Descubra Os Principais Mitos e Segredos de Jerusalém - Guia Do Estudante
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Descubra os principais mitos e segredos de JerusalémA saga de 4 mil anos da cidade mais importante da história, de acordo com cada uma das 3grandes religiões que a tratam como lugar sagrado
Texto Eduardo Szklarz | Ilustrações Bruno Algarve | 01/03/2012 16h33
Uma faixa de terra árida e remota, do tamanho de 2 campos de futebol. Cravada num platô a 760m de altura, cercada por colinas e distante das rotas de comércio. Sem nenhuma riquezamineral... Apenas pedras, pedras e pedras. Jerusalém era assim quando nasceu, há mais de 4 milanos: um assentamento do Oriente Médio como tantos outros, fadado a desaparecer na poeira dotempo.
Por que Jerusalém se tornou a cidade mais importante da História? Como sobreviveu após ter sidoduas vezes destruída, 23 vezes sitiada e 44 vezes capturada por povos e impérios tão diversosquanto egípcios, assírios, persas, gregos, romanos, árabes, mamelucos, turcos e ingleses? Como seconverteu no solo sagrado de 3 religiões (judaísmo, cristianismo e islamismo) e capitalreivindicada por duas nações (Israel e Palestina)? Por que Jerusalém era - e em grande parte aindaé - o centro do mundo?
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A resposta, quem diria, está nas pedras. A começar pela Pedra Fundamental (Even Shetiya, emhebraico), que hoje se encontra dentro do Domo da Rocha - a famosa cúpula dourada dos cartões-postais. Segundo os textos sagrados, foi dela que Deus criou o mundo, que Salomão construiu oprimeiro Templo judaico, Jesus caminhou antes de ser crucificado e Maomé ascendeu aos céus.Claro que não sabemos se isso tudo aconteceu, mas nem é preciso: em Jerusalém, os mitoscostumam ser mais importantes que as verdades.
"Jerusalém é a única cidade que existe duas vezes: na Terra e no céu", diz o historiador britânicoSimon Sebag Montefiore no livro Jerusalém, uma Biografia. "Ela se tornou o ponto de comunicaçãoentre os homens e Deus." Jerusalém é também a única cidade portátil, já que suas sagas terrenase celestiais são narradas na Bíblia. Ao longo dos séculos, o caráter sagrado dessas pedras tem sidoexaltado, e até fabricado, por líderes políticos. E as pessoas continuam se matando por elas.
Jerusalém Judaica
Jerusalém viveu seus primeiros milênios no anonimato. Em 3200 a.C., quando surgiram os núcleosurbanos em Canaã (onde estão hoje Israel e Palestina), a futura Cidade Dourada não passava deum cemitério da vizinha Jericó. A tribo dos cananeus construiu casas ali em 19 a.C. e, no séculoseguinte, os jebusitas aproveitaram a proteção natural das colinas para erguer uma fortaleza.Conhecida como Sião, a cidadela jebusita abrigava 1,2 mil pessoas em 6 hectares. Uma ninhariaperto de centros como a Babilônia, dona de uma área 170 vezes maior.
Só que a Babilônia virou ruína. E Sião - aliás, Jerusalém - foi alçada ao estrelato há 3 mil anospelos judeus. Segundo a mitologia judaica, eles haviam fugido do cativeiro no Egito e se firmaramem Canaã atendendo a um chamado de Javé, o Deus único. Fundaram os reinos de Judá (ao sul) eIsrael (ao norte). "Por volta de 1000 a.C., o rei Davi unificou os dois reinos e escolheu Jerusalémcomo capital porque não pertencia às tribos judaicas do norte nem às do sul", diz Montefiore. Foicomo escolher o Planalto Central para construir Brasília, longe do Rio e de Salvador.
A diferença é que a decisão de Davi mudou o curso da História. Segundo a tradição judaica, omonarca guardou em Jerusalém a Arca da Aliança, que continha as tábuas dos Dez Mandamentos.E seu filho, o rei Salomão, construiu um templo para Javé no topo do monte Moriá, hoje chamadode Monte do Templo - o lugar mais disputado do planeta. Já que ali também seriam construídos oDomo da Rocha e a mesquita de Al-Aqsa, dois ícones islâmicos.
A existência histórica de Davi motivou controvérsias até 1993, quando arqueólogos descobriramuma inscrição em pedra em Tel Dan, norte de Israel. O texto confirmou que a dinastia de Judá erachamada de Casa de Davi, indicando que o rei existiu. Tudo o que sabemos sobre o Templo deSalomão, no entanto, vem da Bíblia. Mas pouco importa. O Templo povoa o imaginário deJerusalém de forma tão profunda que é impossível entendê-la sem ele. Isso vale para outrosobjetos que compõem a história da cidade, como a cruz de Cristo.
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Com a morte de Salomão, em torno de 930 a.C., os reinos judaicos se dividiram e ficaram à mercêdas potências locais: egípcios, assírios e babilônios. No livro Antiguidades Judaicas, o historiadorantigo Flávio Josefo diz que em 586 a.C. o rei babilônio Nabucodonosor arrasou Jerusalém,destruiu o Templo e mandou os judeus ao exílio. "Nabucodonosor queria extinguir a cidade, mas sófez aumentar sua importância", diz Montefiore. "Os judeus transformaram a tragédia numaexperiência transformadora, que redobrou a santidade de Jerusalém, criando o protótipo para oDia do Juízo Final."
Em 538 a.C., o rei persa Ciro derrotou os babilônios e converteu Judá em província persa.Batizou-a de Judeia. Mas Ciro permitiu que os judeus construíssem o Segundo Templo no lugar doprimeiro. Mas a bonança durou pouco. No século 4 a.C., o líder macedônio Alexandre, o Grande,derrotou os persas e expandiu a cultura grega pelo Oriente Médio. A imposição grega atingiu oauge em 167 a.C., quando o rei Antíoco 4º desfigurou o Templo e o dedicou a Zeus. A afrontaestimulou uma resistência judaica em larga escala, liderada pelos macabeus. Em 141 a.C., osguerrilheiros derrotaram a guarnição de Antíoco 4º e fundaram o último estado judeu que existiupor lá até a criação do Israel moderno, em 1948. Por ironia, a dinastia dos hasmoneus, herdeirados macabeus, abraçou ainda mais a cultura grega e causou uma profunda divisão entre os judeus.O entrevero chamou a atenção do general romano Pompeu, que derrubou as muralhas deJerusalém em 63 a.C. e montou acampamento no Monte do Templo. Pompeu logo perdeu poder nasede do Império - e a Judeia mergulhou de novo no caos.
Até que Herodes, filho de um líder local, fugiu para Roma e convenceu os senadores de que eracapaz de governar a província. Em 40 a.C., obteve deles o título de "rei dos judeus". "Em 37 a.C.,tomou Jerusalém após um massacre. Milhares de judeus foram mortos", diz a pesquisadorabritânica Karen Armstrong no livro Jerusalém - Uma Cidade, Três Religiões. Herodes pelo menosdeixou dois legados. Reergueu as muralhas e reformou o templo judaico, que já tinha 500 anos. "Osantuário ficou conhecido como Segundo Templo", diz Armstrong.
Jerusalém cristã
O cristianismo abraçou Jerusalém aos poucos. Para entender essa história, é preciso lembrar queno início do século 1 os judeus estavam divididos em facções. Os saduceus eram aliados damonarquia. Os fariseus eram contra. Os essênios viviam isolados e os zelotes defendiam a lutaarmada contra Roma. Pôncio Pilatos, o prefeito da Judeia, incitava os judeus espalhando retratosde César pela cidade. Isso gerou o temor de uma nova agressão ao Templo - e aprofundou asensação de apocalipse. Os rabinos diziam que um rei da linhagem de Davi inauguraria o Reino deDeus. Chamavam-no de mashiah (christos, em grego), que significa "ungido" - Davi havia sidoungido com óleo.
Foi nesse clima de tumulto que uma procissão irrompeu em Jerusalém, por volta do ano 30, navéspera da Páscoa judaica. Seu líder era Jesus, profeta judeu da Galileia (ao norte da Judeia).Segundo a Bíblia, Jesus entrou no Templo e usou um chicote para expulsar os cambistas, acusadosde transformar o santuário num covil de ladrões. E profetizou: "Não restará pedra sobre pedra". Oque Jesus pretendia? "Só nos resta conjecturar, já que os Evangelhos não fornecem muitasinformações", diz Armstrong. Os historiadores hoje sabem que os relatos atribuídos a Marcos,Lucas, Mateus e João foram escritos décadas depois por autores desconhecidos que nãotestemunharam os fatos. Seja como for, não há por que duvidar que Jesus tenha sido crucificado,pois essa era uma sentença comum usada pelos romanos.
A Bíblia conta que Pilatos obrigou Jesus a carregar uma cruz desde o Pretório até o local dacrucificação: o monte Gólgota, ou Lugar da Caveira (Calvarius, em latim). Foi quando Jesus setornou Cristo: alguns discípulos afirmaram que ele ressuscitara para anunciar o Reino Vindouro. Omovimento cristão se expandiu pela costa do Mediterrâneo, sobretudo graças às viagensmissionárias de Saulo de Tarso, o apóstolo Paulo.
Desde o início, houve cismas entre os seguidores de Cristo. O grupo de Jerusalém, liderado porTiago, tinha desavenças com o da diáspora, encabeçado por Paulo - que acabaria prevalecendo.Em 49, os dois polos se reuniram em Jerusalém para tentar um acordo. "Mas o Concílio deJerusalém foi um fracasso. Delineou um consenso, mas foi impossível levá-lo à prática", diz PaulJohnson no livro História do Cristianismo. Em 66, os zelotes iniciaram um novo levante contraRoma. E o imperador Vespasiano foi implacável. Em 70, enviou uma tropa que sitiou Jerusalém earrasou o Templo. Flávio Josefo fala em 1,5 milhão de mortos - um exagero, mas que expressa adimensão da tragédia. Os judeus nunca reconstruíram o santuário, esperando fazer isso após avinda do Messias. Restou a muralha ocidental, que sustentava a plataforma, o Muro dasLamentações, o lugar mais sagrado do judaísmo.
Para os cristãos, a tragédia do Templo significou que os judeus haviam perdido o elo com Deus."Com a destruição de Jerusalém, o cristianismo deixou de ser um partido político do judaísmo e setornou um partido dos gentios, externo e hostil ao judaísmo", diz o historiador Luiz Alberto MonizBandeira na introdução de A Origem do Cristianismo, de Karl Kautsky. Roma seguia perseguindo oscristãos. O imperador Adriano até ergueu um templo dedicado a Vênus no lugar identificado com atumba de Jesus. E rebatizou Jerusalém de Aelia Capitolina. Tudo mudou no século 4, quando oimperador Constantino se converteu ao cristianismo. "A hierarquia cristã, com seus bispos epresbíteros, tinha um paralelo com a estrutura imperial: haveria um estado, uma religião, umimperador", diz Montefiore.
Constantino enviou a mãe, Helena, a Jerusalém para rastrear os passos de Jesus. Beirando os 80anos, Helena anunciou ter achado a tumba de Cristo (sob o templo de Vênus, que foi demolido), olugar da crucificação e até a cruz - algo sonhado por qualquer arqueólogo. Iniciou as obras dasigrejas do Santo Sepulcro e da Ascensão e indicou a Via Dolorosa (o caminho pelo qual Jesuscarregou a cruz), criando uma rota para os peregrinos. Com a queda de Roma, no século 5,Jerusalém passou para o Império Bizantino. Depois caiu sob domínio persa e muçulmano. Oscristãos só voltariam lá em 1099, quando as Cruzadas tiraram a Terra Santa do Islã. O líderGodofredo de Bulhão morou na mesquita de Al-Aqsa e transformou o Domo da Rocha em igreja.
Jerusalém Islâmica
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No século 7, um novo Deus se debruçou sobre as muralhas de Jerusalém. Os exércitos de Aláchegaram trazendo a mensagem revelada a Maomé, um profeta que migrou de Meca a Medina (naatual Arábia Saudita) para formar a primeira comunidade islâmica, a ummah. Maomé foi aomesmo tempo chefe político e religioso. E essa união entre Igreja e Estado foi mantida no Islã porseus sucessores, os califas.
Quando entrou nas muralhas, o califa Omar comandou a conquista mais pacífica da história deJerusalém. Rendeu os cristãos sem derramar sangue e permitiu que os judeus rezassem no Montedo Templo após séculos de repressão bizantina. Judeus e cristãos receberam o status de dhimmis("minorias protegidas"). Eles podiam seguir sua fé desde que pagassem tributos.
A tolerância inicial dos muçulmanos com os "povos do livro" tinha razão de ser. Maomé haviaestudado as escrituras judaicas e cristãs. Pregava a submissão ("islã") a Alá, mas respeitandoprofetas como Moisés e Jesus. No entanto, tal como os monoteísmos anteriores, o Islãreivindicava o seu Deus como o verdadeiro. Isso geraria conflitos nos anos seguintes - eJerusalém, mais uma vez, seria o palco da disputa. O sinal mais evidente da mudança veio com ocalifa Abd al-Malik. Ele vislumbrou um império unificado em torno da fé islâmica, tal comoConstantino fez ao enlaçar Roma com o cristianismo. Em 691, Al-Malik construiu um imensoedifício octogonal com uma cúpula dourada de 20 m de diâmetro, o Domo da Rocha, exatamenteno Monte do Templo - tão sagrado para judeus e cristãos. "O recado de Al-Malik foi claro: o Islãnão era mera religião sucessora do cristianismo, mas uma nova e universal revelação", diz ohistoriador Bernard Lewis no livro O Oriente Médio. "E o califado não era apenas o sucessor deRoma e da Pérsia, mas uma sociedade mundial."
A importância do Domo foi reforçada pelos versículos do Corão (livro sagrado do Islã) gravados emseu interior. Um deles diz: "Não há outro Deus, mas só um Deus, e ele não tem companheiro.Maomé é o Profeta de Deus, que enviou seu mensageiro com a sua orientação e a religião verídicapara que faça prevalecer sobre todas as outras" (9:33).
"O califa Al-Walid, filho de Al-Malik, construiu a Mesquita de Al-Aqsa a poucos metros do Domo,formando o primeiro grande complexo de santuários muçulmanos", diz o arqueólogo Eric Cline nolivro Jerusalem Besieged (Jerusalém Sitiada, sem tradução no Brasil). Segundo Cline, a obra foifundamental. Embora o Corão nunca mencione Jerusalém, um versículo narra a viagem noturnaque Maomé fez da Mesquita Sagrada, em Meca, a uma "mesquita distante" (al-masjid al-aqsa) - deonde o Profeta teria subido ao céu. A tradição muçulmana associou a "mesquita distante" aAl-Aqsa.
Assim, Jerusalém se tornou a terceira cidade sagrada do Islã, atrás de Meca e Medina. Osmuçulmanos primeiro a chamaram de Bait al-Maqdis, numa alusão ao hebraico Beit ha-Mikdash, onome bíblico do Templo. Depois de Al-Quds ("a Santa", em árabe). E, quanto mais santa, maisdividida Jerusalém se tornou. Pense bem: 3 deuses disputando uma cidade... É como acionar umabomba-relógio. Coincidência ou não, em 747 um terremoto causou estragos no Domo e namesquita, que desde então foi restaurada diversas vezes.
Os cruzados conquistaram a Terra Santa com um massacre em 1099, mas o sultão curdo Saladinorendeu-os com cortesia em 1187. No século 13, Jerusalém caiu sob o império dos mamelucos, umpovo islamizado da Ásia Central. Foi nessa época que começou a se parecer mais com a JerusalémVelha de hoje, com os bairros muçulmano, judeu, cristão e armênio - onde se concentraramigrejas ortodoxas. Os mamelucos também construíram madaris (escolas religiosas) sobre ospórticos ao redor do Monte do Templo.
E a velha tolerância chegou ao fim. "Os mamelucos obrigaram os judeus a usar um turbanteamarelo, e os cristãos, a usar um azul", diz Montefiore. "Seus dias de minorias protegidas eramcoisa do passado." No século 15, Jerusalém caiu sob o domínio do último califado muçulmano, odos turcos-otomanos. Eles mantiveram 400 anos de relativa coexistência entre os habitantes erestauraram o espaço público. Foi o sultão otomano Solimão, o Magnífico, que mandou reergueras muralhas da cidade - que podem ser vistas até hoje.
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A cidade dividida
Milhares de anos de disputas desembocaram em um acordo mundial. Em 1947, as Nações Unidasaprovaram a partilha da Palestina (na época, administrada pelos britânicos) entre um estadojudeu e outro árabe-palestino. Jerusalém se tornaria internacional. A decisão foi aceita pelosjudeus e rejeitada pela Liga Árabe. Teve início uma guerra em 1948, após a independência deIsrael. Com o armistício, no ano seguinte, Jerusalém foi dividida pela "linha verde": o pedaçoocidental ficou com Israel, e o oriental (Cidade Antiga incluída), com a Jordânia.
Ai de quem passasse de um lado a outro. O fotógrafo austríaco David Rubinger que o diga: eleclicou o momento em que a freira de um hospital católico de Israel deixou cair a dentadura deuma paciente do lado jordaniano. Foi preciso muita negociação para que a mulher tivesse osdentes de volta. Em 1967, na Guerra dos Seis Dias, Israel conquistou a faixa oriental da cidade edeclarou ter unificado Jerusalém - tal como Davi teria feito 3 mil anos antes. Os palestinos, porsua vez, evocam heróis como Saladino na hora de exigir soberania. Dessa forma, as histórias e osmitos do passado sempre retornam para inviabilizar as negociações de paz.
Hoje, essa velha senhora é a maior cidade de Israel, com 790 mil habitantes. Apesar de alvo doterrorismo, é uma das cidades mais seguras do planeta: apenas 9 pessoas foram assassinadas nacidade em 2009, e 12 em 2008. Menos do que São Paulo em um fim de semana.
História milenar - Linha do tempo
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4000-3500 a.C.
Povoadores se estabelecem ao redorda fonte Gihon, ao pé do monteOfel
3200 a.C.
Moradores de Jericó cavam tumbasna futura Jerusalém
2000 a.C.
Primeira menção à cidade("Rushalimum") aparece em textosegípcios
1850 a.C.
Segundo a Bíblia, Abraão teriaoferecido o filho Isaac em sacrifíciono Monte Moriá (Monte do Templo)
Século 13 a.C.
Cananeus habitam Jerusalém, naépoca um reino vassalo do Egito
Século 12 a.C.
Jebusitas constroem a Fortaleza deSião
1000 a.C.
Rei Davi conquista Jerusalém e fazdela a capital do judaísmo
960 a.C.
Segundo a Bíblia, rei Salomão (filhode Davi) constrói o Templo no MonteMoriá
Séculos 9-6 a.C.
Jerusalém sofre invasões deegípcios, filisteus e assírios, entreoutros povos
586 a.C.
Rei babilônio Nabucodonosor sitia acidade e destrói o Templo
538 a.C.
Rei persa Ciro permite a volta dosjudeus e a reconstrução do Templo
515 a.C.
Segundo Templo é inaugurado pelopríncipe israelita Zerubabel
Séculos 4-2 a.C.
Dinastias gregas dos ptolomeus eselêucidas disputam Jerusalém
141 a.C.
Hasmoneus, herdeiros dosmacabeus, fundam reino judaico
63 a.C.
General romano Pompeu conquistaJerusalém e profana o SegundoTemplo
40 a.C.
Nomeado pelo senado romano como"rei dos judeus", Herodes governa
136
Imperador Adriano dedica templo a Vênus erebatiza Jerusalém de Aelia Capitolina
Século 4
Imperador Constantino se converte aocristianismo
326
Helena, mãe de Constantino, coordena obrasda Igreja do Santo Sepulcro, no MonteCalvário
Séculos 6-7
Persas e bizantinos disputam a cidade
Séculos 6-7
Persas e bizantinos disputam a cidade
630
Califa Omar lidera conquista árabe deJerusalém, que se torna muçulmana
691
Califa Abd al-Malik inaugura o Domo da Rocha.Seu filho, Al-Walid, constrói a Mesquita deAl-Aqsa pouco depois
1099
Cruzados, guerreiros de Cristo, estabelecemreino em Jerusalém
1187
Sultão curdo Saladino rende os cruzados edevolve a cidade ao Islã
Séculos 13-16
Mamelucos dominam Jerusalém, que se divideem 4 bairros: judeu, cristão, muçulmano earmênio
1517-1917
Turcos otomanos, último califado islâmico,governam Jerusalém
1897
Primeiro Congresso Sionista, na Basileia(Suíça), promove retorno judaico à TerraSanta
1918
Jerusalém passa para controle britânico
Anos 1930
Aumenta luta nacionalista de judeus e árabesentre si e contra o domínio inglês
1947
ONU aprova a Partilha da Palestina, com ainternacionalização de Jerusalém.
1948
Israel proclama independência e é invadidopor exércitos árabes vizinhos
1949
Jerusalém ocidental se torna capital de Israel.A parte oriental fica sob o controle da
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Jerusalém
19 a.C.
Herodes expande o Monte doTemplo e reconstrói o Templo (naprática, o terceiro)
Cerca de 30
Segundo a Bíblia, Jesus expulsacambistas do Templo e é julgadopelos romanos e crucificado. Crescemovimento cristão
66-70
Guerra judaica contra Roma
70
Imperador Vespasiano arrasa oTemplo e manda judeus à diáspora
Jordânia
1964
A Organização para a Libertação da Palestinaé criada e exige Jerusalém como capital doEstado Palestino
1967
Israel conquista Jerusalém Oriental, queengloba a Cidade Velha.
1963
Israel e OLP firmam tratados de paz, mas nãoavançam nas negociações sobre a soberaniade Jerusalém
2000
Israel oferece dividir Jerusalém com osárabes, mas acordo naufraga com a exigênciapalestina de retorno dos refugiados da guerrade 1948.
Saiba mais
Livros
Jerusalem: The Biography, Simon Sebag Montefiore, Knopf, 2011
Jerusalém - Uma Cidade, Três Religiões, Karen Armstrong, Companhia das Letras, 2000
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