Cromatografia - Introdução e Gasosa
Transcript of Cromatografia - Introdução e Gasosa
Cromatografia
Fundamentos, Instrumentação e Aplicações
Martha Adaime(UFSM)
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Departamento de Química
Programa de Pós Graduação em Química
Grupo de Pesquisa em Análises Cromatográficas
Programa
Fundamentos Gerais da Cromatografia
- Fundamentos e Classificação Geral
- Principais mecanismos de separação
- Principais Parâmetros Cromatográficos: tR, n, Rs, α e relação entre eles
Cromatografia Gasosa (GC)
•Fundamentos Teóricos;
•Instrumentação (Injetores, Colunas e Fases Estacionárias, Fase móvel, Detectores)
•Aplicações;
•Estado da Arte e Tendências.
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC)
•Fundamentos Teóricos;
•Modos de Separação: adsorção, partição, troca iônica, exclusão;
•Instrumentação (Bombas, Injetores, Colunas e Fases Estacionárias, Fase móvel,
Principais Detectores);
•Aplicações;
•Estado da Arte e Tendências.
Cromatografia Acoplada à Espectrometria de Massas
•GC-MS/MS
•LC-MS/MS
2
Por que usar CROMATOGRAFIA ? ? ?
3
HISTÓRICO
M. TSWEET (1903): Separação de misturas de
pigmentos vegetais em colunas recheadas com
adsorventes sólidos e solventes variados.éter de
petróleo
CaCO3
mistura de
pigmentos
pigmentos
separados
Cromatografia =
kroma [cor] + graph [escrever]
(grego)4
Princípio Básico
Separação de misturas por interação diferencial dos seuscomponentes entre uma FASE ESTACIONÁRIA (líquido ou
sólido) e uma FASE MÓVEL (líquido ou gás).
5
Classificação da Cromatografia
Cromatografia
Planar Coluna
FM Líquida
C.Camada
DelgadaC.Papel
FM Gasosa FM Líquida
C. Gasosa CLAECCC
CCC-Cromatografia em Coluna Clássica.
CLAE-Cromatografia Líquida de Alta Eficiência.
6
Cromatógrafo a Gás
1
2
3
4
6
5
1 - Reservatório de Gás e Controles de Vazão / Pressão.
2 - Injetor (Vaporizador) de Amostra.
3 - Coluna Cromatográfica e Forno da Coluna.
4 - Detector.
5 - Eletrônica de Tratamento (Amplificação) de Sinal.
6 - Registro de Sinal (Registrador ou Computador).7
Cromatógrafo a Líquido
8
Fase Estacionária
• Sólida - é constituída por adsorventes sólidos (pó), tais como Sílica, Alumina, Carvão ativo, Zeólitossintéticos, etc.
A base para a separação, neste caso, é a Adsorção.
• Líquida - é constituída por uma película delgada (de líquidos orgânicos de alto ponto de ebulição) que impregnam o sólido (pó) inerte ou a parede interna da coluna capilar.
A base para a separação, neste caso, é a Partiçãoda amostra dentro ou fora da película líquida, devido
a solubilidade seletiva dos compostos.
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Fase Móvel
Gasosa - Na Cromatografia Gasosa a Fase Móvel é o próprio Gás de Arraste cuja função é transportar os analitos através do Sistema (Injetor /Coluna /Detector).
Os principais Gases de Arraste são o Hélio, Nitrogênio, Hidrogênio e o Argônio.
Líquida – Na Cromatografia Líquida emprega-se uma mistura de solventes, denominada Eluente, como Fase Móvel. Os principais são: metanol, acetonitrila e água.
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Mecanismos da Cromatografia
apolar
Flu
xo
polar
polar
apolar
Flu
xo
11
Mecanismos da Cromatografia
12
Mecanismos da Cromatografia
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TEORIA BÁSICAConstante de Distribuição, KC
Ocorre um equilíbrio de distribuição do
analito entre a FE e a FM.
M
SC
A
AK
KC = Constante de Distribuição
[A]S = concentração do analito na FE
[A]M = concentração do analito na FM
MENOR RETENÇÃO !!!
Volatilidade [A]M
Afinidade pela FE [A]S
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TEORIA BÁSICAQuantificação da Eficiência
Cada “estágio” de equilíbrio é
chamado de PRATO TEÓRICO
Coluna mais
eficiente
tR
wb
n
15
Número de pratos teóricos (n)n = 16 (tR / wb)2
n = segmento da coluna onde se atinge um equilíbrio entre
fase móvel, estacionária e analito
quanto > n > rendimento da coluna (picos mais finos)
Injeção
tR
16
Tempo de Retenção / Largura Pico
tR = tempo de retenção
to = tempo de volume morto
wb = largura da base
Injeção
Tempo
tR
17
Seletividade ()
= k2´/k1´
= posição relativa de 2 picos
Ideal: > 1
Tempo
K1’ = 1.5 K2’ = 2.1
18
Resolução (Rs)Rs = 2 (tR2 – tR1)
2 / wb1 + wb2
Rs = separação real dos picos
Rs = 0 (sem separação), Rs = 1 (separação parcial), Rs = 1.5 (separação na linha base)
InjeçãoW W
t
Tempo
19
A migração um analito pela
coluna provoca
inevitavelmente o
alargamento da sua banda.
TEMPO
Efeitos do alargamento excessivo de picos:
Separação deficiente de analitos
com retenções próximas
Picos mais largos e menos
intensos = menor detectabilidade
EFICIÊNCIA: Capacidade de eluição com o mínimo de dispersão do analito.
Eficiência de Sistemas Cromatográficos
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INTRODUÇÃO A
CROMATOGRAFIA GASOSA
Martha AdaimeDepto de Química-CCNE
UFSM
CROMATOGRAFIA GASOSAAplicabilidade
Quais misturas podem ser separadas por CG ?
Misturas cujos constituintes sejam
VOLÁTEIS (=“evaporáveis”)
(para uma substância qualquer poder ser
“arrastada” por um fluxo de um gás ela
deve ser dissolver - pelo menos parcialmente -
nesse gás)
DE FORMA GERAL:
CG é aplicável para separação e análise de misturas cujos constituintes tenham
PONTOS DE EBULIÇÃO de até 300 oC e que termicamente estáveis.
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O Cromatógrafo a Gás
1
2
3
4
6
5
1 - Reservatório de Gás e Controles de Vazão / Pressão.
2 - Injetor (Vaporizador) de Amostra.
3 - Coluna Cromatográfica e Forno da Coluna.
4 - Detector.
5 - Eletrônica de Tratamento (Amplificação) de Sinal.
6 - Registro de Sinal (Registrador ou Computador).
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INSTRUMENTAÇÃOGás de Arraste
Fase Móvel em CG: NÃO interage com a amostra - apenas a
carrega através da coluna. Assim é usualmente referida como
GÁS DE ARRASTE
Requisitos:
INERTE Não deve reagir com a amostra, fase estacionária ou
superfícies do instrumento.
PURO Deve ser isento de impurezas que possam degradar a
fase estacionária.
Impurezas típicas em gases e seus efeitos:
oxida / hidroliza algumas FE
incompatíveis com DCEH2O, O2
hidrocarbonetos ruído no sinal de DIC 24
Curvas de Van Deemter para diferentes Gases de Arraste
1.2
1.0
0.8
0.6
0.4
0.2
Velocidade linear média (cm/seg) u
He
H
N 2
2
C at 175 °C
k = 4.95
Vidro W.C.O.T.
OV.101
25m x 0.25 mm
17
HE
TP
(m
m)
10 20 30 40 50 60 70 80 90
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FASE MÓVEL ou Gás de Arraste
Requisitos:
CUSTO Gases de altíssima pureza podem ser muito caros.
COMPATÍVEL COM DETECTOR Cada detector demanda um
gás de arraste específico para melhor funcionamento.
CU
ST
O
PUREZA
AB
CA = 99,995 % (4.5)
B = 99,999 % (5.0)
C = 99,9999 % (6.0)
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LINHA DE GÁS
Componentes necessários à linha de gás:
controladores de vazão / pressão de gás
dispositivos para purificação de gás (“traps”)
1
2
34
5
6
1 - Cilindro de Gás
2 - Regulador de Pressão Primário
3 - “Traps” para eliminar impurezas do gás
4 - Regulador de Pressão Secundário
5 - Regulador de Vazão (Controlador Diferencial de Fluxo)
6 - Medidor de Vazão (Rotâmetro)
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Dispositivos de Injeção de Amostra
Os dispositivos para injeção (INJETORES ou
VAPORIZADORES) devem prover meios de introdução
INSTANTÂNEA da amostra na coluna cromatográfica
Injeção instantânea:
Injeção lenta:
t = 0
t = x
t = 0
t = x 28
Injeção Split (com Divisão)
Considerando a geometria dos injetores split-splitless, a razão de divisãonormalmente é ajustada variando-se a vazão total de entrada de gás de arraste:
CONTROLE DE VAZÃO TOTAL
Deve ser regulado até o SR desejado
CONTROLE DE PRESSÃOAltera pressão vazão na
coluna (NÃO DEVE SER MODIFICADA VISANDO REGULAGEM DE SR !!!!!)
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Injetor “on-column” Convencional
1
2
3
4
1 - Septo (silicone)
2 - Alimentação de gás de arraste)
3 - Bloco metálico aquecido
4 - Ponta da coluna cromatográfica30
Injeção “on-column” de líquidos
2 3
1 - Ponta da agulha da microseringa é introduzida no início da coluna.
2 - Amostra injetada e vaporizada instantâneamente no início da coluna.
3 - “Plug” de vapor de amostra forçado pelo gás de arraste a fluir pela coluna.
1
31
Parâmetros de Injeção
TEMPERATURA DO INJETOR Deve ser suficientemente elevada para que a
amostra vaporize-se imediatamente, mas sem decomposição
Regra Geral: Tinj = 50 oC acima da temperatura de
ebulição do componente menos volátil
VOLUME INJETADO Depende do tipo de coluna e do estado físico da amostra
COLUNAAmostrasGasosas
AmostrasLíquidas
empacotada = 3,2 mm (1/4”)
0,1 ml ... 50 mL0,2 L ... 20 L
capilar = 0,25 mm
0,001 ml ... 0,1 mL0,01 L ... 3 L
Sólidos: convencionalmente se dissolve em um solvente
adequado e injeta-se a solução 32
Microsseringas para Injeção
LÍQUIDOS Capacidades típicas: 1, 5 e 10 L
êmbolo
corpo (pirex)
agulha (inox 316)
Microseringa de 10 L:
Microseringa de 1 L (seção ampliada):
corpo
guia
êmbolo (fio de aço
soldado ao guia)
agulha
33
Colunas: Definições Básicas
EMPACOTADA
= 3 a 6 mm
L = 0,5 m a 5 m
CAPILAR
= 0,1 a 0,5 mm
L = 5 m a 100 m
34
INSTRUMENTAÇÃOColunas: Definições Básicas
Coluna empacotada e capilar.
Empacotadas
analíticas:
- Aço inoxidável;
- 1 – 4 mm (d.i.)
- 1 – 3 m
Capilares:
- Sílica fundida;
- Poliimida;
- 0,32 mm (d.i.)
- 10 – 100 m
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TEORIA BÁSICAQuantificação da Eficiência
ALTURA EQUIVALENTE A UM PRATO TEÓRICO (H) “Tamanho” de cada
estágio de equilíbrio
Valores típicos de H e N:dC df H N
0.10 0.25 0.081 370370
0.25 0.25 0.156 192308
0.32 0.32 0.200 150000
0.32 0.50 0.228 131579
0.32 1.00 0.294 102041
0.32 5.00 0.435 68966
0.53 1.00 0.426 70423
0.53 5.00 0.683 43924
2.16 10% 0.549 3643
2.16 5% 0.500 4000
Capilares, L = 30 m
Empacotadas, L = 2 m
Valores de H para colunas capilares e empacotadas são próximos, mas como
L para capilares é MUITO maior tipicamente elas são mais eficientes
(L = comprimento da coluna)
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Temperatura da Coluna
PRESSÃO DE VAPOR (p0).
p0 = f
Estrutura químicado analito
Temperatura
da coluna
Temperaturada
coluna
Pressãode
vapor
Velocidadede
migração
ANALITO ELUI MAIS RAPIDAMENTE
37
Temperatura da Coluna
TE
MP
ER
AT
UR
A D
A
CO
LU
NA
38
Programação Linear de Temperatura
Misturas complexas (constituintes com volatilidades
muito diferentes) separadas ISOTERMICAMENTE:
TCOL BAIXA:
TCOL ALTA:
39
Programação Linear de Temperatura
A temperatura do forno pode ser variada linearmente durante a separação:
TEMPO
TE
MP
ER
AT
UR
A
tINI tFIM
TINI
TFIM
R
Parâmetros de uma programação de temperatura:
40
Programação Linear de Temperatura
Possíveis problemas associados à PLT:
VARIAÇÕES DE VAZÃO DO GÁS DE ARRASTE A viscosidade
de um gás aumenta com a temperatura.
viscosidade vazão
DERIVA (“DRIFT”) NA LINHA DE BASE Devido ao aumento
de volatilização de FE líquida
41
42
FASES ESTACIONÁRIAS
LÍQUIDOS Depositados sobre a superfície de: só-lidos porosos inertes
(colunas empacotadas) ou de tubos finos de materiais inertes (colunas
capilares)
FElíquida
SUPORTESólido inerte
poroso
Tubo capilar de material inerte
Para minimizar a perda de FE líquida por volatilização, normalmente
ela é:
Entrecruzada Quimicamente ligadas
43
FASES ESTACIONÁRIAS
SELETIVA Deve interagir diferencialmente com os
componentes da amostra.
A FE deve ter características tanto quanto possível próximas das
dos solutos a serem separados (polar, apolar, aromático ...)
FE Seletiva: separação
adequada dos
constituintes da
amostra
FE pouco Seletiva: má
resolução mesmo com
coluna de boa eficiência
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FASES ESTACIONÁRIAS
Substituintes Nomes Comerciais Observações
- - SE-30 OV-1 OV-101 SP-2100 mais apolares da sériepouco seletivas
carborano ? - Dexsil 300GC similar a PDMSestável até > 400oC
fenil 5 % - SE-52 SE-54 OV-3 OV-5OV-73
pouco polar
cianopropil 7% fenil 7% OV-1701 SPB-7 CP-Sil 19CB moderadamente polar
fenil 50 % - OV-17 SP-2250 HP-50+SPB-50
moderadamente polarretém aromáticos
trifluoropropil 50% - OV-210 QF-1 moderadamente polarretém compostos carbonílicos
cianopropil 50% fenil 50% OV-225 SP-2300 CP-Sil43CB
polarretem doadores de elétrons
cianopropil 100% - SP-2340 SP-2330 Silar-9 CP altamente polar
Diferenças entre FE de composição similar provenientes
de fornecedores diferentes: pureza, viscosidade.
45
FASES ESTACIONÁRIASFamílias de FE Líquidas
Separação de pesticidas - FE = 100 % PDMS
1 - TCNB2 - Dichloram3 - Lindano4 - PCNB5 - Pentacloroanilina6 - Ronilano7 - Antor8 - pp’-DDE9 - Rovral10 - Cypermetrin11 - Decametrin
Coluna: CP-Sil 5 (25 m x 0,32 mm x 0,12 m)
TCOL:195 oC (6,5 min) / 195 a 275 oC (10 oC min-1)
Gás de Arraste: He @ 35 cm min-1 Detector: FID
Amostra: 2 L de solução dos pesticidas “on-column”
17 min
46
FASES ESTACIONÁRIASFamílias de FE Líquidas
Separação de piridinas - FE = 100 % CNpropilsilicone
1 - piridina2 - 2-metilpiridina3 - 2,6-dimetilpiridina4 - 2-etilpiridina5 - 3-metilpiridina6 - 4-metilpiridina
3 min
Coluna: CP-Sil 43CB (10 m x 0,10 mm x 0,2 m)
TCOL: 110 oC (isotérmico)
Gás de Arraste: N2 at 16 cm min-1 Detector: FID
Amostra: 0,1L de solução 1-2% das piridinas em 3-metilpiridina 47
FASES ESTACIONÁRIASFamílias de FE Líquidas
Separação de fenóis - FE = fenilmetilsilicones
50% Ph
50% Me
5% Ph
95% Me
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FASES ESTACIONÁRIASFE Quirais
Separação de isômeros óticos:
FÁRMACOS Em muitos fármacos apenas um dos isômeros óticos têm
atividade farmacológica.
PRODUTOS BIOLÓGICOS Distinção entre produtos de origem
sintética e natural (natural = normalmente substâncias oticamente puras;
sintético = muitas vezes são misturas racêmicas).
Propriedades físico-químicas de isômeros óticos são MUITO SIMILARES
FE convencionais não interagem diferencialmente com isômeros óticos
Separação de misturas de isômeros óticos só é possível
com FE oticamente ativas = FE Quirais
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ANÁLISE QUALITATIVAConceitos Gerais
Fontes de Informações Qualitativas
RETENÇÃO Uso de dados de retenção de um analito para sua
identificação
DETECÇÃO Detectores que fornecem informações estruturais sobre as
substâncias eluídas
Identificação individual das espécies
contidas na amostra
Determinação da identidade da amostra
propriamente dita
Aplicações
Qualitativas de
CG
50
ANÁLISE QUALITATIVATempos de Retenção
t’R = fInterações analito / FE
Pressão de vapor do analitoCondições operacionais (TCOL, FC ...)
Fixas as condições operacionais, o tempo de retenção ajustado de um analito é uma constante
AMOSTRA
PADRÃO
51
ANÁLISE QUALITATIVATempos de Retenção
Identificação por t’R é muito pouco confiável:
Dependência com FC e TCOL Variações nestas condições
afetam sensivelmente os t’R
VARIAÇÃO DE 1%
NO t’R
DTCOL = 0,1%
DFC = 1%
Sobrecarga na coluna Aumento excessivo na massa de
material eluido deforma o pico cromatográfico e altera o seu tR
MA
SS
A
52
ANÁLISE QUALITATIVATempos de Retenção
Comparação de t’R usando dopagem (“spiking”) da amostra com
o analito suspeito: aumento da confiabilidade de identificação.
53
DETECTORESDefinições Gerais
Dispositivos que geram um sinal elétrico proporcional à
quantidade eluida de um analito
~ 60 detectores já usados em CG
~ 15 equipam cromatógrafos comerciais
4 respondem pela maior parte das aplicações
DCT TCDDetector por
CondutividadeTérmica
DIC FIDDetector porIonização em
Chama
DCE ECDDetector porCaptura de
Elétrons
EM MSDetector
Espectrométrico de Massas 54
INSTRUMENTAÇÃODetectores
Mais Importantes:
DETECTOR POR CAPTURA DE ELÉTRONS (DCE OU ECD)
Supressão de corrente causada pela absorção de elétrons por eluatos
altamente eletrofílicos.
DETECTOR POR CONDUTIVIDADE TÉRMICA (DCT OU TCD)
Variação da condutividade térmica do gás de arraste.
DETECTOR POR IONIZAÇÃO EM CHAMA (DIC OU FID) Íons gerados
durante a queima dos eluatos em uma chama de H2 + ar.
REGISTRO
DE
SINAL
ANALÓGICO
Registradores XY
DIGITAL
IntegradoresComputadores
55
DETECTORESDetector por Condutividade Térmica
PRINCÍPIO Variação na condutividade térmica do gás quando da
eluição de um analito.
Cela de Detecção do DCT:
12
35
4
i1 Bloco metálico (aço)
2 Entrada de gás de arraste
3 Saída de gás de arraste
4 Filamento metálico (liga W-Re) aquecido
5 Alimentação de corrente elétrica para
aquecimento do filamento
56
DCT: Aplicações
Coluna: CP Sil 5CB(50 m x 0,32 mm x 5 µm)
Gás de Arraste: He, 3 ml min-1
TCOL: 40 °C Detector: DCT
1 N2 2 CH4
3 CO2 4 n-C2
5 NH3 6 n-C3
7 i-C4 8 n-C4
Separação de Gases e Hidrocarbonetos:
57
Detector por Ionização em Chama
O efluente da coluna é misturado com H2 e
O2 e queimado. Como numa chama de H2 +
O2 não existem íons, ela não conduz
corrente elétrica.
Quando um composto orgânico elui, ele
também é queimado. Como na sua queima
são formados íons, a chama passa a
conduzir corrente elétrica
58
Detector por Captura de Eletrons
Um fluxo contínuo de eletrons lentos é
estabelecido entre um anôdo (fonte
radioativa
b -emissora) e um catodo.
Na passagem de uma substância
eletrofílica alguns eletrons são
absorvidos, resultando uma
supressão de corrente elétrica.
59
Características Operacionais do DCE
SENSIBILIDADE :QMD = 0,01 pg a 1 pg (organoclorados),
10 fg Lindano (C6H6)
-ECD HP-6890
PESTICIDAS
1 tetracloro-m-xileno2 - BHC3 Lindano4 Heptachlor5 Endosulfan6 Dieldrin7 Endrin8 DDD9 DDT10 Metoxychlor10 decaclorobifenila
~250 fg cada analito
60
DCE: Aplicações
Contaminantes em ar atmosférico - detecção paralela DIC + DCE
DIC
DCE
1, 2, 3 - Hidrocarbonetos aromáticos
4, 5, 6 - Hidrocarbonetos clorados
61
DETECTORESParâmetros Básicos de Desempenho
QUANTIDADE MÍNIMA DETECTÁVEL Massa de um analito que gera um pico
com altura igual a três vezes o nível de ruído
SIN
AL
(S)
RUÍDO (N)
= 3SN
RUÍDO Qualquer componente do sinal gerado pelo detector que não se
origina da amostra
Fontesde
Ruído
Contaminantes nos gases
Impurezas acumuladas no detector
Aterramento elétrico deficiente 62
DETECTORESParâmetros Básicos de Desempenho
LIMITE DE DETEÇÃO Quantidade de analito que gera um pico com S/N = 3 e wb =
1 unidade de tempo
Mesmo detector, nível de ruído e massa de analito MAS diferentes larguras de
base:
wb
QMD = fDetector (sinal gerado, ruído)
Largura do pico cromatográfico
Definindo limite de detecção como:
LD é independente da eficiência do sistema cromatográfico !
[QMD] =
massa
(ng, pg ...)
[LD] =
massa / tempo
(ng.s-1, pg.s-1 ...)63
DETECTORESClassificação
Detector Tipo Gases Seletividade Faixa
Detecção
Faixa
Dinâmica
Ionizaçao de
Chama (FID)
Fluxo de Massa Hidrogenio e arMaioria dos compostos
organicos.
100 pg 107
Condutividade
Térmica TCD
Concentração Referencia Universal1 ng 107
Captura de
Eletrons ECD
Concentraçao Make-up Haletos, nitratos, nitrilas,
peroxidos , anidridos,
organometalicos.
50 fg 105
Nitrogenio-
fosforo (NPD)
Fluxo de MassaHidrogenio e ar Nitrogenio, fosforos
10 pg 106
Fotometrico
de Chama
(FPD)
Fluxo de Massa Hidrogenio e ar
possivelmente
oxigenio
Sulforados, fosforados, tin, boro,
arsenico, germânio, selenio,
cromo
100 pg 103
Fotoionizaçao
(PID)
Concentração Make-upAlifaticos, aromaticos, cetonas,
esteres, aldeidos, aminas,
heterociclicos, organosulforados,
alguns organometalicos
2 pg 107
Condutividade
Eletrolitica
(HECD)
Fluxo de Massa Hidrogenio ,
oxygenioHaletos, nitrogenados,
nitrosaminas, sulforados
64
ANÁLISE QUALITATIVAMétodos de Detecção Qualitativos
Cromatografia Gasosa com Deteção
Espectrométrica por Absorção no Infra-Vermelho
(CG-EIV)
Cromatografia Gasosa com Deteção
Espectrométrica de Massas (CG-EM)
Cromatografia Gasosa com Deteção
Espectrométrica por Emissão Atômica (CG-EA)
Identificação muito confiável quando combinados a técnicas de
identificação baseadas em retenção65
ANÁLISE QUALITATIVAEspectrometria de Massas
1 Moléculas da amostra são bombardeadas por elétrons (electron impact =
EI) ou íons (chemical ionization = CI):ABCDE + e- ABCDE
.+ + 2 e-
2 O íon formado se fragmenta:
ABCDE.+ AB
.+ CDE+
ABCDE.+ AB+ + CDE
.
ABCDE.+ A+ + BCDE
.
3 Os fragmentos iônicos formados são separados magneticamente de
acordo com suas massas moleculares e contados:
AB
UN
DÂ
NC
IA
MASSA / CARGA 66
ANÁLISE QUALITATIVAEspectrômetro de Massas
1
2
3
41 Câmara de Ionização Eletrons gerados por um filamento aquecidobombardeam a amostra. Os fragmentos ionizados (carga +1) são repelidos peloeletrodo positivo e conduzidos ao separador magnético.
2 Saída de Vácuo Todo o interior do EM deve estar sob alto vácuo (natm).
3 Separador Magnético A ação do campo magnético deixa apenas íons comdeterminada razão Massa / Carga atravessar esta área do equipamento.
4 Detector Uma válvula fotomultiplicadora ou umfotodiodo gera um sinal elétrico proporcional aonúmero de íons que incide sobre o elemento. 67
ANÁLISE QUALITATIVAEspectro de Massas
m/Z = 118
m/Z = 80
m/Z = 79
- CO
- (CO + H)
m/Z = 90
20 40 60 80 100 1200
m / Z
68
ANÁLISE QUALITATIVACG-EM: TIC x SIM
Aroma de polpa industrializada de cajá após extração por SPME
TICAparecem os picos
correspondentes a todas
substâncias eluídas
SIM (m/z = 149)Cromatograma construido a
partir dos mesmos dados
acima, mas apenas usando
fragementos com massa = 149
(ftalatos: plastificante)
69
DETECTORES CGSensibilidade e Faixa de resposta
70
71