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Criatividade em Educação O contributo da matemática e da ciência 4 de julho de 2017 PROGRAMA ....................................................... 6 º Seminário de matemática e ciências experimentais .......................................................

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Criatividade em Educação

O contributo da matemática e da ciência

4 de julho de 2017

PROGRAMA

.......................................................

6º Seminário de matemática e ciências experimentais.......................................................

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ApresentaçãoA Escola Superior de Educação de Lisboa realiza o 6.º Seminário de Matemática e Ciências

Experimentais em 4 de julho de 2017, subordinado à temática “A criatividade em educação:

o contributo da Matemática e das Ciências”.

O VI Seminário, aprofundando o seu caráter de espaço de partilha de práticas e estudos que

contribuam para o desenvolvimento profissional de todos/as os/as participantes, destina-se a

profissionais da educação pré-escolar e dos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, a estudantes e

docentes de instituições de ensino superior que formam docentes e educadores/as, a profes-

sores/as de outros níveis de ensino, assim como a investigadores/as e demais profissionais

ligados/as à educação formal e não formal.

Retendo aspetos essenciais dos Seminários anteriores, o VI Seminário abre uma chamada de

comunicações e, mantendo a participação muito relevante de professores do 1.º e 2.º ciclos

do ensino básico, procura dar igual relevo e voz à educação pré-escolar, seus profissionais e

problemas de ensino e aprendizagem da Matemática e Ciências experimentais até aos 6

anos de idade.

O quadro estratégico para a cooperação europeia em educação e formação estabelecido

pelo Conselho Europeu em 2009, definiu como um dos quatro objetivos estratégicos a

promoção da criatividade e da inovação em todos os níveis de ensino e formação. Diversos

estudos, dos quais a diretiva do Conselho Europeu fez eco, definem as competências essen-

ciais para o século XXI. De entre estas, conta-se a resolução de problemas não rotineiros, a

qual exige a utilização do pensamento crítico e criativo para examinar um leque alargado de

informação, reconhecer padrões, e selecionar a informação para chegar ao diagnóstico do

problema; inclui criatividade para criar soluções novas e inovadoras, integrar informação apa-

rentemente não relacionada e percecionar possibilidades que a outros passarão despercebi-

das. Assim, as duas Conferências Plenárias, abordando esta temática, enquadram o conjunto

de simpósios, painéis, sessões práticas e mostra de atividades que abarcam os assuntos tão

diversos quanto os interesses dos seus proponentes.

Bem-vinda, bem-vindo ao 6.º Seminário de Matemática e Ciências Experimentais.

A Comissão Organizadora,

Ana Caseiro, Bianor Valente, Carlos Luz, Paulo Maurício e Susana Torres

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Programa9h15|9h30 Sessão de Abertura | Salão Nobre

Presidente ESELx

Presidente CIED

Comissão Organizadora

9h30|10h30 Conferência Plenária [1] | Salão Nobre

A criatividade na aula de matemática: algumas ideias

Isabel do Vale | Escola Superior de Educação de Viana do Castelo

13h30 | 14h30 Sessão Plenária | Salão Nobre

Estudos Internacionais PISA e TIMSS - Contributos para a reflexão e... para a decisão?

12h15 | 13h30 Almoço

10h45 |12h15 Sessões simultâneas

8h30|9h15 Receção dos/as participantes

Sessão Prática [1]

Sala P1.4

Professora, este

sólido já existe?

Ou é um

Henricaedro?

Lina Brunheira e

Marisa Gregório

Sessão Prática [5]

Sala 114

Creative Lab: Sismos

e construções

humanas

Bento Cavadas e

Nelson Mestrinho

Sessão Prática [2]

Sala P1.2

Pensar a cultura de

sala de aula para

estimular a criativi-

dade

Cristina Morais,

Helena Gil,

Joana Conceição,

Mª João Costa e

Sofia Garcia

Sessão Prática [3]

Sala 110

Atividades sensoriais

de contacto com o

meio envolvente

António Almeida

Sessão Prática [4]

Sala 118

As crianças como

agentes de saúde

ambiental: O som

Escola Ciência Viva

Alexandra Souza

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10h45|12h15 Sessões simultâneas

Painel [1]

Anfiteatro

Das perguntas das

crianças aos projetos

em Educação de

Infância

Luísa Vinagre,

Noélia Fernandes,

Elsa Ferreira e

Ana Júlia Cavaco

Carla Rocha,

Manuela Rosa e

Nuno Melo

ModeraçãoTiago Almeida

Simpósio de Comunicações [A] Sala 301Pré - escolar

Experiências de interdisciplinariedade entre Matemática e Educação Artística Visual no Pré-escolar - Projeto MARTE1618Cristina Loureiro

Interdisciplinaridade entre Matemática e Educação Artística Visual Cristina Loureiro, Sílvia Castro e Cecília Guerra

Como trabalhamos a matemática na crecheSílvia Nunes e Sandra Cardoso

As ciências em creche: uma via divertida para a aquisição de hábitos de higieneRema, D., Gonçalves, A., Cruz, A.A. eParamés, A.

ModeraçãoCristina Loureiro

Simpósio de Comunicações [B]Sala 3091.º e 2.º ciclo

A construção de um canteiro e cultivo de plantas na sala de aula como contexto para o desenvolvi-mento do sentido de número racional e de integração disciplinar.Célia Dias e Graciosa Veloso

Uma parceria entre a arte e a matemáticaMargarida Gonçalves

Que estratégia escolho eu?A importância da resolução de proble-mas e das interações sociaispara a aprendizagem matemáticaAmorim, S. e Machado, R.

Uso do Plickers na aula de MatemáticaFerreira, C.

ModeraçãoGraciosa Veloso

Simpósio de Comunicações [C]Sala P1.11.º e 2.º ciclo

Experiências de ensino visando o desenvolvimento da flexibilidade de cálculo e do raciocí-nio quantitativoMargarida Rodrigues e Lurdes Serrazina

Educação matemáti-ca e ambiental com sensoresna formação em Educação BásicaMaria João Silva eMargarida Rodrigues

Esquemas de solução de situações de multiplicação e divisão no 4º e 5º anoEurivalda Santana

A Flexibilidade de cálculo multiplicativo: um estudo no 3.º Ano Sónia Santos e Margarida Rodrigues

ModeraçãoMargarida Rodrigues

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14h30|16h Sessões simultâneas

Sessão Prática [6]

Sala P1.4

Número racional

como medida de

grandeza

Célia Dias e

Graciosa Veloso

Sessão Prática [7]

Sala P1.2

CONTAR HISTÓRI-

AS! - A matemática

à solta nas histórias

para a infância

Kathy Silva

Sessão Prática [8]

Sala 204

Utilização dos

jogos online em

sala de aula

Marisa Correia e

Raquel Santos

Sessão Prática [9]

Sala 118

Explorando a luz e

a cor no Jardim de

Infância e no 1º

Ciclo do Ensino

Básico

Pedro Sarreira e

Nuno Melo

Sessão Prática [10]

Sala 114

As crianças como

agentes de saúde

ambiental:

A qualidade do ar

Maria João Silva,

Carina Rodrigues e

Sofia Godinho

Sessão Prática [11]

Ginásio

O jogo como

ferramenta

pedagógica:

A relação entre a

Educação Física e a

Matemática

Carla Rocha

16h15|17h15 Conferência Plenária [2] | Salão Nobre

Criatividade no Ensino das Ciências nos Primeiros Anos

Manuel Filipe Costa | Universidade do Minho

17h15|17h30 Encerramento | Salão Nobre

Comissão Organizadora

Presidente da ESELx

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14h30|16h00 Sessões simultâneas

Painel [2] Anfiteatro

Projeto PREDINATUR

– Recursos educa-

tivos interdisciplin-

ares para a Lagoa

Pequena

António Almeida,

Margarida Rodrigues,

Catarina Laranjeira,

Rita Lage,

Sara Ferreira,

Filipa Almeida,

Ana Catarina

Marques,

Ana Isabel Silva,

Daniela Branco,

Inês Costa,

Daniela Vieira,

Joana Coelho,

Marta Silva,

Bernardete Silva,

Céu Arroja,

Diogo Pessanha e

Inês Oliveira

ModeraçãoAntónio Almeida

Simpósio de

Comunicações [D] Sala 301

Pré-escolar

A Matemática e as Ciências em CrecheRita Rovisco

A Matemática e as Ciências na Educação Pré-EscolarAmandine Pereira

Porta Aberta para a Matemática e as Ciências na rotina e agenda semanal do Jardim de InfânciaSofia Valente

Ciência por miúdos... Miúdos a descobrir ciência Cláudia Simões e Pedro Pereira Afinal, onde moro? Rita Farto

ModeraçãoManuela Rosa

Simpósio de

Comunicações [E] Sala 307

1.º e 2.º ciclo

Cultura de sala de aula — Um projeto em desenvolvimentoCristina Morais, Helena Gil, Joana Conceição,Mª João Costa eSofia Garcia

Sementes criativasBento Cavadas e Nuno Mestrinho

CriaLabClass – Experimentando na sala de aula com criatividadeDomingos, P.,Ferreira, V. eMarques, M.

Criatividade Compar-tilhada em Matemáti-ca: solidarizando ideias na resolução de problemas matemáticos abertosCarvalho, A. T.

ModeraçãoPedro Almeida

Simpósio de

Comunicações [F] Sala P1.1

1.º e 2.º ciclo

Expressões numérica na promoção do pensamento relacion-al: Estratégias de alunos do 1.º cicloNeusa Branco e Susana Colaço

MATEMÁTICA E CRIATIVIDADE - Contextualização da intervençãoAzevedo, S. e Tavares,M.

Passeios aleatórios – uma atividade feita em aulaSilvestre, C. eMeireles, A.

Pensamento Matemático:Exploração de histórias escritas por alunos Sofia Rézio

EsgriMáticaNuno Frazão e Sandra Santos

ModeraçãoLina Brunheira

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ResumosConferência Plenária [1]

A criatividade na aula de matemática: algumas ideias

Isabel do Vale | Escola Superior de Educação de Viana do Castelo

Conferência Plenária [2]

Criatividade no Ensino das Ciências nos Primeiros Anos

Manuel Filipe Costa | Universidade do Minho

A criatividade começa com a curiosidade e implica o envolvimento dos alunos na exploração de tarefas através das quais possam, entre outros aspetos, manifestar imaginação e originalidade. A criatividade pode ser desenvolvida em diferentes níveis de ensino e em estreita ligação com a matemática, pois é uma das suas facetas a explorar por todos os alunos. Contudo, o desenvolvi-mento da criatividade não depende apenas do que os alunos fazem, mas essencialmente do modo como nós, professores, atuamos e das tarefas que propomos. Estimular o desenvolvimento da criatividade envolve utilizar tarefas que provoquem nos alunos ter muitas ideias diferentes sobre essa tarefa, dando-lhes a possibilidade de alterar o seu modo de pensar, o que permite que possam surgir ideias originais. Nesta conferência serão discutidas algumas ideias sobre a criatividade na aula de matemática, em particular, será realçada a importância de determinadas tarefas.

O rápido desenvolvimento da ciência e tecnologia e o seu efeito quase imediato na sociedade, exige uma resposta rápida dos cidadãos que lhes permita não só aproveitar todos os benefícios deste acelerado desenvolvimento como também lidar de forma positiva com a incerteza, insegu-rança e complexidade crescentes das sociedades modernas. Pensar e agir de forma criativa e inovadora adaptando-se proactivamente a circunstâncias em constante alteração é fundamental para garantir a adaptação e o sucesso do indivíduo, o seu bem-estar emocional e qualidade de vida. Mais uma vez a Escola tem que assumir um papel decisivo adaptando-se de forma a dar aos seus alunos, tão cedo quanto possível, melhores condições para enfrentarem os desafios e a complexi-dade da sociedade atual. Nesta linha de pensamento o projeto Europeu FP7 nº 289081 – “Creative Little Scientists: Enabling Creativity through Science and Mathematics in Preschool and First Years of Primary Education” focou-se da avaliação do estado do recurso à criatividade no ensino das ciências e da matemática nos primeiros do ensino produzindo um conjunto de recomendações que se resumirão nesta comunicação. Um exemplo prático de uma proposta de intervenção no ensino pré-primário será apresentado.

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Sessão Plenária

Estudos Internacionais PISA e TIMSS - Contributos para a reflexão e... para a decisão?

O que dizem os resultados dos testes PISA e TIMSS sobre a aprendizagem das ciências?

Leonor Saraiva | Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal | UIDEF, Instituto

de Edu-cação da Universidade de Lisboa

Em Portugal, a educação em ciências regressa, por vezes, ao debate público a propósito do desempenho dos alunos nas avaliações internacionais, tal como sucedeu há meses, após a pu-bli-cação dos resultados dos testes TIMSS e PISA, aplicados em 2015. Apesar destes testes pos-suírem focos diferentes − o TIMSS incide no conhecimento curricular dos alunos e o PISA nas capacidades que os alunos possuem para aplicar o conhecimento científico em situações reais − alguns autores consideram que fornecem informações valiosas para a promoção da educação científica. No caso português, os relatórios nacionais do TIMSS (4º ano de escolaridade) e do PISA (alunos com 15 anos de idade) revelam resultados contraditórios. No TIMSS, Portugal bai-xou da 19ª para a 32ª posição no ranking. Os resultados do PISA mostram que a média dos alunos portu-gueses é significativamente superior à obtida no ano de 2006 e à média da OCDE. Nesta sessão, analisa-se brevemente a situação referida, focando aspetos relacionados com o que medem os testes e apontando algumas explicações sobre as diferenças no desempenho dos alunos.

O que dizem os resultados dos testes PISA e TIMSS sobre a aprendizagem da matemática?

Teresa Moreira | Associação de Professores de Matemática

No que se refere à educação em matemática esta tem sido uma constante no debate público muitas vezes, a propósito do desempenho dos alunos nesta disciplina. As avaliações interna-ci-onais, apesar de possuírem focos diferentes − o TIMSS incide no conhecimento curricular dos alunos e o PISA nas capacidades que os alunos possuem para aplicar o conhecimento científico em situações reais − têm sido consideradas como fonte de informações valiosas para a valida-ção do sistema de ensino vigente. Nesta sessão, analisa-se brevemente alguns dos resultados mais recentes (2015) nestas provas, focando aspetos relacionados com o que medem os testes e apontando alguns contributos para a reflexão acerca do papel da matemática na formação do indivíduo. ciências e da matemática nos primeiros do ensino produzindo um conjunto de recomendações que se resumirão nesta comunicação. Um exemplo prático de uma proposta de intervenção no ensino pré-primário será apresentado.

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Painel [1]

Das perguntas das

crianças aos projetos

em Educação de

Infância

Luísa Vinagre,

Noélia Fernandes,

Elsa Ferreira e

Ana Júlia Cavaco

Carla Rocha,

Manuela Rosa e

Nuno Melo

Painel [2] Projeto PREDINATUR

– Recursos educa-

tivos interdisciplin-

ares para a Lagoa

Pequena

António Almeida,

Margarida Rodrigues,

Catarina Laranjeira,

Rita Lage,

Sara Ferreira,

Filipa Almeida,

Ana Catarina

Marques,

Ana Isabel Silva,

Daniela Branco,

Inês Costa,

Daniela Vieira,

Joana Coelho,

Marta Silva,

Bernardete Silva,

Céu Arroja,

Diogo Pessanha e

Inês Oliveira

Este simpósio de comunicações tem como objetivo apresentar o trabalho desen-volvido na unidade curricular de Conhecimentos e Docência em Educação de Infância do curso de Mestrado em Educação Pré-Escolar da ESELx bem como, através de alguns projetos desenvolvidos em contexto de jardim de infância, mostrar como a Metodologia de trabalho de Projeto estimula e amplia a curiosi-dade das crianças, ajudando-as a descobrir, explorar e interpretar o mundo de uma forma integrada.

O projeto PREDINATUR – Produção de Recursos Educativos para Áreas de Interesse Natu-ral - surgiu com a finalidade de ajudar a promover atividades de outdoor em locais de inter-esse natural. O afastamento dos nossos jovens em relação ao mundo natural tem sido uma realidade na nossa sociedade. Mas, uma vez que o mundo natural se apresenta com uma riqueza de elementos e de estímulos, não comparável à dos ambientes artificiais, a falta de contacto com a natureza traduz um claro empobrecimento das vivências das crianças e jovens. As consequências desta tendência são graves, quer no que se refere ao desenvolvimento integral das crianças, quer em relação ao conhecimento e conceções que as mesmas desenvolvem sobre o mundo natural. A Escola pode ajudar a atenuar esta situação, assim como as entidades de ensino não formal mais diretamente relacionadas com a natureza. Todavia, a falta de recursos educa-tivos e de conhecimento científico acerca das áreas naturais podem constituir um entrave à mobilização dos professores para a sua visitação. Assim, o projeto PREDINATUR visa possibilitar o acesso a recursos para diferentes áreas naturais, que podem ser adaptados pelos docentes e outros interessados de acordo com as suas necessidades. A primeira área natural que foi objeto de construção de recursos educativos foi a Lagoa Pequena, situada no concelho de Sesimbra, fruto de um protocolo de colaboração assinado com a SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves. Os primeiros recursos e respetivos instrumentos de avaliação vão ser assim objeto de uma primeira divulgação, assim como serão apresentados, com maior pormenor, os objetivos do projeto.

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Simpósio de Comunicações [A]

Experiências de interdisciplinariedade entre Matemática e Educação Artística Visual no Pré-escolar - Projeto MARTE1618Cristina Loureiro

Interdisciplinaridade entre Matemática e Educação Artística Visual Cristina Loureiro, Sílvia Castro e Cecília Guerra

No âmbito do projeto MARTE1618 são realizadas oficinas de formação cujos participantes são educadores e professores do 1.º Ciclo. Os conteúdos das ações de formação estão organizados de modo a permitirem a sistematização e aprofundamento de temas específi-cos da matemática ou das artes visuais em momentos distintos da ação e alternam com a abordagem de temas comuns às duas áreas de conhecimento, focados no estudo dos recursos a utilizar e nas tarefas a experimentar com as crianças. No que respeita à matemática são trabalhados conteúdos ligados a combinatória e representações recor-rendo a cores, padrões de repetição, simetria, representações a duas e a três dimensões e relações entre estas representações, e raciocínio visual. Quanto à educação visual, explo-ram-se aspetos da literacia visual e são abordados conteúdos como as metodologias de leitura da obra de arte, a interpretação e compreensão dos elementos da gramática visual, identificação e análise de composições modulares. A par destas orientações são aborda-das e analisadas obras de artistas que recorrem a processos matemáticos na sua criação. Os artistas são identificados a partir de pesquisas sobre as suas obras, maioritariamente associados à arte abstrata e a movimentos como a OpArtA partir dos conteúdos trabalhados nas sessões de formação, os participantes realizam experiências com crianças em que as atividades seguem um plano sequencial que pode integrar atividades focadas nas duas áreas, matemática e artes visuais, ou exclusivamente numa delas. Sendo que uma sequência de atividades culmina sempre com a produção de uma obra no âmbito das artes visuais, promovendo a exploração plástica dos materiais, suportes e linguagem visual, tendo em conta o conhecimento de processos de criação e assumindo uma abordagem exploratória de nível elementar. Nesta comunicação serão apresentadas algumas experiências realizadas pelas educado-ras responsáveis pela sua dinamização.A equipa de experimentadoras do projeto é constituída pelas educadoras: Ana Cecília Guerra, Leonor Henriques, Margarida Rainha, Maria Aguiar, Maria João Nunes, Regina Garcia, Sofia Tonicher.

Nesta comunicação apresentaremos o resultado de algumas experiências do projeto MARTE1618. Este projeto tem como objetivo experimentar e estudar atividades que envolvem simultaneamente aprendizagens matemáticas e de educação artística, em contexto de educação formal. Pretendemos que o aprofundamento multidisciplinar, com olhares diversos sobre os mesmos objetos, ajude a promover um maior conhecimento dos mesmos e dos processos inerentes à sua criação. Subjacente a este trabalho está o propósito de realizar uma pesquisa acerca das múltiplas interseções entre as artes plásti-cas e a matemática designadamente: a) Ao nível dos processos criativos e dos processos de raciocínio matemático; b) Da análise e fruição da obra de arte, assinalando e compreen-dendo a presença de conceitos e métodos matemáticos na sua estrutura formal/concep-tual; c) Ao nível dos contributos recíprocos para a compreensão das caraterísticas inerentes aos processos de raciocínio matemático e do desenvolvimento da literacia artística, compreendendo as dimensões da experimentação, do raciocínio, da fruição e da análise.No que respeita à matemática têm sido trabalhados conteúdos ligados a combinatória e representações recorrendo a cores, padrões de repetição, simetria, representações a duas e a três dimensões e relações entre estas representações, raciocínio visual. Quanto à litera-cia artística os conteúdos são metodologias de leitura da obra de arte, elementos da gramática visual, composições modulares e técnicas de expressão plástica. Para além dos conteúdos já explorados apresentamos também algumas conclusões sobre as caraterísti-cas das tarefas, as estratégias e condições favoráveis à sua implementação.

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Como trabalhamos a matemática na crecheSílvia Nunes e Sandra Cardoso

As ciências em creche: uma via divertida para a aquisição de hábitos de higieneRema, D., Gonçalves, A., Cruz, A.A. eParamés, A.

Sabe-se que os conceitos matemáticos adquiridos nos primeiros anos vão influenciarpositivamente as aprendizagens posteriores e que é nestas idades que a educação matemática pode ter o seu maior impacto. (OCEPE, 2016, p. 77). Sabe-se ainda que, este trabalho deverá partir do conjunto de experiências e situações problema que façam parte do contexto quotidiano das crianças.Desta forma, a abordagem à matemática deverá promover situações de reflexão, de resolução de problemas, de debate e de partilha de onde surgirão soluções e resultados que sustentam o desenvolvimento das competências matemáticas. Que competências? Para além deste caráter mais estruturante não só da faixa etária, mas também de cada contexto educativo é necessário ter em consideração o conjunto de processos gerais que são transversais à abordagem da matemática.Processos como a classificação e a seriação são assumidamente fundamentais no desen-volvimento das noções matemáticas e nas competências relacionadas com o raciocínio lógico-matemático. Os processos de organização de objetos segundo uma característica, de comparação de atributos e de resolução de problemas são trabalhados de forma quotidiana de forma implícita e explícita, assumindo-se como conceitos basilares na aquisição e desenvolvimento de competências matemáticas.Um outro aspeto fundamental, depara-se com a importância de serem utilizados materiais manipuláveis. Estes materiais de suporte concretizam a situação em discussão o que, posteriormente, resultará num caráter mais abstrato através dageneralização das competências a outras situações semelhantes. Materiais lúdico-ped-agógicos já existentes ou os registos que representem os processos de descoberta, sistematizam e materializam no plano da realidade, as competências que estão a ser desenvolvidas. Quer a manipulação de materiais quer a construção de diferentes suportes promovem não só o desenvolvimento de competências como também conferem um carácter lúdico a todo o processo de aprendizagem.O registo, a comunicação e a partilha de processos de raciocínio e de conclusões, são processos estruturantes e de consolidação para a aquisição e desenvolvimento das com-petências matemáticas.O trabalho desenvolvido neste domínio, apresenta-se transversal às restantes áreas e seus domínios, sublinhando-se a importância da participação consciente e intencional de cada criança, do grupo e de outros elementos da comunidade. O carácter construtivo e partici-pado deste trabalho merece, na nossa perspetiva um apontamento fundamental na construção e consolidação de todas as competências abordadas ao longo de todo o processo de aprendizagem.

Neste trabalho, pretendeu-se conhecer os hábitos de higiene, em ambiente familiar e em sala de atividades, de dois grupos de crianças com idades compreendidas entre os 1 e 3 anos, e perceber o impacto de atividades de caráter prático no progresso da aquisição de hábitos de higiene das mãos e da boca. Paralelamente, caraterizaram-se as práticas pedagógicas desenvolvidas pelas duas educadoras de infância.

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Simpósio de Comunicações [B]

A construção de um canteiro e cultivo de plantas na sala de aula como contexto para o desenvolvi-mento do sentido de número racional e de integração disciplinar.Célia Dias e Graciosa Veloso

Uma parceria entre a arte e a matemáticaMargarida Gonçalves

As atuais recomendações didáticas relativas à aprendizagem e ao ensino da Matemática enfatizam a importância de uma cultura de sala de aula que valorize a atribuição de signifi-cado a conceitos, processos e procedimentos científicos, através da exploração, discussão e reflexão de tarefas de natureza exploratória e/ou problemática, assumindo as crianças um papel ativo sob a orientação, observação e interpretação sistemáticas do/a professor/a .( NCTM, 2007; Goos, Galbraith e Renshaw, 1999).Referimo-nos, em particular, ao desenvolvimento do sentido de número racional, prob-lemática que tem merecido sistemático estudo por parte da comunidade de Educação Matemática desde os anos 80 do século XX. Diversos estudos e projetos têm evidenciado diversos obstáculos às aprendizagens compreensivas dos conceitos envolvidos no senti-do de número racional. A antecipação da representação em fração de termos inteiros deste tipo de número, do ensino de procedimentos formais de cálculo, nomeadamente os algoritmos mais usuais, constituem exemplos dos obstáculos acima referidos como contributos para uma relação negativa com a matemática. (Behr, M. J., Lesh, R., Post, T. R. & Silver, E. A., 1983; Bruce, C., Chang, D., e Flynn, T., 2013). Um dos consensos já existentes na comunidade internacional é o da necessidade de “se chegar à fluência procedimental a partir da compreensão conceptual” (NCTM e APM, 2017, p. 10).

As parcerias entre artistas/educadores e professores, em projetos no âmbito da educação artística, embora já referenciadas em recomendações do Conselho Nacional de Educação e da UNESCO não são ainda uma prática nas escolas portuguesas. Nesse sentido, e tendo em conta que investigações que tenham por base experiências que promovem estas parcerias podem revelar-se fundamentais para alterar esta situação, foi desenvolvido um projeto de investigação para o 1º ciclo do ensino básico que visa relacio-nar a educação artística e a aprendizagem da matemática.Esta investigação procura compreender quais os contributos da educação artística para a educação básica, quer ao nível do desenvolvimento de competências especificas e trans-versais, quer ao nível da literacia artística e do ensino da matemática. Para tal, foi desenhado e desenvolvido um projeto de intervenção numa turma do 3º ano do 1ºciclo do ensino básico com o objetivo de estudar possibilidades de ligação entre a expressão plástica e a matemática. Tendo por base os 3 eixos da educação artística Observação/Fruição/Produção o plano de intervenção foi organizado em torno de diferentes atividades que partem sempre da observação e fruição de obras de arte, de uma reflexão sobre elas e de uma produção plástica. Partindo dos conceitos matemáticos a trabalhar, os quais fazem parte do currículo da disciplina para o 1º ciclo, foram escolhidos dois artistas plásticos portugueses cujas obras permitiram explorar os referidos conceitos, ao mesmo tempo que se procurava promover a compreensão e utilização da linguagem visual. Assim, o projeto desenvolvido teve como objetivo em cada sessão, promover, através da observação/fruição de obras de arte e da produção de composições plásticas, a aquisição e utilização de conceitos quer do domí-nio da linguagem visual quer da matemática. Esta investigação, desenvolvida no âmbito do Mestrado em Educação Artística da ESE, não está ainda concluída. No entanto, a intervenção realizada durante 2 meses em sala de aula, permitiu reunir informação que consideramos útil e que nos propomos apresentar nesta comunicação.

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Que estratégia escolho eu?A importância da resolução de proble-mas e das interações sociaispara a aprendizagem matemáticaAmorim, S. e Machado, R.

Uso do Plickers na aula de MatemáticaFerreira, C.

Simpósio de Comunicações [C]

Experiências de ensino visando o desenvolvimento da flexibilidade de cálculo e do raciocí-nio quantitativoMargarida Rodrigues e Lurdes Serrazina

A matemática é uma disciplina frequentemente associada a elevadas taxas de insucesso académico (Abrantes, 1994; Leite & Delgado, 2012), o que contribui para a construção de representações sociais negativas sobre essa disciplina (Machado & César, 2012). A conjugação desses dois elementos pode contribuir para o pouco envolvimento dos alunos nas atividades matemáticas, dificultando a apropriação de conhecimentos (matemáticos), bem como o desenvolvimento de capacidades e competências (matemáticas) (César, 2013; Machado, 2014). A resolução de problemas assume-se como uma ferramenta importante quando se pretende que os alunos atribuam sentidos às aprendizagens matemáticas e desenvolvam capacidades e competências (matemáticas), tais como, a argumentação sustentada, o raciocínio matemático, a comunicação matemática, entre outras (Abrantes, 1994; NCTM, 2007, 2017). No entanto, apesar das potencialidades da resolução de problemas em sala de aula, continua a não ser dada relevância a esta estratégia de ensino (Amorim, 2015).A resolução de problemas é reconhecida como uma atividade relevante no currículo da matemática escolar (Abrantes, 1994; NCTM, 2007, 2017; Ponte, 2014) e tem sido cada vez mais abordada, pois considera-se que ensinar matemática passa forçosamente por desenvolver o raciocínio lógico, estimular o pensamento, a criatividade e a capacidade de resolver problemas.

A presente comunicação tem como principal finalidade partilhar a importância do uso de aplicações informáticas na prática pedagógica.Neste âmbito foi utilizada a aplicação plickers, disponível online, para suscitar o interesse dos alunos do 1.º Ciclo pelo cálculo mental, inserido na área disciplinar de Matemática. Para tal, a intervenção decorreu com um grupo de vinte e dois alunos, com idades entre os 6 e os 8 anos, que frequentavam no ano letivo 2016/2017 o 2.º ano de escolaridade, numa escola de ensino particular e cooperativo da área de Lisboa.Através de observação direta e dos resultados obtidos nas tiras de cálculo mental, notou-se que os alunos não demonstravam interesse na realização desta rotina de Matemática. Devido ao pré-conceito interiorizado nas crianças de que se trata de uma área difícil e que envolve aprendizagens com um certo grau de dificuldade, houve a preocu-pação de incentivar, motivar, acompanhar e ajudar todas as crianças, tendo em conta os seus interesses e as suas necessidades individuais. Para isso, surgiu a oportunidade de utilizar a aplicação plickers.

Esta comunicação tem como objetivo apresentar experiências de ensino desenvolvidas em duas turmas, uma de 1.º ano e outra de 2.º ano. Estas experiências foram conduzidas através da implementação de sequências de tarefas, concebidas com o fim de desenvolv-er, nos alunos, a flexibilidade de cálculo e o raciocínio quantitativo.A flexibilidade de cálculo constitui uma capacidade que todos os alunos devem desen-volver na escola elementar e encontra-se associada ao cálculo mental e à resolução de problemas aritméticos. Promover a capacidade de pensar e de calcular de modo eficiente, flexível e adequado a cada situação, é um objetivo curricular importante do tema Números e das Operações, do 1.º ao 6.º ano, altura em que a incidência no desenvolvimento do pensamento numérico é central.

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Educação matemáti-ca e ambiental com sensoresna formação em Educação BásicaMaria João Silva eMargarida Rodrigues

Esquemas de solução de situações de multiplicação e divisão no 4º e 5º anoEurivalda Santana

A Flexibilidade de cálculo multiplicativo: um estudo no 3.º Ano Sónia Santos e Margarida Rodrigues

Os sensores são dispositivos que detetam variáveis físicas no ambiente. Atualmente, os sensores eletrónicos estão no nosso quotidiano em diversificadas atividades e espaços, para nos apoiarem em múltiplas ações e decisões em tempo real. Os sensores de temper-atura estão em muitas ruas para dar às populações informação meteorológica. Os alarmes de incêndio funcionam com sensores de fumo, enquanto os sensores de dióxido e monóxido de carbono estão ligados aos alarmes de parques de estacionamento subterrâ-neos. Os smartphones possuem diversos sensores integrados, nomeadamente de som, luz, proximidade, aceleração e GPS.A Unidade Curricular (UC) “As TIC na Matemática e nas Ciências da Natureza”, do curso “Educação Básica” visa desenvolver a literacia científica, matemática e tecnológica, através do uso das TIC na Matemática e nas Ciências da Natureza. Nesta UC, os sensores eletrónicos são usados para explorar as potencialidades das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na pesquisa, aquisição, organização, tratamento e comunicação de informação sobre o ambiente, em atividades de Matemática e de Ciências da Natureza.

Esta comunicação tem como objetivo discutir esquemas de solução utilizados por estudantes do 4º e do 5º ano ao resolverem situações de proporção simples um para muitos. Participaram do estudo 171 estudantes do 4º ano e 235 do 5º ano de duas escolas públicas brasileiras. A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Programa Observatório da Educação projeto nº 15727, financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, intitulada “Um estudo sobre o domínio das Estruturas Multiplicativas no Ensino Fundamental”.

A presente comunicação apresenta um estudo realizado no âmbito do Mestrado em Educação Matemática na Educação Pré-escolar e nos 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico. O presente estudo encontra-se enquadrado num Projeto de investigação mais amplo desenvolvido por uma equipa alargada de investigadores, cuja temática é a flexibilidade de cálculo e o raciocínio quantitativo.A flexibilidade de cálculo é o aspeto central da investigação conduzida pela primeira autora (Santos, 2016). Este estudo desenvolveu-se numa turma de 3º ano de escolari-dade, tendo como objetivo compreender o modo como os alunos desenvolvem a flexibili-dade de cálculo multiplicativo num contexto de ensino exploratório, tendo sido delin-eadas três questões de investigação: i) Quais as estratégias usadas pelos alunos quando resolvem tarefas de multiplicação?; ii) Como evoluem as estratégias usadas pelos alunos? e iii) Como é que os alunos usam de forma flexível o cálculo multiplicativo?O foco do estudo incidiu em quatro alunos que trabalharam sempre a pares, sendo que a presente comunicação apenas apresenta resultados relativos ao par Tiago e Anabela, no que concerne a duas das quatro partes da última tarefa da sequência de aprendizagem, “Pãezinhos”. Por motivos éticos, os nomes dos alunos são fictícios, de modo a garantir o seu anonimato.A professora da turma praticava um ensino exploratório, visando a aprendizagem a partir do trabalho que os alunos realizam, o que promove a construção de conhecimento e o surgimento de procedimentos matemáticos com significado, desenvolvendo diferentes competências matemáticas.

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Sabemos que a integração destas duas áreas na educação pré-escolar é crucial para o bom desenvolvimento das crianças no seu percurso escolar. É também no pré escolar que recebem as bases para as aplicar nos ciclos escolares que se avizinham.Em creche devem ser providenciadas oportunidades às crianças desde o berçário até à sala dos 3 anos para contactarem com ambas as áreas. Pessoalmente acho que esta artic-ulação deve começar de forma natural e real, isto é, de forma a que faça sentido para as crianças que contactam com a matemática e com as ciências numa fase da sua vida em que estão a apreender conceitos e a conhecer o mundo que as rodeia.Tudo é matemática e tudo são ciências: um bebé que aprende a diferenciar caras e a reconhecê-las por grau de afinidade estará a fazer um “jogo de correspondências” “Tu és a minha mãe, estás sempre presente, és de confiança” e reage a esse estímulo ou o contrário “Não te conheço de lado nenhum… não quero estar ao teu colo” e reage chorando.

Uma partilha sobre a prática educativa onde a matemática e as ciências são dinamizadas, promovidas, registadas e valorizadas.Dos momentos de Animação Cultural, às Danças do Mundo, passando pela Horta, pelas Actividades Experimentais, pelo Trabalho com as Famílias e muito mais.A importância da observação do brincar e como dele se pode potenciar a matemática e as ciências.Das Áreas de Investigação Ativa da sala ao recreio, das idas aos jardins da comunidade até às visitas de estudo.Do momento do acolhimento à culinária e à Cultura das Famílias.Porta Aberta para a Matemática e as Ciências na rotina e agenda semanal do Jardim de Infância - uma prioridade na prática educativa.

A promoção da literacia científica, do método experimental e da análise de resultados do que nos rodeia, vistos pelos olhos de crianças cientistas, tem sido aquilo que tem motiva-do o acompanhamento semanal de sete turmas. Estão envolvidas as turmas do pré-esco-lar da EB/ JIQuinta Nª Sra. de Monte Sião e da EB/JI Nun’Álvares (também com duas turmas do 1º ano), que desde o ano anterior, andam a descobrir e a fazer Ciência!

“…o desenvolvimento e a aprendizagem como vertentes indissociáveis do processo educativo e uma construção articulada do saber em que as difer-entes áreas serão abordadas de forma integrada e globalizante.” OCEPE 2016

O desenvolvimento e a aprendizagem andam a par e passo acompanhadas do processo educativo, que ficará cada vez mais enriquecido com a capacidade de olhar e viver toda a dinâmica e prática educativa numa perspetiva transversal, globalizante e envolvida. Desta forma e colocando o foco na área do conhecimento do Mundo e no Domínio da Matemáti-ca, que acredito que se encontram diretamente ligados, pela construção das relações de causa e efeito que coexistem nestes dois mundos, é para mim imprescindível integrar na construção do cenário pedagógico de sala, uma área de exploração ativa onde coexistem estes dois mundos, o da Ciência e o da Matemática. Ainda que, posteriormente na Agenda Semanal, explore estas duas áreas em tempos de trabalho distintos, um onde trabalhamos a ciência, através de experiências científicas, propostas pelo grupo, famílias ou educador e outro, onde trabalhamos a matemática, em tempos de trabalho comparticipado, abor-dando várias componentes deste domínio.

Simpósio de

Comunicações [D]

A Matemática e as Ciências em CrecheRita Rovisco

A Matemática e as Ciências na Educação Pré-EscolarAmandine Pereira

Porta Aberta para a Matemática e as Ciências na rotina e agenda semanal do Jardim de InfânciaSofia Valente

Ciência por miúdos... Miúdos a descobrir ciência Cláudia Simões e Pedro Pereira

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A presente comunicação surge a partir do projeto, Afinal, onde moro? – Um projeto de continentes e países, realizado no 3º ano da Licenciatura em Educação Básica, no âmbito das unidades curriculares, Perspetivas Curriculares Integradas e Intervenção em Situações Educativas, que estão relacionadas entre si. Enquanto o estágio de observação, de uma semana, em março de 2015, serviu para caracterizar o contexto e o grupo e identi-ficar a partir destes uma problemática situada e fundamentada; a metodologia de trabalho por projeto sustentou o projeto em questão, cuja implementação decorreu durante o mês de maio do mesmo ano, respetivamente.

A problemática da cultura de sala de aula é um foco de interesse atual, sustentado pela investigação em Educação Matemática, que nos permite abordar de forma transversal e articulada aspetos da didática da matemática nos 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico. Com base neste interesse, constituímos um grupo de formadores que se propõe estudar e apro-fundar os vários eixos que, em nosso entender, caracterizam a cultura de sala de aula, associando este trabalho à formação de professores. Para organizar o nosso trabalho estabelecemos cinco eixos orientadores: Normas sociais e normas sócio matemáticas; Natureza e papel das tarefas matemáticas; Recursos associa-dos às tarefas matemáticas; Papel dos vários atores no processo de aprendizagem e Avaliação.

A presente intervenção pretende dar a conhecer o projeto CriaLabClass, onde se desen-volvem práticas de atividades de carácter experimental com crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico e que vão de encontro às orientações curriculares emanadas pelo Ministério da Educação e que permitem desenvolver nos alunos as competências espera-das nestas áreas.No 1º Ano de escolaridade desenvolvem-se as seguintes atividades experimentais: propriedades da água; disseminação das doenças; flutuação dos objetos; O que necessi-tam as plantas para crescer, entre outros.No 2º Ano de escolaridade desenvolvem-se atividades segundo os temas que a seguir se enumeram: sentidos; propriedades do ar; corpos luminosos; sombras, entre outros.

Neste trabalho apresentam-se os resultados de uma experiência didática que consistiu na realização de uma atividade interdisciplinar designada Inquiry: Creative seeds. Foi concre-tizada em unidades curriculares da área das didáticas específicas (Didática das Ciências Físicas e Naturais - DCFN) e da área de docência (Matemática e Resolução de Problemas - MRP) do Mestrado em Ensino do 1.º e do 2.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) da Escola Supe-rior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém.O ensino através de Inquiry, de acordo com o NRC (2000), implica: (i) partir de um proble-ma; (ii) dar prioridade às evidências empíricas na resposta às questões; (iii) formular expli-cações a partir dos dados obtidos; (iv) avaliar as explicações à luz do conhecimento científico; (v) comunicar e justificar as explicações propostas. A proposta apresentada neste trabalho foi influenciada teoricamente pelas conceções de Inquiry de Hutchings (2007), Ernest (1991), Pedaste et al. (2015) e Polya (2003).O Inquiry foi realizado num ambiente de ensino inovador, o CreativeLab_Sci&Math.Teve a duração de 180 minutos e ocorreu na presença de ambos os docentes das unidades curriculares de DCFN e de MRP. O papel dos docentes foi atuarem como dinam-izadores da atividade. O Inquiry: Creative seeds estruturou-se num conjunto de tarefas associadas aos seis momentos do modelo de ensino 6E (Kähkönen, 2016): Engage, Explore, Explain, Exchange, Elaborate e Evaluate. De seguida apresentam-se os momen-tos de ensino que orientaram a realização do Inquiry:

Afinal, onde moro? Rita Farto

Simpósio de

Comunicações [E]

Cultura de sala de aula — Um projeto em desenvolvimentoCristina Morais, Helena Gil, Joana Conceição,Mª João Costa eSofia Garcia

Sementes criativasBento Cavadas e Nuno Mestrinho

CriaLabClass – Experimentando na sala de aula com criatividadeDomingos, P.,Ferreira, V. eMarques, M.

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Realizamos a intervenção com um grupo de alunos do 5º ano do ensino fundamental adotando uma estratégia de desenvolvimento da criatividade coletiva em matemática na qual, por meio da interação e da cooperação, os alunos co-construíram soluções para problemas abertos, quer através da apresentação de soluções aos problemas, quer através da melhoria ou julgamento das soluções dos outros.

O ponto de partida foram os conteúdos programáticos que iam ser alvo de aprendizagem: os sólidos geométricos.Como adeptas de aprendizagens ativas e significativas, as palavras do colega José Robalo “Como poderemos exigir a alunos do 2º ciclo que consigam fazer abstrações se nunca passaram pelo concreto?” fazem cada vez mais sentido e foi a partir deste mote que partimos para a seguintes atividades que dão sentido social imediato ao desenvolvimento curricular:> Manuseamentos dos sólidos geométricos existentes na sala;> Fichas de trabalho diretamente relacionadas para acompanharem esse manuseamento e descobrindo conteúdos a fixar como:> Noção de poliedro e não poliedro;> Elementos de um sólido: vértice, aresta, face (faces laterais e base)> Poliedro regular> Reconhecer que os sólidos geométricos são formados pela composição de figuras planas> Descobrir planificações> Construir sólidos geométricosToda a situação de ensino aprendizagem tem em conta que nem todos os alunos apren-dem e progridem com o mesmo ritmo e por isso as aulas começam sempre fazendo presente as aprendizagens das aulas anteriores

Os alunos desde os primeiros anos de escolaridade devem desenvolver a sua proficiência de cálculo, dando sentido aos números e às operações, e à sua capacidade de raciocínio, conseguindo identificar regularidades e generalizá-las. Várias situações de sala de aula são propícias a essas aprendizagens, sendo um possível contexto o trabalho com expressões numéricas para a promoção do pensamento relacional. O pensamento relacional envolve uma abordagem ao trabalho com números que foca a identificação de relações numéricas significativas (Jacobs, Franke, Carpenter, Levi & Battey, 2007), tendo por base o conhecimento das propriedades das operações e a sua utilização, sem que seja necessário o seu conhecimento formal, ou seja, o conhecimento da sua definição. O pensamento relacional compreende a análise de expressões ou equações na sua globali-dade e não como processos a serem realizados passo a passo (Carpenter, Levi, Franke & Zeringue, 2005; Franke, Carpenter & Battey, 2008). Segundo Carpenter et al. (2005) o “pensamento relacional envolve a utilização de propriedades fundamentais do número e das operações para transformar expressões matemáticas, em vez de simplesmente calcu-lar uma resposta após uma sequência prescrita de procedimentos” (p. 54). O pensamento relacional não envolve a realização de cálculos elaborados, o conhecimento de truques de cálculo ou a memorização das propriedades dos números e das operações, mas sim o raciocínio e a compreensão. Os alunos evidenciam pensamento relacional quando com-preendem porque são possíveis as transformações nas expressões e porque substituem expressões por outras que lhe são equivalentes, aspeto essencial para o pensamento algébrico (Kaput, 2008).

Criatividade Compar-tilhada em Matemáti-ca: solidarizando ideias na resolução de problemas matemáticos abertosCarvalho, A. T.

Simpósio de

Comunicações [F]

Expressões numérica na promoção do pensamento relacion-al: Estratégias de alunos do 1.º cicloNeusa Branco e Susana Colaço

MATEMÁTICA E CRIATIVIDADE - Contextualização da intervençãoAzevedo, S. e Tavares,M.

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Devido à grande quantidade de informação estatística que recebemos diariamente, muitos países, incluindo Portugal, têm manifestado uma preocupação crescente em criar cidadãos estatisticamente alfabetizados. É consensual que a escola tem um papel crucial neste processo, pelo que se têm feito alterações nos currículos escolares por forma a incluir a formação estatística desde os níveis de escolaridade iniciais.Neste trabalho, com o objetivo de desenvolver a literacia estatística dos alunos propomos a realização duma experiência que ajuda a explorar o conceito de aleatoriedade, que é um conceito importante na estatística, mas também noutras áreas científicas. Esta experiência que consiste no desenho de passeios aleatórios adapta-se facilmente à idade dos alunos, podendo ser aplicada tanto no 1º como no 2º ciclos.

EsgriMática - Cruzamento de saberes como estratégia para obtenção de melhores resulta-dos, despertando maior motivação para a aprendizagem da matemática. Da proposta de cruzamento de saberes, promovida pela professora titular de turma em articulação com o professor de esgrima, nasceu uma estratégia didática que os alunos batizaram de EsgriMática, com o intuito de cativar a turma de 4ºano para a apropriação facilitada de conteúdos matemáticos. Imediatamente aceite pelos alunos, a estratégia foi harmonizando conceitos matemáticos com posições e deslocamento da esgrima, aliando saberes curriculares e movimentos corporais consolidando assim as aprendizagens.

Na última década têm-se intensificado as investigações sobre os contributos que a língua portuguesa pode trazer para as aprendizagens matemáticas. A linguagem utilizada nesta área do saber tem uma vertente científica, com características simbólicas, mas também uma vertente linguística, sendo necessário que o aluno interprete, compreenda, repre-sente e se expresse de forma correta. A expressão escrita é um instrumento de comuni-cação e aprendizagem bastante eficiente, assim os professores tenham com a comuni-cação o cuidado de a tornar clara para todos, permitindo reflexões, argumentações e o reconhecimento de regularidades (Rézio, 2016). É escrevendo que sistematizamos a nossa palavra, depois de um planeamento de ideias e organização do pensamento. Segundo Brentano e Nascimento (2013), a escrita adequada nas aulas de matemática necessita ser explorada de forma interdisciplinar, proporcionando assim um trabalho estimulante, contínuo e que contribua para despoletar nos estudantes encantamento pela Matemática. Para tal, na opinião de Brito (2014) é imprescindível diminuir a distância entre a Matemática e a Língua Portuguesa, ao longo do percurso escolar, por exemplo através da discussão de conceitos e utilizando-se textos adaptados aos objetivos programáticos estipulados.

Passeios aleatórios – uma atividade feita em aulaSilvestre, C. eMeireles, A.

Pensamento Matemático:Exploração de histórias escritas por alunos Sofia Rézio

EsgriMáticaNuno Frazão e Sandra Santos

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Esta sessão prática aborda um tema transversal ao currículo do ensino básico: os sólidos geométricos. Identificar, descrever, classificar, relacionar e reconhecer propriedades dos sólidos geométricos são algumas das atividades que os alunos devem desenvolver ao longo do seu percurso académico. Pretendemos assim ir além dos prismas e das pirâmides e trabalhar outras famílias de poliedros, como os antiprismas e os deltaedros. Para isso, iremos propor tarefas que conduzam à construção de sólidos, com recurso a Polydron, favorecendo o desenvolvimento do raciocínio geométrico e da criatividade dos alunos.

A problemática da cultura de sala de aula é um foco de interesse atual, sustentado pela investigação em Educação Matemática, que nos permite abordar de forma transversal e articulada aspetos da didática da matemática nos 1.º e 2.º ciclos do Ensino Básico. Com base neste interesse, constituímos um grupo de formadores que se propõe estudar e aprofundar os vários eixos que, em nosso entender, caracterizam a cultura de sala de aula, associando este trabalho à formação de professores. Para organizar o nosso trabalho estabelecemos cinco eixos orientadores: Normas sociais e normas sócio matemáticas; Natureza e papel das tarefas matemáticas; Recursos associa-dos às tarefas matemáticas; Papel dos vários atores no processo de aprendizagem e Avaliação.

O presente workshop pretende desenvolver algumas atividades no meio envolvente à Escola Superior de Educação de Lisboa com a finalidade de desenvolver as capacidades sensoriais dos participantes. Simultaneamente, através do uso das referidas capacidades, aprendizagens de teor científico e ambiental serão promovidas, mas sempre numa clara articulação com a fruição do meio envolvente. As atividades vivenciadas pelos partici-pantes poderão facilmente ser implementadas com alunos do ensino básico em difer-entes espaços exteriores à sala de aula, desde os naturais até aos que se encontram mais intervencionados pelo ser humano.

Esta sessão prática tem como objetivo desafiar docentes do 1.º e 2.º Ciclo do Ensino Básico a desenvolver atividades em que as crianças se tornem agentes de saúde ambien-tal, nomeadamente, no que se refere ao som. O som, a sua importância para a saúde e a poluição sonora são tópicos do currículo.Na primeira parte da sessão serão abordados conceitos simples relativos ao som e desen-volvidas atividades de exploração de propagação do som em diferentes meios, tendo em conta a sua importância no mundo que nos rodeia. As atividades serão guiadas pelas seguintes questões:• O que é o som?• De que depende?• Como se propaga?• Que efeitos causa?• Como podemos contribuir para a qualidade do ambiente sonoro na sala de aula, em particular, e na escola em geral?Na segunda parte da sessão, a partir da utilização de uma aplicação gratuita em tablets, vamos recolher, tratar e analisar dados, com o objetivo de monitorizar níveis sonoros e avaliar diferentes reações das pessoas.

Sessão Prática [1]

Professora, este

sólido já existe?

Ou é um

Henricaedro?

Lina Brunheira e

Marisa Gregório

Sessão Prática [2]

Pensar a cultura de

sala de aula para

estimular a criativi-

dade

Cristina Morais,

Helena Gil,

Joana Conceição,

Mª João Costa e

Sofia Garcia

Sessão Prática [3]

Atividades sensoriais

de contacto com o

meio envolvente

António Almeida

Sessão Prática [4]

As crianças como

agentes de saúde

ambiental: O som

Escola Ciência Viva

Alexandra Souza

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Nesta sessão prática propomos-lhe a realização de uma atividade interdisciplinar entre as Ciências Naturais e a Matemática que segue a estratégia didática Inquiry. O problema proposto é: Quais são as características que as construções humanas devem possuir para resistirem aos sismos? O objetivo principal desta sessão prática é elaborar diferentes tipos de construções (casas, prédios, pontes, estádios, etc.) com materiais simples (palitos, gomas e plasticina) para averiguar a sua resistência estrutural a um sismo simulado numa superfície de gelatina. Partindo desse problema e objetivo deve colocar uma hipótese, planificar e elaborar diferentes construções humanas, recolher dados através de observação direta e pequenos vídeos, interpretar os resultados e elaborar uma resposta à questão-problema. Segue-se um momento de comunicação e de reflexão conjunta sobre os resultados da investigação.

Na hora e meia destinada a esta sessão prática vamos resolver, discutir e refletir sobre uma sequência de tarefas com a finalidade de aprofundar a compreensão do significado de número racional como medida de grandeza. Em todas as tarefas da sequência, exceto na última, são utilizados materiais. As tarefas que preconizam a utilização de Trangram e de blocos padrão propõem a exploração da medida da grandeza área, usando diversas unidades e exprimindo a medida através de algumas frações unitárias de referência. Com o Tangram surgem, com significado, as frações ½, ¼, 1/8 e 1/16. Com os blocos padrão alarga-se este leque às frações 1/3, 1/6, 2/3. A tarefa que inclui a utilização de Cuisenaire aborda a medida da grandeza compri-mento, surgindo, para além da representação em fração, outras representações, nomead-amente numerais decimais. Noutra tarefa são usados cubos de encaixe para apoiar mod-elações da divisão da unidade em partes iguais, iniciando-se também a representação em eixos horizontais alinhados na origem e na unidade, de frações equivalentes. A última tarefa desta sequência incide na representação em reta orientada de números racionais. Esta representação é muito importante, revelando-se, contudo, de complexidade que requer explorações anteriores, como as que propomos.

Nesta sessão, os participantes irão primeiramente assistir a uma apresentação sobre CONTAR HISTÓRIAS, sendo que o foco desta comunicação estará voltado para a forma de trabalhar conceitos matemáticos com crianças em idade pré-escolar, a partir da leitura de histórias infantis. Ao longo desta apresentação, serão apontadas várias histórias como propícias a trabalhar estes conceitos com as crianças e serão apresentados alguns exem-plos práticos do trabalho que poderá ser realizado (ex. mostra de materiais, narração de histórias).Após o visionamento desta apresentação, partindo de uma seleção de histórias/narrativas infantis levadas para o encontro, o grupo de formandos será convidado a construir recur-sos ou a desenhar estratégias para trabalhar vários conceitos matemáticos com as crianças. No final da sessão, cada um dos formandos será convidado a partilhar os materiais construídos, havendo assim uma partilha entre todos do trabalho realizado.

Sessão Prática [6]

Número racional

como medida de

grandeza

Célia Dias e

Graciosa Veloso

Sessão Prática [7]

CONTAR HISTÓRI-

AS! - A matemática

à solta nas histórias

para a infância

Kathy Silva

Sessão Prática [5]

Creative Lab: Sismos

e construções

humanas

Bento Cavadas e

Nelson Mestrinho

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Esta sessão prática tem como objetivo dar a conhecer aplicações online de acesso gratui-to, que permitem o desenvolvimento de atividades de pergunta/resposta, com uma forte vertente lúdica e de fácil acesso e utilização. Estas aplicações permitem assim ao profes-sor avaliar através do jogo os conhecimentos dos alunos sobre determinado conteúdo e conceber situações de aprendizagem de integração do mobile learning na sala de aula. Partindo da exploração das aplicações, será promovida a discussão em torno da sua utilização em contexto real. Em seguida, será proposto aos formandos que selecionem uma das ferramentas digitais exploradas, construam uma atividade e concebam formas de a implementarem em sala de aula.

Com esta sessão prática pretende-se que os participantes, partindo de experiências simples com a luz e a cor, adquiram conhecimentos elementares sobre os conceitos científicos envolvidos e sobre aspetos didáticos da exploração destas experiências com as crianças na Educação Pré-Escolar e no 1º Ciclo do Ensino Básico.

Considerando que a qualidade do ar, a sua importância para a saúde, a poluição do ar e a importância das plantas para a qualidade do ar são tópicos do currículo do 1º e do 2º Ciclo do Ensino Básico, esta Sessão Prática tem como objetivo convidar as/os professoras/es do 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico para dinamizar atividades em que as crianças se tornem agentes de saúde ambiental, nomeadamente no que se refere à qualidade do ar.As atividades a desenvolver serão guiadas pelas seguintes questões:> Como podemos contribuir para a qualidade do ar na sala em particular e na escola em geral?> Como é que os seres vivos são afetados pelas variações da concentração de dióxido de carbono e oxigénio no ar? Quais as consequências para a saúde humana e para o ensino e aprendizagem?> Como é que os seres vivos, nomeadamente as Plantas, contribuem para essas variações? Em que processos? Como influenciamos a qualidade do ar da escola? E como é que as Plantas a influenciam?Numa primeira parte da sessão prática, serão realizadas, pelas/os professoras/es, atividades de exploração da qualidade do ar na escola, nomeadamente no que se refere às concentrações de oxigénio e de dióxido de carbono no ar, relacionando as referidas concentrações com a saúde ambiental. Explorar-se-ão as variações das concentrações de oxigénio e de dióxido de carbono no ar, em função dos contextos ambientais.Utilizar-se-ão sensores de dióxido de carbono no ar e de oxigénio no ar e um software gratuito, para recolha, tratamento e análise de dados a fim de melhorar a perceção do ambiente e das respostas corporais das pessoas nesse ambiente. Numa segunda parte da sessão, serão desenhadas estratégias de envolvimento das crianças em atividades de saúde ambiental, nas quais monitorizem a qualidade do ar e tomem decisões para melhorar a qualidade do ar na sala em particular e na escola em geral.

Sessão Prática [8]

Utilização dos

jogos online em

sala de aula

Marisa Correia e

Raquel Santos

Sessão Prática [9]

Explorando a luz e

a cor no Jardim de

Infância e no 1º

Ciclo do Ensino

Básico

Pedro Sarreira e

Nuno Melo

Sessão Prática [10]

As crianças como

agentes de saúde

ambiental:

A qualidade do ar

Maria João Silva,

Carina Rodrigues e

Sofia Godinho

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Sessão Prática [11]

O jogo como

ferramenta

pedagógica:

A relação entre a

Educação Física e a

Matemática

Carla Rocha

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