DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2009 - … · (Domingos Paschoal Cegalla) SUMÁRIO ... p. 48). O...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
GOVERNO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
ANADIR APARECIDA SELÓRIA
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
CADERNO PEDAGÓGICO
Os caminhos da leitura e a dramatização de textos nas aulas de Língua Portuguesa
Maringá
2010
ANADIR APARECIDA SELÓRIA
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
CADERNO PEDAGÓGICO
Os caminhos da leitura e a dramatização de textos nas aulas de Língua Portuguesa
Caderno Pedagógico como Produção Didático-Pedagógica para a Implementação do Projeto na Escola, realizado como parte do Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE 2009. Orientadora: PROF.ª DOUTORA SANDRA APARECIDA PIRES FRANCO
Maringá 2010
“As palavras dormem seu sono profundo
como as pedras no seio das montanhas. Desperta-as e constrói com elas a tua torre, bela e inabalável [...].”
(Domingos Paschoal Cegalla)
SUMÁRIO
UNIDADE I
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO................................................................... 06
2 TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE............................................ 06
3 TÍTULO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA
ESCOLA.................................................................................................... 06
4 PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA ................................................. 07
5 APRESENTAÇÃO.................................................................................... 07
6 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 08
7 DESENVOLVIMENTO............................................................................... 09
8 GÊNERO LITERÁRIO DRAMÁTICO........................................................ 16
UNIDADE II
1 PRIMEIRA ETAPA.................................................................................. 20
1.1 Explanação oral sobre o PDE – Programa de Desenvolvimento
Educacional............................................................................................... 20
1.2 Apresentação e discussão do significado das palavras “persuasão”
e “ideologia”.............................................................................................. 20
2 SEGUNDA ETAPA.................................................................................... 21
2.1 Apresentação do documentário “Criança, a alma do negócio”.......... 21
2.2 Atividades orais e escritas referentes ao documentário...................... 21
3 TERCEIRA ETAPA.................................................................................... 22
3.1 Análise de alguns dos seguintes gêneros textuais: propagandas,
charge, cartoon e outdoor........................................................................ 22
4 QUARTA ETAPA....................................................................................... 24
4.1 Apresentação da animação “Meow”....................................................... 24
4.2 Atividades orais e escritas sobre a animação....................................... 24
5 QUINTA ETAPA........................................................................................ 25
5.1 Apresentação da animação “Garri Bardin – Prezhde my byli
pticami”...................................................................................................... 25
5.2 Atividades orais e escritas sobre a animação....................................... 26
6 SEXTA ETAPA.......................................................................................... 28
6.1 Biografia e obras do escritor libanês Gibran Khalil Gibran.................. 28
6.2 Estudo do texto “Satanás”..................................................................... 29
7 SÉTIMA ETAPA........................................................................................ 30
7.1 Exposição sobre o gênero textual dramático........................................ 30
7.2 Adaptação do texto “Satanás” para o gênero dramático.................... 32
7.3 Dramatização do texto “Satanás”.......................................................... 32
8 OITAVA ETAPA......................................................................................... 33
8.1 Retomada do significado das palavras “persuasão” e “ideologia” a
partir do texto estudado........................................................................... 33
8.2 Produção de textos dramáticos sobre o conteúdo trabalhado............ 33
8.3 Dramatização dos textos produzidos..................................................... 34
8.4 Discussão avaliativa sobre o trabalho desenvolvido............................ 34
9 NONA ETAPA........................................................................................... 34
9.1 Avaliação............................................................................................... 34
10 REFERÊNCIAS.......................................................................................... 35
6
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
1.1 Professor PDE: Anadir Aparecida Selória
1.2 Área PDE: Língua Portuguesa
1.3 NRE: Maringá
1.4 Professor Orientador IES: Dra. Sandra Aparecida Pires Franco
1.5 IES vinculada: Universidade Estadual de Maringá – UEM
1.6 Escola de Implementação: Instituto de Educação Estadual de Maringá - Ensino
Fundamental, Médio, Normal e Profissional.
1.7 Público objeto da intervenção: Alunos do primeiro ano do Ensino Médio.
2 TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE
A DRAMATIZAÇÃO COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO DE LÍNGUA
PORTUGUESA
3 TÍTULO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA ESCOLA
DRAMATIZAÇÃO DE TEXTOS NAS AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA: um
enfoque nas práticas de oralidade, leitura, escrita e desenvolvimento psicossocial
7
4 PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
CADERNO PEDAGÓGICO: Os caminhos da leitura e a dramatização de textos nas
aulas de Língua Portuguesa
5 APRESENTAÇÃO
Este Caderno Pedagógico foi dividido em duas unidades didáticas para uma
melhor visualização e organização. A Unidade I refere-se a informações relevantes
sobre o trabalho e à fundamentação teórica; a Unidade II, às atividades propostas
para a implementação do projeto na escola.
Na Unidade I encontram-se os dados de identificação, o tema de estudo, o
título do projeto de intervenção na escola, a produção didático-pedagógica, esta
apresentação, a introdução, o desenvolvimento e um texto embasando o gênero
literário dramático; a Unidade II foi dividida em nove etapas, das quais, oito
apresentam uma sequência de aulas planejadas para a aplicação desta produção
didática como implementação do projeto na escola e, a nona, a avaliação.
A professora optou por dividir a Unidade II em etapas em vez de organizar por
aulas, para implementar seu projeto com maior elasticidade no que diz respeito ao
tempo.
No desenvolvimento de algumas atividades deste Caderno Pedagógico, a
professora não só orienta os alunos a pesquisarem na biblioteca da escola, como
também sugere muitos links sobre o assunto. Ela acredita que a pesquisa através de
um recurso eletrônico é uma forma de tornar a leitura mais acessível e prazerosa,
pois a maioria dos alunos já está familiarizada com esse meio, gosta e tem acesso.
Com relação à análise linguística, a professora não apresentou atividades,
porque trabalhará essa parte conforme os alunos forem apresentando dúvidas: nos
momentos de produção de texto, de preparação para as apresentações e,
principalmente, no decorrer das aulas. Atividades voltadas, exclusivamente, para o
estudo linguístico não é o objetivo deste trabalho e sua aplicação poderia levá-lo a
um encaminhamento diferente do estabelecido pela professora.
8
6 INTRODUÇÃO
Ao longo da História da Educação, várias metodologias e teorias educacionais
embasaram a prática pedagógica, mas uma das maiores dificuldades encontradas
pelos professores, em especial os de Língua Portuguesa, continua sendo a de
desenvolver o gosto e o interesse dos alunos pela leitura; e ainda, como se fosse
uma “utopia”, o desejo de ter alunos produzindo bons textos e se preocupando em
aperfeiçoá-los.
A partir disso, este Caderno Pedagógico visa proporcionar atividades que
possam favorecer o desenvolvimento psicossocial nos alunos e um aprimoramento
na maneira de aprender, por meio da técnica de dramatização de textos nas aulas.
As etapas propostas objetivam:
Oportunizar aos alunos a leitura de textos e/ou vídeos que facilitem a
compreensão do conceito de ideologia e de persuasão;
Apresentar situações que ajudem o aluno a identificar a ideologia presente
nas relações sociais e a perceber a persuasão como ferramenta de
convencimento;
Propor o trabalho com textos que promovam a conscientização crítica dos
alunos por meio da análise deles em um determinado contexto-histórico;
Desenvolver atividades com dramatização que estimulem no aluno o
gosto pela leitura, o aperfeiçoamento da escrita e a produção de textos de
maneira prazerosa, ajudando-o a tornar-se um ser consciente do seu lugar
– e dos seus semelhantes – na sociedade.
Com base nestes objetivos, o presente trabalho propõe o desenvolvimento do
prazer pela leitura de forma lúdica, por meio da técnica de dramatização de textos,
pois, geralmente, ela é vista pelos alunos como brincadeira, como algo gostoso para
se fazer na escola. Ao dramatizarem as histórias, os alunos – “atores" – poderão se
soltar, sem medo do ridículo e da exposição, por se sentirem “protegidos” pelo
próprio personagem. Com essa técnica em sala de aula, os alunos poderão expor
conflitos internos, externar sentimentos desagradáveis e situações não resolvidas; e
ao experimentarem viver a vida de uma pessoa fictícia, terão a possibilidade de
adquirir uma maior consciência de si mesmos e do meio em que estão inseridos.
9
7 DESENVOLVIMENTO
A escola precisa despertar no aluno a consciência da importância de se
perceber as ideologias ocultas nas coisas e nas pessoas que o cercam. Este
caderno propõe a leitura como instrumento para o aluno adquirir essa consciência,
mas para isso, é necessário que ele seja um verdadeiro leitor; e que o professor
também o seja, pois somente assim ele conseguirá ajudar o aluno a gostar de ler. O
desenvolvimento e o aprimoramento que a escola conseguir proporcionar aos seus
alunos poderão ser transformados em créditos para toda a sociedade; quanto maior
o conhecimento e a abertura de consciência que o aluno obtiver durante sua vida
escolar, melhor para o futuro, não só dele, mas do todo.
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do
Paraná (2008, p. 38), durante os processos educativos e, com maior ênfase, nas
aulas de Língua Materna, é que o aluno tem a oportunidade de aprimorar sua
habilidade linguística para garantir uma inserção ativa e crítica na sociedade. Ainda,
conforme as Diretrizes:
É tarefa da escola possibilitar que seus alunos participem de diferentes práticas sociais que utilizem a leitura, a escrita e a oralidade, com a finalidade de inseri-los nas diversas esferas de interação. Se a escola desconsiderar esse papel, o sujeito ficará à margem dos novos letramentos, não conseguindo se constituir no âmbito de uma sociedade letrada (PARANÁ, 2008, p. 48).
O hábito de dramatizar textos em sala de aula pode proporcionar o interesse
dos alunos pela leitura, o desenvolvimento da habilidade da expressão verbal e
escrita, a socialização, em síntese, pode auxiliar o aluno de maneira integral.
Segundo as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa:
na dramatização de um texto, é possível explorar elementos da representação cênica (como entonação, expressão facial e corporal, pausas), bem como a estrutura do texto dramatizado, as trocas de turnos de falas, observando a importância de saber a fala do outro (deixa) para a introdução da sua própria fala (PARANÁ, 2008, p. 67).
Tendo ciência dos resultados deficitários obtidos nas avaliações institucionais
de Língua Portuguesa e a partir do conhecimento de que a dramatização poderá
10
atenuar essas deficiências, o presente trabalho visa à aplicação dessa técnica em
sala de aula para promover formas diferenciadas de estudar o texto e de trabalhar
assuntos das mais distintas esferas sociais, podendo levar o aluno a ser um
verdadeiro leitor – no sentido completo da palavra – um leitor de mundo, com
conhecimento dos diversos gêneros discursivos da língua (e de sua aplicabilidade),
capaz de respeitar sua individualidade e a do outro, interagindo com este outro e
interferindo na sociedade em que está inserido para ajudar a torná-la mais justa e
igualitária. Para Silva (2005, p. 24):
[...] a prática de leitura é um princípio de cidadania, ou seja, o leitor cidadão, pelas diferentes práticas de leitura, pode ficar sabendo quais são suas obrigações e também pode defender os seus direitos, além de ficar aberto às conquistas de outros direitos necessários para uma sociedade justa, democrática e feliz.
Essa técnica poderá ajudar, também, o aluno a melhorar a escrita e a
desenvolver a produção textual, pois – em alguns casos – haverá a necessidade de
adaptar o texto a ser dramatizado. E, conforme as Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa (2008, p. 70), o refazer textual deve ser uma “atividade fundamentada
na adequação do texto às exigências circunstanciais de sua produção”, pois
durante a produção de texto, o estudante aumenta seu universo referencial e aprimora sua competência de escrita, apreende as exigências dessa manifestação linguística e o seu sistema de organização próprio. Ao analisar seu texto conforme as intenções e as condições de sua produção, o aluno adquire a necessária autonomia para avaliá-lo (PARANÁ, 2008, p. 71).
Nesse momento de apropriação da leitura e da escrita, o aluno poderá fazer
diálogo entre textos, enriquecendo a história a ser dramatizada, pois "no ato de
leitura, um texto leva a outro e orienta para uma política de singularização do leitor
que, convocado pelo texto, participa da elaboração dos significados, confrontando-o
com o próprio saber, com a sua experiência de vida" (PARANÁ, 2008, p. 57). Depois
do desenvolvimento do trabalho com textos escritos por dramaturgos ou por outros
escritores, será importante que o aluno produza o texto a ser dramatizado. Espera-
se, então, que o fato de apresentar seu texto aos demais, seja motivo de estímulo,
de incentivo e de prazer para ele produzir esse texto, pois não será um trabalho
11
meramente mecânico para ser entregue a somente um leitor – o professor, mas será
um momento de partilha e também de descontração. A intenção, também, é a de
que o aluno chegue à conclusão de que todos podem ser autores e que escrever
pode se tornar uma tarefa prazerosa. É uma atividade que poderá ajudar o aluno a
aprender com mais facilidade o estilo e o gênero dos autores que estiver estudando,
pois ele verá isso na prática, uma vez que ele e os colegas serão os próprios
autores.
Este Caderno Pedagógico preocupa-se também, como já foi dito no início, em
trabalhar com o aluno a aparente neutralidade de textos, filmes, reportagens,
conversas formais e informais. Apresenta, dentre outros, o propósito de ajudar o
aluno a perceber que todo texto – todo discurso – tem uma intenção, e necessário
se faz que esse aluno consiga “captar” essas intenções que estão “embutidas” em
tudo o que ele lê, vê e ouve; de forma a evitar a manipulação de grupos dominantes
e de seus interesses. Para Citelli (1991, p. 13), “persuadir, antes de mais nada, é
sinônimo de submeter, daí sua vertente autoritária. Quem persuade leva o outro à
aceitação de uma dada idéia”. Por isso, é importante que o aluno entenda, veja e
sinta a leitura como instrumento indispensável para sua autonomia e liberdade de
escolha, pois sua prática poderá ajudá-lo a abrir novos horizontes, a desvelar o que
antes parecia sombrio ou inexistente. Porém, essa abertura de consciência tem
outro lado, o qual poderá ser perigoso, pois a partir do momento que o aluno
começar a enxergar o meio manipulador em que vive, poderá querer usar os
conhecimentos adquiridos para fazer com os outros, o que tentam fazer com ele.
Vale destacar que essa discussão não será desenvolvida neste trabalho, mas é
essencial que durante suas aulas, o professor trabalhe a questão da ética nas
relações humanas e que mostre ao aluno que o conhecimento serve para ajudá-lo a
ser uma pessoa melhor, uma pessoa atenta ao que se passa ao seu redor e consigo
mesmo, e não para lhe dar ferramentas contra seus semelhantes e,
consequentemente, contra si mesmo.
A persuasão só tem sentido quando há uma pessoa ou um grupo como fim,
pois sem isso, o ato de persuadir não teria razão de ser; quem faz uso dos jogos
persuasivos sempre tem razões ocultas: ou para defender seus próprios interesses,
ou os interesses do “persuadido”. No caso, por exemplo, de tentar convencer uma
criança a tomar um remédio ou a ir para a escola, o desejo é de favorecer a criança
12
e não o contrário. O importante é que fique claro que nem sempre o ato de persuadir
esconde intenções de ordem perniciosa. Para Ernani e Nicola (2002, p. 20-21),
persuadir é buscar a adesão do interlocutor para um determinado ponto de vista, é tentar convencê-lo de alguma coisa; por isso, nenhum texto é inocente. [...] Nos dias de hoje, somos bombardeados pelo discurso persuasivo na política, na propaganda, nos meios econômicos, nas telenovelas, nos filmes da TV. Essas produções vêm carregadas de ideologia: não desejam apenas mostrar produtos, expor conceitos ou apresentar histórias, mas vender idéias e modos de viver.
O principal recurso usado para “vender ideias e modos de viver” é a palavra; a
qual isolada do meio, de qualquer contexto, é neutra, mas perde essa neutralidade
assim que começa a fazer parte das relações humanas. Para Citelli (1991, p. 29), é
nesse momento que ela passa a indicar ideologias; e segundo este mesmo autor,
as palavras [...] nascem neutras, [...] ao se contextualizarem, passam a expandir valores, conceitos, pré-conceitos. Nós iremos viver e aprender em contato com outros homens, mediados pelas palavras, que irão nos informar e formar. As palavras serão por nós absorvidas, transformadas e reproduzidas, criando um circuito de formação e reformulação de nossas consciências (CITELLI, 1991, p. 28).
A dramatização pode ser uma alavanca para que haja, efetivamente, a
absorção, a transformação e a reprodução das palavras. O ato de representar
fornece, aparentemente, uma máscara para o aluno, mas durante o processo de seu
desenvolvimento, essa atividade pode passar a revelar “verdades” de maneira muito
sutil, tão sutil que o aluno poderá perceber essas descobertas no seu cotidiano,
como se algo fosse descortinando seus horizontes lentamente e lhe mostrando a
realidade e as situações como realmente se processam. O estudante poderá
começar a perceber tudo o que o cerca de maneira mais clara, sem, contudo, se
chocar com isso; mas aplicando conhecimentos adquiridos (nas leituras realizadas;
na relação com os colegas durante as apresentações) de forma praticamente
automática.
A intenção de desenvolver o trabalho com dramatização não é a de
apresentar grandes espetáculos, mas a de fazer esse trabalho no dia-a-dia da sala
de aula; o intuito aqui é o caminho, o processo e não apenas o fim. Este trabalho
13
visa à caminhada do aluno e não a sua chegada com honrarias e prêmios, porque
se os objetivos forem alcançados, o próprio aluno se sentirá um prêmio para si
mesmo. Quando a intenção é apenas o espetáculo teatral – que poderá ocorrer e
deve ocorrer em outras situações – não há a preocupação de trazer o aluno tímido
para o grupo ou a de descobrir um escritor e/ou um diretor na sala, de ter alunos
apaixonados por livros, mas a de fazer uma apresentação que seja reconhecida pela
comunidade escolar, visando o externo e não o desenvolvimento psicossocial que se
pretende com este trabalho.
É essencial que o aluno compreenda o quanto a leitura é importante para sua
vida e, consequentemente, para o todo; é importante ele entender que há uma
cadeia de relações e de situações, que tudo está interligado, nada está “solto”, por
mais que possa aparentar. E para ter esse discernimento, a leitura é o ponto de
partida para ele enxergar-se na realidade social, sentir-se integrante da sociedade,
adquirir o que foi produzido historicamente, construir sua própria história de maneira
digna, desenvolver sua individualidade, seu direito à cidadania e ter recursos –
internos e externos – para se tornar uma pessoa autônoma e esclarecida.
Villardi (1999) diz que a escola precisa desenvolver o prazer pela leitura e não
somente o hábito; a escola precisa mostrar o valor da leitura por ela mesma e não
para fazer exercícios propostos. O simples hábito é algo mecânico, mas o prazer
proporciona mudanças.
[...] se a leitura for vista não como um cumprimento de um dever, mas como um espaço privilegiado, a partir do qual tanto é possível refletir o mundo, quanto afastar-se dele, buscando na literatura aquilo que a vida nos nega, quer sob a perspectiva da realidade, quer sob a da fantasia. Para que isso ocorra, o hábito, por si só, não chega. Há que se desenvolver o gosto pela leitura, a fim de que possamos formar um leitor para toda a vida (VILLARDI, 1999, p. 13).
Este espaço privilegiado pode ser o momento da encenação dos textos, pois
o aluno tem mais interesse em ler quando um dos objetivos é o de se preparar para
uma atividade “recreativa”. Durante a leitura, ele poderá imaginar como será sua
atuação, fazer planos de como melhor interpretar, tentar entender o que está
implícito, podendo se colocar, assim, por inteiro na atividade. Para Villardi (1999, p.
13),
14
[...] ensinar a gostar de ler é exatamente isso: é ensinar a se
emocionar com os sentidos e com a razão (porque para gostar apenas com os sentidos, não há a necessidade da interferência da escola); e, para isso, é preciso ensinar a enxergar o que não está evidente, a achar as pistas e a retirar do texto os sentidos que se escondem por detrás daquilo que se diz.
O momento que o aluno perceber o valor da leitura para sua vida como um
todo, será como se ele achasse uma chave; uma chave mágica para abrir portas
nunca imaginadas por ele. Freire (1996, p. 46), diz que a escola deve oferecer
condições para o desenvolvimento das relações intra e interpessoais do educando
para que ele queira “[...] assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante,
comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de amar”. E para
Leite (1976, p. 15, grifos da autora), o teatro na educação “[...] é o primeiro passo
para a integração grupal e conseqüentemente social”. É um meio para o aluno se
expressar e assim ele poderá
[...] projetar seu mundo interior, livre das inibições que lhe são impostas pelo condicionamento do mundo exterior, embora muitas vezes essas projeções reflitam a assimilação das influências alheias (introjeção). Do equilíbrio entre essas duas forças – introjeção e projeção – deverá resultar o equilíbrio psíquico da criança e seu desenvolvimento cultural e criativo (LEITE, 1976, p.16, grifos da autora).
Para Reverbel (1997, p. 168) “[...] é preciso lutar para que o teatro tenha seu
lugar na Educação, porque se ele existe na sociedade, deve existir na escola”. E, na
escola ele funciona como se fosse um treinamento para a vida, para as relações
humanas. A encenação de textos dá oportunidade ao aluno de vivenciar e de
resolver problemas que ele poderá enfrentar ou estar enfrentando em sua vida real.
O educando terá suporte emocional e “vivencial” para lidar com situações do seu
dia-a-dia. Para Leite (1976, p.16),
O jogo dramático é o mais completo, porque põe em movimento coordenado a totalidade do ser humano – corpo e espírito, consciente e inconsciente – exigindo raciocínio e pesquisa, disciplina mental para a criatividade livre, e consciente de que nossa liberdade vai até o ponto em que começa a prejudicar a alheia.
15
É nesse ponto que o aluno poderá reconhecer o outro e a si mesmo como
semelhantes e diferentes ao mesmo tempo; poderá passar a enxergar as diferenças
e diversidades como suporte para seu crescimento pessoal e do grupo; perceber a
importância da união, da integração e da responsabilidade de todos para o êxito
individual e do conjunto. Para Leite (1976, p. 21), “o professor deve ser criativo, mas
sua essencial criatividade é conduzir os alunos ao encontro de si próprios, ajudá-los
a descobrir-se [...]”. E, nesse percurso, o professor terá condições de conhecer
melhor seus alunos, pois ao se expressarem, eles se desprendem e mostram o que
existe no fundo de suas almas, passando dados para o professor preparar suas
atividades com maior precisão e direcionamento.
As técnicas teatrais adaptadas ao ensino levam professores e alunos: a compreender e aceitar formas e padrões de comportamento
pessoal e social a ter autoconfiança e sentir-se seguro em quaisquer situações a resolver situações novas aplicando conhecimentos e habilidades
já adquiridas para soluções novas a analisar e avaliar seu comportamento como indivíduo de um
grupo, quer recebendo aprovação, quer reprovação a aceitar a si mesmo e aos outros numa projeção de seus próprios
debates (LIMA, 1976, p. 58).
Para que o professor obtenha resultados satisfatórios, a dramatização dos
textos deve ser sugerida e não imposta, pois seu objetivo é desenvolver o estudante
integralmente, quebrando amarras, desfazendo nós, e não inibir, atrofiar e prender.
O professor deve respeitar os limites de cada um, mas ser perspicaz para fazer com
que todos participem das encenações, direta ou indiretamente, pois sempre haverá
“papéis” e funções para todos – mesmo para os mais tímidos. Para estes, além do
trabalho com fantoches, marionetes, dedos e muitos outros, há também, o trabalho
nos bastidores, que é tão importante quanto o dos atores, e nem todos desejam ser
“astros”; há alunos que se saem muito bem no trabalho de organização – o qual é
essencial para o desenvolvimento da dramatização – e todos são peças
fundamentais para o sucesso do grupo.
A intenção de ajudar o aluno no seu desenvolvimento psicossocial não acaba
na dramatização; esta técnica é apenas o começo. É a partir daí que se espera um
trabalho de consistência em sala de aula. Depois de todo o processo de leitura e de
16
interpretação oral, escrita e “representada”, tem continuidade o trabalho de escrita
de uma forma mais elaborada, com um aluno que possa ter condições de enxergar o
espaço à sua volta de maneira diferenciada, com maior clareza e profundidade.
Neste momento, espera-se que o aluno tenha adquirido conhecimentos para mudar
a situação inicial na qual se encontrava para uma situação final mais elaborada. De
acordo com Gasparin (2007, p. 8), “ao colocar em prática os conhecimentos
adquiridos, o sujeito modifica sua realidade imediata. Logo, o conhecimento teórico
perde seu caráter de ser apenas „uma compreensão do que acontece‟, para se
tornar „um guia para a ação‟ (CORAZZA, 1991, p. 90)”.
Depois desse primeiro momento de aplicação do projeto, espera-se que o
aluno fique mais receptivo para trabalhar dessa forma – dramatizando textos – e
mais consciente do quanto o material escrito produzido historicamente pode ajudá-lo
em sua realização pessoal. O que se deseja de fato é que o aluno sinta tanto prazer
em ler que adquira, por exemplo, o hábito saudável de trocar o estresse causado por
congestionamentos no trânsito, por atrasos em filas de banco, em consultórios
médicos e odontológicos, em pontos de ônibus, em aeroportos e muitos outros, pelo
deleite de um bom livro. E que, de repente, em certo momento da leitura, deseje que
o atraso dure mais um pouquinho para ele poder terminar “aquela parte”.
8 GÊNERO LITERÁRIO DRAMÁTICO
Os gêneros literários, tradicionalmente, foram constituídos pelos gêneros
épico, lírico e dramático, os quais eram fixos, imutáveis e sem fusão numa mesma
obra – classificação oriunda de Platão e Aristóteles, na Grécia Antiga; mas os
teóricos modernos aceitam as fusões e não privilegiam um gênero em detrimento do
outro.
O gênero épico é uma narração escrita em versos, relata ações heróicas e
grandes conquistas humanas, apresenta um passado presentificado, é escrito na
terceira pessoa do tempo passado e manifesta um narrador e/ou personagens; o
gênero lírico, normalmente é escrito em versos, mas pode aparecer em forma de
prosa lírica, é escrito na primeira pessoa do tempo presente e expressa os
sentimentos do eu lírico; o gênero dramático, escrito em prosa ou em poesia, é
17
apresentado em forma de diálogos e/ou monólogos, raramente aparece um narrador
– porque há a manifestação dos personagens representando ações que,
geralmente, retratam os conflitos dos seres humanos, o tempo é sempre o presente,
e é encontrado nos mais variados tipos de peças teatrais e/ou monólogos
dramáticos. A diferença entre esses gêneros é que o objetivo deste último é sempre
a representação e, para Faraco e Moura (2004, p. 35-38), ele só se realiza
plenamente no ato da encenação, necessitando, assim, não apenas do texto escrito,
mas também da linguagem verbal e não-verbal.
O gênero dramático é representado pelas seguintes modalidades: tragédia,
comédia, tragicomédia, farsa, auto e drama; a primeira modalidade apresenta um
acontecimento trágico, o qual provoca compaixão e terror; a segunda mostra um
acontecimento da vida real, cotidiana, geralmente criticando costumes e, com isso,
obtém risos da plateia; a terceira faz a fusão entre o trágico e o cômico, significando
– no início de sua criação – a mistura do real com o imaginário; a quarta representa
uma forma de criticar as pessoas e seus costumes por meio de uma pequena peça
teatral de apenas um ato, com poucos personagens, e que apresenta um caráter
ridículo e caricatural com a intenção de provocar risos; a quinta é uma peça pequena
também, mas de cunho profano ou religioso, sua intenção é a de representar
características negativas e/ou positivas dos seres humanos, como a inveja, a
avareza, a beleza, dentre tantas outras; e a última, criada no Romantismo,
apresenta características opostas às da comédia, começando com conflitos mais
intensos, mas que vão se tornando amenos no decorrer da peça, até chegar a um
final mais suave, um final feliz. Esta modalidade é também conhecida como
“dramalhão”, mas este apresenta características mais trágicas e artificiais que o
drama propriamente dito.
Normalmente as pessoas usam a palavra “drama” para se referirem a
situações complicadas, com problemas, conflitos, exageros e outras coisas nesse
sentido, mas de acordo com o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa (disponível
no link: <http://www.priberam.pt/dlpo/>), a palavra drama vem do grego dráma e
significa: -atos, ação, tragédia. Assim sendo, o gênero literário recebe esse nome
devido à sua origem; não tendo ligação com o significado que se dá à palavra
“drama” no dia-a-dia, que, também de acordo com o referido dicionário, além do
sentido que está em estudo, significa: acontecimento comovente; cena pungente.
18
Segundo o texto da editora Moderna, disponível no link:
(<http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/em/literatura/litbrasil/obra/lb_cap4_
4.pdf>), o gênero dramático teria duas origens: a primeira seria das danças
ritualísticas de povos primitivos, os quais representavam diferentes papéis durante
os rituais; a segunda seria proveniente dos festivais anuais que eram realizados na
Grécia Antiga para homenagear o deus Dionísio. Ainda de acordo com o texto
(<http://www.moderna.com.br/moderna/didaticos/em/literatura/litbrasil/obra/lb_cap4_
4.pdf>), essa origem traz dois elementos que são fundamentais para o gênero
dramático até os dias de hoje: “a importância do público e a possibilidade de
desencadear emoções por meio da representação.”
Isso mostra que o teatro é uma das formas desenvolvidas pelos povos para
transmitir aos seus descendentes as suas peculiaridades, seus sentimentos,
conhecimentos, religião, estilos de vida, usos e costumes. É uma maneira
encontrada para manter a integridade das características e da história de cada povo,
e de travar um diálogo entre as gerações.
20
PRIMEIRA ETAPA
1.1 Explanação oral sobre o PDE – Programa de Desenvolvimento
Educacional
Primeiramente, a professora se apresentará aos alunos, explicará que o
PDE é um programa do Estado para capacitação e formação continuada dos
professores e, por fim, falará sobre seu projeto. Explicará detalhadamente como o
trabalho será desenvolvido, o número de aulas a serem usadas para a aplicação do
projeto e a continuidade dos conteúdos curriculares estabelecidos no planejamento
anual pela professora que estava ministrando as aulas até o momento.
1.2 Apresentação e discussão do significado das palavras “persuasão” e
“ideologia”
Para iniciar a aplicação das atividades deste caderno pedagógico, a
professora apresentará o significado das palavras “persuasão” e “ideologia”. A
palavra persuasão é um substantivo do verbo persuadir e de acordo com o
dicionário Aurélio (disponível no link: <http://www.dicionariodoaurelio.com/>),
significa o “ato de persuadir”; e este significa “levar a crer ou a aceitar; aconselhar,
induzir. / &151; V.pr. Convencer-se; decidir-se”. Será importante esclarecer que a
persuasão age de maneira sutil, penetra no espírito e opera sobre a vontade; que o
ato de persuadir tem um poder muito grande, tanto para o bem como para o mal;
dependendo para isso dos interesses de quem o pratica. E, ideologia, de acordo
com o dicionário mencionado, é a “ciência que trata da formação das idéias. /
Conjunto de idéias próprias de um grupo, de uma época, e que traduzem uma
situação histórica: a ideologia burguesa./”. Serão apresentados também, alguns
trechos referentes à ideologia, retirados da Enciclopédia Barsa (1993), a qual diz
que a teoria mais completa “sobre a origem e o papel da ideologia nas diversas
formas de organização social” foi formulada pelo filósofo alemão Karl Marx.
Para Marx ideologia é um conjunto de idéias e conceitos pertencentes a [sic] determinada classe social. Há uma ideologia da burguesia, como há uma ideologia do proletariado. Nenhuma classe
21
defende uma ideologia porque queira, mas porque assim o exigem seus interesses. A ideologia reflete, em última análise, as condições da vida material e a estrutura econômica vigorante numa sociedade em determinada etapa histórica (BARSA, 1993, p. 163).
Ainda, segundo essa enciclopédia (1993), “o meio em que o homem vive
modifica-se constantemente. [...] tais modificações é que fazem com que surjam
novas ideologias [...]”. Essas “modificações são efetivamente maneiras de pensar
ou, por outras palavras, categorias específicas de idéias”.
SEGUNDA ETAPA
2.1 Apresentação do documentário “Criança, a alma do negócio”
Para ilustrar o poder de persuasão dos meios de comunicação, a professora
apresentará o vídeo “Criança, a alma do negócio”; encontrado no link:
(<http://criancas.uol.com.br/ultnot/multi/2009/02/26/04023964D8A17326.jhtm?crian
ca-a-alma-do-negocio->). Esse documentário mostra o quanto a publicidade faz
uso da persuasão para atrair as crianças e, consequentemente
(“obrigatoriamente”), os pais.
2. 2 Atividades orais e escritas referentes ao documentário
A professora discutirá com os alunos a respeito do vídeo, fazendo os
seguintes questionamentos:
1. As propagandas são direcionadas para o lado emocional da criança a fim de
chamar sua atenção para determinado produto. Por quê?
2. Por que a criança pede, incessantemente, algo que ela viu na televisão,
mesmo não tendo necessidade daquele produto?
3. Muitas crianças permanecem por mais tempo na “companhia” dos meios de
comunicação (geralmente a televisão) que na companhia dos pais. Como os
pais devem agir para não comprar tudo o que os filhos querem e ao mesmo
tempo ter uma boa relação com eles?
22
4. A criança pertencente a famílias com poucas condições financeiras, ao
assistir às propagandas, consegue entender que seus pais não podem
comprar aquele produto? Por quê?
5. Os pais que podem comprar “tudo” o que o filho quer, poderão fazê-lo? Por
quê?
6. Por que o aluno não gosta de usar uniforme para ir à escola, mas quer ser
“igualzinho” aos outros no que diz respeito a ter o mesmo celular, o mesmo
tênis e assim por diante?
7. Por que muitos pais, mesmo com dificuldades financeiras e cientes de que
não é produto de primeira necessidade, compram o que o filho quer?
8. Você acha que a publicidade coloca os filhos contra os pais? Por quê?
9. A publicidade pode influenciar crianças a se tornarem adultos em miniatura.
Quais os problemas que essas crianças poderão enfrentar quando
chegarem à idade adulta de fato?
10. De acordo com o documentário, os responsáveis pela publicidade não se
preocupam com as crianças e, por consequência, nem com o futuro do
planeta. Comente essa afirmação.
TERCEIRA ETAPA
3.1 Análise de alguns dos seguintes gêneros textuais: propagandas, charge,
cartoon e outdoors
Após o trabalho inicial com esse documentário sobre a publicidade, a
professora apresentará os seguintes exemplos de gêneros textuais: uma
propaganda mostrando a relação que os publicitários fazem entre bebidas
alcoólicas e mulheres; uma propaganda de vitamina C para as pessoas não
perderem o verão; a imagem de um pulmão sadio ao lado do pulmão de um
fumante; um outdoor falando das consequências de beber e dirigir; uma imagem
mostrando o problema de receber “bala” em vez de troco; um cartoon mostrando
23
incoerências que a linguagem pode apresentar; e uma charge mostrando pessoas
que detêm formas de poder. A professora dirá que essas imagens podem ser
encontradas, respectivamente, nos seguintes links:
a) (<http://umpontodevista.files.wordpress.com/2009/03/c185a27814f86f3d9335
ab724abb9609jpg2.jpg>);
b) (<http://t2.gstatic.com/images?q=tbn:KFjmowijM9n0gM:http://www.diaadia.pr.
gov.br/tvpendrive/arquivos/File/imagens/4portugues/2publicidade1.jpg>);
c) (<http://t1.gstatic.com/images?q=tbn:Xh-t3-
vHOk0jSM:http://hitnarede.com/wp-
content/uploads/2008/04/hollywoodhitspulmao.jpg>);
d) (<http://primeiroparagrafo.zip.net/images/untitled-2.jpeg>);
e) (<http://www.denker.com.br/denker/wp-content/uploads/2009/12/troco.jpg>);
f) (<http://lh6.ggpht.com/_wvyZH_f1Gik/SuOURlVY0MI/AAAAAAAAA2M/Q0tw
Wzvq7nk/Qualcontradio_thumb5.jpg>);
g) (<http://4.bp.blogspot.com/_kxhb91503ik/Sm4sWr6dPqI/AAAAAAAAFKw/Ols
6BpWPQZ4/s400/charge%5B1%5D.jpg>).
A seguir, a professora dará a atividade abaixo:
1. Pesquise alguns gêneros textuais (propagandas, charges, tiras, piadas)
que mostrem situações de persuasão e de ideologia para serem
analisados na próxima aula.
Na aula seguinte, com o material trazido pelos alunos, a professora pedirá
para eles se organizarem em equipes para poderem socializar o que trouxeram.
Após essa atividade, as equipes escolherão um dos exemplos trazidos e
apresentarão aos demais colegas. A apresentação poderá ser em forma de
seminário, dramatização, exposição oral, etc.
Obs.: Se algum aluno trouxer a atividade para ser assistida e/ou ouvida, a TV
Pendrive poderá será usada.
24
QUARTA ETAPA
4.1 Apresentação da animação “Meow”
A professora trabalhará com a animação “Meow”, a qual pode ser
encontrada no link: (<http://www.youtube.com/watch?v=-nob0bmufkQ>). É um
curta-metragem dos anos 80, de Marcos Magalhães, que mostra a questão da
invasão da cultura americana e a dependência que isso causa. Para tanto, a
professora acessará o link da animação e apresentará à turma, sem fazer nenhum
comentário prévio.
4.2 Atividades orais e escritas sobre a animação
Assim que terminar o filme, a professora discutirá com os alunos e fará um
levantamento de dados com as impressões que os alunos tiverem do vídeo. Ela
anotará tudo no quadro de giz e caso perceba que os alunos não falem sobre os
aspectos principais, poderá fazer as seguintes questões:
1. Descreva os lugares que aparecem na animação.
2. Quem é o personagem principal?
3. Quais os outros personagens que participam do vídeo?
4. Quais as características que identificam esses personagens?
5. Que alimento é dado ao gato, primeiramente? E depois?
6. O gato aceita prontamente o segundo alimento?
7. O que é feito para que o gato aceite o segundo alimento?
Após essa discussão, a professora colocará o filme outra vez e fará um
estudo mais aprofundado, chamando a atenção dos alunos para detalhes que não
tenham sido observados. Se houver necessidade, fará os questionamentos abaixo:
1. Por que o gato deixa de ser alimentado com leite?
2. Ele aceita a troca facilmente?
25
3. Que estratégias o “segundo” dono usa para persuadir o gato a aceitar o
outro alimento?
4. Quais as semelhanças entre os donos do gato?
5. O que fez o gato mudar de ideia com relação à troca de alimento? Foram as
propagandas?
6. O gato gostava muito de leite. Por que ele recusa esta bebida quando o
antigo dono volta?
7. Por que o gato aparece e permanece em cima do muro? O que poderia
significar esse fato?
8. No caso específico desse vídeo, o que fez o gato mudar de opinião?
Comente.
9. Que características o ser humano precisa ter para não se deixar levar pela
persuasão? E para não se deixar levar pela opressão?
Depois disso, os alunos já estarão preparados para analisar as situações de
persuasão e as ideologias presentes no filme para responder as questões abaixo:
1. Em quais momentos do filme aparecem situações de persuasão?
2. Qual é a ideologia predominante no filme? Há outras? Quais?
3. Em equipes, crie uma situação semelhante a essa do filme, escreva-a e
apresente aos colegas.
QUINTA ETAPA
5.1 Apresentação da animação “Garri Bardin – Prezhde my byli pticami”
Nesta aula, os alunos assistirão à animação russa “Garri Bardin - Prezhde
my byli pticami”, encontrada com o título “Before We Were Birds”, em inglês e
“Quando éramos pássaros”, em português. É um curta-metragem de 1981,
colorido, com 16min de duração e que pode ser encontrado no link:
26
(<http://www.youtube.com/results?search_query=garri+bardin+prezhde+my+byli+pt
icami&search_type=&aq=f>).
Se os alunos manifestarem interesse em saber mais sobre o povo cigano, a
professora sugerirá que eles pesquisem na biblioteca e/ou que acessem os
seguintes links:
a) (<http://www.guardioesdaluz.com.br/ciganoshistoria.htm>);
b) (<http://vidasimples.abril.com.br/100respostas/conteudo_258541.shtml>);
c) (<http://www.imninalu.net/Rom-ciganos.htm>);
d) (<http://www.caminhandocomosol.com.br/origem_dos_ciganos.htm>);
e) (<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ciganos>);
f) (<http://www.fortunecity.com/roswell/blavatsky/257/ciganos.htm>).
5.2 Atividades orais e escritas sobre a animação
Os procedimentos da professora serão os mesmos adotados no filme
anterior: assistir ao vídeo uma vez, sem comentário prévio por parte dela. Depois
ela anotará, no quadro de giz, as impressões que os alunos tiverem. Se houver
necessidade de complementar as observações dos alunos, a professora fará as
seguintes questões:
1. Por que a animação se chama “Quando éramos pássaros”?
2. Em que lugares a história se passa?
3. Comente sobre o comportamento dos pássaros nos seguintes momentos: no
início do filme, na gaiola e depois de saírem da gaiola.
4. Quem narra a história?
5. Você conhece algum cigano? Qual a relação dessa história com o modo de
vida do povo cigano?
6. “Quero ser livre como um pássaro”; qual a conexão que você faz dessa frase
com o vídeo, especialmente com o narrador?
27
Logo após os comentários, a professora colocará o vídeo mais uma vez e
pedirá para os alunos observarem que o céu escurece um pouco antes dos
pássaros verem a gaiola; explicará que esse escurecimento é sinal de que algo
funesto poderá acontecer. Os alunos assistirão à animação novamente e após
novas discussões, eles responderão as seguintes perguntas:
1. Por que o chefe do bando não conseguiu persuadir os pássaros a se
afastarem da gaiola?
2. O líder do bando era um verdadeiro líder? Por quê?
3. Qual a diferença entre amar e querer manter o controle sobre o outro?
4. O que atraiu a atenção do bando para a gaiola? Por que eles permaneceram
lá?
5. Analise o líder do bando e o líder da gaiola e escreva as semelhanças e as
diferenças que possa haver entre eles.
6. O que aconteceu com o pássaro que liderava o bando? Por quê?
7. Como eram os pássaros da gaiola? Por quê?
8. Que acontecimento fez com que os pássaros saíssem da gaiola?
9. Por que os pássaros não conseguiram mais voar, depois que saíram da
gaiola?
10. Se os pássaros sentiram vontade de sair da gaiola e puderam fazê-lo, por
que os moradores antigos permaneceram “presos”?
11. Analisando o comportamento dos pássaros, pode-se dizer que pareciam ser
dependentes e imaturos. Com base nisso, quais características apresenta
uma pessoa madura e independente?
12. Pessoas imaturas são mais facilmente “levadas” por ideias que não sejam
suas. Por quê?
28
SEXTA ETAPA
6. 1 Biografia e obras do escritor libanês Gibran Khalil Gibran
Nesta unidade, a professora falará sobre o texto “Satanás”, encontrado no
livro “Temporais”, de Gibran Khalil Gibran, traduzido e apresentado por Mansour
Challita, editado pela Acigi – Associação Cultural Internacional Gibran, em 1973.
Ela fará um comentário sobre o autor e suas obras, conforme o quadro abaixo, e
dirá que uma biografia mais aprofundada, pode ser encontrada no início do livro “O
Profeta”, do mesmo autor e tradutor e, também, nos links:
a) (<http://www.paralerepensar.com.br/gibran.htm>);
b) (<http://www.culturabrasil.pro.br/gibran.htm>).
Gibran Khalil Gibran nasceu no dia 6 de dezembro de 1883, em
Bicharre, na montanha do Líbano. Mudou-se para os Estados Unidos em
1894, mas voltou ao Líbano em 1898 para completar seus estudos árabes
até em 1902. Neste ano, foi novamente para os Estados Unidos (Boston).
Em 1908 foi para Paris e estudou na Académie Julien até em 1910, ano
que voltou a Boston e que, também, mudou-se para Nova Iorque, onde
viveu até seus últimos dias.
O livro mais conhecido desse autor é “O Profeta”, mas ele escreveu
outros, notáveis também; para citar apenas alguns: “Temporais”, “O
Louco”, “A Voz do Mestre”, “A Música”, “Jesus, o Filho do Homem”, “Asas
Partidas”. Após sua morte, foram publicados: “Curiosidades e Belezas”, “O
Errante” e o “Jardim do Profeta”. Além de escrever, Gibran também pintava
telas.
Gibran Khalil Gibran morreu em 10 de abril de 1931, no Hospital São
Vicente, em Nova Iorque, mas em 21 de agosto de 1931, seus restos
mortais foram levados a Bicharre e enterrados na vertente de uma colina,
num velho convento cavado na rocha.
29
6.2 Estudo do texto “Satanás”
Para iniciar o trabalho com o conto “Satanás”, a professora dirá que o texto
traz a história de um padre muito preocupado e zeloso com os seus fiéis. Esse
Sacerdote encontra Satanás moribundo, quando caminha por uma estrada isolada.
É por meio desse encontro e do diálogo que se trava entre os dois personagens
que se tem a clareza da verdade que cada ser humano carrega dentro de si; e
também que, em alguns casos, a aparente preocupação com o próximo pode ser
apenas egoísmo. Após esse breve comentário, os alunos farão uma leitura
silenciosa do conto. A seguir, um pequeno trecho.
SATANÁS
Gibran khalil Gibran
“O Padre Simão era conhecedor profundo dos assuntos espirituais e
teológicos, [...]. Percorria as aldeias do Líbano do Norte, pregando penitência
aos fiéis, curando suas almas do mal e prevenindo-os contra as armadilhas do
demônio, a quem padre Simão combatia dia e noite sem desanimar e sem
descansar.
[...] Certa tarde de outono, padre Simão caminhava por um lugar isolado
[...], quando ouviu gemidos dolorosos vindos da beira da estrada. Olhou e viu
um homem desnudo, estendido sobre o pedregulho; o sangue jorrava-lhe de
feridas profundas na cabeça e no peito, e ele implorava socorro: „Salva-me!
Ajuda-me! Tem pena de mim! Estou morrendo.‟
O padre parou, perplexo, considerou o homem e concluiu: „Deve ser algum
salteador, que atacou um viajante e foi repelido. Está agonizando. Se expirar
em minhas mãos, responsabilizar-me-ão pela sua morte‟.
E reiniciou sua marcha [...]”.
Assim que a turma terminar de ler o texto, a professora anotará as
impressões de leitura no quadro de giz. Nesse momento, far-se-á uma discussão
comparando a história lida com outras situações semelhantes, vividas e/ou
30
conhecidas pelos alunos. A professora chamará a atenção dos alunos para a
persuasão presente nos diálogos, a qual mostra claramente os interesses
individuais e particulares dos personagens. Será importante, também, analisar o
fato de que – no caso desse texto – a população é guiada, “inocentemente”, por
uma ideologia que se quer imagina que exista. Após esse trabalho, a turma será
dividida em equipes para realizar as seguintes atividades:
Discutam e tentem encontrar situações, como essa mostrada no texto, e
que passam despercebidas pela maioria das pessoas. Anotem as
respostas e exponham aos demais colegas da sala.
SÉTIMA ETAPA
7.1 Exposição sobre o gênero textual dramático
Nesta etapa, os alunos irão dramatizar o texto estudado; para tanto, a
professora ensinará como se produz uma peça teatral, dizendo que é diferente das
demais produções. Ela mostrará o texto teatral “Duplo assalto”, de Max Nunes,
encontrado no livro “O pescoço da girafa”, (pp. 11-13), e também no link:
(<http://efemeroeironico.blogspot.com/2009/09/duplo-assalto-max-nunes.html>),
para os alunos terem uma maior clareza do trabalho que terão de desenvolver.
Será importante deixar claro para os alunos que a maioria dos textos é
“dramatizável”, que não há necessidade de encenar somente os textos do gênero
dramático – produzidos por um dramaturgo – mas que qualquer texto que
apresente narrativa, personagens, espaço e tempo pode ser dramatizado. O texto
em questão – Satanás – não é um texto do gênero dramático, mas é possível ser
encenado. Não é necessário também, no dia-a-dia da sala de aula, fazer a
transformação de um texto narrativo em texto dramático toda vez que for
representar, pois com a criatividade e inventividade dos alunos é perfeitamente
plausível realizar esse trabalho pulando a etapa da mudança de gêneros. Porém, é
importante esclarecer, também, que quando se faz essa mudança, o trabalho fica
mais organizado, mais didático, principalmente no que se refere às rubricas, as
quais só existem no gênero dramático e fornecem informações valiosíssimas para
31
o diretor e para os atores com relação ao espaço, aos personagens, ao tempo
(manhã, tarde, noite, etc.), ao modo como os personagens vão reagir em cena,
enfim, se esse trabalho não for realizado, questões importantes terão de ser
tratadas de maneira improvisada ou apenas pela combinação verbal entre diretor e
atores. Muitas vezes, é necessário que se parta diretamente para a dramatização a
fim de que a turma não perca o momento de entusiasmo e/ou fascínio pelo texto;
por exemplo, com textos curtos, humorísticos, piadas, imitação de algum
acontecimento, entre outros. É importante que o professor tenha perspicácia para
saber o momento de desenvolver um trabalho mais elaborado e o momento de um
trabalho menos formal e de improvisação.
A professora comparará o gênero teatral a outros gêneros textuais: romance,
conto, lenda, fábula e tantos mais; e dirá que nesse gênero também é necessário
apresentar personagens que vão agir em um determinado tempo e lugar. Mas, que
nesse formato de texto, não há, por exemplo, a presença de um narrador, pois a
história é representada por ações dos personagens e não contada por alguém. Há,
porém, na contemporaneidade, dramaturgos (nome dado a autores de peças
teatrais) que usam o recurso da narração em seus textos, mas, tradicionalmente, o
narrador é substituído por diálogos, ações e rubricas; estas são esclarecimentos
dados pelo autor que antecipam tudo o que vai ocorrer no palco, ou seja, elas
fornecem as características do cenário e das falas, as ações e os movimentos dos
personagens. As rubricas que se referem à peça de uma forma geral devem ser
escritas no centro da página, no alto do texto de cada cena; aquelas que se
referem exclusivamente aos personagens virão antes das falas e após o nome do
personagem em questão, uma vez que os nomes dos personagens precedem suas
falas. É importante esclarecer que as rubricas devem ser escritas com letra de tipo
diferente: em itálico ou em maiúsculas.
Os alunos serão orientados sobre o fato de que, nesse gênero, o texto deve
ser organizado em atos e cenas. Estas determinam as entradas e saídas de
personagens e, também, as mudanças de cenários; aqueles estabelecem o
desenvolvimento progressivo da história, esclarecendo cada conflito apresentado.
Uma característica bastante encontrada nesse gênero textual é a presença
das marcas da oralidade, pois os atores estão representando o cotidiano dos
personagens e seu modo espontâneo de falar.
32
Após as explanações e anotações no quadro de giz (ou TV Pendrive), a
professora sugerirá aos alunos, uma pesquisa no link:
(<http://www.cobra.pages.nom.br/ecp-teatroscript.html>) e/ou na biblioteca da
escola para ter maior clareza e conhecimento sobre o assunto.
7. 2 Adaptação do texto “Satanás” para o gênero dramático
Terminado esse trabalho, os alunos se reunirão em equipes novamente e
receberão o seguinte comando:
Discutam entre si e adaptem o texto “Satanás” para o gênero dramático.
Vocês têm liberdade para apresentar a história como desejarem e
acharem conveniente, porém é importante que vocês mantenham a
integridade dos diálogos.
As equipes terão um determinado tempo para se organizarem e iniciarem os
ensaios. A apresentação poderá ser feita em forma de leitura dramatizada, não
havendo necessidade de decorar as falas.
7. 3 Dramatização do texto “Satanás”
Terminados os ensaios, as equipes apresentarão a história aos colegas, na
sala de aula mesmo. No término desse trabalho, a professora e os alunos farão
uma avaliação das apresentações, discutindo os aspectos abordados por cada
equipe, as partes que foram mais enfatizadas, as que foram secundarizadas e
questões relevantes que possam ter sido trazidas à tona com as apresentações.
33
OITAVA ETAPA
8. 1 Retomada do significado das palavras “persuasão” e “ideologia” a partir
do texto estudado
A professora dirá aos alunos que o texto estudado trouxe Padre Simão e
Satanás como personagens, mas que esse fato poderia ter ocorrido em qualquer
situação que haja diferenças sociais, raciais, econômicas, culturais, políticas, enfim,
em qualquer situação que um indivíduo objetive ter o domínio sobre o outro; e o
terreno das “diferenças” é propício para isso – o qual deveria ser motivo de
crescimento e não de dominação. O trabalho com esse texto deverá mostrar o
quanto as ideologias e os interesses particulares podem influenciar as relações
sociais e, principalmente, a vida de cada um; e que a persuasão presente em falas
e atitudes de quem detém ou ambiciona o poder, é uma eficaz ferramenta usada
para influenciar e direcionar pessoas para determinadas ideologias, muitas vezes
sem que essas pessoas percebam. E o poder, neste caso, refere-se a qualquer
situação de domínio, da mais simples a mais complexa – pais e filhos, consumidor
e comerciante, alunos e professores/diretores, “compradores” e publicitários,
cidadãos e governantes, eleitores e políticos – e dessa maneira,
indeterminadamente; assim sendo, o texto trouxe dois personagens que poderiam
ser substituídos por qualquer outra pessoa ou entidade.
8.2 Produção de textos dramáticos a partir o conteúdo trabalhado
Com esse comentário, a professora fará o encerramento dos trabalhos
referentes ao texto “Satanás” e pedirá para os alunos se reunirem novamente (sem
necessidade de manter as mesmas equipes), a fim de produzir um texto teatral em
que apareça alguma forma de ideologia e de persuasão. A persuasão deverá
aparecer bem marcada em um ou mais personagens para que uma determinada
ideologia (escolhida pela equipe) seja aceita e incorporada por outros personagens.
Essa produção deverá trazer a síntese do assunto trabalhado. Para tanto, a
professora dirá que a produção desse texto deverá seguir as instruções dadas
anteriormente para o gênero textual dramático.
34
8.3 Dramatização dos textos produzidos
As equipes terão um tempo determinado para a produção dos textos. Após
esse trabalho, a professora analisará as produções com cada equipe, fará as
correções necessárias e dará um determinado tempo para os ensaios. Depois de
realizados os ensaios e feitos os ajustes, as equipes apresentarão as peças
produzidas aos demais colegas, na sala de aula.
8.4 Discussão avaliativa sobre o trabalho desenvolvido
Quando todos os alunos se apresentarem, far-se-á uma discussão geral
sobre os temas abordados e o modo como foram apresentados. Será importante
que todos os alunos participem dessa discussão, dando suas contribuições a
respeito de todos os momentos da aplicação do projeto, avaliando os pontos
positivos e negativos e fazendo uma autoavaliação para perceberem as mudanças
no modo de pensar e de agir, antes e depois do trabalho desenvolvido.
NONA ETAPA
9.1 Avaliação
Os alunos serão avaliados em todos os momentos da aplicação deste
Caderno Pedagógico. A professora observará a participação de todos e anotará as
atividades realizadas por eles.
A mentora desse trabalho terá grande interesse e preocupação em verificar
a aprendizagem dos alunos durante todo o processo, com o objetivo de que ao final
do desenvolvimento de todas as atividades, os educandos apresentem uma
mudança na maneira de pensar, de ver o mundo, de se relacionar com seus
semelhantes, de enxergar e sentir a leitura como uma senha para abrir-lhes novos
horizontes e ajudá-los a entender o espaço-temporal em que vivem.
Em nenhum momento, a professora terá a pretensão de formar atores, de
avaliar o desempenho dos alunos nas apresentações, mas sim a de ver alunos
35
empenhados em superar e transpor obstáculos que possam impedi-los de ser eles
mesmos.
REFERÊNCIAS
BELTRÃO, Eliana Santos; GORDILHO, Tereza. Novo diálogo. 1. ed. São Paulo: FTD, 2006.
BIOGRAFIA de Gibran: Disponível em: <http://www.culturabrasil.pro.br/gibran.htm>; <http://www.paralerepensar.com.br/gibran.htm>. Acesso em: 22 abr. 2010.
CARTOON sobre contradições. Disponível em: <http://lh6.ggpht.com/_wvyZH_f1Gik/SuOURlVY0MI/AAAAAAAAA2M/Q0twWzvq7nk/Qualcontradio_thumb5.jpg>. Acesso em: 28 fev. 2010.
CHARGE sobre pessoas que detêm uma forma de poder. Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/_kxhb91503ik/Sm4sWr6dPqI/AAAAAAAAFKw/Ols6BpWPQZ4/s400/charge%5B1%5D.jpg>. Acesso em: 28 fev. 2010.
CEGALLA, Domingos Paschoal. Minigramática da língua portuguesa. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1990.
CITELLI, Adilson. Linguagem e persuasão. 6. ed. São Paulo: Ática, 1991.
CRIANÇA, a alma do negócio. Direção de Estela Renner. Produção executiva de Marcos Nisti. Produtora: Maria Farinha Produções. Versão reduzida do documentário (10min7s). Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=n0zK8v245oM>. Acesso em: 28 fev. 2010.
DICIONÁRIO Priberam da Língua Portuguesa. Disponível em: <http://www.priberam.pt/dlpo/Default.aspx>. Acesso em: 4 maio 2010.
ENCICLOPÉDIA Barsa. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil, 1993. 9 v.
FARACO, Carlos Emílio; MOURA, Francisco Marto. Português. 1. ed. São Paulo: Ática, 2004.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário do Aurélio online. Disponível em: <http://www.dicionariodoaurelio.com/>. Acesso em: 28 fev. 2010.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
GARRI BARDIN - Prezhde my byli pticami (Before We Were Birds). Curta-metragem, 16min, 1981, colorido. Produção e distribuição:
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