Desenho de Construção Naval - Centro de Engenharia e ... · 3 Sumário • Aspectos gerais •...
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Desenho de Construção Naval
Manuel Ventura
Secção Autónoma de Engenharia Naval2006
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Arranjo Geral do Navio
Desenho de Construção Naval
Instituto Superior TécnicoSecção Autónoma de Engenharia Naval
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Sumário
• Aspectos gerais• Representação de tanques e porões• Numeração de tanques e porões• Arranjo da superstrutura• Arranjo de camarotes típicos• Representação simbólica de escadas
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Arranjo Geral
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Aspectos Gerais (1)
• Navio sempre representado com a proa para a direita• Navio representado em vista, ou em vista até à linha de água
carregada e em corte abaixo• Vãos de baliza
– Em todas as vistas é representada a linha base com a localização e numeração das balizas
– No perfil são representados os valores dos espaçamentos de baliza
• Perpendiculares de ré e de vante• Superstruturas e casota• Meios de salvação (baleeiras, jangadas, embarcação de
socorro)• Meios de amarração (guinchos, molinetes, cabeços, buzinas)
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Aspectos Gerais (2)
• Balaustradas, borda falsa, escadas exteriores, escada do portaló
• Mastros e faróis• Braçolas e tampas de escotilhas de carga• Desenho não cotado, com a excepção dos comprimentos dos
porões• Identificação das vistas• Identificação dos compartimentos da superstrutura• Identificação dos porões e tanques
– Numeração de vante para ré– Limites de tanques definidos por diagonais
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Aspectos Gerais (3)
• Simbologia– Meio-navio– Identificação da Linha Base– Identificação das Linhas de Centro
• Informação textual– Características principais
• Porte• Dimensões principais
– Sociedade Classificadora e Classificação do navio
Linha Centro
Linha Base
Meio-Navio
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Navio de Pesca
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Arranjo da Superstrutura
• Acessos (escadas e corredores)• Camarotes tipo• Mobiliário• Paióis de mantimentos• Cozinha e copa• Hospital
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Balaustrada
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Representação de Escadas
Plano de corte
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Navio Multi-Purpose
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Navio Tanque de Produtos
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Paióis de Mantimentos (1)
• Os paióis de mantimentos são localizados tipicamente num dos pavimentos inferiores da superstrutura que
– Tenha facilidade de acesso do exterior e
– Fique perto da cozinha, no mesmo pavimento ou na vertical
• Neste último caso, um elevador para mantimentos costuma ser instalado.
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Paióis de Mantimentos (2)
• Geralmente dispõem de uma zona comum (handling area) que dáacesso a
– zonas arrefecidas (temperaturas positivas, mas abaixo da temperatura ambiente) e a
– zonas frigorificadas (temperaturas negativas).
• A temperatura mantida em cada um dos compartimentos é definida de acordo com o tipo de mantimentos armazenado.
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Cozinha, Messes e Copa
• Na cozinha, a área por pessoa servida deveser aproximadamente de 0.65 m2, diminuindo até 0.55m2 para grandesnúmeros de utentes
• Sempre que possível, tentar garantir a proximidade entre a cozinha e as messes.
• Messes separadas para tripulação, mestrança e oficiais
• A copa, geralmente anexa à cozinha, permite refeições ligeiras aos elementosda tripulação de quarto
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Hospital / Enfermaria
• Navios com arqueação superior a 500 GRT e com tripulação superior a 15 devem ser equipados com hospital (Conv.164/1987 OIT)
• Normalmente é localizado no convés, para maior facilidade de entrada de pessoas acidentadas, dispondo de acesso directo para o exterior e também para o interior da superstrutura.
• As portas devem ter pelo menos 0.80 m de largura
• De notar no exemplo da figura a existência de um posto de primeiros socorros, com acesso directo do exterior do hospital.
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Hospital / Enfermaria
• Dispõe de casa de banho própria, equipada com banheira ou chuveiro.
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Camarote de Tripulante
• Na representação de beliches, uma diagonal equivale a um beliche e duas diagonais a dois beliches, um sobre o outro
• Os beliches estão normalmente dispostos na direcção longitudinal do navio, em que a amplitude dos movimentos émenor, de modo a minimizar o incómodo.
• É prática corrente os camarotes disporem de um sofá-camaem posição perpendicular à do beliche, como alternativa quando o balanço do navio é muito forte.
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Camarote de Tripulante
• Arranjo de um camarote para duas pessoas que satisfaz a exigência da OIT (Convenção 133) de 4.75 m2 por tripulante, em navios com GRT>10.000.
Arranjo em navio moderno:
• Área = 8.5 m2
• WC’s individuais, geminados
• Beliche + sofá
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Camarote de Tripulante
Navio de Pesquisa
• Em navios com restrições de espaço pode haver necessidade de instalar mais do que um tripulante por camarote
• Neste exemplo cada WC épartilhado por dois camarotes
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Camarote de Oficial
• Área total ~ 9.5 m2• Porta: 0.70 m• Área WC ~ 2.75 m2• Porta: 0.65 m
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Camarote de Oficiais Superiores
• Geralmente os camarotes do Comandante e do Chefe de Máquinas são semelhantes, estão localizados no pavimento imediatamente abaixo da ponte, e são muitas vezes simétricos EE/BB.
• Dispõem geralmente de zonas distintas– Quarto– Sala de estar– Escritório– Dispõem de casa de banho
própria, geralmente equipada com banheira.
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Camarote de Comandante
Notas:
• Acessos separados para o escritório e a sala de estar
• Sala de estar separada de quarto de dormir
• WC com chuveiro
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Ponte
• Zona de comando• Zona para leitura de
cartas• Zona de
comunicações• WC• Asas da ponte
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Sistemas Representados no Arranjo Geral
Manuel Ventura
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Escadas do Portaló
Prancha (Gangway)
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Equipamento de Salvação
Jangadas (liferafts)Baleeira totalmente fechada
(totally enclosed lifeboat)
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Baleeiras
Baleeira parcialmente fechada
(partially enclosed lifeboat)
Baleeira de queda livre
(free-fall lileboat)
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Embarcação de Socorro
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Sistema de Fundeação
Buzinas
Cabeço
Molinete/ GuichoCombinado
Roletes
Amarra
Cabo de massa
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Sistemas de Fundeação e Reboque
• Localizar molinetes de amarração
• Localizar cabeços e buzinas, traçando a traço-ponto as linhas de passagem dos cabos
• Localizar ferro sobressalente (caso exista)
• Localizar sistema de reboque
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Molinetes, Escovens e Gateiras
• Verificar posicionamento de escovens em relação à borda e das gateiras em relação aos paióis da amarra
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Molinetes e Cabrestantes
Molinete (windlass)
Cabrestante (capstan)
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Ferros e Amarras
Ferro (Stockless anchor)
Amarra (Chain cable)
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Sistema de Amarração
• Localizar guinchos de manobra
• Localizar cabeços e buzinas, traçando a traço-ponto as linhas de passagem dos cabos
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Guinchos de Amarração
Guincho (winch)
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Cabeços e Buzinas
Cabeço duplo (double bollard)
Buzina de rolos (roller fairlead)
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Desenho do Arranjo Geral (2D)
Manuel Ventura
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Sequência de Trabalho (1)
• Criar as layers• Desenhar e identificar as linhas de referência
– Linha base– Perpendiculares AV e AR (traço-ponto)– Linhas de centro
• Desenhar linha do pontal• Localizar as anteparas transversais (perfil)• Desenhar duplo fundo
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Sequência de Trabalho (2)
• Desenhar as linhas seguintes, obtidos do plano geométrico:– Linha do tosado– Contornos de popa e de proa, no perfil– Contorno do convés à borda– Contorno da linha de água à cota do duplo fundo
• Desenhar superstrutura (perfil)• Desenhar cada um dos pavimentos da superstrutura (em
planta)• Desenhar baleeiras, embarcação de socorro e jangadas• Desenhar Chaminé, Mastros• Desenhar balaustradas• Desenhar escadas exteriores (superstrutura), escada do
portaló
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Sequência de Trabalho (3)
• Desenhar molinetes, guinchos, cabeços e buzinas (representar cabos a traço-ponto)
• Traçar diagonais (a traço ponto) que definem limites de porões e tanques (no perfil, convés e duplo-fundo)
• Numerar e identificar os porões e tanques de carga e água de lastro (Cargo/WB)– Numeração de vante para ré– Identificar o bordo (SB/PS)
• Identificar os tanques restantes (FO, DO, LO, FW)• Identificar todos os compartimentos da superstrutura• Escrever, sobre a legenda, as características principais do
navio
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Linha Base / Linha de Centro
• As linhas de base e de centro devem ser o ponto de partida do desenho
• Permitem localizar e referenciar equipamentos e elementos estruturais
• Desenhar marcas de todas balizas, de acordo com a distribuição dos espaçamentos
• A linha e as balizas devem ser representadas a traço contínuo, fino
• Numerar as balizas, de ré para vante, apenas de 5/5 ou 10/10, para facilitar a leitura do desenho
No AutoCad, usar comando <ARRAY> para desenhar as marcas de baliza
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Normas (1)
• DIN 80002-1 (1996), "Ships and marine technology - General arrangement plans for ships - Part 1: Requirements, layout“
• DIN 80002-1 Beiblatt 1, "Ships and marine technology - General arrangement plans for ships - Example bulk carrier“
• DIN 80002-1 Beiblatt 2, "Ships and marine technology - General arrangement plans for ships - Example containership“
• DIN 80002-1 Beiblatt 3, "Ships and marine technology - General arrangement plans for ships - Example multipurpose ship“
• DIN 80002-1 Beiblatt 4, "Ships and marine technology - General arrangement plans for ships - Example RO/RO ship"
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Normas (2)
• DIN 80002-1 Beiblatt 5, "Ships and marine technology - General arrangement plans for ships - Example passenger vessel“
• DIN 80002-1 Beiblatt 6, "Ships and marine technology - General arrangement plans for ships - Example frigate“
• DIN 80002-1 Beiblatt 7, "Ships and marine technology - General arrangement plans for ships - Example submersibles"
• DIN 80002-1 Beiblatt 8, "Ships and marine technology - General arrangement plans for ships - Example inland vessels“
• DIN 80002-2 (1998), "Ships and marine technology - General arrangement plans for ships – Part 2: Graphical symbols“
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Bibliografia
• SNAME T&R Bulletin, "7-2 General Arrangement Drawing Format"
• SNAME T&R Bulletin, "7-3 General Arrangement Drawing Details"
• SNAME T&R Bulletin, "7-4 General Arrangement Design Criteria & Constraints“