Seminário Teológico Dr. Pedro Tarsier * Apologética – Niles Kael Estudo de “Criacionismo Científico” – Adauto Lourenço

Márcio G. R. Araujo

O estudo aqui realizado é sobre o vídeo ―Criacionismo Científico‖ disponível na Internet de autoria de Adauto Lourenço. Em tempo, por carecer de maiores explicações a alguns termos citados neste vídeo, foi feita uma pesquisa complementar destes termos por sobre a obra ―Como Tudo Começou – Uma Introdução ao Criacionismo‖, também de autoria de Adauto Lourenço. Segundo Lourenço, termos como ―processos naturais‖ devem ser entendidos como processos observados diretamente na natureza e descritos através de uma formulação científica apropriada. Outros termos, falando-se cientificamente, são confundidos como sendo processos naturais, mas não o são. Tais termos representam conceitos e não fenômenos observados diretamente, e dependem de interpretações e não de formulações científicas rigorosas. Por exemplo, em termos de processos naturais, temos a ―divisão celular‖ e as ―marés‖. Evolução não é um processo natural, pois é tratada por inferência e não por observação direta. Neste estudo, foi-se observado o uso de algumas teorias (definições do próprio Lourenço): Teoria da Evolução - teoria sobre a origem da vida e o seu desenvolvimento partindo dos

pressupostos naturalistas. Teoria Especial da Evolução – teoria naturalista sobre a origem da vida e o seu

desenvolvimento através do processo de modificações biológicas limitadas, dirigidas pela seleção natural (microevolução — transformismo intraespécie), partindo de um ancestral comum.

Teoria Geral da Evolução – teoria naturalista sobre a origem da vida e o seu desenvolvimento

através do processo de modificações biológicas ilimitadas, dirigidas pela seleção natural através de mutações (macroevolução — transformismo interespécie), partindo de um ancestral comum.

Teoria da Criação ou Teoria Criacionista – teoria sobre a origem da vida e a sua

diversificação, sobre o universo e a sua estrutura, partindo de pressupostos volitivos (planejamento e propósito).

Teoria da Criação Especial – teoria sobre a origem da vida e a sua diversificação, sobre o

universo e a estrutura, partindo de pressupostos volitivos (planejamento e propósito), características estas atribuídas a um criador.

Teoria do Design Inteligente – teoria científica que busca por sinais de inteligência, evidentes

na estrutura da vida e na organização do universo. Evidências de design podem ser reflexos de uma inteligência racional e consciente. No entanto, a teoria do design inteligente não identifica e nem faz considerações sobre a existência de um designer.

A partir disto, podemos definir os termos de criacionismo: bíblico (religioso) e científico. Criacionismo Bíblico - proposição de que a natureza foi trazida a existência através de um ato

criador de Deus, segundo o relato bíblico encontrado no primeiro capitulo do livro de Gênesis, da Bíblia.

Criacionismo Científico - propõe que a complexidade encontrada na natureza é resultante de um ato criador intencional. Esta proposta baseia-se no design inteligente encontrado na natureza. A comunidade científica criacionista baseia tal proposta na evidência científica, e não em relatos religiosos sobre a criação. Eis algumas variações da teoria do Criacionismo Científico: Criacionismo de Longas Eras, Criacionismo da Terra Velha e Criacionismo da Terra Jovem.

O CRIACIONISMO não é algo recente, nem religioso ou bíblico, e tem mais de 2.600 anos.

O Criacionismo é representado por duas COSMOVISÕES: NATURALISMO e CRIACIONISMO. COSMOVISÃO = como é enxergado o universo. NATURALISMO: cosmovisão que propõe que o universo e a vida vieram à existência através de processos de geração espontânea (desprovidos de uma ação criadora) e que ambos teriam evoluído até a complexidade presente. Representantes:

Thales de Mileto – 621 a 543 a.C. o mundo veio da água por processo natural.

Empédocles de Agrigento – 492 a 430 a.C. plantas e animais surgiram juntos,

sobrevivendo os mais adaptados. CRIACIONISMO: cosmovisão que propõe que a origem do universo e da vida são resultados

de um ato criador intencional. Representantes:

Platão: 427 a 347 a.C. o mundo foi criado por um criador racional.

Aristóteles: 384 a 322 a.C. o universo foi criado por um criador racional.

Choque de idéias hoje: COSMOVISÃO NATURALISTA e COSMOVISÃO CRIACIONISTA.

COSMOVISÃO NATURALISTA:

Base: Teoria da Evolução. ―Todas as coisas evoluem.‖. Só não se explica ―como?‖. ―Como?‖: Através da Teoria Geral da Evolução e/ou da Teoria Especial da Evolução. Modelo: é o de Darwin – ―Evolução acontece através de uma seleção natural.‖. Derivado: Neodarwinismo com Mutações Teoria Sintética (consideram a influência

geográfica + ambiental + populacional + erros do DNA). Nenhuma explicou tudo. Exemplo: O homem evoluiu do macaco.

COSMOVISÃO CRIACIONISTA:

Base: Teoria da Criação. ―Todas as coisas existem porque foram criadas.‖. ―O que ocorreu?‖: Através do criacionismo, há sinais evidentes deste em todos os locais. Modelo: a busca pela evidência destes sinais não se preocupa com a autoria da criação. Derivado: Teoria da Criação Especial Criacionismo Bíblico (autor é Deus) e

Teoria do Design Inteligente Criacionismo Científico (autor é o caos). Exemplo: Um relógio de pulso achado na praia foi criado. Naturalmente, ele não existiria. ► Resposta: dada apenas pela religião e não pela ciência.

A grande pergunta se inicia com: Como tudo começou?

Pergunta: Quem é o criador?

Aceitar que existe um criador é científico. Causa primária = Ciência.

Aceitar quem é o criador é religioso. Causa primária = Religião

APLICAÇÃO DESTA VERDADE: Não podemos convencer a um professor de Biologia que o Deus da bíblia foi o criador de todas as coisas, mas podemos convencê-lo, através da ciência, de que todas as coisas foram criadas. Assim, sabendo-se que existe uma criação, existe a necessidade de se saber quem é o autor: Deus ou o caos? Antes, é preciso definir o que é Informação. Segundo o modelo de Einstein, a cosmovisão atesta a existência de 3 entidades básicas:

Matéria

Energia

Informação

Matéria e energia não criam as leis da natureza, sim obedecem às leis da natureza. Entretanto, é a informação que rege tudo. Por exemplo, sabemos por observação que os traços de uma formação rochosa foram provocados por agentes naturais, que podem até ser ditos ―aleatórios‖ ou advindos do ―caos‖. Entretanto, observando-se os rostos esculpidos em detalhes na rocha de quatro presidentes americanos no Monte Rushmore – [Keystone – Dakota do Sul/EUA], não se pode atribuir a obra de criação ao acaso, sim através de um processo dirigido (ordenado) de criação. Outro exemplo é a Enciclopédia Britânica ter sido produzida a partir de uma combinação aleatória de 30 símbolos (26 letras do alfabeto português mais 4 pontuadores: ―ponto‖, ―vírgula‖, ―espaço‖ e ―nova linha‖), sorteados ao acaso com reposição de símbolo em uma urna. Impossível, pois a informação não estaria codificada! Logo, o uso do intelecto, da mente e do raciocínio não é fruto de coisas ou eventos naturais.

POSSÍVEL SORTEIO 14 SÍMBOLOS: ―M. OSETS PAPOA‖

INFORMAÇÃO DE 14 SÍMBOLOS: ―O TEMPO PASSA.‖

Toda informação trabalha com símbolos: letras, números ou representações gráficas. Mesma explicação aplica-se ao DNA. Todo o código genético é uma perfeita e ordenada combinação do alfabeto químico [ACGT]. O DNA é informação codificada. Os seres vivos, em especial nós, temos mais de 3 bilhões de ―letras genéticas‖ por cada célula que nos compõe. A existência de ―design‖ é evidente. Seria ele intencional ou não? A vida está organizada de tal forma que, aparenta ter evoluído, mas é só aparência. Fundo teológico: ―Deus deixou provas claras para os que O buscam e

obscuras para os que O rejeitam.‖.

► O real é o design intencional.

DNA

RNAproteína

A origem da vida:

i) Biogênese - ―Vida gera vida‖ (Mera observação. -Não se chega na primeira vida e nem se explica como ela surgiu!).

ii) Modelo Pró-Biótico de Miller: H+O+N+C+raios da natureza aminoácidos (vida)

Porém o modelo não produz mais que 13 tipos de aminoácidos. Sabendo-se que para haver vida são necessários pelo menos 20 tipos de aminoácidos. Assim, não há evidências de que a vida surgiu espontaneamente.

Processo de informação controlada por células (ciclo):

DNA gerencia RNA produz PROTEÍNA suporte DNA

O DNA se desenvolve somente se houver informação presente. Assim, a transformação da lagarta em borboleta, não é evolução, sim a criação a partir das informações do DNA da larva. Talvez porque para muitos sem a devida informação, ou ainda movidos por preconceitos, a Teoria do Design Inteligente e a Teoria da Criação Especial não passam de discussão religiosa! Capacidade de variação: Leis de Mendel – informação genética. Sabido isto, pergunta-se: ―Qual seria a cor de Adão e Eva?‖. Pelas Leis de Mendel ■ qualquer cor a exceção de extremos ■ totalmente brancos ou totalmente negros. A saber, a cor da pele está relacionada com a informação genética ordenada – DNA, e não com o fenótipo adquirido (ou mutável) em uma localidade geográfica. ▬ Matéria só produz vida tendo-se informação. ▬ Informação não se restringe a mera junção de símbolos, mas na correta união destes. ▬ A origem da informação que produz vida está contida no código de DNA. ▬ Todas as funções que a vida possui são resultantes da aplicação de código. Porém: ▬► Lei: Todos os processos naturais não produzem informação (codificação).

▬ A energia total do universo é constante, não podendo ser criada por processos naturais. ▬ A energia é criada de maneira independente e externa ao universo natural. ▬ A energia disponível no universo capaz de produzir trabalho está diminuindo. O Criacionismo Bíblico (Religioso) não está contra o Criacionismo Científico,

apenas define o autor, respeitando: Evidências; Lógica; Leis e Testes Científicos.