COLUNA DA Ano 13 nº 707 Domingo, 22.04.2012 … · “Cabe à Geração Y pensar sobre que tipo de...

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CONFLITOS GERADOS PELA DIFERENÇA ENTRE PROFISSIONAIS DE GERAÇÕES DIFERENTES SEMPRE EXISTIRAM. ENFRENTÁ-LOS EXIGE TRANSPARÊNCIA E UMA GESTÃO DE RH EFICIENTE. MITOS SOBRE A GERAÇÃO Y COLUNA DA www.redegestao.com.br nº 707 Ano 13 Domingo, 22.04.2012 Eles são desinformados, egoístas, incapazes de demonstrar lealdade às empresas e avessos a noções de autoridade e limite? Ou são movidos por desafios, curiosos, questionadores, responsáveis e autocentrados? Para tentar desvendar o verdadeiro perfil desses profissionais e analisar o impacto que vêm causando nas empresas, a consultora Eline Nascimento, da ÁgilisRH, fez uma apresentação sobre a Geração Y, na reunião mensal da Rede Gestão, neste mês de abril. Para Eline, a entrada desses jovens no mercado de trabalho tem provocado alguns conflitos nas empresas, gerados, em muitos casos, pela diferença de estilos e pela pouca habilidade dos gestores em tratar algumas características dessa nova geração. “Alguns gerentes e supervisores estão animados com a entrada da Geração Y no mercado, pois percebem que é uma geração com grande potencial e muitas qualidades a oferecer ao ambiente de trabalho”, assinala Eline. “Mas o fato é que quase todos estão frustrados, preocupados e boquiabertos com a audácia de alguns de seus funcionários mais jovens”, constata. Esse “conflito” exige algumas reflexões sobre o papel de cada geração. No ambiente familiar, muitos dos atuais gestores são pais de jovens da Geração Y, que apostaram em uma educação mais liberal e tiveram dificuldades em colocar limites nos filhos e em exercer de forma plena a figura da autoridade. Agora, veem-se diante do desafio de lidar com a chegada da Geração Y nas empresas. Jovens que, formados nesse ambiente familiar mais “democrático”, acham natural questionar regras, querem ver seus desejos atendidos e acreditam que a empresa tem a obrigação de prover tudo o que precisam. Além da dificuldade dos pais/gestores em impor limites, o atual momento de aquecimento do mercado de trabalho é outro fator que contribui para dar a impressão de que a Y é mais inquieta, impaciente e menos comprometida do que as gerações anteriores. Como a grande maioria das empresas tem encontrado dificuldades em contratar profissionais qualificados para preencher seus quadros, os jovens profissionais passaram, então, a ser disputados pelo mercado. E não hesitam em buscar uma nova colocação se não estiverem satisfeitos com o atual empregador. “É importante refletir se não estamos ‘mistificando’ a chamada Geração Y, atribuindo-lhe características que, na verdade, são comuns aos jovens de qualquer geração --- como a impaciência, por exemplo”, ressalta Eline. Segundo ela, jovens profissionais sempre precisaram de orientação para entender que não se colhem resultados imediatos no trabalho. “É preciso que os gestores deixem claro que o relacionamento profissional exige a definição de compromissos e responsabilidades de ambos os lados, não apenas do empregador.” Atrair e reter a Geração Y é hoje um grande desafio para as empresas. Para isso, segundo Eline, é importante desenvolver e oferecer aspectos como: (1) práticas de remuneração compatíveis com o mercado; (2) negociação de horário de trabalho, quando possível; (3) oportunidades de desenvolvimento; (4) clareza das responsabilidades e dos resultados esperados; (5) reconhecimento pelos resultados; (6) oportunidade para os profissionais expressarem suas ideias; (7) acesso a quem toma decisões; e (8) possibilidade de balancear vida profissional e interesses pessoais. A “nova” roupagem do antigo “conflito de gerações” exige cuidado e esforço de ambos os lados. “Cabe à Geração Y pensar sobre que tipo de comportamento leva ao reconhecimento, entendendo que ele é resultado do trabalho. E cabe aos gestores mostrar aos jovens profissionais as perspectivas de futuro e desafios, como também os limites da organização”, destaca a consultora. Criação Publicitária Revisão “Vem aí a Geração Z. Na verdade, a Geração Ctrl-Z, que virá para desfazer tudo que as outras já fizeram.” Luli Radfahrer, professor da ECA-USP, Ph.D. em comunicação digital. Eline Nascimento, sócia da ÁgilisRH, empresa integrante da Rede Gestão. ([email protected]) Escutando os Mais Experientes A nova geração já nasceu com a mão no mouse, adquirindo conhecimento através do acesso fácil às informações na internet. Porém, essa comodidade muitas vezes leva o jovem a ignorar uma importante fonte de ensino: a voz da experiência. A capacitação através de cursos é essencial para a vida profissional de qualquer pessoa, mas também é importante saber ouvir os mais experientes. Seguir a orientação e conhecer os erros e acertos de quem já exerce a profissão há algum tempo pode trazer benefícios no âmbito profissional e no pessoal. É preciso valorizar o aprendizado tanto através da formação acadêmica quanto da relação interpessoal com os mais experientes. Afinal, quem melhor entende da profissão é quem já enfrentou os desafios que ela oferece. O Profissional em Foco Agenda Baby Boomers Aposentados Apesar da crença popular de que os baby boomers continuariam trabalhando mesmo depois dos 65 anos, a tradicional idade de aposentadoria, aqueles nascidos a partir da segunda metade da década de 1940 estão se aposentando em massa. De acordo com um estudo da companhia de seguros MetLife, 59% dos primeiros baby boomers completando 65 anos já estão, pelo menos parcialmente, aposentados — 45% estão totalmente aposentados, e 14% estão aposentados, mas ainda trabalham meio período. Dos que ainda trabalham, 37% dizem que vão se aposentar no próximo ano e, em média, planejam fazê-lo quando estiverem com 68 anos. Metade (51%) dos que estão aposentados disseram que se aposentaram mais cedo do que esperavam. Dos que se aposentaram mais cedo, quatro em dez dizem que o fizeram por questões de saúde. A maioria (85%) dos entrevistados se considera saudável, e quase todos os aposentados (96%) dizem que gostam um pouco da aposentadoria. Sete em dez dizem que gostam muito da aposentadoria. Na Ponta da Língua Fonte: Administradores.com Workshop Planejamento Estratégico Estão abertas as inscrições para o workshop Planejamento Estratégico – Uma abordagem prática para aplicação imediata, que será promovido pelo Instituto da Gestão (INTG) no dia 23 de maio. Com oito horas de duração, o workshop é destinado a empresários, executivos, gestores e gerentes que tenham sob sua responsabilidade a tomada de decisões estratégicas sobre o dia a dia e os caminhos futuros da empresa. Com estudo de casos, simulação de processos de planejamento e um roteiro para aplicação na empresa, o workshop pretende capacitar os participantes não apenas para a formulação do planejamento estratégico, mas também para sua aplicação, mobilização da equipe para “fazer acontecer” a estratégia e o monitoramento dos resultados. A coordenação é dos consultores Francisco Cunha, Fábio Menezes e Tiago Siqueira, sócios da TGI e do INTG. Mais informações pelo telefone (81) 3134.1745. Fonte: Minuto Ágilis (www.agilis.com.br)

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CONFLITOS GERADOS PELA DIFERENÇA ENTRE PROFISSIONAIS DE GERAÇÕES DIFERENTES SEMPRE EXISTIRAM. ENFRENTÁ-LOS EXIGE TRANSPARÊNCIA E UMA GESTÃO DE RH EFICIENTE.

MITOS SOBRE A GERAÇÃO Y

COLUNA DA

www.redegestao.com.brnº 707Ano 13 Domingo, 22.04.2012

Eles são desinformados, egoístas, incapazes de demonstrar lealdade às empresas e avessos a noções de autoridade e limite? Ou são movidos por desafios, curiosos, questionadores, responsáveis e autocentrados? Para tentar desvendar o verdadeiro perfil desses profissionais e analisar o impacto que vêm causando nas empresas, a consultora Eline Nascimento, da ÁgilisRH, fez uma apresentação sobre a Geração Y, na reunião mensal da Rede Gestão, neste mês de abril. Para Eline, a entrada desses jovens no mercado de trabalho tem provocado alguns conflitos nas empresas, gerados, em muitos casos, pela diferença de estilos e pela pouca habilidade dos gestores em tratar algumas características dessa nova geração. “Alguns gerentes e supervisores estão animados com a entrada da Geração Y no mercado, pois percebem que é uma geração com grande potencial e muitas qualidades a oferecer ao ambiente de trabalho”, assinala Eline. “Mas o fato é que quase todos estão frustrados, preocupados e boquiabertos com a audácia de alguns de seus funcionários mais jovens”, constata. Esse “conflito” exige algumas reflexões sobre o papel de cada geração. No ambiente familiar, muitos dos atuais gestores são pais de jovens

da Geração Y, que apostaram em uma educação mais liberal e tiveram dificuldades em colocar limites nos filhos e em exercer de forma plena a figura da autoridade. Agora, veem-se diante do desafio de lidar com a chegada da Geração Y nas empresas. Jovens que, formados nesse ambiente familiar mais “democrático”, acham natural questionar regras, querem ver seus desejos atendidos e acreditam que a empresa tem a obrigação de prover tudo o que precisam. Além da dificuldade dos pais/gestores em impor limites, o atual momento de aquecimento do mercado de trabalho é outro fator que contribui para dar a impressão de que a Y é mais inquieta, impaciente e menos comprometida do que as gerações anteriores. Como a grande maioria das empresas tem encontrado dificuldades em contratar profissionais qualificados para preencher seus quadros, os jovens profissionais passaram, então, a ser disputados pelo mercado. E não hesitam em buscar uma nova colocação se não estiverem satisfeitos com o atual empregador. “É importante refletir se não estamos ‘mistificando’ a chamada Geração Y, atribuindo-lhe características que, na verdade, são comuns aos jovens de qualquer geração --- como a impaciência, por exemplo”, ressalta Eline. Segundo ela, jovens profissionais sempre

precisaram de orientação para entender que não se colhem resultados imediatos no trabalho. “É preciso que os gestores deixem claro que o relacionamento profissional exige a definição de compromissos e responsabilidades de ambos os lados, não apenas do empregador.” Atrair e reter a Geração Y é hoje um grande desafio para as empresas. Para isso, segundo Eline, é importante desenvolver e oferecer aspectos como: (1) práticas de remuneração compatíveis com o mercado; (2) negociação de horário de trabalho, quando possível; (3) oportunidades de desenvolvimento; (4) clareza das responsabilidades e dos resultados esperados; (5) reconhecimento pelos resultados; (6) oportunidade para os profissionais expressarem suas ideias; (7) acesso a quem toma decisões; e (8) possibilidade de balancear vida profissional e interesses pessoais. A “nova” roupagem do antigo “conflito de gerações” exige cuidado e esforço de ambos os lados. “Cabe à Geração Y pensar sobre que tipo de comportamento leva ao reconhecimento, entendendo que ele é resultado do trabalho. E cabe aos gestores mostrar aos jovens profissionais as perspectivas de futuro e desafios, como também os limites da organização”, destaca a consultora.

CriaçãoPublicitária Revisão

“Vem aí a Geração Z. Na verdade, a Geração Ctrl-Z,

que virá para desfazer tudo que as outras já fizeram.”

Luli Radfahrer, professor da ECA-USP,

Ph.D. em comunicação digital.

Eline Nascimento,sócia da ÁgilisRH,

empresa integrante

da Rede Gestão.([email protected])

Escutando os Mais ExperientesA nova geração já nasceu com a mão no mouse, adquirindo conhecimento através do acesso fácil às informações na internet. Porém, essa comodidade muitas vezes leva o jovem a ignorar uma importante fonte de ensino: a voz da experiência. A capacitação através de cursos é essencial para a vida profissional de qualquer pessoa, mas também é importante saber ouvir os mais experientes. Seguir a orientação e conhecer os erros e acertos de quem já exerce a profissão há algum tempo pode trazer benefícios no âmbito profissional e no pessoal. É preciso valorizar o aprendizado tanto através da formação acadêmica quanto da relação interpessoal com os mais experientes. Afinal, quem melhor entende da profissão é quem já enfrentou os desafios que ela oferece.

O Profissional em Foco

Agenda

Baby Boomers AposentadosApesar da crença popular de que os baby boomers continuariam trabalhando mesmo depois dos 65 anos, a tradicional idade de aposentadoria, aqueles nascidos a partir da segunda metade da década de 1940 estão se aposentando em massa. De acordo com um estudo da companhia de seguros MetLife, 59% dos primeiros baby boomers completando 65 anos já estão, pelo menos parcialmente, aposentados — 45% estão totalmente aposentados, e 14% estão aposentados, mas ainda trabalham meio período. Dos que ainda trabalham, 37% dizem que vão se aposentar no próximo ano e, em média, planejam fazê-lo quando estiverem com 68 anos. Metade (51%) dos que estão aposentados disseram que se aposentaram mais cedo do que esperavam. Dos que se aposentaram mais cedo, quatro em dez dizem que o fizeram por questões de saúde. A maioria (85%) dos entrevistados se considera saudável, e quase todos os aposentados (96%) dizem que gostam um pouco da aposentadoria. Sete em dez dizem que gostam muito da aposentadoria.

Na Ponta da Língua

Fonte: Administradores.com

Workshop Planejamento Estratégico

Estão abertas as inscrições para o workshop Planejamento Estratégico – Uma abordagem prática para aplicação imediata, que será promovido pelo Instituto da Gestão (INTG) no dia 23 de maio. Com oito horas de duração, o workshop é destinado a empresários, executivos, gestores e gerentes que tenham sob sua responsabilidade a tomada de decisões estratégicas sobre o dia a dia e os caminhos futuros da empresa. Com estudo de casos, simulação de processos de planejamento e um roteiro para aplicação na empresa, o workshop pretende capacitar os participantes não apenas para a formulação do planejamento estratégico, mas também para sua aplicação, mobilização da equipe para “fazer acontecer” a estratégia e o monitoramento dos resultados. A coordenação é dos consultores Francisco Cunha, Fábio Menezes e Tiago Siqueira, sócios da TGI e do INTG. Mais informações pelo telefone (81) 3134.1745.

Fonte: Minuto Ágilis(www.agilis.com.br)