ConstruARCH #03

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EDIÇÃO 03 JUNHO/JULHO 2013 EXEMPLAR DE ASSINANTE V E N D A P R O I B I D A DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA

description

 

Transcript of ConstruARCH #03

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EDIÇ

ÃO 0

3 J

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IRIG

IDA

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Vista Privilegiada com ar cosmopolita. O Edifício Unique Office, um novo

centro de negócios, tem na localização um de seus diferenciais. As ações

sustentáveis e a criteriosa seleção de materiais também se aliam a um

acabamento de alto padrão e tecnologia de ponta. Somado a isso, um

novo conceito em composição de ambientes confere uma atmosfera de

exclusividade e unicidade ao mundo corporativo. Para um público seleto,

um empreendimento único.

www.nbcarquitetura.com.br

SHOW ROOM

Rua Minas Gerais, 1930

Cascavel - PR

CENTRAL DE VENDAS

45 3039-3450

TÃO BEM LOCALIZADOQUE SEUS CLIENTES FICARÃO DESLUMBRADOS COM A VISTA.

TÃO EXCLUSIVOQUE VAI TER GENTE MARCANDO REUNIÃO SÓ PARA CONHECER SEU LOCAL DE TRABALHO.

TÃO ELEGANTEQUE VAI MUDAR SEU CONCEITO DE AMBIENTE CORPORATIVO.

TÃO ÍMPAR QUE DESISTIMOS DE TENTAR DESCREVER.VENHA VISITAR E CONFIRA COM SEUS PRÓPRIOS OLHOS!

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Vista Privilegiada com ar cosmopolita. O Edifício Unique Office, um novo

centro de negócios, tem na localização um de seus diferenciais. As ações

sustentáveis e a criteriosa seleção de materiais também se aliam a um

acabamento de alto padrão e tecnologia de ponta. Somado a isso, um

novo conceito em composição de ambientes confere uma atmosfera de

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Í N DICE

0 3

WARM-UP

PONTO.COM

O que estamOs aprOntandO net afOra

NOVOS EMPREENDIMENTOS

edifíciO BeLLatriX

ESTANTE

Onde ir, O que Ler e O que assistir

MAIL

cOmO nÃO ser enrOLadO pOr um cOrretOr em

3 passOs

Tudo o que você queria saber sobre adquirir seu próprio

imóvel e tinha vergonha de perguntar

GARIMPO - ESPECIAL

a Guerra estÁ decLarada! O primeirO

espirrO JÁ fOi dadO!

Crie uma armadura contra os ácaros em sua casa

CRIATIVIDADE VERDE

É dO inVernO que eLas GOstam mais

As plantas que não estão nem aí para este clima

invernal

IT

pista de pOusO autOriZada

Olha o passarinho aqui, ali, acolá!

OFICINA

desiGn adOcicadO nO VeLHO Oeste

A doçura da Carambola foi emprestada aos montes

para uma marca de luminárias

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GARIMPO68OLHa que cOisa mais

Linda, mais cHeia de

GraÇa

Um mix de objetos para

encantar cada canto da

casa

CENÁRIORECORTE

6230

Ô, quentura

As lareiras que vão deixar sua casa quente, quente,

quente, pelando...

mimetismO triunfaL

Uma casa com um quê de paraíso terrestre

sintetiza luxo, sofisticação e conforto

J U N HO / J U L HO 2 0 1 3

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PULO-DO-GATOquem nÃO tem

Lareira, caÇa cOm

papeL de parede,

madeira, tapetes...

Ana Paula Ferreira

capricha nas escolhas

para agasalhar a casa

24

44

50

56

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NA BASE

sustentaBiLidade cOm Os pÉs nO cHÃO

Piso drenante une beleza, funcionalidade e ainda dá

aquela ajuda ao meio ambiente

DOSSIÊ

O arquitetO mandOu Brasa, e O prOJetO ficOu

fOGO

Quando tudo parecia acabado, eis que um monumento

surge na Cidade das Luzes

FASHION IN HOME

triO parada dura

Combinação de cores pra lá de estilosas que separa-

das também não são nada sem graça

CENÁRIO

cOmpOsÉ cLassudO

No apartamento clássico, até o que estava fora do

pedido foi aplaudido

REFÚGIO

mOnumentO À Beira dO LaGO

A vista, o décor, a arquitetura: tudo favoreceu a

morada holandesa

GADGET

a tecnOLOGia que manda a friaca emBOra

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EVENTO

para eXtraVasar a criatiVidade: dÁ-LHe

cOncursO!

Plataforma Projetar.org vem dar uma sacudida no

mundo universitário arquitetônico

ESPELHO

entreVista nBc

O impacto da NBC na silhueta cascavelense

LIFESTYLE

O mundO É anaLÓGicO

Aquele amor antigo volta à tona para um clique cada

vez mais prazeroso

BUCKET LIST

inVernO fOra da rOta

A travel-writer Clarissa Donda mostra que nem só de

Campos do Jordão e Bariloche vive o inverno

BOM-APETITE

fatia eurOpeia

Com um pé no Velho Continente, restaurante deixa em

sintonia décor e gastronomia

RELAX

O descOLadO ficOu pHYnOUm casarão com ares modernos é bem receptivo aos

viajantes de plantão

SKETCH MAP

pÃO cOm tudO que É cOisa e de tOdO tipO

Cinco padarias para apreciar aquele pão quentinho ou

só a arquitetura mesmo

ONDE ENCONTRAR

cOmO, quandO, Onde?

COLABORADORES

quem depOsitOu O seu taLentO pOr aqui

BATE-PAPO

quaL É a VersÃO dO seu imÓVeL?

Eduardo Veronese comenta que o versátil pede

passagem

Í N DICE

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CENTRAL DE ATENDIMENTO45 3306 6336 - 3306 3663

[email protected]

REDAÇÃ[email protected]

IMPRESSÃOGráfica Positiva

A revista ConstruARCH é uma publicação bimestral da DFP Editora Ltda.Rua Manoel Ribas, 2477 - Centro - Cascavel - PR - CEP 85801-230

www.editoradfp.com.brInscrita no ISSN sob o número 2317-403X

ARqUITETOS E ENGENhEIROS CONSULTORESAurora Popenga, Caio Smoralek Dias, Carlos Salamanca, Celso Fernando Contin Pedroso,

Liana Maria Mayer Bertolucci, Luiza Scapinello Broch, Sciliane S. Sauberlich, Diego Manfé, Fabiano Vasques, Leandro Bloot, Leomar Pereira de Menezes, Mauricio Popenga,

Olavo Emílio Fank, Ricardo Lora, Vinicius Hotz

MARKETING E COMUNICAÇÃO

DIRETORESDouglas Popenga [email protected]

Felipe Pedroso [email protected] Santos [email protected]

Julie Fank [email protected]

Diretor Administrativo Douglas PopengaDiretor Executivo Felipe Pedroso

Diretora de Redação Julie FankJornalista Responsável Giovana Danquieli

Jornalistas Marcele Antonio e Tátila PereiraDiretor de Arte Juliano Santos

Executivos de Negócios Renato do Prado Assis e Rodrigo AraújoAssessora Executiva Karina Guedes

Fotógrafo Rodrigo VieiraEstagiária de Publicidade e Propaganda Carolina Maffei Mincarone

Estagiário de Jornalismo Ricardo Pohl

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WAR M - U P

VOCê VIU A CAPA qUE CONVITE DESCARADO? Pois é, a porta aberta assim é um chamado da redação: a

gente quer sua companhia por aqui, comendo pipoca, pinhão, tomando chimarrão, botando lenha na fogueira

(ou apertando o botão – tempos modernos, minha gente!) e aquecendo o chá, de preferência, embaixo das

cobertas! Mas a gente sabe que o inverno é uma pedra no sapato dos saracoteadores de plantão e, por isso,

trégua: vamos até o seu esconderijo! Estamos assim milimetricamente mimeografados para aquecer seu refú-

gio – e, de quebra, te fazer companhia – nós gostamos de receber, mas mais ainda de visitar (aliás, tem café?)

Tá se escondendo? Não gosta de receber visita? Somos uma visita silenciosa... E não liga a tevê, não, a gente é

legal e preparou tudo com o maior esmero.

E por falar em casa, a gente sabe que, no fundo, no fundo, o que você quer mesmo é se sentir em casa – em

qualquer lugar, principalmente no inverno. Dizem que a casa simboliza todo um aspecto de proteção e de limite

– um simulacro dos nossos anseios e desejos vários, todos juntos no mesmo espaço. E não tem nenhuma no-

vidade nisso. Mas a gente, aqui da ConstruArch, acha que a casa é, na verdade, isto: um espaço para mimetizar;

confundir-se com o cenário, ainda mais num espaço tão cheio de referências, tão particular, tão espelho nosso.

É um espaço para nos encontrarmos, nos defendermos e, quando necessário, nos confundirmos com ela pró-

pria. Como? Ficando de pijama na frente da tevê até fazermos parte do sofá, dormindo um dia inteiro até sumir

na cama – principalmente no inverno quando o que você mais quer é protagonizar dias de frio-pra-que-te-

quero? completamente à vontade. É, é hora de tirar o pé do acelerador e entender que é há aquela necessidade

de se recolher e curtir o silêncio. O inverno é silencioso, né?

Cada casa em que vivemos, seja a da infância, a permanente ou a em que passamos os feriados, representa

um capítulo à parte da nossa biografia – as paredes nos emprestam entonações e pontuações, cúmplices do

que vivemos entre quatro paredes. E entender a dinâmica do que é o nosso casulo (seja em que estação da

vida for) ajuda a entender porque é tão importante imprimir as características que nos diferenciam do outro

no nosso espaço: coloração, textura, formato, comportamento e características químicas. Somos um tipo de

animal que precisa, vez em quando, passar despercebido – tudo para sobreviver e se recuperar para a próxima

estação. E ganha, não quem tiver a casa mais bonita, mas aquela que melhor se adapte a essa necessidade que

bate à porta religiosamente todo mês de junho: se esconder! Se nisso tudo, ainda tiver beleza, quem disse que

não faz bem para os olhos?

Julie FankDiretora de Redaçã[email protected]

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Se você curte folhear o nosso conteúdo, que tal ter um plus? A arquitetura, a construção, a decoração, o design, o lifestyle e a arte também têm acesso livre em nosso espaço virtual.

P ON TO . COM

siGa a cOnstruarcH

encaiXe perfeitO

Escritório da LEGO, na Dinamarca, é mais um lugar dos

sonhos para trabalhar

ARCh

DÉCOR

DESIGN

cesta da carOL

Conheça a arte de Yuta Onoda, um

conceituado ilustrador com muitos

prêmios na estante

BLOG DA REDAÇÃO

Clique, comente, curta, compartilhe e se apaixone.

GêniO dO inusitadO

Vik Muniz: nas mãos dele, o improvável

vira arte

ARTE

C O N S T R U Ç Ã O A R q U I T E T U R A D E C O R A Ç Ã O D E S I G N L I F E S T Y L E A R T E

mOdÉstia tOda À parte em teL aViV

Conheça as instalações da Google na cidade Tel Aviv, em

Israel!

mente taLentOsa

Entenda o porquê consideramos o

designer francês Vivien Muller genial

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Sua empresa bem orientada por quem conhece do assunto

Diagnóstico fi scal .................................................................Planejamento tributário ................................................................Consultoria tributária e contábil................................................................Consultoria societária e patrimonial ................................................................Consultoria contratual e comercial ................................................................Defesas fi scais administrativas................................................................Recuperação de ativos................................................................Segurança jurídica dos negócios

www.controlsul.com

CURITIBA - PRAvenida Cândido de Abreu, 427 | Ed. Conrado Riedel 4º andar - Conjunto 407A | Centro CívicoCEP 80530-000 | Fone (41) 3618 9940

CASCAVEL -PRAvenida FAG, 205 | Bairro FAGCEP 85806-096 | Fone (45) 3222 7860

MARINGÁ - PRAvenida Duque de Caxias, 882 - 8º Andar | Novo CentroCEP 87020-025 | Fone (44) 3262 1595

BL

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NOVOS E M P R E E N DI M E N TOS

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EDIFÍCIO BELLATRIX

A ESCOLhA CERTA PARA SEU FUTURO.

O Edifício Bellatrix é ideal para quem planeja morar em uma região próxima de diversas facilidades, trazendo conforto e praticidade para seu dia a dia.

OUTROS DIFERENCIAIS:02 ou 03 vagas de garagemDepósito privado por apartamentoSalão de festas com churrasqueiraEspaço GourmetBrinquedotecaPlaygroundBicicletárioHall decorado pela construtoraSacada com churrasqueiraMedidores de água e gás individuaisInfraestrutura e área técnica para ar-condicionadoAquecimento a gás com equipamento instaladoPorcelanato na sala e nos quartosPias em granito nos banheiros e sacada

LOCALIZAÇÃO:Rua Presidente Kennedy, 717, Centro, Cascavel.

INCORPORAÇÃO E CONSTRUÇÃO:CONSTRUTORA BASTIAN E LORA

PROJETOS DE ARqUITETURA:Crizel & Uren

VENDAS :CENTRAL DE VENDAS BASTIAN E LORA

Área total 169 m2 a 187 m2

Área total pode variar conforme tamanho das unidades de garagemIncorporação Imobiliária - 1o Registro de Imóveis - Matrícula no 74.129

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E STAN T E

MUITO LONGE DE CASA - MEMóRIASDE UM MENINO SOLDADO

Parece, mas (infelizmente) Muito Longe de Casa não é uma ficção. A au-

tobiografia de IshmaelBeah relata as situações pelas quais ele passou en-

quanto era criança na guerra civil de Serra Leoa. As crueldades vivenciadas

por Ismael são detalhadamente relatadas, e sua transformação enquanto

agente da guerra é chocante. Além de ser o diário de um sobrevivente, hoje

ativista da Unicef, a biografia denuncia um dos maiores crimes cometidos a

uma criança: transformá-la em assassina.

R$ 41

www.livrariasaraiva.com.br

FROST/NIXON

Ron Howard é um diretor de coragem e excelência. Pois Frost/Nixon não

se trata apenas de um ótimo filme, mas de uma descrição que retrata

com primor os momentos mais decisivos da maior entrevista da televi-

são mundial. O drama foca principalmente na produção e nos bastidores

de como foi para David Frost e sua equipe, entrevistar o ex-presidente

Richard Nixon, responsável pelos maiores escândalos dos Estados Uni-

dos: a Guerra do Vietnã e o caso Watergate.

SIG BERGAMIN

Cascavel receberá o conceituado arquiteto e desig-

ner de interiores Sig Bergamin. Incluído na lista dos

101 Top em decoração nos Estados Unidos, pela Re-

vista House Beautiful e reconhecido pela ousadia e o

descompromisso, Sig é caracterizado por seu estilo

singular, o qual ele denomina como um somatório

de ecletismo, diversidades étnicas, humor e versa-

tilidade. A palestra, promovida pelo Núcleo Decora,

acontecerá às 20 horas, no dia 30 de julho, no espa-

ço Mykonos, e será somente para convidados.

PARA ASSISTIR

PARA IR

PARA LER

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CUCA FUNDIDA

A obra é uma compilação de 17 textos de

Woody Allen. Ou seja, quando tratamos do

talentosíssimo diretor de cinema – e o mes-

mo adjetivo vale para escritor - é até redun-

dância mencionar que seu livro de contos

contém um alto nível de humor, até, e princi-

palmente, nas situações trágicas. Cuca fun-

dida é resultado de uma mente excêntrica e

extremamente genial.

R$ 17

www.lpm.com.br

HITCHCOCK

Como ele teve esta ideia? O que inspirou

ele a fazer este filme? Quais foram as

dificuldades que ele enfrentou? Se es-

sas perguntas sobre Alfred Hitchcock

e o processo de sua obra-prima sem-

pre surgem na sua cabeça toda vez que

você assiste a Psicose, este filme de

Sacha Gervasi é a resposta para todas

as suas dúvidas. Descubra como Hit-

chcock transformou um filme de baixo

orçamento em preto e branco, num dos

maiores clássicos do cinema mundial.

CASACOR

Está acontecendo no Jockey Club

de São Paulo, a CASACOR 2013,

considerada a mais completa

mostra de arquitetura, decoração

e paisagismo da América Latina.

Nesta vigésima sétima edição o

evento está explorando o tema

“Morar Bem” e promete sur-

preender nos seus 26 anos de

existência. Mais informações em:

www.casacor.com.br

...por Berenice ZagoArquiteta e Urbanista, pós-graduada em

Projeto e Produção do Ambiente

LIVRO

O DIÁRIO DE UM CONSTRUTORDE UM TEMPLO“Tenho muitos livros começados ao mesmo tempo, de diferentes tipos de histórias e es-tórias. Todos eles sempre conseguem trans-passar algo tanto para minha vida pessoal quanto profissional. Difícil dizer um só. Talvez o que mais se relacione com a arquitetura seja o diário de um construtor de um templo, de Zé Rodrix, onde é descrito o período e a constru-ção do Templo de Salomão em Jerusalém”.

FILME

A NOVIÇA REBELDE“Clássico do cinema, A Noviça Rebelde (1965) marcou minha infância. É um filme que descreve tudo o que gostaria de transmitir. A inocência das brincadeiras, o enfático ‘DÓ, RÉ, MI’, que ain-da está gravado em minha memória. A alegria e criatividade da Governanta Maria fazem ela transformar as cortinas em roupas de brincar, é incrivelmente mágico”.

EVENTO

CASA COR“Para ir, indico a Casa Cor, ponto de parada obri-gatória para arquitetos. A edição de São Paulo está acontecendo e vai até dia 21 de julho. Gos-to desse evento porque sempre traz novidades, além de ser muito bem organizado!”

OS MELhORES DA ESTANTE...

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MAI L

Em meio à negociação para a compra de um imóvel, o com-

prador depara com inúmeros termos que, se não explicados

pelo corretor, podem desinformar. Explique quais são os

termos técnicos aos quais o cliente precisa ficar atento.

Alguns termos que geram dúvidas são os que determinam

as medidas dos espaços do imóvel: como área útil, área pri-

vativa, área comum e área total. Área útil: é a soma das áreas

do piso dos ambientes de um imóvel. Área privada: é a soma

da área de uso exclusivo do proprietário ou inquilino de um

imóvel, delimitada pelas paredes. Área comum: é toda área

compartilhada pelos proprietários de um condomínio, tais

como hall, área de lazer, corredores etc.. Área total: é a soma-

tória da área comum mais a privada de um imóvel. Um fator

importante que o cliente deve ter em mente ao se interessar

por um imóvel é exatamente para qual lado os dormitórios

se encontram, ou seja, qual é a sua face em relação aos pon-

tos cardeais. É importante o comprador atentar para imóveis

em que o lado dos quartos fiquem voltados para o sol, pois o

sol da tarde acaba deixando o ambiente muito quente, tendo

como recurso para resolver o problema somente o ar-con-

dicionado.

Por que há diferença entre o preço de apartamentos no

mesmo prédio, mas com andares diferentes?

Quando se trata de imóveis verticais, quanto mais alto for o

andar, mais alto se torna o valor do imóvel, por razões como

vista e menor barulho. Porém, um fator que vai influenciar

bastante no preço, independentemente do andar, é jus-

tamente a face do imóvel - quando um apartamento está

com sua face para o sol da manhã - tem maior valor agre-

gado, pois, subentende-se que o imóvel é mais arejado do

que outro com face voltada para o sol da tarde. Obviamente,

isso também depende de gosto e de condições climáticas da

região. Em caso de lugares muito frios, os imóveis em que se

pega mais sol são mais valorizados em relação aos imóveis

em que se pega menos sol.

Como você orienta que o consumidor se posicione acerca

do condomínio antes de adquirir o imóvel?

Este ponto é um pouco complicado, mas, de maneira geral,

as construtoras, incorporadoras e loteadoras têm por crité-

rio fazer um levantamento de custos iniciais na instituição

do condomínio. Esse levantamento de custos precisa de-

terminar qual valor será cobrado de taxa para cada unidade

assim que é homologado oficialmente o início do condomí-

nio. O comprador deve ficar atento a dois fatores primordiais

na compra do imóvel: se o condomínio já está instituído, o

cliente precisa pedir uma cópia do boleto bancário da taxa de

condomínio da unidade de interesse, a fim de ver o real va-

lor dessa taxa; já para unidades em que o condomínio ainda

não foi instituído, não existe garantia alguma de qual valor o

cliente irá pagar, o que existe é uma estimativa e ela é ba-

seada nas benfeitorias que estarão presentes no imóvel na

hora de sua entrega. Se, por outros motivos, a assembleia

constituinte achar por bem agregar mais serviços ao local,

automaticamente, a taxa será maior. Portanto, se possível,

esteja sempre presente na primeira assembleia para a cria-

ção das normas de seu condomínio.

Para que, em meio ao ritual da compra de um imóvel, você possa dormir tranquilo, é preciso que você esteja preparado, munido de muita informação. Por isso, tenha paciência antes de assinar o contrato. O Gerente de Negócios Imobiliários Eliézer Rien conhece bem os trâmites de uma compra sem maiores dores de cabeça e, abaixo, ele clareia a mente de muitos clientes

Como não ser enrolado pelo Corretor de ImÓVeIsEM 3 PASSOS

fo to : Ro d r i go Vi e i ra

Eliézer RienGerente de Negócios Imobiliários

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P U LO - D O - G AT O

A ARqUITETA Ana Paula Ferreira é o supras-

sumo do requinte – seu escritório é um es-

petáculo à parte, tanto pelo ambiente crite-

riosamente planejado quanto pela bagagem

de projetos que carrega. Há mais de dez anos

no mercado, a profissional aprecia projetos

com um tom de exclusividade e, apesar de

ter um estilo próprio, garante que é a cara do

cliente quem dita as rédeas do projeto. Mas a

vontade de medir e desenhar não apareceu

de cara, não. Foi na época da faculdade de

Engenharia Química em Blumenau que des-

cobriu, ao observar as colegas de quarto fa-

zendo maquetes, que tinha talento pra coisa.

Tanto que hoje as matérias-primas com que

trabalha são bem diferentes daquelas dos

laboratórios – são estas aí que você confere

neste garimpo e servem pra deixar a nossa

vida mais bonita e, de quebra, muito mais

quentinha.

Em terra de pinhão, as baixas temperaturas não dão trégua, e ignorá-las pode custar alguns cobertores! A arquiteta Ana Paula Ferreira escolheu a dedo alguns revestimentos de encher os olhos para deixar a casa aquecida – do projeto à decoração. Friorentos confessos vão abraçar a causa!

qUEM NÃO TEM LAREIRA, CAÇA COM PAPEL DE PAREDE, MADEIRA, TAPETES...

Po r J u l i e Fa n k fo to s Ro d r i go Vi e i ra

2

6

7

Ana Paula FerreiraArquiteta e Designer de Interiores

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O PISO DE BAMBU

vem envernizado de fábrica. Espessura: 16mm/ Tamanho

18cm x 13cm. R$ 260/ m2 colocado. Madipê Madeiras

O PISO DE PVC

Interfloor é a discrição em pisos que imitam a madeira –

além de ser atérmico, não reproduzir ruídos e ser inerte a

micro-organismos, não retém umidade. Espessura: 3mm/

Tamanho 15,24cm x 91,44cm. R$ 126/ m2 colocado.

Prisma Revestimentos

O REVESTIMENTO OCA Brasil, próprio para ambientes internos, é feito de

madeira Teca maciça certificada. Nas cores ouro, bronze e

palha. Tamanho 30cm x 30cm. De R$ 450 a R$590/ m2

colocado. Forma e Conforto Design

O APARECI

Revestimento Porcelânico Espanhol da cor Neutro

Blanco Guiza é o destaque gelado em meio à quentura

da página. Com a composição certa, a peça geométrica

em relevo pode figurar num lavabo classudo. Espessura:

7mm/ Tamanho 90cm x 30cm. R$ 98,57 a peça. Tonetto

Pastilhas e Revestimentos

O TECIDO

Jacquard Italiano Listrado, da Maison Tecidos, é um

glamour que só. Em alto relevo, pode ser aplicado em

paredes, almofadas e estofados. Largura: 1,40m R$

364,00/ metro. Luize Home & Office

O VELUDO com fibras de bambu geométrico em alto relevo é pura

classe. Da Maison Tecidos. Largura: 1,40m R$ 572,00/

metro. Luize Home & Office

O SEABROOK

papel de parede, da Marrakesh, é de alta resistência. A

composição com os outros dois tecidos pode render bons

cenários. Dimensões: 0.68m x 8,23m R$ 1.148,00/ rolo

com 5 metros. Luize Home & Office

O TAPETE Santa Mônica da cor Off White é de poliamida e pode ser

feito sob medida. Espessura: 14mm. R$1.114/ m2. Forma e

Conforto Design

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R E CORT E

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Calorosamente, as lareiras são o sonho de 11 em cada 10 habitantes de uma terra em época invernal. Além de aquecer o que está frio, elas dão um toque belo a qualquer cenário morno

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s : D a n i e l S o r re n t i n o

Ô, qUENTURA!

NA “SALA DA LAREIRA”, criada para a Casa Cor Paraná, o ápice do ambiente

é esta lareira a gás suspensa em vidro, que mistura leveza e tecnologia.

Por Suzane Simon – Casa Cor Paraná 2012

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R E CORT E

ACOMPANhADA DE UM

paisagismo contemporâneo,

esta lareira a álcool fez da

entrada da casa um lugar

prazeroso para o convívio –

mesmo que seja do lado de

fora. Por Marcelo Calixto –

Casa Cor Paraná 2012

qUENTE E FRIO TALVEz sejam os opostos que mais se atra-

em. É automático: esfriou, você já sai correndo atrás de co-

bertor, blusa de frio, chocolate quente ou qualquer outra coi-

sa que eleve a temperatura. Para manter a casa quentinha,

também existem artimanhas. A lareira pode ser considerada

um símbolo dessa história toda: antes por uma necessidade

física, hoje por uma necessidade visual. Na era dos ar-con-

dicionados, a lareira já não seria algo tão essencial. Só que,

agora, não é bem a quentura do ambiente que dita a regra,

mas sim o toque de design que uma lareira, independente-

mente do material, pode dar à moradia.

Modinhas também são bem-vindas no reino das lareiras.

Agora, a tendência é o cliente comprar apenas as câmaras de

combustão (FOTO) para pedir que o arquiteto projete dife-

rentes tipos de “moldura” para sua lareira, combinando com

o estilo da casa e a preferência do morador. “A sala e o home

theater ainda são os locais em que mais são instaladas as la-

reiras. No entanto, o home office e os quartos também têm

recebido um reforço no aquecimento”, explica Milton Peixoto

Filho, gerente comercial de uma empresa especializada.

Durante o inverno, costumamos diminuir drasticamente a

quantidade de tempo em que permanecemos do lado de

fora de casa, aproveitando o jardim ou a varanda. Só que uma

lareira tem tudo para transformar esse cenário.

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O CONTRASTE É qUASE

sempre bem-vindo. Neste caso,

o clima moderninho ganhou um

toque vintage com a tradicio-

nal lareira à lenha, daquelas de

chaminé e tudo! Um charme.

(foto divulgação)

CONFIRMANDO A TENDêNCIA

apontada pelo especialista, a lareira

invadiu esta suíte, perfeita para um

casal jovem e antenado. O destaque

da peça fica por conta do design,

singular e harmonioso com toda a

proposta do cômodo. Por Jeslayne

Valente e André Menin – Casa Cor

Paraná 2012

NESTA VARANDA fechada,

a lareira serviu para dar um

clima mais intimista. Uma pro-

posta diferente, que oferece a

esse ambiente da casa maior

versatilidade. Por Guilherme

de Albuquerque e Daniela Su-

mida de Albuquerque – Casa

Cor Paraná 2012

Page 30: ConstruARCH #03

30

R E CORT E

UM AMBIENTE REqUINTADO pede uma lareira à altura, não é?! Para que toda a

exuberância desta sala de jantar pudesse estar completa, um foguinho sob a TV

completa a composição. Por Vivian Tabalipa – Casa Cor Paraná 2012

Ambientes abertos também aceitam de bom grado um fo-

guinho. Para manter o clima externo, a recomendação é usar

materiais mais rústicos, como concreto e pedras.

Na seara das lareiras, também existem, é claro, as opções

ecológicas, ou melhor, as biolareiras. O álcool é o combus-

tível que a torna ecológica. Dizem as boas línguas que ela

é mais eficiente que a lareira elétrica, a movida à lenha ou a

gás. “Não há perda de calor pela chaminé ou para as paredes,

como acontece com a combustão da madeira”, diz Milton. A

queima do álcool também não libera cheiro, fuligem ou fu-

maça.

As cartas estão na mesa para que o frio não seja um intruso

em sua casa. Vai por mim, no quentinho da lareira, tudo vai

ficar melhor nesse inverno.

BIOLAREIRACombustível: álcool 92,8 graus ou compostos similares Como funciona: coloca-se o líquido na câmara de combustão. A chama é resultado da queima do álcool Consumo: cerca de R$ 1 por hora Eficiência energética: alta (estimada em 100%). A temperatura de um ambiente de 35 metros quadrados sobe até 6 graus célsius Onde instalar: em qualquer área ventilada e até em ambientes externos Preço: a câmara de combustão custa a partir de R$ 1.700 Vantagem: não polui, é portátil e tem o menor custo de aquisiçãoDesvantagem: é uma lareira moderna, não tem o charme da madeira estalando

TIPOS DE LAREIRAS

Independentemente do tipo, o que vale é esquentar!

LAREIRA A GÁS Combustível: gás (natural ou de botijão GLP) Como funciona: o gás chega sob pressão por meio de uma rede de dutos que precisa ser instalada Consumo: estima-se em R$ 1,50 por hora em gás de botijão Eficiência energética: média (75%). O aumento da temperatura pode chegar a 5 graus célsius em ambientes de 35 metros quadrados Onde instalar: em qualquer lugar com chaminé Preço: o kit com chaminé, nicho, válvula e queimadores custa em torno de R$ 4 mil Vantagem: como está ligada a uma rede de gás, não precisa ser reabastecida, como o modelo a álcool Desvantagem: custo de instalação e cheiro de gás no ambiente

LAREIRA à LENHA Combustível: lenha Como funciona: o aquecimento se dá por irradiação de calor, com a queima da madeira Consumo: cerca de R$ 8 de lenha a cada hora de uso Eficiência energética: baixa (50%). Há um aumento de até 8 graus célsius em ambientes de 35 metros quadrados Onde instalar: em lugar com sistema de exaustão e chaminé Preço: chaminé, o duto e a caixa refratária saem por R$ 3.500 Vantagem: calor intensoDesvantagem: é cara e poluente, devido à liberação de fumaça

LAREIRA ELéTRICACombustível: energia elétrica Como funciona: uma hélice giratória empurra o ar contra uma resistência elétrica aquecida Consumo: cerca de R$ 2,20 por hora de uso Eficiência energética: média-alta, estimada em 80% Onde instalar: em qualquer ambiente onde haja um ponto de energia Preço: a mais simples custa a partir de R$ 2 mil Vantagem: não emite gases Desvantagem: a chama é falsa, com plástico colorido, ventilador e lenha artificial. E o calor seco pode ser desagradável

Page 31: ConstruARCH #03
Page 32: ConstruARCH #03

32

a guerra está deClarada! O PRIMEIRO ESPIRRO jÁ FOI DADO!

E você não está sozinho, caro leitor alérgico! Não me refiro aos ácaros, mas sim, a nós da equipe Construarch que damos uma força para você nesta friaca

Po r R i ca rd o Po h l fo to s : D i v u l ga çã o

Doutor Jorge Luiz dos Santos

é alergologista membro

do Instituto Paranaense

de Rinite, Asma e Alergias

(IPRAA).

G AR I M P O

AS ESTAçõES FRIAS SãO consideradas charmosas por al-

guns. Esses alguns certamente não são alérgicos, pois nada

existe de charmoso numa série de espirros. Quem sofre das

ditas reações de hipersensibilidade já sabe que, quando as

folhas caem, o drama começa. Parece que tudo que esquen-

ta traz consigo um ônus: abrigar uma República Federativa

de Ácaros. Diariamente, o alérgico está rodeado de pessoas

vestindo lã que não se movimentam normalmente, mas se

deslocam como se estivessem dançando hip-hop, dissemi-

nando substâncias malignas pelo ar.

Deixando o desabafo de um alérgico de lado...

Em conversa com o Dr. Jorge Luiz dos Santos, milagreiro

dos alérgicos, esclareceremos algumas questões relevantes

para quem possui um sistema imunológico eficaz até demais.

Parece, mas não é só nas estações frias que você é tortu-

rado; “As alergias respiratórias, rinite e asma predominam

principalmente no outono, inverno e primavera, sendo mais

reativas às variações térmicas bruscas”, explica o doutor.

Viu? Nem tudo na vida é tão ruim assim, ou seja, das quatro

estações, você só sofre em três!

Page 33: ConstruARCH #03

33

Segundo o médico, os problemas são provocados por co-

bertores e roupas que estavam guardados, servindo de So-

domas e Gomorras aos “Aeroalérgicos do ambiente (ácaros,

fungos, baratas e escamações de animais domésticos)”. Isso

aumenta a intensidade dos sintomas, como rinite e asma.

“Manter o ambiente o mais ventilado e ensolarado possível,

evitar os extremos (seco e úmido); evitar tapetes, cortinas

de tecidos, bichos de pelúcia, cobertores peludos, cigarro,

animais dentro de casa e limpar o ambiente com pano úmi-

do” são as precauções, de acordo com o especialita, para se

livrar desses sádicos.

O alergologista derruba o mito “Alergia não é baixa imunida-

de como a maioria das pessoas pensam” e dedura o culpado:

“Mas sim o aumento de uma classe de anticorpos chama-

das de IGE”. De acordo com o médico, o organismo alérgi-

co funciona assim: quanto mais expostos aos agentes res-

ponsáveis pela alergia, mais o número de IGE irá aumentar,

desencadeando a liberação de substâncias causadoras das

reações. Ou seja, a culpa é desse anticorpo aí! Mas não é por

omissão que o IGE peca, e sim, por sempre tentar ser o fun-

cionário do mês.

E caso você já tenha feito de tudo, e mesmo assim continue

apanhando, ou melhor, espirrando, existe a Imunoterapia

através de vacinas de alergia (isso! É na base da picada!).

“Com controle de até 80% em definitivo dos sintomas”, para

a alegria mundial, afirma o doutor, o tratamento médio leva

de três a quatro anos. “Praticamente sem efeitos colaterais

relevantes”, assegura o especialista.

SIGA O PROTOCOLO DE SOBREVIVÊNCIA DO DR. jORGE LUIz E

PASSE A SOFRER DE AMNéSIA POR NãO SE LEMBRAR DE qUE

é ALéRGICO:

b) Alimente-se equilibradamente, com foco no aumento das

defesas;

c) Hidrate-se em dias secos;

d) Cuide do vestuário;

e) Evite ambientes mal arejados;

f) Imunize-se com a vacina pneumocócica e da gripe.

Obs: Sim, começa com “b” pois o item “a” era sobre higiene

pessoal, e isso, a gente não precisa nem mencionar, né?!

Page 34: ConstruARCH #03

34

G AR I M P O

1

MATERIAL BéLICOS E L E Ç ÃO D E P R O D U T OS

q U E I M P E D I R ÃO I N T R U S OS

D E P R E J U D I C A R O S E U

ACO N C h E G O !

2

4

3

Page 35: ConstruARCH #03

35

5

TAPETE ANTIALÉRGICO PRISMA

SANTA MôNICA

Preço: R$ 1 100

www.smonica.com.br

EDREDOM hIPOALERGêNICO qUEEN

PLOOMA

Enchimento de penas e plumas de ganso

e tecido 100% algodão percal 233 fios.

Preço: R$ 400

www.ecolchao.com.br

PROTETOR DE COLChA

hIPOALERGêNICO DE CASAL

impermeável. 50% poliéster e 50%

algodão.

Preço: R$ 99.

www.dafiti.com.br

TRAVESSEIRO hIPOALERGêNICO

de fibras siliconizadas, visco-eslástica e

capa em malha plush muffin.

Preço: R$ 54

www.mobly.com.br

TRAVESSEIRO hIPOALERGêNICO

STANDARD

Enchimento de plumas e penas de ganso

e revestimento 100% algodão.

Preço: R$ 230.

www.dafiti.com.br

TRAVESSEIRO hIPOALERGêNICO

STANDER PLOOMA

Enchimento de penas e plumas de ganso.

Preço: R$ 130

www.dafiti.com.br

TAPETE ANTIALÉRGICO PIxEL SANTA

MôNICA

Preço: R$ 907

www.smonica.com.br

1

2

3

4

5

6

7

6

7

Page 36: ConstruARCH #03

36

Page 37: ConstruARCH #03

37

CR IAT IVI DADE VE R DE

PENSANDO EM VOCÊ, selecionamos uma série

de plantas-esquimó para que seu jardim não vire

uma sorveteria verde. A Construarch conversou

com um dos maiores especialistas da região, Ro-

naldo Santos. Segundo ele, as plantas de inver-

no não podem permitir que existam reservas de

água em suas folhas, pois podem congelar e quei-

mar.

Em seguida, somos apresentados à, já florida,

camélia (1), que demonstra sua preferência pelo

frio, esbanjando suas folhas verdes e vistosas. A

próxima planta com alma gelada, na verdade, não

vem do círculo polar ártico, mas da terra do can-

guru, é o alecrim australiano (2).

Quer dar uma inovada no seu jardim, mas tem medo que as plantas se transformem em picolé?

Po r R i ca rd o Po h l fo to s Ro d r i go Vi e i ra

É do frIo que elas GOSTAM MAIS!

Ronaldo SantosArquiteto e Paisagista

2

1

Page 38: ConstruARCH #03

3

4

5

CR IAT IVI DADE VE R DE

Com aparência acinzentada, o alecrim, infelizmente, não

apresentou sua formosura, o frio ainda não foi suficiente

para animar seu desabrochar. Pelo formato de suas folhas,

logo percebemos que se trata de uma planta acostumada à

neve – por serem pontudas, elas impedem que os flocos se

alojem ali. Geada para ele são cócegas!

A russélia tem um apelo saudosista. Nossas reações são

instantâneas: imediatamente, somos bombardeados por

lembranças das casas de nossas avós! “Muitas plantas da

época da casa da vó estão voltando ao uso agora“, confirma

Ronaldo. Não restam dúvidas, o vintage também é aclamado

no paisagismo. Simpática e encantadora, a russélia nos pre-

senteia com sua fartura de delicados botões despertando.

Outro figurante atemporal é o gerânio (3). Ele é diferente em

relação ao formato de suas pétalas e folhas, que são mais

largas. Distinta também é sua aparência: o gerânio é aquele

tipo de planta que rouba a cena – ainda mais quando sus-

penso numa sacada.

A planta seguinte nos é bem familiar. Mais precisamente, seu

cheiro. Ele está em todos os ambientes, desde banheiros a

escritórios. Assim fica fácil saber que é à lavanda (4) que

estamos nos referindo. Pode ser difícil de acreditar, mas é

possível deixar seu jardim com um cheirinho de encher os

pulmões sem precisar gastar horrores em aromatizantes!

“Ela é bem de clima europeu, cinza e meio pontuda”, explana

nosso paisagista-mor.

As surpresas não acabam. De longe, vemos a maior de to-

das, que destoa das outras não só pela sua altura, mas pelo

fato de ser frutífera - o butiá (5). “A gente vê bastante essa

planta na nossa região, porque no frio ele não queima com a

geada. É o butiá de que se come o fruto, que é azedinho, que

se coloca na pinga”.

Chegando ao final do nosso tour pelo Espaço Brasil, outras

plantas que não se fizeram presentes são recomendadas

por Ronaldo Santos: “São as forrações de época: boca-de-

leão, amor-perfeito e petúnia”.

Daí você segue essas dicas, mas... e aí? Como manter essas

plantinhas firmes e fortes até o próximo inverno? O primeiro

passo é não regar como você as regava no verão, afinal de

contas, você não está mais na estação mais seca do ano!

“Tem que cuidar com umidade, porque, geralmente, no in-

verno a planta absorve menos água” justifica o profissional.

Todo o processo de manutenção da planta deve ser feito no

outono/inverno: adubação, poda, limpeza, retirada de folha.

Ronaldo ainda reitera que essa é uma forma de manter a

planta nutrida, para aguentar o inverno e se preparar para o

ano todo. É, compensa muito mais investir numa manuten-

ção de excelência do que perder toda a sua lavoura de belda-

des por simples descuido, não é mesmo?

Page 39: ConstruARCH #03

39

qUEM GOSTA de exclusividade diz sim à customização, mas,

não é só isso – esse público apela para objetos cheios de his-

tória. É o caso deste abajur, que tem nome de série artística

– Retalhos de Luzes I – e faz parte da primeira leva de pe-

ças de design assinadas pela TREH Criações, marca criada

pelas artistas plásticas Ariadne de Assis, Gidália Sereniski

e Joenara Cechet. A proposta da criação e da marca é, além

da amizade com o meio ambiente (tem toda aquela coisa de

Era uma floreira, que virou um abajur, que serve de ninho de vez em quando...

Po r J u l i e Fa n k fo to s Ro d r i go Vi e i ra

pIstade pouso AUTORIzADA

aproveitar resíduos de outras criações, que vão de retalhos

a miçangas sem par), construir uma experiência. O pássaro,

no seu habitat, não fica parado – e por que, então, no abajur,

tem que ficar? A mobilidade do enfeite dá total autonomia

para que qualquer pessoa remaneje os elementos por onde

o espaço compositivo permitir. Coisa de quem é, assim, meio

artista. R$ 375 www.facebook.com/trehcriacoes

I T

Page 40: ConstruARCH #03

40

HOTFLOOR é a marca do piso aquecido,

aquece 6ºC em 1 hora, é rápido e 38% mais

econômico que ar-condicionado.

O HOTFLOOR é a tecnologia do conforto em

calefação de ambiente por piso aquecido. A

qualidade e o conforto proporcionado pelo

HOTFLOOR são inigualáveis, sendo superior a

qualquer outro tipo de aquecimento, pois eles

ressecam o ar, consomem muita energia e

interferem na decoração.

A FUTURE HOME ESTÁ SEMPRE À FRENTE, DE

OLHO NO FUTURO. POR ISSO, APRESENTA

PARA VOCÊ A LINHA HOTFLOOR.

Page 41: ConstruARCH #03

41

OF ICI NA

PODE SOAR ESTRANHO pensar em trocar os esses do ca-

rioquês pelo sonoros erres interioranos. A vida não acontece

nas metrópoles, nas cidades que nunca param?! A resposta

pode até ser positiva, porém, provas de que a globalização

tem mudado esses parâmetros aparecem por toda a parte.

“Tudo está ao alcance em qualquer lugar” foi a constatação

de Cristiane Zilotto, que sabia bem o que estava fazendo

quando trouxe sua empresa – a Carambola Gifts – para o

Oeste paranaense.

A cidade grande pode até oferecer muito mais opções de

materiais, tendências e contatos, só que não tem a qualidade

de vida de uma cidade menor – no caso, Cascavel. Esse foi

o chamariz para que Cristiane, família, empresa e compa-

nhia viessem aportar na Capital do Oeste. “Está difícil criar

os filhos em uma metrópole. Sem contar todo o problema de

mobilidade que os grandes centros têm. Aqui, eu atravesso a

cidade em 20 minutos e consigo fazer tudo que preciso”. Os

pais dela também já haviam escolhido Cascavel como mo-

rada.

Cansada da labuta na cidade grande, designer desembarca em Cascavel afim de paz, tranquilidade, mas não menos trabalho

DESIGNADOCICADO NO VELHO OESTE

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s Ro d r i go Vi e i ra / D i v u l ga çã o

Cristiane ZilottoDesigner

Page 42: ConstruARCH #03

42

CAVE I R A M E X ICANAArriba! Para levantar o astral também dos altinhos, um

modelo mais adulto, mais moderno, mais que perfeito!

COPACABANACristiane pode até ter vindo para cá, mas nela ainda há

resquícios da vida carioca. Para fazer uma homenagem,

ela usou o símbolo da cidade, o Calçadão de Copacaba-

na, e coloquei os chinelinhos para ficar mais relax.

OF ICI NA

fisgar a atenção desse público-alvo. Desde a sementinha,

foram 7 primaveras. Parece pouco ao pensar nos horizontes

já alcançados pela marca, mas, para a idealizadora, foi um ca-

minho repleto de experiências, que refletem o momento da

empresa, que tem iluminado do Oiapoque ao Chuí.

A inspiração está em tudo. Enquanto assiste um filme, repara

no cenário. Enquanto lê uma revista, presta atenção no fun-

do das fotos. “Virou algo natural, já aprendi a captar as coisas

ao meu redor e ir criando. Tenho que trazer minhas fantasias

para o real”. As ideias vão sendo colocadas em um caderni-

nho, repleto de desenhos e explicações do insight para cada

peça.

O carro-chefe da Carambola são as luminárias. Esse tipo de

objeto, por si só, já é uma unanimidade no mundo do design.

Aí, acrescentam-se pitadas de criatividade e um caminhão

de materiais pra lá de fofos e pronto: nascem as peças, ba-

tizadas com nomes de doçura equivalente. Com apelo tão

doce, bonito e diferenciado quando a fruta que lhe dá nome,

a Carambola já criou um estilo próprio, daqueles que, quando

você bate olho, já sabe de que marca é.

A ideia foi semeada durante a faculdade de Design Gráfico,

na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), regada

com sua ida para o Rio de Janeiro e deu frutos quando Cris-

tiane percebeu uma carência de mercado e um mundaréu

de possibilidades a serem explorados no universo infanto-

juvenil. Os gifts – as pecinhas penduradas por todo o lado

em grande parte das peças – foram o atrativo perfeito para

Page 43: ConstruARCH #03

43

No caderno, ainda há uma lista de nomes para batizar as no-

vas luminárias que vão surgir. A balacobaco, por exemplo,

ainda não tem uma cara. Alguma sugestão?

O caminho para o desenvolvimento das peças é o seguinte:

busca por tendências, pesquisa para ver se não tem nada

parecido já no mercado, procura por formas e cores, desen-

volvimento do protótipo, testes básicos de iluminação e di-

recionamento, e, por fim, o lançamento da peça na Gift Fair

– maior feira de artigos para a casa, decoração e design da

América Latina. Essa feira serve como um termômetro e tem

a Carambola como referência no setor de iluminação.

Na lista de materiais eleitos, destaque para o acrílico, poli-

propileno (um tipo de plástico), lantejoula, corrente de alumí-

nio, pompom, lã e todos os detalhes cute-cute. Na linha de

produção, 30 mulheres – donas-de-casa que trabalham em

casa - unem o gifts que formam aquilo que a designer tinha

pensado na ponta do lápis. O resultado precisa “conversar

com o consumidor”. “A intenção é criar um caso de amor e

aconchego”.

Na calmaria do interior, a vida segue, com atividade não me-

nos intensa na produção da Carambola Gifts. Hoje, os mo-

delos de luminárias já somam mais de 200 e, contando as

variações, são 400. Há um ano e meio por aqui, Cristiane não

cogita voltar a um grande centro, independentemente dos

rumos que o projeto tomar. “A Cidade Maravilhosa é aqui”,

conclui.

FOF U R ACristiane não esconde:

a Fofura é sua criação

preferida. O lilás e os

ursinhos deram um toque

singular à peça, seja em

uma mesa ou no teto

AqUÁR IOOs meninos tam-

bém têm vez, com

opções não menos

fofas. Nesta peça,

os penduricalhos de

peixinhos se uniram

às bolinhas de ar

CE L E ST IALPode ser para menino.

Pode ser para menina

OL ÍVIAA delicadeza dos

elementos faz da Olívia

uma materialização da

essência feminina

Page 44: ConstruARCH #03

NA BASE !

Page 45: ConstruARCH #03

Um obstáculo antigo das grandes cidades pode estar com os dias contados. E a sustentabilidade, novamente ela, aparece como solução

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s D i v u l ga çã o / Ro d r i go Vi e i ra / Le a n d ro D i a s I l u s t ra çã o La i l a R . S c h m i d t

sustentabIlIdadeCOM OS PéS NO CHãO

Page 46: ConstruARCH #03

46

NA BASE !

BOM GOSTO DO LADO DE FORA

Piso drenante aplicado no Espaço

Brasil Paisagismo.

TUDO DENTRO DOS CONFORMES

Ser prático também é uma obrigação. Logo de

cara, na instalação do piso, já se percebe isso,

já que a aplicação é feita diretamente sobre

o solo. Se o solo não estiver rígido, deve-se

aplicar de 5 a 6 cm de pedra brita e compac-

tar. Após esse procedimento, uma camada de

aproximadamente 4 a 5 cm de pedrisco deve

ser sobreposta para auxiliar o nivelamento

da base para a aplicação do piso Megadreno.

Além disto, cada uso pede uma especificação

de piso. Neste ponto, a Braston segue à risca

as normas da ABNT – Associação Brasileira

de Normas Técnicas –, que prevê calçadas

com no mínimo 6 cm de espessura para pe-

destres e 8 cm para carros.

Page 47: ConstruARCH #03

47

NãO é NOVIDADE: o desenfreado e mal planejado crescimen-

to das cidades acarretaria, mais cedo ou mais tarde, proble-

mas futuros – hoje, já presentes e constantes. Basta um ven-

to e algumas nuvens sinalizarem a chegada da chuva, para que

o sinal de alerta já fique aceso: as enchentes tornaram-se um

mal urbano. Métodos para que essa água toda não atrapalhe

a vida nas cidades vêm sendo estudados há anos, e a solução

para o que vem de cima pode estar sob os pés.

O piso drenante é uma dessas possibilidades que têm no pró-

prio material a capacidade de drenagem, diferentemente dos

pisos intertravados (conhecidos como “paver”) que têm so-

mente no formato da peça a possibilidade de escoamento da

água.

qUALIDADE PREMIADA

Na Casa Cor Paraná, entre tantas so-

luções inteligentes e sustentáveis, o

piso da Braston pintou como uma das

preferidas. O vencedor do prêmio de

“Projeto Mais Sustentável” foi a pra-

ça Casa Cor, assinada pelos paisagis-

tas Nádia Bentz e Vanderlan Farias,

que contou com os pisos Braston.

A Braston foi uma das empresas que fez a aposta nesse tipo

de material que permite a passagem da água vapt-vupt – a

capacidade de drenagem é de mais de 90%, conforme lau-

dos obtidos nas instituições Falcão Bauer e ABCP (Asso-

ciação Brasileira de Cimento Portland). Após um período de

pesquisa, a mistura entre areia, pedrisco, pó de pedra, argila

expandida, cimento e fibra de coco – não necessariamente

nessa ordem – transformou-se no chamado Megadreno, já

considerado o queridinho da marca.

O que ajuda ainda mais o produto a ser um colaborador do

meio ambiente é que 80% dos materiais utilizados são reci-

clados. Aliada a isso, a permeabilidade do piso recai em outro

ponto positivo: ao facilitar a passagem da água, o piso dre-

Page 48: ConstruARCH #03

48

NA BASE !

O FULGÊ é adequado para o uso em pavimentos

residenciais e comerciais, aparentando a cor das

granilhas de sua composição

O KLASSE possui uma superfície monocromática,

realçando a sua beleza superior de acabamento

LEVIGADO mantém sua suavidade com uma su-

perfície lixada e plana.

Mas não se prenda a esses modelos: pisos exclu-

sivos, feitos a pedidos dos clientes, também estão

na cartela de opções da Braston.

BELEzA SE PõE NO PISO

E quem discrimina tecnologia achando que ela pode

não ser tão atrativa aos olhos pode deixar de lado

suas convicções e bater palmas que a Braston quer

passar. O Megadreno pode ser produzido em vários

tamanhos e cores, com a opção de várias texturas

superficiais, que dão nova cara aos ambientes.

NOVINHA POR AqUI

A Braston Pisos Arquitetônicos está há dois anos em

Cascavel. A empresa tem sede em Campinas e dispo-

nibiliza uma completa linha de pisos ecologicamente

corretos. A fabricação é feita pela Ecopaver, locali-

zada em Santa Tereza do Oeste, única licenciada no

Paraná. Para a fabricação, são usados agregados e

pigmentos com formulações exclusivas, criadas, in-

clusive, junto a universidades e entidades do setor,

garantindo o desenvolvimento com segurança: des-

de o início visando a minimizar os impactos ao meio

ambiente. O resultado são pisos versáteis e com de-

sign diferenciado que se adaptam a cada ambiente e

a cada necessidade de projeto.

PROBLEMA RESOLVIDO!

Onde antes a água empoçava, agora a tranquilidade domina. Após a

instalação do piso drenante no estacionamento, a água vai embora

sem problema algum.

Page 49: ConstruARCH #03

49

nante também “dá de beber” aos lençóis freáticos, ávidos

para que a água chegue logo a eles.

O conforto tátil torna-se outro atrativo. “Apesar do mix de

materiais, que poderia deixar o aspecto áspero, há o cuidado

do polimento do piso para que, além de ecologicamente cor-

reto, ele também se torne agradável aos pés ou rodas que

passarem por cima, com um bônus de, mesmo molhado, não

ficar escorregadio”, assegura o diretor de produção Adriano

Meier.

O custo para a produção desse tipo de piso é mais alto. São

vários processos para que o resultado seja alcançado. Por

isso, é mais caro – custa em média 30% a mais que os de-

mais pisos. Só que, na relação custo/benefício, a escolha é

vantajosa, já que o piso drenante tem vida útil superior à de

outros pisos, como o paver. Além disto, a instalação do piso

drenante é relativamente mais rápida, pois libera o tráfego de

pessoas e veículos logo na sequência de sua aplicação.

Em uma clínica de Cascavel, as intempéries cismavam em

atrapalhar a vida dos funcionários e dos pacientes. No es-

tacionamento, antes terceirizado, as pedras britas não per-

mitiam que a água que caía do céu pudesse escoar. Resulta-

do: alagamentos recorrentes. A solução dada pela arquiteta

Márcia Melo, responsável pela reestruturação do local, foi

instalar o Megadreno. No dia em que veio a primeira chuva,

teve até comemoração e plateia para ver o trabalho drenante

do piso sendo feito. “A legislação exige que, de acordo com

o tamanho e tipo de terreno, uma determinada área seja

permeável. No caso do projeto da clínica, como usamos em

todo o estacionamento, fomos além, deixando todo o local

com alta permeabilidade”, explica a arquiteta. Foram aplica-

dos 530 m² do piso. “O investimento vale a pena, porque a

aplicação é simples, a manutenção é fácil, e a durabillidade é

longa”, conclui.

Na tendência sustentável, o piso permeável aparece como

um produto voltado a um público exigente – nos quesitos

qualidade e cuidado com o meio ambiente. A beleza, o re-

quinte e a funcionalidade do piso drenante estão a favor do

amanhã, que pode ser bem mais prático.

Page 50: ConstruARCH #03

50

D OSSI Ê

Page 51: ConstruARCH #03

51

A madeira que foi lenha para condenar o apê agora esquenta a decoração

O ARqUITETO MANDOU BRASA, E O PROJETO FICOU FOGO!

Po r R i ca rd o Po h l fo to s D i v u l ga çã o

Page 52: ConstruARCH #03

52

D OSSI Ê

Os bombeiros não deram conta, mas o arquiteto fez boni-

to. Tudo recomeçou “em uma noite de setembro, em 2009,

quando nós nos instalamos lá no teto, ou melhor, no que

restou dele”, explicam os indivíduos que resolveram fixar re-

sidência num carvão vertical na França. O edifício roubou a

cena em Paris de uma forma não muito bacana. “O prédio ti-

nha sido vítima de um enorme incêndio no ano anterior” que

lhe rendeu mais brilho que a Torre Eiffel – triste papel.

Apesar de tostadas, as escadarias levavam ao teto do prédio,

que era uma grande estrutura de andaimes. A cobertura for-

necia uma vista de tirar o fôlego: ao todo eram (e ainda são)

360o graus para admirar sem limites a Cidade das Luzes. O

arquiteto escolhido para o projeto foi Frédéric Flanquart. O

desafio era criar o desejo do cliente de “algo novo, ambicioso

e criativo, com o intuito de virar a página após 10 anos que

já havia passado no loft”, esclarece Frédéric. “O objetivo era

conceber um espaço amplo e convidativo com o maior espa-

ço para objetos e ainda assim permitir uma boa circulação”.

Havia um detalhe que não poderia ser esquecido: um novo

sistema antichamas, no caso de... né!? Nunca se sabe!

UMA PEqUENA demonstração da vista do loft. Repare

que nem o quadro destoa das cores da decoração.

Page 53: ConstruARCH #03

53

MESMO COM presença de

elementos que retomam

ao antigo, a modernidade e

praticidade do loft não são

anulados.

MUITO BEM iluminado, a

disposição das luzes é har-

moniosa e suave e, casando

com as hastes, o resultado é

um espaço de aconchego e

serenidade.

Page 54: ConstruARCH #03

54

D OSSI Ê

Juntamente com o cliente, o idealizador teve a ideia de criar

um espaço que apaziguasse durante o dia e oferecesse a op-

ção de se tornar um ambiente aconchegante durante a noite.

Resumindo, um espaço quente – mas não muito! Um ano e

meio depois, em 31 de dezembro, o projeto foi inaugurado –

não se sabe se os bombeiros foram convidados.

As luzes desempenharam um grande papel no espaço, de-

senhando novos traços no loft principal – uma, especial-

mente, apontava para a saída de emergência. Algumas da-

vam, aparentemente, a impressão de que foram arranjadas

aleatoriamente, porém, se vistas com atenção, configura-

vam uma disposição muito bem engenhada.

O que antes era uma figurante indesejada se tornou a pro-

tagonista requisitada. A madeira, que era um empecilho na

reparação, se tornou a peça chave para a nova cara do loft.

O contraste das cores provenientes das lâmpadas deu um

ar romântico à madeira; com sua aparência aconchegante, o

branco contribuiu com a noção de amplitude que lhe é pró-

pria; e o vermelho, todo-todo, encabeçou o grand-finale. A

mescla resultou num loft farto de emoções, deveras atraen-

te, como todas as coisas imprevisíveis o são.

PERCEBA O CON-

TRASTE entre as

vigas e o vermelho/

branco. A madeira

seria rústica se não

fosse elegante. Além

de ser convidativa,

ela transfere segu-

rança.

A MADEIRA qUE antes era um problema,

agora se tornou a essência da decoração.

As rachaduras nas vigas concedem char-

mosidade ao ambiente.

Page 55: ConstruARCH #03

55

Page 56: ConstruARCH #03

56

1

trIo parada DURA!S OZ I N h AS , E L AS M A R C A M

FO R T E M E N T E U M A M B I E N T E . J U N TAS ,

CO M P õ E M E N CO R PA DA M E N T E

q UA Lq U E R E S PAÇO

FASH ION I N HOM E

2

3

Page 57: ConstruARCH #03

57

4

5

6

1 Relógio queen Preço: R$ 175, Site: www.lojasala.com.br • 2 Poltrona Western Preço: R$ 9.464, Site:

www.breton.com.br • 3 Escultura Bonsai Preço: R$ 229, Site: www.cantos.com.br • 4 Buda Preço

aproximado: R$ 297, SIte: www.casamundodecoracao.com.br • 5 Banqueta ferro Usine Nº5 Preço: R$

974, Site: www.estarmoveis.com.br • 6 Pufe Captone Preço: R$ 680, Site: www.tapecariagrahambell.

com.br • 7 Poltrona Ibeji II Preço: R$ 1.977, Site: www.casadevalentina.com.br

7

Page 58: ConstruARCH #03

58

CE NÁR IO

“Uma moradia com tons neutros e onde tudo funcione.” Com

essa frase simples, a dona deste apartamento deu as coor-

denadas à dupla de arquitetas Maria Angélica e Elisa. Seguin-

do a trilha, mas também propondo alguns atalhos, as duas

imprimiram um ritmo único aos 187m2 do local, dando tchau

a algumas paredes, cores escuras e qualquer baixo astral.

As simpáticas arquitetas então definiram a neutralidade

como pano de fundo da composição, deixando, porém, pon-

tos de cores alegres saltitarem ambientes afora. “Por mais

que a dona da casa tenha pedido um ambiente mais sóbrio,

sentimos da personalidade dela que o colorido precisava

estar presente em pontos estratégicos”, recorda Maria An-

gélica.

Apesar de somente o casal morar ali, tudo precisou ser pen-

sado para acolher bastante gente, pois eles já contam até

com netinhos na família, mas esse apelo mais “senhorio” é

feito de sutilezas.

Maria Angélica Baú e Elisa Zanol encontram n maneiras para deixar tudo nos trinques. Composições, ideias e inspirações deram o tom ao apartamento uniformemente lindo

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s Ed u Fre i re

H A L L

O hall, além de ser o cartão

de visita, também tem uma

missão bem determinada:

ser aconchegante e, ao

mesmo tempo, manter a

intimidade para o restante

do apartamento. Colunas

de gesso cartonado reves-

tidas com painéis da Evviva

servem como barreira.

L AVA B O

Como o lavabo é um local apenas de passa-

gem, causar impacto é quase uma obrigação.

Uma dupla dinâmica de papéis de parede en-

trou em ação e, a cor de um dos detalhes se

transformou em mais um pedido para uma

cor exclusiva de um móvel da Evviva. Desafio

aceito e concluído com maestria.

ComposÉ CLASSUDO

Page 59: ConstruARCH #03

59

SA L A jA N TA R / T V / B A R

A integração foi outra solicitação para o

apartamento. Por isso, sala de jantar, sala

de TV, bar e hall unem-se, cada um com

sua identidade. O mix entre papéis de pa-

rede, placas de gesso e painéis de madeira

mostrou uma harmônica versatilidade. O

bar é a junção do frio e do quente: o frio da

grade, exclusivamente feita pela Evviva, e

o quente da madeira.

CO z I N H A

Horizontalmente linda! No melhor

estilo americano, os armários brancos

contam com puxadores da mesma cor

– camuflados no conjunto, também se-

lecionados na Evviva. O composé entre

as pastilhas e o porcelanato com cara

de ladrilho ajudou a disfarçar as colunas,

pré-existentes na construção.

O R AT ó R I O

O oratório fica onde antes havia uma porta.

O fundo do corredor ganhou revestimento

rústico e uma iluminação indireta com fita

de led em mais um rasgo na alvenaria. A luz,

mesmo que sutil, conferiu um ar sublime ao

lugar. A funcionalidade também se vê por

aqui: o móvel da Evviva, além de ser suporte

para peças de decoração, também é um útil

armário, daqueles discretos e que obedecem

ao toque.

Page 60: ConstruARCH #03

60

q UA R T O

No quarto de estilo clássico, é difícil escolher sobre

o que comentar. A escolha de materiais nobres,

entrelaçada com soluções inteligentes, tornou

o cômodo um mimo só. E tem Evviva de cima a

baixo. O sofá é espaçoso para abrigar a criançada.

A TV com eixo giratório é ladeada por nichos híper

práticos. O revestimento sobre a cama é 3D, daí o

efeito legal. Trata-se de uma placa cimentícia, com

detalhes em dourado envelhecido. Para se embe-

lezar, uma penteadeira provençal – o cenário fica

completo com as arandelas.

Fora, cubas! As duas peças foram expulsas do

banheiro, mas a causa foi nobre. Olha só o resultado

que deu! Ao redor delas, nada mais, nada menos

que um porcelanato com cristais swarovski, último

grito em requinte.

B A N H E I R O

Olha o dourado aí de novo! Desta

vez, ele aparece em forma de

pastilhas nestes rasgos na

alvenaria e também nos nichos

de apoio dentro do box. Se o

dourado já brilha sozinho, ima-

gina só na companhia dessas

minidicroicas de led?! Lembra-

se dos pontos coloridos? Eles

também estão por aqui, nas

pastilhas roxas.

B A N H E I R O

É até pecado dizer que este

é o banheiro “comum” da

casa. Ok, chamaremos-no

assim por mera convenção

social, mas de comum por

aqui não há nada. As pasti-

lhas, novamente elas, dão

o tom do ambiente, só que

dessa vez uma composi-

ção de azul foi a eleita.

CE NÁR IO

Page 61: ConstruARCH #03

61

O estilo clássico é predominante e agrada, praticamente,

qualquer faixa etária.

Não bastasse tudo ser tão bonito, uma manada de espelhos

potencializa os pontos fortes da casa. No quarto, banheiros

ou na sala, o espelho, além de dar aquela velha conhecida

amplitude ao cômodo, ainda possibilitou que, de qualquer

canto, os detalhes – minuciosamente escolhidos – pudes-

sem ser refletidos.

Mesmo com carta branca para que tudo fosse renovado, al-

guns pontos fundamentais foram mantidos. “É preciso man-

ter a história, ter a identidade da pessoa, se não fica frio, sem

vida e parece a casa de qualquer pessoa”, esclarece Elisa. E

o melhor é que nem tudo precisou ser dito: as entrelinhas

também foram captadas. Sintonia fina entre as duas pontas

– coisa rara de se ver.

AS RESPONSÁVEIS POR TUDO ISTO AqUI

Se bom humor e simpatia puderem ser transmitidos

para as paredes e os pisos, apresento-lhe Maria An-

gélica e Elisa. Porém, não são só sorrisos que vêm no

pacote, mas também muita competência. Mesmo que

as duas tenham descoberto a arquitetura de maneira

diferente, a afinidade de uma amizade de 10 anos se

reflete nos trabalhos, quando, no início da graduação,

brotou uma empatia sem fim. Enquanto Maria Angéli-

ca queria porque queria ser estilista, Elisa descobriu

já em meio à obra da casa da família que seu destino

era mesmo projetar. Formadas há cinco anos e es-

pecializadas em Arquitetura de Interiores e Design de

Mobiliário, elas criaram o escritório Croqui Arquitetura

de interiores, com a filosofia de entender a arquitetura

como uma arte que transforma espaços em sonhos,

anseios e necessidades. Por que contratar uma du-

pla de arquitetas? O escritório em conjunto condensa

ideias que se complementam! Olha só: Maria Angélica

é expansiva, falante, extrovertida, já Elisa é reservada,

delicada e organizada. Personalidades discrepantes

que sempre conseguem chegar a um denominador co-

mum a favor do cliente. Para isso, cada trabalho ganha

dedicação incondicional. Elas gostam de estar ali, dia-

riamente, acompanhando o passo a passo daquilo que

projetaram e colocando a mão na massa também!

q UA R T O D E COS T U R A

A dona da casa queria um canto

só dela. Então, voilá. Um quarto

de costura/escritório/refúgio

particular. Com feminilidade

na veia, o ambiente partiu dos

papéis de parede – na gaveta

e no fundo do armário – para

compor todo o resto. Depois,

baseando-se nesse papel, a

Fino Toque criou uma cor exclu-

siva para o laqueado da Evviva

– este rosinha gracioso.

SAC A DA

Um playground para os donos do apartamento – a

mesa de jogos denuncia. Essa foi uma das únicas peças

remanescentes da antiga morada. Apesar de ela ser

um acontecimento, não é a protagonista da “varanda

fechada”: é o palhaço – outro sobrevivente da deco-

ração antiga – que bota banca e norteia o décor. As

pastilhas até parecem ter saltado da roupa dele. Estrela

que é ganhou até holofote.

Page 62: ConstruARCH #03

62

CE NÁR IO

Page 63: ConstruARCH #03

63

Aqui o luxo acontece sem frescura, a sofisticação pede licença para entrar, como sempre, triunfante – e a natureza continua ali, intacta e sorrindo!

Po r J u l i e Fa n k fo to s D i v u l ga çã o

mImetIsmo TRIUNFAL

Page 64: ConstruARCH #03

64

CE NÁR IO

DE SIMPLES, nem o sofá. Fosse um hotel, seria concorridís-

simo. Poderia ser confundido com o Olimpo, mas a topogra-

fia é oposta e a localização é num vale – nada de montanhas.

Poderia ser um spa, mas não, é um local para passar os fins

de semana. A, que de humilde não tem nada, casa de praia

está localizada em Durban, um dos portos mais movimen-

tados da África do Sul e terceira maior cidade depois de Jo-

anesburgo e Cape Town. A localidade famosa por suas ex-

tensas praias concentra o que há de mais violento quando se

fala em mar – o clima é ameno no decorrer do ano e não tem

grandes variações, mas a Costa Norte da África do Sul não

é nada pacífica: regularmente é atingida por ciclones e fura-

cões. Os moradores, que queriam um refúgio, um segundo

porto, para fugir quando necessário fosse, encontraram, no

olho do furacão, um pedaço de terra para construir seu ca-

sulo – e que casulo!

O desafio inicial, além de construir uma casa com um quê

de paraíso terrestre, era deixar esse paraíso bem longe da

agressão das ondas bravas. A propriedade, que era o últi-

mo espaço vago ao longo da linha costeira de La Lucia, era

também espaço de preservação ambiental. Como o terreno,

além de ser protegido, tinha abertura direta ao oceano, os

projetistas da SAOTA Phillip Olmesdahl, Patrick Ferguson e

Stefan Antoni tiveram que submeter o projeto a aprovação.

Depois de todo o processo, que demorou quase um ano, uma

série de bancos de terra teve que ser levantada para “iso-

lar” o local das ondas temperamentais. A dor de cabeça por

conta da demora não diminuiu seu valor – a casa é uma afir-

mação excepcional da modernidade e um oásis em meio à

mata nativa – de tão minuciosamente projetada, confunde-

se com a natureza.

BLINDADA PELO

requinte: a residência

de veraneio é envolvida

por placas de alumínio

banhadas em bronze.

Page 65: ConstruARCH #03

65

A POSIÇÃO dos

estrados não foi

“sem querer”,

suas formas con-

duzem o olhar di-

retamente para o

oceano – como se

fosse possível que

a vista passasse

despercebida.

O AMBIENTE fornece

serenidade e momentos

únicos também. Concreto

e madeira se complemen-

tam, e o efeito das cortinas

externas é encantador ao

pôr-do-sol.

A proposta, aparentemente difícil, de atribuir uma atmosfera

de sossego para uma paisagem tão conturbada deu certo.

Os arquitetos responsáveis pelo projeto dão a fórmula: "Os

donos queriam que o resultado final inspirasse aquele sen-

timento de relaxamento e tranquilidade que pode ser resu-

mido em roupa de banho molhada no sofá", conta o parceiro

do projeto Phillip Olmesdahl. A partir dessa vontade, a equi-

pe adotou a frase “luxo de pé descalço” e é ela que norteia

o uso sensível dos materiais no projeto. O resultado? Uma

sucessão de momentos “UAU!” conforme você caminha pela

casa – uma síntese máxima de luxo, sofisticação e conforto

ao melhor estilo “de pernas para o ar”. Para o projeto de in-

teriores, os arquitetos Mark Rielly e Ashleigh Gilmour opta-

ram por acabamentos e paleta que permeiam a neutralida-

de: no chão de concreto em tons de areia polida e na madeira

que remonta à vegetação do local. Há ainda um apelo para

os tons naturais, como no couro, por exemplo, e para o cin-

za numa combinação harmônica e suave de tons de carvão,

azul-petróleo e azul-celeste.

A fachada, vista da costa, é embalada por uma série de telas

de alumínio banhadas no bronze e propõe um cenário cine-

matográfico. Parcialmente ou integralmente, as telas pro-

tagonizam diferentes desenhos na gravura configurada do

lado de fora. Sob o olhar de quem chega, no entanto, a casa

é tímida: esconde-se sob a vegetação local marginal à en-

trada, que não parece das mais convidativas. A perspectiva

logo assume uma atmosfera mais entre-e-fique-à-vontade

quando se caminha pelo corredor de pé-direito duplo. A co-

nexão entre o exterior e o interior é perspicaz: os estrados

de madeira orientam o olhar em direção ao oceano – e você

logo esquece que a entrada não era tão convidativa assim.

"Não apenas isso ameniza a austeridade do material sem

acabamento, como cria um foco distinto direcionado à vista.

Page 66: ConstruARCH #03

66

CE NÁR IO

PERCEBE-SE O papel fundamental

da natureza. Os envolvidos sabiam

que a espera de um ano pela aprova-

ção ambiental valia a pena.

FORMALIDADE E descon-

tração dividem o mesmo

espaço harmoniosamente.

A fluidez é instantânea sem

ser brusca, a composição

dos materiais e a iluminação

mantêm a elegância.

Page 67: ConstruARCH #03

67

A MISTURA DE formas e a suavidade da

luz demonstram: aqui, o corriqueiro vira

singular.

Não há como os olhos evitarem de serem conduzidos para a

linda vista do mar", tranquiliza Patrick Ferguson. A dança das

placas remete aos suspiros de alívio inspirados pela vegetação

local – nota dez em diálogo com a natureza.

Diálogo, aliás, é a palavra que define esse projeto: entre os

proprietários e os arquitetos, entre a casa e a natureza e entre

as partes da casa, tudo conversa numa harmonia silenciosa –

mas nem por isso discreta como a paleta de cores que o orien-

ta. O equilíbrio entre a formalidade elegante e a despreocupa-

ção sossegada passeia pelas portas abertas e vista direta ao

oceano; pelos quartos com acesso à sacada que percorre toda

a estrutura externa; pela suíte máster com terraço privativo;

pelo deck de madeira da piscina e pelo lounge – opa, são dois,

que é para ter opção para todo o tipo de ocasião. Entrosamen-

to é a ordem. E a flexibilidade vem junto com esse arrojo todo.

A proposta é fluir e se jogar. Ainda que a simplicidade seja da-

quelas palavras que passam longe da costa de La Lucia, aqui é

a harmonia quem toma as rédeas da coisa e manda todo mun-

do fazer as pazes: luxo e simplicidade, homem e natureza. E

não é que eles obedeceram?

Page 68: ConstruARCH #03

68 68

G AR I M P O

1

2

3

4

olHa que CoIsa maIs lInda,MAIS ChEIA DE GRAÇAU M M I x D E O B J E TOS C h E I OS D E

C h A R M E E S CO L h I D OS A D E D O P O R

A R q U I T E TAS C h E I AS D E B O M G OS T O

Tathianne MariottoArquiteta e Urbanista

Francieli LovatelArquiteta e Urbanista

Page 69: ConstruARCH #03

69 69

8

7

6POTE BRANCO E BEGE

R$105,00

MORINGA DE CERÂMICA

R$69,90

CESTOS PARA PÃES

P: R$48,00

M: R$57,00

G : R$65,00

BUDA CEGO/SURDO/MUDO

R$ 37,90

CAIxA DE MADEIRA

R$75,00

POTE BRANCO E DOURADO

R$66,70

CONJUNTO DE CESTOS COM TAMPA

EM FIBRA NATURAL

R$154,50

CESTOS C/ ALÇA EM FIBRA NATURAL

R$135,00

1

2

3

4

5

6

7

8

5

Page 70: ConstruARCH #03

70

R E F ÚG IO

Na Holanda, um cenário escolhido a dedo dá boas-vindas a um aconchego chamado de lar

monumentoà BEIRA DO LAGO

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s D i v u l ga çã o

R E F ÚG IO

Page 71: ConstruARCH #03

71

Page 72: ConstruARCH #03

72

R E F ÚG IO

A MADEIRA, o tapete fofinho, a

lareira aquecem só de olhar.

Page 73: ConstruARCH #03

73

PODE SER O BARULhINhO. Pode ser a brisa. Pode ser a

paisagem. Estudos ainda não comprovaram quais seriam os

motivos para que as moradas à beira da água – seja lagos,

mares ou, até mesmo, um chafariz – possam ser tão atrati-

vas. Pode ser a necessidade da fuga da realidade que esteja

fazendo tanta gente ir em busca do seu próprio oásis. Nesta

casa holandesa, a arquitetura dá sua contribuição, mas o lago

IJburg é a cereja do bolo.

Já que exuberância pouca é bobagem, o escritório Marc Ar-

quitetos quis deixar o interior da residência nítido para quem

quiser olhar. Pode parecer um ataque à privacidade, só que,

basta o morador querer, que as cortinas mantêm a discrição

dentro de casa. A filosofia do escritório fica nítida nas pala-

vras do arquiteto Marc van Driest: "Um bom design é carac-

terizado pelo equilíbrio entre técnica, funcionalidade, custos

e estética”. A Villa, localizada em Amsterdã, mostra como os

espaços podem ser bem aproveitados a favor justamente da

nobreza e da funcionalidade.

Na frente da casa, a madeira desempenha papel principal

nos três pisos. Os detalhes amadeirados, acompanhados

do revestimento claro e dos fechamentos de vidro, ampliam

a ideia limpa e moderna que os arquitetos definiram como

mote para a casa. Foram três anos, entre a concepção e a

conclusão da obra, que conta ainda com um paisagismo sim-

ples, mas certeiro para a proposta do projeto.

O arquiteto responsável pela concepção da obra, para apro-

veitar a vista para o lago, projetou uma varanda que se es-

tende sob a forma de um deck suspenso sobre o gramado.

À NOITE, a sensação de

calmaria é ampliada. O

lago IJ apazigua a agitada

Amsterdã.

PARA VISUALIZAR a paisagem, dá para

se acomodar no “ninho” fofo no quarto

da menina.

Page 74: ConstruARCH #03

74

Caso esteja difícil de visualizar, que tal aproveitar o pula-pu-

la, despretensiosamente colocado sobre o gramado?! Uma

baita sacada.

Por dentro, materiais, estampas e cores foram escolhidos

com o intuito de aconchegar, independentemente do canto

em que a pessoa estiver. Um degrau separa, e uma lareira

une a cozinha e a sala de estar: com o pé direito mais alto, a

cozinha, pra lá de moderna, concede espaço à lareira, sobre o

balcão; um degrau acima, a sala, colorida, se vê acolhida pelo

lado oposto da lareira para esquentar os mais friorentos.

A estética clean só é quebrada com os pontos lúdicos espa-

lhados pelos cômodos, sinais de que crianças habitam por

ali. Da cama de princesa no quarto ao tapete felpudo na sala,

tudo foi estrategicamente instalado para que a casa fosse

um poço de aconchego. "No processo de desenho, o arqui-

teto tem duas regras: de um lado, ele é despretensioso e,

de outro, ele atua decisivamente, se necessário”, completa

Marc. Intuitiva ou premeditadamente, o encaixe entre o relax

e o prático tornou a residência uma ilha em um rio de calma-

ria – o verdadeiro conceito de refúgio.

COM TANTA

coisa pela casa, o

banheiro poderia

passar desper-

cebido, mas essa

cuba diferentona

não deixa...

O PAISAGISMO É SIMPLES, já que os arquitetos

entenderam que os protagonistas são a casa e o lago.

R E F ÚG IO

Page 75: ConstruARCH #03

75

O escritório Eduardo Paranhos faz parte de uma geração disposta a inovar e fugir do convencional. A agilidade, modernidade e economia que você procura aliadas à nossa experiência - tudo para materializar o seu sonho.

Rua Antonina, 2027 - Centro - Cascavel-PR - [email protected]

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PROJETO E EXECUÇÃO REFORMAS RESIDENCIAIS E COMERCIAIS REGULARIZAÇÃO DE OBRAS CONDOMÍNIOS

Page 76: ConstruARCH #03

76

ChARMOSA

As lareiras elétricas, digitais ou virtuais, apresentam várias vantagens se comparadas as à lenha ou a óleo. São econômicas, ecológicas e mais seguras. Sem contar que este modelo

da Cadence preserva os efeitos visuais característicos que antes só as chamas de verdade possuíam. Todo aquecimento e charme que você precisava!

Preço sob consulta www.cadence.com.br

G AD G E T

Page 77: ConstruARCH #03

77

MAIS CONVENIENTE IMPOSSíVEL

Muito desconfortável é quando você está na frente do monitor e vai saborear aquele delicioso chocolate quente/café e descobre que ele está gelado... Pois é. Mas os dias frustrantes acabaram, graças a este aquecedor de caneca biscoito, que mantém sua bebida maravilhosamente agradável. E você só precisa de uma porta USB.Preço: R$ 60 www.loja.imaginarium.com.br

DR. OCTOPUS

Graças às suas seis duchas articuláveis, o chuveiro Spider oferece a opção de direcionar a água da forma que você quiser, ou seja, abrange toda a área do seu Box. Além do extravagante e irreverente

design, ele pode ser posicionado na parede ou no teto. Preço: R$ 5 450

www.inusual.com.br

ChUVA ARTIFICIAL

Sua própria versão de Singin’ in the Rain. Parece ser essa a proposta do RainSky, um chuveiro que foi feito para simular vários tipos de chuva. Para dar um efeito mais realista, a sua instalação deve ser feita no teto. Preço sob consulta www.dornbracht.com

MATE A SAUDADE

O Sun Jar foi feito para você que vive com saudades do Sol nas frias estações. Basta deixá-lo algumas horas exposto ao sol que à noite... Tcharam! Através da energia obtida, ele acenderá um

LED que simula, e muito bem, a luz solar. Preço aproximado: R$ 62 www.suck.uk.com

RARIDADE

Além de ser um objeto vintage, este aquecedor elétrico trata-se de uma raridade: foi projetado em 1920 por Peter Behrens, um arquiteto alemão considerado o primeiro designer industrial da história. Apesar da idade, o item está em ótimas condições. Preço estimado: R$ 5 025 www.1stdibs.com

Page 78: ConstruARCH #03

78

ERAM 10 DA MANhà e as carinhas de sono ainda predo-

minavam. No EREA Sul 2013, Encontro Regional dos Estu-

dantes de Arquitetura, o ritmo intenso de um fim de semana

cheio de palestras e oficinas, fora, claro, as descontrações

paralelas, deixava nítido o cansaço dos cerca de 800 futuros

arquitetos que participaram do encontro em Cascavel. Anun-

ciar um concurso num momento como esse foi, no mínimo,

Em meio ao EREA Sul 2013, idealizadores da plataforma Projetar.org lançaram o primeiro de uma série de concursos voltados a estudantes de arquitetura. Esse foi o pontapé inicial da ideia que pretende se tornar um up para a criatividade e competitividade dos futuros arquitetos

para extraVasara CrIatIVIdade:DÁ-LHE CONCURSO!

Po r M a rce l e An to n i o fo to s Ro d r i go Vi e i ra

desafiador. Mas os desafios já são figurinhas marcadas na

rotina de um arquiteto, e foram eles que também fizeram as

fichas de inscrições do concurso se espalharem entre os es-

tudantes.

Isso porque a proposta do primeiro concurso da plataforma

Projetar.org, além de toda a temática trabalhosa, ainda exi-

gia a agilidade dos estudantes para elaborar tudo em veloci-

E VE N TO

OS IDEALIZADORESda plataforma Projetar

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79

1º LUGAR: FATAL ERROR

Segundo os jurados, esse foi o projeto que melhor apre-

sentou a proposta, com destaque para integração espa-

cial, para a dinâmica dos espaços e setorização por meio

de volumes: quesitos que renderam ao grupo o diferencial

de ser o que mais permitiu a interação dos usuários do

prédio.

Equipe responsável:

Diemesson Hemerich - UFFS - Erechim/RS

Sheila Andrade - UFFS - Erechim/RS

Yan Kaue S. Brasil - UFFS - Erechim/RS

Alana Bruxel - UFFS - Erechim/RS

2º LUGAR: 6E

Os destaques do grupo foram, segundo os jurados, a se-

torização do programa do terreno, a integração com a pra-

ça da catedral, o jardim vertical na fachada da Av. Brasil,

além da elaboração de um edifício à parte para o estacio-

namento, totalmente interligado com o mercado.

Equipe responsável:

João Luiz de Figueiredo Junior - UDESC - Laguna/SC

Johanna Dibatin - UDESC - Laguna/SC

Renato Campos da Silva - UDESC - Laguna/SC

Gustavo Henrique Ferreira da Luz - UDESC - Laguna/SC

Vinícius Dias Sobreira P. Barros - UDESC - Laguna/SC

3º LUGAR: HAOLES DA ILHA

O grupo recebeu mérito pela relação integrada do edifício

com o entorno. Os jurados consideraram importante a es-

colha dos estudantes de colocar a edificação perto da rua

Rio Grande do Sul, respeitando a posição da praça da cate-

dral voltada para Avenida Brasil.

Equipe responsável:

Bianca Larissa Krüger - UNISUL - Florianópolis/SC

Bruna Zanin - UNISUL - Florianópolis/SC

William Vefago - UNISUL - Florianópolis/SC

Kayque Júnior Pereira - UNISUL - Florianópolis/SC

Paulo Ricardo Kirchner - UNISUL - Florianópolis/SC

dade relâmpago. Os participantes conheceram o tema às 11h

e todo o projeto devia ser entregue até as 19h. Para os idea-

lizadores, os concursos são defendidos como uma das ma-

neiras mais eficazes de estimular a competitividade entre

os estudantes. “O concurso é a melhor forma de extravasar

ideias e de permitir aos alunos uma comparação de nível en-

tre eles”, explica Caio Smolarek, arquiteto cascavelense que,

junto à publicitária Laila Rotter Schmidt e ao administrador

Rafael Reolon, fundou a Projetar.

A plataforma de concursos voltados à arquitetura nasceu

da insatisfação do grupo com o julgamento dos concursos

já existentes na área, e inicia agora, já com perspectivas de

uma expansão: os idealizadores querem que, num futuro

próximo, os concursos da Projetar permitam uma interlo-

cução com outras áreas como a publicidade, por exemplo.

“Podemos criar um concurso para que os estudantes de pu-

blicidade idealizem uma campanha para divulgar o concurso

de arquitetura. Podemos pensar também em um concurso

paralelo só para parte de urbanismo”, completa Caio.

A primeira experiência da plataforma de concursos teve

inscrição de 13 grupos de estudantes. A tarefa era colocar

em pranchas as ideias para um futuro mercado público em

Cascavel, que seria construído na área em que anualmente

é feita a Festa das Colônias, no pátio da Catedral da cidade.

Dúvidas sobre quais aspectos levar em conta surgiram an-

tes mesmo da apresentação do tema, já que anteriormente

os estudantes puderam conhecer o terreno escolhido para o

concurso. Mas nada de limitações. A criatividade podia levar

os estudantes onde quisessem, já que as únicas exigências

do concurso eram o cumprimento do horário de entrega, as

delimitações técnicas necessárias a qualquer projeto arqui-

tetônico e o uso dos pisos da marca Braston, parceira da Pro-

jetar, para pavimentação do prédio idealizado.

O resultado do julgamento, que também foi feito em forma-

to relâmpago por três profissionais da área, deu ao grupo

“Fatal Error” a primeira colocação. Segundo e terceiro lugar

ficaram, respectivamente, com os grupos “6E” e “Haoles da

Ilha”. Dois outros projetos ainda foram contemplados com

menções honrosas.

Para uma próxima, os estudantes já têm desafio lançado. A

Projetar.org está com as inscrições abertas para o segundo

concurso, que desta vez propõe aos estudantes um projeto

para uma ala de expansão do MuBE, Museu Brasileiro da Es-

cultura. Edital e informações estão disponíveis no site www.

projetar.org.

OS VENCEDORES

Page 80: ConstruARCH #03

80

Uma olhadela desatenta por Cascavel não te previne de

bater o olho em rastros enebecenianos. A assinatura do

escritório se confunde com a história da própria cidade.

Os cidadãos é que ficam felizes com um skyline privile-

giado. Outra conferida, desta vez mais atenta, permite

o óbvio: ver os novos empreendimentos que prome-

tem, assim, como os outros, dar um up na silhueta cas-

cavelense. Nelson Nastás foi o porta-voz do escritório

e conta pra gente a história da arquitetura da cidade

desde quando Cascavel ainda não tinha nem uma de-

zena de arquitetos.

A falta de uma referência na família não fez o hoje ar-

quiteto nem pensar em seguir por outro caminho. Nascido em Pon-

ta Grossa, escolheu Cascavel para começar na profissão, foi como

assessor de planejamento na prefeitura que imprimiu as primeiras

opiniões sobre o mapa da cidade: “Eu sou de Ponta Grossa, estudei

em Mogi das Cruzes e escolhi Cascavel por um acaso. Eu trabalhava

numa empresa e essa empresa me trouxe para prestar serviço aqui

na região. Acabei fazendo contatos e aí quem me trouxe realmente

para Cascavel foi a prefeitura com o Pedro Muffato. Vim como asses-

sor de planejamento em 4 de novembro de 1974.”, relembra o arqui-

teto. Logo ele e o amigo Victor Hugo Bertolucci, ele sim cascavelense,

mas recém-chegado da Universidade Federal do Paraná, resolveram

se somar aos não mais que três escritórios de arquitetura que exis-

tiam na época.

Foi, então, em 1975, que a primeira sociedade nasceu para aprovei-

tar um nicho ainda não preenchido, conta o arquiteto: “A região toda

era muito forte, Foz do Iguaçu, por exemplo, começou com a Itaipu,

e logo a cidade começou a crescer muito. Como lá não havia muitos

profissionais, a gente começou a prestar serviços em Foz, no Para-

guai e na Argentina. E aí, consequentemente, acabamos irradiando

para cidades como Medianeira, Céu Azul, Matelândia, começamos

a atuar nessas cidades todas dentro de um raio de 150km”. Treze

anos depois, mais uma cabeça criativa e empreendedora se junta-

ria ao grupo: Luiz Alberto Círico passou a integrar a equipe e o nome

NBC efetivamente nasceu: “Como toda a empresa, as pessoas se

somam. Todos têm a mesma formação, todos ficam na função de

criar, mas no dia a dia, a área administrativa, a área comercial e a área

técnica acabam nos dividindo. Além disso, o escritório tem um corpo

com outros nove arquitetos.”, avalia Nelson.

A trajetória de quase 38 anos teve sempre como foco a busca de

clientes e o crescimento do escritório: “São anos traduzidos em

acervos reais e atestados de órgãos e de clientes que nos habilitam

a participar de licitações de projetos significativos no Brasil inteiro. O

nosso foco é o crescimento do escritório.”, orgulha-se o arquiteto.

O primeiro grande projeto, lá atrás, mostra a que o grupo veio: foi o

prédio onde hoje funciona a Justiça Federal na cidade de Cascavel,

somente a primeira de uma série de obras públicas. O centro comer-

cial Central Park, a Faculdade Fundação Assis Gurgacz e o calçadão

central são alguns dos marcos que o escritório guarda no portfólio.

Entre eles, ainda figuram o Centro de Exposições da Expovel e a sede

da Prefeitura de Cascavel. “O que eu acho da cidade de Cascavel? Só

posso tê-la como um filho. A gente tem uma parte da cidade, são

mais de 1000 prédios. Como a gente não vai gostar de uma cidade

que a gente criou, que a gente ajudou a construir?”, reflete Nelson.

“Cascavel é uma cidade linda, porque é uma cidade nova. Porque é

uma cidade que tem um traçado com ruas largas. Se percorrermos

cidades com o mesmo grau de importância de Cascavel, em termos

de habitantes e renda e atuação da cidade no aspecto político, no

aspecto econômico de desenvolvimento, a gente vê que Cascavel é

uma cidade que tem um sistema viário interessante, é uma cidade

que tem muito verde, é uma cidade que tem preocupações. Por ter

60 anos de emancipação política, é relativamente nova. Eu tenho a

idade da cidade. (risos) Moramos em uma cidade que se preparou

para estes tempos. Diferentemente de outras cidades, que tiveram

que radicalizar todo um processo evolutivo para se adaptar.”, com-

pleta.

E quando ele fala nestes tempos, justifica: “É o melhor momento

para a arquitetura. A tecnologia proporciona novos recursos em ma-

teriais e as tendências proporcionam alternativas na elaboração de

projetos: em concepção de novos vãos, melhora da qualidade. Hoje

Um dos três pilares do escritório NBC conta a trajetória de uma empresa que orgulha Cascavel lá fora e imprime uma nova estampa à cidade todos os anos

somaDE FORçASPo r J u l i e Fa n k / Tá t i l a Pe re i ra fo to s Ace r vo Pe s s o a l

E SP E L HO

Nelson NastasArquiteto

“ Arq u i te t u ra é a v i d a d a ge n te , a l é m

d o p ro f i s s i o n a l . E u n ã o s e i fa z e r

o u t ra co i s a . ”

Page 81: ConstruARCH #03

81

Luiz Alberto Círico

Caçula na sociedade, Luiz Alber-

to Círico concluiu a composição

da sigla NBC. “Foi uma somatória

de necessidades, eles já tinham

uma estrutura consistente, me

deram condições e eu pude con-

tribuir.” O ‘casamento’ triplo im-

primou ritmo ao escritório. Ele

entende que a arquitetura em

Cascavel representa um marco

nacional em razão dos proje-

tos criativos existentes por aqui, que determinarama identida-

de da cidade. Círico é um entusiasta do faça diferente, mantra

repetido em todos esses anos de empresa. “Minha relação

com a arquitetura é traduzida com arte e técnica. A soma des-

sas duas correntes é essencial para que você projete algo que

marque sua época. Não adianta criar algo maravilhoso se não

pode ser executado, assim como não adianta criar algo só vol-

tado para a técnica. O emprego da técnica precisa ser criati-

vo. Onde conciliamos arte e técnica, obtemos o melhor da ar-

quitetura ”.

Victor hugo Bertolucci

Outra ponta do tripé criativo

da NBC, Victor Hugo Bertolucci,

quando passa o olho pela linha do

tempo da arquitetura de Casca-

vel, verifica uma mudança. “Hoje

existe a consciência de que é ne-

cessária a presença de um arqui-

teto para construir.” Parte disso

se deve, segundo ele, à formação

de profissionais por aqui mesmo.

“O aumento de profissionais for-

mados elevou a concorrência e, consequentemente, a qualida-

de do trabalho”. Na barca da empresa desde o início, Bertolucci

respira – e transpira – arquitetura. Ele não se lembra de algum

dia de sua vida que tenha passado sem ter pensado em algo

para ser projetado. No decorrer da carreira, desenvolveu uma

filosofia – vivida nestes 38 anos de caminhada. “Fazer um pro-

jeto é simples, mas criar algo é que é o diferencial. Você precisa

oferecer soluções inteligentes e criativas ao seu cliente e fazer

isso me dá um prazer imenso”.

tudo é muito focado na questão ambiental e isso é uma reviravolta. Quando a

gente fala em sustentabilidade, a gente vai alterar a forma de pensar a arquite-

tura. Hoje as exigências são outras!” Os arquitetos que encabeçam o escritório

já foram contaminados pelo que é tendência lá fora e têm trazido isso para seus

projetos mais recentes. A tecnologia, uma consequência dos tempos modernos,

é bem diferente da época em que Cascavel contava com bem menos metros qua-

drados construídos: “A tendência é que haja essa interferência da sustentabili-

dade, por exemplo, na arquitetura e na construção para que haja crescimento na

construção civil. E os edifícios públicos já estão sendo executados dentro des-

ses conceitos. Isso prova que a arquitetura se adapta aos tempos... E a gente tem

sentido isso e tem buscado novas alternativas. Nós nos adaptamos à realidade

deste século. A arquitetura tem que se adaptar a isso porque o comportamento

do projeto está muito ligado às tendências e exigências do tempo em que vive-

mos.”, atesta o arquiteto.

A tecnologia e a tendência são só detalhes a serem ajustados, já que a NBC sem-

pre esteve à frente do seu tempo. Com um desenho preciso e reconhecido na si-

lhueta de qualquer cidade, o motivo do sucesso do escritório ao longo de quase

quatro décadas de atuação é visível: a paixão dos três arquitetos pelo que fazem.

Sobre a vocação, Nelson Nastás traça seu perfil: “Arquitetura é a vida da gente,

além do profissional. Eu não sei fazer outra coisa. A gente tem uma formação vol-

tada para um aprendizado. Se eu sair disso, posso até abrir um restaurante, uma

empresa qualquer, mas isso não corresponderia ao que eu realmente gosto de

fazer. Arquitetura é realmente minha profissão, gosto de ser arquiteto, sou arqui-

teto e procuro melhorar como arquiteto.”

Hoje, em andamento, três grandes universidades no estado de São Paulo, a sede

do Ministério da Fazenda em Brasília e em São Paulo são a prova de que o caminho

ainda está sendo trilhado e em passos – como se fosse possível – cada vez mais

sólidos: “Nós consideramos que ainda estamos começando na profissão! A gente

ainda tá descobrindo muita coisa, a tecnologia está aí, né?”, comenta o arquite-

to. Mas a capacidade que todo bom arquiteto tem de viver o entorno e viven-

ciar a cidade não muda, só se aperfeiçoa. A empresa, que inicialmente prestava

serviços somente na área de projetos, hoje tem um braço que envolve a área de

incorporação – mais um passo a ser sedimentado com o tempo de atuação. Per-

guntado sobre quais seriam os objetivos de um escritório que já galgou seu es-

paço no almejado cenário da arquitetura nacional, o arquiteto reitera: “Continuar

trabalhando... A história tem que continuar!”. Cascavel, que sabe do talento dos

três, agradece de antemão as contribuições tão valiosas ao desenho da cidade.

“ Ca s cave l é u m a c i d a d e l i n d a , p o rq u e

é u m a c i d a d e n ova , p o rq u e te m u m

t ra ça d o co m r u a s l a r ga s . M o ra m o s

e m u m a c i d a d e q u e s e p re p a ro u p a ra

e s te s te m p o s , d i fe re n te m e n te d e

o u t ra s , q u e t i ve ra m q u e ra d i ca l i z a r

to d o u m p ro ce s s o evo l u t i vo p a ra s e

a d a p t a r . ”

Page 82: ConstruARCH #03

82

L I F E ST YL E

Guarde as digitais: o retrô dita as regras das fotos em aplicativos “antigos” e câmeras analógicas irresistíveis. E o mundo pode ficar, sim, muito mais interessante através de um filme

o mundoé ANALóGICOPo r C l a r i s s a D o n d a fo to s D i v u l ga çã o

Page 83: ConstruARCH #03

83

NÃO FAZ MUITO tempo, o auge da tecnologia – e do “cool”

– em fotos era sair com uma Polaroid a tiracolo. Pose, “xis”,

pronto: eram ansiosos segundos para ter em mãos a revela-

ção que, luxo dos luxos, era impressa na hora. Coisas do pas-

sado: hoje as câmeras já revelam a cena capturada em telas

touch-screen, pronta para ser compartilhada, geolocalizada

e, claro, deletada, para não ocupar memória com algo que

não ficou, no mínimo, perfeito. O mistério saiu de moda.

E voltou, só que reinventado: num mundo em que tudo é para

já, a febre do retrô tomou o caminho inverso e chegou na fo-

tografia analógica. Uma volta que é sentida mesmo quando

é de mentirinha: está nos catálogos de moda, devidamente

fotografados com câmeras digitais e posteriormente mani-

pulados com filtros “antigos” – tendência, aliás, catapultada

pela popularidade do Instagram, que empresta o charme lo-

tech quadrado das Polaroids para a volatilidade hi-tech das

redes sociais.

O frenesi ao redor do aplicativo explica um pouco da volta

deste amor ao analógico: e não é que o universo da tecnolo-

gia e da resolução HD tivessem perdido a graça. É que, subi-

tamente, percebeu-se que era preciso reinventar a foto, por-

que a alta-definição, embora impressionante, deixa pouco

espaço para a imaginação. Surgem aí os filtros do Instagram:

um retorno ao charme da revelação ou, por assim dizer, do

que não é revelado e sim, sugerido. Uma foto um pouco em-

baçada, uma “falha” na revelação ou uma imagem granulada

contam uma história e, mais que gerar imagem, viram uma

expressão.

Da necessidade de uma nova linguagem à liberdade de rein-

ventar o mundo pelas analógicas, foi só um pulo. “A foto-

grafia digital não te permite fazer muitas brincadeiras. Com

a digital, o ato de fotografar é sério demais. Por exemplo,

você sai com sua câmera, tira umas 20 fotos de um mesmo

elemento, e certamente uma das fotos vai ficar boa. Não dá

para fazer isso com uma analógica, até porque saem caros a

revelação e o filme. Então você tem que pensar a sua própria

fotografia antes de bater.”, explica o analista de TI Vinícius

Reis, ele próprio uma apaixonado pelo hobby de fotografar

com analógicas.

Quem está adorando a nova onda é a Lomography (lomo-

graphy.com.br) – que você pode chamar de lomo, porque a

proposta analógica é esta mesmo: intimidade. O nome, que

antes se restringia a uma marca de câmeras analógicas inu-

sitada, hoje já transcendeu para uma comunidade mundial

de fotógrafos - ou lomógrafos, como preferir – apaixonados

por filme. Digitais não entram nesse mundo, já que é nesse

espaço entre o olhar e o filme que nasce o fotógrafo, o que

acontece de forma diferente no universo digital. “É preciso

Page 84: ConstruARCH #03

84

L I F E ST YL E

haver um preparo, um conhecimento prévio. Você tem que

pensar no tipo de câmera que você vai usar, no ISO do filme

que colocou, na lente e nos acessórios que vão te possibili-

tar fazer o melhor com o que você tem. Até no processo de

revelar o filme você escolhe a mensagem que está passan-

do. Não dá para chegar e sair batendo a foto. E é fazer parte

desse processo que eu acho muito bacana”, explica Vinícius.

Parece trabalhoso? É a infinidade de possibilidades que tor-

na o universo da Lomography viciante: cada fotografia é úni-

ca. Uma câmera, por exemplo, permite fazer bater uma foto

por cima de outra no mesmo filme – e, com isso, criar uma

sobreposição de imagens interessante. Outra já fotografa 4

frames do mesmo elemento simultaneamente. Acessórios

como lentes e filtros coloridos acrescentam irreverência à

brincadeira, mostrando que fotografia não precisa ser uma

ciência explicada. E para dar conta de tantas possibilidades,

lomógrafos e curiosos contam com workshops e aulas práti-

cas realizadas semanalmente nas lojas, bem como fóruns de

discussão e eventos.

E como toda tendência puxa outra, a cor saturada e a atitude

irreverente dos filmes lomográficos transborda para a câme-

ra em si, através de modelos inusitados e saborosos: doura-

das, com estampa de zebra, grafitadas, “candy-coloured”...

Objetos de desejo para ver o mundo e serem vistas por ele!

E uma vez no universo, é difícil se contentar com uma câme-

ra só. Vinícius tem três analógicas, compradas desde 2010,

quando foi apresentado à lomografia pela namorada e tomou

gosto pela brincadeira. De lá para cá, a namorada virou ex,

mas o namoro com o analógico continua muito bem, obriga-

do. E, como todo relacionamento, é sem preconceitos. “Acho

que tudo é permitido. É válido usar filtros do Instagram, ou de

qualquer outro aplicativo digital para ter o efeito que se quer

à foto. Não é porque sua câmera é digital ou analógica que o

resultado vai ser mais ou menos profissional, não acho que é

para levar a fotografia tão a sério assim. Fotografia também

é para a gente se divertir.”, conta nosso amigo lomomaníaco.

A gente concorda. Por um mundo menos instantâneo e mais

espontâneo, por favor.

Page 85: ConstruARCH #03

A Imobiliária Porto Seguro Personnalité convida você a clicar fotos de nossa cidade, de pessoas comuns, momentos bacanas, crianças brincado, pessoas do campo, plantações, rios, cachoeiras, fotos que falem do nosso cotidiano, que só podem ser clicadas por você.

CONCURSO CULTURALDE FOTOGRAFIA

MAIS INFORMAÇÕES

CLICK CASCAVEL

COMO PARTICIPAR

As fotos podem ser tiradas com câmeras analógicas ou digitais e devem ser enviadas com identificação por correio, e-mail ou facebook:

EndereçoRua Afonso Pena, 1854, sala 02CEP 85812-020 - Cascavel - PR

[email protected]

FacebookInscreva-se através do Facebook Click Cascavel

DATAS

Envio das fotosAté 20/07/2013

Período de votação21/07/2013 até 01/08/2013

Resultado vencedor02/08/2013

A QUEM SE DESTINA

Para este trabalho, nosso fotógrafo mais qualificado é você: protagonista do dia a dia! Saia por aí com a câmera na mão, de prontidão para notar e registrar aquele momento encantador, aquela imagem que vale mais do que mil palavras.

PREMIAÇÃO

Categoria Amador*: Estadia com acompanhante no Hotel Loi Suites, em Porto Iguaçu, na Argentina

Categoria Profissional: Uma câmera colecionável do modelo Diana F+ Cuvée Prestige.

*Segundo e terceiro lugares da categoria Amador também serão premiados.

O COTIDIANO DE CASCAVEL

ATRAVÉS DE SUAS LENTES

As fotos ficarão expostas no Museu da Imagem e do Som (MIS), no espaço Galeria Sierra e serão divulgadas em jornais locais.

REALIZAÇÃO

45 3225-3111 www.portoseguroimobiliaria.com

Page 86: ConstruARCH #03

86

B UCK E T L IST

InVernoFORA DA ROTA!

Po r C l a r i s s a D o n d a fo to s C l a r i s s a D o n d a

Fondue, lareira e cobertor? Aí está uma trindade tentadora, mas as delícias do inverno prometem muito mais surpresas e sensações. Basta esmiuçar um pouco mais o mapa para além dos destinos clássicos de inverno para descobrir lugares interessantes, calorosos e bastante inusitados para curtir as baixas temperaturas.

CUNhA, INTERIOR DE SÃO PAULO: INVERNO É TEMPO DE ALTAS TEMPE-

RATURAS

Há mais calor no interior de São Paulo do que a badalação tradicional de Cam-

pos de Jordão. E para quem busca uma opção mais calorosa que os fondues

do Capivari, é possível render-se ao calor de outro tipo de forno: o das cerâmi-

cas de Cunha, a quase 240 quilômetros de São Paulo e no caminho do Vale do

Paraíba. A cidade, conhecida como a terra dos ceramistas artesanais, é refe-

rência nacional na produção em fornos de alta temperatura. Parte da tradição

está em acompanhar a abertura de uma fornada, que toma ares de espetá-

culo nas mãos dos artistas locais nos meses de junho e julho. Um programa

clássico é visitar um dos 19 ateliês espalhados pela cidade para registrar esse

momento – e, após as visitas, aproveitar para se aquecer no inverno cunhen-

se também longe dos fornos. A cidade, como todo destino de inverno que se

preze, é tão pequena quanto aconchegante, daquelas que rima com chocolate

quente, descanso e cheiro de verde. Muito verde, aliás: Cunha fica pertinho do

Parque Estadual da Serra do Mar, cercado de Mata Atlântica e no meio de um

belo caminho rumo à simpática Paraty. Melhor vizinhança, impossível.

E quem estará pela cidade em julho ainda tira uma palhinha da programação:

acontece de 3 a 28 de julho o festival Acordes na Serra, em que ritmos de MPB

e Bossa Nova, chorinho, samba e jazz tomam conta da praça principal da cida-

de, em shows gratuitos.

PRAIA DO ROSA, SANTA CATARINA: qUANDO A BOA DO INVERNO É IR

PARA A PRAIA

Poucos destinos são versáteis a ponto de ser boas pedidas em todas as

estações e temperaturas. A combinação privilegiada, porém, é mais do

que um marketing turístico, e sim um capricho da natureza. A Praia do

Rosa é, por assim dizer, democrática neste sentido: junta uma mescla de

vibe praiana com clima de montanha, e por isso é sempre uma boa pe-

dida em qualquer estação. Mas é agora, com a chegada do inverno, que

o diferencial da cidade está longe das lareiras e sim, no mar: em junho é

dada a abertura da temporada das baleias franca, que vai até novembro.

As visitantes, atraídas pelas águas mais quentes, procuram as águas da

região para fazer dali um berçário natural de seus filhotes, o que resul-

tou na criação de uma Área de Preservação Ambiental da baleia franca

na região, antes quase ameaçadas de extinção. A quantidade de baleias

Dica de estadia: Pousada do Bié, na Rodovia Cunha-Paraty

(SP 171) km 58,8 + 6km de estrada não pavimentada. 6 chalés

recebem os convidados com mimos necessários, como cama

king-size, lençóis térmicos para os dias frios, amenities da

L`Occitane, lareiras e um festival de cremes e sopas especiais

para acompanhar o frio. www.pousadabarradobie.com.br

Page 87: ConstruARCH #03

87

aumenta a cada ano na região e, em 2013, a Praia do Rosa já recebeu até a visita

de uma Jubarte, para comemoração dos biólogos locais. Quem ganha com isso

são os turistas, que podem admirá-las com binóculos nas sacadas das pousa-

das, ou durante os passeios de barco, já que as baleias têm um temperamento

bastante dócil.

Fora das águas, a programação de inverno continua. Cavalgadas, trilhas ecológi-

cas, hospedagens charmosas e uma excelente gastronomia dão a tônica de calor

da praia, que continua dispensando elogios, mesmo sob vento frio. Para os aman-

tes do surf, é hora de buscar o neoprene para enfrentar as baixas temperaturas

e as melhores ondas, que sempre chegam no inverno. Já os amantes do vinho

e da boa mesa encontram calor e boas-vindas nos festivais gastronômicos dos

restaurantes: é tempo de baleias e também de trutas na região. Com tanta opção,

fica fácil entender porque não são só as baleias que gostam tanto de voltar.

DESERTO DO ATACAMA:

PARA UM INVERNO INCANDESCENTE

Matar as saudades da neve no inverno é a desculpa ideal para es-

capulir em julho para qualquer um dos resorts de esqui de “nuestros

hermanos” na América do Sul. Mas se a paisagem branca já ficou

monótona ou se a avalanche de turistas inundou as pistas de Ba-

riloche ou Portillo, fica a dica de seguir para um lugar mais, digamos,

rústico. E não há nada mais alternativo para um destino de inverno

do que ir para um deserto.

Engana-se quem pensa que desertos são infinidades monótonas de

aridez: pelo menos essa não é a impressão de quem visita o Deserto

do Atacama, no norte do Chile, considerado um dos mais secos do

mundo. É exatamente a adversidade dessas condições climáticas

que torna a paisagem do Atacama uma das mais dramáticas pai-

sagens do mundo: temperaturas negativas podem ser facilmente

encontradas em trilhas de altitude nos picos ao redor do deserto, e

os gêiseres de Tatio oferecem a experiência única de águas termais

misturadas a temperaturas congelantes. Um frenesi exuberante de

natureza e sensações para o visitante.

Aproveite o inverno para visitar a região, favorecida pelas tempera-

turas mais amenas: durante o dia, os termômetros giram em torno

de agradáveis 22 graus e despencam para 4 ao cair da noite – dan-

do o tempo e o clima necessário para curtir o seu friozinho próprio

da estação. Entre uma parte do dia e outra, não perca os passeios

aos gêiseres e a caminhada pela cidade “chica” e simpática de San

Pedro, sem esquecer do encontro marcado no final da tarde: o pôr-

do-sol de Atacama é tido como um dos mais espetaculares do pla-

neta – graças, mais uma vez, à umidade quase zero do ar. Assista-o

quantas vezes for necessário: é o maior dos bônus da região, se-

guido pelo imponente vulcão Licancabur, uma espécie de guardião

silencioso da cidade. Aqui, a beleza estonteante passa longe de la-

reiras e lugares fechados: e como uma flor de deserto, é lá fora, na

natureza rústica, que ela desabrocha o seu melhor. Por isso, talvez,

que San Pedro de Atacama tenha nome de santo: tem certos pre-

sentes que só podem vir lá de cima mesmo.

Dica de estadia: Tierra Atacama Hotel & SPA, em San Pedro de

Atacama. São 32 apartamentos voltados para a as paisagens mais

intrigantes do planeta, admiradas através de varandas privativas.

O toque de luxúria fica por conta do UMA Spa, que oferece trata-

mentos corporais com elementos da região, como areia e sal para

esfoliações e barro vulcânico para eliminação de toxinas. www.

tierraatacama.com

Dica de passeio: O passeio de barco tem duração de uma hora e meia, para um grupo com no mínimo seis pessoas. O custo vai de R$ 90 a R$

140, dependendo da proposta escolhida. Para agendar sua hospedagem, acesse o site no ACIM: Núcleo de Turismo Sustentável da Praia do

Rosa: www.praiadorosaimb.br

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88

BOM AP E T I T E !

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Po r M a rce l e An to n i o fo to s Ro d r i go Vi e i ra / D i v u l ga çã o

Da sobremesa italiana, o Pastiera Restaurante empresta não só o nome, mas a riqueza de ingredientes, a delicadeza da história e o gostinho apurado. De 2010 para cá, Cascavel pode saborear um pedaço generoso da culinária europeia, num ambiente que passa-ria fácil fácil por um tradicional café italiano ou francês. Nas linhas seguintes, uma dose sofisticada da gastronomia de Cascavel.

fatIa EUROPEIA

A sobremesa é à base de trigo e ricota. É tradicionalmente

italiana: originária, mais especificamente, de Nápoles, onde a

culinária é bastante rica. “Pastiera di Grano” é o nome do doce

italiano que é, além de minucioso na receita, detalhista na

história de origem. Sintetizando bem o contexto histórico, a

Pastiera é uma torta bastante preparada pelas donas de casa

napolitanas como forma de presente para amigos na época

da Páscoa. O doce italiano tem ainda uma forte simbologia: é

a uma sobremesa que celebra a chegada da primavera.

Toda essa referência ao prato típico italiano foi a inspiração

para nomear o Pastiera Restaurante que, desde 2010, é uma

das melhores opções da cidade para almoços e jantares mais

aconchegantes e reservados. “A percepção que tivemos é

que Cascavel precisa e merece um lugar assim, em que, por

exemplo, é possível fechar negócios durante a refeição”, de-

talha Vinicius Fabreti, proprietário do restaurante.

A riqueza de detalhes da torta italiana pode ser comparada à

minúcia da decoração do local. Cada canto é propositalmente

planejado e iluminado para o aconchego, tudo na maior ins-

piração europeia. “Um dos desafios foi transformar um imó-

vel residencial em restaurante: transformar cozinha comum

em cozinha profissional, quartos e salas em salões. Tudo isso

sem afetar muito a estrutura da casa”, comenta Carolina

Campelo Festugato, arquiteta responsável pelo projeto de

interiores.

As linhas retas típicas do estilo arquitetônico da década de

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90

BOM AP E T I T E !

A FAChADA DEIxA clara

a inspiração europeia:

janelões arredondados,

tijolinhos à vista e rampa

com a cerâmica original

de 1976.

UM CANTINhO que mostra bem a

proposta do restaurante: aconchego

do começo ao fim da refeição. As pol-

tronas na entrada dão as boas vindas

e já convidam para uma prosa depois

dos pratos. Ah, e a feminilidade ganha

sempre espaço: nas flores reais e nas

estampadas nas luminárias.

Page 91: ConstruARCH #03

POR DENTRO, transbordam detalhes: tem romantismo do chão ao teto! Os tons mais

quentes e iluminação baixa redobram o romance.

A DECORAÇÃO

SEMPRE casa o novo

e o antigo: a janela

ainda ao estilo da

época em que a casa

foi construída soma

charme ao ambiente

que se enriquece com

quadros, luminárias e

vasos.

70, época em que a casa foi construída, permaneceram, mas

com uma remodelagem que trouxe bem mais romantismo

ao lugar. Nesse contexto, antigo e novo se complementa-

ram: as portas de ferro foram redesenhadas, ganharam mais

curvas. A fachada ainda recebeu tijolos à vista e um deck. E

por casar bem com o entorno, a rampa de acesso continuou

como a original: a cerâmica trabalhada é até hoje o piso da

entrada.

Por dentro, a impressão que se tem é que é possível fazer,

a cada nova visita, uma refeição em um lugar diferente. Pri-

meiro porque o próprio piso já se diferencia: um ambiente

tem o chão mais rústico, com pedras. No outro, a rusticida-

de permanece no piso, mas proporcionada pela madeira. E

o espaço te dá opção de sobra: tem um cantinho para quem

quer um petisco a dois, mesas maiores para um jantar em

grupo, sofás e poltronas para uma conversa confortável pós

almoço.

Decoração e cardápio estão na mesma sintonia: os pratos

também trazem um pouquinho do gostinho europeu. “O car-

dápio tem uma linha baseada na culinária italiana e francesa,

mas adaptada ao contemporâneo”, explica o proprietário.

Já Felipe Sonda, chef de cozinha da casa, destaca mais uma

característica do Pastiera Restaurante: a variedade. “Nossas

especialidades são o bacalhau do chef e as carnes grelhadas,

todas servidas com molhos tradicionais da cozinha clássica

Page 92: ConstruARCH #03

92

BOM AP E T I T E !

UM CANTO confortável:

as cadeiras se somam aos

sofazinhos. Todo o charme

“quente” do ambiente é

reforçado com as folhas que

lembram o outono.

TEM REFERêNCIA europeia por tudo

quanto é lado: nos retratos, em cada

abajur, no tecido dos acentos.

A VARIEDADE É característica

da Pastiera tanto nos pratos

quanto na decoração. Dá para

escolher qual estilo de mesa e

cadeira combina mais com a sua

refeição. O ambiente mistura

formas, sem perder a sincronia.

Page 93: ConstruARCH #03

MESMO COM TANTOS elementos, aqui o teto rouba a cena. Olha que ideia! O tecido

xadrez que complementa a iluminação faz lembrar ainda mais a inspiração italiana do

restaurante.

europeia”, descreve, acrescentando que o restaurante trou-

xe a Cascavel a novidade do buffet de saladas. “São saladas

diferenciadas como cous-cous marroquino, arroz negro, en-

tre outras. Sempre procuramos aprimorar os sabores, textu-

ras e apresentações dos pratos. Esse é um dos nossos pon-

tos fortes”, complementa.

Já tradicional por aqui, o restaurante deve passar por uma re-

novação em breve. Nos planos do proprietário, ainda estão

uma adega e mais um ambiente. Tudo para deixar o local ain-

da mais receptivo para os encontros em família e os almoços

a negócios.

O qUERIDINHO DO CHEF!De todas as delícias inspiradas na cozinha europeia,

o chef de cozinha da Pastiera elegeu o Risoto de

presunto Parma e aspargos como favorito.

INGREDIENTES

150g arroz arbóreo

35g presunto parma

4 un. aspargos verdes

Fundo de legumes ou frango

50g parmesão ralado

5g de manteiga

Vinho

MODO DE PREPARO

Refogue em uma panela alho e cebola até a cebola

ficar translúcida. Adicione o arroz arbóreo e refogue

um pouco. Adicione o vinho e deixe secar. Adicione

o fundo de legumes ou de frango e cozinhe o arroz

até atingir o ponto adequado (al dente). Coloque o

presunto parma cortado em julienne e os aspargos

cortados em rodelas finas. Para finalizar, parmesão

e manteiga.

Page 94: ConstruARCH #03

94

Um casarão com ares modernos é bem receptivo aos viajantes de plantão

O DESCOLADO FICOU phyno

Po r Tá t i l a Pe re i ra fo to s : D i v u l ga çã o

NA ExTENSA LISTA de itens a serem checados antes de

uma viagem, a estadia está no topo. Ter um lugar aconche-

gante e seguro para passar a noite, garante dias mais bem

aproveitados no seu passeio ou viagem a trabalho. Na hora

da escolha, nem sempre o óbvio – como ir para um hotel - é

a melhor opção. Lá pelo Velho Mundo, a tendência que em-

polga os viajantes mais descolados, mesmo sem ser uma

novidade, são os hostels. Um tempo atrás, a característica

máster desse tipo de hospedagem era ser baratinho – isso

fez com que ele se tornasse a primeira escolha dos mochi-

leiros que queriam ter as experiências de um novo lugar sem

despender muita grana para o descanso.

Mesmo assim, esse não é o único chamariz: o Hostel evoluiu.

A palavrinha “Design”, que já foi unida com a palavra Hotel,

passou a ser a companheira também do verbete hostel. Na

transformação, foi acrescida uma pitada a mais de charme e

estilo, sem abandonar o ambiente integrador.

R E L A X

Page 95: ConstruARCH #03

95

Page 96: ConstruARCH #03

96

R E L A X

O CASARÃO de 450 m² abri-

ga 46 quartos, entre dormi-

tórios coletivos, privativos,

uma suíte para mulheres e

um quarto de casal.

Page 97: ConstruARCH #03

97

Então para agradar os que ainda viam um Hostel como algo

não tão interessante – e para deixar ainda mais felizes os

que já eram adeptos – surge o hostel design, oferecendo

bem mais que o tradicional “bed & breakfast”.

Na cidade mais intensa do Brasil, o que não falta é viajante

a fim de conhecer as belezuras por aí. Por isso, uma estadia

nesse estilo cai como uma luva nas necessidades dos jovens

– ou nem tão jovens também – que preferem uma atmos-

fera mais descontraída para passar uns dias. E, sob o clima

cultural e boêmio da Vila Mariana, região nobre de São Paulo,

do ladinho do Parque Ibirapuera, o WE Hostel Design conse-

gue arrancar uma olhadela de quem passa.

O WE fica em uma mansão antiga, do século passado. A casa

paulistana teve diversos ambientes mantidos com sutis in-

terferências.

COMO UM Muro das Lamentações às avessas, o teto da área

comum do hostel serve para lembranças. Frases que mostram

de onde são as pessoas que já passaram por ali, desenhos

abstratos ou palavras avulsas, que no todo, formam uma

unidade bonita de se ver.

OS MóVEIS VINTAGE

deram um upgrade no

ambiente de paredes

brancas. O rádio antigo,

com o detalhe de pé pa-

lito, o abajur como ponto

de referência e o pôster

conseguem dar agito a

qualquer cômodo.

Page 98: ConstruARCH #03

98

No WE, aquela chateação de alguém acender uma luz e incomodar o restan-

te dos hóspedes é minimizada: cada um tem, do lado da cama, um spot de

luz, assim, quando precisa da luminosidade, é só apertar o botãozinho – sem

aborrecer ninguém.

POR DENTRO do que há de

inovador entre o mundo real

e o virtual, a casa dispões de

QrCodes em pontos estra-

tégicos. Na Sala de Vidro, no

Eat & Drink e nos quartos, os

hóspedes conseguem aces-

sar setlists personalizadas

através da leitura dos códigos

em seus celulares. Além

disso, mapas do serviço de

Metrô e de pontos turísticos

também podem ser baixa-

dos no celular do hóspede

facilitando os passeios pela

cidade.

R E L A X

A cor branca foi conservada e o tom preto foi aplicado em

lugares estratégicos para dar profundidade e definir a iden-

tidade visual do projeto. Para não deixar tudo meio apagado,

cores fortes foram usadas de forma pontual na decoração. E

não é à toa que cada móvel arranca suspiros dos hóspedes.

Eles foram minuciosamente garimpados em mercados de

pulga e antiquários de São Paulo.

O ar vintage proposto pelo arquiteto responsável, Felipe

Hess, inunda os quatro cantos do Hostel. Mas, como a mis-

tura do velho e do novo continua com tudo, a contempora-

neidade também foi usada, potencializando a ideia eclética

do lugar. No descompasso da metrópole, o WeHostel Hotel

Design tem a cara de uma São Paulo, com ar de nostalgia, re-

finamento e descontração.

Page 99: ConstruARCH #03

MONTREAL

“A Guillaume Bakery é uma

padaria bem pequena onde

marido e mulher preparam os

pães. A padaria tem um con-

ceito moderno e eles fazem

coisas deliciosas. Ali perto,

tem um pequena loja de uma

família italiana que faz mara-

vilhosos molhos de tomates e

outras conservas.”

SK E TCH MAP

NEW YORK

“Vá no Chelsea Market e experimente os pães da Sa-

rabeth's Bakery (amo os danishs com geléias da casa)

ou a Amy's Bread! Aproveite para ver a produção dos

pães, a fábrica é toda envidraçada e é muito interes-

sante ficar assistindo a habilidade dos padeiros.”

ROMA

“A Forno Campo di Fiori é como

uma volta no tempo. A padaria

enche de gente, é uma bagunça

bem italiana.”

BARCELONA

“A Barcelona Reykjavik é toda

decorada em estilo industrial e,

lá, eles usam somente farinha de

espelta, um tipo de trigo 'selva-

gem'. Uma das minhas preferi-

das!”

PARIS

“Poilâne é outra padaria muito tradicional, famosa pelo Miche, um

pão redondo de quase 2kg. As tartines servidas no restaurante são

maravilhosas e a padaria é toda decorada com lustres feitos de es-

culturas de pão.”

SAN FRANCISCO

“Tartine é a padaria dos hipsters/descolados da ci-

dade e todos os dias tem uma enorme fila na porta.

O atendimento não é dos mais simpáticos, mas os

produtos valem a pena. Os donos são padeiros/sur-

fistas. ”

Priscila Figuera, padeira de mão cheia, conta as referências que buscou ao redor do mundo na hora de montar sua própria padaria gourmet. Confira spots que servem pães muito além do francezinho básico!

fo to s D i v u l ga çã o

PÃO COM TUDO O QUE É COISA E DE TUDO O QUEÉ TIPO

Page 100: ConstruARCH #03

100

1STIDIBSwww.1stdibs.com

ANA PAULA FERREIRA ARqUITETURA DE INTERIORESRua Castro Alves, 1642 sala 03Cascavel-PR(45) 3035 - 4260www.anapaulaferreira.arq.br

BRASTONBR-277 km 611Santa Tereza do Oeste - PR0800-645-1934www.braston.com.br

BRETON ACTUALAv. Nações Unidas, 12 555São Paulo – SP(11) 5506-5248www.breton.com.br

CADENCE(54) 3290 2200www.cadence.com.br

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CARAMBOLA GIFTS(45) 3229-2478www.carambolagifts.com

CASA DE VALENTINA(11) 3854-6051www.casadevalentina.com.br

CASA MUNDORua Quintino Bocaiúva, 1054Ribeirão Preto – SP(16) 3610-9797www.casamundodecoracao.com.br

CENTURY 21 MM’S IMóVEISRua Santa Catarina, 621 Cascavel - PR(45) 3038-2821

CIDADELA ARqUITETURA E INTERIORESRua Salgado Filho, 2366Cascavel – PR(45) 3038-1701www.cidadelaarquitetura.com.br

CROqUI ARqUITETURA E INTERIORESRua Matogrosso, 1169 sala 02Cascavel – PR(45) 3039-4131

D’ANGELIS MEGASTORERua Pernambuco, 592Cascavel - PR (45) 3038-3535www.dangelismegastore.com.br

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EVVIVA BERTOLINIRua Minas Gerais, 2296Cascavel – PR(45) 3038-9001www.evviva.com.br

FORMA & CONFORTORua Visconde de Guarapuava, 2022Cascavel-PR(45) 3055-7900www.formaeconforto.com.br

IBACANA(11) 2626 – 0495www.ibacana.com.br

IMAGINARIUM(45) 3035-1885www.imaginarium.com.br

INUSUALRua Humaitá, 168 Bento Gonçalves - RS(54) 3055 4353www.inusual.com.br

LELENA DESIGNAv. Brasil, 4716 Cascavel - PR(45) 3037-6643

LOJA SALARua Bela Cintra, 1693São Paulo – SP(11) 3081-3184www.lojasala.com.br

ON DE E NCON T R AR

LUIZE hOME & OFFICERua Minas Gerais, 2604Cascavel – PR(45) 3038-5097www.luizehomeoffice.com.br

MADIPê MADEIRASAv. Tancredo Neves, 3701Cascavel – PR(45) 3226-0022www.madipe.com.br

MOBLY0800-940-0326www.mobly.com.br

PEPPERRua Leopoldo Couto Magalhães Jr, 753São Paulo – SP(11) 3168-3369www.pepper.com.br

PRISMA REVESTIMENTOSRua Minas Gerais, 2122Cascavel - PR(45) 3038-9697www.prismarevestimentos.com.br

SANTA MôNICAwww.smonica.com.br

SD ONLINE(11) 3848 – 4642www.sdonline.com.br

SUPER LIMÃO STUDIOSão Paulo - SP(11) 3518-8919 www.superlimao.com.br

STUDIO 12 02 DZGNRua Sergio Gerbelli, 101São Bernardo do Campo – SP(11) 4351-6274www.studio1202.com.br

TAPEÇARIA GRAhAM BELLRua Graham Bell, 200São Paulo – SP(11) 5687-9707www.tapecariagrahambell.com.br

TONETTO REVESTIMENTOSRua Erechim, 783Cascavel – PR(45) 3223-1664www.tonettorevestimentos.com.br

WE hOSTELRua Morgado de Mateus, 567São Paulo - SP(11) 2615-2262www.wehostel.com.br

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101

COL ABOR AD OR E S

Os experts que deram aquela força nesta edição

fo to s D i v u l ga çã o

eles botaramLENHA NA FOGUEIRA

C L A R I SSA D O N DA

A travel-writer Clarissa Don-

da conhece o quente e o frio do

mundo como a palma de sua mão.

Quando a temperatura baixa, ela

curte aquela coisa de aconchego,

de ver uma moda que é elegante

por natureza, do contato da lã com

a pele, de barulho de lareira esta-

lando, de sentir cheiro de chocola-

te quente no ar e gosto de fondue

e vinho. E, já que é a friaca quem dita a regra nessa

edição, ela tratou de montar uma rota para fugir do

lugar comum no quesito inverno para a seção Bu-

cket List.

E D U F R E I R E

O fotógrafo Eduardo Freire

saiu da academia com o ca-

nudo de publicitário. No cur-

rículo, acumula trabalhos

em agências de publicidade

em Guarapuava e Cascavel.

Só que o que o fisgou mesmo na vida foi a fotogra-

fia de casamento. Com o tempo, ele ainda descobriu

outras coisas bonitas para fotografar, como a arqui-

tetura. Quando o termômetro marca temperaturas

lá em baixo, uma sopa junto a um bom vinho são

seus aliados. Na revista, ele emprestou seu talento

para as fotos de um apartamento cheio de classe

em nossa seção Cenário.

R O D R I G O V I E I R A

O fotógrafo Rodrigo Vieira adora trabalhar no in-

verno. É nessa charmosa estação do ano que

ele encontra a elegância elevada ao máximo e

pessoas bem grudadinhas para se aquecer – e,

claro, registra tudo. Como brincadeira, a fotografia

entrou na vida dele há seis anos.

Hoje, já tem a carreira consolidada

como um dos principais profissio-

nais da região, tanto que a meni-

nada já abre um sorriso quando

o vê, todas loucas por um clique.

Por aqui, várias seções contaram

com seu olhar apurado e criativo.

E D UA R D O V E R O N E S E

O engenheiro civil Eduardo Veronese

adora conjugar os verbos empreender

e viajar. Se possível, os dois ao mesmo

tempo. Nos Estados Unidos, na Univer-

sidade do Colorado, foi buscar aprimora-

mento e voltou cheio de informações so-

bre o mercado imobiliário e a arquitetura,

áreas em que atua hoje. Nas temperaturas baixas, a casa

é seu melhor abrigo e, o cappuccino, um salvador. Atual-

mente, está envolvido na criação de uma plataforma onli-

ne para fomentar a participação de pessoas engajadas no

desenvolvimento das cidades. Na seção Bate-Papo, ele

discorre sobre sua aversão ao imutável.

Page 102: ConstruARCH #03

102

BAT E - PAP O

Pessoas singulares pedem imóveis únicos, mas o mercado ainda não está totalmente atento à tendência

PERSONALIZÁVEL. DINÂMICO. Flexível. Esses são conceitos que guiam o estilo de vida de toda uma nova ge-

ração, tornando cada vez maior a procura de produtos e servi-ços que rapidamente atendem as singularidades

de cada indivíduo. Seguindo essa tendência, por que não esperar que o espaço construído à nossa volta tam-

bém acompanhe as mudanças que ocorrem nas nossas vidas? Embora muita inovação esteja a caminho, é fácil

perceber que pouquíssimos imóveis verdadeiramente incorporam essas ideias no presente.

Ainda hoje, muitos empreendimentos imobiliários são pensados de forma estática, feitos para permanecerem

inalterados durante toda sua vida útil. O resultado disso é que muitas vezes trocamos de endereço porque não

conseguimos adaptar o imóvel às nossas novas necessidades. Felizmente, a difusão de tecnologias construti-

vas vem provocando mudanças no cenário brasileiro de lançamentos imobiliários. Como já vemos nos grandes

centros, a possibilidade de customizar radicalmente a habitação está se tornando um diferencial mais e mais

desejado.

Os filhos já têm suas próprias casas? Amplia-se a sala por meio da demolição das paredes em drywall dos

antigos quartos, sem precisar passar uma temporada no hotel. Vai instalar aquele sofisticado sistema de som

e imagem no quartinho abandonado? Há espaço de sobra para abrigar toda a fiação necessária no forro falso

ou no piso elevado. Enjoou de ter o apartamento separado em vários cômodos? Ambientes abertos podem

ser criados sem pilares de centro, por meio do uso de lajes de alto desempenho. Alguns empreendimentos vão

ainda mais longe, possibilitando que pontos hidráulicos sejam reposicionados e que janelas externas mudem

de forma e de lugar.

A princípio, lançar um imóvel personalizável implica no maior uso de um recurso muito valioso: criatividade! In-

corporadores devem estar preparados para coordenar arquitetos, engenheiros e fornecedores a fim de planejar

e executar um empreendimento flexível. Alguns custos adicionais podem ocorrer devido ao aumento do pé-di-

reito e ao uso de tecnologias inéditas, por exemplo. Entretanto, muitas vezes esses gastos complementares se

traduzem em maior produtividade e qualidade na execução da obra. Nesse novo panorama, ganham os profis-

sionais que souberem atender melhor as novas demandas de um público cada vez mais informado e exigente.

Eduardo Veronese Ransolin é empreendedor no mercado imobiliário e incansável contestador do "sempre foi feito assim".

Po r Ed u a rd o Ve ro n e s e Ra n s o l i n

qual ÉA VERSãODO SEU IMóVEL?

Page 103: ConstruARCH #03

103

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Page 104: ConstruARCH #03

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