Criação de bovinos de leite no Semi-Árido

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ABC da Agricultura Familiar Criação de bovinos de leite no Semi-Árido

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no Semi-Árido

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Empresa Brasileira de Pesquisa AgropecuáriaEmbrapa Informação TecnológicaEmbrapa Semi-ÁridoMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Embrapa Informação TecnológicaBrasília, DF2007

Criação debovinos de leiteno Semi-Árido

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Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Informação TecnológicaParque Estação Biológica (PqEB), Av. W3 Norte (final)CEP 70770-901 Brasília, DFFone: (61) 3340-9999Fax: (61) [email protected]/liv

Embrapa Semi-ÁridoElaboração da cartilha: Cristiane Otto de Sá

José Luiz de Sá.

Produção editorial: Embrapa Informação TecnológicaCoordenação editorial: Fernando do Amaral Pereira

Mayara Rosa CarneiroLucilene Maria de Andrade

Compilação: Guido Heleno DutraRevisão técnica: Juliana Meireles FortalezaRevisão de texto: Ana Lúcia Maciel WeinmannProjeto gráfico da coleção: Carlos Eduardo Felice BarbeiroEditoração eletrônica: Grazielle Tinassi OliveiraIlustração da capa: CW Produções Ltda.

(Adriano Mendes)

1a edição1a impressão (2007): 1.000 exemplares

Todos os direitos reservadosA reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em

parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei n° 9.610).

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Embrapa Informação Tecnológica

© Embrapa 2007

Criação de bovinos de leite no Semi-Árido / Embrapa Informação Tecnológica;Embrapa Semi-Árido. – Brasília, DF : Embrapa Informação Tecnológica, 2007.60 p. : il. – (ABC da Agricultura Familiar, 17)

ISBN 978-85-7383-398-0

1. Bovinocultura. 2. Gado leiteiro. 3. Manejo. 4. Nutrição animal. 6. Reprodução.I. Embrapa Informação Tecnológica. II Embrapa Semi-Árido. III. Coleção.

CDD 636.2142

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ApresentaçãoEmpenhada em auxiliar o pequeno produtor, a

Embrapa lança o ABC da Agricultura Familiar, queoferece valiosas instruções sobre o trabalho nocampo.

Elaboradas em linguagem simples e objetiva,as publicações abordam temas relacionados àagropecuária e mostram como otimizar a atividaderural. A criação de animais, técnicas de plantio,práticas de controle de pragas e doenças, adubaçãoalternativa e fabricação de conservas de frutas sãoalguns dos assuntos tratados.

De forma independente ou reunidas emassociações, as famílias poderão beneficiar-sedessas informações e, com isso, diminuir custos,aumentar a produção de alimentos, criar outrasfontes de renda e agregar valor a seus produtos.

Assim, a Embrapa cumpre o propósito adicionalde ajudar a fixar o homem no campo, pois coloca apesquisa a seu alcance e oferece alternativas demelhoria na qualidade de vida.

Fernando do Amaral PereiraGerente-Geral

Embrapa Informação Tecnológica

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SumárioIntrodução ............................................... 7

Melhorando a produção de leite napequena propriedade .............................. 9

Qual a raça mais apropriada? ............... 10

Instalações simples para aprodução leiteira .................................... 13

A melhor alimentação paraseu gado de leite ................................... 20

Banco de proteína ................................. 21

Como utilizar a palmaforrageira na alimentação doseu gado de leite? ................................. 25

Como fazer silagem? ............................ 27

Amoniação de palhadas ........................ 30

Um plano de alimentaçãodos animais ........................................... 33

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A reprodução do rebanho ...................... 36

Com que idade a vaca deveter a primeira cria? ................................ 37

Cio ......................................................... 38

Quando fazer as coberturas? ................ 40

O touro e as vacas ................................ 41

Inseminação artificial ............................. 42

Cuidados com a vaca gestante ............. 42

Cuidados com o parto ecom os bezerros .................................... 43

A saúde do rebanho .............................. 48

Parasitas do gado ................................. 49

Vacinação .............................................. 53

Higiene da ordenha ............................... 54

Faça da produção de leiteum bom negócio .................................... 58

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IntroduçãoA criação de gado é uma prática comum

nas pequenas propriedades brasileiras, nãosó para a produção de leite para o consumofamiliar, como também para a fabricação ca-seira de alguns produtos derivados do leite,como queijo, manteiga e doces.

No entanto, por falta de informação einiciativas, estas práticas continuam sendofeitas sem muita técnica e cuidados e, con-seqüentemente não trazem lucros nem bene-fícios à saúde do produtor e de sua família.

Na verdade, a criação de gado de leiteno Semi-Árido é uma alternativa viável desustento, desde que o produtor encare issocomo uma atividade ou um negócio quetraga renda.

Em relação ao Semi-Árido nordestino,existe uma longa tradição de criação degado bovino em pequenas propriedades,onde muitas famílias criam seus bois de

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carne e suas vaquinhas de leite, porém semgrandes preocupações de ter um gado sadioe produtivo, nem mesmo de fazer o manu-seio correto dos animais no momento daordenha.

Para garantir produtos saudáveis, dequalidade e que possam gerar uma boarenda para os pequenos produtores, énecessário mudar algumas técnicas nacriação do gado. Além disso, é precisoadotar medidas de higiene na ordenha e no

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trato do leite e de seus subprodutos, comoqueijos, manteiga, compotas, entre outros.

Nesta publicação você encontraráalgumas orientações básicas para melhorara produção de leite nas pequenas proprie-dades e fazer disso um negócio lucrativo epróspero.

Melhorando aprodução de leite napequena propriedade

Antes de tudo é preciso decisão. Decidiraumentar a produção de leite, melhorar asanidade do rebanho para que se torne maisprodutivo e, principalmente, oferecer leitede melhor qualidade. Para que isso aconteça,são exigidas certas práticas e que algumasprovidências sejam tomadas.

A seguir, você conhecerá as principaisquestões referentes à melhoria do gado eda produção de leite.

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Qual a raçamais apropriada?

Tudo começa por se ter animais querealmente sejam adequados para a finalida-de desejada. Se você quer ser produtor deleite, entrar em um negócio para obter lucros,tem que criar animais de raças mais reco-mendadas para isso.

As raças de vacas que mais produzemleite são as raças de origem européia, comoa Holandesa, a Jersey e a Parda-suíça.

Holandesa.

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O problema é que essas raças não seadaptam bem ao clima do Nordeste, emdecorrência do calor e da pouca chuva.Além disso, essas raças são também muitoexigentes em sua alimentação, necessitandode pastagens que devem ser complemen-tadas com rações balanceadas. Outroproblema é que o gado dessas raças é muitomais sensível às pragas, tais como carra-patos.

Já as raças do tipo zebu, como Gir,Guzerá e Sindi, adaptam-se melhor às con-dições do Nordeste, mas produzem menosleite que as européias.

Gir.

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Guzerá.

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Sendo assim, surge a seguinte dúvida:se as raças européias produzem mais leite,mas não se adaptam ao clima do Nordestee as raças do tipo zebu, que se desenvol-vem bem no Semi-Árido, não produzem tantoleite, qual a solução?

Nesse caso, sugere-se a criação devacas mestiças de gado europeu com zebu.Essas vacas produzem mais leite do queas do tipo zebu e são mais resistentes doque as européias.

Quanto mais sangue da raça européiativer a vaca, mais leite produzirá, porém exigirámaiores cuidados, mais pastagens e rações.

Instalações simplespara a produção leiteira

Mesmo estando no pasto, o gado temque estar cercado. As áreas onde as vacaspastam ou as instalações onde o gado éconfinado – estábulos – e principalmente a

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sala de ordenha devem ser planejadasvisando à comodidade do animal, facilidadeda ordenha e higiene na produção de leite.

As instalações devem ser as maisadequadas e feitas, de preferência, commaterial de baixo custo, encontrado na pró-pria região. As cercas e a sala de ordenhasão essenciais.

Cercas vivas forrageirasUma das possibilidades para cercar

seu gado é o uso de estacas vivas de gliricí-dia. Essa é uma solução de baixo custo epossibilita a construção de cercas perma-nentes que oferecem sombra e forragem dealta qualidade para os animais, além decontribuir para a melhoria do solo.

As cercas vivas forrageiras podem serconstruídas com estacas de madeira branca,intercaladas com estacas de gliricídia de4 centímetros de diâmetro e 2 metros decomprimento, enterradas em covas de 30 cen-

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tímetros de profundidade, amarradas emarame, ficando assim por dois anos.

Após esse tempo, se ocorrido um bomenraizamento e uma boa formação de copa,o arame poderá ser grampeado às estacasde forma definitiva. Uma vantagem é queisso evita que o arame seja atacado pelaferrugem, o que levaria à perda da cerca, jáque a casca da gliricídia não envolve oarame, a exemplo de outras espécies muitousadas para esse fim.

Veja, a seguir, fotos que mostram asprincipais etapas e o resultado positivodessa prática.

Estacas de gliricídia enterra-das 30 cm.

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Grampo da cerca fixado no tronco da gliricídia.

Cerca viva de gliricídia formada.

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Sala higiênica de ordenhaNa melhoria das instalações para o

gado leiteiro, depois da cerca, vamos tratardo local recomendado para a ordenha.

Construir uma sala higiênica para acoleta do leite é uma ação importante, poisfacilita a ordenha e reduz a incidência demastite na propriedade.

Na construção de uma sala de ordenhahigiênica você vai ter que fazer alguns inves-timentos em obras como:

• Construção ou adaptação de umcurral de ordenha, com piso calce-tado e coberto, com capacidade parapelos menos três animais por vez.

• Construção de um canzil para con-tenção das vacas, associado aococho, para fornecer concentradosdurante a ordenha.

• Construção ou adaptação de umpequeno curral de espera para osbezerros, anexo à sala de ordenha.

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• Instalação de sistema hidráulico paralavagem de mãos e tetas dos ani-mais: tanque de 500 litros + 12 metrosde canos de PVC (1/2") e manguei-ras de jardim, dotadas de pistolasnas extremidades.

Além disso, é recomendável substituiralguns materiais utilizados na ordenha. Sãomedidas simples e baratas que fazem partedos procedimentos do sistema higiênico deordenha:

• As cordas de contenção da vaca(peias) e do bezerro, usadas normal-mente, são feitas de sisal ou seda sin-tética, favorecendo o desenvolvimentode micróbios. Por isso, devem sersubstituídas por correntes metálicasleves, de fácil limpeza e que permitema contenção mais eficiente e rápidados animais, sem machucá-los.

• O banco usado pelo ordenhador, nor-malmente de madeira, pode sersubstituído por bancos de plásticodisponíveis no mercado.

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Curral de espera parabezerros.

Materiais suspensos, bancode plástico e porta papel.

Vista geral da sala deordenha.

Canzil na sala de ordenhae mangueiras para lavar

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A melhor alimentaçãopara seu gado de leite

Para produzir mais leite é necessáriomelhorar a alimentação das vacas. Por isso,é preciso investir nas pastagens, no armaze-namento e na conservação de alimentospara o período seco.

A principal fonte de alimento do gadobrasileiro continua sendo a pastagem.A escolha do melhor pasto para sua regiãoé uma decisão importante, e você terá quetomá-la. Atualmente, recomenda-se plantaro capim-búfel, o capim-urocloa e a gramaaridus. Para dar suporte na alimentação dogado no período seco, quando diminui adisponibilidade de pasto, é interessante tera tradicional palma-forrageira.

Os capins búfel e urocloa são plantadoscom sementes. A grama aridus é plantadacom mudas (chamadas estolões), em soloarado.

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Ao mesmo tempo em que se semeiamos capins, pode-se semear milho, para redu-zir o custo de implantação da pastagem.

Banco de proteínaO banco de proteína é uma área

plantada com determinadas espécies quereforçam a alimentação do gado. São plan-tas que fornecem proteína para os animais.

Para saber mais sobre esse assunto,além das orientações aqui fornecidas, reco-mendamos consultar o título Alimentaçãodas criações na seca, do ABC da AgriculturaFamiliar.

Pastejo no capim-urocloa na época das chuvas.

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Por que ter umbanco de proteínas?

As proteínas são partes importantesda alimentação, tanto dos animais quantodas pessoas. Uma alimentação equilibradarequer açúcares, proteínas, vitaminas e saisminerais, além de outros componentesmenores.

Os bancos de proteínas são planta-ções de algumas plantas mais ricas emproteínas, para complementar a falta dessecomponente em outros alimentos.

Como estabelecerum banco de proteínas

Leucena em consórciocom milho ou sorgo

A leucena é uma árvore conhecida porser importante fonte de proteína para osanimais (bovinos, caprinos, ovinos e gali-

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nhas) e pela sua boa adaptação ao climado Semi-Árido.

A leucena deve ser plantada em linhas,com distância de 50 centímetros na linha ede 2,5 a 3 metros entre as linhas. No espaçoentre as fileiras de leucena, plantam-se trêslinhas de milho ou sorgo.

É possível iniciar o pastejo direto daleucena pelo gado a partir do segundo ano,ou cortar os ramos da planta, no início daestação chuvosa, usando-os para ensilageme/ou fenação.

Ramoneio da leucena.

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Gliricídia em consórciocom milho ou sorgo

A gliricídia pode ser plantada solteiraou em consórcio com milho ou sorgo.

O plantio solteiro deve ser feito emlinhas afastadas de 2 metros com 1 metrode distância entre as plantas na linha.

Em consórcio, a gliricídia será plantadaem espaçamento de 4 metros entre as linhase 1 metro entre plantas na linha, com os grãos(milho ou sorgo) plantados entre essas linhas.

A gliricídia pode ser semeada direta-mente em solo bem preparado, nos lugaresonde as chuvas são normais.

Silagem de leucena.

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Nos lugares onde as chuvas não sãoregulares é mais seguro plantar com mudasou estacas.

Nos dois casos (mudas ou estacas), omaterial deve ser plantado em sacos plásti-cos em viveiro, onde ficarão por dois meses.Quando as mudas alcançarem um palmo dealtura, devem ser transferidas para o campo.

Como utilizar a palmaforrageira na alimentaçãodo seu gado de leite?

Como a palma forrageira é uma alter-nativa de alimentação do gado no Semi-

Gliricídia consorciada com milho.

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Árido, vejamos como proceder no plantioda mesma.

A primeira recomendação é quanto aoespaçamento. As espécies gigante e miúdasão plantadas com espaçamento de 2 metrosentre as linhas, por 25 centímetros entreplantas.

A espécie redonda é plantada com espa-çamento de 2 metros por 50 centímetros.

É preciso adubar o terreno com umcaminhão de esterco, aplicado em faixa de1 metro na linha de plantio, e adubo mineral(fósforo, potássio e calcário) em dose calcu-lada por um técnico, conforme o resultadoda análise de solo.

Logo após sua plantação, o palmaldeve ser mantido livre de plantas daninhas.Depois que as palmas estiverem bempegadas, faça um roçado completo, paramanter a área plantada sempre limpa.

Um palmal assim plantado permite queo primeiro corte seja feito dois anos após oplantio.

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Como fazer silagem?Outra maneira de garantir a alimen-

tação do rebanho na época da seca é pormeio da silagem.

O milho e o sorgo são muito bons parafazer silagem, sós ou em combinação coma leucena e a gliricídia. O sorgo é maisresistente à seca do que o milho.

Pelas fotos a seguir você terá umanoção do processo de preparo de silagemde gliricídia.

Palma adensada.

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Etapa 1: gliricídia no campo.

Etapa 2: ramas cortadas.

Etapa 3: transporte.

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Etapa 4: picagem dos ramos.

Etapa 5: colocação no silo cavado no solo.

Etapa 6: cobertura do silo com plástico.

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Outra forma de armazenar a gliricídiae a leucena, na forma de silagem, é cortaras ramas e compactar em um tambor fe-chando bem a boca com um plástico.A compactação é realizada por um homemque deve pisar e socar as folhas dentro dotambor. Após 30 dias, a silagem está prontapara ser utilizada.

Silagem de gliricídia em tambor.

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Amoniação de palhadasEste é o processo de tratamento, com

amônia, de material de baixo valor nutritivo

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(sobras de pasto, restos de cultura, entreoutros), obtendo-se, assim, um produtomais nutritivo. O processo mais simples parafazer a amoniação é com a utilização dauréia, devendo seguir os passos abaixo:

• Escolha um local plano, bem dre-nado e ventilado.

• Forre o local com plástico.

• Dilua em um tonel 8 a 10 quilos deuréia para cada 100 litros de água.

• Deposite a palhada em camadas,sobre o chão forrado, formando ummonte (meda) e regue com a misturade água e uréia. São necessários10 litros dessa mistura para cada20 quilos de palha. Para melhoreficiência, recomenda-se adicionar200 a 400 gramas de farelo de sojaou de outra leguminosa disponívelpara cada 20 quilos de palha. Não

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compactar o material durante o pro-cesso.

• Completada a arrumação da meda,coloca-se outro plástico por cima damesma, de maneira a deixar folgasnas laterais, fechando-as bem, colo-cando areia ou terra sobre elas paramanter o fechamento.

• Quatro semanas após o tratamento,o material está em condições de serconsumido.

• Por medida de segurança, o materiala ser fornecido aos animais deve serretirado da meda dois dias antes edeixado ao relento, para sair o ex-cesso de amônia. Aumentar aos pou-cos o fornecimento dessa palhadapara não intoxicar os animais. Reco-menda-se dar 4 a 6 quilos de palhadaamoniada por animal adulto, ao dia.

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Um plano de alimentaçãodos animais

Suas vacas têm que produzir leite otempo todo. Para que isso aconteça, vocêprecisa ter um plano para manter seus ani-mais bem alimentados durante todo o ano.

Apresentamos aqui recomendaçõespara a alimentação do rebanho nos diferen-tes estágios de desenvolvimento dosanimais e de acordo com a estação do ano.

Vacas em produção de leite

Período chuvoso

Pastagens cultivadas.

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Período seco

Pastagem suplementar (2 horas por diana leucena ou gliricídia).

Auto-alimentação nosilo de superfície (tipobunker), com consumolimitado a 30 quilos desilagem mista de milho+ leucena + gliricídiapor animal por dia.

Pastejo suplementar deleucena + gliricídia.

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Vacas secas e novilhasEstas são mantidas, exclusivamente,

em pastagens.

No período seco, ficam no pasto erecebem restos de cultura tratados comamônia. As novilhas em crescimento rece-bem, além disto, silagem de leucena egliricídia.

Bezerros e bezerrasNos primeiros 90 dias de idade, deixa-

se uma das tetas sem ordenhar, para o

Quando acabar a silagem mista e o pastejo na leucena/gliricídia, o criador deve dar palma (30 quilos), rolão de milho(5 quilos) e silagem de leucena e/ou gliricídia (6 quilos) poranimal por dia.

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bezerro (em rodízio, alternando a cada diao quarto que fica para o bezerro).

Após a ordenha, os bezerros permane-cem 1 hora com a mãe para mamar o leiteresidual e o do quarto não ordenhado. Depoissepare os bezerros da mãe até a ordenhado dia seguinte.

Após os 90 dias e até o desmame,mamam apenas o que sobra da ordenha.Durante o aleitamento, recebem forragem(pastagem ou silagem).

Na época seca, recebem folhas frescasde gliricídia ou leucena como suplemento,na base de 2 a 3 quilos por cabeça, ao dia.

A reprodução do rebanhoNa criação de bovinos de leite, a ques-

tão da reprodução do rebanho tem que sertratada com seriedade. Sem um bom plantel,cuidadosamente tratado e com saúde, nãose consegue a produção ideal desejada.

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Estes cuidados devem ser tomados jácom as bezerras, afinal serão as reprodu-toras quando adultas.

Bezerra em aleitamento.

Com que idade a vacadeve ter a primeira cria?

A primeira cria deve acontecer entredois e dois anos e meio. Isto quer dizer queo ideal é que ela seja coberta dos 16 aos22 meses de vida.

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Cio

Qual o intervaloentre um cio e outro?

Nas vacas, o intervalo entre um cio eoutro é de 21 dias, quando não há cobertura.Normalmente, cada cio dura entre 18 e 24horas.

Novilha com sua primeira cria.

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Como detectar o cio?

Observar 2 vezes pordia, por aproximada-mente 30 minutos, orebanho de fêmeas,para detectar as vacasou novilhas que estãono cio.

O sinal mais caracte-rístico do cio é o dedeixar-se montar. Asque estão montandoprovavelmente estão entrando no cio.

Outros sinais do ciosão corrimento de mucocristalino pela vagina,nervosismo, agitação eurinas mais freqüentes.

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Quando fazer ascoberturas?

• Quando o cio acontece de manhã, acobertura (ou inseminação) deve serfeita à tarde.

• Quando o cio acontece à tarde, a co-bertura (ou inseminação) deve serfeita na manhã seguinte.

• Se após duas coberturas (ou inse-minações) a vaca não pegar cria,deve ser examinada por um vete-rinário (ou técnico) para ver se estádoente ou se deve ser descartada.

• Se o cio não voltar depois de trêssemanas, é sinal de que a vaca pe-gou cria. Para confirmar, o veterinário(ou técnico) deve fazer uma pal-pação no reto da vaca, dois mesesdepois da cobertura.

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O touro e as vacasNo sistema de monta natural, o touro

permanece durante o ano todo com asvacas e novilhas em condições de repro-dução.

É necessário mudar de touro de doisem dois anos, para evitar que o mesmoacasale com as próprias filhas, o que enfra-queceria a linhagem dos animais.

Quem possui várias vacas de leitedeve distribuir as coberturas (ou as insemi-nações) ao longo do ano para ter umaprodução constante de leite.

O touro permanece ao longo do ano comas vacas e novilhas aptas à reprodução.

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Inseminação artificialA inseminação é uma prática segura

para melhorar a linhagem do rebanho e teros animais mais apropriados à produção deleite, de acordo com as condições de cadaregião e propriedade.

Para cruzar vacas do tipo zebu comtouro holandês, o melhor é usar a inseminaçãoartificial, porque um bom touro holandês émuito caro e de difícil manutenção no rebanho.

Como também o processo de insemi-nação não é barato, uma das alternativaspara contar com a inseminação artificial éformar uma associação de pequenos produ-tores ou associar-se a alguma cooperativa,para dividir os custos.

Cuidados coma vaca gestante

Um cuidado muito importante é a ali-mentação da vaca gestante, principalmente

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no final da gestação. A melhor maneira deconseguir alimentar bem uma vaca gestanteé dar a ela o mesmo alimento dado às vacasem produção.

No período próximo ao parto, a vacadeve ficar em pasto perto da casa do criador,para que possa ser observada.

Vacas gestantes recebendo palma.

Cuidados com oparto e com os bezerros

O parto e o bezerro recém-nascidoO melhor parto é aquele que acontece

de maneira natural. Deve-se ajudar a vaca

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somente se ela mesma não conseguir com-pletar o parto.

Se a vaca não limpar o focinho e a bocado bezerro, o criador deve fazer isso.

Depois que o bezerro mamar pela pri-meira vez, o criador deve cortar e desinfetaro umbigo com uma solução de iodo a 10 %,solução esta que deve estar sempre à mãoem uma propriedade.

Entre as primeiras 24 e 48 horas depoisdo parto, o bezerro não deve ser separadoda mãe.

Depois de um parto, deve-se esperar60 dias para uma nova cobertura.

Recomenda-se que 60 dias antes dopróximo parto deve-se secar as vacas. Asvacas azebuadas costumam secar natural-mente antes desse prazo.

Alimentação do bezerroQuanto à alimentação do bezerro,

fique atento às recomendações a seguir:

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• Colostro é o leite especial que a vacaproduz para os bezerros nos primei-ros dias de vida. Ser alimentado poresse leite especial dará ao bezerromelhores condições de saúde.

Colostro saindo da teta da vaca após oparto.

• Do 3º ao 14º dia de vida, os bezerrosdevem ficar apartados num bezer-reiro, de preferência de piso calçado.

• Nesse período, o bezerro deve mamarduas vezes por dia, mamando assimo ideal, aproximadamente dois litrose meio de colostro.

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• Após o 14º dia, o bezerro deve conti-nuar mamando dois litros e meio deleite. Para isso, o ordenhador devedeixar um dos quartos sem ordenharaté que o bezerro chegue aos 90 diasde idade.

Atenção

É importante que o bezerro mame o colostronas primeiras horas de vida. Por isso, ele devepermanecer com a mãe nos primeiros 2 diasde vida.

Bezerreiro de piso calçado.

• Dos 90 dias até o desmame, os be-zerros mamam o que sobra da or-denha.

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• Na fase de aleitamento, os bezerrosdevem receber forragem de boa qua-lidade, como folhas ou silagem deleucena ou gliricídia.

Bezerro mamando após a ordenha.

Bezerro em piquete com sombreamento.

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Descorna do bezerro

O bezerro deve ser descornado noprimeiro mês de vida.

A descorna é importante para evitaracidentes entre os animais e as pessoas.

Para fazer a descorna, usa-se o ferrode descorna.

A saúde do rebanhoNo Semi-Árido, os animais têm menos

problemas de saúde do que em outras

regiões, em virtude do clima seco. Mesmo

assim há muitas questões importantes a se-

rem observadas quanto à saúde do rebanho.

De maneira geral, os principais proble-

mas de saúde ocorrem em conseqüência

da alimentação deficiente ou do trato inade-

quado.

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Parasitas do gado

CarrapatoÉ muito importante controlar os carra-

patos porque eles enfraquecem os animaisdiminuindo, assim, a produção de leite.

Como controlar?• Mudar os animais para outro pasto,

por dois meses, se o pasto atualestiver infestado de carrapatos; quan-do não há animais no pasto, os carra-patos morrem com o tempo.

• Usar a área de pasto para lavouradurante um ano.

• Vários inimigos naturais dos carra-patos ajudam a controlar esta praga,entre eles a garça vaqueira e asgalinhas (principalmente a galinhad´Angola).

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• Catar os carrapatos no corpo do ani-mal (principalmente as fêmeas quesão maiores). Enterrar ou queimar éuma boa alternativa quando o criadorpossui poucos animais.

• Pulverizar os animais com um fortechá de capim-santo.

Fêmea do carrapato.

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Pulverização com chá de capim-santo parareduzir a infestação por carrapatos.

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• Usar o carrapaticida químico, em pul-verização, quando forem criaçõesgrandes, com maior número de ani-mais e com infestações fortes decarrapatos.

Mosca-do-chifre• A mosca-do-chifre é uma praga que

afeta muito o gado, sugando os ani-mais e diminuindo a produção de leite.

• Alho picado, misturado na ração dosanimais, ajuda a controlar o ataqueda mosca-do-chifre, pois funcionacomo repelente.

• Outra forma de controlar a mosca-do-chifre é a utilização de mosqui-cidas, com recomendação técnica.

Vermes• A verminose é um problema cons-

tante nos animais.

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• A melhor época para dar vermífugoaos animais é na seca.

• Alho na ração ajuda a controlar osvermes e a mosca-do-chifre.

• As folhas de Nim é outro métodonatural para controlar vermes.

• A mudança de pastagem, deixandoo pasto descansar por dois meses,é o principal meio de controle dosvermes e dos carrapatos.

Nim: as folhas secas utilizadas na alimentaçãoreduzem a carga parasitária.

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Vacinação• Vacinar os animais é uma prática

recomendável porque evita muitosprejuízos e mortes de animais pordoenças.

• Quando os produtores formam asso-ciações ou pertencem a cooperativas,isto fica muito mais fácil, porque,para fazer uma boa vacinação, énecessário ter a assistência de umveterinário ou de um técnico.

• A compra das vacinas também éfacilitada quando feita em conjunto.

• As principais doenças que requeremvacinação são:

Brucelose – Entre três e oito mesesde idade.

Febre aftosa – Vacina obrigatóriapor lei.

Carbúnculo-sintomático – A partir dostrês meses, repetindo a cada seis,até os dois anos de idade.

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Raiva – Vacinação anual, principal-mente onde há surtos da doençaque é transmitida por morcegos.

Atenção

A pessoa mais indicada para dar a orientaçãocorreta sobre a vacinação do rebanho é omédico veterinário ou o técnico agropecuário.

Higiene da ordenhaÉ muito importante adotar alguns pro-

cedimentos básicos de higiene na hora detirar o leite das vacas.

Quando não adequadamente adota-dos, sérios problemas de saúde podemocorrer nas vacas, ocasionando a rejeiçãodo leite pelos compradores.

A mamite é uma doença das tetas davaca, sendo muito conhecida por todos oscriadores. É o principal problema e ocorrepor causa da falta de higiene na ordenha.

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Quais as providências que ocriador deve tomar?

• Manter limpo o local de ordenha.

• Lavar as tetas das vacas e secar comtoalha de papel descartável antes decada ordenha.

Lavar e secar as tetas com toalhas descartáveis antesda ordenha.

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• Fazer o teste da caneca com osprimeiros jatos antes da primeiraordenha do dia.

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Ordenhar as vacas na seguinte se-qüência:

Primeiro – Vacas sadias.

Segundo – Vacas que já tiverammamite, mas estão curadas.

Teste da caneca

Usar uma caneca com uma peneira ou umacaneca de fundo escuro. Dirigir os primeirosjatos para a caneca.

Se alguns grãos ficarem depositados no fundoou na peneira, a vaca está com mamite.

Teste da caneca.

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Terceiro – Vacas em tratamento demamite.

A vaca com mamite deve ser separadae ordenhada quatro vezes por dia. Se adoença persistir, deve ser aplicado o medi-camento apropriado.

• Soltar as vacas em um ambientelimpo, porque a contaminação é maisfácil logo depois da ordenha.

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• Lavar e desinfetar a sala de ordenhae os equipamentos e utensílios de-

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Faça da produçãode leite um bom negócio

Quem cria gado de leite pode ter nessaatividade a oportunidade de um negócio lu-crativo.

Para que se tenha maior produtividadee produtos com maior qualidade e higiene,é preciso adotar novas técnicas e fazeralgum tipo de investimento.

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vem ser lavados e desinfetados diari-amente.

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Fazendo a coisa certa, o leite produzidoem sua propriedade será bem aceito nomercado e poderá exigir o preço mais justo.

Além disso, procure agregar valor aoque produz. A comercialização de derivadosdo leite, como doces, queijos, iogurtes eoutros é uma boa alternativa.

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Forme uma associaçãocom seus vizinhos

Quando você se associa com outrosmembros de sua comunidade, as vantagenssão muitas, pois:

• Fica mais fácil procurar as auto-ridades e pedir apoio para osprojetos.

• Os associados podem comprarmáquinas e aparelhos em conjunto.

• Fica mais fácil obter crédito.

• Juntos, os associados podem vendermelhor sua produção.

• Os associados podem organizarmutirões.

A união faz a força!Atenção!

Para mais informações e esclarecimentos,procure um técnico da extensão rural, daEmbrapa, da prefeitura ou de algumaorganização de assistência aos agricultores.

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Títulos lançados• Como organizar uma associação

• Como plantar abacaxi

• Como plantar hortaliças

• Controle alternativo de pragas edoenças das plantas

• Caupi: o feijão do Sertão

• Como cultivar a bananeira

• Adubação alternativa

• Cultivo de peixes

• Como produzir melancia

• Alimentação das criações na seca

• Conservas caseiras de frutas

• Como plantar caju

• Formas de garantir água na seca

• Guandu Petrolina: uma boa opçãopara sua alimentação

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• Umbuzeiro: valorize o que é seu

• Preservação e uso da Caatinga

• Criação de abelhas (apicultura)

• Criação de caprinos e ovinos

• Criação de galinhas caipiras

• Criação de bovinos de leite no Semi-Árido

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Impressão e acabamentoEmbrapa Informação Tecnológica

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Informação TecnológicaSemi-Árido

CG

PE:

6441

Com o lançamento do ,a Embrapa coloca à disposição do pequeno produtor

valiosas instruções sobre as atividades do campo.

Numa linguagem simples e objetiva, os títulos abordama criação de animais, técnicas de plantio, práticas

de controle de pragas e doenças, adubação alternativae fabricação de conservas de frutas, dentre outros

assuntos que exemplificam como otimizar o trabalho rural.

Inicialmente produzidas para atender demandas porinformação do Semi-Árido nordestino, as recomendações

apresentadas são de aplicabilidade prática tambémem outras regiões do País.

Com o a Embrapademonstra o compromisso assumido com

o sucesso da agricultura familiar.

ABC da Agricultura Familiar

ABC da Agricultura Familiar,

ISB

N9

78-8

5-7

383-3

98-0

9788573833980