DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2008 - … · Conteúdo Básico: Peteca e Badminton Conteúdo...
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE 2008 Produção Didático-Pedagógica Versão Online ISBN 978-85-8015-040-7 Cadernos PDE VOLUME II
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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2008
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-040-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
1
Secretaria de Estado da Educação Superintendência da Educação
Departamento de Políticas e Programas Educacionais Coordenação Estadual do PDE
MATERIAL DIDÁTICO PEDAGÓGICO – FOLHAS
JOGAR BOLA OUTRA VEZ... OU PETECA?
IDENTIFICAÇÃO
Escola: C.E. Tomaz Edison de Andrade Vieira NRE: Maringá Autor PDE 2008: Denise Pirolo e-mail: [email protected] IES: Universidade Estadual de Maringá Nível de Ensino: Fundamental (5ª e 6ª séries) Título: Jogar bola outra vez... ou Peteca? Disciplina: Educação Física Conteúdo Estruturante: Esporte Conteúdo Básico: Peteca e Badminton Conteúdo Específico: Contextualização histórica e a relação com o trabalho Validador: disciplina Folhas: Roberta Vilas Boas Validador disciplina 1 História: Mario Bogoni Validador disciplina 2 Português: Ilda Quaglia Validador IES: Regina Taam
SINOPSE
O presente Folhas problematiza o futebol, aos alunos de 5ª e 6ª série, como o
principal elemento constitutivo da cultura corporal, fato que reduz a Educação Física
escolar em esporte. Em um movimento de síncrese-análise-síntese, articula a
Educação Física ao mundo do trabalho por meio da peteca e do badminton. Assim,
ao questionar o determinante da aculturação sofrida, resgata o sentido de
pertencimento à cultura indígena; contextualiza o corpo desde a Pré-História até os
dias atuais; contextualiza a expressão corporal como forma de linguagem não verbal
e a forma como esta cultura vem sendo desapropriada no movimento da história; e
propõe atividade que permite uma síntese da reflexão crítica proposta.
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JOGAR BOLA OUTRA VEZ... OU PETECA?
Denise Pirolo1
Quando os alunos consultam o Quadro de Horário de aula e percebem que há
Educação Física, a primeira coisa que lhes vem à cabeça é...
Isso mesmo. A bola... E alguém logo grita: “Oba! Vamos jogar bola hoje!”
Afinal, viemos para escola para aprender a jogar bola, não é? Mas, o que há
de diferente e de importante além de ‘jogar bola’? Vamos refletir... Pois deve existir
mais coisas entre a bola e a peteca do que se pode imaginar...
1 Colégio Estadual Tomaz Edison de Andrade Vieira.
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...“Bola de meio, bola de gude o solitário não quer solidão... há um menino, há um moleque cravado dentro do meu coração....
Trecho da música BOLA DE MEIA, BOLA
DE GUDE (Milton Nascimento, 1980)
Sabemos que correr atrás de
uma bola é emocionante, é pura
diversão. É bem possível que a
bola tenha sido um dos seus
primeiros brinquedos na infância.
Esse hábito vem persistindo nas
famílias. Quem nunca chutou uma
bola de plástico, de meia, de papel, de lata ou
de qualquer outro material?
Chutar a bola é um hábito que
acompanha o ser humano desde tempos
primitivos. Há registros de 2500 a.C de soldados
chineses usando uma esfera de couro; e de
gregos, no séc. I a.C., utilizando bexiga de boi
cheia de areia (FUTEBOL, 2000). Mas será que
o futebol é o dono da bola ou da diversão?
Você consegue identificar as atividades
que são mostradas abaixo? Quais dessas
atividades você já jogou? Futebol de campo,
tênis de campo, basquetebol,
futebol americano, hóquei sobre
grama e voleibol? E quais delas
nem ouviu falar? Por que será? O
que elas têm em comum? Sem
dúvida é a bola e todas são
atividades esportivas.
Os meios de comunicação
têm contribuído muito para que o
esporte mais praticado no Brasil seja o futebol, e que o voleibol seja o segundo.
Mas, não somente a mídia e as famílias contribuíram com a popularidade desses
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Dica Palavras escritas em verde?
São palavras que podem ser usadas para localizar o momento histórico que estamos nos referindo. Basta procurar na Tabela Cronológica as palavras em verde que estão espalhadas pelo texto.
Figura em grafite: Jogo de Bola? (2008)
Acervo pessoal
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esportes. Há também a contribuição da própria
escola e do governo. Chegou-se a pensar que o
esporte era o único conteúdo e atividade
importantes nas aulas de Educação Física.
Entretanto, nem sempre foi assim. Houve uma
época em que a ginástica era a “bola da vez”.
História é movimento e, no movimento da
História, as aulas de Educação Física mudaram.
Daí vem a pergunta: Educação Física é só isso:
esporte e ginástica?
Se fizéssemos uma pesquisa com pessoas
acima de 30-35 anos, para sabermos que tipo de
atividade era praticado nas aulas de Educação
Física, quando freqüentavam a escola, é bem
possível que o resultado aponte o esporte como
principal atividade, porém, se tiverem acima de
45-55 anos, o resultado provável seria a ginástica.
Isso porque em um tempo não muito longe,
somente os esportes eram ensinados nas
escolas. A escola se via na obrigação de formar
atletas, principalmente de futsal, voleibol,
handebol e basquetebol. Em um tempo mais
distante a preocupação era com o corpo forte,
com a saúde, portanto a ginástica era a principal
atividade. Não seria um equívoco negar o
aprendizado de outras atividades? O que você
acha disso? Vamos discutir em aula?
Hoje, a Educação Física é entendida como
algo além de ginástica. Para entendemos melhor
vamos aumentar a lista de atividades? Lembre-se
do que você costuma brincar com seus amigos,
pais, irmãos e vizinhos.
Painel (www.diadiaeducacao.pr.gov.br/)
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Federação Internacional de
Handebol
Confederação Brasileira de
Handebol
Confederação Italiana
de Handebol
Federação Paranaense de
Handebol
Federação Paulista
de Handebol Federação....
Agora, observe as atividades no painel. Você consegue reconhecer todas as
atividades? Compare com a sua lista. Note que a bola não está presente em várias
delas e que nem todas são: ginástica ou esporte.
Quais delas fazem parte de nossa cultura? Quais delas é possível realizar na
escola? Se observarmos as características de cada
uma dessas atividades, vamos perceber que há algo
em comum entre elas. O que será?
Para facilitar o entendimento sobre as
atividades, vamos separá-las em grandes grupos de
expressão corporal, que são aquelas que exigem
ritmo e leveza (com ou sem música), plasticidade,
combatividade, além daquelas em são disputas em
uma partida. Ao final, teremos 5 painéis que devem
ser ampliados com atividades que aqui não foram citadas. Podemos procurar em
revistas ou até desenhar. Como assim? Bem, com a sua pesquisa, o grupo irá
organizar: a) atividades de combate; b) atividades que usam saltos, rolamentos,
giros e subidas em aparelhos; c) atividades que permitem ao corpo expressar-se por
meio da música; d) jogos que têm regras fixas; e) aqueles que têm regras que
permitem mudanças durante o jogo.
ORGANIZAÇÕES ESPORTIVAS
Para ficar um pouco mais clara a diferença entre os
jogos, saiba que está na estrutura das regras.
Qualquer esporte tem regras fixas e rígidas, ou seja,
se você for jogar futebol, atletismo ou outro esporte
em outro país, estado ou cidade não
precisa combinar as regras do jogo antes
de iniciar uma partida ou disputa. Basta
seguir as regras e regulamento que foram determinados pela Federação (confira na
figura). Mas, experimente pega-pega, bola queimada, bandeirinha com amigos de
outro bairro. É bem possível que as regras sejam diferentes. Assim é que ping-pong
é diferente de tênis de mesa; andar de bicicleta é diferente de ciclismo; jogar uma
“pelada” é diferente de futebol de campo; bets, de basebol e outras.
Cultura: é a maneira pela qual os humanos se humanizam por meio de práticas que criam a existência social, econômica, política, religiosa, intelectual e artística. (CHAUÍ, 1996)
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...“Bola na trave não altera o placar Bola na área sem ninguém pra cabecear Bola na rede pra fazer o gol Quem não sonhou em ser um jogador de futebol? ... Trecho da música É UMA PARTIDA DE FUTEBOL
(Samuel Rosa e Nando Reis, 1996)
Regras, normas, leis ou regulamentos estão em todas as partes da
sociedade: na Educação Física, na família, na escola. Como são as regras da sua
escola? Para que servem as regras? Para serem respeitadas ou para organizar uma
situação? De todas estas, a pergunta relevante é a quem e a que servem as regras?
É justo que uma regra dê privilégio a uma parte da sociedade? Todas as regras são
inalteradas? Qual relação entre as regras na escola, na Educação Física, no jogo,
no seu grupo de amigos ou sociedade?
No caso do esporte, para mudar as regras, não basta reunir-se e discutir qual
é melhor forma de jogar. É necessária a autorização de um órgão chamado
Federação Internacional, responsável por regular os esportes no mundo todo. O
esporte tem uma Federação Internacional. Cada país dela participa com uma
Confederação representante e filiada. E ainda, cada Confederação pode ter várias
federações estaduais. Todo esse conjunto de instituições trabalha para o esporte.
Os atletas filiados às federações estaduais precisam de patrocínio, afinal eles
trabalham várias horas por dia para chegar a uma
competição de nível nacional ou internacional.
O fato é que se a intenção de
praticar uma atividade é para manter-se
com saúde, não precisa ser
necessariamente um esporte. Mas, quem
não sonhou em ser um jogador de futebol?
Se a intenção é de tornar-se um profissional ou
pelo menos participar do treinamento de qualquer esporte, o melhor lugar é procurar
uma empresa, clube ou lugar especializado em formar atletas, não é mesmo?
Voltemos à organização do painel, que ficará assim: lutas, ginástica, dança,
esportes e, por fim, os jogos e brincadeiras. Esta é a forma que a Educação Física
usa para entender como o homem manifesta-se ou expressa-se por meio do corpo e
por que gostamos mais de uma atividade do que de outra. Compreender o que e
como o homem vem fazendo com seu corpo durante sua existência neste planeta é
muito importante. Observe que todas essas atividades são elementos que
constituem a cultura corporal. Estudar a forma como a cultura corporal vem sendo
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entendida pelos indivíduos, anos após anos, ajuda a conhecer a história da família,
do bairro, da cidade, do estado ou país.
A COMUNICAÇÃO E A EDUCAÇÃO FÍSICA
O homem não nasceu pulando, saltando, arremessando, balanceando,
jogando. Aprendeu tudo isso com o tempo desde a Pré-história. Naquela época, o
homem era quadrúpede (andava com as mãos e os pés apoiados no chão) e uns
homens foram aprendendo com os outros e aperfeiçoando as atividades corporais
construídas a cada desafio da natureza ou necessidade humana imposta (fome,
sede, frio). Aos poucos, o homem foi conquistando a postura bípede (dois pés).
Outras atividades corporais foram construídas em determinadas épocas históricas,
como respostas a determinados estímulos, desafios ou necessidades humanas.
(COLETIVO DE AUTORES, 1999)
O conjunto dessas atividades
(cultura corporal) é resultado de
conhecimento socialmente produzido e
historicamente acumulado pela
humanidade. Quando o homem
conquistou a postura bípede, começou
a diferenciar-se dos outros animais, ao
ponto de ser capaz de transformar a
natureza a favor de sua subsistência. O
homem que vivia tirando alimento da
natureza como os outros animais,
passou a trabalhar a natureza. Para dominar a natureza aprendeu a organizar-se em
sociedade. Compreender bem isso é fundamental para entender as relações sociais
de hoje em dia.
O homem também aprendeu a comunicar-se com o outro ou a expressar-se
desde a Pré-história. O corpo é um instrumento de comunicação. Por meio dele,
uma mensagem pode ser emitida para alguém, mais que isso, há uma intenção
nessa mensagem. Só para ter uma idéia, a dança é considerada uma linguagem
social. Isso mesmo - linguagem. Os homens comunicavam-se e comunicam-se por
meio da dança para “falar”, por meio do corpo, sobre seus hábitos, sua saúde, da
Sociedade: é uma coletividade internamente dividida em grupos e classes sociais com indivíduos isolados uns dos outros. Cada classe social é antagônica à outra com valores e sentimentos diferentes e mesmo opostos. As relações não são pessoais, mas sociais, mediadas pelas instituições como a família, a escola, a fábrica, o comércio, os partidos políticos e o Estado. (CHAUÍ, 1996)
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guerra, da religiosidade, da emoção ou do
sentimento. (COLETIVO DE AUTORES,
1993)
A dança surgiu do povo, assim é
chamada de cultura popular. Ela foi sendo
transmitida de pai para filho, de uma
geração à outra. Cada raça tem sua
forma de dançar: o vermelho, o negro, o
branco e o amarelo. Uns dançam para
comemorar e outros pelo simples prazer
de dançar.
Observe o
guerreiro paranaense na figura do índio. Qual intenção
dele estar com o corpo todo pintado? Será que quando ele
faz a dança guerreira também comunica-se pela cor, pela
palavra nas cantigas e pelos movimentos do corpo? Que
significado tem a cor vermelha nesse caso? Será que para
um índio participar de uma dança tem que pagar ingresso
também? E as danças de hoje, também têm o significado
das expressões corporais? O que será que um funk está tentando expressar? Não é
uma contradição dançar e cantar o que nem se sabe o significado? Quais são
nossas guerras e batalhas de hoje?
Pensemos nisso.
Diferentemente da dança, a
ginástica tem maior preocupação em
exercitar ou educar o corpo, do que de
comunicar-se por meio dele. Geralmente,
ela está mais preocupada com a saúde, a
força, a resistência. Por isso, os saltos, os
equilíbrios, os giros, os rolamentos, as
subidas em aparelhos e os balanceios do
corpo são todos usados de maneira
diferente.
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Para se comunicar ou transmitir uma mensagem verbal ou não verbal para alguém, também precisamos entender que existe um contexto de produção para que tenhamos sucesso nesse objetivo, pois vivemos em constante interação com as outras pessoas e temos finalidades específicas ao nos comunicarmos (Geraldi, 1997). Um exemplo disso – de interação – é que não é possível praticar alguns esportes sem outras pessoas, como futebol ou peteca.
Meninos Brincando (1955)
Adaptação da tela à óleo de Cândido Portinari para grafite. (VÁRIOS AUTORES, 2006)
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As modalidades de ginástica
que conhecemos no Brasil vieram com
a chegada de outros povos, não
nasceram do nosso povo. Em alguns
casos, o nome já diz de onde vêm,
outras são tão antigas que não há um
consenso de sua origem: Ginástica
Sueca, Ginástica Francesa, Body
Jump (norte americana), musculação
(greca), ginástica laboral (polonesa),
ginástica artística e rítmica (leste
europeu), circense (chinesa). Hoje em
dia a maioria é praticada em
academias, mas existem aquelas
praticadas ao ar livre também. Você já
fez alongamentos hoje?
A condição de praticar
exercícios físicos é encontrada na
Idade Antiga, nas civilizações da China
e da Índia, no ano de 2.600 a.C.. Ela
foi desenvolvida e muito praticada
pelos gregos (idealizadores das
primeiras escolas destinadas à preparação dos atletas para exibições em público e
nos ginásios, assim como das olimpíadas); e pelos romanos, que alteraram o
objetivo da prática da ginástica, procurando alcançar fins de guerra (ROSA, 2008).
Ela chegou às escolas brasileiras no final do séc. XIX, especialmente para preparar
a população jovem masculina para a defesa da pátria e para o aumento da produção
industrializada (GALHARDO, 2005). Por isso é que, até pouco tempo, havia ensaio
de ordem unida. Até 1985, muitas escolas eram obrigadas a preparar seus alunos
para a marcha nos desfiles de 7 de Setembro e nos dias de aniversário da cidade.
Contemple a próxima figura.
Epa! Ordem Unida? Provavelmente você não saiba o que é essa atividade.
Porém, marchar em fila seguindo o ritmo de uma fanfarra igual aos desfiles militares,
Contemp.... o quê? Contemplação é o ato de ver ou admirar com o pensamento. FERREIRA (1999)
Figura em grafite: Ordem Unida (2008)
Acervo pessoal
Você já assistiu a um desfile militar? Vamos contemplar a gravura acima. Quais detalhes você pode destacar que são similares a um desfile militar? Quais signos podem ser observados (local, tipo de pessoas, ação)? Descreva e anote tudo para depois comentar entre os demais alunos. Veja, primeiramente contemple sem manifestar-se (observe, aprecie e analise) para não influenciar na contemplação dos demais. Depois que todos terminarem de contemplar será o momento certo para comentar o que somente você conseguiu observar.
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foi muito praticado na época em que a ginástica era a principal atividade da
Educação Física. Com o passar dos anos, a ginástica não foi abandonada
totalmente e a Educação Física começou a
preocupar-se com os esportes também. Hoje,
muitas modalidades de ginástica são encontradas
nas disputas dos Jogos Olímpicos. Vamos
procurar quais são?
Lembra-se dos painéis que estamos
elaborando? Ali também tem um espaço
destinado às lutas. Vamos refletir sobre a
capoeira. Ela usa música, então é dançada. Ela
tem giros, saltos, equilíbrios, balanceio do corpo, é uma boa ginástica para o corpo.
Assim como a maioria das atividades físicas, ela proporciona bem-estar, saúde,
força, resistência. Mas ela tem uma coisa diferente da dança e da ginástica. Sua
intenção é de combate, de resistência e de proteção. Por isso deve estar no grupo
de lutas. A meta das cantigas e batuques da capoeira era despistar os capatazes
que açoitava os escravos. Nessa época, o Brasil era um país povoado por índios.
Quando os brancos europeus chegaram ao Brasil, além de dominaram as terras
indígenas, escravizaram índios e negros. Os negros, principalmente os da Bahia,
preservaram a tradição da capoeira que foi difundida no exterior.
Somente no início do século XIX (1801 em diante), que surgiam as primeiras tentativas na proibição do tráfico negreiro da África para o Brasil. Contudo, muitas dessas leis não eram cumpridas, sobretudo aqui no Paraná, O porto de Paranaguá havia se tornado um dos maiores centros de contrabando de escravos do Brasil. Muitos desembarcavam em Paranaguá e depois eram levados para diversos pontos do pais, houve muitos conflitos. BRAZ (2000, on-line)
Os livros revelam que nos séc. XVI e XVII, os meninos indígenas, desde
cedo, brincavam de arcos e flechas, coisas que compunham o arsenal guerreiro dos
adultos.
O divertimento natural era imitar os gestos e atitudes dos pais, caçando animais, abatendo aves pequenas e pescando de todas as maneiras, inclusive apanhando com as mãos os peixes à vista. Essas brincadeiras não eram simples passatempo, mas atividades educativas que os preparavam para a vida adulta, formando o futuro caçador e pescador. As meninas, desde pequenas, acompanhavam e auxiliavam suas mães nas tarefas domésticas, tais como: cozer a mandioca, o aipim, o cará, fazer a farinha, trazer e colher os legumes das roças, cuidar dos irmãos menores a quem carregam às
Contemple a figura abaixo e compare com a anterior.
Foto: Ordem Unida (1954) Acervo pessoal
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costas numa tipóia. Elas não tinham muito tempo livre para o lúdico. (BERNARDES, 2000, p. 548)
A intenção revelada pelo texto era de preparar o indiozinho e a indiazinha
para a fase adulta, para o trabalho. É assim que a comunidade indígena organizava-
se na Idade Moderna.
A Idade Moderna foi um tempo
de transição entre o feudalismo e o
capitalismo, que são formas de
organização das sociedades. Hoje
vivemos em uma sociedade capitalista.
O feudalismo foi uma época em que
não havia trabalho industrial somente
artesanal. No caso de um brinquedo, o
importante era saber confeccioná-lo
dominando todas as etapas de sua
elaboração. Diferente da sociedade atual, na qual não há interesse em saber como
elabora-se algo. É mais importante ser dependente do dinheiro para comprar tudo
pronto nas lojas. Estamos na era em que é mais valorizado o resultado final do que
o processo de elaboração; é mais importante consumir ou ter algo do que relacionar-
se com as pessoas. Comprar ou confeccionar são costumes e tradições que podem
perpetuar-se durante anos dentro de uma sociedade, mas também podem ser
modificados. Para saber o que se quer e o que
precisa ser valorizado, é necessário entender a
História, ela pode antecipar quais as
conseqüências das intenções.
Quer um exemplo? O tipo de organização
social da época colonial permitiu que índios
fossem aculturados quando escravizados pelos
colonos junto com os negros e dizimados pelos
bandeirantes a pedido dos senhores de engenho, grandes pecuaristas e autoridades
do governo (COTRIM, 1999). Entre os anos de 1531 a 1855, 4.009.400 negros
foram comprados em diferentes partes da África e vendidos no Brasil. mostra que,
Aculturação: significa adaptação do sujeito a uma cultura diferente geralmente obedecendo ou dependendo da nova cultura. (FERREIRA, 1999)
Comunidade: é um grupo ou uma coletividade onde as pessoas se conhecem, tratam-se pelo primeiro nome, possuem contatos cotidianos cara a cara, compartilham os mesmo sentimentos e idéias e possuem um destino comum. CHAUÍ (1996)
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em 1500, o total de índios que habitavam o território brasileiro era de 6 milhões e
hoje mal ultrapassa os 220 mil. (IBGE, 2000)
Estamos falando de tortura e de venda de seres humanos como se fosse
mercadoria. Vender um ser humano não é uma contradição? Aqui podemos
observar outra intenção bem clara. Era muito lucrativo não pagar pelo trabalho
pesado, como plantar, colher, cuidar do gado, cuidar da casa, limpar, engomar e
lavar, por exemplo. Se antes o homem dominou a natureza, agora o homem estava
dominando o outro homem, por isso era um trabalho escravo. Mas o negro cansou
de ser dominado, explorado e castigado pelos portugueses e transformou seu corpo
em instrumento de combate. Contudo, usou da dança como disfarce para que
ninguém percebesse que estavam preparando-se para a luta contra os “seus
donos”. Por isso, a capoeira é considerada uma luta. Esse período da história é
conhecido como Brasil Colônia. E hoje, o homem não é vendido?
O branco europeu aprendeu com o índio muita coisa lucrativa, por exemplo, a
extrair látex (borracha) da seringueira. Os seringueiros faziam solas de borracha
para protegerem seus pés, a mesma borracha que protege os pés e amortece as
articulações, principalmente, as da coluna pelos impactos provocados durante
corrida ou saltos. E hoje, como anda o mercado de trabalho? Existe algum tipo de
exploração do homem sobre o homem? O que significa as logomarcas anunciadas
por jogadores? Existe exploração do trabalho de atletas? Qual é a relação entre um
atleta e os clubes de futebol?
Quando assistimos a uma partida de
futebol vemos o campo repleto de logomarcas.
Que mensagem está sendo transmitida? A
linguagem não verbal inclui as imagens, os
sinais, as artes plásticas (veja figura), os gestos,
as cores etc. Qual intenção desta imagem? Os
sinais do juiz durante o jogo de futebol, o apito, o
cartão que o juiz mostra para os jogadores são
exemplos de linguagem não verbal, pois não precisam de palavras – escritas ou
faladas – para transmitir uma mensagem aos jogadores. Mas para isso, todos os
Figura em grafite: Cultura Expulsa (2008)
Acervo pessoal
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jogadores, juiz e torcedores precisam conhecer os significados e intenções desses
gestos ou sinais.
Vamos voltar às lutas. Aproximadamente, há 2 mil anos, os homens tinham
que desenvolver técnicas pessoais de luta e inventar armas para sobrevivência e
para defenderem-se de inimigos e até de animais selvagens. O curioso é que hoje
muitas lutas deixaram de ser uma forma de sobrevivência e vêm tornando-se
esporte. Existem atividades de combate (artes marciais) que também fazem o
mesmo caminho de esportização (tornar-se esporte), dentre elas estão o judô e o
karatê (japonesas), o tae-kwon-do (coreana), o kung fu e o tai chi chuan (chinesas),
o huka-huka (indígena). Que significados culturais existem por trás dessas
atividades?
Se antes a capoeira era praticada somente por
negros, hoje muitas pessoas a praticam. Mas qual a
intenção de se praticar essa atividade hoje? Competição?
Combate? Saúde? Entender e preservar a cultura afro-
brasileira? Qual o motivo esta importação cultural e
esportiva?
E você de onde veio? Existiu a preservação de
algum costume? Muitas famílias deixaram-se influenciar
por outras culturas e hoje não sabem de onde vieram e
quais eram as tradições de seus ancestrais. A próxima
atividade sugere uma pesquisa.
ATIVIDADE: PESQUISA EM EDUCAÇÃO FÍSICA.
Reúna sua família; preencha a ficha de pesquisa. Depois comente com os demais o
resultado. No entanto, saiba antes o que aconteceu na História nessa época. Trouxemos
vários estudiosos para coversarem conosco.
O encarecimento e dificuldade em adquirir escravos negros para lidarem com a terra
foi “solucionado” pelo governo imperial através de estímulos e instalação dos colonos
estrangeiros ou imigrantes para viver em colônias. A situação higiênica das colônias era
péssima, havia freqüentes epidemias e somente lhes era garantido moradia e alimentação.
A partir do momento em que o colono estabelecia-se no seu lote e com sua casa provisória, cessava a alimentação por parte do governo. Nessa época, o colono passou a receber uma quantia em dinheiro para compra de sementes
Figura em grafite:
Aculturação (2008) Acervo pessoal
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e equipamentos para seu trabalho. No período posterior ao plantio até o início da colheita, o imigrante realizava tarefas a serviço do governo, como a construção de estradas. Todos esses incentivos e benfeitorias do governo não ficavam de graça ao imigrante, pois ele ficava obrigado a pagar em prestações ou com serviços o valor correspondente aos gastos da viagem e de sua instalação na colônia. Com o tempo, o governo, visando à aculturação desses colonos, deixa-os à própria sorte, para dessa forma organizarem sua vida social, religiosa e recreativa. (BRAZ, 2000)
Além dos índios, africanos e portugueses, imigraram para o Brasil: judeus, alemães,
árabes, italianos, japoneses. Calcula-se que 3,5 milhões de estrangeiros, entre 1890 a 1930,
vieram ao Brasil em busca de melhores
oportunidades de trabalho ou fugindo dos conflitos de
seus países de origem, com total apoio de nosso
governo. Deste, 33% eram italianos, 29%
portugueses, 15% espanhóis e os demais divididos
entre alemães, japoneses, russos, sírio-libaneses,
lituanos, austríacos. Só a cidade de São Paulo
recebeu 57% de toda imigração e isso aumentou a
oferta de trabalhadores, ou seja, diminuiu a vaga no
emprego e reduziu os salários agrícolas. Esses
imigrantes foram obrigados a buscar em outras
cidades nova oportunidade de trabalho.
O norte do Paraná foi ocupado pelos
migrantes plantadores de café, a partir de 1860.
Surgiram cidades, como: Jacarezinho (1900),
Cambará (1904), Bandeirantes (1921) e Cornélio
Procópio (1924). Com passar do tempo Companhias
de colonização também começaram a negociar as
terras paranaenses. Paulistas, mineiros, nordestinos,
japoneses também instalaram-se ao norte. O norte do
Paraná foi colonizado de forma distinta do sul, do
leste e do oeste, gerando costumes e culturas diferentes. Por que existem diferentes
sotaques das regiões paranaenses. Por que será que há paranaenses torcendo por times do
estado de São Paulo (palmeirenses, são paulinos, e corintianos)?
E os índios paranaenses? Os legítimos donos deste território eram os indígenas. A
população dos índios paranaenses é pré-cabralina (anterior à expedição de Cabral), são
consideradas as principais: as PROTO-TUPI - Família Tupi-Guarani; e as MACRO-JÊ -
Família Jê. O fato de Portugal e Espanha terem distribuído entre eles as terras brasileiras,
Ficha de Pesquisa de Educação Física data: __/__/___.
Objetivo: saber qual a origem familiar.
Nome e idade: Indique o local de nascimento:
1) Paterno: a) Tataravôs: b) Bisavôs: c) Avôs: d) Pai:
2) Materno: a) Tataravôs: b) Bisavôs: c) Avôs: d) Mãe:
3) Jogos que eles brincavam?
Observações:
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não significou que tivessem tornado seus donos definitivos. Houve então várias disputas e
batalhas, entre os índios e os colonizadores
europeus, sendo que o indígena estava apenas
defendendo seu território e família.
Será que nossos bisavôs foram construtores
de estradas? Com tanto trabalho a fazer será que
sobrava tempo para brincar e ensinar as crianças a
brincarem? Qual a sua experiência com a cultura
indígena?
Cabe lembrar que, além da ginástica e
esporte, a Educação Física também foi
divertimento dentro da escola. Os alunos vinham para recrear-se tal qual quando
reunimos um grupo de amigos para jogar uma pelada no quintal de casa.
Recreação nas aulas pode parecer uma situação muito interessante num primeiro
momento, todavia vamos analisar o que foi discutido até aqui. Com tanto coisa por
trás da cultura corporal, é justo ir à escola e não saber sobre esses assuntos?
É o papel da escola revelar a História sobre a cultura corporal? Se não for na
escola onde será? Sempre tivemos escolas? As escolas sempre foram para todos?
Quem faz a cultura corporal? Quem tem interesse que nada se saiba sobre a nossa
história?
A PETECA ENTRA EM CENA
Um passeio pela história pode revelar que os índios vieram da Ásia por meio
do estreito de Bering (vamos procurar no mapa? Peça ajuda ao seu professor de
geografia) e, antes da chegada dos portugueses, as crianças indígenas já divertiam-
se:
[...] em jogos imitando figuras e vozes de animais como: os jogos do jacami, do gavião, peixe pacu, jaguar. O jogo de peteca era bastante apreciado, inclusive pelos adultos, sendo confeccionada com palha de milho e enfeitadas com penas de aves. BERNARDES (2006, p. 548)
Será que a pesquisa revelou algum descendente que sabe confeccionar uma
peteca? Quer aprender a fazer uma peteca? Siga as instruções e cores da próxima
figura. Como se joga? Isso! Rebatendo com a palma da mão. Se desejar busque as
regras oficiais do jogo.
Figura em grafite: Peteca do Avô (2008)
Acervo pessoal
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ATIVIDADE: NÃO DEIXE A PETECA CAIR.
Vamos à quadra de voleibol.
Estenda a rede e use aquela peteca
que construímos anteriormente.
Imagine que somos uma
comunidade indígena com conflito
entre duas classes. Uma classe é
resistente ao processo de
aculturação e entende a importância
de manter-se a tradição. A outra
classe acha estranho fabricar o
próprio brinquedo e prefere comprar
tudo pronto a preservar sua própria
cultura. A peteca irá representar a cultura dessa comunidade. O objetivo do jogo é não
deixar a peteca cair, quer dizer a “cultura cair”. O jogo acontecerá utilizando o sistema de
pontuação do voleibol, mas com uma diferença. Não haverá contagem de pontos no placar.
A classe que cometer um erro perde um membro da sua equipe que deverá permanecer,
provisoriamente, dentro do espaço da comunidade contrária, sem a permissão de
movimentar-se ou jogar. A classe que fizer três pontos seguidos conquista definitivamente o
membro provisório, que passará ser atuante na conquista de sua nova classe. Ah! Todo jogo
merece ser debatido, principalmente se as regras estiverem impossibilitando a participação
de todos. Assim, reflita se as regras contemplam todos os participantes. Caso contrário
indique quais regras precisam ser modificadas.
Não só a capoeira foi esportivizada. Nos jogos da V Olimpíada realizada na
Antuérpia (Bélgica), em 1920, pela primeira vez os brasileiros participavam de uma
Olimpíada e levaram petecas para aquecimento. Outros países mostraram-se
interessados por essa prática. Inevitavelmente, essa brincadeira transformou-se em
esporte, em Belo Horizonte, na década de 1940. “O esporte da peteca foi oficializado
na Segunda Sessão do Plenário do Conselho Nacional de Desporto - CND,
conforme Deliberação n° 15/85 de 17/09/85, em Brasília”. (FEMPE, 2005)
A partir daí, a peteca recebeu uma influência enorme da indústria cultural,
aquela que desperta, cada vez mais, nosso desejo por comprar tudo pronto ou
comprar coisas que nem temos necessidade de possuir. Aquela que sobrevive do
lazer ou venda de brinquedos prontos, por exemplo. Aquela que nos induz a
Foto: Faça sua Peteca (2008)
Acervo pessoal
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comprar algo novo mesmo quando, o anterior, está em bom estado de uso. Como
conseqüências, nós acostumaram comprar tudo o que desejamos e nem sempre
necessitamos. Podemos chegar ao ponto de perder a vontade de fazer parte da
história de nossa própria cultura.
ATIVIDADE: QUAL SEU PAPEL?
Para ficar mais claro sobre o que seja indústria cultural vamos entender o
processo de industrialização das coisas ou das mercadorias. A peteca pode ser
comprada em lojas de artigos esportivos, principalmente se for própria para prática
do esporte (badminton ou peteca). Ela é uma mercadoria, por isso segue a mesma
lógica que todas as demais mercadorias ou coisas que estão sendo vendidas no
comércio. Vamos à pesquisa. Acesse o vídeo “História das Coisas” de Annie
Leonard (2001?) para entender como esse comércio funciona. Acesse
http://sununga.com.br/HDC/index.php?topico=display e assista a um vídeo de 20
minutos, compare qual é seu o papel na vida real da história das coisas. Lembre-se
de comentar com os demais o seu entendimento.
A indústria cultural acaba invertendo o processo de pertinência. A condição de
pertencer a algum lugar ou sociedade está relacionada a participar da história dessa
sociedade. Para se ter uma idéia a indústria cultural nos induz a comprar ou
consumir coisas que nem necessitamos dando a sensação de que para pertencer a
essa sociedade é preciso consumir, não importa o que ou mesmo que você não
esteja convencido que isso seja o melhor. Se os índios participam dos costumes e
tradições desde crianças provavelmente não foi porque uma indústria induziu que
assim o fizessem. Será que ser mero consumidor de coisas é o mesmo que fazer
história?
Será que os jogos indígenas também estão sendo influenciados pela indústria
cultural? A primeira edição dos jogos ocorreu em Goiânia (1996), com a presença de
25 etnias e mais de 400 participantes. Os II Jogos foram realizados na cidade de
Guaira, no Paraná (1999) e teve a participação de 31 etnias e mais de 600 atletas.
Hoje cerca de 1100 atletas de 62 etnias praticam esportes indígenas e outros da
cultura dos não-índios, bem como danças e rituais de suas culturas ao numeroso
público. Quais serão as modalidades que eles praticam nos jogos? Será que
conhece mos todas elas? Vamos à outra pesquisa.
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ATIVIDADE: QUAL SEU PAPEL?
Acesse o site http://www.funai.gov.br/indios/jogos/novas_modalidades.htm e
descubra quais modalidades e a forma de se jogar de cada uma delas. A peteca
estaria presente? Após identificar as modalidades, acesse
http://www.funai.gov.br/indios/jogos/1o_jogos/fotos_1jogos.htm e observe as fotos
das competições. Será que o futebol é jogado com a bola de látex confeccionada
pelo índio? Será que as lanças usadas nas competições são compradas em lojas?
Será esse o objetivo dos jogos?
O BADMINTON
Outra atividade com peteca? Você já teve oportunidade de observar uma
apresentação de badminton? Vamos conhecer um pouco mais sobre o assunto?
Identifique algumas regras básicas no texto abaixo.
Praticado principalmente pelas crianças na Grécia Antiga, o jogo era
tamborete e peteca (battledore and shuttlecock, em inglês). A peteca era rebatida
com objetivo de não deixá-la cair no chão. O badminton moderno veio da Índia, na
Idade Média. Muito tempo depois, por volta de 1870, oficiais do exército britânico
que ocupavam esse país e praticavam uma variante da modalidade levaram-no para
a Europa. Logo ficou popular entre os camponeses que começaram a jogá-lo e o
esporte ficou conhecido por poona.
A versão atual utiliza raquete para rebater a peteca, sobre uma rede, que
divide a quadra. Passou a chamar-se badminton em 1850; estreou como esporte de
demonstração nos Jogos Olímpicos de 1974 (Munique) e de 1988 (Seul). Desde
1992 (Barcelona) é considerado esporte olímpico. Pode ser praticado
individualmente ou em duplas. (SESCSP, 2008)
Estamos falando de um esporte que utiliza uma raquete parecida com a de
tênis de campo, porém mais leve. Tem regras parecidas com as do voleibol. E o que
há de curioso é que muitos não conhecem o segundo esporte mais praticado no
mundo. Esta atividade surgiu há mais de dois mil anos e é popular nos países
asiáticos. Isso mesmo, nós estamos falando de um esporte muito popular na China,
Paquistão, Índia, Indonésia, por exemplo. Contudo é pouco conhecido por aqui, no
Brasil. Nesses países, para ser uma atividade popular e que todos apreciam, não
19
precisa ser jogada com bola. Ao invés de bola, é usada uma peteca menor e mais
leve do que aquela em que os índios confeccionam. Você Já aprendeu a fazer a
sua?
O BADMINTON NO BRASIL
O badminton começou a ser praticado em clubes
paulistas por imigrantes asiáticos, diferente do futebol, que
veio com Charles Miller (1894), quando o mesmo estudava
na Inglaterra. Ao retornar ao Brasil, ele trouxe o
equipamento necessário para praticar com seus amigos;
logo alguns campeonatos foram organizados em 1902.
Somente patrões tinham horas de lazer, na época do Brasil
República.
Por não terem condições de participar de eventos de futebol, aos
trabalhadores restava a luta pela melhoria de suas condições de trabalho. Nesta
época, homens, mulheres e crianças trabalhavam 15 horas diárias cada um e a luta
era para diminuir para 8 horas. Ocorreram muitas reivindicações e greves (a primeira
em 1917) e somente em 1934 os direitos básicos trabalhistas ficaram garantidos na
Constituição do Brasil. O futebol caiu nas graças do trabalhador, também com a
“ajuda” do governo - essa história está no Livro Didático Público do Ensino Médio,
contada por Santos e Cássias (2006). Vale a pena conferir.
O que observa-se hoje, no Brasil, é o Dia do Trabalhador (1º Maio), sendo
comemorado com vários campeonatos de futebol e as crianças indo à escola. E hoje
existem crianças trabalhando? Quem trabalha para sustentar a família? Quantas
horas de trabalho são feita por dia? O que a leis (regra da sociedade) diz a esse
respeito?
Os tipos de trabalhos que conhecemos é uma invenção do homem, tal qual, a
cultura corporal (danças, lutas, jogos e brincadeiras e esportes) que são estudadas
na escola. Os homens já trabalharam para sua sobrevivência, escravizados por
outros homens, recebendo ou não salário. Se hoje existem máquinas que fazem o
trabalho pesado pelo homem, elas também tiram a oportunidade do homem
conhecer todo o processo de produção de uma mercadoria, pois a máquina faz uma
Foto: Peteca Indígena
(2008) Acervo pessoal
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parte ou todo o processo. Além do mais garantem dinheiro mais facilmente que,
infelizmente, não é distribuído igualmente para todos que trabalharam no processo.
ATIVIDADE: VOCÊ É O ARTESÃO
Veja, do lado direito da figura, logo
abaixo do (A) a raquete as petecas
especiais ou oficiais para o jogo. À
esquerda tem uma seqüência de
imagens (1, 2 e 3) para a
elaboração de um equipamento de
jogo. 1) material necessário: meia
fina, uma lata, uma saco plástico
pequeno, uma bolinha de
desodorante tipo rollon. 2) Para
fazer a peteca, coloque a bolinha
dentro do saco e dê um nó próximo
dela.3) Para fazer a raquete encape a lata com a meia e dê um nó bem próximo a lata. Está
pronto o material. As regras básicas do jogo você já conhece, são muito parecidas como o
ping-pong: uma rede (pode ser a de voleibol) separando os jogadores, o objetivo é rebater a
peteca diretamente para o adversário sem deixá-la cair. Para saber de mais regras é
necessário fazer uma pesquisa para depois adaptá-las a um torneio. Que tal?
Com o passar dos anos, vão surgindo e desaparecendo várias profissões,
quer um exemplo? Já que falamos em esportização dos elementos da cultura
corporal. Para um torcedor vestir a camisa do time precisa que alguém a
confeccione. Esse processo de costurar pode ser feito por uma costureira ou, em
seu lugar, máquinas farão o trabalho. Já teve oportunidade de visitar uma grande
fábrica de confecção de material esportivo? Sabe como são as condições de
trabalho ali?
ATIVIDADE: VOCÊ É O ATOR
Quais são as profissões que envolvem os esportes? São vários: repórter, atletas,
árbitro, zelador, médico, professor, produtor de materiais esportivos, desenhista. Lembrou
de mais algum?
Foto: Faça seu badminton (2008)
Acervo pessoal
21
Bom, a brincadeira é o seguinte: você deve representar por meio de gestos uma
profissão. Não vale emitir sons, nem utilizar de materiais alternativos. Somente pode-se
comunicar com o corpo. Os demais deverão adivinhar qual profissão foi escolhida por você.
Quer deixar a brincadeira mais difícil? Valem profissões referentes à dança, aos
jogos e brincadeiras, às lutas e à ginástica. Que tal?
O que discutimos até o presente momento, neste texto, foi entender a
Educação Física como um todo e salientar alguns motivos que nos levam e ser
como somos. Separamos as atividades e aprendemos um pouco da história delas.
Entendemos o significado que elas recebem em seus momentos históricos.
Desde o início desta nossa reflexão, fizemos uma relação de como o homem
vem usando seu corpo, desde a Pré-História até os dias atuais. Vimos que o modo
de organização da sociedade é que determina a cultura corporal de um povo, cheia
de incoerências. Vimos que se não compreendermos o passado não saberemos de
onde viemos. Analisando o passado do futebol e do processo de aculturação que a
peteca sofreu, fica mais fácil entender por que existem mais coisas entre a bola e a
peteca do que se pode imaginar.
E é por meio da nossa História que podemos dizer para onde estamos indo,
porque a intenção de nossas ações é que nos conduzem para o futuro. Se hoje
somos o que somos é porque temos um passado. Hoje somos consumidores e
dominadores do próprio homem. Enfim, perguntamos: É assim que desejamos viver
hoje e no futuro? É esse o futuro que queremos para nossos filhos? É possível ser
diferente? Que tipo de sociedade queremos? Como pode ser uma sociedade
diferente?
E então, hoje vai ter outra vez jogo de bola... ou de peteca?
ATIVIDADE: VOCÊ ENTRA EM AÇÃO
Para pôr à prova estes conhecimentos apresentados, sugerimos uma síntese em
forma de paródia. A paródia é geralmente despojada e quase sempre com sentidos
diferentes da obra original. É uma adaptação a um novo contexto. É uma imitação cômica
de uma composição literária. Escolha um trecho de uma música conhecida por todos e fácil
de cantar. Sugerimos a música mostrada no início deste Folhas: É uma Partida de Futebol.
Use as palavras chaves: peteca, futebol, intenção, história e aculturação. Mãos à obra!
ATIVIDADE: VOCÊ ENTRA EM AÇÃO MAIS UMA VEZ
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No decorrer do texto, vimos vários desenhos feito no grafite que continha uma
mensagem. Agora você é o artista que vai comunicar-se com os seus colegas por meio de
um desenho. Para nos comunicar, precisamos pensar em: quem comunica, para quem, o
que comunica, por que comunica e como. Use uma passagem do texto que lhe chamou a
atenção e entre em ação.
Tabela Cronológica Encontre no texto acima palavras em verde e localize nessa tabela o período histórico mundial e brasileiro correspondente. Período: Mundial Brasileiro
Idad
e C
onte
mpo
râne
a 17
89 a
té H
oje
Século XX (1900-2000)
Brasil Contemporâneo (1985 em diante) Regime Militar (1964-1985) Democrático (1946-1964) Era Vargas (Governos)
- Ditatorial (1937-1945) - Constitucional (1934-1937) - Provisório (1930-1934)
Século XIX (1800-1900)
- 2ª Guerra mundial
(1939-1945)
- 1ª Guerra mundial (1914-1918)
Brasil República - Rep Oligárquica (civil: 1894-1930) - Rep. Espada (militar: 1889-1894) - Governo provisório (1889)
Imig
raçã
o eu
ropé
ia e
as
iátic
a
Brasil Império (1822 a 1889) - Independência do Brasil 7 de setembro de 1822 (Monarquia)
Esc
ravi
dão
dos
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os e
neg
ros
Século XVIII (Revolução Industrial)
Bra
sil C
olôn
ia
(150
0 –
1822
) Tr
ansi
ção
Feud
alis
mo
ao C
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lism
o - Sociedade mineradora - Sociedade açucareira - Expansão territorial - Portugal toma posse do Brasil (1500) Id
ade
Mod
erna
14
53 a
té 1
789
(336
ano
s)
Século XVII (1789 – Revolução
Francesa) Século XVI (1500-1600)
Século XV Início navegação portuguesa
Id.
Méd
ia
476
até
14
53 (9
77
anos
) Baixa Idade Média
Média Plena
Brasil Pré-Colonial (até 1500)
(habitados por índios brasileiros)
Média Tardia
Alta Idade Média
Id.
Ant
iga
± 4.
000
a. C
. at
é 47
6 d.
C.
(± 4
476
anos
)
Antiguidade Tardia
Antiguidade Clássica
Pré-história Baseado em Cotrim (1999)
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REFERÊNCIAS
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PARECERES DOS VALIDADORES
DISCIPLINA FOLHAS – EDUCAÇÃO FÍSICA: ROBERTA VILAS BOAS
RG: 6708960-0 CPF: 004521109-47 Parecer: ( x ) Favorável ( ) Desfavorável O Folhas intitulado OUTRA VEZ “JOGAR BOLA...OU PETECA?"
apresentado pela professora Denise Pirolo, possui coerência entre os conceitos e a relação interdisciplinar proposta.
As informações são atualizadas, claras e concisas de acordo com o proposto nos objetivos.
O trabalho desenvolvido remete a um problema que desperta interesse, levando o aluno a buscar soluções através da pesquisa.
Vale ressaltar, que a contextualização histórica abordada, contempla o processo de transformação sofrida pela Educação Física com propriedade.
O texto apresenta coerência entre o referencial teórico e os conceitos desenvolvidos, propondo uma análise crítica do conteúdo e clareza nas atividades propostas.
Ressalto a validade do trabalho, uma vez que foi realizado um trabalho semelhante nas 6ªs séries do ensino fundamental, no qual os alunos apresentaram uma aula téorica e prática sobre o esporte Badminton, desenvolvendo a parte prática com petecas, raquetes improvisadas, redes e espaços improvisados.
Percebeu-se então, através deste Folhas, que é possível realizar um trabalho satisfatório e que promova interesse, criatividade e empolgação por parte dos alunos, quanto a participação e exploração do meio com esta prática esportiva. Levando o aluno a refletir com criticidade, sobre as inúmeras possibilidades que as aulas de Educação Física podem oferecer e não simplesmente JOGAR BOLA.
Maringá, 12 de dezembro de 2008.
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PARECERES DOS VALIDADORES
DISCIPLINA 1 - HISTÓRIA: MARIO BOGONI
Parecer: ( x ) Favorável ( ) Desfavorável Antes de tudo, gostaria aqui de expor meu parecer em relação ao convite feito pela professora Denise Pirolo, companheira de trabalho na Escola estadual Tomas Edison em Maringá.
Este convite de analisar seu trabalho dentro dos critérios do folhas, deixou-me inicialmente preocupado, pois seria um compromisso serio para coma a formação e finalização deste trabalho, porém tendo em mente uma futura participação minha nos próximos PDEs, decidi levar adiante este compromisso.
Conhecendo o trabalho da professora Denise em nosso colégio, posso dizer que; por ele ser sério e participativo, contribuindo para a realização de momentos importantes da pedagogia da escola, foi um dos principais motivos que me levou a contribuir para analisar seu trabalho do: FOLHAS.
Fica desnecessário aqui citar os trabalhos em sala, gincanas, festas escolares, datas comemorativas desta professora, isto por que quem a conhece já reconhece o seu valor e compromisso com seu trabalho.
Agradeço, portanto, a oportunidade de contribuir para com este trabalho e espero poder analisá-lo da melhor forma possível.
Obrigado Denise por este convite.
Didaticamente o trabalho do: FOLHAS, intitulado ‘’JOGAR BOLA OUTRA VEZ... OU PETECA?”, vem ao encontro a o que pensamos quando aluno em relação a disciplina de Educação Física. Esta visão superficial que leva em consideração apenas o “jogar bola”, em minha opinião tem dois motivos: o primeiro, que faz parte da idade escolar da criança que vê a disciplina mais como um lazer do que como uma formadora de caráter, mentalidade e atitude do individuo dentro de uma sociedade, é justificado pela idéia de “brincar”, “extravasar”, etc.
Por outro lado, em segundo lugar, pode perdurar por falha dos professores que muitas vezes desmotivados por motivos profissionais, tais como salário, falta de materiais, falta de estrutura física nas escolas, acabam por contribuir para a visão de “apenas jogar bola”...
Vejo em seu trabalho neste, FOLHAS, justamente a preocupação de desmistificar esta idéia de “apenas jogar bola”, pois há neste trabalho a idéia de mostrar a importância do esporte não apenas como um jogo, mas sim como formador do ser humano, do corpo saudável, da importância de todas as práticas esportivas, sejam elas profissionais ou apenas para o lazer e saúde do ser humano.
Outro ponto importante que este trabalho transmite para o seu “aluno”, em minha opinião com uma linguagem adequada ao aluno seja este de 5 a 8 series, é o de fazê-lo compreender socialmente como o esporte está ligado a economia do país e do mundo e ao mundo do trabalho, ao escrever sobre as dificuldades profissionais que devido a interesses econômicos podem prejudicar ou favorecer determinados tipos de relações sociais. Na verdade, consegue mostra todas essas dimensões quando mostra como é toda a educação física.
Por outro lado fica muito claro sua preocupação de valorizar as atividades culturais dos antepassados de nosso país, mostrando as origens de muitos dos esportes atuais, seja nas ginásticas como nas danças culturais, sejam nos jogos e brincadeiras ou ainda nos treinamentos de lutas dos escravos que apresentavam-se como danças para seus senhores.
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Ao mostrar que estas danças, os gestos, ginásticas, etc., são formas de linguagem, este trabalho possibilita a formação do aluno para compreender questões culturais de nosso povo, tais como a capoeira, a música, a dança, os treinamentos e cores que demonstram a linguagem da guerra ou da paz. Mostra, também, a cultura como linguagem não verbal que reproduz a sociedade que aí está.
Didaticamente, este trabalho, proporciona ao aluno a disciplina e o respeito às regras, ao mostrar a organização das confederações desportivas dos vários esportes que servem como unificadores entre os diferentes povos e culturas.
Dentro deste linguajar simples aos alunos, este trabalho resgata os valores, as regras, quebra fronteiras, mostra os interesses econômicos, proporciona a aceitação de novas idéias, mostra que não uma verdade absoluta, diferencia os sentidos das danças indígenas em relação a “pagar ingressos’ PARA UM ESPETÁCULO DE BALÉ.
Muito importante neste trabalho são as tabelas cronológicas que possibilita aos alunos compreender: tempo, espaço, povos de culturas diferentes, compreensão dos períodos históricos e os principais acontecimentos que marcaram a divisão destes períodos. Demonstra que muitos acontecimentos, seja no Brasil ou no mundo, modificaram comportamentos, influenciaram desde as brincadeiras infantis aos esportes profissionais ou populares, como por exemplo, a revolução industrial que busca a disciplina, o corpo saudável e forte para o trabalho. As guerras, os governos ditatoriais (no Brasil de 64) e a idéia da “Ordem Unida”, nas escolas tendo em mente a obediência a Pátria mostram um modo de pensar dominante do estado que se utiliza da disciplina escolar.
Seu trabalho contribuirá em muito para a disciplina de história, pois permite ao aluno perder a idéia do simples jogar bola e passa a entender que as diferentes formas de esporte têm sua importância e estão relacionadas com o econômico, familiar, político e outras dimensões. Demonstra nossa história, ou seja o antes e o depois da chegada dos europeus, possibilitando ao aluno compreender de forma matemática os diferentes povos que imigraram para o Brasil e relaciona seus costumes, crenças, músicas, hábitos alimentares na formação do povo brasileiro (Pagina 08)..
De forma simples relaciona o levantamentos de dados familiares dos alunos (p 09), permitindo compreender as origens quantitativas da formação do nosso estado do Paraná, de nossa cidade e da região norte do Paraná, de mostrando as diferenças colonizadoras entre o norte, sul, leste e oeste de nosso estado.
Em seu trabalho utiliza o termo capitalismo de forma coerente e de forma simples, faz o aluno compreender a base deste sistema econômico e a relação do esporte dentro destes interesses capitalistas.
Seu objetivo em destacar o jogo da PETECA, a meu ver, quer mostrar que a modernidade industrial destruiu os laços familiares. Ao propor a confecção deste material PETECA de forma artesanal entre os alunos, seu trabalho resgata os valores familiares, companheirismo, amizade, e gosto de brincar e criar seu próprio “brinquedo de natal”. Fico a vontade para citar aqui uma frase de uma música do inesquecível Teixeirinha “ PAPAI NOEL ONDE ESTÁ MEU PRESENTINHO, SOU CRIANÇA POBREZINHA QUE NÃO CANSA DE ESPERAR ... O FILHO DO RICO BRINCANDO E EU AQUI A ESPERAR...”. Esta música demonstra o espírito capitalista e a destruição da solidariedade humana. Ao resgatar as origens dos jogos e brincadeiras de PETECA, até esta se tornar uma modalidade desportiva nos jogos Olímpicos de Munique em 1974, seu trabalho insere os alunos e suas praticas, como “agentes” históricos participativos.
Seu trabalho possibilita o ir e vir no tempo histórico, relaciona povos e culturas diferentes e possibilita ao aluno compreender o verdadeiro sentido da globalização e mais importante que isto, cria um ser humano mais humano, solidário, compreensivo e capaz de se ver como participativo na criação de sua sociedade local, de seu país e do mundo., compreendendo
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que jogar bola não é apenas jogar bola, mas sim jogar a peteca, a compreensão de um mundo globalizado.
Pois, talvez existam mais coisas entre a bola e a peteca do que podemos imaginar tais como a mídia, interesses econômicos, solidariedade, capitalismo, egoísmo, participativo, povos e culturas, interação, linguagem gestual, corporal, organização (regras) história, localizações geográfica, e matemática (imigração), índios, europeus, negros, raças (dominadores e dominados), família, bairros, cidades, países...
A linguagem, palavras, gravuras, tabelas cronológicas são de fácil compreensão, adequadas a alunos de quinta a oitava series, sendo interdisciplinares ( tabelas cronológicas) com a disciplina de história.
O texto não apresenta sentido preconceituoso, demonstra e valoriza a contribuição dos diferentes povos, indígenas, negros e europeus, e por outro lado mostra de forma matemática que o grande número de povos indígenas em relação aos europeus e sua dominação só foi possível devido a superioridade das armas européias.
Destacam em negritas palavras chaves, tais como: luta, dança ginástica, esporte, jogos e brincadeiras, e ao longo do texto as utiliza de forma a dar sentido a idéia transmitida neste trabalho relacionando a economia ao lazer, ao trabalho, as formas de governo, aos povos imigrantes, e aos povos nativos e seus costumes/ tradições.
A tabela cronológica do período brasileiro e mundial é simples e condiz com interdisciplinaridade e os fatos dentro da disciplina de história.
As referências bibliográficas estão relacionadas ao que esta exposta neste trabalho, demonstrando a meu ver o trabalho de leitura e pesquisas empreendido de forma serie e coerente necessárias para a realização deste trabalho do FOLHAS.
A viabilidade deste trabalho na escola, a meu ver pode ser posto em pratica com materiais simples, materiais recicláveis. A criatividade e compreensão dos alunos aos critérios da disciplina poderão ser alcançadas de forma prazerosa, modificando o modo de pensar e agir dos alunos, solidarizando-os entre si.
Podem ainda envolver de forma interdisciplinar, outros professores, os demais funcionários da escola e a comunidade local.
Com um bom trabalho poderão ser selecionados alunos que dêem continuidade ao trabalho na escola, como por exemplo, dança, música grupos teatrais, monitores de alunos de séries mais avançadas que possam transmitir aos alunos de primeira a quarta séries, através de brincadeiras e confecções de materiais pedagógicos.
Todos estes trabalhos contribuirão para um bom relacionamento entre os diferentes setores envolvidos no processo de ensino e aprendizagem escolar
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PARECERES DOS VALIDADORES
DISCIPLINA 2 - PORTUGUÊS: ILDA QUAGLIA
RG: 4.153.927-5 CPF: 595.700.329-87 Parecer: ( x ) Favorável ( ) Desfavorável
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INTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR – REGINA TAAM
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CONTRATOS
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ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
CONTRATO DE CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Pelo presente instrumento particular, de um lado Denise Pirolo, brasileira, solteira, professora, CPF nº 517.861.179-91, Cédula de Identidade RG nº 3.374.257-6 residente e domiciliado à Avenida Cerro Azul, 1200 – apartamento 2202, na cidade de Maringá, Estado do Paraná, denominado CEDENTE, de outro lado a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, com sede na Avenida Água Verde, nº 2140, Vila Izabel, na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, inscrita no CNPJ sob nº 76.416.965/0001-21, neste ato representada por seu titular Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde, brasileira, portador(a) do CPF/MF nº 392820159-04, ou, no seu impedimento, pelo seu representante legal, doravante denominada simplesmente SEED, denominada CESSIONÁRIA, têm entre si, como justo e contratado, na melhor forma de direito, o seguinte:
Cláusula 1ª – O CEDENTE, titular dos direitos autorais do texto intitulado “JOGAR BOLA OUTRA VEZ... OU PETECA?”, cede, a título gratuito, à CESSIONÁRIA o direito de edição, reprodução, impressão, publicação e distribuição para fins específicos, educativos, técnicos e culturais, nos termos da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 – sem que isso implique em ônus à CESSIONÁRIA.
Cláusula 2ª – A CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar o texto ao qual se refere a cláusula 1.ª deste contrato em qualquer tipo de mídia - impressa, digital, audiovisual e web – que se fizer necessária para sua divulgação.
Cláusula 3ª – Com relação a mídias impressas, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar em tantas edições quantas se fizerem necessárias em qualquer número de exemplares, bem como a distribuir gratuitamente essas edições.
Cláusula 4ª – Com relação à publicação em meio digital, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar o texto em tantas cópias quantas se fizerem necessárias, bem como a reproduzir e distribuir gratuitamente essas cópias.
Cláusula 5ª - Com relação à publicação em meio audiovisual, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar o texto tantas vezes quantas se fizerem necessárias, seja em canais de rádio, televisão ou web.
Cláusula 6ª - Com relação à publicação na web, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar o texto tantas vezes quantas se fizerem necessárias, em arquivo para impressão, por escrito, em página web e em audiovisual.
Cláusula 7ª – O presente instrumento vigorará pelo prazo de 05 (cinco) anos contados da data de sua assinatura, ficando automaticamente renovado por igual período, salvo denúncia de quaisquer das partes, até 12 (doze) meses antes do seu vencimento.
Cláusula 8ª – O CEDENTE se compromete a comunicar à CESSIONÁRIA as alterações
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substanciais que fizer na obra, no prazo de 30 dias, ficando resguardado para a CESSIONÁRIA o direito de uso da obra original pelo prazo de 5 anos.
Cláusula 9ª – As partes poderão renunciar ao presente contrato nos casos em que as suas cláusulas não forem cumpridas, ensejando o direito de indenização pela parte prejudicada.
Cláusula 10ª – A CESSIONÁRIA garante a indicação de autoria em todas as publicações em que o texto em pauta for veiculado.
Cláusula 11ª – O CEDENTE poderá publicar o texto em outra(s) obra(s) e meio(s).
Cláusula 12ª – O CEDENTE declara que o texto em pauta é de sua exclusiva autoria com o que se responsabiliza por eventuais questionamentos judiciais ou extrajudiciais em decorrência de sua divulgação.
Cláusula 13ª – Fica eleito o foro de Curitiba, Paraná, para dirimir quaisquer dúvidas relativas ao cumprimento do presente contrato.
E por estarem em pleno acordo com o disposto neste instrumento particular a CESSIONÁRIA e o CEDENTE assinam o presente contrato.
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ESTADO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
CONTRATO DE CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Pelo presente instrumento particular, de um lado Denise Pirolo, brasileira, solteira, professora, CPF nº 517861179-91, Cédula de Identidade RG nº 3374257-6 residente e domiciliado à Avenida Cerro Azul, 1200 apartamento 2202, na cidade de Maringá, Estado, denominado CEDENTE, de outro lado a Secretaria de Estado da Educação do Paraná, com sede na Avenida Água Verde, nº 2140, Vila Izabel, na cidade de Curitiba, Estado do Paraná, inscrita no CNPJ sob nº 76.416.965/0001-21, neste ato representada por seu titular Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde, brasileiro(a), portador(a) do CPF/MF nº 392820159-04, ou, no seu impedimento, pelo seu representante legal, doravante denominada simplesmente SEED, denominada CESSIONÁRIA, têm entre si, como justo e contratado, na melhor forma de direito, o seguinte: Cláusula 1ª – O CEDENTE, titular dos direitos autorais das figuras em grafite (jogar bola?; cultura expulsa; ordem unida; aculturação; peteca do avô) e fotografias (ordem unida, faça sua peteca; peteca indígena; faça seu badminton), cede à CESSIONÁRIA, o direito de edição, reprodução, impressão, publicação e distribuição para fins específicos, educativos, técnicos e culturais, nos termos da Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998 - sem que isso implique em quaisquer ônus à CESSIONÁRIA. Cláusula 2ª – A CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a(o) figuras em grafite (jogar bola?; cultura expulsa; ordem unida; aculturação; peteca do avô) e fotografias (ordem unida, faça sua peteca; peteca indígena; faça seu badminton) à(ao) qual se refere a cláusula 1.ª deste contrato em qualquer tipo de mídia - impressa, digital, audiovisual e web – que se fizer necessária para sua divulgação. Cláusula 3ª – Com relação a mídias impressas, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar em tantas edições quantas se fizerem necessárias em qualquer número de exemplares, bem como a distribuir gratuitamente essas edições. Cláusula 4ª - Com relação à publicação em meio digital, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a(o) figuras em grafite (jogar bola?; cultura expulsa; ordem unida; aculturação; peteca do avô) e fotografias (ordem unida, faça sua peteca; peteca indígena; faça seu badminton) em tantas cópias quantas se fizerem necessárias, bem como a reproduzir e distribuir gratuitamente essas cópias. Cláusula 5ª - Com relação à publicação em meio audiovisual, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a(o) figuras em grafite (jogar bola?; cultura expulsa; ordem unida; aculturação; peteca do avô) e fotografias (ordem unida, faça sua peteca; peteca indígena; faça seu badminton) tantas vezes quantas se fizerem necessárias, seja em canais de rádio, televisão ou web. Cláusula 6ª - Com relação à publicação na web, a CESSIONÁRIA fica autorizada pelo CEDENTE a publicar a(o) figuras em grafite (jogar bola?; cultura expulsa; ordem unida; aculturação; peteca do avô) e fotografias (ordem unida, faça sua peteca; peteca indígena; faça seu badminton) tantas vezes quantas se fizerem necessárias, em arquivo para impressão, em audiovisual e em página web.
Cláusula 7ª – O presente instrumento vigorará pelo prazo de 05 (cinco) anos contados da
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data de sua assinatura, ficando automaticamente renovado por igual período, salvo denúncia de quaisquer das partes, até 12 (doze) meses antes do seu vencimento. Cláusula 8ª – O CEDENTE se compromete a comunicar à CESSIONÁRIA as alterações substanciais que fizer na obra no prazo de 30 dias, ficando resguardado para a CESSIONÁRIA o direito de uso da obra original pelo prazo de 5 anos. Cláusula 9ª – As partes poderão renunciar ao presente contrato nos casos em que as suas cláusulas não forem cumpridas, ensejando o direito de indenização pela parte prejudicada. Cláusula 10ª – A CESSIONÁRIA garante a indicação de autoria em todas as publicações em que a(o) figuras em grafite (jogar bola?; cultura expulsa; ordem unida; aculturação; peteca do avô) e fotografias (ordem unida, faça sua peteca; peteca indígena; faça seu badminton) for veiculada. Cláusula 11ª – O CEDENTE poderá publicar a(o) figuras em grafite (jogar bola?; cultura expulsa; ordem unida; aculturação; peteca do avô) e fotografias (ordem unida, faça sua peteca; peteca indígena; faça seu badminton) em outra(s) obra(s) e meio(s). Cláusula 12ª – O CEDENTE declara que a(o) figuras em grafite (jogar bola?; cultura expulsa; ordem unida; aculturação; peteca do avô) e fotografias (ordem unida, faça sua peteca; peteca indígena; faça seu badminton) em pauta é de sua exclusiva autoria com o que se responsabiliza por eventuais questionamentos judiciais ou extrajudiciais em decorrência de sua divulgação. Cláusula 13ª – Fica eleito o foro de Curitiba, Paraná, para dirimir quaisquer dúvidas relativas ao cumprimento do presente contrato.
E por estarem em pleno acordo com o disposto neste instrumento particular a CESSIONÁRIA e o CEDENTE assinam o presente contrato.
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