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Os Senhores que nos quizcrcm honrar comartigos e desenhos terão a bondade de remetlé-los, em carta fechada, á Redaccão da SemanaIllustrada, na rua do Ouvidor u. 87.livraria de V. Mi. Pina* «O CV
Publica-setoilo* os TOomtngfMs.
Subscreve-se ,Corte Províncias
Trimestre. . íí|?000 Trimestre. . (ífíliOliSemestre. . OflOOÚ Semestre. . HÍOOüAnno. . . . 16SO0O 'Anno.
. . ISSÍMiAvulso 500 rs.
Na Livraria de F. L. Pinto & C.a. Ouvidor S7.I. .
J ^^ftX&fii', 11 '.^»Vm»1!^»^B ¦^¦^¦¦"^mP- ' ^S^SW^F^^^Sm ^jr^^V | í U^~~J_ fs\ w^m !#"*%__ íí ^tfK^hf^-Vj^Lj^l t^^^^a^a^a^Bkt^V^^ffl^ ^^5»W_ ¦^»^»a^»i^»^^»^»^»^»^Bl£'^ ~-^V^»
aniiirà i?h !! 0ra.alé quc a final! Vamos • meu c*ro fumen Juniui, venha es«e abraço !... EntSo porque nlo tem aiipirccido ? Ollui , mi*amigo, temos muilo .i quem dar bordoada... (Oh! moleque, abre as garrafas.)livre j
*n?s,raa Semum Illustradtt, sou muilo sensível ao bom acolhimento que me faies! Eis-me aqui iiromplo para aiiidiir-tii.... «lati livre...."Heiramente senhor do meu nariz. A unira namorada que mr. reítava deu-me «le tabH!!!
A SEMANA ILUSTRADA.
ISI®. 5 de MaS© de f
SMsp
COUTOS DO RÍO DE JANEIRO.
Damos na ultima pagina do presente numero um grandedesenho, intitulado : Críticos anonymos.
O quadro representa uma fabrica de correspondênciasdiárias, ou antes um laboratório infernal onde se distíla oveneno da maledicencia e da ealumnia.
E' isto o que no Bra/.il le.n o nome de—liberdade de im-prensa.
O Brazil é a terra dos grandes homens e das grandescousas !
O Sr. Binol, morador em Petropolis, expoz diversos pro-duelos agrícolas ile muito merecimento, como: trigo deIres qualidades, em grão e em rama, avèa branca feno. «.Vc.
Obedecendo a um generoso impulso, resolveu unanimo-mente a commissão direetora da Praça do Commercio abriruma subscripção. para com o seu produeto olíerocer emnome do mesmo commercio um brinde ao inteliigente agri-cultor.
Assignaram já-os seis membros da commissão, i-ujos do-! naiivos sobem a cenlo e cinvoenia mil réisWI Antes isso do que nada; antes isso do que fazer como oj governo faz.I
Recommendanios ao:; Srs. assignantes estes três ana-grammas-
1."— A preta Rita do canto de Pana Palharcs,E' dona, janota, c ganhou cm ler teares.
2."—Plumen, sc tu lércs diários, tlirús: ai, ai!3."—Jicnedicla via um gallo rir.
Quem tiver algum conhecimento de litíeralura portu-gueza. e bastante paciência para decifrar anagrammas, li-cará do primeiro desles Ires alguma cousa escripta bamuito tempo, e apreciada ainda boje.
O segundo anagrami ia é uma (irmã social.Com as letras de que se compõem o terceiro póde-sc
formar dous nomes que andam sempre juntos, e estãomuito em voga.
O primeiro decifrador de urn destes Ires anagrammas,receberá, como prêmio, um trimestre da Semana Illits-Irada, elegantemente encadernado.
Remctteram-nos a seguinte carta :« Sr. Redacíor —Espero mi'iocer-Ihe o favor de pro-
por aos leitores de sua sympalhica Semana, a solução doproblema abaixo :
« Com cinco números impares sommar — 20.« Pode prometter um prêmio, sc entender que não é
de todo insignificante este calculo.Seu, etc, etc. ;
Transcrevendo a carta supra, corre-nos o ilever de ile-;clarar que não sabemos se »• exeqüível o problema a queella se refere. ;
iPublicámos, ha quinze dias. uma outra cm que se nos,
pedia que perguntássemos pjual a phrase composta de qua-;tro palavras, que podia ser indistinetamente lidada es-querda para ;i direita e vice-versa, lendo sempre a mesma,significação.
Essa phrase c :Roma me tem amor.
•* -v !
:
| Os .'inagrammas formigam por todos os lados! !Entre outros, pedem-nos que demos publicidade a estes :i
.lanophar os salva da miséria. ;Marcina galante. jAbra, esperto.
Mentira de réo. ¦Palie do meu nariz! I
O primeiro decifrador de qualquer desles anagrammas.,receberá, como prêmio, uma gravura.
O Sr. .losó de Villa Pior, foi o primeiro decifrador doanagrainma !
Girardim, dá sele contos.Com estas letras, escreve-se a divisa da Semana llltis-
Irada jRidcndo castigat mores. j
VARIEDADE. !
Remeteram-nos os seguintes apontamentos :A BCüíiSEaer no »<Ma(S;lo Síntrleíwo.
A mulher é um pequeno animal doce e maligno, metadecaprixo, metade razão; é uni composto harmônico em que;se encontra algumas vezes muitas dissonâncias. 1
A SEMANA ILLUSTRADA. \Q%
[ A sabedoria e a razão são incompatíveis com o espirito! de uma mulher que só tem na cabeça a ambição.
i A mulher é a confusão do homem, um animal incons-I tante, uni cuidado continuo, um combate sem trégua, uma: penna diária, um continuo naufrágio da vida, uma batalha
, perniciosa, um fardo insupportavel e uma humana e natu-ral escravidão.
Em mil homens se encontra um bom e cm todas as mu-lheres, nenhuma.
a>
A mulher é uma santa na igreja, um anjo nas ruas, umdiabo em casa, uma coruja nus jutiellas, um cão na porta,unia cabra em um jardim, &c.
A mulher ó um animal tímido, mas que não deixa de sefazer temer só combate para ser vencida e pede quartelquando cessa de defender-se.
Quereis bem conhecer umamulher ? Imaginac um lindomonstrosinho, que encanta os olhos e que transtorna a ra-zão; que agrada c que repugna; que no exterior é anjo e nointerior harpia...; ajuntae-lhe uma cabeça de fuinha, alingua de uma serpente, os olhos de um cascavel, o humorde um gato, a destreza de um macaco, as inclinações noc-turnas de uma coruja, o brilho do sol e a desigualdade da |lua; envolvei tudo em alvissima pelle, ajuntae-lhe braços, !pernas, àc. e tereis uma mulher completa. '
A mulher é o chefe do peccado, a arma do (babo, o des-terro do paraíso, e a corrupção da primeira lei antiga que: o céo deu aos homens.
Deve-se julgar a mulher desde o calçado ate o penteadoinclusive,*
A mulher 6 um manjar digno dos Deuzes quando o dia-bo não o tfempéra.
Bohemio.
MODAS.« As mulheres magras c mal feitas inventaram as saias
de erina e posteriormente os balões de aço, que dão aocorpo porporções exageradas e disseram : « 6 a moda. »Áquellas que a natureza fez bellas e perfeitas disseram : éa moda ! » e consentiram em oceultar suas encantadorasformas debaixo dos aros de um ridículo balão.
Agora bonitas e feias são todas iguaes; todas as mu-lheres parecem feitas na mesma forma.
As mulheres pequenas inventaram os sapatos com grandelacões e os penteados tão altas que as caras parecem estarcol locadas no meio do corpo, e disseram : « é a moda »« E a moda'. » repetiram suspirando as outras mais altas,que, empregando os mesmos expedientes, já não são mu-lheres: são verdadeiros tambores mores.
As inulhes que têem pés grandes e chatos ou tortos,disseram : « devemos oceultar nossos pés; mas será tambémprudente oceultar os pés pequenos e bem talhados.» Ima-ginaram, então, os vestidos compridos e de cauda. Todasas mulheres que tinhão pés de sylpho exclamaram: « Quepena ! mas é a moQa.... — E adoptaram os vestidos quelambem o chão.
Se ellas soubessem quanto pôde um pó mimoso ! Mas osexo chamado fraco tem a coragem de sacrificar tudo aoscaprichos da moda, por mais extravagante que ella seja.
Hoje uma mulher não deve ter pés ; pode impunementeter toesas.
Agora ou todas as mulheres são perfeitas ou imperfei- jias, porque sabem todas da mesma forma. »
A mulher é o órgão do demônio
; Lina mulher é uma machins parlante '[ue põe todo ouniverso em movimento.
As mulheres são as perfeitas operárias e artistas de todasas nmldades que for possivel inventar-se. •
A mulher é um anima! que se aborrece.
* *A mulher é o paraizo dos olhos, o inferno das almas, o
| purgatório das al^ibciins e o motu-continuodo pensamen-1 to.
BAEIES,
Chegaram os deputados!Ainda bem !Os augustos e digníssimos representantes da nação são
entre nós verdadeiras andorinhas, quu fogem quando se ap-próxima o inverno do aborrecimento e voltam cm bandosquando começa o calor da folia.
Lá vem uma andorinha ! diz alegre o camponio dos cli-mas frigidos ; lá vem ! e com ella a natureza despeita, oscampos vicejam, as flores embalsamam o ar....
Lá vem um deputado! diz a mocinha á sua vizinha dedefronte; lá vem elle.'
Com a abertura da câmara abre-se a estação dos bailes.A rua do Ouvidor expõe nas suas vidraças os mais lindostecidos, as mais custosas jóias. Tudo aimuncia—prazer. Sãopequenas iscas lançadas aos bons pais de familia, contri-buintes natos de todas as funoções em que apparcce o bello
^^^^ mmttéÊmm^f-- "-A *MÊ*V '^*S*S?§lllW =5^4*3
me Sente a seu iaott^ Conversar-;v. HÕníinta, minha serthora, qüemos um pouco, já qne nSo podemos dansar.< Porque pensa, Sr. Presidente, que já não danso, quando tenha
apenas vinte e cinco annos?...— Meu Deos ! como ando desmemoriado! V. Ex. já me disse isto
t?r>tas vetes, ha, tartto-s annos
Infeliz ! você ama minha mulher..« Mas, senhor...
Nada de mentiras ! ! Tenho provas.« Senhor... eu...Oh! se eu pudesse vingar-me como desejo, cedia-lhe ella p.ir.isempre... e então você reria o que é bom. Pobre moço !
mhd JjgjBsmm%m%mtW&&SiíXtâi^^ - - ~-- -----Zli:-'7^™-- -
O Carreia» e a Sr. »to*o «le Calais. (ContiAuação.)João de Calais, grande andador, tendo ido do Engenho Velho á rua de Carvalho de Sá (á pé), e sentindo-se ainda com um bocado dc
\atria, aposta com o Correio quem òhegará primeiro ao Morro do Inglez.
BjÉu^JaJC^S1^^^! tf B **~^^^^^^Br^B sssE^tnTntill ^B^^B\y!y^TOüK/ ' <'-^^| ^^^t. '""íl ¦ *J^^ PSB
^R/^ ^^---V^lHBÈib, 1 1 M MUI sS§«\ sKssssasK «/ ifl I sm.f^/niníflHV //¦ flUflSê^ ^^ ^~°' ^^^^LBHA^s^ ^LBJ HH1 sHEí^^sb HUa^^y^VJsi ^H^H^E?9U La * aY * ^LB E^ImTst fÊtw ^B
gjc! [j^H i^Hsssss^H BW*^a Tj^^tjB Bjsjp^tSBdsr^sB^Ms» ^B' £1 ^H ^Bv/1
OU MÜÜANVAA Semana ÍUiutrada mudou-se par*
iT,*rgode S.Francisco de Paulan. 16
DE DESPEDIDA.Safo, que bota pesada!
DE RECOMMEfiDAÇAQ.Presuntos, queijos, etc.; Rua do Rosário
n.» B. N.
DECLARAÇÃO AMOttOàft,De amor filo possoQuasi respirar.
s^k. frv/V *N •"""* *J- J" S / J** *J^1UI*^ [f -^r-a^^^BB B ^B ^B ^B ^KVJ Hr^EiTv^^Mt^&flklS IHl
1 I BttaJifl Hffl ,-'' .9M^ í^Tn^fvIte^ÇÈ^B B IBfi \\imsi s^B\ .v-ííís^B iBÍYJbx V3üSK\«^sBÍBr*»5iI^B B9nE«i^ifl [Ba I ^^r •¦* /v , ^j'''-*^ ?ffií^^'^*?B ÍBJBk \BBsBm^ vcnu^B Mm iLw.\iB BB£&X£i5^B Bm«£F-^B sH ¦ ¦//J.iíVrM ,•*', jr <s^BS?^í^^ HBk tww8B^\ Â^TaVl HTtlflft. IlíBslfisPir^sBBBBBBBBMMBB^a^CV^S^BBBBsl BBBBBBHEU^^frB9BL£^BBBBs1 BBBBBM BfBBBBsl BBBBSY ^^ ''^^7 J Jt"*!"*»^ '^l|stíW**ÍS-^ft* *# BBBi BB!!!! IBBBBBBBfc V*4\wisBBI. J> VVyOUIBBBBBBbI BBBBBBn lill, -inklH&J-aBK?' ^V^bbbbbI
sssssssWfl3 i^iHfisÍ f*W I HP/ /! tr^S^Íf ^^ffi^sjffi* ^ "^'í- "^tV^^B ^B \\ttnH / \WJiH Ihs^Ís^i^Bh^s^-IS
Mme. CORDONNIERFabrica de botinas
AOS MEUS ANTIGOS APRECIADORES Para meus amigos, a face mais interes-Ainda um sorriso encantador. sante!....
ULTIMA VISITAIíDesta serie.)
A*»*i»««raH «le earlAe* de vàsji»», da Seiratftn» lllustrada. pHotograpfttftdoftj do n«s«r*l, — ty serie.
ÍGG A sdiMA.NA ILUSTRADA.
sexo. Resta, porém, u:n cons >lo para essas victimas damoda; suas filhas apresentam-se cheias de graça e de en-canto ; todos as devoram com o olhar c mais de um pecca-dor, como eu, volta para casa com a imaginação em fogo,o coração apertado os calos doídos.
E quem não ficará assim ? Os que se entregam uma noiteinteira ao voltaretee ao cear té, e, no lim da noite, baldosdeforças e de pecunia vão, com cara de desconfiados, espreitardas portas dos salões os sylphos que volteiam no giro dawalsa, que quebram o delicado corpinho n'utn moulinet delanceiros. Desgraçados! Para elles o baile não se vê, nãose gosa ; lé-se n'um livrinho de cincoenta e duas folhas.
Também já não danso ; mas sei ter o bom gosto de con-servar-me nos salões, abi onde mais ferrei opus, apertadoentre dous quadros de lanceiros, sumido entre os rodomoi-nhos da dansa, perdido n'aquelle mar de sodas, flores, íitase sorrisos.
Acotovelado aqui por uma senhora; pisado ali por outra,respondendo a esta, interrogando aquella, apanhando oraum lenço, ora uma flor que cabe ou que se deixa cahirtal 6 minha vida num baile.
E porque não dansar? Estou velho, gasto, extenuado.Ha uma idade em que ainda se não dansa; ha outra em
que já se não dansa ; em ambas, porém, admira-se.Quando tive vinte annos também fui dandy nos bailes
dos Estrangeiros (no Catete) c nos da Praia Grande, ondeia com minha jaquelinha branca.... Mas a que vem tudoisto, quando fallava das interessantes reuniões baillantesque vão começar? Divagações! Agarro, pois, o lio dasidèas que me escapara das mãos e recomeço.
Não; não se assuste o leitor; em vez de recomeçar, vouprocurar terminar este—a propósito.
Já sabem todos que a estação dos bailes vae começar ;mas o que todos ignoram é que a Semana lllustrada no-meou-me seu citargé d'af[aires. Sou o diplomata encarre-gado de tratar da questão—bailes.
Não se pense que vou oecupar-me em elogiar este ouaquelie toilette.
A minha missão é inteiramente opposta a isso, epode serresumida nas seguintes palavras:
« Estudar os ridiculos e enuncia-los sem oflender sus-ceptibilidades.
Até outra vez.
Comparece José Fidelis dos Esquecimentos, natural I IRio de Janeiro, solteiro, de 8o annos de idade, e carteir Ido correio.
Presidente. Sr. José Fidelisidelis dos Esquecimentosa rasão porque vem á este Juiso?
sabe"" 1----I-" ¦-¦•¦ —¦__•< —~" ¦
R':o.—Sim, Senhor. Sou aceusado pela Semana Ulus.irada de não enlregar os seus números aos respectivoassignantes
Presidente.Róo
E é isso verdade?
Secção tio jdBry. cJtdgamenlo de um empregado do Correio.
Meia hora antes da n arcada para a abertura da au-dtencia, acha-se a sala apinhada de povo.Ouve-se de vez em quando gritos por causa do aperto.
Ninguém se entende. Reina continuamente um ruidode curiosidade em todo o auditório.
O Presidente toma a cadeira. Na Tribuna da Accusan.ãuestá repimpada a Semana llhistrada.
Em parte ; porém afianço á V. E\. que não hamalícia no meu deleixo.
Presidente. —Como assim !R:o. — Eu explico. Um dia entregaram-me bastantes!
números tia Seman-i lIlustrada. Segui para casa dos assieJnantes com o firme propósito de cumprir com os meus!deveres; infelizmente nessa tarde cahio uma grande t« rn-'pestade, as ruas liearam cheias, e vi-me obrigada a nadar;coiii o cavallinho. Quando me achei em lugar enxuto deipor falta das S-manas ; tinham ido por auva abaixo. Em'outro da, fui enrumbid.) igualmente de destribuir outronumero; vou visitar uma comadre, porque eu tenho umacomadre, e zás os meninos, pilhando-me destrahidi. car-iregam-me as folhas,e recortam os bonecos. Em outro dia,!esbarro-me, no Campo de S mt'Anna as '; horas da tarde,,o sol de fora e queimando como brasas, com dousdcsalma-'dos que me arrancam as folha;, á poder de ameaças tmesmo de alguns cachações. Em outro dia, levo as semanas,para casa, e por desgraça pega-me fogo no casebre, c Jáseiforam os taes jornalitos. Em oulro dia, vou á uma confei-jtaria tomar um capilé, e eis que oscaxeiros dão-me umalatracação, e filam-me as Semanas para embrulhar assucar.!Em outro dia rompe-se-me a mala no caminho, e lá seforam os taes jornalitos do Diabo. Emfim em outrodio...
Presidente.—Basta. Pelo que vejo o Senhor confinao crime?
R'iu. — Crime, não, Senhor. Eu não reputo isso cume.Presidente. — Não tem nada mais á allegar em sua ue-
fesa?Ri-o.—Tenho unicamente á allegar qua a Semana II-
lustrada declarou-se inimiga do correio, e que a sua ac-cusação é suspeita.
Presidente. — Tem a palavra o Senhor Advogado iiAccusação.
Semana llluslrada nu tribuna)—Senhor Presidente,Senhores Advogados, meus coücgas, e mais Senuore>-Ha muitos mezes que o meu jornal se publica notacorte. Os Assinantes choveram de todos os lados, eetien-tendi que o melhor meio de servir á todos com prompt|<la°era enviar-lhes os números pelo correio—Ohlüow-Comecei a receber continuamente reclamações, e Posi0assegurar á este illustre auditório que ha assignantts painda não receberam um único numero do meu jornal¦¦(Sussurro) ?üq minto, Senhores,é a pura verdade qti<Mfcdigo. Assim, pois, reconhecendo o pouco cuidado <1^,
ha na entrega de cartas e jornaes, c o pouco caso com ij ^
são tratadas as reclamações do povo... [bravo! '''"'.
venho pedir-vos, Senhor Juiz de Direito, a condeaTurtfj
A SEMANA ILLUSTRADA. 167
o réo no grão máximo dos artigos 129 § 9 e 213 do co-digo. porque na expressão—carta — acham-se compre-lendidos os jornaes. que levam direcção aos Assignantes.Disse. -Muito bem ! muito bem! O auditório comprimento,
abram o illustrado Advogado.)0 Advogado da defesa pouco diz á favor do seu cliente,
porque reconhece que a Semana Illuslrada tem rasão, eior ter elle confessado o delicto ; porém pede a indulgen-;ia do Dr. Juiz de Direito para um pobre velho, que malpôde arrastar os pés. e está cahindo emeaduquice.
Uma ro; no meio dos espectadores. — Não é elle caducoara deixar dc entregar as Semanas {Ilustradas.
0 Dr. Juiz de Direito, sendo-lhe os autos conclusos,londemna o lléo no gráo máximo dos artigos referidos.Enllmsiasmo no auditório. Ouve-se viras ao Juiz de Di—nlo e às Instituições do paiz).
Semana Illuslrada — [na Tribuna.}Agradeço a V. h
|á declaro que vouleste pobre velho. , Bravo 1 bravo '.}
eração que me deu. e desdea ronsididir ao Poder moderador o perdão
CHRONICA ElEGâlTE.Bravo ; que luxo! Estás com uma sobrecasaca muito
oiiita.« Achas?
- Certamente. Boa fazenda, bom talhe, gola dc vel-ii ilo....
« E toda forrada de seda.Deveras?
« Sc duvidas olha.Andas muito por rima agora, meu amigo.
« Qual, nem por isso. (Vinprci-a em uma loja ao rez dotão. Sabes quanto vale?
Não.'« Nem eu.
Como assim !« Palavra que não sei.... o caixeiro estava distraindo.
Graças â sua coragem, ou antes aos seus robustos músculosconsegui escapar são e salvo, sem o menor arranhão.
« U que é elle?— E' um medico hemccopatha.« Lego vi; por isso è que não perdeste sangue. You
chama-lo para meu medico de partido.
A Senhora F., que tem quarenta annos c muita pre-sumpção de ser litterata, dansava ultimamente no ClubFluminense com um cavalheiro que, desejando tornar-seamável, teve a sensahoria de dizer .
V. Ex. ri tão poucas vezes! Quem tem, no entanto,dentes tão lindos.... são umas verdadeiras pérolas !
u Quer o senhor dizer com isso que minha boca é umaostra ? atalhou a Sra. F. muito agastada.
Desculpe-me, minha senhora; mas eu.... nunca...« Sim, senhor ; pensa acaso que não sei que das ou-
tias é que se extrahe as pérolas?
Sabes por que se parecem os militares com os enca-i nainentos ?j « Não. jI — Por que uns e outros são soldados. !; Uma pessoa, que me ouvio dizer isto, repetio no dia se-jgninie d'est'arle: j
Sabes porque se parecem os soldados com os encana-inentos! Por que uns e outros são militares.
Quando aprendi francez tive um collcga muito original,; que me servia sempre de risota.' Deu-se com elle este facto :j Estávamos na aula ; o professor chamou-o á pedra paraescrever o que se lhe diclasse.
j —Escreva, disse o professor, esta phrase: Je veux'¦ niasseoir.j O meu collega, que ignorava completamente a ortogra-; phia franceza, guiou-se pela pronuncia e escreveu
Je vi m'assuar.
E i^meu collega escreveu sem trepidar:Je rè m'assuur pur bi-en voar le domino no ar.
Querendo ver até onde elle ia, o professor, mal con--RL.coimnPlido-iequcví.^ . . , -. •-ulo é di"no d Je veux massot.r pour oienvoir le domino noir.« O que é que se representa?— O Peloliqueiro.« Deus me livre de lá ir.~ Mas alianço-te que é bom. _ j __ Eslamos om maré do pelotica*. Por um lado. oo Sr í ovl!eU TV T°
t]Ul!,'° í"aiS r 1Pel"l,1"e,r,,s;! Sr. Love, mágico; por outro, o Peloliqueiro no Gymnasio;*>r. Love em S. Pedro ; e quanto me basta. Que logro! | njnda por' Jm 0Xpnsúljiador em S. Pedro. Quanta ma-
gicatura, Santo Deus Pobre publico !—_\cs aquelle homem ? Salvou-me a vida ultimamente.iajmiu que se não fosse elle eu levava uma queda hor-^ '-' ucava.pelo menos, com as duas pernas quebradas.
A. de C.
Typ. de — Pinheiro & C.a — rua do Cano n. 1CS.
I if^^ \
ESCKlPTOltl O DÓS C1.ITICOS A _.©___. /ffOS E ( .MM\IADOHFJ.PELOURINHO HA, HOVRa
Pudesse umi 5- ; _o conté-los loa.-is - i pi:or.,- fosse eu 'Tnumpho eterno ' Livre era o iiiuiiJn <¦ os ser ..,•¦_ vingados.