De Saulo a Paulo de Tarso - O Salto Qualitativo (Luiz Guilherme Marques)

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    DE SAULO A PAULO

    DE TARSOO salto qualitativo

    Luiz Guilherme Marques

    2.011

    r idade. Mas a maior destas éa ca

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    Se eu falar as línguas do s h om ens e do s an jos, e nãotiver car idade, sou com o o metal que soa, ou c omo osino que tine. E se eu tiver o dom de profecia, e

    conhecer todo s os m istério s, e quanto se pod e saber; ese t iver toda a fé, atéa pon to de t rans po rtar mon tanhas ,e não tiv er caridade, não so u nada. E se eu di st rib ui rtodos o s meus bens em o su stento dos pob res, e seentregar o meu co rpo para ser qu eimado, se todavia nãotiver caridade, nada disto me apro veita. A caridade é pac ien te , ében ig na; a c ari dade não éinvejo sa, não o bratemerária n em precip itadamente, não se en so berbece,não éambic io sa, não busc a os seu s p róp rios in teress es ,não s e ir ri ta, não suspeit a mal, não fo lg a com a in ju s tiça,mas fol ga com a verd ade. Tudo to lera, tud o crê, tud oespera, tudo sofr e. A c aridade nunca jamais há deacabar, ou deixem de ter lug ar às p rof ecias, ou cess emas língu as, ou seja abol id a a c iência.

    Agor a, po is , permanecem a fé, a esperança e a caridad e,est as três v ir tu des ; p orém a maio r delas éa caridade.(Pau lo , I Corínti os , XIII: 1-7 e 13).

    (Paulo de Tarso)

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    DEDICATÓRIA- às minhas filhas Jaqueline e Tereza- a Rosa Maria Passarelli- a Maria Geny Barbosa- a Maria Adélia Bicalho Civinelli de Almeida- à minha mãe, Mitzi- aos meus irmãos Antonio José, Marco Aurélio, MariaHelena, Maria Célia e Maria de Fátima- aos confrades da Fundação Espírita Nosso Lar, do CentroEspírita Joanna de Ângelis e do Centro Espírita Boa Nova,todos de Juiz de Fora - MG

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    ÍNDICEIntrodução1 –  Somos energia irradiante2- A força do pensamento3 –  O homem velho3.1 –  A prevalência do microcosmo espiritual3.2 –  A simbiose negativa com os obsessores3.2.1 –  Os obsessores encarnados3.2.1 –  Os obsessores desencarnados3.2.3 –  A implantação de plugs negativos no perispírito3.3 –  A prevalência dos defeitos morais3.3.1 –  O orgulho3.3.2 –  O egoísmo3.3.3 –  A vaidade4 –  O homem novo4.1 –  A prevalência do macrocosmo espiritual4.2- A sintonia salutar com os orientadores espirituais4.2.1 –  Os orientadores encarnados4.2.2 –  Os orientadores desencarnados4.2.3 –  A retirada de plugs negativos do perispírito4.3 –  O desenvolvimento das virtudes morais4.3.1 –  A humildade4.3.2 –  O desapego4.3.3 –  A simplicidade5 –  O salto qualitativo6 –  O “orar e vigiar” 7 –  Evoluir pela dor ou pelo Amor8 –  Os centros espíritasConclusõesNota

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    INTRODUÇÃOConstam dos Atos dos Apóstolos, 9.1-31, alguns dados da

    biografia de Paulo de Tarso [1]:

    E Saulo, respirando ainda ameaças e mor tes contra osdiscípulos do Senhor , dir igiu-se ao sumo sacerdote.

    E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, afim de que, se encontrasse alguns daquela seita, querhomens quer mulheres, os conduzisse presos aJerusalém.

    E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto deDamasco, subi tamente o cercou um resplendor de luz docéu.

    E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo,Saulo, por que me persegues?

    E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor : Eu souJesus, a quem tu persegues. Duro épara ti recalcitrar

    contra os agui lhões.

    E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres queeu faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra nacidade, e lá te será di to o que te convém fazer.

    E os homens, que iam com ele, pararam espantados,ouvindo a voz, mas não vendo ninguém.

    E Saulo levantou-se da terra, e, abrindo os olhos, não viaa ninguém. E, guiando-o pela mão, o conduziram aDamasco.

    E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu.

    E havia em Damasco um certo discípulo chamadoAnanias; e disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! E elerespondeu: Eis-me aqui , Senhor.

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    E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamadaDireita, e pergunta em casa de Judas por um homem deTarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando;

    E numa visão ele viu que entrava um homem chamadoAnanias, e punha sobre ele a mão, para que tornasse aver.

    E respondeu Ananias: Senhor , a mui tos ouvi acerca destehomem, quantos males tem feito aos teus santos emJerusalém;

    E aqui tem poder dos principais dos sacerdotes paraprender a todos os que invocam o teu nome.

    Disse-lhe, porém, o Senhor : Vai , por que este épara mimum vaso escolh ido, para levar o meu nome diante dosgentios, e dos reis e dos f i lhos de I srael.

    E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.

    E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos,

    disse: I rmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu nocaminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes aver e sejas cheio do Espírito Santo.

    E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, erecuperou a vista; e, levantando-se, foi batizado.

    E, tendo comido, f icou confortado. E esteve Saulo algunsdias com os discípulos que estavam em Damasco.

    E logo nas sinagogas pregava a Cr isto, que este éo F ilhode Deus.

    E todos os que o ouviam estavam atônitos, e diziam: Nãoéeste o que em Jerusalém perseguia os que invocavameste nome, e para isso veio aqui, para os levar presos aospr incipais dos sacerdotes?

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    Saulo, porém, se esforçava muito mais, e confundia os judeus que habi tavam em Damasco, provando que aqueleera o Cristo.

    E, tendo passado muitos dias, os judeus tomaramconselho entre si para o matar.

    Mas as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo; ecomo eles guardavam as portas, tanto de dia como denoi te, para poderem ti rar-lhe a vida,

    Tomando-o de noi te os discípulos o desceram, dentro de

    um cesto, pelo muro.E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procur ava ajuntar - se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo quefosse discípulo.

    Então Barnabé, tomando-o consigo, o tr ouxe aosapóstolos, e lhes contou como no caminho ele vir a aoSenhor e lhe falara, e como em Damasco falara

    ousadamente no nome de Jesus.E andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo,

    E falava ousadamente no nome do Senhor Jesus. Falavae disputava também contr a os gregos, mas elesprocur avam matá-lo.

    Sabendo-o, porém, os irmãos, o acompanharam até Cesaréia, e o enviaram a Tarso.

    Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Gal i léia eSamaria tinham paz, e eram edificadas; e semultiplicavam, andando no temor do Senhor econsolação do Espírito Santo.

    E aconteceu que, passando Pedro por toda a parte, veiotambém aos santos que habitavam em L ida.

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    E achou ali certo homem, chamado Enéias, jazendonuma cama havia oito anos, o qual era paralítico.

    E disse-lhe Pedro: Enéias, Jesus Cr isto te dá saúde;levanta-te e faze a tua cama. E logo se levantou.

    E vir am-no todos os que habitavam em L ida e Sarona, osquais se converteram ao Senhor .

    E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, quetraduzido se diz Dor cas. Esta estava cheia de boas obras eesmolas que fazia.

    E aconteceu naqueles dias que, enfermando ela, morreu;e, tendo-a lavado, a depositaram num quar to alto.

    E, como L ida era perto de Jope, ouvindo os discípulosque Pedro estava ali, lhe mandaram dois homens,rogando-l he que não se demorasse em vi r ter com eles.

    E, levantando-se Pedro, foi com eles; e quando chegou olevaram ao quarto al to, e todas as viúvas o rodearam,

    chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcasf izera quando estava com elas.

    Mas Pedro, fazendo sair a todos, pôs-se de joelhos e orou:e, voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. Eela abr iu os olhos, e, vendo a Pedro, assentou-se.

    E ele, dando-lhe a mão, a levantou e, chamando os santose as viúvas, apresentou-lha viva.

    E foi i sto notór io por toda a Jope, e mui tos creram noSenhor.

    E f icou muitos dias em Jope, com um certo Simãocurtidor.

    Certa vez perguntaram a Francisco Cândido Xaviersobre como Emmanuel se apresentava a Ismael, o Amoroso

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    Guia Espiritual do Brasil, e a resposta foi simplesmente: -Ajoelhado.

    Quando nos veio à mente escrever este livro, que temsuas raízes na experiência do inolvidável Convertido deTarso, vimo-nos na contingência de relembrar seus passostropegos na fase do “homem velho” para, somente depois,

    podermos proclamar-lhe as realizações inestimáveis nadivulgação da Verdade.

    Todavia, se o atualmente luminoso ex-senador romanoPúblio Lêntulo Cornélio se prostra em reverência sinceradiante da alma sublimada de Ismael, nossa atitude diante doex-doutor da Lei Judaica não poderia ser diferente:simbolicamente, genuflexo, grafamos estes comentários,rogando em pensamento àquele Luminar da Verdade suabênção para nossa vida e a daqueles que procuram a evoluçãoespiritual.

    Não pretendemos elaborar nenhum ensaio histórico, poisninguém melhor o fez do que o Espírito Emmanuel, no livroPaulo e Estêvão, através da mediunidade sublimada deFrancisco Cândido Xavier.

    Nossa proposta é realizar algumas reflexões, baseadas nabiografia do grande Batalhador do Cristo, que acreditamosvenham a ser úteis à vida diária dos confrades espíritas.

    Não se trata de um trabalho de mestre para aluno, pois o

    autor desta obra é o primeiro aluno destas lições.Se o livro beneficiar uma pessoa que seja, já terá

    atingido sua finalidade.Agradecemos a Deus a oportunidade de trabalhar na

    Sua Seara Bendita.

    O autor

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    1 –  SOMOS ENERGIA IRRADIANTEAtualmente já se afigura indubitável para as pessoas

    instruídas a ideia de que cada ser é um foco de energia.Nosso corpo físico é formado de energia de baixa

    frequência, detectável pelos cinco sentidos, corpo esse queobedece ao comando do Espírito, este que é uma forma deenergia de alta frequência, energia essa dotada de umdiferencial característico, que é a inteligência, fruto de umaevolução gradativa através dos Reinos inferiores da Natureza.

    Em realidade, tanto o corpo quanto o Espírito sãoenergia irradiante, sendo que o períspirito (corpo ligadodiretamente ao Espírito) é constituído de um tipo de energiade frequência intermediária entre a do corpo físico e a doEspírito.

    Através do períspirito, o espírito comanda o corpo físico,afirmando o Espírito André Luiz que esse comando seviabiliza através do sangue, o que possibilita o acionamentodos mínimos pontos da máquina física. Onde o sangue pára dechegar, ocorre a necrose local.

    Tudo que sentimos, pensamos e realizamos se fazacompanhar da correspondente emissão de irradiação,acionando o fluido cósmico universal e alcançando as pessoasou coisas para as quais direcionamos nossa vontade.

    Da mesma forma, recebemos as emissões mentais dosdemais seres.

    Nesse contínuo emitir e receber irradiações, criamosvínculos positivos ou negativos. Os primeiros acarretam a paz,a felicidade etc. Os segundos o contrário.

    Não há como alguém viver à parte nesse universo deirradiações.

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    Ninguém consegue viver sem pensar, sentir e agir.O intercâmbio ocorre a nível universal no sentido mais

    amplo da palavra, pois não há barreiras que separem osmundos.

    Por isso, “orar e vigiar” é muito mais relevante do que

    parece à primeira vista. Escolhida a sintonia positiva, pelaprópria lei da inércia, a tendência é a continuidade. Senegativa a sintonia, se não nos esforçarmos para mudar derumo para o Bem, vamos sendo impulsionados para situaçõescada vez mais dramáticas.

    Cada emissão segue em todas as direções e volta comforça multiplicada ao emissor.

    Saulo, homem altamente intelectualizado e ocupante deposição proeminente na sociedade da época, mas sintonizadomomentaneamente com as correntes do Mal, representada napessoa de frios e dominadores sacerdotes encarnados e porinimigos desencarnados do Progresso da humanidade, tornou-se um dos porta-vozes mais perigosos da oposição àMensagem do Cristo para o nosso planeta.

    Com sua oratória altamente qualificada e sua pujantecapacidade de articulação política, estava sendoinconscientemente manipulado pelas correntes do Mal.

    Felizmente, o Encontro com Jesus desarticulou oconúbio de forças negativas, desplugando-o dos seus

    obsessores encarnados e desencarnados e fazendo-o cair em sie dar início à missão que lhe tinha sido destinada desde antesdo seu nascimento naquela encarnação.

    Sua biografia representa um exemplo notável de como sepode fazer o Bem ou o Mal, dependendo do direcionamentoque damos à nossa sintonia.

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    Podemos ser Saulos ou Paulos de Tarso, conforme adireção que imprimimos aos nossos potenciais.

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    2 –  A FORÇA DO PENSAMENTOA força do pensamento ainda não foi estudada o

    suficiente pela Ciência, cujos profissionais são, na suamaioria, materialistas.

    Mesmo não crendo na existência do Espírito, algunscientistas têm verificado que determinadas pessoas sãodotadas de grande força mental.

    Todavia, mesmo as pessoas comuns representamverdadeiros dínamos de força mental, a qual pode direcionar-se para o Bem ou para o Mal.

    A maioria das pessoas oscila entre um e outro.Algumas poucas votam-se ao Mal, representando triste

    exemplo de incompreensão, verdadeiros tropeços na vida daspessoas e das coletividades.

    Outras, infelizmente poucas, dedicam-se quase queintegralmente ao Bem, transformando-se em anjos debondade, benfeitores da vida de muitos.

    Educar-se no pensar, sentir e fazer o Bem é uma dasrealizações mais importantes a que podemos e devemos nosdedicar.

    Os videntes conseguem enxergar nossas emissõesmentais, que ganham vida e exercem influência sobre aspessoas, conforme a intensidade das emissões e a afinidadecom aqueles que as recebem.

    Os livros do Espírito André Luiz esclarecem muito sobreesse tema, de alta relevância para quem pretende adquirir oautoconhecimento.

    Aprender sobre o pensamento é essencial para oautoconhecimento.

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    Minimizar a importância desse assunto redunda em umviver onde as emissões mentais descontroladas infelicitam avida de muita gente.

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    3 –  O HOMEM VELHOPelo menos duas opções podem ser pensadas para o que

    teria levado Saulo a tornar-se o terrível carrasco dosprimeiros cristãos e provocador da morte daquele que seriaseu futuro cunhado, Estêvão.

    Alguns talvez dêem fé à tese de que se tratava de umEspírito voltado para a violência e a intransigência, portanto,atrasado na escala evolutiva, que, por um favor divino, foiarrebatado das garras do Mal pura e simplesmente pela forçaespiritual de Jesus e lançado no vasto campo da compreensãoda Verdade para ali realizar uma grande missão. Segundoessa ótica, poucos méritos anteriores teria esse Espírito,forçado a tornar-se bom por “osmose”.

    Até hoje muita gente pensa que o simples fato de ter-seavistado com Jesus é suficiente para mudar sua vida, o que éum engano. Sem um esforço pessoal a evolução espiritual nãose processa.

    Também é verdade que muitos que viram Jesus eestiveram com Ele, mas continuaram a vida voltada para amaterialidade.

    Jesus não “acendeu a chama” em ninguém, mas apenas

    “ativou-a” naqueles que já a tinham acesa.Diz o ditado antigo: “Quando o discípulo está pronto, o

    mestre aparece”. Se o discípulo não está pronto, não adiantaaparecer o mestre...

    Todavia, o que parece muito mais lógico é que aquele eraum Espírito de alta graduação que, por invigilância, foienvolvido pelas artimanhas de Entidades encarnadas edesencarnadas devotadas então ao Mal e acabou perdendomomentaneamente a noção da missão nobilíssima que tinhatrazido ao mundo.

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    O desvio da sua rota deve ter preocupado o Cristo, quese viu na contingência e na necessidade de se apresentarpessoalmente, em toda a Sua Sublimidade e Poder, aoDiscípulo aturdido, quebrando, de pronto e com firmeza, oselos que o mantinham atado à teia obsessiva.

    O choque fluídico foi tão grande que desatou todos oselos do obsidiado com seus obsessores, pelo que se calcula daleitura da obra de Emmanuel.

    A propalada agressividade do Discípulo não era reflexode sua natureza, mas sim o retrato do seu descuido quanto ao“orar e vigiar”. Aliás, esse alerta não foi criação do

    Cristianismo, mas um máxima de todos os tempos e religiões.Saulo estava distante do “orar e vigiar”. Por isso, prendeu-seinsensivelmente aos interesses dos inimigos do Bem.

    Esse o período do “homem velho”, que lhe serviu de

    alerta permanente para o cumprimento da sua grande missão.Emmanuel afirma que Paulo de Tarso foi encarregado

    posteriormente por Jesus, o Divino Governador da Terra, doesclarecimento dos Espíritos altamente intelectualizados masdesviados do Bem. Trata-se, portanto, de um Espírito dosmais ilustres que o mundo terreno conheceu.

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    3.1 –   A PREVALÊNCIA DO MICROCOSMOESPIRITUAL

    Grande parte das pessoas vive em função de interessespuramente egoísticos, ignorando o Amor Universal, econsiderando, no máximo, seus parentes próximos. Essaporcentagem é muito elevada, infelizmente.

    Todavia, não é o número de pessoas beneficiadas pelasnossas atenções que conta, mas sim a mentalidade com queatuamos. Assim, há quem aparentemente viva em função de

    uma única pessoa, mas que sente dentro de si o AmorUniversal em escala muito maior do que outra, que exerce,por exemplo, um mandato público, influenciandocomunidades inteiras, mas que, na verdade, não ama mais doque a si própria.

    Mesmo atuando em função destacada dentro doJudaísmo, Saulo vivia em um microcosmo espiritual, ou seja,

    representando interesses exclusivistas, avesso à ideia doProgresso da humanidade, que dependia da propagação denoções muito mais evoluídas quanto à noção de Deus e dosdeveres frente às criaturas.

    Quando assumiu publicamente a ingrata tarefa decombater as novas ideias, estava contrariando implicitamenteos mandamentos do Decálogo. Se tivesse meditado de forma

    isenta e generosa as propostas cristãs, teria visto que nadanelas contrariava a Lei e os profetas, e sim, pelo contrário, aprópria trajetória da vida de Jesus aparecia nas profeciasregistradas nos Livros do Judaísmo.

    Alertado delicadamente pelo seu mestre Gamaliel,preferiu deixar-se envolver pelos interesses imediatistas, queacenavam com destaque dentro da hierarquia religiosa.

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    Atualmente, ainda se encontram religiosos intolerantesem todas as correntes religiosas. Mesmo nós costumamos terdificuldade em aceitar a liberdade dos que adotam outroscredos. Todavia, é importante exercitarmos o respeito àdiversidade.

    A intolerância religiosa é um defeito decorrente doorgulho, provocador de inúmeras dificuldades.

    Afirma-se, que, na História humana, registram-se maisguerras provocadas sob pretextos religiosos do que sobquaisquer outros. É bom que se esclareça que se tratam demeros “pretextos” e nunca de razões verdadeiras, pois

    nenhuma religião, se bem analisada, autoriza a perseguiçãoaos outros credos.

    O microcosmo espiritual é uma barreira que só se vencepelo Amor Universal, o qual irmana todas as criaturas, nãoadmitindo qualquer forma de maus tratos e falta de respeito àdignidade alheia.

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    3.2  –   A SIMBIOSE NEGATIVA COM OSOBSESSORES

    Todo pensamento, sentimento ou ação negativos nosligam aos que sintonizam na mesma faixa do Mal, gerandouma simbiose negativa.

    Não há como isolarmos nossa mente dos que sintonizamconosco.

    Em qualquer lugar que estivermos, exercemos influênciae somos influenciados pelos nossos iguais.

    Assim aconteceu com Saulo, que se tornou o tristepaladino das perseguições aos primeiros cristãos. Vivia umasimbiose negativa, que se agravava a cada dia, conforme sedeflui dos relatos de Emmanuel no livro Paulo e Estêvão.

    Muito se fala atualmente na elevação da Terra a mundode regeneração, entendendo alguns que a simples mudança decategoria proporcionará a felicidade geral, quando, na

    verdade, nosso “céu interior” ou nosso “inferno interior” nosacompanham em todos os lugares onde estivermos.Há Espíritos elevados que vivem em regiões umbralinas

    em missões de auxílio, se sentindo sempre em verdadeiro céuespiritual, enquanto que um Espírito cheio de imperfeiçõesestará sempre infeliz, mesmo que lhe seja permitido viver emregião elevada da Espiritualidade.

    O autoaprimoramento é necessário, se não quisermosfazer parte da vasta camada dos Espíritos dominados pelosdefeitos morais, que se incentivam e sustentamreciprocamente nos seus descaminhos.

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    3.2.1 –  OS OBSESSORES ENCARNADOSObsessor é quem induz outrem ao Mal.Há muitos obsessores encarnados, ou sejam, todos

    aqueles que prejudicam as outras pessoas.São obsessores os que divulgam mensagens nocivas, de

    qualquer natureza que sejam.Há pessoas muito inteligentes que podem ser

    enquadradas nesse perfil, como igualmente outras que sãopouco intelectualizadas. Há igualmente pessoas muitodestacadas na sociedade e outras sem nenhum prestígio. Oque conta é o direcionamento que elas dão à sua energiaespiritual.

    Os exemplos são inúmeros de situações em que seconsegue fazer mal às pessoas.

    Há quem simule fazer o Bem, mas com a intenção doMal.

    Saulo se deixou dominar pelas sugestões de obsessoresencarnados, que eram seus companheiros de ideologiarigorista e ambiciosa.

    Cada um que ouve as sugestões de terceiros indutorasdos defeitos morais está dando ouvido a obsessoresencarnados.

    Respondemos perante a consciência e a Justiça Divina sedamos ouvidos a esses maus conselheiros.

    O “orar e vigiar” se faz imprescindível para não cairmos

    nas armadilhas dos conselheiros do Mal, que, muitas vezes, seapresentam cheios de argumentos aparentemente respeitáveis.

    O próprio Saulo, escutando alguns companheiros,acreditou estar cheio de razão para iniciar a matança depessoas, mesmo sabendo do mandamento do “Não matarás”... 

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    3.2.2 –  OS OBSESSORES DESENCARNADOSA Doutrina Espírita é a corrente religiosa que mais

    informa sobre as relações entre o mundo dos encarnados e odos desencarnados.

    O número de obras esclarecedoras sobre esse assunto érespeitável, podendo-se destacar várias psicografadas porFrancisco Cândido Xavier e Divaldo Pereira Franco, semcontar o Livro dos Médiuns, de Allan Kardec.

    Ignorar a influência dos Espíritos desencarnados sobreos encarnados é deixar de levar em conta um dadoimportantíssimo na vida de qualquer pessoa.

    Infelizmente, a maior parte da humanidade não teminteresse em informar-se sobre isso e sofre as consequênciasdessa desinformação.

    O número de obsidiados é muito elevado, sendo osdesencarnados atraídos pelos defeitos morais que aindamantemos.

    Saulo, optando por ignorar a essência do Decálogo parainiciar as perseguições contra os cristãos, passou a serteleguiado por mentes desencarnadas voltadas para o Mal.

    Somente no memorável Encontro com Jesus, e por forçada sublimidade irresistível do Amor do Senhor, quebrou-se acadeia que o mantinha refém dos terríveis exploradores doseu psiquismo em franco desvairio.

    Sempre é de bom alvitre lembrar-se a necessidade do“orar e vigiar” como barreira contra as influências negativas

    invisíveis.

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    3.2.3  –  A IMPLANTAÇÃO DE PLUGS NEGATIVOS

    NO PERISPÍRITOManoel Philomeno de Miranda, em livro psicografadopor Divaldo Pereira Franco, conta o caso de um rapaz cujoobsessor lhe tinha implantado um plug no cérebroperispiritual, através do qual o induzia a uma submissãoaltamente danosa.

    Situação idêntica deve ocorrer em muitos casos de

    exploração psíquica, quando o obsidiado passa a agir comoverdadeiro teleguiado pelo obsessor.A terapêutica espírita é muito conhecida atualmente,

    praticada nos Centros Espíritas, e produz excelentesresultados, dependentes, todavia, do desejo sincero doobsidiado em reformar-se moralmente, o que se complementacom a evangelização do obsessor.

    As obras referidas linhas atrás, além de outras,assinadas por nomes respeitáveis da Doutrina Espírita, podemser estudadas pelas pessoas vítimas de obsessão.

    A família também deve participar do investimentoespiritual, tal como se faz nos sistemas dos AlcoólocsAnônimos e dos Narcóticos Anônimos.

    Sobretudo, deve-se entender que o importante é

    evoluirmos assimilando a noção do Amor Universal, únicasolução para todos os problemas humanos e caminho para aFelicidade.

    É evidente que a evolução não nos proporcionará acalmaria e a ociosidade, que muitos desejam, mas sim otrabalho no Bem, que é o melhor benefício que Deus concedeàs Suas criaturas.

    A Felicidade e a Paz são frutos do trabalho no Bem.

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    3.3 –  A PREVALÊNCIA DOS DEFEITOS MORAISA simples sequência dos dias da existência humana, seja

    no mundo encarnado, seja no mundo desencarnado, propiciao desenvolvimento intelectual, pois o Espírito sempre aprendecoisas novas, mesmo quando não esteja empenhado emaprendê-las. Portanto, o progresso intelectual é quaseautomático.

    Todavia, o progresso moral é resultado da decisãoindividual em vencer suas más tendências, resumíveis noorgulho, egoísmo e vaidade. Assim está escrito em O Livro dosEspíritos.

    O progresso intelectual normalmente antecede o moral,evidentemente, e é muito mais fácil que o segundo. Por isso,somos mais inteligentes do que bons.

    Saulo, enredado na teia dos interesses corporativos eentendendo as ideias cristãs como contrárias à sua religião,deixou-se dominar pelo orgulho e tornou-se perseguidor danova crença. Seu ponto fraco, acreditamos, foi o orgulho,defeito oposto da humildade.

    A maioria das pessoas não dá combate permanente eorganizado aos próprios defeitos morais, muitos praticamenteaté cultivando as próprias falhas morais com gosto epropalando-as como se fossem virtudes.

    Assim é que muita gente diz pomposamente que “não

    leva desaforo para casa”, centraliza seus esforços na

    acumulação de benefícios pessoais etc.Somente através da autoanálise conhecemos a extensão

    das nossas deficiências morais e, somente quando tomamos ainiciativa de as vencer, avançamos firmes no rumo daevolução ético-moral.

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    Sem esse esforço indispensável, estaremos sempre naposição de joguetes das circunstâncias da vida, desinformadose inseguros.

    Espíritos evoluídos são aqueles que já adquiriram asvirtudes da humildade, desapego e simplicidade e, apesar desofrerem muitos reveses, os naturais da vida, não se deixamabater pelos testes pelos quais todo mundo tem de passar.

    Dando o grande salto qualitativo para o padrão do“homem novo”, Paulo de Tarso se fez caracterizar pela

    humildade.Não tinha pendor para o egoísmo e a vaidade, sendo, por

    isso, fácil para ele desapegar-se dos interesses materiais, quenão o atraiam de verdade e viver com a simplicidade“franciscana” que estava arquivada no seu subconsciente.

    Não era um Espírito nem egoísta nem vaidoso. Se o fosse, seugrande salto seria muito mais difícil, talvez impossível a curtoprazo.

    Talvez o defeito mais enraizado no ser humano seja oegoísmo, vivendo muita gente apegada ao dinheiro e aos bensmateriais. Esse apego resulta das poucas reflexões sobre asLeis Divinas e a dúvida sobre a continuidade da vida após odesencarne, fazendo as pessoas agarram-se às possesmateriais e ao corpo físico, como coisas palpáveis e as quaistomam como tábuas de salvação no oceano da sua

    desinformação das coisas espirituais.O egoísmo faz muita gente tomar atitudes eticamente

    condenáveis, no mínimo, classificáveis como omissões quantoao dever de Fraternidade.

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    3.3.1 –  O ORGULHOO orgulho representa uma visão distorcida da nossa

    própria individualidade. Somos seres em evolução, membrosde uma hierarquia onde há um número infinito de seres maise outros menos evoluídos que nós.

    Podemos muito aprender com uns e outros e podemosmuito ensinar também.

    Fomos feitos para conviver em harmonia com todos, poisvigora na Natureza o sistema da colaboração.

    Julgar-se feito de essência mais apurada é ignorar aspróprias Leis Divinas, uma vez que Deus não ama mais umfilho que outro.

    A posição que ocupamos na sociedade representa meradiferenciação no tipo de trabalho que nos foi destinado napresente encarnação, isso sem contar que ora nascemos commissões socialmente destacadas ora com atribuições poucovalorizadas: tudo isso faz parte do nosso aprendizado.

    Também é de se considerar que o que vale não é o posto,mas a forma como desempenhamos nosso trabalho, com ousem a ideia de Amor Universal.

    A autoanálise permanente nos ajuda a não nosorgulharmos dos destaques que venhamos a receber nem nosrevoltarmos com as aparentes humilhações que venhamos asofrer.

    Paulo de Tarso, depois de experimentar o prestígio e opoder como Saulo, passou sob chuvas de humilhações nocumprimento da sua gloriosa missão de Universalizador doCristianismo. Todavia, tendo consolidado em seu íntimo avirtude da humildade, encarou aqueles reveses comonecessários ao próprio progresso espiritual.

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    Ninguém consegue evoluir sem adquirir a humildade,que não significa andar andrajoso e sem higiene, mas simsaber da posição de simples colaborador no universo deservidores do mundo material e do mundo espiritual: somosmeras engrenagens de u’a máquina imensa, não sendo

    ninguém insubstituível nem indispensável. Nem por issodeixaremos de dar nossa contribuição, grande ou pequena.

    Madre Teresa de Calculá dizia que sua atuação nãopassava de uma gota no oceano, mas sem isso o oceano seriamais pobre.

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    3.3.2 –  O EGOÍSMOO egoísmo representa todo excesso na concessão de

    vatagens a si próprio.É normal que cada um invista em seu próprio

    desenvolvimento, mas se torna doentia a preocupaçãoexagerada com sua pessoa.

    A educação que muitos pais e mães dão aos própriosfilhos é voltada para o egoísmo, centralizando-se nosinteresses da família e esquecendo-se de ensinar-lhes, pelaexemplificação mais do que pela palavra, que fazemos parteda Grande Família Universal, formada por toda ahumanidade.

    A estória de Romeu e Julieta aponta a triste rivalidadeentre duas famílias, que, somente com a morte trágica de seusrespectivos filhos, romperam o círculo vicioso do ódiorecíproco.

    O egoísmo representa a prevalência do instinto animalsobre a própria inteligência, pois, enquanto esta últimamostra as vantagens da cooperação entre os seres, o primeiroinstiga ao exclusivismo e às disputas irracionais.

    O espírito André Luiz afirma que “quando cada um

    entender que vale a pena ser bom, vai ser bom até porinteresse”, mostrando que a Fraternidade gera amizadessinceras e retorno compensador, enquanto que o egoísmo sóproduz disputas inúteis e produz as desavenças maisencarniçadas. A violência e a guerra são frutos,respectivamente, do egoísmo individual e coletivo.

    O intercâmbio entre os povos aos poucos vai amainandoo egoísmo, demonstrando que as trocas são necessárias entreeles. A globalização induz à amizade entre as nações e oscidadãos dos diferentes países.

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    O próprio esporte ajuda a unir a humanidade, tendocomeçado sua missão gloriosa nas Olimpíadas da Gréciaantiga, quando as cidades-estado participantes interrompiamaté as guerras no período daquelas importantes e educativasatividades esportivas.

    Se cada um desse de si o que sabe ou pode realizar erecebesse aquilo de que necessita, a realidade humana seriatotalmente diferente.

    Caminhamos nesse sentido, sendo exemplo nobilíssimo otrabalho vountário, que aumenta a cada dia, multiplicando-seo número de voluntários e o de entidades filantrópicas eONGs.

    Saulo não manifestava qualquer tendência para oegoísmo, sendo que, por isso, ficou facilitada sua vida após aconversão ao estilo do homem novo, dividindoprazerosamente com todos seus poucos bens e seus grandesconhecimentos e generosidade.

    Vencer o próprio egoísmo começa pelo desapego a umasérie de vantagens materiais e cresce através da renúncia aoutras tantas coisas, que funcionam peso no nosso vôo rumoao Infinito.

    Devemos fazer como o baloneiro que vai desprendendoos sacos de areia amarrados ao balão para poder distanciar-sedo solo e voar cada vez mais alto.

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    3.3.3 –  A VAIDADEO desejo de evidência retira o mérito de muitas

    realizações.Quem procura o destaque através das obras sociais “já

    recebeu seu galardão” e nada tem a receber da Justiça Divina. O desinteresse verdadeiro compõe o perfil psicológico do

    homem novo, enquanto que o homem velho realizar boasobras com o fito de projetar o próprio nome e serhomenageado pelos seus contemporâneos.

    A vaidade é sutil e se esconde atrás das máscaras do falsoidealismo.

    Quanta gente vive em função da vaidade e sofre quandonão recebe o reconhecimento que julga merecer!

    Saulo não pecou pela vaidade, pois nunca pretendeureceber elogios e benefícios outros que não a aprovação da suaconsciência. Mesmo quando enveredou pelo caminho daintransigência e da violência não estava movido pela vaidade,mas sim pelo orgulho, como dito linhas atrás.

    Paulo de Tarso, o homem novo, era simples, desataviado,despretensioso, amigo da forma de viver sem formalidadesdesnecessárias.

    Assim também deve ser o homem novo de hoje, acessível,cordial, afável e de trato fácil em relação a todas as pessoas,sem preocupação em querer uma projeção desnecessária emfunção do trabalho idealista que realiza. Sabe que os elogiosem nada lhe ajudarão o progresso moral.

    A vaidade é um defeito moral grave, que deve serdetectado e substituído pela virtude oposta, que é asimplicidade.

    Os homens e mulheres realmente superiores são simples,como se vêem em exemplos nobres de ontem e de hoje.

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    Os vaidosos assemelham-se aos pavões, que chamampara si o ridículo e a inveja de outros vaidosos menos bemsucedidos.

    A vaidade a que nos referimos aqui nada tem a ver coma preocupação feminina de bem apresentar-se e enfeitar-se,mas sim apontamos apenas a vaidade-defeito moral.

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    4 –  O HOMEM NOVOA transformação de Saulo, homem velho, em Paulo de

    Tarso, homem novo, foi uma das mais surpreendentes emarcantes da História do Cristianismo, justamente pelagravidade das faltas por ele cometidas contra os ideais doProgresso da humanidade.

    Madalena falhou pela vaidade doentia, Zaqueu peloegoísmo e Saulo pelo orgulho.

    Sua adequação ao padrão do homem novo foi trabalhadaem vários anos de meditação, renúncia, sacrifícios, lágrimasde arrependimento e investimento persistente em fazer de sipróprio uma pessoa em que o Amor Universal suplantasse astendências negativas.

    O trabalho interior transbordou em dedicação àpropagação da Boa Nova por todas as terras onde conseguiuchegar fisicamente ou através das suas famosas epístolas.

    Seu verbo candente atingia em cheio o coração e océrebro dos discípulos. Convencia pela sinceridade da suareforma interior. Transformou o Cristianismo, de crençalimitada aos arredores de Jerusalém, em tema de reflexãopara centenas e milhares de estrangeiros.

    O homem novo atual procura viver segundo os ditamesda própria consciência, ciente de que a vida no mundomaterial é passageira e visa sobretudo o desenvolvimentointelecto-moral, sendo incerto o dia da passagem para a pátriaverdadeira  –  que é o mundo espiritual. Não se engana e nemengana os outros. Investe em si próprio e em favor doprogresso alheio. Luta por transformar-se e ajuda atransformação do mundo para melhor.

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    Feliz de quem trilha esse caminho, pois consegue vivermelhor do que aqueles que gozam dos benefícios puramentemateriais.

    A Felicidade é resultado da consciência pacificada esomente o homem novo vive essa realidade.

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    4.1  –   A PREVALÊNCIA DO MACROCOSMOESPIRITUAL

    Enquanto a gente vive como homem velho, ou seja, emfunção dos interesses materiais ou puramente pessoais, semlevar em conta a universalidade proclamada pelas LeisDivinas, que faz surgir o homem novo, nossa vida não passade um corre-corre atrás de mesquinharias ou marasmo deociosidade estagnante, que geram desilusões a curto, médio oulongo prazos.

    O ser humano foi programado para a Felicidade, que sóse alcança pela evolução intelecto-moral, rumo a horizontescada vez mais altos, nas trilhas que levam a Deus.

    Com o aprimoramento espiritual, nossa visão deconjunto aumenta progressivamente e passamos a pensar nahumanidade, nos seres todos que habitam o planeta ecomeçamos a entender os exemplos de vida de homens e

    mulheres como Francisco de Assis, Mohandas Gandhi,Francisco Cândido Xavier e Madre Teresa de Calcutá, paraquem todos os seres são importantes e dignos de atenção.

    A mudança se faz com o desapego aos bens e interessesmateriais, aos interesses mesquinhos da vaidade doentia e aoorgulho, fazendo-nos verdadeiros cidadãos do mundo, apesarde continuarmos vivendo muitas vezes nos estreitos limites de

    uma pequena cidade ou vila.O diferencial não está no exterior, mas na mentalidadenova, que abre a mente e o coração para a filantropia semlimites.

    Não mais a prevalência de interesses puramentepessoais, corporativos, familiares ou locais, mas sim a procurado bem-estar de qualquer um que necessite de compreensão e

    ajuda.

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    O caminho a percorrer é longo e não se faz em algunsdias ou meses, mas no curso de uma vida inteira, em umasequência diária de aperfeiçoamento através da reflexão e dasações beneméritas desinteressadas.

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    4.2- A SINTONIA SALUTAR COM OSORIENTADORES ESPIRITUAIS

    A sintonia espiritual do homem velho se faz com outroshomens velhos, que costumam mesclar sentimentos bons emaus. Muitos sentem a ilusão da felicidade, quando, naverdade, apenas estão ingerindo água pura toldada pelo lodoou a lama.

    Mudando de mentalidade, com a superação dos defeitosmorais, passando à faixa mental do homem novo,

    conquistamos merecimento para a sintonia com osOrientadores Espirituais e deixamos para trás as vibraçõesdissonantes de algumas sintonias antigas, que, na época, nospareciam boas e saudáveis. Nossa antena psíquica de entãoestava enferrujada e não tinha condições de captar asemissões de frequência mais alta.

    Sem ingressar na faixa dessa nova sintonia,

    continuaremos oscilando entre o Bem e o Mal, vítimas dedesajustes periódicos, fazendo-nos terminar a jornada terrenacom aproveitamento insuficiente e uma grande insatisfaçãointerior pelo tempo mal empregado.

    Quando Jesus afirmou que deveríamos dizer “sim sim,

    não não” estava pretendendo significar que as opções

    deveriam ser claras entre o Bem e o Mal.

    Não há meio termo possível quanto às escolhasinteriores: ou vivemos como homem novo ou como homemvelho. Os referenciais de um e outro são diversos e asconsequências igualmente. “A sementeira é espontânea, mas a

    colheita é obrigatória”. Nossos Orientadores Espirituais são homens novos ou

    mulheres novas. Se quisermos estar em contato psíquico com

    eles isso só acontecerá se estivermos na mesma faixa mental.

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    4.2.1 –  OS ORIENTADORES ENCARNADOSO dever de tratar com urbanidade todas as pessoas e

    tentar ajudá-las não significa que sintamos a mesma afinidadecom todas, uma vez que os que estão psiquicamente distantesnão se sentem à vontade uns em presença dos outros.

    Há entre os encarnados aqueles que devemos imitar nosseus exemplos dignificantes.

    Esses Orientadores encarnados são pessoas de melhorqualificação ético-moral que nós e nos ajudam muito com seusexemplos nobres de conduta.

    Seus textos, palestras, diálogos e a observação de suavida nos inspiram a melhorar nossa conduta.

    Sempre devemos manter, de alguma forma, contato comessas pessoas, mesmo que pela simples leitura, se não forpossível maior proximidade, pois sua energia positiva acionanosso psiquismo à elevação.

    O distanciamento das fontes positivas propiciaoportunidade para cairmos em faixas inferiores e ficarmossujeitos às afinizações inferiores.

    Faz parte do “orar e vigiar” estar em contato, como dito,

    mesmo que pelas leituras edificantes, com os verdadeirosOrientadores Espirituais.

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    4.2.2 –  OS ORIENTADORES DESENCARNADOSApesar de invisíveis aos olhos materiais, nem por isso

    nosso contato com os Orientadores desencarnados se fazmenos eficiente.

    Como fontes de energia mental que todos somos,sintonizamos continuamente com aqueles que se afinizam comnosso mundo interior.

    O homem novo sintoniza com os OrientadoresEspirituais. O homem velho oscila entre os bons e os mausEspíritos.

    O que faz a diferença entre o homem novo e o homemvelho é seu estilo de vida interior, que se irradia do seu íntimoe não as atitudes externas, que costumam encobrir muitasintenções nocivas.

    Esses Orientadores nos acompanham durante nossaencarnação e nos inspiram bons propósitos.

    Há quem os veja através da visão psíquica, outrosescutam suas induções pela acústica mental, alguns outrosagem completamente incorporados por eles em transestemporários, enquanto que a maioria simplesmente recebeintuições.

    Mas sua presença é certa e firme quando há um homemnovo presente em qualquer ambiente que seja.

    Quando Jesus garantiu que sempre estaria presentequando dois ou mais se reunissem em Seu nome. Não excluiuSeu apoio quando um só estivesse presente.

    Nossos Orientadores comparecem sempre quenecessário, mesmo sem o pedirmos, pois sempre estãointeressados na realização do Bem.

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    4.2.3  –   A RETIRADA DE PLUGS NEGATIVOS DOPERISPÍRITO

    A tecnologia se faz presente tanto no mundo materialquanto no espiritual, havendo técnicos voltados para o Bem eoutros para o Mal, tanto aqui quanto lá.

    Verificam-se casos de implantação de equipamentoseletrônicos negativos no perispírito de pessoas obsidiadas,como relata Manoel Philomeno de Miranda, em obrapsicografada por Divaldo Pereira Franco.

    A retirada desses componentes se faz através da atuaçãode especialistas do mundo espiritual, como parte do processode desobsessão.

    É bom lembrar sempre a importância da recomendaçãodo “orar e vigiar” para se evitar a sintonia com inimigos do

    Bem, sempre atentos para as oportunidades de prejudicarseus desafetos.

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    4.3  –   O DESENVOLVIMENTO DAS VIRTUDESMORAIS

    A preocupação com a aquisição e desenvolvimento dasvirtudes nem sempre faz parte do modelo educacionalescolhido pelos pais e mães, mais preocupados com asegurança financeira dos filhos do que com qualquer outracoisa.

    O resultado dessa mentalidade distorsida é a lutadesenfreada e fria pelo pão de cada dia, ficando muita gente

    fora do campo das oportunidades, pois alguns mais egoístasou desonestos passam a ocupar os melhores espaços e até maisde um quando o conseguem.

    O orgulho, o egoísmo e a vaidade muitas vezes sãoincentivados direta ou indiretamente por esses pais e mães,tratando esses defeitos como se fossem virtudes necessárias na“luta por um lugar ao sol”... 

    O homem novo não educa seus filhos dentro dessepadrão, mas sim dá o exemplo diário de humildade, desapegoe simplicidade.

    Ninguém necessita de tantos bens materiais para viver,nem de tantas benesses, nem de tanto prestígio, porquereconhece que seu objetivo central na vida é evoluir eminteligência e espiritualidade.

    O homem novo realmente é diferente do homem velho, eos focos de um e outro divergem na essência: um trabalha emfunção do espírito, mesmo quando exerce sua profissão nomundo, enquanto que o outro visa benefícios materiais,mesmo quando aparentemente visa o aperfeiçoamento doespírito.

    A encarnação é passageira e ninguém sabe a hora da

    partida. Por isso, é importante estar preparado com o

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    “passaporte espiritual” em dia, representado pela aquisição

    das virtudes morais, que possibilita viver-se relativamentebem em qualquer ponto do universo.

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    4.3.1 –  A HUMILDADEA humildade não significa subserviência, mas sim o

    reconhecimento da nossa posição de meras engrenagens naimensa máquina do mundo, onde cada peça é, ao mesmotempo, importante, mas substitível.

    Os Espíritos realmente evoluídos são humildes, poisreconhecem que há outros muito mais evoluídos que eles everificam que os menos evoluídos também são importantes nocontexto geral.

    O Espírito Emmanuel se apresenta ajoelhado diante donobre Ismael. Francisco Cândido Xavier sempre sereconheceu mero verme perto da Personalidade Amorosa deJesus. E assim por diante. São exemplos de homens novos.

    Quando alguém se apresenta cheio de empáfia, já ficapatenteado o homem velho, necessitado do Encontro Divinona sua particular “estrada de Damasco”. 

    O homem novo não se preocupa em ser valorizadoexteriormente, pois sabe que seus méritos ou deméritos sãoum assunto entre ele e Deus, através da própria consciência.O prestígio ou desprezo exteriores não alteram essa realidade.

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    4.3.2 –  O DESAPEGOHá bens materiais essenciais à nossa sobrevivência e há

    outros que são, simplesmente, acessórios.No entanto, essa valoração varia de pessoa para pessoa

    de acordo com seu nível intelecto-moral. Isso é evidente,dispensando maiores comentários.

    Compensa ao homem novo desapegar-se dos acessóriosna maior quantidade possível, para manter consigo apenas osessenciais.

    O apego às coisas materiais e a qualquer coisa quedificulte a caminhada evolutiva é prejudicial.

    Afinal, o objetivo maior da encarnação é o nossodesenvolvimento intelecto-moral: o que não ajuda nessaempreitada, por si só, já se torna um peso que carregaremos,gerando um esforço inútil.

    A hora da partida para o mundo espiritual édesconhecida por nós. Se formos alcançados em situaçãointerior desfavorável, estaremos levando para a novarealidade pendências mais ou menos graves, que terão de serresolvidas.

    Nas reuniões mediúnicas aparecem inúmeros Espíritosque sequer tomaram conhecimento de que já estão no mundoespiritual; muitos continuam apegados ao patrimôniomaterial que tiveram; outros reclamam tratamento especialpelo nível social que ocuparam; outros continuam naperseguição a pretensos adversários; outros não seconformam em deixar a convivência com os entes queridosque continuam encarnados etc. etc.

    As religiões, apesar de todo seu esforço, não entraram noíntimo mais profundo das pessoas, principalmente no quepertine à continuação da vida após o decesso corporal.

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    Grande número desses adeptos descrê da própria existênciada alma, acreditando que só existe o corpo e tudo acaba com amorte.

    Somente a Doutrina Espírita fornece informes maisdetalhados sobre a existência do Espírito e a realidade da vidano mundo espiritual.

    Poucos são os recém-desencarnados que se dão conta danova realidade e sentem-se desnorteados, requisitando ajudanas reuniões mediúnicas.

    Enquanto não mudar o quadro de desinformação quantoà realidade do mundo espiritual, os centros espíritascontinuarão a ser um destacado pronto-socorro pararecebimento e orientação das pessoas que viveram apegadasàs coisas do mundo.

    O Espírito André Luiz, informa, através da mediunidadede Francisco Cândido Xavier, que a maioria das pessoas quedesencarna vai para o umbral. Esse fato ocorre justamentepelo apego que essas pessoas mantêm pela materialidade, oque inviabiliza seu acesso a regiões melhores do mundoinvisível.

    A necessidade do desapego é questão séria e não deve tersua solução adiada.

    Jesus afirmava que “não tinha uma pedra onde recostar

    a cabeça”, demonstrando seu desapego absoluto. 

    Não estamos nesse nível, evidentemente.Paulo de Tarso desapegou-se de quase tudo: até de

    muitas coisas essenciais à vida da maioria das pessoas.O homem novo deve atentar para a diferença entre

    coisas essenciais e acessórias.

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    4.3.3 –  A SIMPLICIDADEA simplicidade é a virtude oposta à vaidade.A ideia de simplicidade merece algumas considerações

    esclarecedoras.Alguém que ocupe elevada posição social não pode

    descuidar-se do cumprimento de algumas regras de etiqueta.Todavia, nem por isso, deixará de ser simples se, no seuíntimo, é uma pessoa desprovida de vaidade.

    Não é o exterior que deve ser analisado, mas a índole decada um.

    Dom Pedro II era um homem de extrema simplicidade,mesmo ocupando o trono do Brasil durante seu profícuoreinado.

    Uma pessoa do povo, vivendo em grande carênciamaterial, pode não ser dotada da virtude da simplicidade.

    O homem novo sabe como se conduzir, optando pelasimplicidade em todos os momentos de sua vida, com issodando um belo exemplo a muitos, que procuram umaevidência que raia pelo risível e pelo ridículo.

    Paulo de Tarso foi simples em todas as suas atitudes,despretensioso e sem intenção alguma de ganhar projeção,mas considerando-se apenas feliz de trabalhar como mais umdivulgador da Boa Nova, honrando e destacando seu DivinoMestre.

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    5 –  O SALTO QUALITATIVOEnquanto que a inteligência se desenvolve pelo mero

    decurso do tempo, uma vez que ninguém consegue viver sempensar e, só de pensar já se caminha para a frente, mesmo quepouco, não acontece da mesma forma quanto aoaperfeiçoamento ético-moral.

    Alguém só evolui nesse último aspecto se realiza umesforço consciente nesse sentido.

    O fato de sofrer as conseqüências dos maus propósitospor si só não desperta a consciência das pessoas rebeldes aoprogresso ético-moral.

    Deus concede a cada um a liberdade de optar pelaevolução ético-moral ou pela estagnação.

    Quando o grande missionário tarsense rompeu com oparadigma do homem velho, realizou um salto qualitativoimportante, optando pela dedicação integral à sua missão deDiscípulo de Jesus.

    Esse salto representa u’a mudança realmente

    qualitativa, adotando-se um modelo de pensar, sentir e agfirdiferente daquele que norteia o homem velho.

    Somente os Espíritos maduros para tanto conseguemrealizar essa transposição, pois não se trata de um ato único,uma decisão consubstanciada em uma simples declaração devontade, mas uma seqüência de pensamentos, sentimentos eatitudes que se sucederão pelo resto da vida.

    Saulo tinha em seu íntimo a maturidade necessária parao salto decisivo, nunca mais voltando a enganar-se quanto àssuas responsabilidades espirituais.

    O homem novo dos dias atuais também temresponsabilidades semelhantes, mesmo que em escala muito

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    menor: o salto qualitativo que deve desferir não é menossignificativo, abandonando o estilo de vida do homem velho.

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    6 –  O “ORAR E VIGIAR” A oração é um dos itens mais mal compreendidos pela

    maioria dos adeptos de todas as religiões.Normalmente, se resumem a “pedidos” em favor próprio

    ou em favor dos entes queridos.Pedem-se benefícios sem merecimento, paz sem obras e

    favores os mais variados, que revelam em quem ora o homemvelho na sua expressão mais crua.

    Orar, na verdade, tem sua expressão mais elevada nacomunhão, pelo pensamento, com o nosso Criador numamanifestação de gratidão e amor. Não necessita de palavras,pois a qualidade da emissão mental é que conta.

    Há orações que são verdadeiros jatos de luz enquantoque há outras que têm muito pouca qualidade mental.

    É necessário orarmos diariamente, não para pedir aDeus que retire do nosso caminho os empecilhos necessáriosao nosso aprendizado e desenvolvimento, mas sim que nos dêcoragem e compreensão para vivenciá-los com proveito.

    Vigiar é autoanalisar-se, verificar constantemente quaisnossas verdadeiras intenções na vida diária.

    Devemos atentar para os rumos que nossos pensamentos,sentimentos e ações vão tomando, para não acontecer omesmo que ocorreu com Saulo, que, aos poucos, foi-seenredando em terrível emaranhado obsessivo, que somenterompeu-se com a interferência direta e pessoal de Jesus nocélebre Encontro na estrada de Damasco.

    Vigiar é imprescindível.Sem essa reflexão constante, o homem novo pode perder-

    se e voltar a pensar, sentir e agir como homem velho.Paulo de Tarso nunca mais se perdeu porque adotou o

    “orar e vigiar” como regra do seu dia-a-dia. Assim devemos

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    fazer, para seguirmos adiante no rumo do nossoaperfeiçoamento espiritual.

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    7 –  EVOLUIR PELA DOR OU PELO AMORQuando se fala que “podemos evoluir pela dor ou pelo

    amor”  trata-se de mera figura de linguagem, porque, naverdade, a única forma de evolução ético-moral é pelo Amor.

    O simples fato de alguém sofrer os retornos dolorosos daLei de Causa e Efeito não acarreta essa evolução. Enquantoum Espírito não se decide pelo Bem, não evolui no sentidoético-moral.

    Pode-se dizer que há, praticamente, três níveis decompreensão: os extremamente rebeldes não se dobram nemcom os sofrimentos; alguns mais brandos acabam sesensibilizando e passam às fileiras do Bem; e os já evoluídossimplesmente vão adiante, praticando as virtudes morais,independente de sofrerem ou não.

    Grande parte da humanidade terrena somente acordapara alguma noção de virtude quando sente as agrurasmorais, as doenças e outros desastres. O nível ético-moraltalvez pouco se distancie daquele que vigorava na época emque Paulo de Tarso realizava suas peregrinações tentandosensibilizar as inteligências e os corações.

    Trocamos os espetáculos do circo romano pela violênciadas grandes cidades, o crime organizado, as guerras, asdesigualdades sociais e outras formas de desumanidadeadmitidas serenamente pela maioria das pessoas.

    O homem novo estará sempre dissonante frente àmentalidade nem sempre compreensiva e fraterna dos seuscompanheiros de jornada, mas deve pensar sempre que aevolução ético-moral é individual e o único responsável pelasua evolução é ele próprio.

    Mesmo no meio das dificuldades que surgemnaturalmente, terá relativa paz interior e sua felicidade será

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    proporcional ao que tiver em seu íntimo, como pensamentossadios, sentimentos fraternos e ações dignas do homem novo,que Jesus exemplificou em grau máximo.

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    8 –  OS CENTROS ESPÍRITASUma das mais importantes contribuições de Paulo de

    Tarso foi a criação de grupos cristãos nas localidades poronde ia passando. Seu número se tornou expressivo com opassar do tempo.

    As igrejas que fundou se consolidaram e semultiplicaram, compostas por adeptos com os quais mantinhacontato pessoal ou através das suas famosas epístolas, em quedava orientações sobre questões relevantes.

    Naquelas igrejas se praticavam as atividades que hoje seexecutam nos centros espíritas, pois o Cristianismo daquelesprimeiros séculos vivia em função do voluntariado e da boa-vontade e em contato permanente com o mundo espiritualatravés da mediunidade de alguns adeptos.

    Se não foi de sua autoria a ideia, pelo menos foi um dosimportantes divulgadores desse estilo de viver e propagar aReligião.

    Atualmente, no meio espírita, verifica-se a existência demilhares de centros espíritas no Brasil principalmente, e emoutros países também, onde se estuda a DoutrinaKardequiana e se praticam atividades previstas nas obrasbásicas da Doutrina.

    Trata-se de uma opção importante para os espíritas afrequência assídua a pelo menos um centro. Todavia, asimples frequência não é suficiente. É necessário, mesmo, queparticipemos ativamente como trabalhadores voluntários emalguma atividade qualquer que seja.

    Comparecer simplesmente como ouvinte é muito pouco:o trabalho em grupo nos chama, como dever impostergávelpara nossa evolução espiritual. O homem novo não se

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    contenta em ler no conforto do lar as obras espíritas, mascolabora nas atividades do centro que frequenta.

    Como se pode ver em Atos dos Apóstolos e em Paulo eEstêvão, a realidade das igrejas fundadas por Paulo de Tarsoera de trabalho voluntário dos seus seguidores. O mesmo deveacontecer hoje quanto aos seguidores de Jesus nos moldeskardequianos.

    Muitos se dizem espíritas, mas optam pelo comodismo demanter-se distantes das nossas casas de trabalho voluntário.

    Ninguém é obrigado ali a realizar atividades para asquais não se sente vocacionado ou não lhe permite o estado desaúde: cada um deve realizar aquilo que é da sua simpatia ouvocação. Assim, uns se dedicam à cozinha, outros dão aulas,outros escrevem textos, outros transmitem uma palavra deafeto etc. etc.

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    CONCLUSÕES1) Saulo pode ser tomado, para fins didáticos, como símbolodo homem velho, ou seja, aquela pessoa dominada peloorgulho, egoísmo ou vaidade.2) Paulo de Tarso é um dos mais nobres modelos do homemnovo, agindo sob os impulsos da humildade, desapego esimplicidade.3) O homem velho é sempre obsessor e obsidiado, sintonizadoque vive com as correntes mentais negativas.4) O homem novo sintoniza com o Bem, pensando, sentindo eagindo em favor da evolução intelecto-moral da humanidade.5) Alcançado o padrão do homem novo, é imprescindível orare vigiar para seguir adiante, rumo ao Futuro cada vez maisbrilhante, em direção a Deus.6) Não há como evoluir ético-moralmente sem decisão firme econtinuada de optar pelas virtudes morais.

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    NOTA[1] A Wikipédia informa emhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso sobre aexpressão Paulo de Tarso :

    Paulo de Tars o, também chamado de Apóstolo Paulo ,Saulo d e Tarso e São Paulo , foi um dos m ais inf luen tesescr i tores do cr is t ianismo pr imi t ivo,  cujas obrascompõem parte signif icat iva do Novo Testamento.  Ain fluênc ia que exerceu no pen sam ento cr is tão, cham adade " paul in ismo " , fo i fundamental por causa do seu p apelcomo proeminente apóstolo do Cr is t ianismo du rante a

    pro pagação in ic ial do  Evangelho pelo  Império Romano [4 ] . 

    Conheci do c om o Saulo antes de sua con versão, ele seded icava à persegu ição dos p rimeiros dis cípu los deJes us n a reg ião de Jer usalém. De acordo com o relatona Bíblia,  dur ante um a vi agem ent re J erus além eDamasco, num a m issão para que, enco nt rando fiéis po rlá, "os levasse p res os a Jerusalém" , Saulo teve umavisão de Jesu s env olto num a grande luz. Ficou c ego,mas recupero u a v isão após t rês d ias e começou então apregar o Crist ianism o.

    Juntamente com Simão Ped ro e Tiago, o Justo , ele foium dos mais pro eminentes líderes do nasc entecr is tiani sm o. Era tam bém cidadão romano , o qu e lheco nferia uma s itu ação legal p riv ileg iada.

    Treze epístolas no Novo Testamento são at r ibuídas aPaulo, mas a sua auto ria em sete delas écontes tada po r

    es tud iosos modernos. Agost inho desenvo lveu a ideia dePaulo que a salvação ébaseada n a fée não nas " obrasda Lei " . A in terp re tação de  Mart inho L utero das obras dePaulo inf luenciou for temente sua dou tr ina de " sola fide " .

    A conv ersão de Paulo mu dou radicalmente o curs o d esu a vid a. Atr avés de suas ati vi dades m issi onárias eobr as, Paulo eventualmente tr ansform ou as cr ençasrelig io sas e a filo so fia na região da bacia doMediterrâneo. Sua lid erança, inf luênc ia e legad o levaram

     à formação de comunidades dom inadas por grupos

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo_primitivohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_Testamentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paulinismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ap%C3%B3stolohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Persegui%C3%A7%C3%A3o_aos_crist%C3%A3oshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jerusal%C3%A9mhttp://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADbliahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Damascohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Pedrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tiago,_o_Justohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cidad%C3%A3o_romanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADstolas_paulinashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_Testamentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hiponahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Salva%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Halakhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Luterohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sola_fidehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_Mediterr%C3%A2neohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_Mediterr%C3%A2neohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_Mediterr%C3%A2neohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Bacia_do_Mediterr%C3%A2neohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sola_fidehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Martinho_Luterohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Halakhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Salva%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hiponahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_Testamentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADstolas_paulinashttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cidad%C3%A3o_romanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tiago,_o_Justohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Pedrohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Damascohttp://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADbliahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jerusal%C3%A9mhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Persegui%C3%A7%C3%A3o_aos_crist%C3%A3oshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Imp%C3%A9rio_Romanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ap%C3%B3stolohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paulinismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Novo_Testamentohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cristianismo_primitivo

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    gent ios que adoravam o Deus de Israel, aderiam aocódigo mo ral judaico , mas qu e abandonaram o ritual eas ob rig ações alimentares da  Lei Mosaica por causa dos

    ensinamentos de Paulo sob re a vida e obra de Jesus eseu "Novo Testamento" , fundamentados na mo rte deJesus e na sua  ressurreição. 

    A Bíblia não relat a a mort e de Pau lo .

    A p rin cip al fon te para info rm ações his tóricas so bre avid a de Paulo são as p ist as enco ntr adas em s uasepísto las e nos Atos dos Apósto los . Os Atos recontam acarreira de Paulo, mas deixam de fora diversas partes de

    sua vida, como a sua  alegada execução em Roma.Estud iosos como Hans Conzelmann e o teólogo J ohnKnox (não deve ser c onfu ndid o c om John Knox dosécu lo XVI), dis pu tam a confi abil id ade his tórica dos Atosdos Apóstolos. O relato do própr io Paulo s obre seupass ado está pri nc ipalm ente na  Epísto la aos Gálatas . Deacordo com alguns acadêm icos , o relato dos " Ato s"so br e a vi si ta de Paulo a Jerus além, em Atos 11:27-30, contradiz o relato nas epíst ol as paul inas .  Outros

    con sideram o relato de Paulo nas epístolas com o sendomais co nfiável do que os enc ontr ados no s " Ato s" .

    O nome original de Paulo era "Saulo" (em hebraico :  - Sha'ul; t iber iano : Šāʼ ûl - " o q ue se pedi u, o q ue seorou p or" e traduzido em  grego ant igo Σαούλ - Saul - ouΣα ῦ  λος - Saulo s), nome que div ide com o bíblic o ReiSaul, um outro benjaminita e prim eiro rei de Israel, quefoi sucedido pelo Rei Davi, da tr ibo de Ju dá. Segund osuas próprias palavras, era um  far iseu. 

    O uso de " Paulo" (em grego:  Πα ῦ  λος  - Paulos ; em  latim :Paulus ou Paul lus - " baixo" ; " cur to" ) aparece nos " Atos"pela prim eira vez qu ando ele começou s ua prim eira jornada m iss ionária em terr i tór io desconhec ido. Em  Atos13:6-13, Paulo aparece, junt amente com Barnabé e JoãoMarcos,  conversando com Sérgio Pau lo ,  um of ic ia lromano em Chipre que será convertido po r ele. Paulusera um sobrenome romano e alguns argumentam que

    Paulo o adotou c omo seu pr imeiro nom e. Outra teor ia,

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_de_Israelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Juda%C3%ADsmohttp://pt.wikipedia.org/wiki/613_mandamentoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/613_mandamentoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Mosaicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelhoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Expia%C3%A7%C3%A3o_%28vis%C3%A3o_substitucion%C3%A1ria%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Expia%C3%A7%C3%A3o_%28vis%C3%A3o_substitucion%C3%A1ria%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o_de_Jesushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Atos_dos_Ap%C3%B3stoloshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tradi%C3%A7%C3%A3o_crist%C3%A3http://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Conzelmannhttp://pt.wikipedia.org/wiki/John_Knoxhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADstola_aos_G%C3%A1latashttp://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/XI#11:27http://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADstolas_paulinashttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_hebraicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hebraico_tiberianohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hebraico_tiberianohttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega_antigahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rei_Saulhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rei_Saulhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tribo_de_Benjamimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rei_de_Israelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rei_Davihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tribo_de_Jud%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Fariseuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Latimhttp://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/XIII#13:6http://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/XIII#13:6http://pt.wikipedia.org/wiki/Barnab%C3%A9_%28B%C3%ADblia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Marcoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Marcoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rgio_Paulo_%28B%C3%ADblia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Chiprehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Chiprehttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rgio_Paulo_%28B%C3%ADblia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Marcoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Marcoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Barnab%C3%A9_%28B%C3%ADblia%29http://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/XIII#13:6http://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/XIII#13:6http://pt.wikipedia.org/wiki/Latimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_gregahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fariseuhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tribo_de_Jud%C3%A1http://pt.wikipedia.org/wiki/Rei_Davihttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rei_de_Israelhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tribo_de_Benjamimhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rei_Saulhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rei_Saulhttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_grega_antigahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hebraico_tiberianohttp://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_hebraicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADstolas_paulinashttp://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/XI#11:27http://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADstola_aos_G%C3%A1latashttp://pt.wikipedia.org/wiki/John_Knoxhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Hans_Conzelmannhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tradi%C3%A7%C3%A3o_crist%C3%A3http://pt.wikipedia.org/wiki/Atos_dos_Ap%C3%B3stoloshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o_de_Jesushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Expia%C3%A7%C3%A3o_%28vis%C3%A3o_substitucion%C3%A1ria%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Expia%C3%A7%C3%A3o_%28vis%C3%A3o_substitucion%C3%A1ria%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Evangelhoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_Mosaicahttp://pt.wikipedia.org/wiki/613_mandamentoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/613_mandamentoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Juda%C3%ADsmohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Deus_de_Israel

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    apontada pelo  Vaticano, afirma que era cos tume para os judeus roman izados da época ado tarem um nomerom ano e o pai de Paulo pro vavelmente quis agradar a

    família dos Pau l i 

    [14] 

    . Por fim , há ainda os que con sid erampossível a homenagem a Sérg io Pau lo e mais pro vávelque a m udança esteja mais relacionada a um desejo d oapóstolo em se d istanciar da h istór ia do Rei Saul, queperseguiu Davi.

    Em " Atos d os Apóstolos" , Paulo af i rma ter nascido emTarso (na pro vínci a de Mersi n , na parte meridional daTurquia cen tr al ) e faz b reves menções à sua família. Umsobr inh o émencionado em Ato s 23:16 e s ua mãe é 

    citada entre os qu e moram em Roma em  Romanos 16:13. É ali tam bém que o apósto lo confessa que «Sau loassolava a igreja, entrando pelas casas e, arrastandohomens e m ulheres , os en tregava à pri são.»(Ato s 8:3) .

    Mesmo tendo nascido em Tarso, fo i cr iado emJer usalém, " ao s pés de  Gamaliel " , que écons iderado umdos maiores p rofesso res nos anais do Judaísmo" e cujoequi l ibrado conselho em Atos 5:34-39,  para que os judeus se cont ivessem na fúr ia con tra os discípu los ,con trasta com a temeridade de seu estudante qu e, apósa morte de Es tevão, saiu num rom pante perseguindo os"santos" .

    A conversão de Paulo pode ser datada entre os anos d e

    31 e 36 pela referênc ia qu e ele fez em uma de s uas

    epísto las. De acord o com os " Ato s d os A póstolos " , sua

    conversão (metanoia)   ocorreu na "estrada para

    Damasc o" , onde ele afirmou ter tid o um a visão de Jesus

    ressusci tado que o deixou temporar iamente cego.

    Nos versículo s inic iais da Epístola aos Rom anos, Paulonos dá uma li tania de sua própri a aleg ação apo stólic a ede su as co nvi cções pós-con ver são so bre a ress urreiçãode Cristo .

    Os s eus p róprios textos nos dão alguma ideia sobr e oqu e ele p ens ava de s ua relação com o  Judaísmo. Se porum lado se mostr ava crítico , tanto teolo gic amen te

    quanto emp iric amen te, das alegações de superior idade

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaticanohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso#cite_note-13http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso#cite_note-13http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso#cite_note-13http://pt.wikipedia.org/wiki/Tarsohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mersin_%28prov%C3%ADncia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Turquiahttp://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/XXIII#23:16http://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Romanos/XVI#16:13http://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/VIII#8:3http://pt.wikipedia.org/wiki/Gamalielhttp://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/V#5:34http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Estev%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/31http://pt.wikipedia.org/wiki/36http://pt.wikipedia.org/wiki/Metanoiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o_de_Jesushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o_de_Jesushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vers%C3%ADculohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADstola_aos_Romanoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Litaniahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Juda%C3%ADsmohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Juda%C3%ADsmohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Litaniahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ep%C3%ADstola_aos_Romanoshttp://pt.wikipedia.org/wiki/Vers%C3%ADculohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o_de_Jesushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Ressurrei%C3%A7%C3%A3o_de_Jesushttp://pt.wikipedia.org/wiki/Metanoiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/36http://pt.wikipedia.org/wiki/31http://pt.wikipedia.org/wiki/Santo_Estev%C3%A3ohttp://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/V#5:34http://pt.wikipedia.org/wiki/Gamalielhttp://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/VIII#8:3http://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Romanos/XVI#16:13http://pt.wikisource.org/wiki/Tradu%C3%A7%C3%A3o_Brasileira_da_B%C3%ADblia/Atos/XXIII#23:16http://pt.wikipedia.org/wiki/Turquiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Mersin_%28prov%C3%ADncia%29http://pt.wikipedia.org/wiki/Tarsohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso#cite_note-13http://pt.wikipedia.org/wiki/Vaticano

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    mo ral ou de l inhagem dos judeus, por outro defendiafor temente a n oção de um lug ar esp ecial reservado aosfi lhos de Israel. 

    Ele ainda afirmou que recebeu as "b oas novas" não dequ alq uer um , mas atr avés de uma revel ação pess oa l d eJesus Cristo. Por isso, ele se entendia independente dacomuni dade de Jeru salém :  (po ssiv elmente no  Cenáculo ) ,embora alegasse sua concordância com ela no quetangia ao conteúdo do Evangelho. O que émaisimpr ess ionan te nesta conv ersão éa mudança na formade pensar que oco rreu. Ele teve que mudar seu conceitosobre quem o Messias era e, partic ularm ente, aceitar a

    ideia então absurd a de um Messias c ruc ific ado. Outalv ez o mais d ifícil tenha s ido a m udança de seuscon ceitos sob re a sup erior idade do s ju deus. Ain da hádebates sob re se Pau lo já se con sid erou com o o veícu lode evangel ização dos gent ios no momento de suaconversão ou s e isto se deu mais tarde.

    Após a sua conversão, Paulo fo i para Damasco , onde os"Atos" af i rmam que foi curado de sua cegueira ebatizado por Ananias de Damasco. Paulo afirma em 2Co rínti os 11:32 que foi em Damasco que ele escapou p orpouc o da morte, indo em seguida pr imeiro para a  Arábiae depois d e volta para Damasc o. Esta viagem de Paulopara a A rábia não émenc ionada em nenhum ou tro lugarno Novo Testamento e alguns auto res acreditam que eletenha na r ealidade v iajado atéo  Mon te Sinai para meditarno d eserto. Ele descreve em Gálatas como, t rês ano sapós a sua co nv ersão, ele via jou p ara Jeru salém, ondese encontrou com Tiago, o J usto, e f icou com Simão

    Pedro po r 15 dias.

    A narrativa em Gálatas conti nua afirmand o que, quato rzeanos após a sua conver são, ele foi de n ov o a Jeru sa lém.Não se sabe exatamente o qu e aco nteceu nes te períod o,conhec ido como "anos desconhec idos" , mas tanto osAtos quanto os Gálatas nos dão algum as p istas. A o f inaldes te período, Barnabé foi ao encon tro de Paulo e otrouxe de volta para Ant ioquia. O autor F. F. Bruce

    suger iu que os q uatorze anos po dem ser contados a

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  • 8/20/2019 De Saulo a Paulo de Tarso - O Salto Qualitativo (Luiz Guilherme Marques)

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    par tir da co nv ersão de Paulo ao invés de su a p rim eirav is it a a Jerusalém.

    Quando uma grande fome oco rreu na Judeia, Paulo e

    Barn abéviajaram para Jerusalém para en tregar a ajud afinanceira da igreja de Antioquia. De acordo com osAto s, Antio quia já tinha se tornado um centro impor tantepara os fiéis após a di sp ersão do s c ren tes qu e se segui uao mar tírio de Estêvão e fo i lá que os seguido res d eJesu s fo ram, pela prim eira vez, chamados de cr istãos .

    Nos Atos , relatam -se três v iagens de Paulo : a primeira,l iderada prim eiro p or Barn abé, levou Paulo de Ant ioquia

    até Chipre, passando depois pela  Ásia Menor (Anatólia)  ede vo lta a Antioq uia. Em Chipre, Paulo refuta e cegaElimas,  o mago, que estava cri t icando seusensinamentos. Deste pon to em diante, Paulo édescri tocomo s endo o líder do g rupo .

    Paulo par tiu para sua segund a viagem de Jerusalém,ond e estava sendo r eal izado o concíli o com os outrosapóstolos no qual a ob rigatoriedade da c ircu nc isão foiret irada. A m aior parte dos acadêm icos con cord a que

    houve um a reun ião v ital entr e Paulo e a igreja deJer usalém em algum momento entre os anos de  48 e 50, descr i ta em Ato s 15:2 e geralmente entendido como omesmo evento mencion ado por Paulo em Gálatas 2:1. Aprin cipal questão disc utida al i foi s e os gentioscon vert idos precisavam ou não ser circ unc idados ,confo rme o relato no s A tos e em Gálatas. Paulo alega emsua epístola qu e terá sid o n este encon tro qu e Pedro ,Tiago e  João aceitaram a mi ssão d e Paulo aos genti os .

    Com o objet ivo de levar a Ant ioquia o resul tado doconcíli o, os fiéis reali zaram uma eleição para esco lherdois mensageiros que acomp anhar iam Paulo e Barnabé ness a m issão. Os elei to s en tão for am Silas e Judas," chamado Bars abá" . 

    Pau lo , Barn abé, Judas e Si las par ti ram então deJer usalém levando o s d ecreto s d os apóstol os aos fiéisem An t ioquia e nas  p rovínc ias r om anas da  Síria e  Ci líc ia. 

    Chegando a An tioquia, eles cumprem a mis são q ue lhes

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  • 8/20/2019 De Saulo a Paulo de Tarso - O Salto Qualitativo (Luiz Guilherme Marques)

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    foi dada, sendo que Ju das retor na p ara Jeru salém edesaparece da histór ia, enquanto Silas p ermanece nacidade.

    Em Ant ioquia, Paulo e Barnabétiveram uma duradis cussão s ob re se deveriam levar João Marcos comeles. Nos A tos , émenci onado que o m