing mill

    Coil-box

    ArefecimentoBobine

    Acabamento

    Yield Point Yield Point Yield Point Yield Point

    Temperature Deformation

    Yield Point Thoughness

    Slab Temp Final Rolling Temp Cooling Rate Coiling Temp

    Reaquecimento

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    Linha de Decapagem

    Armazem

    Soldadura

    Decapagem

    lavagem

    Secagem

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    Linha de laminado a quente

    1909

    2000

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    Linha de Laminagem a Quente

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    Distribuio da ProduoSSAB

    2002

    Laminado a quente1 285

    Laminado a Frio531

    Reves. Metal.328

    Prlacado

    209

    Total 2 353 kton

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    O ao obtm-se por afinao da gusa branca em cuja operao se reduz apercentagem de C de 3.5 a menos de 1%. Esta operao consisteessencialmente num conjunto de oxidaes parciais produzidas por:

    Aco de uma corrente de ar que atravessa a massa de gusa lquida(afinao por ar);

    Aco de um xido de Fe (minrio ou sucata) num forno de soleira(afinao por soleira) ou no forno elctrico (afinao elctrica).

    A eliminao do C realizada por uma oxidao em que o C se transforma

    em xido de C e em gs carbnico.

    A aco do O2 sente-se tambm sobre outros constituintes da gusa, tais comoo Mn, Si e o P, que tambm se oxidam e eliminam quer parcialmente quer

    completamente.

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    Por outro lado, tambm o Fe oxidado parcialmente, o que indesejvel por doismotivos:

    1. Reduz o rendimento da operao;

    2. A presena do FeO diminui as propriedades mecnicas do ao.

    Torna-se ento necessrio que aps as oxidaes parciais se realize uma reduo doFeO formado. neste perodo de reduo do FeO que se poder eliminar o S, cujocontedo se mantm praticamente inaltervel durante a oxidao.

    OXIDAO + REDUO AFINAO DA GUSA

    Oxidao Eliminao do C e O2 (Si, P, Mn)

    Reduo Qualidade do ao (adio de ferromangans, utiliza-se tambm o Si)

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    P Torna o ao quebradio no estado frio

    < 0.12%

    S Torna o ao quebradio no estado quente

    Controle do teor em Gases do ao O, N, H

    O Desoxidao

    N e H - Tratamento em vazio

    Aos sem liga

    Si < 0.5%

    Mn < 1.5%

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    O que um Ao ?

    uma liga Ferro-Carbnica cujo teor em Carbonovaria entre 0.03% e 2.06%, contendo Si, Mn, P e S.

    Pode possuir elementos de liga (aos ligados)variando o C entre aqueles limites.

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    Como Evitar ?

    ParagensParagensRejeieRejeiess

    AjustamentosAjustamentos

    AtrasosAtrasos

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    FERRO - AO

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    Ferro puro, ferrite, austenite

    O ferro puro apresenta 3variedades alotrpicasestveis em gamas de

    temperaturasdeterminadas:

    Ferro Ferro Ferro

    Pontos detransformao doferro; curva (t)

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    Ferro puro, ferrite, austenite

    Para alm dos fenmenos trmicos na mudana de estrutura cristalina, htambm variaes de volume.

    Variao do parmetro a da redecristalina do ferro em funo da

    temperatura

    Densidade do ferro em funo datemperatura

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    Ferro puro, ferrite, austenite

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    Ferro puro, ferrite, austenite

    Estrutura CCC

    a = 0,2866 nm

    Estvel para temp. < 911 C

    Solubilidade de C no Fe < 0,006%,

    temp. ambiente

    % de interstcios = 32%

    N total de tomos por malha = 2

    Os tomos de Fe tocam-se segundo asdiagonais de direco

    Cada tomo tem 8 vizinhos mais prximos

    Ferro , Ferrite

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    Ferro puro, ferrite, austenite

    Ferro , Austenite Estrutura CFC

    a = 0,3647 nm

    Estvel entre 911C e 1403C

    Solubilidade de C no Fe < 2,1%

    % de interstcios = 26%

    N total de tomos por malha = 4

    Estrutura muito deformvel

    Os tomos de Fe tocam-se segundo as direces

    Planos de mxima densidade atmica 111

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    Ferro puro, ferrite, austenite

    Vazios intersticiais na estrutura CFC

    Na austenite um espao octaedral pode acomodar um tomo com um raio de

    0,052 nm. Um vazio tetraedral acomoda um tomo de raio 0,028 nm (raio atmicodo C = 0,07 nm).

    Assim, na austenite os tomos de C localizam-se em vazios octadricos, os demaiores dimenses.

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    Ferro puro, ferrite, austenite

    Vazios intersticiais na estrutura CCC

    Na ferrite os espaos intersticiais so menores. Um vazio tetradrico aloja

    um tomo de raio 0,035 nm e um octadrico um tomo de raio 0,019 nm.Os espaos octadricos no so simtricos, pelo que a incluso de um tomo nesses locaisorigina deformaes de malha importantes. Mas os tomos de C inserem-se nos espaosoctadricos pois assim a energia do cristal no aumentar de forma acentuada: d-se uma

    deformao provocada pelo afastamento de apenas 2 tomos.

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    Diagramas de equilbrio

    O estado de equilbrio termodinmico das ligas metlicas estudado por intermdio do diagrama de equilbrio ou de

    fases. Excluindo o estado lquido, distingue-se 2 tipos defases:

    Solues slidas (insero e substituio)

    Compostos definidos (AxBy)

    cujos domnios de estabilidade so fornecidos pelodiagrama de equilbrio.

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    Diagramas de equilbrio

    A determinao dos diagramas de equilbrio pode ser feitapor exemplo poranlise trmica:

    O ajustamento da composio dos cristais composio dada pelo diagrama um problema de difuso para o qual preciso um longo tempo.

    Os diagramas sero vlidos, ento, apenas se o arrefecimento for feitomuito lentamente.

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    Diagramas de equilbrio

    Regras de interpretao e de leitura

    Domnios bifsicos:

    Regra dos segmentos inversos

    %1

    =NP

    MP100

    %2 =MN

    MP 100

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    Diagramas de equilbrio

    Estudo duma reaco eutctica

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    Diagramas de equilbrio

    Estudo dumareaco

    eutectide

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    Diagramas de equilbrio Fe-C

    Diagrama das ligas Fe-C (metaestvel)

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Esto presentes as seguintes fases:

    Ferrite : soluo slida de insero de carbono no ferro (solubilidade mxima 0,03% em massa a 723C). O ferro CCC.

    Ferrite : soluo slida de insero de carbono no ferro (solubilidade mxima 0,1% em massa a 1493C). O ferro CCC.

    Austenite : soluo slida de insero de carbono no ferro (solubilidade mxima 2,1% em massa a 1147C). O ferro CFC.

    Cementite ou carboneto de ferro Fe3C: a sua composiocorresponde a um teor de 6,67% em massa de carbono. Estecarboneto um composto intersticial de malha ortorrmbica..

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    Constituio

    dos aos

    Estado

    Recozido

    Estado

    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Recozido

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Ao Construo

    F10 (0.45% C)

    Estado Natural

    Ao Construo

    F10 (0.45% C)

    Estado Natural

    Ao Carbono Ferr.

    Combatente (0.55% C)

    Estado Natural

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Ao Rpido

    Ark Superior (0.75% C)

    Estado Recozido

    Ao ao C Ferr.

    Fagersta 20 (1.05% C)

    Estado Recozido

    Ao Ferr. Trabalho a Frio

    RL 200 (2.10% C)

    Estado Recozido

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Ao ao C

    Linhas de fluxo

    Ao Inoxidvel Austentico

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Ferro Fundido Cinzento

    Lamelar

    Ferro Fundido Nodular Ferro Branco

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Transformao eutectide perlticaExceptuando os aos com menos de 0,03%C, todas as ligas ferrosas contmem propores variveis o constituinte eutectide perlite.

    A perlite um agregado eutectide obtido pela transformao isotrmica daaustenite (E) segundo:

    (E') E'

    (S' 1 )+Fe3C

    Para a temperatura E, para todas as ligas tais que %C>0,03%, a austenitetem o mesmo teor em carbono (0,86%: E).

    A perlite um constituinte bifsico, cujas fraces mssicas so:

    massa Fe3C eut.

    massa perlite

    =0,86-0,03

    6,67-0,03

    = 0,13;massa eut.

    massa perlite

    = 0,87

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Transformao eutectide perltica

    O agregado em geral lamelar, formado por lamelas alternadas de Fe3C e de. A fase nucleante a cementite. A germinao recproca e faz-se a partirdas juntas de gro da fase -me: o crescimento cooperativo e faz-se semrelao cristalogrfica com a fase -me. Faz intervir a difuso do carbono.

    Com um tratamento trmico trmico apropriado possvel obter directamenteou a partir duma perlite lamelar uma perlite globular: formada por glbulos deFe3C numa matriz ferrtica estado menos duro e maisestado menos duro e mais deformveldeformvel.

    Parmetro importante

    EspaamentoInterlamelar.

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Transformao eutectide perltica

    Se a %C < 0.25 Tamanho de gro ferrtico condiciona E

    0.25 < %C < 0.8 Espao interlamelar condiciona E

    E = 2.18 (S-1/2) 0.40 (P-1/2) 2.88 (d-1/2) + 52.3 (MPa) (Krauss pag. 123)

    S Espao interlamelar mdio

    P Tamanho das colnias de perlite

    d Tamanho de gro austentico

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Influncia da veloc. arrefecimento nos pontos de transformao

    As transformaes no aquecimento e no arrefecimento so diferentes.

    Em geral a histerese no aquecimento pequena e Ac uma boaaproximao de Ae, enquanto Ar depende muito da velocidade dearrefecimento e pode afastar-se muito de Ae.

    Uma consequncia a impossibilidade de usar os valores numricos dodiagrama para determinar as fraces mssicas das fases formadas.

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Influncia da veloc. arrefecimento nos pontos de transformao

    A dilatometria absoluta ou diferencial permite a determinao da posio dospontos crticos. Na segunda tcnica compara-se em cada instante a dilatao

    dum provete do ao com um provete de referncia (pyros). A curva registada :

    prov. pyros( )= f() ( : dilatao)A interpretao destes registos baseia-se no facto da transformao se darcom uma contraco e inversamente com uma dilatao, e que

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Influncia da veloc. de arrefecimento sobre a microestrutura

    O diagrama de equilbrio permite determinar a natureza dos constituintes mas nopermite prever a morfologia que define a microestrutura do metal. Esta

    microestrutura que depende das condies de germinao e crescimento fixadapelas condies de arrefecimento.

    Caso dum ao com 0,4%C:

    i d ilb i C

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Influncia da veloc. de arrefecimento sobre a microestrutura

    O espao inter-lamelar, , na perlite, depende tambm da velocidade de

    arrefecimento, V; diminui com V (para aumentar a velocidade de difuso, oespao entre as lamelas reduz-se; a distncia que o C percorre para sedistribuir entre a ferrite e a cementite diminui).

    Em resumo: O aumento da velocidade de arrefecimento conduz a estruturas com mais

    perlite (aos hipo) e cada vez mais finas, tanto dos gros ferrticos (poligonaisequiaxiais poligonais irregulares aciculares) como da perlite o que se

    traduz num aumento da tenso limite de elasticidade.

    O controlo da velocidade de arrefecimento ento um meio de controlar amicroestrutura dos aos.

    Di d ilb i F C

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Relao entre a microestrutura e as propriedades mecnicas

    Os aos hipoeutectoides no ligados so as ligas ferrosas mais utilizadas. No

    estado ferrtico-perltico, fornecem as solues mais correntes em construometlica (pontes, vigas, chapas para carroaria,...)

    As propriedades mecnicas deste tipo de ao dependem de:

    Fraces mssicas, determinadas pelo diagrama de equilbrio,

    Parmetros microestruturais: tamanho de gro d da ferrite e espaointer-lamelar da perlite, que dependem da velocidade dearrefecimento a partir do estado austentico.

    Di d ilb i F C

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Relao entre a microestrutura e as propriedades mecnicas

    Caractersticas mecnicas dos constituintes dos aos no estado recozido

    Ferrite Perlite Cementiter (MPa) 300 850Dureza 80 HB 180 HB 700 a 800 HV

    A% 40 15

    Influncia dos parmetros microestruturais

    e Tenacidade ao choqueSe d Se

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    Diagrama de equilbrio Fe C

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Relao entre a microestrutura e as propriedades mecnicas

    Influncia da % de C sobre as caractersticas de traco

    Diagrama de equilbrio Fe C

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Relao entre a microestrutura e as propriedades mecnicas

    Influncia da % de C sobre as caractersticas de tenacidade

    ao choque

    Diagrama de equilbrio Fe C

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Relao entre a microestrutura e as propriedades mecnicas

    Influncia da microestrutura sobre as caractersticas de

    traco

    Diagrama de equilbrio Fe C

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    Diagrama de equilbrio Fe-C

    Relao entre a microestrutura e as propriedades mecnicas

    Influncia da microestrutura sobre as caractersticas de

    tenacidade ao choque

    Estruturas microgrficas que surgem com o aumento da Veloc (V)

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    Estruturas microgrficas que surgem com o aumento da Veloc. (V)

    Austenite Perlite grosseiraPerlite fina

    Perlite muito finaV

    Bainite superiorBainite inferior

    Martensite Sem difuso

    Transf. atrmica

    Com difuso Transf. isotrmicas

    Com o aumento de V, vo-se formando estruturas menos deacordo com o diagrama de equilbrio Fe-C

    Estruturas microgrficas que surgem com o aumento da Veloc (V)

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    Estruturas microgrficas que surgem com o aumento da Veloc. (V)

    Transformao baintica - Bainite superiorA ferrite forma-se em ripas, e carbonetos de ferro precipitam entre essas

    ripas paralelamente a estas. A presena inter-ripas dos carbonetosfrgeis d ms propriedades de tenacidade bainite superior.

    Ao 4360,

    transformado a495C ( 750)

    Microscopia electrnica Microscopia ptica

    B

    M

    Estruturas microgrficas que surgem com o aumento da Veloc (V)

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    Estruturas microgrficas que surgem com o aumento da Veloc. (V)

    Transformao baintica - Bainite inferiorA ferrite cada vez mais acicular. A difuso do C tambm se torna difcil. Asagulhas de ferrite esto sobre-saturadas em C. Os carbonetos de ferro precipitam no interior das agulhas sob a forma de pequenas placas muito finas,semi-coerentes com a matriz ferrtica. H um endurecimento por precipitaodando um bom compromisso entre o limite elstico e a tenacidade.

    Ao 4360,transformado

    a 300C(750)

    M

    B

    Microscopia electrnica

    Microscopia ptica

    Estruturas microgrficas que surgem com o aumento da Veloc. (V)

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    Estruturas microgrficas que surgem com o aumento da Veloc. (V)

    Transformao bainticaA dureza das estruturas bainticas dos aos resulta da combinao dos efeitos de:

    1. Finura do gro da ferrite baintica2. Elevado n e grande disperso de finos carbonetos3. Tenses internas resultantes da dilatao que acompanha quer a

    precipitao de ferrite quer a precipitao de carbonetos

    4. Elevada densidade de deslocaes relacionada com as tenses resultantesda transformao por corte e provavelmente com a prpria existncia doscarbonetos precipitados

    5. Carbono dissolvido na ferrite baintica (normalmente sobressaturada, em

    maior ou menor grau)A contribuio de cada um destes factores para a dureza final da bainitedepende, em larga medida da composio do ao, nomeadamente do seuteor em C e da temperatura de transformao.

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    s u u s c og c s que su ge co o u e o d Ve oc. (V)

    Ao de MolasRAM 208 (0.55%C)

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    g q g ( )

    Transformao MartensticaAo contrrio das transformaes vistas anteriormente, as transformaesmartensticas caracterizam-se por pura e simples ausncia de difuso (com

    um arrefecimento muito intenso, por ex. gua fria, suprime-se a movimentaoatmica.

    No caso dos aos, a possibilidade de endurecer o ao por transformaomartenstica sujeita a 2 condies indispensveis:

    Condio metalrgica:

    Existncia dum domnio austentico () Existncia da transformao ()

    Condio trmica:

    Possibilidade de arrefecer o ao a uma veloc. suficiente a partir do estadoaustentico de maneira a provocar a formao de constituintes fora de equilbrio,

    nomeadamente a martensite.

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    g q g ( )

    Transformao Martenstica

    A difuso no intervindo na transformaomartenstica, a martensite tem por

    conseguinte a mesma composio que aaustenite inicial (que pode ser diferente dado ao se a austenitizao for parcial).

    Em particular a martensite est

    sobressaturada em carbono em relao auma ferrite de equilbrio.

    A martensite tem uma estrutura cristalinaquadrtica ou tetragonal centrada na qualos tomos de carbono em insero ocupampreferencialmente os interstcios z. Arelao c/a da malha dependeessencialmente do teor em carbono.

    Malha de martensite tomo de C (interstcio z)

    A martensite um constituinte dedureza elevada.

    Esta dureza devida a uma fortedensidade de deslocaesassociada a um caso extremo de

    endurecimento por soluo slidade insero do carbono.

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    g q g ( )

    Transformao MartensticaA martensite obtida por corte complexo da rede de austenite, i.e., pormovimento cooperativo dos tomos todos numa certa direco de pequena

    distncia. Aparece escala microgrfica sob a forma de pequenas placas ou deagulhas.

    Os germes de corte soinduzidos pelas concentraeslocais de tenses.

    A formao duma agulha de

    martensite est associada auma micro-relevo

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    Transformao Martenstica

    Porqu que a martensite est cheiade deslocaes e maclas?

    A deformao da rede causa a rotaodo cristal inicial.

    No entanto a fase me que est voltaobriga a unidade de martensite aacomodar-se ou deformar-se demaneira a ficar dentro das fronteiras

    iniciais. Na fig. (c) a martensite deforma-se por

    deslizamento e na (d) por maclagem.Quanto maior for a % de C maior a

    deformao.

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    Transformao Martenstica

    Morfologia da martensite:

    %C>1: placa agulhas grandes e pequenas

    orientadas aleatoriamente visveis no microscpio ptico

    %C

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    Ao Moldes Plstico

    PM300 (0.33% C)

    Estado Tratado

    Ao Molas

    RAM 208 (0.55% C)

    Estado Tratado

    Ao Construo Ligado

    FR3 (0.34% C)

    Estado Tratado

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    Transformao MartensticaTemperaturas Ms e Mf

    A austenite comea a transformar-se em martensite a uma temperatura Ms(martensite start). A temperatura Mf (martensite finish) corresponde ao fim datransformao AM. Se a temperatura do banho i de tmpera tal queMs>i>Mf, a transformao martenstica incompleta. A austenite no

    transformada em martensite a austenite residual res.

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    Transformao Martenstica

    A dureza da martensitedepende principalmente doteor em carbono da austeniteque a origina.

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    Transformao Martenstica

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    Transformao Martenstica

    Para aos cujos teores em carbono e elementos de liga so suficientemente

    elevados, o ponto Mf encontra-se nitidamente abaixo da temperatura ambiente.Depois da tmpera pode ento haver uma quantidade de austenite residual maisou menos importante.

    A presena de res

    pode ter influncia sobre:

    Caractersticas mecnicas: diminuio de R, E, H Estabilidade dimensional: a transformao res M pode ter lugar por

    encruamento (ex: pista de rolamentos de um rolamento)

    Pode-se diminuir a percentagem de res por:

    Tratamento criognico (frio) volta de -80 at -120C (mais prximo de Mf),

    Revenido aps tmpera