CRN-5 em Revista, nº 10
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Publicação doConselho Regionalde Nutricionistasda 5ª Região(Bahia e Sergipe)
Ano 6 – nº. 10 – 2014
Técnicos em Nutrição e Dietética sãocontemplados com eventos promovidos pelo CRN-5
Tema do “Bem Viver Nutrição 2014” em Aracaju-SE será “Atualização do Nutricionista na Terapia Nutricional”
pág. 21
pág.18
pág. 26
Alguns links ao longo da revista são interativos, basta clicar para acessá-los. Caso deseje, é possível
fazer o download da Revista para o seu computador, tablet ou celular. Para isso, ao abrir o site, logo
acima da descrição, no menu de opções, clique em
Diretoria do CRN-5
Diretoras do CRN-5: Rita Ferreira (Secretária), Márcia Paranaguá
(Vice-Presidente), Diva Rocha Lima (Tesoureira) e Valquíria Agatte (Presidente)
No dia 11 de junho deste ano, fomos eleitas pelos demais conselheiros do CRN-5, nossos colegas de
profissão, para compor a Diretoria deste Regional. Desde então, temos nos empenhado para cumprir
os objetivos propostos pela Chapa “Aproximação”. Com foco na intensificação da fiscalização do exer-
cício profissional dos Nutricionistas e Técnicos em Nutrição e Dietética, na valorização destes profis-
sionais e na defesa de sua conduta ética, temos dedicado parte do nosso tempo e habilidades para
fortalecer a categoria nos Estados da Bahia e Sergipe. Para continuar nossa jornada, contamos com
o apoio e a aproximação dos profissionais registrados no CRN-5. Por isso, esperamos encontrá-los
nos eventos que temos promovido para comemorar o Dia do Nutricionista, em Salvador e Aracaju. E
também em outros momentos de integração da categoria.
Para hoje, esperamos que aproveitem as informações preciosas que compartilhamos através desta
edição da “CRN-5 em Revista”: o artigo sobre a participação social do Nutricionista nas discussões
sobre Agricultura Familiar, em defesa do Direito Humano à Alimentação Adequada; a reportagem
que reforça a importância do domínio da Técnica Dietética pelo Nutricionista; a entrevista sobre as
Residências em Nutrição e os textos com novidades do setor de Fiscalização, entre outras. Para enviar
sugestões para as próximas edições, envie e-mail para [email protected]. Boa leitura!
* Interação
Editorial
Nesta Edição
04Artigo,
por Zelice Maria de Melo Pessoa
......................................................
08Atuação Profissional
......................................................
12Comissão de Fiscalização
......................................................
18Capa - Formação Profissional
CRN-5 incentiva
empreendedorismo em
comemoração do Dia do
Nutricionista
......................................................
21Destaque - Formação Profissional
Tema do “Bem Viver Nutrição 2014”
em Aracaju-SE será “Atualização
do Nutricionista na Terapia
Nutricional”
......................................................
26Destaque - Espaço do Técnico
Técnicos em Nutrição e
Dietética são contemplados com
eventos promovidos pelo CRN-5
Publicação do Conselho Regional de Nu-
tricionistas da 5ª Região (Bahia e Sergipe)
- Ano 6 – nº. 10 – 2014
Salvador (BA): Rua Dr. José Peroba, 149, 10°
andar, sala 1001, Centro Empresarial Eldorado,
Stiep. CEP: 41770-235 – Telefax: (71) 3237-
5652.
Aracaju (SE): Praça Tobias Barreto, Centro
Médico Odontológico, Sala 502, São José.
CEP: 49.015-130 - Telefax: (79) 3211-8248.
Conselheiros efetivos: Carlene Moura Palma
Brito (CRN-5/ 1157); Diva Eleonora da Rocha
Lima (CRN-5/044); Emerson Ornelas Palmei-
ra (CRN-5/ 1776); Flávia Damasceno Mira Leis
(CRN-5/3178); Gilcélio Gonçalves Almeida
(CRN-5/2087); Márcia Cristina A. Magalhães
Oliveira (CRN-5/1513); Márcia M. de Melo
Paranaguá (CRN-5/0434); Rita de Cássia Fer-
reira Silva (CRN-5/ 1887) e Valquiria da Con-
ceição Agatte (CRN-5/1830).
Conselheiros Suplentes: Anderson Carvalho
dos Santos (CRN-5/2098); Claudia Maria West
Nano Rêgo (CRN-5/4040); Flávia Martins
da Silva (CRN-5/1225); Janaína Sant’Anna
Queiroz Costa (CRN-5/0366); Joceli Sousa
Santos (CRN-5/2521); Noelia Fonseca Ramos
Caires (CRN-5/0366); Rosemary Lima Barreto
(CRN-5/0062); Zelice Maria de Melo Pessoa
(CRN-5/0856).
Redação, Edição, Jornalista responsável:
Carla Santana – DRT 2563
Revisão Técnica:
Leny Strauch Ferreira (CRN-5/1580)
Fotos:
Arquivo do CRN-5 e sites de domínio público.
Editoração eletrônica:
Pipa Comunicação Integrada
Expediente
Por Zelice Maria de Melo Pessoa*
No Ano Internacional da Agricultura Familiar Camponesa e Indígena, a participação social nas dis-
cussões sobre Agricultura Familiar, modelos e práticas de produção agroalimentar, são fundamentais
para a garantia da Segurança Alimentar e Nutricional e de seus marcos legais, reconhecendo como
irrevogável o Direito Humano à Alimentação Adequada e a Soberania Alimentar. Neste contexto, este
breve artigo busca convidar o nutricionista ao empoderamento sobre esse tema, articulado com a
prática profissional.
O termo Agricultura Familiar é amplo e não representa um todo homogêneo, podendo incluir vári-
os modelos de agricultura, cujos donos não sejam as grandes corporações ou investidores (Harare,
2014). Inclui pequenos produtores, possui caráter familiar, pois são operados pela mão de obra fa-
miliar (homens e mulheres) e estão ligados a diversas áreas do desenvolvimento rural, tais como:
pastoril, pesqueira, agrícola, dentre outras. A agricultura familiar abastece os mercados internos em
países subdesenvolvidos, desenvolvidos e em desenvolvimento, e tem um importante papel socio-
econômico, cultural e ambiental. No Brasil, quase 80% da produção de alimentos que compõem a
cesta básica, segundo Censo agropecuário de 2006, são provenientes da agricultura familiar.
Inserção daAgricultura Familiar x Agricultura Orgânicax Agroecologia
04
Artigo
06
Nos últimos anos, emerge vasta discussão sobre
os modelos e as práticas de sistemas agroali-
mentares. A agricultura convencional ou moder-
na, proveniente da chamada “Revolução Verde”,
apresentou-se como a solução para o aumento
da produção e oferta de alimentos. Caracteriza-
da pela mecanização do campo, utilização de
produtos químicos nas lavouras – agrotóxicos,
sementes transgênicas e monocultura extensiva
para exportação, induziu muitos agricultores fa-
miliares a adotarem o pacote tecnológico como
forma de obtenção de recursos financeiros e
aumento da produção. Vale destacar que esse
processo de modernização da produção agríco-
la veio acompanhado de políticas públicas para
o setor – crédito rural - destinado a todos os
segmentos dos produtores rurais e, na prática,
beneficiou os grandes proprietários de terra.
Diante dessa realidade, o agricultor familiar se
depara com a dificuldade em plantar, devido ao
desgaste do solo, a contaminação do meio am-
biente, a falta de crédito, o monopólio da terra
e outros bens naturais em mãos de pequenos e
poderosos grupos, principalmente corporações
transacionais [dentre outras, Monsanto, Cargill,
Syngenta]; torna-se refém dos financiadores do
sistema agroexportador.
Para responder aos danos econômicos, soci-
ais e ambientais gerados por esse modelo de
produção, movimentos em favor de uma a-
gricultura sem a utilização de insumos quími-
cos e pacotes tecnológicos têm resgatado as
boas práticas na lavoura, com um modelo de
produção de base orgânica ou agroecológica. É
importante esclarecer que o termo - Agricultura
Orgânica - refere-se à produção sem o uso de
agroquímicos ou transgenia, é baseada na com-
postagem de matéria orgânica, na adubação ex-
clusivamente orgânica, reciclagem de nutrien-
tes e na rotação de culturas, porém não inclui os
princípios éticos da agroecologia. (Wolf, 2009)
No modelo agroecológico, a produção baseia-
se na agricultura sustentável, pautada nos sa-
beres e métodos tradicionais de manejo da
terra, propõe alimentos seguros, saudáveis, va-
loriza a cultura alimentar, estimula a diversidade
ambiental e a aproximação do homem com a
natureza. Além disso, a agroecologia prima pe-
los princípios éticos e sociais de gênero, valo-
rando e significando o trabalho das mulheres
camponesas com os mesmos direitos em rela-
ção aos homens. (Abrandh, 2013)
No sistema produtivo agroecológico, o agricul-
tor familiar retoma a sua base de recursos de
maneira autônoma, fazendo uso de semen-
tes crioulas, o manejo dos recursos naturais
de forma sustentável, o cooperativismo e as-
sociativismo e a valorização de seus produtos,
uma tendência do mercado internacional. Além
disso, estabelece circuitos curtos de comercia-
lização e estabelece a conexão entre agricultor
e consumidor, através da venda direta em feiras
livres e mercados locais, garantindo a oferta de
alimentos norteados pelos princípios da Sobera-
nia Alimentar e do Direito Humano à Alimenta-
ção Adequada.
07
REFERÊNCIAS:
O Direito Humano à Alimentação Adequada e o Sistema Nacional de Segurança Alimentar
e Nutricional/ organizadora, Marília Leão. - Brasília: ABRANDH, 3013. p.24
WOLF, Luis F. Agricultura Ecológica. 2009. Disponível em: http://www.agirazul.com.br/
wolff.htm
Soberania Alimentar e Comércio. Posicionamento da Via Campesina no Ano Internacio-
nal da Agricultura Familiar – 2014. Harare. Junho de 2014. Disponível em: http://www.
viacampesina.org/es/índex.php
SOUZA, A.P. de O., ALCÂNTARA, R.L.C. Inserção da pequena agricultura familiar no mer-
cado de nichos: o caso da AGRECO no Estado de Santa Catarina- BR. Santa Catarina,
SuGESTãO DE SITES:
ARTICULAÇÃO NACIONAL DE AGROECOLOGIA (ANA). Soberania e Segurança Alimen-
tar na construção da Agroecologia. Disponível em: htt//www.agroecologia.org.br/publi-
cacoes/agroecologia.
Ministério da Saúde, disponível em: http://nutricao.saude.gov.br/publicaçoes.php
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) – Novo relatório
sobre a Fome. Disponível em: https://www.fao.org.br
CONSELHO NACIONAL DE SEGURANÇA ALIMENTAR (CONSEA). Terra: direitos patrimoni-
ais e territoriais. Disponível em: htt//www4.planalto.gov.br/consea/planarias
Zelice Pessoa é Nutricionista. Pertence ao quadro técnico da Secretaria de Desenvolvi-
mento Social e Combate à Pobreza (Sedes), onde atua há dois anos no Projeto Rede
de SAN e Cidadania para gestores públicos e sociedade civil dos municípios da Bahia.
Atualmente, faz parte da equipe do Programa Mais Água e Programa Cisternas – cons-
trução de tecnologias para captação de água no semiárido baiano. Possui atualização
em Acesso à Água e Convivência com o Semiárido – Plataforma Rede de San/FAURGS/
UFRGS – 2013/2014
+
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09
Nutricionistas precisam dominar
bem a Técnica Dietética
Atuação Profissional
O Conhecimento da Técnica Dietética é de extrema importância tanto na definição de uma conduta
alimentar quanto na criação de cardápios. Seja atuando na área clínica ou na de produção de ali-
mentos, o Nutricionista precisa dominar os indicadores da cocção, das perdas não comestíveis, da
reidratação e do processo de degelo. Além disso, segundo a Nutricionista Carlene Brito, conselheira
do CRN-5 que atua nas áreas de docência e nutrição clínica, “o Nutricionista deve saber mensurar
os gêneros alimentícios a serem prescritos e sua adequada forma de preparo no intuito de reduzir
as perdas nutricionais e adequar a situação clínica diagnosticada. Com isso, não significa que esse
profissional precisa ser exímio na culinária, mas que apresente a ciência da nutrição como uma das
suas ferramentas de trabalho”, afirma.
Para a Nutricionista e Professora Miriam Vazquez, saber cozinhar bem não é, necessariamente, um
diferencial para este profissional, já que sua responsabilidade na produção das refeições está centrada
no controle de qualidade da alimentação servida do ponto de vista nutricional, sensorial, microbio-
lógico e financeiro. Neste sentido, ela aponta a elaboração de cardápios adequados a cada realidade
como um desafio, uma vez que as Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN)) abrangem empresas
com filosofias diversas, sejam elas cozinhas dos estabelecimentos assistenciais de saúde, atividades
próprias da Alimentação Escolar e do Trabalhador, restaurantes comerciais e similares, lanchonetes,
hotelaria, serviços de buffet ou empresas fornecedoras de alimentos congelados e catering.
10
“Por outro lado, o nutricionista preocupado com
a saúde do comensal/funcionário/paciente e a
saúde financeira da UAN deverá, juntamente
com o chef/cozinheiro, criar receitas apetitosas
e nutritivas sem descuidar da disponibilidade
dos ingredientes e do custo que as compõem”,
destaca Vazquez. “Preocupa-nos, ainda, as
questões ergonômicas, o tempo gasto para a re-
alização das tarefas, além dos desperdícios com
energia, água e, sobretudo, com os alimentos.
Assim, mesmo se formos dotados do saber co-
zinhar bem, torna-se difícil para o Nutricionista
a realização profissional desta atividade, a qual
deve ficar à cargo do chef/cozinheiro”, destaca
Miriam Vazquez .
De acordo com a Nutricionista Carlene Brito,
é fundamental que o Nutricionista possua
domínio dos processos de cocção. “O conheci-
mento técnico laboratorial pode ser necessário
para apresentar o que precisa ser feito pela sua
equipe de trabalho. Mas o ‘pôr a mão na massa’
é desnecessário quando se dispõe de uma equi-
pe instruída e bem coordenada”, acredita. Para
Mirian Vazquez, a falta de habilidade do Nutri-
cionista em relação às técnicas gastronômicas
é compreensível, já que sua formação é muito
mais generalista, humanista e crítica. “Conhecer
as técnicas dietéticas para ensinar/treinar os
funcionários é suficiente, mas imagino que se
for necessário ‘colocar a mão na massa’, mesmo
sem nenhuma destreza, o Nutricionista fará isso
porque o preparo da alimentação e toda a sua
complexidade é nosso objeto de estudo. Nós
não estamos preparados para cozinhar, quem
gosta e quer se aperfeiçoar nesta área, deve
buscar um curso de gastronomia”, pontua.
Para profissionais que lamentam o fato de não
dominar as técnicas dietéticas como gostariam,
a Nutricionista Miriam Vazquez sugere que eles
criem e testem receitas/fórmulas que auxiliem
na recuperação do paciente, melhore o rendi-
mento dos atletas ou, ainda, contribuam para a
melhoria da qualidade de vida do comensal, seja
ele adulto ou criança. “Para isso, é necessário a-
tentar para as características sensoriais, as novas
pesquisas, o modismo e as tendências de uma
sociedade influenciada pela mídia e voltada
para o consumo”, diz. E completa: “Nada nos im-
pede de utilizar a cozinha da nossa casa para
testar nossos experimentos! Agora, quem quiser
se profundar na arte culinária, que é diferente
da técnica dietética, deve ingressar num curso
do SENAC ou ingressar como aluno especial em
um dos diversos cursos de Gastronomia para
cursar as disciplinas específicas do interesse de
cada um”.
O conhecimento técnico laboratorial pode ser necessário
para apresentaro que precisa ser feito
pela sua equipe de trabalho.
“
”Carlene Brito
11
Considerando que seja de pouca valia planejar e prescrever dietas se a supervisão do preparo não
acontecer, o nutricionista será bem aventurado quando desenvolver e avaliar novas fórmulas/receitas
ou produtos alimentares com foco na melhoria da alimentação humana. “A cozinha deve ser o nosso
laboratório”, finaliza Miriam Vazquez. Embora o fato de aprender a cozinhar não faça parte das com-
petências e habilidades dos Nutricionistas, como muitas Faculdades/Universidades possuem cursos
de Nutrição e Gastronomia pode ser interessante que um ofereça algumas disciplinas para o outro
como optativa para os discentes dos cursos e vice-versa.
Técnica Culinária x Arte Culinária
A arte culinária talvez seja a mais antiga de todas as artes. Nasceu com a descoberta do fogo, quando
o homem percebeu que, assando a caça, esta se tornava mais tenra e saborosa. Ervas e especiarias
foram descobertas, outras formas de cocção foram desenvolvidas e o “artista” experimentava ao aca-
so novas misturas à procura de novos sabores. Na Roma antiga, os artistas mais bem pagos eram os
cozinheiros chamado de “coqqus”.
De lá pra cá, um longo caminho foi percorrido, a mistura aleatória já não atendia aos anseios deste
ser que passou do comer para o degustar e, tornando-se cada vez mais exigente, atrelou o consumo
alimentar à saúde. Era necessário entender o que acontecia quando os alimentos passavam por qual-
quer processo culinário, para repetir os bons feitos e rechaçar os resultados desastrosos.
A alternativa foi sistematizar. Para tanto, aplicou-se no preparo dos alimentos conhecimentos de físi-
ca, química, biologia, economia e outras ciências, adotando para tanto métodos mais exatos, seguros
e econômicos. Procurou-se preservar os nutrientes e saber porque, quando e como eles se perdiam.
Nasciam assim as técnicas dietéticas agrícolas e industriais. Das técnicas dietéticas se apropriam a
nutrição e a gastronomia. O que o nutricionista não aprende são as técnicas culinárias rebuscadas
que transformaram a arte culinária em gastronomia.
Nós não estamospreparados para
cozinhar, quem gosta e quer se aperfeiçoar
nesta área, deve buscar um curso de gastronomia.
“
”Mirian Vazquez
12
CRN-5 cria setor de Conciliação parafacilitar negociaçãode débitos
Comissão de Fiscalização
Atender profissionais e empresas inadimplentes através da conciliação dos débitos existentes. Este
é o objetivo do Setor de Conciliação, que acaba de ser criado no âmbito do Conselho Regional de
Nutricionistas da 5ª Região (Bahia e Sergipe).“Neste momento, estamos na fase de identificação dos
débitos de Pessoas Físicas (PF) e Jurídicas (PJ), cancelando débitos anteriores a 2002 conforme Re-
solução do CFN e distinguindo as que tenham interposição de ações judiciais de cobrança”, explica
a coordenadora da Unidade de Fiscalização do CRN-5, Mariluze Bahia, que está temporariamente à
frente do setor. Os plantões de Conciliação já estão funcionando de segunda a sexta-feira, das 9:00 às
12:00 e das 13:00 às 16:00 horas. Para agendar atendimento específico do novo setor, PF e PJ devem
enviar um e-mail para o assistente administrativo do Regional, Joel Santana, através do endereço:
“Após realizado o levantamento dos débitos, iniciaremos as convocações via ofício, e-mail e contato
telefônico, para negociação e quitação ou parcelamento de débitos no âmbito administrativo. E,
claro, vamos aproveitar o contato para realizar a atualização cadastral de PF e PJ”, destaca Mariluze.
Não sendo atendidas as convocações ou descumprido o parcelamento, o CRN-5 credor, depois de
decorridos 30 dias da última convocação para a negociação de dívidas ou se acumuladas três ou
mais parcelas mensais de prestações não pagas, adotará as seguintes providências: 1) protesto extra-
judicial por falta de pagamento, no domicílio do devedor, fazendo-o junto ao tabelionato de protesto
de títulos competente e 2) cobrança judicial da dívida total ou do total do saldo remanescente, na
hipótese de ausência do pagamento no prazo de 180 dias contados do registro do protesto. “Pro-
testada a dívida, o CRN responsável pelo protesto poderá levantá-lo nos casos de negociação ou
renegociação de dívida, caso em que o devedor deverá pagar, diretamente ao respectivo tabelionato
de protestos de títulos, as despesas relativas ao protesto realizado”, informa a assessora jurídica do
CRN-5, Sabrina Batista.
A criação do novo setor no CRN-5 foi inspirada na Resolução CFN nº 523/2013, que institui, no âm-
bito do Sistema CFN/CRN, o Programa Nacional de Recuperação de Créditos (PNRC). Este autoriza a
redução de encargos sobre dívidas em conciliação judicial e na via administrativa e autoriza protestos
de dívidas. A Resolução CFN nº 535/2013 prorroga para 31 de dezembro de 2014 o prazo de vigência
da primeira Resolução.
13
Benefícios do PNRC
Segundo o PNRC, o pagamento das dívidas pode ser feito com os seguintes incentivos:
I – para pagamento à vista:
a) com desconto de 100% dos encargos de juros e multas, no caso de dívidas decorrentes de anu-
idades;
b) com desconto de 100% dos encargos de juros, no caso de dívidas decorrentes de multas;
II – para pagamento parcelado, em até 12 parcelas mensais e sucessivas:
a) com desconto de 75% dos encargos de juros e multas, no caso de dívidas decorrentes de anu-
idades;
b) com desconto de 75% dos encargos de juros, no caso de dívidas decorrentes de multas;
III – para pagamento parcelado, de 13 a 24 parcelas mensais e sucessivas:
a) com desconto de 50% dos encargos de juros e multas, no caso de dívidas decorrentes de anu-
idades;
b) com desconto de 50% dos encargos de juros, no caso de dívidas decorrentes de multas.
Nos casos de dívidas decorrentes de anuidades, o devedor pode optar, se lhe for mais vantajoso, pelo
pagamento do valor da anuidade vigente no ano da negociação multiplicado pelo número de anos,
ou respectivas frações, em que está em débito. Nos casos de parcelamento, nenhuma parcela poderá
ser inferior ao valor de R$ 100,00. Além disso, os débitos já parcelados só podem ser reparcelados
até a metade do número de parcelas do primeiro parcelamento. Para mais esclarecimentos, favor
contatar o CRN-5 pelo telefone (71) 3237-5652 (falar com Joel Santana).
15
Banner do CRN-5 será apresentado no XXIII CONBRAN em
Vitória-ESO Projeto “Fiscalização do cumprimento das atribuições do Nutricionista da Alimentação Esco-
lar – Gestor Público na Bahia”, realizado pelo CRN-5 em 2013, será apresentado em formato de
Banner aos participantes do XXIII Congresso Brasileiro de Nutrição (CONBRAN), no dia 20 de
setembro, das 08h30 às 12h30, suporte nº 029, no Centro de Convenções de Vitória-ES. Os re-
sultados do trabalho apontam para as dificuldades do cumprimento das atribuições obrigatórias
do Nutricionista, prevista na Resolução CFN nº 465/10, no que se refere aos indicadores qualita-
tivos do Roteiro de Visita Técnica de Alimentação Escolar – Gestor Público.
O problema verificado a partir da realização do Projeto pelo Regional está relacionado à ine-
xistência de Nutricionistas habilitados a garantir a contínua assistência alimentar e nutricional,
em decorrência da ausência de quadro técnico ou do número reduzido de nutricionistas ou,
ainda, da carga horária insuficiente do Responsável Técnico (RT).
“Qualquer um desses fatores causa um grande prejuízo ao exercício profissional do Nutricionis-
ta, compromete o objetivo do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e interfere
na realização das atividades complementares e dos procedimentos para controle de qualidade,
nos quais foi verificada uma alta incidência de não realização das atividades”, destaca a Coor-
denadora da Unidade de Fiscalização do CRN-5, Mariluze de Pinho Bahia, que assina o trabalho
aprovado pela Comissão Científica do CONBRAN.
16
Qualquer umdesses fatores causa
um grande prejuízo ao exercício profissional
do Nutricionista, e compromete o objetivo
do Programa Nacional de Alimentação Escolar
(PNAE)...
“
”Mariluze de Pinho Bahia
Metodologia
O Projeto selecionou aleatoriamente 18 micror-
regiões das sete mesorregiões da Bahia, con-
templando no total 187 municípios do Estado,
ou seja, 45% do total. Para definição da amostra,
foram utilizadas como parâmetros as micror-
regiões que possuíam entre 5 e 25 municípios
e com maior número de cidades que nunca ti-
nham sido visitados pela fiscalização do CRN-5.
Durante as visitas das fiscais do CRN-5, os Ro-
teiros de Visita Técnica (RVT) da Alimentação
Escolar – Gestor Público foram aplicados aos
Nutricionistas Responsáveis Técnicos (RT) pelo
PNAE.
Dos municípios visitados, 71 não possuíam ca-
dastro no CRN-5 e 120 não haviam declarado
o Responsável Técnico pela Alimentação do Es-
colar. Nenhum deles apresentou nutricionistas
habilitados em quantidade suficiente para ga-
rantia da contínua assistência alimentar e nutri-
cional, conforme parâmetros da Resolução CFN
nº 465/2010.
Durante a execução do projeto, foram lavrados
381 documentos para Pessoas Físicas e Jurídi-
cas, entre Termos de Visita, Termos de Notifica-
ção e Autos de Infração, com diversas solicita-
ções. Dos documentos lavrados, 283 possuíam
prazo para regularização, e destes, 99 não foram
atendidos e seguiram curso para Processo de
Infração, conforme Resolução CFN nº 511/2012.
Todos os roteiros de visitas aplicados foram
encaminhados aos respectivos municípios e
os nutricionistas foram orientados aos cumpri-
mentos de suas atribuições, conforme papel ori-
entador do Conselho.
18
“Como montar um negócio na área de alimen-
tos e nutrição?” e “Como divulgar o seu negó-
cio?” são os temas das palestras organizadas
pelo Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª
Região (CRN-5) para comemorar o Dia do Nu-
tricionista (31 de agosto) este ano em Salvador.
O Bem Viver Nutrição 2014, que será realizado
no dia 30 de agosto (último sábado do mês),
em parceria com o Sebrae, no Fiesta Convetion
Center (Hotel Fiesta), também contará com a
Mesa Redonda “Empreendedores de Sucesso –
perguntas e respostas”. “Nossa expectativa é a
melhor possível: auditório cheio, circulação de
conhecimentos e informações úteis, interação
e congraçamento da categoria. Tudo porque
temos boas razões para celebrar o nosso dia”,
declara a presidente do CRN-5, Nutricionista
Valquiria Agatte.
As Palestras serão apresentadas por repre-
sentantes do Sebrae. Já a Mesa Redonda “Em-
preendedores de Sucesso” será integrada por
nutricionistas experientes convidados pelo
CRN-5. Entre os nomes já confirmados estão
o das Nutricionistas Andréa Souza e Silva, Diva
Rocha Lima e Márcia Menezes de Melo Parana-
guá. Cada uma terá 15 minutos para contar sua
trajetória profissional desde o início até os dias
atuais, com o intuito de servir de inspiração para
o público, que poderá fazer perguntas.
Nossa expectativaé a melhor possível:
auditório cheio, circulação de
conhecimentos e informações úteis...
“
”Valquíria Agatte
Destaque
20
MANhã
7:30h – 8:00h - Credenciamento e acomodação
8:00h – 8:20h - Abertura
8:20h – 10:20h - Palestra 1: COMO MONTAR uM NEGÓCIO
NA ÁREA DE ALIMENTOS E NuTRIÇãO (2h)
- Representante do SEBRAE/BA
10:20h – 10:50h - COFFEE BREAK e Arguição dos trabalhos em Painel
10:50h – 12:00h - Palestra 2: COMO DIVuLGAR O SEu NEGÓCIO (1h)
- Representante do SEBRAE/BA
12:00h – 13:30h - INTERVALO PARA ALMOÇO (Não incluso)
TARDE
13:30h – 14:25h - APRESENTAÇÃO ORAL DOS TRABALHOS CIENTÍFICOS
Mediadora: Nut. Márcia Magalhães (Conselheira)
14:30h – 15:30h - MESA REDONDA
“NuTRICIONISTAS EMPREENDEDORES DE SuCESSO: PERGuNTAS E RESPOSTAS”
Convidado 1 – Diva Eleonora da Rocha Lima (CRN-5/0441)
- Área: Educação continuada
Convidado 2 – Andréa Souza e Silva (CRN-5/1897)
- Área: Clínica e Consultório
Convidado 3 – Márcia M. de Mello Paranaguá (CRN-5/0434)
- Área: Consultorias em UAN
Convidado 4 – Domitila Santos Amaral (CRN-5/4215)
- Área: Refeições saudáveis congeladas.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
16:00h – ANÚNCIO DOS RESULTADOS E ENTREGA DO PRÊMIO
DRª ANGEOLINA ROSSI NAS CATEGORIAS APRESENTAÇAO ORAL E PAINEL.
> Homenagem aos Profissionais pelo Dia do Nutricionista.
> Entrega de fraldas descartáveis arrecadadas
para Instituição de caridade pré definida.
> Encerramento.
PROGRAMAÇãO
21
Em Sergipe, o Bem Viver Nutrição 2014, evento comemorativo ao Dia do Nutricionista voltado para
profissionais e estudantes do curso de Nutrição, será promovido pelo CRN-5 no dia 5 de setembro
na Faculdade Estácio de Sergipe/FASE, em Aracaju (Rua Teixeira de Freitas, 10, Salgado Filho), das
18:30 às 21:30 horas. Na ocasião, o público poderá conferir a Mesa Redonda “Atualização do Nutri-
cionista na Terapia Nutricional”, mediada pelo Nutricionista Gilcélio Almeida, conselheiro do CRN-5.
As inscrições estão encerradas e os inscritos devem entregar um pacote de fraldas no dia e local do
evento para doação.
PROGRAMAÇãO
18:30h às 19:00h – Acolhimento e acomodação
19:00h às 19:10h – Abertura e formação da Mesa
19:10h às 19:50h – PALESTRA “TERAPIA NuTRICIONAL DO PACIENTE CRíTICO”
- Dr. Marcelo Rocha (CRN-5/ 2799)
19:50h às 20:30h – PALESTRA “TERAPIA NuTRICIONAL NA ONCOLOGIA”
- Dra. Miriam D. Barros (CRN-5/ 1723)
20:30h às 21:00h - Perguntas e debate
21:00h às 21:30h - Coquetel de Encerramento
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A Nutricionista Thaisy Honorato é Mestre em Alimentos, Nutrição e Saúde. Além de atuar
na área clínica do Hospital Geral Roberto Santos através da Secretaria de Saúde da Bahia,
é docente titular do Curso de Nutrição da Universidade do Estado da Bahia e Coorde-
nadora do Núcleo de Nutrição Clínica da Residência Multiprofissional da UNEB. Nesta
edição da “CRN-5 em Revista”, esta profissional apresenta informações relevantes sobre a
Residência em Nutrição. Confira:
CRN-5 - Após a Faculdade, o que é mais indicado: fazer uma especialização ou uma
Residência em Nutrição? Por que?
Thaisy honorato - Isso depende do objetivo do profissional. Alguns nutricionistas optam
por realizar a especialização, conciliando as aulas teóricas com um ou mais vínculos em-
pregatícios em Nutrição. Existem ainda aqueles profissionais que querem atuar na vida
acadêmica e optam por realizar diretamente o Mestrado. A Residência, por sua vez, cons-
titui um treinamento em serviço, de dedicação exclusiva, em que se possibilita a aqui-
sição de grande aprendizado profissional, caracterizado pela vivência prática associada a
atividades teóricas e teórico-práticas realizadas no decorrer dos dois anos da Residência.
Como em geral nossos currículos de graduação em Nutrição são compostos por grande
quantidade de disciplinas teóricas, observa-se uma carência de maior vivência prática do
profissional antes de assumir um vínculo empregatício na área de saúde. A Residência
emerge assim com o objetivo de possibilitar essa experiência.
Formação Profissional / Entrevista
Residênciaem Nutrição requer dedicação exclusiva
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CRN-5 – Quais as vantagens da Residência em
Nutrição para a formação e qualificação do Nu-
tricionista?
Th - A Residência possibilita o aprendizado
em campo prático, que se caracteriza como
um treinamento em serviço sob supervisão de
profissionais habilitados. Lidar com desafios
e dificuldades, ao mesmo tempo aprendendo
a trabalhar de forma adequada, torna o nutri-
cionista residente muito mais maduro ao final
de dois anos do que quando iniciou suas ativi-
dades. Isso promove não apenas o contato entre
o mundo do trabalho e o mundo da formação,
mas um processo de educação permanente em
saúde. Assim, a Residência favorece a formação
de um profissional de saúde mais qualificado e
valorizado diante do mercado de trabalho.
CRN-5 – Há desvantagens na Residência em
Nutrição, do tipo baixa remuneração ou outras?
Se sim, quais são?
Th - Toda experiência profissional sempre é
válida e recompensadora se não vai de encon-
tro às atribuições da nossa profissão e se esta-
mos atuando na área em que temos afinidade.
A remuneração da Residência em Nutrição é
a mesma para todas as profissões em todas as
Residências da área de Saúde. É uma remune-
ração com valor superior a muitos setores da
Nutrição; porém, obviamente ainda bem in-
ferior ao que mereceríamos receber diante da
responsabilidade que assumimos ao lidar com a
vida de pessoas. Não devemos desmerecer uma
grande vantagem da Residência, que é a de atri-
buir ao nutricionista, ao final de dois anos, o tí-
tulo de especialista na área em que atuou, o que
o torna notadamente valorizado no mercado de
trabalho. Quem opta por cursar a Residência,
entretanto, deve estar ciente da impossibilidade
de assumir qualquer outro vínculo profissional
remunerado no período vigente da bolsa da
Residência. Cabe ressaltar, ainda, um diferencial
da Residência Multiprofissional, que é possibili-
tar a vivência entre profissionais de diferentes
profissões, favorecendo o maior intercâmbio ao
se atuar em equipe interdisciplinar.
CRN-5 – Poderia citar quais os locais que ofe-
recem Residência em Nutrição na Bahia?
Th - De acordo com o último edital do Processo
Seletivo Unificado para Residência Multiprofis-
A demanda por vagas nas Residências em
Nutrição tem sido cada vez maior, o que
sugere a possibilidade de ampliação nos
próximos anos.
“
”Thaisy Honorato
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sional em Área da Saúde da Bahia, existem cam-
pos de Residência em Nutrição oferecidos pelas
seguintes Universidades: Universidade Federal
da Bahia (UFBA), Universidade do Estado da Ba-
hia (UNEB), Universidade Salvador/UNIFACS, em
Salvador; Faculdade Pernambucana de Saúde
(FPS), em Juazeiro; Universidade Federal do
Recôncavo da Bahia (UFRB), em Feira de San-
tana e região.
CRN-5 – Como avalia as Residências em Nu-
trição oferecidas atualmente? (Desafios e Pers-
pectivas)
Th - As residências atuais em Nutrição, em sua
maioria, são bastante recentes, encontrando-
se portanto em um processo de construção e
amadurecimento. A cada ano existe um apren-
dizado adquirido pela vivência, pelos resultados
de ações tomadas, por mudanças de estratégias,
por transformações nos campos de atuação.
Existe muito a avançar; a demanda por vagas
nas Residências em Nutrição tem sido cada vez
maior, o que sugere a possibilidade de amplia-
ção nos próximos anos.
Entretanto, o progresso tem se restringido
bastante por conta de algumas limitações. As
Residências sofrem com dificuldades geradas
pela falta de investimento financeiro. Em geral,
apenas a bolsa do Residente é fornecida, e res-
ta às Universidades, com seu quadro reduzido
de profissionais, providenciar coordenadores,
tutores, professores para aulas teóricas, equi-
pamentos. Isso torna nossa atividade bastante
desafiadora.
CRN-5 – Como tem sido sua experiência como
coordenadora da Residência Multiprofissional
da Uneb (área de Nutrição Clínica)?
Th - Como citei anteriormente, é bastante de-
safiador lidar com essa atividade. Posso dizer
que foi o maior desafio profissional que assumi
até o momento. Encontro-me nessa coordena-
ção há cerca de dois anos, quando desenhamos
a Nutrição Clínica como o novo Núcleo a com-
por a Residência Multiprofissional da UNEB. O
primeiro ano foi bastante desgastante físico e
emocionalmente, pelo fato de estarmos cons-
truindo tudo, começando praticamente do zero.
As coordenações gerais da Residência e dos de-
mais núcleos também estavam sendo substituí-
das, portanto todas nós estávamos nos famili-
arizando com a estrutura prática e teórica da
Residência, ao passo que recebíamos uma nova
turma de profissionais-residentes. Entretanto,
conto com uma ótima equipe de trabalho, o
que inclui os colegas-parceiros da UNEB, os
hospitais com quem realizamos parcerias e os
residentes. Posso dizer que, superados alguns
desafios, e mantendo o processo de amadure-
cimento a cada passo, tem sido emocionante e
recompensador ver os resultados de um traba-
lho digno, fruto de intensa dedicação e realiza-
do com muito amor.
Lidar com desafios e dificuldades, ao mesmo tempo aprendendo a trabalhar de formaadequada, torna o nutricionista residente muito mais maduro ao final de dois anosdo que quando iniciou suas atividades.
“
”Thaisy Honorato
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A interação entre Técnicos em Nutrição e Dietética (TNDs), estudantes do Curso Técnico e Conselho
Regional de Nutricionistas da 5ª Região (Bahia e Sergipe) marcou o Ciclo de Palestras promovido pelo
CRN-5 no dia 21 de Julho, na Faculdade Área 1, em Salvador, durante comemoração ao Dia do TND
(27 de Junho). Além da apresentação das palestras e do coquetel de congraçamento da categoria,
previstos na programação, conselheiros, fiscal e outros funcionários da autarquia tiveram a oportuni-
dade de esclarecer dúvidas do público, além de incentivar os TNDs a lutarem pelo fortalecimento e
valorização profissional através da criação de um sindicato próprio, ainda inexistente na Bahia. Os
conselheiros Rita de Cássia Ferreira (CRN-5/ 1887), Carlene Brito (CRN-5/1157), Emerson Palmeira
(CRN-5/1776), Márcia Magalhães (CRN-5/1513) e Flávia Martins (CRN-5/1225) prestigiaram o evento.
Atuação em Restaurantes
Após breve abertura feita pela Diretora do CRN-5, Rita de Cássia Ferreira, a Nutricionista e Professora
Margaret Mendes (CRN-5/3222) ministrou a palestra “Atuação do Técnico no apoio às consultorias
para restaurantes”. Em sua abordagem, ela destacou que os Técnicos em Nutrição precisam conhecer
bem certos documentos, tais como o Código Sanitário do município onde irá atuar, além do Alvará
Sanitário. “Este é necessário para o pleno funcionamento legal do estabelecimento de alimentação
e nutrição, além de ser exigido nos processos licitatórios, empréstimos bancários e, sobretudo, para
garantir a segurança do cliente”, destacou.
Margaret pontuou que além de atentar para documentos obrigatórios, Técnicos que atuam em res-
taurantes devem auxiliar os Nutricionistas na garantia da desinsetização (controle a acompanhamen-
to do serviço); limpeza do reservatório de água pelo menos a cada seis meses (RDC 216/64); análise
regular da água utilizada para consumo humano; Atestado de Saúde Ocupacional (ASO);inspeção
sanitária (estrutural e operacional); seleção de fornecedores; Manual de Boas Práticas a POP’s. “Lem-
brando que estes Manuais só podem ser elaborados pelo Nutricionista, mas este poderá contar com
o importante apoio do Técnico tanto na sua elaboração quanto no acompanhamento do cumpri-
mento das exigências apresentadas no Manual”, disse.
Interatividade marca evento comemorativo ao Dia do TND
Espaço do Técnico
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Atuação na Nutrição Clínica
“Competências do TND na área Clínica” foi o
tema apresentado pela segunda palestrante,
Nutricionista Cleide Rodrigues (CRN-5/3240).
Após lembrar as diferenças entre Nutricionis-
tas e Técnicos em Nutrição e Dietética, a pro-
fessora falou sobre as competências dos TNDs
apresentadas na Resolução CFN nº 312/2003 e,
em seguida, destacou as diferentes formas de
atuação deste profissional especialmente na
nutrição clínica.
“Para colaborar com o Nutricionista nesta área,
o TND precisa saber utilizar bem alguns instru-
mentos: balança, fita inelástica, adipômetro
e formulários (anamnese, inquéritos alimen-
tares, dentre outros). Se ele estiver preparado
para ministrar palestras para o público na sala
de espera, por exemplo, melhor ainda. Será um
diferencial importante”, frisou. Conhecer medi-
das antropométricas, equipamentos e técnicas
de pesagem também é fundamental. Antes de
parabenizar os TNDs pelo seu Dia e finalizar sua
apresentação, Cleide Rodrigues deixou uma
mensagem sobre sucesso para o público.
Ética na Profissão
Na última etapa do Ciclo de Palestras pro-
movido pelo CRN-5 o Técnico em Nutrição e
Dietética e Bacharel em Direito, Joel Santana (T-
0367), Assistente Administrativo do CRN-5, falou
sobre o “Perfil traçado pelo Código de Ética do
TND”. Após traduzir termos jurídicos para facili-
tar a compreensão do público, o palestrante co-
mentou alguns dos principais artigos do Código
de Ética, contextualizando-os para a realidade
vivenciada pelos TNDs. “Nós, Técnicos, temos
a obrigação de não apenas conhecer bem a
legislação relacionada à nossa profissão, como
devemos, continuamente, atualizar nossos co-
nhecimentos”, incentivou.
Joel Santana destacou que, conforme o Código
de Ética da Profissão, todo Técnico em Nutrição
deve estar preparado para “opinar em assun-
tos básicos de alimentação e nutrição (…)”, “(…)
poderá participar de pesquisas relacionadas à
sua área de atuação”, além de “(…) divulgar e
propagar os conhecimentos básicos de alimen-
tação e nutrição, prestando esclarecimentos
com finalidade educativa e de interesse social”.
Ainda incentivando seus pares a ampliar a
busca pelo conhecimento, Joel Santana falou-
lhes sobre a necessidade de “pautarem sua atu-
ação profissional na análise crítica da realidade
política, social e econômica do país”. Embora o
destaque da última palestra tenha sido para o
perfil “difusor de conhecimento” apresentado
no Código de Ética do TND, outros perfis tam-
bém foram expostos pelo TND: honestidade,
gentileza, prudência, respeito e justiça. “Além
de trabalhar pautados nesses valores, devemos
colaborar com a fiscalização da profissão e ins-
pirar confiança se quisermos ampliar nossa visi-
bilidade profissional e ter o reconhecimento do
mercado de trabalho”, finalizou, não sem antes
comentar a importância da criação de um Sin-
dicato dos TND na Bahia.
Nós, Técnicos, temosa obrigação de não
apenas conhecer bem a legislação relacionada
à nossa profissão, como devemos,continuamente, atualizar nossos conhecimentos.
“
”Joel Santana (T-0367)
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“Competências e Atuações do Técnico em Nutrição e Dietética” será o tema do Ciclo de Palestras
que o CRN-5 promoverá no dia 6 de setembro na Faculdade Estácio de Sergipe (FASE), em Ara-
caju, das 8:30 às 12:30 horas. Para solicitar inscrição gratuita no evento, os TND devem enviar nome
completo e número do CRN-5 para o e-mail [email protected]. Estudantes do curso
técnico, por sua vez, devem informar nome completo e nome da instituição onde estudam. Além
disso, no dia do evento, os inscritos devem levar um pacote de fralda descartável para doação. As
inscrições serão confirmadas pelo CRN-5 por e-mail.
Ciclo de Palestras para Técnicos em Nutrição
de Sergipe