Curso Lideranca - M-II Teologia Biblica Da Edificacao Comunitaria (1)

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PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA DE CASA CAIADA CURSO DE TREINAMENTO PARA PRESBÍTEROS E DIÁCONOS Módulo II TEOLOGIA BÍBLICA DA EDIFICAÇÃO COMUNITÁRIA SUMÁRIO Bases bíblicas para a edificação comunitária. Modelos de edificação comunitária. Competências a serem Construídas Depois de realizar este estudo, você deverá ter construído as seguintes competências: Competência-chave: descrever e avaliar os diferentes modelos para a edificação comunitária. Competências-secundárias: 1 Conhecer as bases bíblicas para a edificação comunitária. 2 Descrever os modelos de edificação comunitária. EVANGELIZAÇÃO – ADORAÇÃO – COMUNHÃO – DISCIPULADO – SERVIÇO 1

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CURSO LIDERANÇA II.

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CURSO DE TREINAMENTO PARA PRESBTEROS E DICONOS

Primeira Igreja Presbiteriana de Casa Caiada

CURSO DE TREINAMENTO PARA PRESBTEROS E DICONOS

Mdulo IITEOLOGIA BBLICA DAEDIFICAO COMUNITRIASUMRIO

Bases bblicas para a edificao comunitria.Modelos de edificao comunitria.

Competncias a serem Construdas

Depois de realizar este estudo, voc dever ter construdo as seguintes competncias:

Competncia-chave: descrever e avaliar os diferentes modelos para a edificao comunitria.

Competncias-secundrias:

1Conhecer as bases bblicas para a edificao comunitria.2Descrever os modelos de edificao comunitria.IntroduoO tema da edificao da comunidade esteve sempre presente ao longo da Histria da Igreja Crist. As preocupaes nesse sentido focavam os aspectos do crescimento, do desenvolvimento e o da comunho da membresia. claro que houve nfases em alguns desses pontos e, em alguns momentos, crises e o desprezo pelas bases da Igreja.A Reforma Protestante um exemplo da preocupao com a edificao da comunidade. Nela, alm dos aspectos ligados redescoberta do Evangelho, ocorreu um movimento paralelo de renovao da vida comunitria, no qual foram criadas possibilidades de maior comunho e de formao e aprofundamento nos elementos essenciais da f.

Outro exemplo de preocupao com a edificao comunitria o movimento pietista dos sculos XVII e XVIII. Esse movimento atuou como contraponto a uma igreja fria e insensvel, demonstrando um destaque na converso e na santificao, ao mesmo tempo em que concebeu pequenas comunidades para experienciar a comunho. O metodismo, como ramificao do pietismo, tambm propiciou um enfoque comunitrio.A prpria Igreja Catlica, aqui na Amrica Latina, voltou sua ateno para a comunidade atravs das comunidades eclesiais de base CEBs. Atualmente, o assunto voltou cena devido ao interesse demonstrado pelo movimento evangelical. At como autocrtica, podemos afirmar que o movimento neopentecostal se configura como uma insatisfao com as igrejas tradicionais, revelando, inclusive, suas carncias.

Na verdade, faz parte da essncia da Igreja a constante preocupao com a sua edificao. Assim, a edificao da comunidade est envolvida com a concretizao e a vivncia da f nos ambientes interno e externo Igreja.1. Bases Bblicas para a Edificao ComunitriaA palavra edificao designa o ato de construir um edifcio, em seu sentido literal, ou, figurativamente, o desenvolvimento de uma pessoa ou de um grupo de pessoas. O que o NT faz, normalmente, us-la de forma quase sem distino, isto , apresenta a imagem concreta de uma construo ao mesmo tempo em que ela aplicada como metfora para a vida de pessoas ou de uma comunidade. Alm disso, na sua origem grega, a edificao, o edifcio ou o ato de construir (oikodom, oikodomein) trazem a raiz oikos, que significa casa. Assim, na linguagem bblica o termo:(1) No se refere apenas construo, mas ao grupo de pessoas que nela reside (At 11.14; At 16.15; I Co 1.16), ou a todo um povo (Mt 10.6; Mt 15.24).

(2) Refere-se ao santurio (Mt 23.38; Lc 11.51), como comunidade (Hb 3.1-6; Ef 2.19-22; I Tm 3.15; I Pe 4.17).

(3) Designa a casa espiritual onde cada crente incorporado como pedra viva (I Pe 2.5; Ef 2.22).

(4) Representa a construo fsica, mas tambm algo maior relativo vida das pessoas (Mt 7.24 e 26; Mt 16.18; Mt 26.61).

(5) Denota a atuao apostlica de Paulo em edificar a comunidade (II Co 10.8; II Co 13.10), ou como parbola (I Co 3.10...).

(6) Descreve o crescimento espiritual sob o domnio do Esprito de Deus, onde h uma relao do indivduo com a comunidade e dos diversos membros entre si (I Ts 5.11; Rm 14.19; Rm 15.2; I Co 14.26).

(7) Afirma que o profeta, como mensageiro autorizado de Deus, contribui na edificao da comunidade (I Co 14, 3, 4, 5, 12 e 17).

(8) Reflete a relao entre judeus e gentios, ambos edificados na casa de Deus (Ef 2.21-22; I Pe 2.5), sem acepo de pessoas.

Por outro lado, o termo edificao, empregado em relao comunidade ou pessoa individualmente, conduz a pelo menos s seguintes concluses:(1) A edificao da comunidade obra exclusiva de Deus: Ele d origem e a desenvolve (I Co 3.5-9).

Ele o nico proprietrio (I Co 3.9).

A comunidade a sua morada (Ef 2.22).

A comunidade santa e intocvel por ser propriedade de Deus (I Co 3.16...).

(2) Cristo atua na edificao: Como mestre de obra (Mt 16.18).

Como fundamento (I Co 3.11) e pedra angular (Ef 2.20).

Como novo templo onde Deus encontrado (Mc 14.58).

(3) O Esprito Santo habita na comunidade de Deus (I Co 3.16...; Ef 2.21...).(4) uma edificao extensiva e intensiva: uma edificao extensiva porque pessoas so convidadas a fazer parte da comunidade (I Co 14.23-25; Ef 2.19...; I Pe 2.4-8). uma edificao intensiva porque objetiva o crescimento das pessoas individual e comunitariamente (Ef 4.13-15; I Co 14.3).

(5) A comunidade canteiro de obras onde a edificao continua sendo realizada (I Co 3.10-12).(6) A edificao da comunidade se d mediante pessoas, atravs de um trabalho em equipe de diferentes ministrios (Ef 4.11-12; I Co 12.28).

(7) A edificao da comunidade se processa atravs do testemunho e do servio de cada crente, onde ningum tem a totalidade dos dons e ningum est sem dom algum (I Co 12.4...; Ef 4.7 e 11).(8) A edificao da comunidade ocorre, de forma privilegiada, no culto comunitrio, mas tambm no culto cotidiano (At 2.42-47; I Co 14; 12.1...; I Ts 5.11; Gl 6.10; Ef 4.16).

(9) A edificao da comunidade tem um marco final no seu cronograma de realizao: Todas as realizaes passam pela avaliao do Senhor da obra (Mt 25.14-30).

O servio de cada um ser verificado (I Co 3.13-15).2. Modelos de Edificao Comunitria

Os modelos ou as concepes de edificao de comunidade contemplam a compreenso do que comunidade, da sua tarefa e da elaborao de plano de ao para a sua organizao e estruturao de vida coletiva. O debate atual sobre a edificao comunitria surgiu da confrontao entre o movimento ecumnico, centrado no Conselho Mundial de Igrejas CMI, e o movimento evangelical, em torno do Pacto de Lausanne. Os diferentes modelos so descritos, sumariamente, a seguir.2.1 Modelo da Mordomia

2.1.1 DescrioSimplificadamente, o modelo da mordomia compreende as aes de motivar a membresia a administrar os seus talentos, os seus dons espirituais, o seu dinheiro e o seu tempo em favor da igreja, como mordomos responsveis. Na verdade, no modelo, no apenas essas coisas devem ser disponibilizadas, mas a totalidade da vida, compreendendo a mordomia como postura de vida, tanto pessoal como comunitria. Atravs do desenvolvimento de mtodos de ativao da vida comunitria, as pessoas so envolvidas com uma srie de atividades e de grupos.2.1.2 Comentrios

a. A mordomia, antes de ser um programa, uma idia, que apresenta uma compreenso da vida no sentido de servir. Ela coloca como padro Jesus Cristo, o mordomo por excelncia.b. A base bblica repousa na participao do crente na casa de Deus, a comunidade (I Tm 3.15), como pedra viva integrada (I Pe 2.5).

c. Como resultado da integrao construo, cada um deve participar como mordomo, que responde com fidelidade e criatividade (Lc 16.1-9; Lc 19.11-28) confiana nele depositada.

d. A aparente restrio da atuao do mordomo na comunidade pode conduzir compreenso de que s se mordomo no mbito da comunidade de f. Entretanto, uma dimenso global de mordomia nos leva a entender que todo ambiente de vida lugar de atuao do mordomo de Deus.

e. Entender a mordomia como o trinmio talento, dinheiro e tempo, e enfatizando o envolvimento e o agir, pode-se levar as pessoas ao legalismo.

f. A agenda positiva desse modelo reside em considerar a mordomia como dimenso total da vida, que colocada nas mos de Deus, ao mesmo tempo em que se encontrem espaos, dentro e fora da comunidade de f, para colocar-se em todas as dimenses a servio de Deus.2.2 Modelo Igreja para o Mundo

2.2.1 Descrio

Esse modelo, oriundo do movimento ecumnico do CMI, considera que a comunidade de f no deve visar, em primeiro lugar, a si mesma, mas deve estar voltada para as necessidades do mundo. A funo da Igreja estar a servio do mundo como colaboradora do shalom (paz) de Deus. Assim, ou a Igreja missionria ou deixa de ser Igreja. Nessa tarefa, a Igreja deve colaborar com todas as suas possibilidades para tornar o mundo mais sadio, mais fraterno e mais humano. Toda a estruturao da Igreja deve ser implementada a fim de ser uma comunidade missionria. O que interessa no a expanso da Igreja, mas a implantao do shalom de Deus no mundo.2.2.2 Comentrios

a. Esse modelo supera a conceituao de reino de Deus como contemplando apenas os convertidos, mas o expande para abranger o mundo todo.b. Nele, o mundo visto positivamente, no como o inimigo a ser vencido, mas como criado por Deus (Gn 1-2), amado por ele ao enviar o seu Filho (Jo 3.16) e reconciliado pela morte e ressurreio de Cristo (Ef 1.9...).

c. O conceito de shalom empregado neste modelo o de ser completo, sadio e inteiro, considerando, inclusive, a prosperidade, o bem-estar, a segurana e a ausncia de guerra.

d. Enquanto o reino de Deus no se torna realidade consumada, o mundo est marcado pelo pecado estrutural e social.e. O modelo considera que todas as pessoas j foram reconciliadas e salvas, no apenas aquelas filiadas s igrejas. O que a Igreja deve fazer tornar todas as pessoas conscientes deste fato.

f. A Igreja no o alvo do plano de Deus, mas sim o instrumento para que o shalom se torne realidade para o mundo. A essncia da Igreja a sua prpria tarefa. Assim, a seqncia lgica e funcional :

Deus ( mundo ( Igreja.

g. Nesta concepo no cabe muito bem o conceito de edificao de comunidade, pois toda a ao missionria.h. Um grave problema est presente na avaliao positiva do mundo e da humanidade.

i. Falar apenas em pecado estrutural, deixando de lado o pecado individual, contrape-se s bases bblicas da responsabilidade pessoal.2.3 Modelo Igreja a partir dos Pobres2.3.1 Descrio

Este o modelo seguido pela ala progressista da Igreja Catlica ou da Teologia da Libertao, com as suas estruturas de CEBs Comunidades Eclesiais de Base. As CEBs possuem as seguintes caractersticas:a. Nelas, h o encontro do povo religioso e oprimido.

b. L, discute-se os problemas do cotidiano luz da Bblia, procurando uma soluo.

c. Nos encontros, as pessoas mesmas lem e interpretam a Palavra.

d. Nas CEBs h koinonia (comunho), diakonia (servio) e martyria (testemunho).

e. As CEBs so abertas para a realidade social, fazendo ligao entre a f e a vida.

f. Nas CEBs h celebrao de f e vida.

2.3.2 Comentrios

a. H uma acentuao da dimenso social da f.

b. As CEBs tornam relevante o conceito de igreja a partir e dos pobres.

c. No modelo, considera-se demais a graa, sem destacar o pecado pessoal.

d. Ocorre uma viso distorcida do processo social, discriminado entre opressores e oprimidos.e. O Reino a grandeza que engloba a Igreja e o mundo. O Reino de Deus a oferta de Deus desde o incio da criao, em palavra e ao de Jesus. O mundo o lugar da realizao histrica do Reino. A Igreja a parte do mundo que acolheu o Reino de forma explcita na pessoa de Jesus Cristo, sendo sinal e instrumento de implementao do Reino no mundo.2.4 Modelo Comunidade Missionria2.4.1 Descrio

Neste modelo, considera-se a igreja com o objetivo de chamar pessoas converso pessoal por Cristo e de desligamento do mundo pecador. Em outras palavras, o alvo da igreja integrar as pessoas comunidade de f. Essa concepo tem sua motivao no movimento de crescimento de igreja e no movimento evangelical (que tentava resgatar valores do pietismo do sculo XVIII e incorporou tendncias puritanas, avivacionistas e fundamentalistas). A edificao da comunidade , antes de tudo, um programa de evangelizao.

2.4.2 Comentrios

a. H o compromisso com a causa evangelstica.b. H comprometimento consciente com o evangelho e a prtica da espiritualidade.c. H o perigo do individualismo, considerando o evangelho como uma questo pessoal entre a pessoa e Deus.

d. H o perigo de se desvincular a f das questes de ordem social, poltica e econmica.

e. H o perigo de separar a vida em duas esferas: vida de f e vida do cotidiano.

2.5 Modelo da Renovao Carismtica2.5.1 Descrio

Esta concepo no reside apenas no movimento pentecostal, mas contempla o aspecto carismtico presente nas diversas denominaes. A base do movimento a busca por uma profunda vida espiritual e pela experincia prtica da fora do Esprito Santo, notadamente nos carismas de falar/orar em lnguas, nas curas, no exorcismo e no profetizar.2.5.2 Comentrios

a. A edificao da comunidade reside em oportunizar e provocar a renovao carismtica, com nfase na converso e na manifestao do Esprito.b. H o destaque para o sacerdcio universal.

c. H uma demasiada emotividade e experincia religiosa, que no se satisfaz apenas com a Palavra de Deus.

d. Os crentes, nessas comunidades, no se satisfazem apenas com o crer, mas buscam o ver e o experimentar o poder de Deus.e. H o perigo de supervalorizar certos dons e de ter pessoas arrogantes.

2.6 Modelo da Comunidade Constituda2.6.1 Descrio

Este modelo considera a tentativa de ativar e dinamizar as comunidades tradicionais. Busca-se, aqui, desenvolver propostas de trabalho que venham a tornar a vida de f e de comunho significativa para as pessoas da igreja. O objetivo engajar todas as pessoas em atividades ministeriais. Para mostrar sinais do reino, realiza-se a celebrao do culto como centro de encontro e de partida para a comunidade dos grupos.2.6.2 Comentrios

a. Neste modelo, busca-se levar a srio o que ser igreja.b. Se h acomodamento de pessoas, talvez falte a valorizao de suas necessidades e anseios.

c. No ambiente urbano, a igreja pode ser vista como mais uma proposta de socializao.d. O trabalho comunitrio pode ser apenas de atendimento, principalmente quando ser membro da igreja encarado como ser scio da comunidade.e. H o risco do pastorcentrismo, quando todo o trabalho est centrado nas pessoas dos pastores.

3. Perspectivas e PropostasQuando se analisa os diferentes modelos de edificao comunitria, pode-se agir no sentido de colher o melhor de cada um deles, construindo uma proposta ecltica. Isso, claro, ir depender do contexto e da situao em que se atua. Para isso, necessrio trabalhar coletivamente, buscando a participao de todas as pessoas envolvidas.Algumas idias para uma construo podem ser observadas, tais como:

a. A edificao comunitria no quer dizer que se construa a igreja a partir do nada. Na verdade, Deus faz a parte inicial para, em seguida, agirmos no sentido de continuarmos ininterruptamente a edificao da comunidade.b. Na edificao da comunidade, ns somos cooperadores de Deus (I Co 3.9). Alm disso, muitos j trabalharam nessa tarefa e outros iro ainda continuar (I Co 3.6).

c. Qualquer proposta de edificao comunitria no pode prescindir da contribuio de todas as pessoas.

d. As lideranas da igreja tm um papel especial na construo comunitria, no apenas zelando para que as atividades sejam cumpridas, mas tambm as realizando pessoalmente.

e. As lideranas da igreja devem oferecer oportunidades de atividades em equipes (por idade, por afinidade, por interesse), a fim de que as pessoas se sintam acolhidas, integradas e posicionadas no seu lugar de servio.ConclusoA edificao comunitria viver a comunidade no seu contexto e momento. Ela deve acontecer na convivncia ministerial. Essa atuao no se limita apenas ao interior da igreja, mas se alarga no meio-ambiente em que se est inserido, isto , amizades, vizinhana, associaes de classe, sindicatos, partidos polticos etc.A edificao comunitria acontece de variadas formas, mesmo em aes no identificadas, mas onde Deus no permite que a sua Palavra no deixe de impactar, voltando vazia.

BibliografiaBOFF, Leonardo. E a igreja se fez povo: eclesiognese: a igreja que nasce da f do povo. 3. ed. Petrpolis, RJ: Vozes, 1986.

______ Igreja: carisma e poder: ensaios de eclesiologia militante. So Paulo: tica, 1994.

CMI. Uma igreja para o mundo: estudo das estruturas missionrias da congregao. S.l.: Eclesia, s.d.

PADILLA, R. Misso integral: ensaios sobre o Reino e a Igreja. So Paulo: FTL-B / Temtica Publicaes, 1992.

VOLKMANN, Martin. Edificao de comunidade. In: SCHNEIDER-HARPPRECHT, Cristoph (org.). Teologia prtica no contexto da Amrica Latina. So Leopoldo, RS: Sinodal / ASTE, 1998. p. 172-195.

Autores: Rubem Ximenes e Wendell Silva.

Elaborado em: 28/04/2004.

ltima reviso: 19/05/2007.PAGE 1Evangelizao Adorao Comunho Discipulado Servio