DANIEL ROGÉRIO PETREÇA · 13 CAPÍTULO 2 – ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL: DECISIVO PARA A QUALIDADE...

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DANIEL ROGÉRIO PETREÇA

(Organizador)

PLANOS DE AULA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: SAÚDE E APTIDÃO FÍSICA:

EXPERIMENTAÇÕES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE

INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID)

2019

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PLANOS DE AULA EM EDUCAÇÃO FÍSICA: SAÚDE E APTIDÃO FÍSICA:

EXPERIMENTAÇÕES DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE

INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID)

ORGANIZAÇÃO

DANIEL ROGÉRIO PETREÇA

EDITORAÇÃO

GABRIELA BUENO

JOSIANE LIEBL MIRANDA

Catalogação na fonte – Biblioteca Universitária Universidade do Contestado (UnC)

Planos de aula em educação física : saúde e aptidão

física : experimentações do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) : [recurso eletrônico] / organização Daniel Rogério Petreça. – Mafra, SC : Ed. da UnC, 2019.

79 f. ISBN: 978-85-63671-97-4 1. Educação física – Planos de aula. 2. Docência –

Pesquisa. 3. Ensino Superior – Pesquisa. I.Petreça, Daniel Rogério (Org.). II. Universidade do Contestado.

613.7 P712

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO – UnC

SOLANGE SALETE SPRANDEL DA SILVA

Reitora

LUCIANO BENDLIN

Vice-Reitor

MARILENE TEREZINHA STROCKA

Pró-Reitora de Ensino

GABRIEL BONETTO BAMPI

Pró-Reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Extensão

LUCIANO BENDLIN

Pró-Reitor de Administração e Planejamento

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - FUnC

ISMAEL CARVALHO

Presidente

ORGANIZAÇÃO

Daniel Rogério Petreça

EDITORAÇÃO

Gabriela Bueno

Josiane Liebl Miranda

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................... 5

CAPÍTULO 1 – A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA

APLICAÇÃO DE ATIVIDADES DE SAÚDE E APTIDÃO FÍSICA ...... 7

CAPÍTULO 2 – ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL: DECISIVO PARA A QUALIDADE DE

VIDA ................................................................................................. 13

CAPÍTULO 3 – ATIVIDADE FÍSICA PARA ESCOLARES ........................................ 21

CAPÍTULO 4 – FORÇA, PARA QUE TE QUERO ..................................................... 28

CAPÍTULO 5 – CONHECENDO A COMPOSIÇÃO CORPORAL .............................. 34

CAPÍTULO 6 – ALONGUE SUA VIDA: FLEXIBILIDADE .......................................... 40

CAPÍTULO 7 – EXERCITANDO O AERÓBIO ........................................................... 46

CAPÍTULO 8 – MUDE A DIREÇÃO: TENHA AGILIDADE ........................................ 53

CAPÍTULO 9 – ENTENDENDO O CONCEITO DE VELOCIDADE ........................... 60

CAPÍTULO 10 – A SUA SAÚDE É O QUE VOCÊ COME ......................................... 65

CAPÍTULO 11 – IMAGEM CORPORAL: O RESPEITO PELAS DIFERENÇAS ........ 71

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APRESENTAÇÃO

O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID é um

programa de incentivo e valorização do magistério e de aprimoramento do processo

de formação de docentes para a educação básica, vinculado à Diretoria de Educação

Básica Presencial – DEB – da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior – CAPES.

Dentre vários objetivos do Programa, destaca-se a contribuição para

aperfeiçoar e dinamizar o trabalho já desenvolvido pela comunidade escolar, visando

a obtenção de resultados relevantes para a aprendizagem dos estudantes, bem como

contribuir com trabalhos de caráter formativo para os professores e com a gestão

escolar. Assim, as ações são desenvolvidas com o intuito de promover a formação

acadêmica dos estudantes bolsistas do PIBID e colaborar com a formação dos

estudantes da Educação Básica.

Os trabalhos aqui apresentados resultam das atividades desenvolvidas no

subprojeto de Educação Física da Universidade do Contestado- Campus Mafra e

demonstram a inserção dos licenciandos no contexto das escolas públicas, desde o

início da sua formação acadêmica, produzido na interlocução entre os bolsistas e

estudantes da Educação Básica, anunciando possibilidades frutíferas de novas

práticas, uma vez que a sistematização das ideias demanda diálogo, acesso à teoria

e produção de sínteses, mesmo que provisórias, sobre as ações desenvolvidas.

Neste sentido, “Planos de Aula em Educação Física: saúde e aptidão física

constituem-se como espaços potencializadores de divulgação dessas aprendizagens

ao permitir que os bolsistas e professores socializem suas produções e discutam os

desafios que ainda terão.

Aproveitamos para reiterar nossos agradecimentos à CAPES, à UnC e às

escolas parceiras pela oportunidade de contribuir com a qualificação na formação de

professores do país.

Saudações pibidianas!

Profa. Dra Elisete Ana Barp

Coordenadora Institucional do PIBID/UnC

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A IMPORTÂNCIA DA

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR

NA APLICAÇÃO DE

ATIVIDADES DE SAÚDE E

APTIDÃO FÍSICA

CAPÍTULO 1 CAPÍTULO 1

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CAPÍTULO 1 – A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NA

APLICAÇÃO DE ATIVIDADES DE SAÚDE E APTIDÃO FÍSICA

Adriana Kalinoski Machado José Aurimar Sepka

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E ADOLESCÊNCIA

A Educação Física, além do aprendizado da formação corporal, de movimento,

força, resistência e elasticidade, permite a relação social e emocional quando

confrontados com “situações problemas”. Nesta ideia, Lovisolo (2002) acredita que

podem ser resolvidas de forma democrática e comum a todos. A escola não é apenas

um espaço conteudista, mas, para desenvolver hábitos e atitudes que são marcados

na infância, onde a criança pode desenvolver ou não o prazer em realizar exercícios

físicos (FARIA, 1991).

O sedentarismo, devido às mudanças da modernidade, atinge os adolescentes.

Guedes e Guedes (1997), levantam a possibilidade de modificação nos programas de

Educação Física Escolar que auxiliem na prevenção do sedentarismo das próximas

gerações de adultos e que adotem um estilo de vida saudável a partir de práticas de

atividades físicas refletindo na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis.

Informar os adolescentes que a aptidão física faz correlação com a saúde, deveria

fazer parte de informações aplicadas nas aulas de educação física escolar.

Ainda, auxiliar os adolescentes na administração do tempo, reservando tempos

curtos de atividade física moderada, que sejam motivantes, regulares e prazerosas

são estratégias a serem adotadas na campanha contra o sedentarismo. Demarco e

Sidney, pesquisadores canadenses aconselham relacionar atividades físicas

aeróbicas às atividades de recreação e jogo que trazem benefícios para a saúde e

para o dia a dia.

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A APTIDÃO FÍSICA E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE

A aptidão física pode ser definida como sendo boa disposição em realizar

qualquer atividade física e assim, a resistência a não fadigar, associando ao prazer

no momento da realização e sem comprometer as capacidades intelectuais.

Os componentes da aptidão física são: capacidade aeróbica, força, flexibilidade

e composição corporal. Estes podem ser direcionados às habilidades esportivas onde

apontam agilidade, equilíbrio, coordenação motora, potência e velocidade (ARAUJO;

ARAUJO, 2000).

Para Bouchard (1990) a atividade física habitual pode influenciar a aptidão

física uma vez que ela está relacionada à fatores como lazer, trabalho, meio ambiente,

hereditariedade, condições socioeconômicas (mortalidade e bem-estar). Um jovem

que trabalha na lavoura pode possuir boa aptidão física, porém não atinge bons níveis

de qualidade de saúde, uma vez que essa atividade não está sendo desenvolvida de

forma optativa (ARAUJO; ARAUJO, 2000).

ADOLESCENTES E OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA

A fase da adolescência envolve muitas mudanças marcantes como as físicas e

de humor. A atividade física melhora a qualidade do sono, diminui o estresse, melhora

a auto estima, controla melhor a ansiedade, aumenta o ciclo de amizades saudáveis,

ajuda no autoconhecimento corporal, reduz a obesidade e o cuidado com a aparência

(MELLO; TILICK, 2004).

A complexidade da vida moderna pode causar estresse físico e psíquico. Em

contrapartida, os exercícios físicos regulares favorecem a longevidade (ASTRAND et

al., 1980). A atividade física regular é comprovada para ajudar a prevenir e tratar

doenças não transmissíveis (DNTs), como doenças cardíacas, derrame, diabetes e

câncer de mama e cólon. Também, ajuda a prevenir a hipertensão, sobrepeso e

obesidade e pode melhorar a saúde mental, a qualidade de vida e o bem-estar (WHO,

2019).

Farinatti e Monteiro (1992), acreditam que a combinação de exercícios

aeróbicos e anaeróbicos, de força e resistência muscular, aumentam os benefícios

para o indivíduo. Além dos já citados, observa também o aumento de massa muscular

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magra, redução de dores lombares, evita a osteoporose, melhora a força e resistência

muscular e aumenta o metabolismo pós exercício.

O cuidado com a autoimagem surge nesta fase da vida e pode apresentar

influência da mídia. Observar e intervir de forma positiva sem apontamentos e

constrangimentos pode contribuir no sucesso de realização pessoal e particular, uma

vez que envolve aspectos cognitivos, afetivos, socioculturais e motores. O exercício

físico, regular e moderado na adolescência colabora no aumento da mineralização,

densidade e massa óssea, prevenindo osteoporose precoce futura.

O ser humano durante o ato de aprender utiliza a mente, e para o ato de

movimentar-se utiliza o corpo, sendo que são atividades essenciais para a

continuidade da vida. Juntamente com as necessidades biológicas e sociais a

atividade física ocupa um papel importante na vida de cada ser humano. A atividade

física quando bem dirigida, função que a Educação Física ocupa na Escola,

proporciona benefícios para os aparelhos do corpo:

Coração: a melhora do tônus da musculatura cardíaca proporciona maior

“força de contração”

e consequentemente diminuição da frequência cardíaca com menor esforço

físico.

Circulação periférica: nas plantas dos pés concentra-se uma complexa rede

arteriovenosa que,

quando acionada melhora a força de impulsão, diminuindo o tempo de retorno

venoso e consequentemente dinamiza a ação venosa, arterial e linfática

melhorando a circulação corpórea.

Sistema excretor: o exercício físico provoca a sudorese e consequentemente

auxilia no trabalho

renal e diálise, proporcionando uma atividade excretora mais eficiente.

Sistema endócrino: a atividade física produz melhor equilíbrio hormonal,

diminuindo os déficits

metabólicos.

Sistema respiratório: com a necessidade do grande e imediato aporte de

oxigênio,

condicionamos melhor expansibilidade torácica, promovendo mudanças

equilibradas da frequência respiratória, facilitando ‘o respirar’.

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Sistema digestivo: as necessidades nutricionais exigidas para a prática

desportiva condicionam uma alimentação mais saudável e equilibrada.

Sistema locomotor: a melhora do tônus muscular aprimora a função de

equilíbrio e de movimento, condicionando melhor postura, além de melhoria

nas trocas iônicas, mantendo o equilíbrio cálcio-fósforo em nível ósseo. Já em

nível articular, modula a flexibilidade e elasticidade, tão importantes para

prolongar a vida articular e qualidade de vida.

Atividade neuropsíquica: a atividade esportiva descarrega o psiquismo

explosivo, libera o introvertido, condiciona o agressivo, une os extremos e

ensina a vencer e perder.

CONSTRUÇÃO DA IMAGEM CORPORAL

Os autores, Tavares (2003, p. 29) e Schilder (1994, p. 11) relatam que a

imagem corporal integra modalidades sensoriais aos diversos processos psíquicos e

que a construção da imagem corporal representa um envolvimento da mente, do

tônus, da postura, da organização espacial do corpo sobre a realidade do indivíduo e

da interação com o ambiente.

O movimento, a imagem corporal e pôr fim a forma de compreender a vida, é

reflexo da política, da comunicação, da publicidade, das escolhas profissionais e do

consumo. Estão ligadas às patologias e, suas evoluções, vindas com a sociedade

atual como a ansiedade e o estresse (McCABE; RICCIARDELLI, 2003).

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REFERÊNCIAS

ADAMI, F. et al. Aspectos da construção e desenvolvimento da imagem corporal e implicações na educação fisica. Efdeportes.com, n. 83, abr. 2005. ARAÚJO, D. S. M. S. D.; ARAÚJO, C. G. S. D. Aptidão física, saúde e qualidade de vida relacionada à saúde em adultos. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 6, n. 5, p. 194-203, 2000. ASTRAND, P-O.; RODAHL, K. Tratado de fisiologia do exercício, 1980. BOUCHARD, C. et al. Exercise, fitness, and health: a consensus of current knowledge: proceedings of the International Conference on Exercise, fitness, and health. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON EXERCISE, FITNESS, AND HEALTH. 1988. Toronto, Canadá. Proceedings, Toronto, Canada: Human Kinetics Publishers, 1990. FARIA JUNIOR, A.G. Exercício e promoção da saúde. Oeiras: Câmara Municipal de Oeiras, 1991. FARINATTI, P. T. V.; MONTEIRO, W. D. Fisiologia e avaliação funcional. Rio de Janeiro: Sprint, 1992. GUEDES, J. E. R. P.; GUEDES, D. P. Características dos programas de educação física escolar. Revista Paulista de Educação Física, v. 11, n. 1, p. 49-62, 1997. LOVISOLO, H. Educação Física Escolar: intelectuo, emoção e corpo. Revista Motriz, Rio Claro, v. 8, n. 3, p. 04, set/dez, 2002. MCCABE, M. P.; RICCIARDELLI, L. A. Sociocultural influences on body image and body changes among adolescent boys and girls. The Journal of social psychology, v. 143, n. 1, p. 5-26, 2003. SCHILDER, P. A imagem do corpo. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1994. TAVARES, M. C. G. C. Imagem corporal: conceito e desenvolvimento. Barueri: Manole, 2003. WHO (WORLD HEALTH ORGANIZATION). Global action plan on physical activity 2018-2030: more active people for a healthier world. World Health Organization, 2019.

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CAPÍTULO 2

ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL:

DECISIVO PARA A

QUALIDADE DE VIDA

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CAPÍTULO 2 – ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL: DECISIVO PARA A QUALIDADE

DE VIDA

Daniel Rogério Petreça

Náthaly Moreira Paes

CONHECENDO SOBRE QUALIDADE DE VIDA E ESTILO DE VIDA SAUDÁVEL

A qualidade de vida pode ser vista de maneiras diferentes pelas pessoas.

Porém, existe um consenso que múltiplos fatores a determinam. Segundo Nahas

(2017), ela pode ser considerada como a percepção de bem-estar resultante de um

conjunto de parâmetros individuais e socioambientais, modificáveis ou não, que

caracterizam as condições em que vive o ser humano. Inserido nos parâmetros

socioambientais estão: moradia, transporte, educação, lazer, condições de trabalho

entre outro. Nos fatores individuais estão a hereditariedade e comportamentos de

estilo de vida como: hábitos alimentares, controle do estresse, atividade física

habitual, relacionamentos e comportamento preventivo.

Dentre os parâmetros para obtenção de uma melhor qualidade de vida, o estilo

de vida pode ser decisivo na construção desse processo. Apenas 5 fatores de estilo

de vida podem prolongar a vida de maneira substancial. Não fumar, estar com o peso

dentro da normalidade, fazer atividade física, ter hábitos alimentares saudáveis e

ingerir pouco álcool podem resultar em aumento da expectativa de vida

substancialmente (LI et al., 2018). Aos 50 anos, os que adotam hábitos saudáveis,

tem expectativa de vida de 43,1 anos para mulheres e 37,6 anos homens. Já os que

não adotam, a expectativa de vida aos 50 anos será de 29 anos para mulheres e 25,5

anos para homens (LI et al., 2018).

Por exemplo, crianças que fazem atividade física são menos propensas a

desenvolver problemas emocionais. Segundo Briere et al. (2019), além da atividade

física ser um fator protetor para a saúde física, ela pode ser muito boa para o

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emocional. Os resultados revelaram que crianças entre 6 a 10 anos que participaram

de práticas esportivas e de atividade física minimizaram os riscos associados a

sofrimento emocional, ansiedade, timidez e retraimento social aos 12 anos de idade.

Outro fator importante é o sono, uma noite mal dormida está associado a

problemas de saúde mental, como ansiedade, autoflagelação e ideação suicida entre

estudantes e atletas. Segundo Ramsey et al. (2019) para cada noite adicional de sono

insuficiente, o risco de apresentar sintomas de problemas de saúde mental aumentou

em média 20%. As noites mal dormidas aumentaram em 21% o risco para depressão;

24% para raiva, 25% para ansiedade, 25% para o desejo de se auto agredir e 28%

para ideação suicida.

Estudo realizado com adolescentes brasileiros com o objetivo de investigar a

associação entre comportamento sedentário e consumo de alimentos ultra

processados revelou que cerca de 40% dos escolares reportaram consumo diário de

pelo menos um grupo de alimentos ultra processados e 68,1% referiram > 2 horas/dia

de comportamento sedentário (COSTA et al., 2018). Quanto maior o tempo de

comportamento sedentário, maior a prevalência de consumo de alimentos ultra

processados.

Assim, se torna fundamental estratégias que promovam a alimentação

saudável e a diminuição de comportamentos sedentários a escola. Isso pode ser

decisivo para os comportamentos perdurarem na idade adulta. Manter hábitos

saudáveis é fundamental em todo o ciclo da vida.

VAMOS MEDIR E AVALIAR?

PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL (VERSÃO ADOLESCENTE) (NAHAS,

2017)

As escalas propostas pelo Perfil do estilo de vida individual incluem 15 itens

com respostas marcadas numa escala de likert (0,1, 2, e 3). Onde, [ 0 ] absolutamente

não faz parte do seu estilo de vida [ 1 ] às vezes corresponde ao seu comportamento

[ 2 ] quase sempre verdadeiro no seu comportamento [ 3 ] a afirmação é sempre

verdadeira no seu dia-a-dia; faz parte do seu estilo de vida.

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A interpretação pode seguir duas propostas:

a) Analisar cada componente individualmente somando os 3 itens. A

classificação ficaria da seguinte forma: até 3 – perfil negativo; 4 a 6 –

intermediário (pode melhorar); e 7 a 9 – perfil positivo.

b) Somando os 15 itens. A classificação ficaria da seguinte forma: até 15 – perfil

geral negativo; 16 a 30 – intermediário (pode melhorar); e 31 a 45 – perfil

geral positivo.

As perguntas do Perfil do Estilo de Vida Individual estão expostas a seguir:

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Ainda, é possível, após responder o questionário representar o estilo de vida

por meio da pintura da estrela do Pentáculo do bem-estar. Considerando as respostas

dos 15 itens acima, pinte a figura abaixo, construindo uma representação pictorial do

seu Estilo de Vida atual.

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VAMOS APLICAR EM AULA?

Abaixo será apresentado um modelo de plano de aula que pode ser aplicado

nas aulas de Educação Física. Traga para sua realidade, adapte e aplique.

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I. Tema: Estilo de Vida Saudável

II. Objetivos: Objetivo geral Promover o conhecimento sobre Estilo de Vida Saudável. Objetivos específicos Estimular o conhecimento pela troca de informações entre aluno e professor, através de entrevistas e desafios semanais, envolvendo aspectos de Estilo de Vida Saudável.

III. Desenvolvimento da aula: Como forma de primeiro contato do aluno com o assunto, o professor deverá introduzir o tema em forma de aula teórica promovendo um debate com os alunos. Realizará questionamentos como “o que é?”, “quais são os componentes?” “porque devemos seguir este estilo?” e “quais são os benefícios?”. Passar vídeos relatando a importância sobre aspectos relacionados ao estilo de vida saudável como: alimentação balanceada, a prática de atividade física, a ingestão de água, procurar cultivar bons relacionamentos e comportamentos preventivos. Atividade 1: O professor irá lançar desafios aos alunos. Os desafios devem seguir uma ordem lógica segundo o aspecto proposto. Por exemplo, o primeiro desafio será relacionado à alimentação dos alunos, seguindo as 10 orientações do Guia Alimentar para a População Brasileira da OMS, visando cuidar da alimentação, os alunos devem anotar tudo o que consomem durante a semana, relatando dia a dia qual é o alimento, a quantidade e horário em que foi consumido. O segundo desafio será relacionado à atividade física, os alunos devem manter uma rotina de atividade física de pelo menos 30 minutos por dia durante uma semana, devem anotar qual atividade foi realizada, especificar o dia e por quanto tempo. O terceiro desafio será relacionado à ingestão hídrica, segundo a orientação da OMS, devesse ingerir de 2 a 3 litros de água por dia, os alunos devem anotar durante a semana o seu consumo diário. Após a anotação desses três aspectos, cada aluno fará uma análise das suas anotações referentes a experiência de seguir um estilo de vida saudável e irá fazer um relatório dizendo qual foram os resultados obtidos, se foram positivos ou negativos, se sentiu mudanças com esse estilo e se pretende segui-lo. Em relação aos aspectos de bons relacionamentos e comportamentos preventivos, seria interessante buscar por um profissional da área de psicologia para falar sobre relacionamentos e o uso de drogas em uma palestra.

IV. Recursos: aparelho multimídia, cópias do Perfil do Estilo de Vida Saudável para cada aluno e cópias do Guia Alimentar para a População Brasileira para cada aluno.

V. Avaliação: como tarefa, utilizando o Perfil do Estilo de Vida Saudável, os alunos irão entrevistar 5 familiares ou vizinhos para saber se tem um estilo de vida saudável ou não. Deverão entregar ao professor com a assinatura do entrevistado.

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REFERÊNCIAS

BRIÈRE, F.N. et al. Consistent participation in organized physical activity predicts emotional adjustment in children. Pediatric research, p. 1, 2019. COSTA, C.S. et al. Comportamento sedentário e consumo de alimentos ultraprocessados entre adolescentes brasileiros: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), Cadernos de Saúde Pública, v. 34, e00021017, 2015. LI, Y. et al. Impact of healthy lifestyle factors on life expectancies in the US population. Circulation, v. 138, n. 4, p. 345-355, 2018. NAHAS, M. V. Atividade física, saúde e qualidade de vida: conceitos e sugestões para um estilo de vida ativo. 7. ed. rev. atual. Londrina: Midiograf, 2017. RAMSEY, T. et al. Dose-response relationship between insufficient sleep and mental health symptoms in collegiate student athletes and non-athletes. Sleep, v. 42, n. Suppl 1, p. A362-A362, 2019.

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CAPÍTULO 3

ATIVIDADE FÍSICA PARA

ESCOLARES

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CAPÍTULO 3 – ATIVIDADE FÍSICA PARA ESCOLARES

Dioicy Aparecida Glovacki Lucas Piaz

Mairon Breno Furlan

CONHECENDO SOBRE ATIVIDADE FÍSICA

O ser humano passa por um processo desde seu nascimento até sua morte

com muitas mudanças ao decorrer do tempo, independente da fase onde se encontra,

é na infância onde a criança dá seus primeiros passos para o desenvolvimento de

aspectos físicos, motor, social, emocional, cognitivo, linguístico e o comunicacional

(ROSE JUNIOR, 2009, p. 163).

A criança que é estimulada desde pequena a realizar atividades físicas, tem

mais chances de continuar na adolescência, mantendo-se sempre ativa, em relação

a uma criança que não possui os mesmos hábitos. Uma infância sedentária pode

trazer muitos riscos para uma vida adulta como a baixa aptidão cardiorrespiratória,

aumento dos níveis de colesterol total e também um índice de massa corporal (ROSE

JUNIOR, 2009).

Nas aulas de Educação Física o professor deve mediar atividades lúdicas e ao

mesmo tempo que proporcionem uma movimentação corporal maior sem prejudicar a

criança, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (2008, p. 10) “Quando a prática

de atividade física é inadequada, além das lesões físicas, podem ocorrer estresse,

distúrbios alimentares e psicológicos”. Nas aulas de Educação física vale ressaltar

que ao prescrever uma atividade física para as crianças o professor deve levar em

consideração o objetivo desta atividade e fazer com que as crianças relacionem a

prática dessas atividades com sua vivência. O objetivo principal da prescrição de

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atividade física na criança e no adolescente é de criar o hábito e o interesse pela

atividade física e não treinar visando seu desempenho. Sendo assim, o professor deve

mediar as aulas de forma prazerosa e que estimulem a prática de atividades físicas

de forma agradável, sempre buscando interagir com as crianças sem discriminá-las

(LAZZOLI et al., 1998, p. 108).

É na escola que muitas crianças tem o seu primeiro contato com a atividade

física planejada, podendo desenvolver suas habilidades fazendo com que a criança

possa compreender e adaptar suas habilidades motoras, capacidades perceptivo-

motoras e capacidades físicas não somente na escola, mas juntamente do seu dia a

dia (ZUNINO, 2008).

A Educação Física proporciona a seus alunos descobrir motivos e sentidos nas

práticas de atividades físicas dirigindo sua vontade e sua emoção para a prática e a

apreciação do corpo em movimento (BETTI, 1992). Deve também causar em seus

alunos a sensação de prazer ao realizar atividades, fazendo com que o aluno se sinta

bem ao realizá-las e despertar juntamente a vontade de cuidar de sua saúde e ter

hábitos saudáveis, despertando ainda mais a vontade pela prática do aluno.

A atividade física regular é de extrema importância para obter uma qualidade

de vida saudável e um bem-estar diminuindo os riscos de doenças degenerativas

como a hipertensão e diabetes além de ser fundamental no controle e tratamento de

sobrepeso/obesidade (JENOVESI, 2003). Porém, as mudanças culturais e sociais,

tem afetado muito a participação de atividades físicas nos jovens de hoje, como a

tecnologia, internet, falta de segurança pública, são fatores que contribuíram para a

mudança na forma de lazer das pessoas, causando um divertimento mais sedentário

ao invés de atividades ao ar livre (KOEZUKA et al., 2006).

Em 2018, a Organização Mundial da Saúde lançou o plano de ação global sobre

atividade física (WHO, 2018). O objetivo do plano é reduzir a inatividade física até

2025 em até 10% e até 2030 em 15%. Para isso o plano trabalha com 4 pilares:

1° Pilar: Criar sociedades ativas, normas sociais e atitudes, esse pilar tem

como meta conscientizar as pessoas de quão importante é a atividade física

regular conforme a capacidade de cada indivíduo para sua idade.

2° Pilar: Criar ambientes ativos, espaços e lugares, criar e manter ambientes

que promovem a igualdade de direito para todas as idades, para a pratica da

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atividade em lugares, espaços, no seu meio urbano e suas localidades para a

pratica conforme sua capacidade.

3° Pilar: Criar pessoas ativas, programa e oportunidades, promover e apoiar,

pessoas de todas as idades e suas capacidades, a participares de atividade

física, em seu meio como na comunidade, no meio familiar e individualmente.

4° Pilar: Criar sistemas ativos, governança, e facilitadores de ação política.

Alcançar a excelência na mobilização de recursos e implementação de ações

coordenadas internacionais, nacionais e locais para aumentar o número de

atividade física e reduzir o comportamento sedentário por pessoa.

VAMOS MEDIR E AVALIAR?

Existem diversos métodos para medir e avaliar o nível de atividade física de um

indivíduo. Usualmente, os questionários são os mais utilizados, porém, outras formas

podem ser utilizadas como é o caso do uso de pedômetros.

O pedômetro é um sensor que permite contar os passos dados durante o dia.

O mesmo possui vários modelos e funções onde mostram detalhes e informações das

suas atividades. Os sensores de movimento, como o pedômetro, que apresenta boa

aplicabilidade, baixo custo, fácil manuseio, simples utilização e não exige software

específico para leitura dos resultados (LOPES et al., 2003).

O pedômetro tem como objetivo avaliar o comportamento do indivíduo durante

a marcha/caminhada, registrando o número de passos e da distância percorrida. Você

pode baixar no seu celular aplicativos gratuitamente para utilizar em sala de aula. De

acordo com os padrões de saúde, recomenda-se 12.000 passos/dia para meninas e

15.000 passos/dia para os meninos (MATSUDO; ARAÚJO, 2008; ROSA et al., 2011).

VAMOS APLICAR EM AULA?

A seguir será apresentado um modelo de plano de aula que pode ser aplicado

nas aulas de Educação Física. Traga para sua realidade, adapte e aplique.

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I. TEMA: Recomendações de atividade física para escolares

II. Objetivos: Objetivo geral Estimular a prática de atividades físicas de lazer entre os alunos, proporcionando o entretenimento e o convívio no meio escolar através da inclusão social, trabalhando em um contexto completo indiferente de sua condição atlética. Objetivos específicos Associar a prática do Frisbee como um meio de inclusão; Criar estratégias para vencer os adversários; Trabalhar organização espaço temporal.

III. Desenvolvimento da aula: Escolha um local amplo com boa estrutura para a realização das atividades. Apresente aos alunos a importância da mesma e seus benefícios à saúde como a prevenção de doenças crônicas degenerativas. Mostre que as atividades físicas não devem se limitar apenas nas aulas de Educação Física, mas sim serem feitas diariamente, tornando o aluno uma pessoa saudável e ativa. Discuta com os alunos a importância de praticar a atividade física e seus benefícios. Explique quais delas são recomendadas para cada faixa etária principalmente a dos alunos com quem está trabalhando. No caso escolar a faixa etária é dos 5 anos 17 anos, onde são recomendados jogos, brincadeiras, locomoção, esportes, recreação, educação física e atividades em família para fortalecer ainda mais a prática das mesmas. Discuta sobre os benefícios que a prática nos traz, como, o melhoramento da capacidade cardiorrespiratória, o fortalecimento dos ossos e também sobre as doenças que são evitadas como, depressão, ansiedade, diabetes, entre outros. Recomende no mínimo 60 minutos de atividade física diária, moderada ou intensa, alertando que após 60 minutos começam os ganhos extras para a saúde. Recomende atividades aeróbicas onde exige uma grande intensidade por três vezes na semana. Execução: Aplique um questionário sobre atividade física com as perguntas: 1. Tempo que praticam atividade física e quais são; 2. O que te motiva a realização de atividades físicas; 3. Quais fatores te impedem da realização de atividades físicas. Construa um

gráfico com as respectivas respostas e discuta com os alunos os resultados. Atividade: Após o debate, aplique uma atividade conhecida como Frisbee, permitindo incluir todos os alunos independente de suas habilidades esportivas. Divida os mesmos e explique como ocorrerá o jogo, faça uma adaptação de modo que para pontuar, deverá o “Disco” passar por todos da equipe, assim ganhando 1 ponto. O jogo termina de acordo com o tempo ou pontuação estabelecida pelo professor.

IV. Recursos: Disco de Frisbee; Coletes

V. Avaliação: Verificar após os debates e a aplicação da atividade, mudanças de habilidades nos alunos e familiares em seus rendimentos e aptidão física, realizando outras atividades.

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REFERÊNCIAS

BETTI, M. Ensino de primeiro e segundo graus: educação física para quê. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 13, n. 2, p. 282-287, 1992. CAMPOSA, M. O.; RODRIGUES NETO, J.F. Qualidade de vida: um instrumento para promoção de saúde. Revista baiana de saúde pública, v. 32, n. 2, p. 232-240, maio/ago. 2008. CAVALARO, A. G.; MULLER, V. R. Educação física na educação infantil: uma realidade almejada. Educar, Curitiba, v. 00, n. 34, p. 241-250, 2009. FERREIRA, M.S. Aptidão física e saúde na educação física escolar: ampliando o enfoque. Rev. bras. cienc. esporte, v. 22, n. 2, p. 41-54, jan. 2001. JENOVESI, J. F.; BRACCO, M. M.; COLUGNATI, F. A. B.; TADDEI, J. A. A. C. Perfil de atividade física em escolares da rede pública de diferentes estados nutricionais. R. bras. Cien. e Mov., Brasília, v. 11, n. 4, p. 57-62, out./dez. 2003. ASSUMPÇÃO JR., F. B. et al. Escala de avaliação de qualidade de vida: (AUQEI - Autoquestionnaire Qualité de Vie Enfant Imagé) validade e confiabilidade de uma escala para qualidade de vida em crianças de 4 a 12 anos. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 58, n. 1, p. 119-127, mar. 2000. KOEZUKA, N. et al. A relação entre atividades sedentárias e inatividade física entre adolescentes: resultados da comunidade canadense. Revista de Saúde do Adolescente, v. 39, n. 4, p. 515-522, 2006. LAZZOLI, J. K. et al. Posição oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: atividade física e saúde na infância e adolescência. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Niterói, v. 04, n. 4, p. 107-109, jul./ago. 1998. LOPES, V. P. et al. Caracterização da atividade física habitual em adolescentes de ambos os sexos através de acelerometria e pedometria. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo. v. 17, n. 1, p. 51-63, jan./jun. 2003. PARDINI, R. et al. Validação do questionário internacional de nível de atividade física (ipaq - versão 6): estudo piloto em adultos jovens brasileiros. Rev. bras. ciên. e mov, Brasília, v. 9, n. 3, p. 45-51, jul. 2001. PEREIRA, A. P.; PETREÇA, D. R. Percepção e nível de qualidade de vida entre pré-escolares. Revista brasileira de qualidade de vida, Ponta Grossa, PR, v. 7, n. 2, p. 56-64, abr./jun. 2015. ROSA, C. S. C. et al. Atividade física habitual de crianças e adolescentes mensurada por pedômetro e sua relação com índices nutricionais. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 13, n. 1, p. 22-28. 2011.

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ROSE JUNIOR, D. Esporte e atividade física na infância e adolescência: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2009. SILVA, L.C.; LACORDIA, R.C. Atividade física na infância, seus benefícios e as implicações na vida adulta. Revista eletrônica da faculdade metodista granbery, n. 21, jul./dez. 2016. SILVA, P. V. C.; COSTA JUNIOR, A. L. Efeitos da atividade física para a saúde de crianças e adolescentes. Psicologia argumento, Curitiba, v. 29, n. 64, p. 41-50, jan./mar. 2011. SPOHR, C. F. et al. Atividade física e saúde na educação física escolar: efetividade de um ano do projeto “educação física +”. Rev bras ativ fis saúde, Pelotas, RS, v. 19, n. 3, p. 300-313, maio 2014. STABELINI NETO, A. et al. Efeitos de uma intervenção com pedômetro sobre o risco metabólico em crianças obesas. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Jacarezinho, PR, v. 22, n. 6, p. 476-479, nov./dez. 2016. TASSITANO, R. M. et al. Prevalência e fatores associados ao sobrepeso e a obesidade em adolescentes, estudantes de escolas de Ensino Médio de Pernambuco, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 12, p.2639-2652, dez. 2009. WHO. Plano de ação global sobre atividade física. Disponível em: <https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/272721/WHO-NMH-PND-18.5-por.pdf>. Acesso em: jun. 2019.

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CAPÍTULO 4

FORÇA, PARA QUE TE

QUERO

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CAPÍTULO 4 – FORÇA, PARA QUE TE QUERO

Larissa Toretti Lisboa Rodolfo Alfredo Marques Mattedi

CONHECENDO SOBRE RESISTÊNCIA DE FORÇA

O treinamento de força é essencial para melhorar o condicionamento físico e

ao se aprimorar a aptidão física se melhora a qualidade de vida. O treinamento de

força pode se integrar a exercícios aeróbios, exercícios de flexibilidade, treinamento

funcional entre outros (PRESTES et al., 2016).

Segundo Fahey o treinamento de força é o mais eficiente para desenvolver

músculos de maneira eficaz, e por sua vez, sao importantes para ações da vida diária

como transportar alimentos após uma ida ao supermercado, levantar caixas e subir

escadas, bem como em situações de emergência. Eles ajudam o esqueleto no

alinhamento adequado, prevenindo dor nos joelhos e na lombar e promovendo

suporte necessário para uma boa postura.

Atualmente, o treino de força é reconhecido como um componente importante

nos programas de atividade física para jovens. Os exercícios de fortalecimento como,

os de força e os de resistência muscular, podem contribuir substancialmente para a

saúde e bem-estar dos jovens de ambos os sexos (CARVALHO, 2003).

Resistência de força é a capacidade de manter a produção de força por um

tempo prolongado ou durante muitas repetições, ou seja, resistir a fadiga e manter o

rendimento muscular em determinados exercícios. É uma manifestação da força

importante para que a pessoa tenha capacidade física para realizar as tarefas do dia-

a-dia. Esta forma de expressão da força muscular pode apresentar-se em termos

isométricos, concêntricos e em ciclo muscular de alongamento e encurtamento

(PRESTES et al., 2016).

Portanto, segundo Bompa, Pasquale e Cornacchia (2015, p. 10), “Podemos

dizer que a resistência muscular é a habilidade que o músculo tem de sustentar o

esforço por um período prolongado”. Segundo Moraes et al. (2016), o treinamento de

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resistência de força é um método seguro e eficaz de condicionamento para crianças

e adolescentes quando realizados em um ambiente seguro com a técnica correta de

exercícios e supervisão adequada. Assim, coloca-se a Educação Física como um local

propício para o desenvolvimento da conscientização sobre a importância da

manutenção da força muscular ao longo da vida, bem como para a criação de

oportunidades de práticas que envolvem essa valência física.

VAMOS MEDIR E AVALIAR?

Os testes são aplicados para analisar a capacidade física dos alunos em

relação a resistência de força muscular.

FLEXÃO DE BRAÇOS (POLLOCK; WILMORE, 1993)

Procedimentos: Os movimentos serão executados com o aluno no chão,

deitado de barriga para baixo, as mãos colocadas sobre o chão, braços estendidos na

linha e largura dos ombros. O peito deve tocar o solo a cada movimento e os braços

devem se estender na volta. As costas devem ficar retas e o exercício ser feito até a

exaustão (contar o número de repetições).

O Quadro 1 apresenta os valores normativos do teste de flexão de braços.

Quadro 1 – Valores normativos do teste de flexão de braços para indivíduos de 15 a 19 anos.

Masculino Feminino

Excelente ≥ 39 ≥ 33

Acima da média 29-38 25-32

Média 23-28 18-24

Abaixo da média 18-22 12-17

Ruim ≤ 17 ≤ 11

TESTE ABDOMINAL (POLLOCK; WILMORE, 1993).

Procedimentos: Deitar de costas e colocar as solas dos pés em contato pleno

com o chão, os joelhos flexionados e os calcanhares cerca de 35 centímetros

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afastados das nádegas. Cruzar os braços sobre o peito, com as mãos apoiadas nos

ombros dos lados contrários. Uma pessoa deverá segurar os pés, mantendo-os

firmes. Juntar o queixo contra o peito, “enrolar” o corpo até atingir a posição sentada;

quando os cotovelos tocarem nas coxas, isso conta como uma repetição. Marcar o

número de repetições durante 1 minuto.

O Quadro 2 apresenta os valores normativos do teste abdominal.

Quadro 2 – Valores normativos do teste abdominal para indivíduos de 15 a 19 anos.

Masculino Feminino

Excelente > 48 > 42

Acima da média 42-47 36-41

Média 38-41 32-35

Abaixo da média 33-37 27-31

Ruim < 32 < 26

VAMOS APLICAR EM AULA?

Abaixo será apresentado um modelo de plano de aula que pode ser aplicado

nas aulas de Educação Física. Traga para sua realidade, adapte e aplique.

PLANO DE AULA

I. Tema: Circuito de Exercícios de Resistência

II. Objetivos Objetivo geral Aplicar nas turmas exercícios de resistência muscular e cardiovascular. Objetivos específicos

Aprimorar a coordenação motora ampla.

Proporcionar exercícios de resistência, equilíbrio e força.

Realizar sequência de exercícios com alta intensidade e curta duração.

III. Desenvolvimento da aula:

As atividades serão aplicadas simultaneamente, considerando uma sequência de 5 exercícios, sendo eles:

I- AGACHAMENTO;

II- AGACHAMENTO COM SALTO;

III- ABDOMINAL;

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IV- POLICHINELO e

V- TIRO DE 80 METROS.

Os alunos irão permanecer em cada sequência de exercícios tempos diferentes, mas sempre seguindo a ordem acima. Essa sequência será realizada três vezes. Na primeira vez cada exercício irá durar 60 segundos, na segunda 40 segundos e por fim 20 segundos. Ao término de cada sequência deverão descansar 60 segundos e iniciar novamente.

IV. Recursos: Quadra, colchonetes, apito e cronômetro.

V. Avaliação: Através da observação dos alunos e da interação entre eles e seu desenvolvimento na atividade proposta.

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REFERÊNCIAS

BOMPA, O., T., PASQUALE, D., M, CORNACCHIA, J., L. Treinamento de força levado a sério. 3.ed. São Paulo: Manole, 2015. E-book. CARVALHO, C. et al. Treino e desenvolvimento da força em crianças e jovens. 2003. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/12164/ 000624450.pdf?sequence=1>. Acesso em: maio 2019. FAHEY, T. D. Bases do treinamento de força para homens e mulheres. 8.ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. E-book. FORNARI, G.; FÁTIMA, E. Treino funcional nas aulas de Educação Física. 2013. Disponível em <http://www.csa.osa.org.br/treino-funcional-nas-aulas-deeducacaofisica/>. Acesso em: 18 maio 2019. GAYA, A.; GAYA, A. Projeto esporte Brasil: manual de testes e avaliação. Versão. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. UFRGS. Brasil, 2016. LAZZOLI, J. K. et al. Atividade física e saúde na infância e adolescência. Rev Bras Med Esporte, Niterói, v. 4, n. 4, p. 107-109, ago. 1998. MONTEIRO, A. G. Treinamento personalizado: uma abordagem didática metodológica. 2.ed. São Paulo: Phorte, 2002. MORAES, E., et al. Influence of exercise order on the number of repetitions in untrained teenagers. Manual therapy, posturology & rehabilitation jornal, v. 14, 2016. POLLOCK, M. L., WILMORE, J. H. Exercícios na saúde e na doença: avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. MEDSI Editora Médica e Científica, 1993. PRESTES, J.; FOSCHINI, D.; MARCHETTI, P.; CHARRO, M.; TIBANA, R. Prescrição e periodização do treinamento de força em academias. 2.ed. São Paulo: Manole, 2016. E-book.

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CAPÍTULO 5

CONHECENDO A COMPOSIÇÃO

CORPORAL

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CAPÍTULO 5 – CONHECENDO A COMPOSIÇÃO CORPORAL

Laura Lourenço Pinto

CONHECENDO SOBRE A COMPOSIÇÃO CORPORAL

Composição corporal é o estudo que distribui e quantifica os componentes que

formam o corpo humano, eles são divididos em massa magra (água, músculos, ossos

e órgãos vitais) e massa gorda (gordura) (BÖHME, 2000).

De acordo com estudos de Wang et al. (1992, p. 19-28) e adaptado por Shen

et al. (2015, p. 3-14), os modelos de composição corporal estão divididos em cinco

níveis, sendo eles: atômico (oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio e

fósforo), molecular (lipídios, água, proteínas, hidrato de carbono e minerais), celular

(massa celular, fluídos extracelulares e sólidos extracelulares), órgão-tecidual (tecido

conjuntivo, tecido epitelial, tecido muscular e tecido nervoso) e corpo inteiro (tamanho,

forma e proporções).

Existem vários métodos para medir a composição corporal. Na escola, um dos

métodos que pode ser utilizado é a antropometria. Porém, os professores de

educação física avaliar individualmente para que os alunos se sintam confortáveis e

interessados. Assim, podem explorar seu desenvolvimento de ganho ou perda de

peso. Esses dados podem servir de orientação, para caso seja necessário, os alunos

sejam capazes de mudar seus hábitos, com a pratica de atividade física e reeducação

alimentar, a fim de diminuir o tecido adiposo e aumentar a massa magra. Além disso,

é fundamental avaliar para reduzir os índices de obesidade, desnutrição e outras

doenças graves (RONQUE et al., 2007).

Então, os métodos de avaliação da composição corporal devem fazer parte do

dia a dia das escolas, porém a execução deve ser feita apenas por profissionais

especializados e com experiência, aparelhos bem calibrados para a precisão da

medida e escolher corretamente as equações para não alterar resultados (BECK et

al., 2007).

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VAMOS MEDIR E AVALIAR?

ÍNDICE DE MASSA CORPORAL - IMC

É determinado através do cálculo da divisão do peso corporal em quilogramas,

pela altura em metros quadrado. Pode-se analisar os resultados através dos pontos

de cortes por idade e sexo e verificar a ZONA DE RISCO À SAÚDE ou a ZONA

SAUDÁVEL de acordo com o Quadro 1.

Quadro 1 – Valores críticos de IMC para a saúde (CONDE; MONTEIRO, 2006)

Idade Rapazes Moças

6 17,7 17,0

7 17,8 17,1

8 19,2 18,2

9 19,3 19,1

10 20,7 20,9

11 22,1 22,3

12 22,2 22,6

13 22,0 22,0

14 22,2 22,0

15 23,0 22,4

16 24,0 24,0

17 25,4 24,0

Considera-se ZONA DE RISCO À SAÚDE o valor do IMC acima do ponto de

corte e os valores abaixo como ZONA SAUDÁVEL (GAYA et al., 2016).

PERCENTUAL DE GORDURA

A estimativa do percentual de gordura pode ser obtida por meio do somatório

de dobras cutâneas de tríceps mais subescapular ou a soma da dobra cutânea de

tríceps mais a panturrilha medial. Porém, o professor terá que conhecer a técnica de

mensuração de dobras cutâneas e possuir adipômetro. Os valores de somatório

obtidos podem ser utilizados nas figuras proposta por Lohman (1987). Verificados os

Quadros 2 e 3.

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Quadro 2 – Percentual de gordura para meninos e meninas, com referências de Lohman (TR+SE):

Meninos – Dobras cutâneas (TR+SE)

Meninas – Dobras cutâneas (TR+SE)

Quadro 3 – Percentual de gordura para meninos e meninas, com referência de Lohman (TR+PM)

Meninos – Dobras cutâneas (TR+PM)

Meninas – Dobras cutâneas (TR+PM)

Um aspecto que deve ser considerado, só tem validade se a soma das dobras

cutâneas não ultrapassarem 60 mm (PETROSKI et al., 2010).

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VAMOS APLICAR EM AULA?

Abaixo será apresentado um modelo de plano de aula que pode ser aplicado

nas aulas de Educação Física. Traga para sua realidade, adapte e aplique.

PLANO DE AULA

I. Tema: Composição Corporal

II. Objetivos Objetivo geral

Identificar as camadas composicionais do corpo (humano), observando estas na estrutura de pernil suíno. Objetivos específicos

Reconhecer as camadas composicionais no pernil suíno; Associar as camadas do pernil com as do corpo humano, identificando a

equivalência; Contrastar a estrutura da pele do suíno com a pele do corpo humano através

do toque; Descrever as semelhanças na estrutura do animal em observação, com a

estrutura do corpo humano.

III. Desenvolvimento da aula: Apresentar através de slides, vídeos e materiais impressos as camadas

composicionais do corpo humano. Desenvolver atividades escritas, com auxílio de imagens, para melhor compreensão e assimilação do conteúdo; Em uma aula prática, apresentar fatias grossas de pernis suínos com várias espessuras de gorduras e tamanho; Explicar e incentivá-los a observar as camadas do suíno, relacionando-as com o corpo humano; Instruir para que toquem na pele do animal e na própria pele para perceberem a textura de cada um; Levá-los a refletir sobre as similaridades e diferenças entre um animal com massa corporal magra e gorda; Realizar questionamentos para que identifiquem no animal as camadas corporais (pele, gordura, carne, músculo e ossos); Em sala, realizar atividades escritas com o objetivo de avaliar se o conteúdo foi compreendido.

IV. Recursos: Slides, vídeos, materiais impressos e fatias relativamente grossas de pernil suíno.

V. Avaliação: Avaliação diagnóstica observando o desempenho e interesse dos alunos no decorrer da aula teórica e prática; Avaliação escrita sobre o conteúdo trabalhado.

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REFERÊNCIAS

BECK, C.C., et al. Ficha antropométrica na escola: o que medir e para que medir. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 9, n. 1, p. 107-14, 2007. BÖHME, M.T.S. Cineantropometria: componentes da constituição corporal. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, v. 2, n. 1, p. 72-9, 2000. CONDE, W. L.; MONTEIRO, C.A. Body mass index cutoff points for evaluation of nutritional status in Brazilian children and adolescents. J Pediatr (Rio J), v. 82, p. 266-272, 2006. GAYA; A.; GAYA. A.R. Manual de testes e avaliações, versão 2016. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. Porto Alegre, 2016. LOHMAN, T.G. The use of skinfold to estimate body fatness on children and youth. JOPERD, v. 58, p. 98-102, 1987. MARTINS. C, Composição corporal e função muscular. Instituto Cristina Martins, 2009. p.5-6. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/mod/resource/view.php?id= 1120230. PETROSKI, E. L.; NETO, C.S.P.; GLANER, M.F. Biométrica. Jundiaí, SP: Fontoura, 2010. RONQUE; E. R. V. et al. Composição corporal em crianças de sete a 10 anos de idade, de alto nível socioeconômico. Rev. Bras. Med. Esporte, v. 13, n. 6, nov./dez. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbme/v13n6/02.pdf. TORTORA, G.J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Porto Alegre: Artmed, 2016.

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CAPÍTULO 6

ALONGUE SUA VIDA:

FLEXIBILIDADE

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CAPÍTULO 6 – ALONGUE SUA VIDA: FLEXIBILIDADE

Michele Penkal de Souza Ana Carla da Silveira

CONHECENDO SOBRE A FLEXIBILIDADE

A flexibilidade é considerada como um importante componente da aptidão

física. Ela favorece uma maior mobilidade nas atividades diárias e esportivas, diminui

o risco de lesões, favorece o aumento da qualidade e quantidade de movimentos e

uma melhora da postura corporal (ARTMED, 1998).

O treinamento da flexibilidade parece ser capaz de melhorar o movimento em

sua amplitude músculo-articular, diminuindo as resistências dos tecidos musculares e

conjuntivos deformando os mesmos de forma elástica ou plástica (ACHOR JÚNIOR,

1998). A flexibilidade é importante para todos, uma vez que a amplitude articular de

determinada articulação esteja comprometida, alguma limitação se manifestará e

poderá comprometer o desempenho esportivo, laboral ou de atividades diárias

(ALMEIDA; JABUR, 2007).

Para aumento da flexibilidade, é importante a realização de exercícios de

alongamento, para reduzir as lesões e aumentar o desempenho esportivo

(MILAZZOTO et al., 2009). Ela pode ser treinada a partir de duas maneiras:

alongamentos ativos e passivos.

Os termos flexibilidade e alongamento são algumas vezes confundidos.

Enquanto flexibilidade é um termo utilizado para descrever um componente de aptidão

física relacionado ao bem-estar físico, a palavra alongamento é usada para descrever

a técnica utilizada para melhorar a flexibilidade (ARTMED, 1998). Flexibilidade é a

referência aos maiores arcos de movimentos possíveis nas articulações envolvidas

(ARTMED, 2003). O alongamento é uma forma de trabalho que visa a manutenção

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dos níveis de flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude

articular normal com o mínimo de restrição possível (DANTAS, 1999).

VAMOS MEDIR E AVALIAR?

TESTE DE FLEXIBILIDADE (SENTAR E ALCANÇAR) (PROESP, 2015).

- Material: fita métrica, fita adesiva e um local.

- Procedimento: Explicar para os alunos como será feito os testes e como eles

serão avaliados, orientando ao aluno a importância da sua flexibilidade para

sua vida e sua saúde.

- Orientação: estenda uma fita métrica no solo. Na marca de 38 cm desta fita

coloque um pedaço de fita adesiva de 30 cm em perpendicular. A fita adesiva

deve fixar a fita métrica no solo. O sujeito a ser avaliado deve estar descalço.

Os calcanhares devem tocar a fita adesiva na marca dos 38 centímetros e

estarem separados 30 centímetros. Com os joelhos estendidos e as mãos

sobrepostas, o avaliado inclina-se lentamente e estende as mãos para frente

o mais distante possível. O avaliado deve permanecer nesta posição o tempo

necessário para a distância ser anotada. Serão realizadas duas tentativas.

- Anotação: o resultado é medido em centímetros a partir da posição mais

longínqua que o aluno pode alcançar na escala com as pontas dos dedos.

Registram-se os resultados com uma casa após a vírgula. Para a avaliação

será utilizado o melhor resultado.

- Avaliação: será feita de acordo com o resultado do aluno e verificado sua

idade, a partir disso será observado no Quadro 1 como ficou sua classificação.

Valores menores que os descritos são considerados “zona de risco” e maiores

“zona saudável”.

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Quadro 1 – Valores de referência para o teste de sentar e alcançar (GAYA; GAYA, 2016).

Idade Rapazes Moças

6 29,3 21,4

7 29,3 21,4

8 29,3 21,4

9 29,3 21,4

10 29,4 23,5

11 27,8 23,5

12 24,7 23,5

13 23,1 23,5

14 22,9 24,3

15 24,3 24,3

16 25,7 24,3

17 25,7 24,3

VAMOS APLICAR EM AULA?

Abaixo será apresentado um modelo de plano de aula que pode ser aplicado

nas aulas de Educação Física. Traga para sua realidade, adapte e aplique.

I. Tema: Flexibilidade.

II. Objetivos: Realizar e avaliar a flexibilidade dos alunos e sua importância, proporcionar o conhecimento sobre a flexibilidade, e praticar os movimentos de flexibilidade nas próprias brincadeiras e atividades nas aulas de educação física. Objetivo geral: mensurar o nível de flexibilidade nos alunos. Objetivos específicos: trabalhar a flexibilidade de maneira lúdica, criar novas formas de exercitar, testar e incluir a flexibilidade na saúde das crianças e em suas vidas.

III. Desenvolvimento da aula: AQUECIMENTO: Corrida de Arcos Os alunos devem formar um círculo e permanecerem de mãos dadas, o professor então colocará um arco entre as mãos dos alunos que terão que passar por dentro do arco sem auxílio das mãos que não devem ser soltas. Após o arco dar duas voltar completas no círculo passando por todos os alunos o professor irá adicionar mais arcos e os alunos não poderão deixar os mesmos se encontrar. ATIVIDADE Começará com um pequeno circuito, os alunos faram uma fila para que um realize de cada vez. O primeiro obstáculo será uma corda suspensa (amarrada em dois cones) a qual o aluno passará por cima sem realizar contato, após passar ele encontrará seu segundo obstáculo, outra corda suspensa (será necessário a ajuda de dois alunos, para segurar a corda, os quais deverão trocar com os colegas para também realizarem o circuito) por esta corda os alunos deverão passar por baixo também sem realizar contato o terceiro obstáculo será um arco, o qual os alunos

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deverão passar por dentro, sem auxílio das mãos (o professor irá segurar o arco) por fim o aluno encontrará dez arcos no chão em distâncias diferentes sendo distâncias pequenas e distâncias grandes a qual ele deverá passar pulando sem cair fora do arco. Cada aluno deverá realizar duas vezes. Ao realizar pela última vez os alunos deverão fazer um círculo de maneira que fiquem bem próximos uns dos outros e cada um pega na mão de um colega, não pode pegar nas duas mãos de um mesmo colega, depois devem tentar desmanchar o nó, passando por cima, por baixo, pelo lado, girando, fazendo o que for preciso para desfazer o nó.

IV. Recursos: Arcos e cones.

V. Avaliação: O professor deve considerar o desenvolvimento de cada aluno durante todo o processo. Sendo importante considerar o envolvimento de cada um, o respeito as limitações do outro, a capacidade e o empenho de cada aluno.

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REFERÊNCIAS

BADARO, A. F. V.; SILVA, A.H.; BECHE, D. Flexibilidade versus alongamento: esclarecendo as diferenças. Saúde, Santa Maria, v. 33, 2007.

DANTAS, E. H. M. Alongamento e flexionamento. 5.ed. Rio de Janeiro: Shape, 2005. GAYA; A.; GAYA. A.R. Manual de testes e avaliações, versão 2016. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS. Porto Alegre, 2016 GUEDES, D. P.; GUEDES, J.E.R.P. Exercício na promoção da saúde. Londrina, PR, 1995. ACHOUR JUNIOR, A. Flexibilidade teoria e pratica, 1998. MACHADO, J.C. atividades vivenciais e criatividade. Florianópolis, SC, 2003. MATHEWS. Medidas e avaliações em educação Física. Rio de Janeiro, 1980. GIEHL, et al. Nível de flexibilidade e de atividade física dos alunos do ensino médio de uma escola de Chapecó/SC. 2018. Disponível em: <http://www.ajst.science/article/nivel-de-flexibilidade-e-de-atividade-fisica-dos-alunos-do-ensino-medio-de-uma-escola-de-chapeco-sc/>. Acesso em: 27 jun. 2019. PLATONOV, V.N. Tratado geral de treinamento desportivo, 2003. SANTOS, E.G.C.; VIANA, H.B. Flexibilidade na educação física escolar. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, a. 17, n. 175, dez. 2012 SAÚDE EM MOVIMENTO. Disponível em: <http://www.saudeemmovimento.com.br> Acesso em: 20 jun. 2019. ZABALA, A. A. Prática educativa: como ensinar, 1998.

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CAPÍTULO 7

EXERCITANDO O

AERÓBIO

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CAPÍTULO 7 – EXERCITANDO O AERÓBIO

Bruno Alaf Veiga Cleiton Nunes da Costa

CONHECENDO SOBRE CAPACIDADE AERÓBIA

Define-se como aeróbio, a capacidade que o indivíduo possui de captar O2

através do sistema respiratório em conjunto com o sistema cardíaco e circulatório

levam o oxigênio até as células para que o mesmo seja processado e utilizados na

formação de ATP, o qual é a energia para que os músculos possam movimentar o

indivíduo (WILMORE; COSTILL, 2001).

Ao aprofundarmos perante a anatomia de tal sistemas, sabe-se que quando

inspiramos o oxigênio presente no ar chega até os alvéolos pulmonares onde

possuímos as ramificações capilares ocorrendo a troca gasosa, O2 substitui-se pelo

CO2, ou seja, o oxigênio entra e o gás carbônico (resíduos inúteis para as células),

são eliminados através da expiração (PEREIRA, 2009). Partindo desse raciocínio o

oxigênio é levado até o coração através proveniente de uma circulação pulmonar e

ejetado pelo ventrículo esquerdo para uma circulação sistêmica, onde aquele sangue

rico em oxigênio chegará as células e será utilizado para formação de ATP (URSO,

2013).

Para que nosso organismo funcione é necessário que ele obtenha a energia de

algum lugar (WILMORE; COSTILL, 2001). E quando começamos a praticar um

exercício o consumo de energia (ATP) aumenta. Perante a isso, para manter nosso

corpo em atividade é necessário que os sistemas metabólicos entrem em ação. No

total são três vias metabólicas que o nosso corpo utiliza. O primeiro é o ATP-CP que

tem um predomínio de cerca de um minuto. Esse sistema é anaeróbio, portanto, não

faz uso de oxigênio na formação de energia. Em seguida, inicia-se o sistema glicolítico

o qual predominará no fornecimento durante o segundo e o terceiro minuto de

exercício. Esse sistema também não usa o oxigênio na formação de energia. Por fim,

entra em cena o sistema aeróbio (oxidativo). Ele se torna o principal fornecedor de

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energia para o organismo durante todo o tempo de exercício praticado (BRACHT;

SILVA, 2001).

Dessa forma, compreendemos que capacidade aeróbia nada mais é que a

exaustão desses sistemas, em especial do sistema aeróbio que com o passar do

tempo o corpo necessitará de uma grande demanda de energia. Quando o sistema

não conseguir mais captar oxigênio e gerar energia suficiente ocorrerá a fadiga, dessa

forma o tempo que o indivíduo conseguirá manter o exercício corresponde ao nível de

sua capacidade aeróbia (GOBBI; VILLAR; ZAGO, 2005).

É de extrema importância a prática de atividade física, pois a mesma ajuda

manter uma boa capacidade aeróbia que consequentemente influencia na qualidade

de vida, no bem-estar e também na prevenção de várias doenças como: obesidade,

hipertensão, diabetes entre outras (ALSSEN; HARRISON; VANCE, 2001). Para

melhorarmos a capacidade aeróbia nosso organismo necessita-se da prática de

exercícios físicos aeróbios (CAPUTO; et al, 2009) como caminhadas, corridas,

natação ou ciclismo.

VAMOS MEDIR E AVALIAR?

Existem diversas testes que podem ser utilizados para mensurar a capacidade

aeróbia. Nesse capítulo serão apresentados os testes de Léger, elaborado por Luc

Léger e Lambert em 1982 e o teste de Cooper também em 1982.

TESTE DE LEGER

Inicialmente você necessita do áudio para aplicação do teste. Utilize o QR code

para download do aplicativo onde terá acesso ao áudio para realização do teste.

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O teste de Luc Léger consiste em vai e vem, são

dois pontos a exatos vinte metros em terreno plano,

onde demarca-se a velocidade com bips, cada nível

possui um minuto de duração e aumenta a velocidade

em 0,5 km/h por nível, inicia com 8,5 km/h e em cada bip

o indivíduo deve estar em um dos pontos em um formato

vai e vem, a mensuração é feita através da velocidade

demarcada pelo nível alcançado o teste é encerrado quando participante não

consegue chegar a um dos pontos antes do bip, então o avaliador deverá anotar o

percurso em que ele parou e a velocidade.

Ao final do teste, aplica-se a velocidade do nível alcançado na equação a

seguir.

Em menores de 18 anos: VO2max = 31.025 + 3.238 x (Vel.) – 3.248 x (Idade.)

+ 0.1536 x (Vel.) x (Idade.). Em maiores de 18 anos utiliza-se: VO2max = - 24,4 + 6 x

(Vel.).

Exemplo: Alcançou-se o percurso 90 equivale ao decimo nível, sabe-se que se

inicia com 8,5 km/h então sequencialmente o decimo nível equivale a 13 km/h, se o

indivíduo possui mais de 18 anos aplica-se a equação, VO2max = - 24,4 + 6 x (Vel.)

VO2max = - 24,4 + 6 x (13)

VO2max = 56,3 mL/kg·min

Após realizar a medida, os valores de referência podem ser analisados no

Quadros 1.

Quadro 1 – Valores de referência do teste de VO2 de Leger (1982).

Homens

Idade Muito Ruim

Ruim Regular Bom Excelente Superior

13-19 <35.0 35.0 - 38.3

38.4 - 45.1

45.2 - 50.9

51.0 - 55.9

>55.9

20-29 <33.0 33.0 - 36.4

36.5 - 42.4

42.5 - 46.4

46.5 - 52.4

>52.4

30-39 <31.5 31.5 - 35.4

35.5 - 40.9

41.0 - 44.9

45.0 - 49.4

>49.4

40-49 <30.2 30.2 - 33.5

33.6 - 38.9

39.0 - 43.7

43.8 - 48.0

>48.0

50-59 <26.1 26.1 - 30.9

31.0 - 35.7

35.8 - 40.9

41.0 - 45.3

>45.3

60+ <20.5 20.5 - 26.0

26.1 - 32.2

32.3 - 36.4

36.5 - 44.2

>44.2

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Mulheres

Idade Muito Ruim

Ruim Regular Bom Excelente Superior

13-19 <25.0 25.0 - 30.9

31.0 - 34.9

35.0 - 38.9

39.0 - 41.9

>41.9

20-29 <23.6 23.6 - 28.9

29.0 - 32.9

33.0 - 36.9

37.0 - 41.0

>41.0

30-39 <22.8 22.8 - 26.9

27.0 - 31.4

31.5 - 35.6

35.7 - 40.0

>40.0

40-49 <21.0 21.0 - 24.4

24.5 - 28.9

29.0 - 36.8

32.9 - 36.9

>36.9

50-59 <20.2 20.2 - 22.7

22.8 - 26.9

27.0 - 31.4

31.5 - 35.7

>35.7

60+ <17.5 17.5 - 20.1

20.2 - 24.4

24.5 - 30.2

30.3 - 31.4

>31.4

TESTE DE COOPER DE 12 MINUTOS

O teste de Cooper de 12 minutos é um dos testes mais populares de avaliação

da capacidade cardiorrespiratória. Os únicos equipamentos necessários são a pista

de corrida oval e plana ou pista de atletismo, cones para marcação, folha para

anotação de dados, cronômetro.

O avaliado deverá correr ou andar sem interrupções durante 12 minutos, sendo

registrada a distância total percorrida durante este tempo. Recomenda-se marcar as

distâncias em intervalos definidos com cones ao redor da pista para facilitar a

visualização e a medição da distância percorrida pelo avaliado. Com base na distância

percorrida em Km, estima-se o VO2max por meio da seguinte equação matemática:

VO2max (kg. Min)-1= (22.351 x distância em km) – 11.288

O Quadro 2 demonstra como avaliar o teste.

Quadro 2 – Valores de referência para o teste dos 12 minutos.

Distância em Metros no teste

Categoria de Capacidade

aeróbia 13-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60 ou mais

I - Muito Fraca (Homens) (Mulheres)

<2090 <1610

<1960 <1550

<1900 <1510

<1830 <1420

<1660 <1350

<1400 <1260

II - Fraca (Homens) (Mulheres)

2090-2200 1610-1900

1960-2110 1550-1790

1900-2090 1510-1690

1830-1990 1420-1589

1660-1870 1350-1500

1400-1640 1260-1390

III – Média (Homens) (Mulheres)

2210-2510 1910-2080

2120-2400 1800-1970

2100-2400 1700-1960

2000-2240 1590-1790

1880-2090 1510-1690

1650-1930 1400-1590

IV – Boa (Homens)

2520-2770

2410-2640

2410-2510

2250-2460

2100-2320

1940-2120

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(Mulheres) 2090-2300 1980-2160 1970-2080 1800-2000 1700-1900 1600-1750

V – Excelente (Homens) (Mulheres)

2780-3000 2310-2430

2650-2830 2170-2330

2520-2720 2090-2240

2470-2660 2010-2160

2330-2540 1910-2090

2130-2490 1760-1900

VI – Superior (Homens) (Mulheres)

>3000 >2430

>2830 >2330

>2720 >2240

>2660 >2160

>2540 >2090

>2490 >1900

Em termos de velocidade de deslocamento, o ideal é que o avaliado consiga

manter constante a velocidade durante os 12 minutos do teste.

VAMOS APLICAR EM AULA?

I. Tema: Os batimentos cardíacos dizem muito.

II. Objetivos: Objetivo geral Medir os batimentos cardíacos pela artéria radial. Objetivos específicos Verificar a frequência cardíaca em repouso e pós exercício. Compreender o sistema cardíaco

III. Desenvolvimento da aula: A aula será dividida em alguns passos Passo 1: Deverá ser ensinado os alunos a localizarem sua artéria radial. Passo 2: Os alunos deverão relaxar o máximo que conseguirem durante 10 minutos para que então seja cronometrado 30 segundos para os alunos contarem seus batimentos, depois basta multiplicar o valor por dois e terá o total de batimento por minuto, os mesmos deverão anotar para não esquecer. Passo 3: Em um terreno plano preferencialmente quadra ou pista de atletismo, os alunos farão uma corrida de intensidade moderada com cerca de 7 a 10 minutos. Passo 4: Novamente, após o exercício será feito a contagem dos batimentos cardíacos, os alunos que obtiverem uma diferença menor entre a primeira aferição e a segunda sugere-se melhor capacidade aeróbia, quanto menor for a diferença melhor é a capacidade. Passo 5: Após 10 minutos do exercício será novamente aferido os batimentos, e comparado com a primeira. Quanto menor for o debito cardíaco melhor é a capacidade aeróbia do aluno.

IV. Recursos: Local plano e cronometro.

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REFERÊNCIAS

ALSSEN et al. Exercício e qualidade de vida. Barueri, SP: Manole 2001. BATISTA, M. B. Predição do Consumo Máximo de Oxigênio (VO2máx) a Partir de Diferentes Testes de Campo. 2006. 40 f. Trabalho de conclusão do curso (Graduação em Educação Física) – Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2006. BRACHT; A. M. K.; SILVA; E. G. B. Creatina, Função Energética, Metabolismo e suplementação no esporte. Revista da Educação Física/UEM Maringá, v. 12, n. 1, p. 27-33, 1. sem. 2001. CAPUTO, F. et al. Exercício aeróbio: Aspectos bioenergéticos, ajustes fisiológicos, fadiga e índices de desempenho. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, v. 11, n. 1, p. 94-102, 2009. COSTA; E. C. et al. Validade do consumo máximo de oxigênio e prescrição de intensidade de treinamento aeróbico preditos pelo teste de cooper de 12 minutos. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo, v.1, n.4, p. 32-39, jul./ago. 2007. COSTILL, D. L.; WILMORE, J. H. Fisiologia do esporte e do exercício. 2.ed. Barueri, SP: Manole, 2001. DUARTE; C. R.; DUARTE, M. F. S. Validade do teste aeróbio de corrida vai e vem 20 metros (Teste elaborado por Luc Leger 1982). Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília v. 9 n. 3 p. jul. 2001. GOBBI, S.; VILLAR, R.; ZAGO, A.S. Bases teórico-práticas do condicionamento físico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2005. PEREIRA, C. L. As interfaces da biologia com a educação física no processo do metabolismo energético. 2009. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009. URSO, R. P. et al. Determinação dos metabolismos lático e alático da capacidade anaeróbia por meio do consumo de oxigênio. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, v. 15, n. 5, p. 616-627, 2013.

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CAPÍTULO 8

MUDE A DIREÇÃO: TENHA

AGILIDADE

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CAPÍTULO 8 – MUDE A DIREÇÃO: TENHA AGILIDADE

Ernani Antonio Domingues Ribas Junior Jonatan Renato Ferreira

Matheus de Britto Silveira

CONHECENDO SOBRE AGILIDADE

Para falar de agilidade, primeiro precisamos entender sobre velocidade e

coordenação. Isto porque, a nossa agilidade nada mais é do que a soma destas duas

capacidades. Velocidade, para o treinamento físico, é a habilidade de mover a

totalidade ou parte do corpo rapidamente. Os fatores que influenciam nesta

capacidade são: hereditariedade, tempo de reação, capacidade de superar a

resistência externa, técnica, concentração, elasticidade muscular e força de vontade.

Para Rigo (1977) agilidade é a movimentação do corpo no espaço, ou seja,

movimentos que incluam trocas de sentido e direção. Para Barbanti (2003, p. 15), é a

"capacidade de executar movimentos rápidos e ligeiros com mudanças de direção".

Para Barros apud Oliveira (2000, p. 24), a agilidade é uma variável neuromotora

caracterizada pela capacidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido e

deslocamento da altura do centro de gravidade de todo corpo ou parte dela".

Sendo assim, a agilidade é uma importante capacidade física e está presente

em muitos esportes. A agilidade influencia diretamente no desenvolvimento de outras

valências físicas, pode e deve ser melhorada e desenvolvida na criança desde a

primeira infância, principalmente por intermédio das aulas de educação física. Para

Schimdt, Alejo (2002) equilíbrio, força, coordenação e resistência são componentes

necessários da agilidade. Segundo Oliveira (2000), muitas definições colocam a

agilidade como inserida na velocidade, diferenciando-se apenas quanto às mudanças

de direção.

A coordenação é a habilidade de realizar uma determinada atividade da

maneira mais eficiente possível. Pimentel e Oliveira (1997) definem

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agilidade/coordenação motora como o domínio econômico das ações motoras nas

situações previsíveis e imprevisíveis, possibilitando aprender relativamente depressa

as habilidades motoras.

A soma de dois fatores – velocidade e coordenação – vai resultar em agilidade.

Com isso, conseguimos definir agilidade como a capacidade de realizar uma tarefa de

forma rápida e com o movimento técnico correto. Para Costello e Kreis (1993), o

conceito de agilidade é a capacidade de mudar de direção sem que se perca a

velocidade, força, equilíbrio ou controle do corpo. Um exemplo prático disto é a

utilização da escada de agilidade no treinamento onde o aluno precisa ir de um lado

para o outro, o mais rápido possível. É visível que quanto maior o nível de dificuldade

técnico do movimento, menor será a velocidade de realização, com a prática, isso

evoluirá significativamente.

Com a prática frequente de atividades físicas o indivíduo pode melhorar e

manter os níveis de capacidade cardiorrespiratória, flexibilidade e agilidade. Esses

elementos têm papel fundamental na capacidade de movimentação. A agilidade, junto

com as outras capacidades físicas, desenvolve uma maior independência do indivíduo

contribuindo assim para evitar os efeitos negativos de uma dependência física. A

agilidade geral melhora a locomoção e pode proporcionar uma melhor eficiência na

execução atividades básicas.

Como a aptidão física e a coordenação motora são fortemente influenciadas

por fatores ambientais, além dos fatores biológicos, torna-se necessário que se tenha

informações de como se encontra o estado de aptidão física e desempenho motor de

crianças e adolescentes (PEREIRA, 2012). Treinar agilidade vem da necessidade

que se requer no dia-a-dia. Para aqueles que praticam esporte é fundamental realizar

este treinamento, sempre buscando fazer exercícios específicos para a sua

modalidade esportiva.

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VAMOS MEDIR E AVALIAR?

TESTE DO QUADRADO (GAYA et al., 2016)

Material: um cronômetro, um quadrado com 4 metros de lado. 4 cones. Piso

antiderrapante.

Orientação: Demarca-se no local de testes um quadrado de quatro metros de

lado. Coloca-se um cone em cada ângulo do quadrado. Uma fita crepe ou uma reta

desenhada com giz indica a linha de partida (Figura 1). O aluno parte da posição de

pé, com um pé avançado à frente imediatamente atrás da linha de partida (num dos

vértices do quadrado). Ao sinal do avaliador, deverá deslocar‐se em velocidade

máxima e tocar com uma das mãos no cone situado no canto em diagonal do

quadrado (atravessa o quadrado). Na sequência, corre para tocar o cone à sua

esquerda (ou direita) e depois se desloca para tocar o cone em diagonal (atravessa o

quadrado em diagonal). Finalmente, corre em direção ao último cone, que

corresponde ao ponto de partida. O cronômetro deverá ser acionado pelo avaliador

no momento em que o avaliado tocar pela primeira vez com o pé o interior do quadrado

e será travado quando tocar com uma das mãos no quarto cone. Serão realizadas

duas tentativas, sendo registrado para fins de avaliação o menor tempo

Figura 1 – Representação da montagem do teste do quadrado.

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Para avaliar os alunos siga o Quadro 1 de acordo com os valores propostos

pelo Projeto Esporte Brasil (GAYA et al., 2016).

Quadro 1 – Valores de referência para avaliação do teste do quadrado (GAYA et al., 2009).

Sexo Idade Excelência Muito bom Bom Razoável Fraco

Masculino

6 <= 6,40 6,41 - 7,30 7,31 - 7,79 7,80 - 8,19 > 8,19

7 <=6,07 6,08 - 7,00 7,01 - 7,43 7,44 - 7,76 >7,76

8 <=5,97 5,98 - 6,78 6,79 - 7,20 7,21 - 7,59 >7,59

9 <=5,81 5,82 - 6,50 6,51 - 6,89 6,90 - 7,19 >7,19

10 <=5,58 5,59 – 6,25 6,26 – 6,66 6,67 – 7,00 >7,00

11 <=5,39 5,40 – 6,10 6,11 – 6,50 6,51 – 6,87 >6,87

12 <=5,17 5,18 – 6,00 6,01 – 6,34 6,35 – 6,70 >6,70

13 <=5,00 5,01 – 5,86 5,87 – 6,16 6,17 – 6,53 >6,54

14 <=5,00 5,01 – 5,69 5,70 – 6,00 6,01 – 6,37 >6,37

15 <=4,91 4,92 – 5,59 5,60 – 5,99 6,00 – 6,26 >6,26

16 <=4,90 4,91 – 5,42 5,43 – 5,75 5,76 – 6,10 >6,10

17 <=4,90 4,91 – 5,43 5,44 – 5,75 5,76 – 6,03 >6,0

Sexo Idade Excelência Muito bom Bom Razoável Fraco

Feminino

6 <= 6,58 6,59 - 7,66 7,67 - 8,26 8,27 - 8,68 > 8,68

7 <=6,56 6,57 - 7,56 7,57 - 8,00 8,01 - 8,41 >8,41

8 <=6,40 6,41 – 7,22 7,23 – 7,59 7,60 – 7,98 >7,98

9 <=6,03 6,04 – 6,89 6,90 – 7,25 7,26 – 7,63 >7,63

10 <=5,88 5,89 – 6,60 6,61 – 7,00 7 01 – 7,35 >7,35

11 <=5,72 7,53 – 6,49 6,50 – 6,90 6,91 – 7,24 >7,24

12 <=5,63 5,64 – 6,36 6,37 – 6,80 6,81 – 7,17 >7,17

13 <=5,57 5,58 – 6,28 6,29 – 6,70 6,71 – 7,10 >7,10

14 <=5,49 5,50 – 6,22 6,23 – 6,68 6,69 – 7,03 >7,03

15 <=5,33 5,34 – 6,19 6,20 – 6,66 6,67 – 7,00 >7,00

16 <=5,41 5,42 – 6,15 6,16 – 6,55 6,56 – 6,94 >6,94

17 <=5,54 5,55 – 6,22 6,23 – 6,58 6,59 – 7,00 >7,00

VAMOS APLICAR EM AULA?

Abaixo será apresentado um modelo de plano de aula que pode ser aplicado

nas aulas de Educação Física. Traga para sua realidade, adapte e aplique.

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I. TEMA: Agilidade

II. Objetivos: Objetivo geral Demonstrar por meio de exercícios variados a forma de melhorar sua agilidade, e mostrar a importância dessa capacidade ao longo da vida. Objetivos específicos Desenvolver no aluno a capacidade de melhorar sua agilidade. Associar o circuito com variações direita e esquerda, frente e costas.

III. Desenvolvimento da aula: Ao iniciar a aula o professor irá conceituar a agilidade e demonstrar, através de exercícios e atividades, como essa capacidade é essencial nos esportes e no dia a dia. Aquecimento: Utilizando uma escada de agilidade ou com arcos para demarcar o espaço na quadra, os alunos irão fazer alguns exercícios coordenados voltados para melhoria da agilidade e coordenação. No primeiro momento, irão fazer a corrida tocando apenas no espaço interno da escada ou dos arcos. No segundo exercício irão tocar somente com o pé direito dentro da escada ou arco (depois só com o esquerdo dentro dos espaços). Por fim, irão pular com os pés juntos dentro dos espaços e pés separados fora simulando um abre e fecha das pernas. Atividade principal: Dividindo a turma em duas equipes de mesmo número de participantes, cada equipe recebe um colete de cores distintas (amarelo e vermelho por exemplo), posicionando um colete na trave de futsal. O objetivo e conseguir roubar o colete da equipe adversária, porém, toda vez que for tocado deve voltar para o lado da sua equipe. O espaço que delimita a atividade são as linhas da quadra de futsal. Vence a equipe que conseguir pegar mais vezes o colete dos adversários. Volta a calma: Dividindo a turma em duplas com um cone posicionado no meio dos dois, o professor passara comandos e com as duas mãos os alunos executam. Exemplo: o professor fala cabeça os alunos colocam as mãos na cabeça. Se diz ombro, os alunos colocam as mãos nos ombros, joelho - mãos nos joelhos, pés - mãos nos pés e assim variando os comandos. Quando os alunos estiverem bem distraídos o professor dá o comando de cone e o aluno tem que pegar antes de seu colega marcando um ponto.

IV. Recursos: Escada de agilidade, arcos, coletes, quadra poliesportiva, cones.

V. Avaliação: Diagnóstica com base no gesto motor e aceitação dos alunos.

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REFERÊNCIAS

BARBANTI, V. J. Treinamento físico: bases científicas. 3. ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996. BENETTI, G.; SCHNEIDER, P; MEYER, F. Os benefícios do esporte e a importância da treinabilidade da força muscular de pré-púberes atletas de voleibol. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, v. 7, n. 2, p. 87-93, 2005. FERREIRA, L.; GOBBI, S. Agilidade geral e agilidade de membros superiores em mulheres de terceira idade treinadas e não treinadas. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum, v. 5, n. 1, p. 46-53, 2003. GAYA, A; GAYA, A. Projeto Esporte Brasil: Manual de Testes e avaliação. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016. OLIVEIRA, M. C. Influência do ritmo na agilidade em futebol. 2000. 83 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2000. PIMENTEL, J.; OLIVEIRA, J. Influência do meio no desenvolvimento da coordenação motor global e fina. Revista Horizonte, v. 12, n. 78, 1997. RIGO, L. Preparação Física. São Paulo: Global, 1977. SCHMID, S; ALEJO, B. Complete conditiong for soccer. Champaign: Human Kinetics, 2002.

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CAPÍTULO 9

ENTENDO O CONCEITO DE

VELOCIDADE

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CAPÍTULO 9 – ENTENDENDO O CONCEITO DE VELOCIDADE

Julio Alberto Martins Ilton

Tayline Olsen Rechetelo Hable

CONHECENDO SOBRE VELOCIDADE

A velocidade é percussora do movimento. Ela é responsável por pensar e

encontrar uma resposta para resolver determinada tarefa, no mais curto espaço de

tempo. Grande parte da capacidade de velocidade é determinada geneticamente,

porém, apesar dessa relação, ela não é um fator limitante (BOMPA, 2002). Barbanti

(1997), assegura que a velocidade máxima assim como a agilidade são características

herdadas, sendo assim, são determinadas geneticamente e dessa maneira tem

grande importância para a execução de altos níveis de desempenho.

Para Raposo (2000) a velocidade é a capacidade de um indivíduo realizar

ações motoras no mínimo tempo para determinadas condições variáveis. Segundo

Gobbi et al. (2005), velocidade é ser capaz correr rapidamente e também a

capacidade de coordenar os movimentos que podem ser cíclicos e acíclicos.

Andreotti et al. (1998) garantem que a velocidade tem uma função muito

importante para a maioria das pessoas, pois a mesma contribui tanto para atividades

de altas performance como para as atividades do dia-a-dia. Há todo momento estamos

recebendo e processando estímulos para obtenção de um melhor resultado em

determinada situação e quanto mais rápido forem as respostas, mais fácil ela se

adapta as novas exigências.

Segundo Weineck (1991), a velocidade pode ser observada em três elementos:

tempo de reação, frequência de tempo e velocidade de percurso A ligação entre elas

determinam a performance de um exercício que exige velocidade. Weineck (1999)

declara que a constante repetição de um movimento num mesmo ritmo pode solidificar

o mesmo, levando a uma estagnação do desenvolvimento da velocidade e assim a

formação de uma limitação para tal capacidade.

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São denominados três tipos de velocidade:

Velocidade de reação: está ligada a todas as formas de movimento já que ela

é a capacidade de resposta a um estimulo no menor tempo possível.

Velocidade de repetição: depende da velocidade de cada movimento único. A

velocidade cíclica resume-se numa sequência de ações motoras,

ritmicamente repetida, independentemente do fato de se tratar de movimentos

das extremidades superiores ou inferiores, assim como do tronco.

Velocidade de execução: refere-se à capacidade locomotora das

extremidades inferiores, ou seja, a capacidade máxima de uma pessoa ir de

um ponto para outro. A medição da velocidade de deslocamento normalmente

é feita por cronometragem de um deslocamento curto.

VAMOS MEDIR E AVALIAR?

VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO (CORRIDA DE 20 METROS) (GAYA; GAYA,

2016)

Material: um cronômetro e uma pista de 20 metros demarcada com três linhas

paralelas no solo da seguinte forma: a primeira (linha de partida); a segunda, distante

20m da primeira (linha de cronometragem) e a terceira linha, marcada a um metro da

segunda (linha de chegada). A terceira linha serve como referência de chegada para

o aluno na tentativa de evitar que ele inicie a desaceleração antes de cruzar a linha

de cronometragem. Dois cones para a sinalização da primeira e terceira linha.

Orientação: o aluno parte da posição de pé, com um pé avançado à frente

imediatamente atrás da primeira linha e será informado que deverá cruzar a terceira

linha o mais rápido possível. Ao sinal do avaliador, o aluno deverá deslocar-se, o mais

rápido possível, em direção à linha de chegada. O cronometrista deverá acionar o

cronômetro no momento em que o avaliado der o primeiro passo (tocar ao solo),

ultrapassando a linha de partida. Quando o aluno cruzar a segunda linha (dos 20

metros), será interrompido o cronômetro.

Anotação: o cronometrista registrará o tempo do percurso em segundos e

centésimos de segundos (duas casas após a vírgula).

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VAMOS APLICAR EM AULA?

Abaixo será apresentado um modelo de plano de aula que pode ser aplicado

nas aulas de Educação Física. Traga para sua realidade, adapte e aplique.

PLANO DE AULA

I. Tema: Testando a velocidade

II. Objetivos Objetivo geral Desenvolver a iniciação na corrida de velocidade de forma lúdica. Objetivos específicos Oportunizar o melhor aprendizado sobre a velocidade. Promover atividade que estimule o trabalho em equipe, melhorar a agilidade e a velocidade do aluno.

III. Desenvolvimento da aula: Atividade para desenvolver a iniciação da corrida de forma lúdica. Trabalhando no aluno as habilidades motoras de coordenação, agilidade e velocidade. Corrida do bastão: dividir os alunos em 2 equipes com o mesmo número de alunos. Formam-se duas filas, os primeiros de cada fila correm com o bastão amarelo (papelão, cano pvc ou cabo de vassoura medindo no máximo 30 cm) até o arco, que encontra-se 50 metros à frente, dentro do mesmo possui outro bastão de cor preta, chegando ao arco o aluno faz a troca do bastão e volta para entregar para o próximo da fila fazer a atividade e assim sucessivamente, a atividade irá funcionar como uma competição, sendo que a equipe que todos os integrantes fizerem a atividade primeiro será a vencedora.

IV. Recursos: 2 bastões amarelos, 2 bastões pretos, 2 arcos e pista de corrida.

V. Avaliação: Avalia o aluno pelo seu esforço e interesse em praticar a atividade, assim como sua evolução com este exercício. Deve-se sempre motivar para que todos atinjam um ótimo resultado.

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REFERÊNCIAS

ANDREOTTI, R. A. et al. Efeitos da PAAF no desenvolvimento da agilidade, tempo de reação, tempo de movimento e equilíbrio em idosos. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS DO ESPORTE; 21. 1998. Anais..., 1998. p. 74. BARBANTI, V. Aptidão física: conceitos e avaliação. Revista Paulista de Educação Física, v. 1, n. 1, p. 24-32, 1986. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2594-5904.rpef.1986.138164. BARBANTI, V. J. Teoria e prática do treinamento esportivo. 2.ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1997. BOMPA, T.O. Periodização: teoria e metodologia do treinamento. 4.ed. São Paulo: Phorte, 2002. GAYA, A.; GAYA, A. Projeto Esporte Brasil: Manual de testes e avaliação. Versão. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Brasil, 2016. GOBBI, S.; VILLAR, R.; ZAGO, A. S. Bases teórico-práticas do condicionamento físico. 1.ed. São Paulo: Guanabara- Koogan, 2005 MONTEIRO, F. Jogo de brincar. 2019. Disponível em: <https://jogodobrincar.com>. Acesso em: 23 jul. 2019. RAIOL, R. A. et al. Capacidades motoras. As aulas de Educação Física na infância: capacidades motoras, crescimento e princípios do treinamento, Revista Digital, 15 out. 2010. Disponível em: https://www.efdeportes.com/efd149/capacidades-motoras-e-principios-do-treinamento.htm. Acesso em: 15 jul. 2019. RAPOSO, V.A. A carga no treino desportivo. Lisboa: Editorial Caminho, 2000. SANTOS, M. S., et al. Qualidade física ‘velocidade’ no treinamento desportivo. Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital, v. 15, n. 149, 2010. VIANNA, J. M. Velocidade. Disponível em: <http://www.aquabarra.com.br/artigos/ treinamento/VELOCIDADE.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2019. WEINECK, J. Fundamentos gerais da biologia do esporte para infância e adolescência. Biologia do Esporte, São Paulo: Manole, 1991. p. 247-295.

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CAPÍTULO 10

A SUA SAÚDE É O QUE

VOCÊ COME

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CAPÍTULO 10 – A SUA SAÚDE É O QUE VOCÊ COME

Daniela Alves Evandro José da Silva

EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL

A educação alimentar e nutricional (EAN) tem por finalidade contribuir para a

promoção e a proteção da saúde, através de uma alimentação adequada e saudável,

desempenhando seu crescimento e desenvolvimento humano conforme as políticas

públicas em alimentação e nutrição (PNAN, 2012). A EAN é reconhecida como

estratégia que visa à promoção e a proteção da saúde por meio da criação de hábitos

e estilo de vida mais saudável (PNAN, 2012).

A promoção da saúde deve ser inserida desde a infância permanecendo até a

fase adulta de maneira gradativa para que a formação de hábitos alimentares

saudáveis seja adquirida por comportamentos autônomo e consciente por suas

escolhas desde pequenos (BERTINI et al., 2010).

A escola é vista como um espaço adequado para se desenvolver ações de

educação alimentar e nutricional, promovendo uma qualidade de vida e melhor

rendimento escolar (RAMOS; SANTOS; REIS, 2013). Além disso, a escola é um

ambiente que pode prevenir essas doenças, pois a partir de dados antropométricos e

testes de aptidão física pode ser feito uma intervenção. Durante as aulas de Educação

física é aonde se proporciona a prática de atividades física regular, o professor pode

usar estratégias para determinar os índices de obesidade nos seus alunos e orienta-

los sobre a prevenção (ARAÚJO, 2010).

Alimentação saudável e o exercício físico é muito importante na vida de

qualquer pessoa pois, é por meio desses cuidados que vamos envelhecer com saúde.

Vasconcellos (2013) confirmou em seus estudos a relação entre o tempo que a criança

ou adolescente passa em frente a televisão com o aumento da obesidade. Dessa

forma, eles assistem propagandas de alimentos que os deixam encantados e

aumentam o consumo de alimentos industrializados.

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Na educação física escolar o profissional tem o dever de despertar o interesse

nos alunos a respeito da qualidade de vida. Oferecer aulas diferenciadas que mostre

os riscos de não cuidar da saúde e desperte o interesse pela prática de atividade física

e por adquirir uma alimentação mais saudável levando muitos benefícios para o

organismo.

VAMOS MEDIR E AVALIAR?

O presente questionário pode ser aplicado durante a aula de Educação Física

e tem como objetivo avaliar a alimentação dos adolescentes. Esse questionário foi

adaptado e proposto pelo Ministério da Saúde do Brasil e é composto por 10 questões.

1- Quantas frutas você come ou copos de suco natural de fruta você toma por dia? ( ) não como fruta e nem tomo suco natural de fruta. ( ) 1 ( ) 3 ( ) 2 ( ) 4 ou mais 2- Quantas colheres de sopa de verduras ou legumes você come por dia? ( ) não como verduras ou legumes. ( ) 5 a 8 colheres de sopa. ( ) 1 a 4 colheres de sopa . ( ) 9 ou mais colheres de sopa. 3-Quantas vezes por semana você come um destes alimentos: feijão, lentilha, grão de bico? ( ) Nenhuma. ( ) 3 vezes. ( ) 1 vez. ( ) 4 ou mais. ( ) 2 vezes. . 4-Quantas colheres de sopa de arroz, farinha ou macarrão você come por dia? ( ) Nenhuma ( ) 6 a 10 colheres de sopa ( ) 1 a 5 colheres de sopa ( ) 11 ou mais colheres de sopa 5-Quantos pedaços de carne de boi, porco, frango, peixe ou ovos você come por dia? ( ) 0 a 1 pedaço ou 1 ovo. ( ) 2 pedaços ou 2 ovos. ( ) mais de 2 pedaços ou mais de 2 ovos. 6-Quando você come carne vermelha (de gado), você tira a gordura que aparece? E quando come frango você retira a pele? ( ) Sim ( ) Não ( ) não como carne vermelha ou frango.

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7-Pensando nos seguintes alimentos: frituras, embutidos como mortadela e linguiça, doces, balas, bolos. Você costuma comer qualquer um deles? ( ) Todo dia ( ) de 4 a 5 vezes por semana ( ) de 2 a 3 vezes por semana ( ) menos que 1 vez por semana ( ) menos que 1 vez por mês 8- Qual o tipo de gordura é mais utilizado na sua casa par cozinhar os alimentos? ( ) banha animal ou manteiga. ( ) óleo vegetal como: soja, girassol, milho, algodão ou canola. ( ) margarina ou gordura vegetal. 9-Você costuma colocar mais sal na comida que está no seu prato? ( ) Sim ( ) Não 10-Você costuma trocar o almoço ou o jantar por lanches? ( ) Sim ( ) Não ( ) Às vezes

Após o questionário ser respondido será avaliado pelo professor de Educação

Física. Os resultados serão colocados em gráficos para que os alunos possam

observar seus hábitos alimentares.

VAMOS APLICAR EM AULA?

Abaixo será apresentado um modelo de plano de aula que pode ser aplicado

nas aulas de Educação Física. Traga para sua realidade, adapte e aplique.

I. Tema: A SUA SAÚDE É O QUE VOCÊ COME

II. Objetivos: Objetivo geral

Promover aos alunos do ensino médio uma aula sobre alimentação saudável parauma vida com qualidade.

Objetivos específicos

Levar os alunos a conhecer seus hábitos alimentares

Identificar as consequências da obesidade

Desenvolver consciência crítica sobre alimentação saudável

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III. Desenvolvimento da aula: A aula irá acontecer em três momentos, sendo eles: 1° Dinâmica “Quantas gramas têm?” Os alunos serão divididos em duas equipes, em seguida um de cada grupo deverá colocar em um recipiente vazio a quantidade de açúcar que tem em um determinado alimento ou bebida sugerida pelo professor. Quando os dois terminarem seu palpite o professor irá colocar na balança o recipiente cheio de açúcar de cada equipe. Feito isso, será mostrado a embalagem com a quantidade de gramas correto, quem acertar o número mais próximo marca ponto para sua equipe. 2° Documentário “Muito Além do Peso” Trata-se de um documentário feito para promover reflexões sobre obesidade. Promover uma discussão sobre o documentário, alertando sobre os riscos que a obesidade acarreta. Além dos malefícios que os alimentos industrializados e a falta de uma alimentação saudável trás para o nosso organismo. 3° Confecção de Cartaz Os alunos com base nos conhecimentos adquiridos na aula irão confeccionar um cartaz sobre a quantidade de açúcar que contém em alguns alimentos. A iniciativa serve para informar os demais alunos da escola que o excesso de açúcar pode fazer muito mal para saúde. O cartaz ficará exposto no mural da escola.

IV. Recursos: Data Show, copos descartáveis, balança, açúcar, embalagem de alimentos, cartolina, caneta, cola.

V. Avaliação: A avaliação deve ser processual e continua. Identificar se os alunos conseguiram compreender a importância de bons hábitos alimentares. Além da participação individual e coletiva.

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REFERÊNCIAS

ARAÚJO, R. A.; BRITO, A. K. A.; DA SILVA, F.M. O papel da educação física escolar diante da epidemia da obesidade em crianças e adolescentes. Educação Física em Revista, v. 4, n. 2, 2010. BERTIN, L. R et al. Estado nutricional, hábitos alimentares e conhecimentos de nutrição em escolares. Revista Paul Pediatria, v. 28, n. 3, p. 303-308, 2010. CHAVES, L. G. et al. O programa nacional de alimentação escolar como promotor de hábitos alimentares regionais. 2009. JUZWIAK, C.R. et al. A experiência da Oficina Permanente de Educação Alimentar e em Saúde (OPEAS): formação de profissionais para a promoção da alimentação saudável nas escolas. Ciência & saúde coletiva, v. 18, p. 1009-1018, 2013. MUITO além do peso. Direção de Estela Renner. Produção de Juniana Borges. 2012. (17 min.). Legendado. Disponível em: HTTPS://www.youtube.com/watch?v=xxWDb-0o3Xkk. Acesso em: 06 maio 2019. RAMOS, P. F.; SANTOS, S. A. L.; REIS, C. B. A. Educação alimentar e nutricional em escolares: uma revisão de literatura. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 11, p. 2147-2161, nov., 2013. SANTOS, L. A. S. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Revista de Nutrição, 2005. SANT'ANA, D. M. G. et al. Avaliação dos hábitos alimentares dos adolescentes de uma escola da rede de ensino da cidade de Umuarama–PR. Arquivos do Museu Dinâmico Interdisciplinar, v. 13, n. 1/2/3, p. 25-33, 2013. SANTOS, L. A. S. Educação alimentar e nutricional no contexto da promoção de práticas alimentares saudáveis. Revista de Nutrição, 2005. SCHMITZ, B. A. S et al. A escola promovendo hábitos alimentares saudáveis: uma proposta metodológica de capacitação para educadores e donos de cantina escolar. Cadernos de Saúde Pública, v. 24, p. s312-s322, 2008. VASCONCELLOS, M.B.; ANJOS, L.A.; VASCONCELLOS, M.T.L. Estado nutricional e tempo de tela de escolares da Rede Pública de Ensino Fundamental de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Cadernos de Saúde Pública, v. 29, p. 713-722, 2013. WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a WHO consultationonobesity. Geneva, 1998.

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CAPÍTULO 11

IMAGEM CORPORAL: O

RESPEITO PELAS

DIFERENÇAS

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CAPÍTULO 11 – IMAGEM CORPORAL: O RESPEITO PELAS DIFERENÇAS

Milena Alves das Neves

CONHECENDO SOBRE IMAGEM CORPORAL

Segundo Schilder (1994), no que se refere entender o estado mental do

indivíduo nada melhor que começar a estudar seu estado corporal. E de acordo com

Tavares (2003), na grande maioria das vezes conseguimos identificar os sentidos, as

ideias e a visão que o jovem tem de si mesmo.

Os seres humanos começam a entender seus corpos por meio do contato com

o meio ambiente, assim sua autoimagem é expandida e reavaliada constantemente

ao longo de sua vida (BECKER, 1999). Essa corporatura deve ser entendida como

um fator único de cada ser humano, pois reflete a história de uma vida e a trajetória

de uma identidade, com suas emoções, pensamentos e representações sobre as

outras pessoas (TAVARES, 2003).

O complemento dado pela mídia em ostentar corpos atraentes, tem como

consequência a incansável busca da nossa sociedade por uma aparência física

formalizada pela grande mídia (RUSSO, 2005). A cada instante em que se recebe

novas imagens, o indivíduo sente uma necessidade de aprimorar seu corpo, assim

colocando-se "saudável" para sua interação na sociedade (FROIS; MOREIRA;

STENGEL, 2011). O seu valor de troca torna-se mais alto quando o corpo estiver

jovem, belo e em boa forma (FEATHERSTONE, 1991).

Sendo assim, Damasceno et al. (2008) afirmam que o descontentamento que

as pessoas têm com seu corpo aumenta conforme a mídia divulga belos corpos,

episódio esse, que tem provocado uma certa preocupação pela busca da anatomia

ideal nas últimas décadas. Sobretudo é necessário alertar que, muitas vezes, os

corpos perfeitos publicados pela mídia não passam de aparências manipuladas e

artificiais, assim como alertar os profissionais de saúde para a necessidade de um

intermédio para este problema que, grande parte das vezes, apresenta soluções

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(ALVES et al., 2009). Assim, essas questões são fundamentais na abordagem do

processo ensino aprendizagem na educação física.

VAMOS MEDIR E AVALIAR?

SILHOUETTE MATCHING TASK

O instrumento a ser utilizado será o SMT (Silhouette Matching Task) ou Teste

para avaliação da imagem corporal (Figura 1) proposto por Stunkard et al. (1983) e

adaptado por Marsh e Roche (1996). O SMT, composto por 12 silhuetas em escala

progressiva, deverá ser apresentado aos alunos, devendo esses responder às

seguintes questões: Qual é a silhueta que melhor representa a sua aparência física

atual e qual silhueta você gostaria de ter? Será avaliada a discrepância entre as duas

silhuetas, a silhueta atual (SA) e a silhueta ideal (SI) dentro dos grupos (participantes

e não participantes) e em seguida será realizada uma comparação entre os dois

grupos.

Figura 1 – SMT (Silhouette Matching Task) ou Teste para avaliação da imagem corporal

Fonte: Matsuo et al. (2009)

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VAMOS APLICAR EM AULA?

Abaixo será apresentado um modelo de plano de aula que pode ser aplicado

nas aulas de Educação Física. Traga para sua realidade, adapte e aplique.

PLANO DE AULA

I. Tema: Imagem Corporal.

II. Objetivos Objetivo geral Entender o conceito de imagem corporal, bem como a consequência da influência da mídia na construção da mesma. Objetivos específicos Analisar a imagem corporal valorizada, em diferentes períodos históricos; Identificar e discutir os diversos significados que o período atual atribuiu ao corpo humano;

Compreender a importância que hábitos saudáveis trazem à vida e ao corpo humano.

III. Desenvolvimento da aula: Esclarecer aos alunos o conceito de imagem corporal e em seguida

apresentar imagens contidas nos slides que exibem o corpo humano valorizado em diferentes períodos históricos.

Posteriormente, o professor entregará para cada aluno uma folha sulfite e uma revista, onde os mesmos deverão recortar imagens de corpos humanos com a aparência física que gostariam de ter, colando-as na folha sulfite e explicando as características das mesmas. Essas folhas serão recolhidas pelo professor, que irá explicar a grande influência que a mídia apresenta, levando as pessoas a acreditarem que existe um padrão de imagem corporal perfeito, assim prejudicando a saúde e propondo o emagrecimento precoce, da mesma forma o uso de bomba para criar massa muscular, sem salientar a grande importância de uma boa alimentação, exercício físico e diversos outros fatores que tornam uma vida saudável como foco principal.

IV. Recursos: Slides, folhas sulfites e revistas.

V. Avaliação: Avaliação diagnóstica observando o desempenho e interesse dos alunos no

decorrer da aula teórica e prática.

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REFERÊNCIAS

ALVES, D. et al. Cultura e imagem corporal. Motricidade, v. 5, n. 1, p. 1-20, 2009. Disponível em: http://www.scielo.mec.pt/pdf/mot/v5n1/v5n1a02.pdf BECKER JUNIOR, B. Manual de psicologia aplicada ao exercício & esporte. Porto Alegre: Edelbra, 1999. DAMASCENO, V. O. et al. Imagem corporal e corpo ideal. Revista brasileira de ciência e movimento, v. 14, n. 2, p. 81-94, 2008. FEATHERSTONE, M. Consumer culture and Postmodernism. Londres: Sage, 1991. FROIS, E.; MOREIRA, J.; STENGEL, M. Mídias e a imagem corporal na adolescência: o corpo em discussão. Psicologia em estudo, v. 16, n. 1, p. 71-77, 2011. MARSH, H. W.; ROCHE, L. A. Predicting self-esteem from perceptions of actual and ideal ratings of body fatness: is there only one ideal “supermodel”. Research Quartely for exercise and Sport, v. 67, n. 1, p. 13-23, 1996. MARTINS, D. F.; NUNES, M. F. O.; NORONHA, A.P.P. Satisfação com a imagem corporal e autoconceito em adolescentes. Psicologia: teoria e prática, v. 10, n. 2, p. 94-105, 2008. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v10n2/ v10n2a08.pdf MATSUO, R. F. et al. Imagem corporal de idosas e atividade física. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, v. 6, n. 1, 2009. RUSSO, R. Imagem corporal: construção através da cultura do belo. Movimento & Percepção, v. 5, n. 6, p. 80-90, 2005. SCHILDER, P. A imagem do corpo: as energias construtivas da psique. São Paulo: Martins Fontes, 1994. STUNKARD, A. J. SORENSON, T. SCHULSINGER, F. Use of Adaption Registry for the study of obesity and thinness. The Genetics of Neurological and Pshychiatric Disorders. New York, v. 11, p. 5-120, 1983. TAVARES, M. C. G. C. F. Imagem corporal: conceito e desenvolvimento. São Paulo: Manole, 2003.

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AUTORES

Adriana Kalinoski Machado

Licenciatura plena em Educação Física- UnC. 2003

Especialista em Fisiologia e Cinesiologia da Atividade Física e da saúde. UGF- 2005.

Especialista em Metodologia da Educação física: enfoque em saúde e Qualidade de vida.- FETREMIS 2009.

Compõe o quadro de professores efetivos da Escola de Educação Básica Barão de Antonina de Mafra.

Preceptora PIBID

Ana Carla da Silveira

Aluna de Educação Física Licenciatura da

Universidade do Contestado, UnC.

Bolsista do PIBID – UnC

Bruno Alaf Veiga

Aluno de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC.

Bolsista do PIBID – UnC

Cleiton Nunes da Costa

Aluno de Educação Física- licenciatura da Universidade do Contestado UnC (2019/1)

Bolsista do PIBID – UnC

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Daniel Rogério Petreça

Graduado Educação Física UnC;

Especialista em Personal Training UFPR;

Mestrado em Atividade Física e Saúde UFSC;

Doutor em Ciências do Movimento Humano/UDESC;

Coordenador do PIBIC – UnC (2018/2 – 2019/1)

Pesquisador na área da Atividade Física e Saúde;

Daniela Alves

Aluna de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC.

Bolsista do PIBID – UnC

Dioicy Aparecida Glovacki

Curso Técnico Magistério

Aluna de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC.

Bolsista do PIBID – UnC

Ernani Antonio Domingues Ribas Júnior

Aluno de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC.

Bolsista do PIBID – UnC

Evandro José Da Silva

Aluno de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC (2019/1)

Bolsista do PIBID – UnC

Curso Técnico para Auxiliar de Laboratório-W Treinamentos;

Estágio de Técnico em Enfermagem no Hospital de Fraturas Novo Mundo Curitiba Estado do Paraná;

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Jonatan Renato Ferreira

Aluno de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC (2019/1).

Bolsista do PIBID – UnC

José Aurimar Sepka

Graduado em Educação Fisica pela FURJ.

Especialista em Psicopegagogia pela UnC.

Especialista em Treinamento Esportivo pela UFSC.

Professor Universitário

Preceptor PIBID

Julio Alberto Martins Ilton

Aluno de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC.

Bolsista do PIBID – UnC

Larissa Toretti Lisboa

Aluna de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC (2019/1).

Bolsista do PIBID – UnC

Laura Lourenço Pinto

Aluna de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC (2019/1).

Bolsista do PIBID – UnC

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Mairon Breno Furlan

Aluno de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC (2019/1).

Bolsista do PIBID – UnC

Matheus de Britto Silveira

Aluno de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC (2019/1).

Bolsista do PIBID – UnC

Michele Penkal De Souza

Aluna de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC.

Bolsista do PIBID – UnC

Milena Alves das Neves

Aluna de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC.

Bolsista do PIBID – UnC

Náthaly Moreira Paes

Aluna de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC.

Bolsista do PIBID – UnC

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Rodolfo Alfredo Marques Mattedi

Aluno de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC.

Bolsista do PIBID – UnC

Tayline Olsen Rechetelo Hable

Aluna de Educação Física Licenciatura da Universidade do Contestado, UnC.

Bolsista do PIBID - UnC

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