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Colégio Providência Avaliação por Área Linguagem, códigos e suas tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Redação e Inglês 1ª ETAPA Data: 04/05/2015 1ª SÉRIE ENSINO MÉDIO GABARITO A A B C D 1 XXXX xxxxx xxxxx xxxxx 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 GABARITO B A B C D 1 xxxxx xxxxx xxxxx xxxxx 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28

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Colégio Providência – Avaliação por Área

Linguagem, códigos e suas tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Redação e Inglês

1ª ETAPA – Data: 04/05/2015

1ª SÉRIE – ENSINO MÉDIO

GABARITO A

A B C D 1 XXXX xxxxx xxxxx xxxxx

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GABARITO B

A B C D 1 xxxxx xxxxx xxxxx xxxxx

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LINGUAGEM, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS: LÍNGUA PORTUGUESA, LITERATURA, REDAÇÃO E INGLÊS. 1ª Série - Ensino Médio - 1ª ETAPA - PROVA A - 04/05/2015

1

LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 1 Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª.

I. “O líder rebelde, que se havia exilado e que voltara clandestinamente, foi quem encabeçou a

rebelião do cochicho...”

II. “... um líder operário (...) conseguiu chegar ao poder para a euforia da maior parte da população,

convencida de que, enfim, estando à frente do governo um homem nascido do povo, seus problemas

seriam resolvidos.”

III. “Logo apareceram políticos que se voltaram para essas áreas pobres e nela desenvolveram uma

pregação oportunista...”

IV. ”Esse aumento inesperado da população alterou a estrutura urbana de Niã, uma vez que, como

cogumelos, se multiplicavam os casebres de zinco e papelão...”

V. “Parece que, no entanto, a verdade histórica é outra...”

( ) O tempo verbal indica um fato passado já concluído.

( ) O tempo verbal indica algo que se repetia frequentemente.

( ) O tempo verbal denota um fato hipotético.

( ) O tempo verbal expressa a ideia de algo que ocorreu em um passado anterior ao momento narrado.

A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

a) IV, III, V, II. b) II, III, V, IV. c) III, V, I, II. d) III, IV, II, I.

Turma:

S É R I E I E

Linguagem, Códigos e suas Tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Redação e Inglês

Data: 04 / 05 / 2015

NOTA:

Valor: 7,0 Média:4,9

Colégio Providência – Avaliação por Área – Prova A

Professores: Lêda e Lilian

Etapa: 1ª

Aluno(a): no:

Justificativa:

LINGUAGEM, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS: LÍNGUA PORTUGUESA, LITERATURA, REDAÇÃO E INGLÊS. 1ª Série - Ensino Médio - 1ª ETAPA - PROVA A - 04/05/2015

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QUESTÃO 2 Do texto, abaixo, é possível concluir que o termo “chatear” foi usado:

a) De maneira ambígua, sem nenhuma pista que possa ajudar na busca dos sentidos do termo.

b) De forma figurada, exemplificando unicamente a polissemia da linguagem.

c) Com o sentido literal do termo, ocasionando uma redundância.

d) Com mais de um sentido, cuja alteração se faz perceber pelos recursos linguísticos e visuais que

servem de pistas para o entendimento do texto.

QUESTÃO 3 Se escapar do 1bombardeio ........ está sendo submetido, um achado divulgado anteontem por

pesquisadores do Reino Unido poderá mudar a história da ocupação humana da América. Segundo

eles, pegadas de pessoas descobertas no centro do México teriam 40 mil anos - embora os registros

mais antigos de presença humana no continente não ultrapassem ........ 13 mil anos.

A equipe, liderada pela geoarqueóloga mexicana Silvia González, achou os rastros na beira de

um antigo lago assolado por chuvas de cinza vulcânica. Imagina-se que, depois de um desses

episódios, um grupo de pessoas (entre as quais crianças, a julgar pelas dimensões das pegadas) teria

caminhado sobre a cinza, deixando sua 2marca.

Usando uma série de métodos diferentes, o grupo britânico datou fósseis de animais no mesmo

nível da pegada, assim como sedimentos em volta da própria, chegando à data de por volta de 40 mil

anos antes do presente. Hoje, o sítio arqueológico das Américas mais antigo cujas datas são aceitas

pelos cientistas é Monte Verde, no extremo sul do Chile, com seus 12, 5 mil anos. Poucos

pesquisadores põem em dúvida a ideia de que os primeiros americanos cruzaram o estreito de Bering,

vindos do extremo nordeste da Ásia, para chegar ao Novo Mundo.

"Novas rotas de migração ........ expliquem a existência desses sítios mais antigos precisam ser

consideradas. Nossos achados reforçam a teoria ........ 3esses primeiros colonos tenham vindo pela

água, usando a rota da costa do Pacífico", disse González em comunicado.

"Nunca se deve dar a conhecer um achado tão importante numa entrevista coletiva", critica o

antropólogo argentino Rolando González-José, do Centro Nacional Patagônico. O pesquisador já

chegou a estudar os antigos mexicanos junto com a arqueóloga, mas teve "divergências inconciliáveis"

com ela. "Uma data de 40 mil anos não necessariamente leva a modelos alternativos do povoamento,

muito menos recorrendo a rotas transpacíficas", diz.

Adaptado de: LOPES, Reinaldo José. Folha de S. Paulo, 6 jul. 2005, p. A 16.

Justificativa:

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Considere as seguintes afirmações sobre referentes de segmentos do texto.

I. O substantivo bombardeio (ref.1) refere-se às frequentes chuvas de cinza vulcânica que atingem o

achado.

II. O substantivo marca (ref. 2) refere-se essencialmente a pegadas de crianças.

III. A expressão "esses primeiros colonos" (ref. 3) refere-se aos migrantes que deixaram suas

pegadas no centro do México.

Quais estão CORRETAS?

a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. QUESTÃO 4

A CIÊNCIA DO PALAVRÃO

Por que diabos m... é palavrão? Aliás, por que a palavra diabos, indizível décadas atrás, deixou

de ser um? Outra: você já deve ter tropeçado numa pedra e, para revidar, xingou-a de algo como filha

da ..., mesmo sabendo que a dita nem mãe tem.

Pois é: há mais mistérios no universo dos palavrões do que o senso comum imagina. Mas a

ciência ajuda a desvendá-los. Pesquisas recentes mostram que as palavras sujas nascem em um

mundo à parte dentro do cérebro. Enquanto a linguagem comum e o pensamento consciente ficam a

cargo da parte mais sofisticada da massa cinzenta, o neocórtex, os palavrões moram nos porões da

cabeça. Mais exatamente no sistema límbico. Nossa parte animal fica lá.

E sai de vez em quando, na forma de palavrões. A medicina ajuda a entender isso. Veja o caso

da síndrome de Tourette. Essa doença acomete pessoas que sofreram danos no gânglio basal, a parte

do cérebro cuja função é manter o sistema límbico comportado. E os palavrões saem como se fossem

tiques nervosos na forma de palavras.

Mas você não precisa ter lesão nenhuma para se descontrolar de vez em quando, claro.

Justamente por não pensar, quando essa parte animal do cérebro fala, ela consegue traduzir certas

emoções com uma intensidade inigualável.

Os palavrões, por esse ponto de vista, são poesia no sentido mais profundo da palavra. Duvida?

Então pense em uma palavra forte. Paixão, por exemplo. Ela tem substância, sim, mas está longe de

transmitir toda a carga emocional da paixão propriamente dita. Mas com um grande e gordo p.q.p. a

história é outra. Ele vai direto ao ponto, transmite a emoção do sistema límbico de quem fala

diretamente para o de quem ouve. Por isso mesmo, alguns pesquisadores consideram o palavrão até

mais sofisticado que a linguagem comum.

(www.super.abril.com.br/revista/. Adaptado.)

No texto, o substantivo "palavrão", ainda que se mostre flexionado em grau, não reporta a ideia de

tamanho. Tal emprego também se verifica em:

a) Durante a pesquisa, foi colocada uma "gotícula" do ácido para se definir a reação. b) Na casa dos sete anões, Branca de Neve encontrou sete minúsculas "caminhas". c) Para cortar gastos, resolveu confeccionar "livrinhos" que cabem nos bolsos. d) Não estava satisfeita com aquele "empreguinho" sem graça e sem perspectivas.

Justificativa:

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QUESTÃO 5 Analise os textos abaixo: Texto 1

Texto 2

Assinale a alternativa CORRETA: a) No texto 02, se o fabricante de margarina, para se referir a peso, usasse a língua na sua norma

culta, deveria escrever no rótulo: “quinhentos gramas”. b) No texto 01, na expressão “amigos cachorros”, a palavra “amigos” exerce a função de adjetivo. c) Em “Se você tem se decepcionado...”, o primeiro “Se” e o segundo “se” são conjunções

subordinativas condicionais. d) Em “com tantas gramas”, a palavra “gramas” é um numeral. QUESTÃO 6 Leia o fragmento a seguir. [...] a capoeira, a guardiã do jogo, da brincadeira, do faz de conta que 1luta, mas joga com o outro, que simula um 2golpe e tira o outro para dançar e que tem uma vinculação étnica e racial com o percurso e o lugar da negritude em nosso país, acabou, em algumas escolas, ensinada sob o 3controle da 4esportivização, com regras e pontuações.

Fonte: Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Volume 1, 2008, p.231.

O substantivo que, formado com o auxílio de um sufixo, conota no fragmento um processo desvantajoso à prática da capoeira na escola é a) esportivização (ref. 4). b) luta (ref. 1). c) golpe (ref. 2). d) controle (ref. 3).

Justificativa:

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QUESTÃO 7 O texto a seguir foi retirado da obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas. Esse romance completou, em

agosto de 2008, 70 anos de sua primeira publicação. É narrado em 3a pessoa (ao contrário das obras

anteriores de Graciliano) e pertence a um gênero intermediário entre romance e livro de contos.

1Fabiano, uma coisa da fazenda, um triste, seria despedido quando menos esperasse. Ao ser

contratado, recebera o cavalo de fábrica, peneiras, gibão, guarda-peito e sapatões de couro, mas ao

sair largaria tudo ao vaqueiro que o substituísse.

Sinhá Vitória desejava possuir uma cama igual à de seu Tomás da bolandeira. Doidice.

2Não dizia nada para não contrariá-la, mas sabia que era doidice. Cambembes podiam ter luxo?

E estavam ali de passagem.

Qualquer dia o patrão os botaria fora, e eles ganhariam o mundo, sem rumo, nem teria meio de

conduzir os cacarecos. Viviam de trouxa amarrada, dormiriam bem debaixo de um pau.

Olhou a caatinga amarela, 3que o poente avermelhava. Se a seca chegasse, 4não ficaria planta

verde. Arrepiou-se. Chegaria, naturalmente. Sempre tinha sido assim, desde que ele se entendera.

E antes de se entender, antes de nascer, sucedera o mesmo - anos bons, misturados com anos

ruins. A desgraça estava em caminho, talvez andasse perto. Nem valia a pena trabalhar. Ele marchando

para casa, trepando a ladeira, espalhando seixos com as alpercatas - ela se avizinhando a galope, com

vontade de matá-lo.

(Vidas Secas - Graciliano Ramos)

Muitas vezes, uma palavra tem sua classe gramatical usual deslocada para se atribuir mais

expressividade ao ato de comunicação. É o que acontece no seguinte fragmento retirado do texto de

Graciliano Ramos:

a) "Fabiano, uma coisa da fazenda, um triste, seria despedido quando menos esperasse." (Ref. 1)

b) "Não dizia nada para não contrariá-la..." (Ref. 2)

c) "... que o poente avermelhava." (Ref. 3)

d) "... não ficaria planta verde." (Ref. 4)

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LITERATURA

QUESTÃO 8 A alma das cousas somos nós... Dentro do eterno giro universal Das cousas, tudo vai e volta à alma da gente, Mas, se nesse vaivém tudo parece igual Nada mais, na verdade, Nunca mais se repete exatamente... Sim, as cousas são sempre as mesmas na corrente Que no-las leva e traz, num círculo fatal; O que varia é o espírito que as sente Que é imperceptivelmente desigual, Que sempre as vive diferentemente, E, assim, a vida é sempre inédita, afinal... Estado de alma em fuga pelas horas, Tons esquivos e trêmulos, nuanças Suscetíveis, sutis, que fogem no Íris Da sensibilidade furta-cor... E a nossa alma é a expressão fugitiva das cousas E a vida somos nós, que sempre somos outros!... Homem inquieto e vão que não repousas! Para e escuta: Se as cousas têm espírito, nós somos Esse espírito efêmero das cousas, Volúvel e diverso, Variando, instante a instante, intimamente, E eternamente, Dentro da indiferença do Universo!...

(Luz mediterrânea, 1965.)

Embora pareça constituído de versos livres modernistas, o poema em questão ainda segue a versificação medida, combinando versos de diferentes extensões, com predomínio dos de doze e dez sílabas métricas. Assinale a alternativa que indica, na primeira estrofe, pela ordem em que surgem, os versos de dez sílabas métricas, denominados decassílabos. a) 1 e 5. b) 3 e 4. c) 1, 2 e 3. d) 2 e 3. QUESTÃO 9

A literatura nos ajuda a construir nossa identidade Ainda que nasça e morra só, o indivíduo tem a sua existência marcada pela coletividade de que faz parte e que funciona segundo “leis” e “regras” preestabelecidas. Um dos primeiros desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas de modo a permitir que sua jornada individual tenha identidade própria. Nos textos literários, de certo modo, entramos em contato com a nossa história, o que nos dá a chance de compreender melhor nosso tempo, nossa trajetória. O interessante, porém, é que essa “história” coletiva é recriada por meio das histórias individuais, das inúmeras personagens presentes

Justificativa:

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nos textos que lemos, ou pelos poemas que nos tocam de alguma maneira. Como leitores, interagimos com o que lemos. Somos tocados pelas experiências de leituras que, muitas vezes, evocam nossas vivências pessoais e nos ajudam a refletir sobre nossa identidade e também a construí-la. Como toda manifestação artística, a literatura acompanha a trajetória humana e, por meio de palavras, constrói mundos familiares – em que pessoas semelhantes a nós vivem problemas idênticos – e mundos fantásticos, povoados por seres imaginários, cuja existência é garantida somente por meio das palavras que lhes dão vida. Também exprime, pela criação poética, reflexões e emoções que parecem ser tão nossas quanto de quem as registrou. Por meio da convivência com poemas e histórias que traçam tantos e diversos destinos, a literatura acaba por nos oferecer possibilidades de resposta a indagações comuns a todos os seres humanos. Além disso, em diferentes momentos da história humana, a literatura teve um papel fundamental: o de denunciar a realidade, sobretudo quando setores da sociedade tentam ocultá-la. Foi o que ocorreu, por exemplo, durante o período do regime militar no Brasil. Naquele momento, inúmeros escritores arriscaram a própria vida para denunciar, em suas obras, a violência que tornava a existência uma aventura arriscada. A leitura dessas obras, mesmo que vivamos em uma sociedade democrática e livre, nos ensina a valorizar nossos direitos individuais, nos ajuda a desenvolver uma melhor consciência política e social. Em resumo, a literatura permite também que olhemos para a nossa história e, conhecendo algumas de suas passagens, busquemos construir um futuro melhor.

(Maria Luiza M. Abaurre; Marcela Pontara. Literatura Brasileira – tempos leitores e leituras. Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2005, pp., 10-11. Adaptado).

Pelo entendimento do texto, podemos perceber que a intenção pretendida pelas autoras foi destacar: a) a importância das leis coletivas para a vida dos indivíduos. b) a tendência humana para fazer constantes indagações. c) as reflexões e emoções suscitadas pela criação poética. d) as múltiplas funções desempenhadas pela literatura. QUESTÃO 10 Metáfora Gilberto Gil Uma lata existe para conter algo, Mas quando o poeta diz: “Lata” Pode estar querendo dizer o incontível Uma meta existe para ser um alvo, Mas quando o poeta diz: “Meta” Pode estar querendo dizer o inatingível Por isso não se meta a exigir do poeta Que determine o conteúdo em sua lata Na lata do poeta tudo nada cabe, Pois ao poeta cabe fazer Com que na lata venha caber O incabível Deixe a meta do poeta não discuta, Deixe a sua meta fora da disputa Meta dentro e fora, lata absoluta Deixe-a simplesmente metáfora.

Disponível em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em: 5 fev. 2009.

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A metáfora é a figura de linguagem identificada pela comparação subjetiva, pela semelhança ou analogia entre elementos. O texto de Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa conhecida figura. O trecho em que se identifica a metáfora é: a) “Uma lata existe para conter algo”. b) “Mas quando o poeta diz: ’Lata’”. c) “Uma meta existe para ser um alvo”. d) “Que determine o conteúdo em sua lata”. QUESTÃO 11 Texto I O meu nome é Severino, não tenho outro de pia. Como há muitos Severinos, que é santo de romaria, deram então de me chamar Severino de Maria; como há muitos Severinos com mães chamadas Maria, fiquei sendo o da Maria, do finado Zacarias, mas isso ainda diz pouco: há muitos na freguesia, por causa de um coronel que se chamou Zacarias e que foi o mais antigo senhor desta sesmaria. Como então dizer quem fala ora a Vossas Senhorias?

MELO NETO, J. C. Obras completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994 (fragmento)

Texto II João Cabral, que já emprestara sua voz ao rio, transfere-a, aqui, ao retirante Severino, que, como o Capibaribe, também segue no caminho do Recife. A autoapresentação do personagem, na fala inicial do texto, nos mostra um Severino que, quanto mais se define, menos se individualiza, pois seus traços biográficos são sempre partilhados por outros homens.

SECCHIN, A. C. João Cabral: a poesia do menos. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999 (fragmento).

Com base no trecho de Morte e Vida Severina (Texto I) e na análise crítica (Texto II), observa-se que a relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para um problema social expresso literariamente pela pergunta “Como então dizer quem fala/ ora a Vossas Senhorias?”. A resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da: a) descrição minuciosa dos traços biográficos personagem-narrador. b) construção da figura do retirante nordestino como um homem resignado com a sua situação. c) representação, na figura do personagem-narrador, de outros Severinos que compartilham sua

condição. d) apresentação do personagem-narrador como uma projeção do próprio poeta em sua crise

existencial.

Justificativa:

Justificativa:

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QUESTÃO 12

O que havia de tão revolucionário na Revolução Francesa? Soberania popular, liberdade civil,

igualdade perante a lei – as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de

imaginar seu caráter explosivo em 1789. Para os franceses do Antigo Regime, os homens eram

desiguais, e a desigualdade era uma boa coisa, adequada à ordem hierárquica que fora posta na

natureza pela própria obra de Deus. A liberdade significava privilégio – isto é, literalmente, “lei privada”,

uma prerrogativa especial para fazer algo negado a outras pessoas. O rei, como fonte de toda a lei,

distribuía privilégios, pois havia sido 1ungido como o agente de Deus na terra.

Durante todo o século XVIII, os filósofos do Iluminismo questionaram esses pressupostos, e os

panfletistas profissionais conseguiram empanar 2a aura sagrada da coroa. Contudo, a desmontagem do

quadro mental do Antigo Regime demandou violência iconoclasta, destruidora do mundo,

revolucionária.

Seria ótimo se pudéssemos associar a Revolução exclusivamente à Declaração dos Direitos do

Homem e do Cidadão, mas ela nasceu na violência e imprimiu seus princípios em um mundo violento.

Os conquistadores da Bastilha não se limitaram a destruir 3um símbolo do despotismo real. Entre eles,

150 foram mortos ou feridos no assalto à prisão e, quando os sobreviventes apanharam o diretor,

cortaram sua cabeça e desfilaram-na por Paris 4na ponta de uma lança.

Como podemos captar esses momentos de loucura, quando tudo parecia possível e o mundo se

afigurava como uma tábula rasa, apagada por uma onda de comoção popular e pronta para ser

redesenhada? Parece incrível que um povo inteiro fosse capaz de se levantar e transformar as

condições da vida cotidiana. Duzentos anos de experiências com admiráveis mundos novos tornaram-

nos céticos quanto ao planejamento social. Retrospectivamente, a Revolução pode parecer um prelúdio

ao totalitarismo.

Pode ser. Mas um excesso de visão histórica retrospectiva pode distorcer o panorama de 1789.

Os revolucionários franceses não eram nossos contemporâneos. E eram um conjunto de pessoas não

excepcionais em circunstâncias excepcionais. Quando as coisas se desintegraram, eles reagiram a uma

necessidade imperiosa de dar-lhes sentido, ordenando a sociedade segundo novos princípios. Esses

princípios ainda permanecem como uma denúncia da tirania e da injustiça. Afinal, em que estava

empenhada a Revolução Francesa? Liberdade, igualdade, fraternidade.

Adaptado de: DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. In: ____. O beijo de Lamourette: mídia, cultura e revolução.

São Paulo: Cia. das Letras, 2010. p. 30-39.

Considere a seguinte definição de metonímia.

A metonímia é figura de linguagem em que se emprega uma palavra que tem uma relação de

contiguidade com o referente expresso; por exemplo, pode-se expressar o sentido do todo pelo uso de

uma palavra que refere uma parte.

Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada é um emprego de metonímia no respectivo trecho do

texto.

a) ungido como o agente de Deus (ref. 1).

b) a aura sagrada da coroa (ref. 2).

c) um símbolo do despotismo real (ref. 3).

d) na ponta de uma lança (ref. 4).

Justificativa:

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QUESTÃO 13

SONETO DE SEPARAÇÃO

De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente.

Oceano Atlântico, a bordo do Highland Patriot, a caminho da Inglaterra, setembro de 1938.

Sobre os recursos de linguagem empregados na construção do poema, afirma-se:

I. As semelhanças sonoras entre palavras como “espalmadas” e “espanto”, “branco” e “bruma”

exemplificam o uso de aliterações no texto.

II. A repetição, ao longo do poema, da expressão “de repente”, acentua a ideia do espanto trazido

pela separação.

III. O uso de algumas antíteses no texto demonstra o contraste entre os momentos antes e depois da

separação.

IV. No primeiro verso da segunda estrofe, a palavra “vento” metaforiza a tranquilidade anterior à

separação.

Estão CORRETAS apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I e IV.

c) III e IV.

d) I, II e III.

Justificativa:

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QUESTÃO 14 O texto literário caracteriza-se por uma multiplicidade de sentidos, originada do trabalho artístico realizado com a linguagem. Entre os recursos que a literatura utiliza, na produção dos textos, estão as figuras de linguagem. Leia os fragmentos de poemas, apresentados na COLUNA A, e relacione-os às figuras de linguagem neles predominantes, elencadas na COLUNA B.

COLUNA A COLUNA B 1 Eu deixo a vida como deixa o tédio/Do deserto, [...]

(Álvares de Azevedo) ( ) Antítese

2 Mundo, mundo, vasto mundo/Se eu me chamasse Raimundo. (Carlos Drummond de Andrade)

( ) Aliteração

3 Queria subir ao céu/Queria descer ao mar. (Alphonsus de Guimaraens)

( ) Comparação

4 Só cabe no poema/o homem sem estômago/a mulher de nuvens/a fruta sem preço. (Ferreira Gullar)

( ) Metáfora

Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE os parênteses, de cima para baixo. a) 3, 4, 2, 1 b) 1, 2, 3, 4 c) 3, 2, 1, 4 d) 2, 3, 4, 1

REDAÇÃO

QUESTÃO 15

Justificativa:

A expressividade da charge decorre da(o): a) sua capacidade de provocar a reflexão do leitor.

b) riqueza de detalhes apresentados com a técnica

do pontilhado.

c) concretização do tema por meio da relação

entre diferentes planos de linguagem.

d) humor gerado pelo fato de uma criança refletir

sobre questões profundas.

Justificativa:

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QUESTÃO 16 O pobre é pop. A periferia é o centro do mundo. E a música popular brasileira nunca mereceu

tanto ser chamada assim — embora esteja cada vez mais distante 1de um certo totem conhecido como MPB.

A expansão da classe média tem impacto evidente sobre os padrões de consumo no Brasil, inclusive cultural. Mas o protagonismo das classes C, D e E nos novos fluxos de produção e circulação de música não é efeito colateral de um aumento da renda familiar, simplesmente.

A periferia (cultural, social ou econômica) do Brasil cansou 2de esperar o seu lugar ao sol. E tomou pra si o direito de dizer e fazer o que quer, do jeito que pode, sabe e gosta.

É uma mudança de paradigmas. Um processo cumulativo, iniciado ainda nos idos dos anos 90 [do século passado], que se acentua e ganha relevo, sobretudo na última década. Uma força irrefreável, que arde em fogo brando. Ainda que só deixe a sombra da invisibilidade 3(para ocupar espaços de validação pública, como já foi a dita grande mídia) quando o caldo já ferve há tanto, que só lhe resta entrar em erupção. Por seus próprios méritos. E, não raro, seus próprios meios.

Foi o que se deu, em boa medida, com fenômenos da “periferia do bom gosto” como o sertanejo (no Brasil Central), o axé (na Bahia), o rap (em São Paulo), o funk carioca (no Rio de Janeiro), o pagode (em São Paulo), o forró (no Ceará) e, mais recentemente, o tecnobrega (no Pará).

Em comum, uma música de “gosto duvidoso”, 4que geralmente destoa da chamada “linha evolutiva da MPB”. E que, na sua incontinência habitual, se alastra pelo país — com ou sem o suporte das grandes corporações da indústria fonográfica e da mídia.

É a emergência do pobre-star. Que viceja pelos grotões, nos quatro cantos do país, como sintoma de que as coisas (há tempos...) já não estão mais tão “sob controle”, como se supõe que um dia estiveram, do ponto de vista da agenda estética da elite cultural.

O espanto com que o tecnobrega foi recebido no Sudeste, há pouco mais de um ano, como algo “esquisito”, que “brotou do nada”, ilustra bem a crônica da vida na bolha de um mundo globalizado que, em certos segmentos da sociedade brasileira, ainda não voltou o olhar (e a escuta) para além do próprio umbigo.

VALE, Israel do.Tecnobrega, ditadura da felicidade e a erupção do pobre-star. CULT, São Paulo: Bregantini, n. 183, p.

35, set. 2013.

Na linguagem cotidiana, não é raro o uso de expressões consideradas clichês. Já no texto formal, tal recurso é de uso restrito. No texto em foco, de linguagem predominantemente formal, a utilização do clichê encontra-se em a) “de um certo totem conhecido como MPB” (ref. 1). b) “de esperar o seu lugar ao sol” (ref. 2). c) “para ocupar espaços de validação pública” (ref. 3). d) “que geralmente destoa da chamada linha evolutiva da MPB.” (ref. 4). QUESTÃO 17 A diva

Vamos ao teatro, Maria José? Quem me dera, desmanchei em rosca quinze quilos de farinha, tou podre. Outro dia a gente vamos. Falou meio triste, culpada, e um pouco alegre por recusar com orgulho. TEATRO! Disse no espelho. TEATRO! Mais alto, desgrenhada. TEATRO! E os cacos voaram sem nenhum aplauso. Perfeita.

PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999.

Justificativa:

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Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto “A diva” a) narra um fato real vivido por Maria José. b) surpreende o leitor pelo seu efeito poético. c) relata uma experiência teatral profissional. d) descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora. QUESTÃO 18 Até quando?

Não adianta olhar pro céu Com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer E muita greve, você pode, você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão Virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!

GABRIEL, O PENSADOR. “Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo)”. Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).

As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas. c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias. d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. QUESTÃO 19

Como os gêneros são históricos e muitas vezes estão ligados às tecnologias, eles permitem que surjam novidades nesse campo, mas são novidades com algum gosto do conhecido. Observem-se as respectivas tecnologias e alguns de seus gêneros: telegrama; telefonema; entrevista televisiva; entrevista radiofônica; roteiro cinematográfico e muitos outros que foram surgindo com tecnologias específicas. Neste sentido, é claro que a tecnologia da computação, por oferecer uma nova perspectiva de uso da escrita num meio eletrônico muito maleável, traz mais possibilidades de inovação.

MARCUSCHI, L. A. Disponível em: www.progesp.ufba.br. Acesso em: 23 jul. 2012 (fragmento).

O avanço das tecnologias de comunicação e informação fez, nas últimas décadas, com que surgissem novos gêneros textuais. Esses novos gêneros, contudo, não são totalmente originais, pois eles inovam em alguns pontos, mas remetem a outros gêneros textuais preexistentes, como ocorre no seguinte caso: a) O gênero e-mail mantém características dos gêneros carta e bilhete. b) O gênero aula virtual mantém características do gênero reunião de grupo. c) O gênero bate-papo virtual mantém características do gênero conferência. d) O gênero videoconferência mantém características do gênero aula presencial.

Justificativa:

Justificativa:

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QUESTÃO 20

No primeiro e terceiro quadrinhos, as expressões licencinha, tô passando e lascou exemplificam o emprego de a) uma modalidade agramatical. b) uma variante considerada padrão. c) uma linguagem vulgar e ofensiva. d) um registro coloquial e informal. QUESTÃO 21 Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e

adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. [...]

Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana,

sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros

meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental,

moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.

Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com

absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao

esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência

familiar e comunitária. [...] BRASIL. Lei n. 8069, de 13 de julho de 1990. “Estatuto da criança e do adolescente”. Disponível em:

www.planalto.gov.br (fragmento).

Justificativa:

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Para cumprir sua função social, o Estatuto da criança e do adolescente apresenta características próprias desse gênero quanto ao uso da língua e quanto à composição textual. Entre essas características, destaca-se o emprego de

a) repetição vocabular para facilitar o entendimento. b) palavras e construções que evitem ambiguidade. c) expressões informais para apresentar os direitos. d) frases na ordem direta para apresentar as informações mais relevantes.

INGLÊS

Leia o texto abaixo e responda às questões de 22 a 23:

QUESTÃO 22

Marque a alternativa que contém os verbos na forma CORRETA para completar o texto acima:

a) be, to have, go, thinks.

b) am, have, go, think.

c) is, have, goes, think.

d) are, have, goes, thinks.

QUESTÃO 23

Com relação ao gênero textual, escolha a alternativa CORRETA:

a) Carta.

b) Bilhete.

c) Dissertativo.

d) Artigo jornalístico.

Dear Christine:

I ____ disappointed in you as a daughter. You are correct that we _____ a “shame in the

family”, but mistaken about what it is.

Kicking Chad out of your home simply because he told you he was gay is the real

“abomination” here. A parent disowning her child is what ________ “against nature”.

The only intelligent thing I heard you saying in all this was that “you didn’t raise your son to be

gay”. Of course you didn’t. He was born this way and didn’t choose it any more than he being

left-handed. You, however, have made a choice of being hurtful, narrow-minded and backward.

So, while we are in the business of downing our children, I __________ I’ll take this moment to

say goodbye to you. I now have a fabulous (as the gay put it) grandson to raise, and I don’t

have time for a heartless daughter.

If you find your heart, give us a call.

Dad.

Justificativa:

Justificativa:

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QUESTÃO 24

Qual é o contexto de produção deste texto?

a) O pai de Christine está se comunicando com ela como forma de se expressar. Ele diz estar muito

contente com os últimos acontecimentos e as atitudes tomadas pela filha como forma de educar seu

neto.

b) O pai de Chad diz à Christine como a notícia com relação à opção sexual do filho afetou sua vida

profissional. Diz à ela que ela é a pessoa mais importante de sua vida.

c) A mãe de Chad o explusou de casa devido ao fato de o garoto ter assumido ser gay. O avô de

Chad, que o recolheu e irá criá-lo, está dando uma lição de moral na mãe do menino, dizendo que a

atitude tomada por ela foi errada.

d) A mãe de Chad se comunica com o garoto para que ele saiba como ela se sente. Conta que tudo

acontece por um motivo e que sabe que ele nasceu gay, não escolheu o ser, da mesma forma que

não escolheu ser canhoto.

Leia o trecho de um texto produzido por um adolescente que acaba de se mudar para outro país e

responda às questões 25 e 27.

QUESTÃO 25

Alguns dos artigos sublinhados no texto estão errados. Leia as alternativas abaixo e marque a

CORRETA:

a) The United States; the most exciting thing; an interesting city; an famous actor.

b) An United States; a most exciting thing; a interesting city; the famous actor.

c) The United States; the most exciting thing; an interesting city; a famous actor.

d) A United States; an most exciting thing; the interesting city; an famous actor.

QUESTÃO 26

Após a mudança, o adolescente se sente um nova-iorquino, já sabendo se locomover pela cidade. Qual

a alternativa CORRETA para expressar esta ideia?

a) I feel a New Yorker yourself.

b) I feel a New Yorker myself.

c) I feel a New Yorker herself.

d) I feel a New Yorker ourselves.

Moving to A United States was an most exciting thing I have ever done. I moved last year to New

York. It is a interesting city, full of adventures. In fact, I have already met a famous actor.

Justificativa:

Justificativa:

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De acordo com o trecho da música de Ed Sheeran, “Thinking Out Loud”, responda às questões 27 e 28.

“When your legs don't work like they used to before

And I can't sweep you off of your feet

Will your mouth still remember the taste of my love

Will your eyes still smile from your cheeks

Darlin' I will be lovin' you

Till we're seventy

Baby my heart could still fall as hard

At twenty three”

Adaptado. Disponível em: http://www.vagalume.com.br/ed-sheeran/thinking-out-loud.html#ixzz3X1xiW4dU Acesso:

11 de abril de 2015.

QUESTÃO 27

As palavras que se encontram em sua forma do plural na letra da música “Thinking Out Loud” são:

a) Legs, sweep, remember, cheeks, feet, eyes.

b) Legs, smile, eyes, love, feet, cheeks.

c) Legs, feet, eyes, cheeks, as.

d) Legs, feet, eyes, cheeks.

QUESTÃO 28

Com relação à segunda estrofe da música:

a) O amor declarado na música durará eternamente.

b) O amor declarado na música durará até os vinte e três anos.

c) O amor declarado na música durará até os dezessete anos.

d) O amor declarado na música durará até os setenta anos.

Justificativa:

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LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÃO 1

Numere a 2ª coluna de acordo com a 1ª.

I. “O líder rebelde, que se havia exilado e que voltara clandestinamente, foi quem encabeçou a

rebelião do cochicho...”

II. “... um líder operário (...) conseguiu chegar ao poder para a euforia da maior parte da população,

convencida de que, enfim, estando à frente do governo um homem nascido do povo, seus problemas

seriam resolvidos.”

III. “Logo apareceram políticos que se voltaram para essas áreas pobres e nela desenvolveram uma

pregação oportunista...”

IV. ”Esse aumento inesperado da população alterou a estrutura urbana de Niã, uma vez que, como

cogumelos, se multiplicavam os casebres de zinco e papelão...”

V. “Parece que, no entanto, a verdade histórica é outra...”

( ) O tempo verbal indica um fato passado já concluído.

( ) O tempo verbal indica algo que se repetia frequentemente.

( ) O tempo verbal denota um fato hipotético.

( ) O tempo verbal expressa a ideia de algo que ocorreu em um passado anterior ao momento narrado.

A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

a) IV, III, V, II.

b) III, IV, II, I.

c) III, V, I, II.

d) II, III, V, IV.

Turma:

S É R I E I E

Linguagem, Códigos e suas Tecnologias: Língua Portuguesa, Literatura, Redação e Inglês

Data: 04 / 05 / 2015

NOTA:

Valor: 7,0 Média:4,9

Colégio Providência – Avaliação por Área – Prova B

Professores: Lêda e Lilian

Etapa: 1ª

Aluno(a): no:

Justificativa:

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QUESTÃO 2 Do texto, abaixo, é possível concluir que o termo “chatear” foi usado:

a) Com mais de um sentido, cuja alteração se faz perceber pelos recursos linguísticos e visuais que

servem de pistas para o entendimento do texto. b) De forma figurada, exemplificando unicamente a polissemia da linguagem. c) Com o sentido literal do termo, ocasionando uma redundância. d) De maneira ambígua, sem nenhuma pista que possa ajudar na busca dos sentidos do termo.

QUESTÃO 3 Se escapar do 1bombardeio ........ está sendo submetido, um achado divulgado anteontem por

pesquisadores do Reino Unido poderá mudar a história da ocupação humana da América. Segundo

eles, pegadas de pessoas descobertas no centro do México teriam 40 mil anos - embora os registros

mais antigos de presença humana no continente não ultrapassem ........ 13 mil anos.

A equipe, liderada pela geoarqueóloga mexicana Silvia González, achou os rastros na beira de

um antigo lago assolado por chuvas de cinza vulcânica. Imagina-se que, depois de um desses

episódios, um grupo de pessoas (entre as quais crianças, a julgar pelas dimensões das pegadas) teria

caminhado sobre a cinza, deixando sua 2marca.

Usando uma série de métodos diferentes, o grupo britânico datou fósseis de animais no mesmo

nível da pegada, assim como sedimentos em volta da própria, chegando à data de por volta de 40 mil

anos antes do presente. Hoje, o sítio arqueológico das Américas mais antigo cujas datas são aceitas

pelos cientistas é Monte Verde, no extremo sul do Chile, com seus 12, 5 mil anos. Poucos

pesquisadores põem em dúvida a ideia de que os primeiros americanos cruzaram o estreito de Bering,

vindos do extremo nordeste da Ásia, para chegar ao Novo Mundo.

"Novas rotas de migração ........ expliquem a existência desses sítios mais antigos precisam ser

consideradas. Nossos achados reforçam a teoria ........ 3esses primeiros colonos tenham vindo pela

água, usando a rota da costa do Pacífico", disse González em comunicado.

"Nunca se deve dar a conhecer um achado tão importante numa entrevista coletiva", critica o

antropólogo argentino Rolando González-José, do Centro Nacional Patagônico. O pesquisador já

chegou a estudar os antigos mexicanos junto com a arqueóloga, mas teve "divergências inconciliáveis"

com ela. "Uma data de 40 mil anos não necessariamente leva a modelos alternativos do povoamento,

muito menos recorrendo a rotas transpacíficas", diz.

Adaptado de: LOPES, Reinaldo José. Folha de S. Paulo, 6 jul. 2005, p. A 16.

Justificativa:

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Considere as seguintes afirmações sobre referentes de segmentos do texto.

I. O substantivo bombardeio (ref. 1) refere-se às frequentes chuvas de cinza vulcânica que atingem o

achado.

II. O substantivo marca (ref. 2) refere-se essencialmente a pegadas de crianças.

III. A expressão "esses primeiros colonos" (ref. 3) refere-se aos migrantes que deixaram suas

pegadas no centro do México.

Quais estão CORRETAS?

a) Apenas I. b) Apenas III. c) Apenas II. d) Apenas I e II. QUESTÃO 4

A CIÊNCIA DO PALAVRÃO

Por que diabos m... é palavrão? Aliás, por que a palavra diabos, indizível décadas atrás, deixou

de ser um? Outra: você já deve ter tropeçado numa pedra e, para revidar, xingou-a de algo como filha

da ..., mesmo sabendo que a dita nem mãe tem.

Pois é: há mais mistérios no universo dos palavrões do que o senso comum imagina. Mas a

ciência ajuda a desvendá-los. Pesquisas recentes mostram que as palavras sujas nascem em um

mundo à parte dentro do cérebro. Enquanto a linguagem comum e o pensamento consciente ficam a

cargo da parte mais sofisticada da massa cinzenta, o neocórtex, os palavrões moram nos porões da

cabeça. Mais exatamente no sistema límbico. Nossa parte animal fica lá.

E sai de vez em quando, na forma de palavrões. A medicina ajuda a entender isso. Veja o caso

da síndrome de Tourette. Essa doença acomete pessoas que sofreram danos no gânglio basal, a parte

do cérebro cuja função é manter o sistema límbico comportado. E os palavrões saem como se fossem

tiques nervosos na forma de palavras.

Mas você não precisa ter lesão nenhuma para se descontrolar de vez em quando, claro.

Justamente por não pensar, quando essa parte animal do cérebro fala, ela consegue traduzir certas

emoções com uma intensidade inigualável.

Os palavrões, por esse ponto de vista, são poesia no sentido mais profundo da palavra. Duvida?

Então pense em uma palavra forte. Paixão, por exemplo. Ela tem substância, sim, mas está longe de

transmitir toda a carga emocional da paixão propriamente dita. Mas com um grande e gordo p.q.p. a

história é outra. Ele vai direto ao ponto, transmite a emoção do sistema límbico de quem fala

diretamente para o de quem ouve. Por isso mesmo, alguns pesquisadores consideram o palavrão até

mais sofisticado que a linguagem comum.

(www.super.abril.com.br/revista/. Adaptado.)

No texto, o substantivo "palavrão", ainda que se mostre flexionado em grau, não reporta a ideia de

tamanho. Tal emprego também se verifica em:

a) Durante a pesquisa, foi colocada uma "gotícula" do ácido para se definir a reação. b) Na casa dos sete anões, Branca de Neve encontrou sete minúsculas "caminhas". c) Não estava satisfeita com aquele "empreguinho" sem graça e sem perspectivas. d) Para cortar gastos, resolveu confeccionar "livrinhos" que cabem nos bolsos.

Justificativa:

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QUESTÃO 5 Analise os textos abaixo: Texto 1

Texto 2

Assinale a alternativa CORRETA: a) Em “com tantas gramas”, a palavra “gramas” é um numeral. b) No texto 01, na expressão “amigos cachorros”, a palavra “amigos” exerce a função de adjetivo. c) Em “Se você tem se decepcionado...”, o primeiro “Se” e o segundo “se” são conjunções

subordinativas condicionais. d) No texto 02, se o fabricante de margarina, para se referir a peso, usasse a língua na sua norma

culta, deveria escrever no rótulo: “quinhentos gramas”.

QUESTÃO 6 Leia o fragmento a seguir. [...] a capoeira, a guardiã do jogo, da brincadeira, do faz de conta que 1luta, mas joga com o outro, que simula um 2golpe e tira o outro para dançar e que tem uma vinculação étnica e racial com o percurso e o lugar da negritude em nosso país, acabou, em algumas escolas, ensinada sob o 3controle da 4esportivização, com regras e pontuações.

Fonte: Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Secretaria de Educação Básica. Brasília: Ministério da Educação, Volume 1, 2008, p.231.

O substantivo que, formado com o auxílio de um sufixo, conota no fragmento um processo desvantajoso à prática da capoeira na escola é

a) controle (ref. 3). b) luta (ref. 1). c) golpe (ref. 2). d) esportivização (ref. 4).

Justificativa:

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QUESTÃO 7 O texto a seguir foi retirado da obra de Graciliano Ramos, Vidas Secas. Esse romance completou, em

agosto de 2008, 70 anos de sua primeira publicação. É narrado em 3a pessoa (ao contrário das obras

anteriores de Graciliano) e pertence a um gênero intermediário entre romance e livro de contos.

1Fabiano, uma coisa da fazenda, um triste, seria despedido quando menos esperasse. Ao ser

contratado, recebera o cavalo de fábrica, peneiras, gibão, guarda-peito e sapatões de couro, mas ao

sair largaria tudo ao vaqueiro que o substituísse.

Sinhá Vitória desejava possuir uma cama igual à de seu Tomás da bolandeira. Doidice.

2Não dizia nada para não contrariá-la, mas sabia que era doidice. Cambembes podiam ter luxo?

E estavam ali de passagem.

Qualquer dia o patrão os botaria fora, e eles ganhariam o mundo, sem rumo, nem teria meio de

conduzir os cacarecos. Viviam de trouxa amarrada, dormiriam bem debaixo de um pau.

Olhou a caatinga amarela, 3que o poente avermelhava. Se a seca chegasse, 4não ficaria planta

verde. Arrepiou-se. Chegaria, naturalmente. Sempre tinha sido assim, desde que ele se entendera.

E antes de se entender, antes de nascer, sucedera o mesmo - anos bons, misturados com anos

ruins. A desgraça estava em caminho, talvez andasse perto. Nem valia a pena trabalhar. Ele marchando

para casa, trepando a ladeira, espalhando seixos com as alpercatas - ela se avizinhando a galope, com

vontade de matá-lo.

(Vidas Secas - Graciliano Ramos)

Muitas vezes, uma palavra tem sua classe gramatical usual deslocada para se atribuir mais

expressividade ao ato de comunicação. É o que acontece no seguinte fragmento retirado do texto de

Graciliano Ramos:

a) "Não dizia nada para não contrariá-la..." (Ref. 2) b) "Fabiano, uma coisa da fazenda, um triste, seria despedido quando menos esperasse." (Ref. 1) c) "... que o poente avermelhava." (Ref. 3) d) "... não ficaria planta verde." (Ref. 4)

LITERATURA

QUESTÃO 8 A alma das cousas somos nós... Dentro do eterno giro universal Das cousas, tudo vai e volta à alma da gente, Mas, se nesse vaivém tudo parece igual Nada mais, na verdade, Nunca mais se repete exatamente... Sim, as cousas são sempre as mesmas na corrente Que no-las leva e traz, num círculo fatal; O que varia é o espírito que as sente Que é imperceptivelmente desigual,

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Que sempre as vive diferentemente, E, assim, a vida é sempre inédita, afinal... Estado de alma em fuga pelas horas, Tons esquivos e trêmulos, nuanças Suscetíveis, sutis, que fogem no Íris Da sensibilidade furta-cor... E a nossa alma é a expressão fugitiva das cousas E a vida somos nós, que sempre somos outros!... Homem inquieto e vão que não repousas! Para e escuta: Se as cousas têm espírito, nós somos Esse espírito efêmero das cousas, Volúvel e diverso, Variando, instante a instante, intimamente, E eternamente, Dentro da indiferença do Universo!... (Luz mediterrânea, 1965.) Embora pareça constituído de versos livres modernistas, o poema em questão ainda segue a versificação medida, combinando versos de diferentes extensões, com predomínio dos de doze e dez sílabas métricas. Assinale a alternativa que indica, na primeira estrofe, pela ordem em que surgem, os versos de dez sílabas métricas, denominados decassílabos. a) 1, 2 e 3. b) 3 e 4. c) 1 e 5. d) 2 e 3.

QUESTÃO 9

A literatura nos ajuda a construir nossa identidade Ainda que nasça e morra só, o indivíduo tem a sua existência marcada pela coletividade de que faz parte e que funciona segundo “leis” e “regras” preestabelecidas. Um dos primeiros desafios a serem enfrentados pelo ser humano é compreender que leis e regras são essas, decidir quais delas deve seguir e quais precisam ser questionadas de modo a permitir que sua jornada individual tenha identidade própria. Nos textos literários, de certo modo, entramos em contato com a nossa história, o que nos dá a chance de compreender melhor nosso tempo, nossa trajetória. O interessante, porém, é que essa “história” coletiva é recriada por meio das histórias individuais, das inúmeras personagens presentes nos textos que lemos, ou pelos poemas que nos tocam de alguma maneira. Como leitores, interagimos com o que lemos. Somos tocados pelas experiências de leituras que, muitas vezes, evocam nossas vivências pessoais e nos ajudam a refletir sobre nossa identidade e também a construí-la. Como toda manifestação artística, a literatura acompanha a trajetória humana e, por meio de palavras, constrói mundos familiares – em que pessoas semelhantes a nós vivem problemas idênticos – e mundos fantásticos, povoados por seres imaginários, cuja existência é garantida somente por meio das palavras que lhes dão vida. Também exprime, pela criação poética, reflexões e emoções que parecem ser tão nossas quanto de quem as registrou. Por meio da convivência com poemas e histórias que traçam tantos e diversos destinos, a literatura acaba por nos oferecer possibilidades de resposta a indagações comuns a todos os seres humanos. Além disso, em diferentes momentos da história humana, a literatura teve um papel fundamental: o de denunciar a realidade, sobretudo quando setores da sociedade tentam ocultá-la. Foi o que ocorreu, por exemplo, durante o período do regime militar no Brasil. Naquele momento, inúmeros escritores

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arriscaram a própria vida para denunciar, em suas obras, a violência que tornava a existência uma aventura arriscada. A leitura dessas obras, mesmo que vivamos em uma sociedade democrática e livre, nos ensina a valorizar nossos direitos individuais, nos ajuda a desenvolver uma melhor consciência política e social. Em resumo, a literatura permite também que olhemos para a nossa história e, conhecendo algumas de suas passagens, busquemos construir um futuro melhor.

(Maria Luiza M. Abaurre; Marcela Pontara. Literatura Brasileira – tempos leitores e leituras. Ensino Médio. São Paulo: Moderna, 2005, pp., 10-11. Adaptado.).

Pelo entendimento do texto, podemos perceber que a intenção pretendida pelas autoras foi destacar: a) a importância das leis coletivas para a vida dos indivíduos. b) as múltiplas funções desempenhadas pela literatura. c) as reflexões e emoções suscitadas pela criação poética. d) a tendência humana para fazer constantes indagações.

QUESTÃO 10 Metáfora Gilberto Gil Uma lata existe para conter algo, Mas quando o poeta diz: “Lata” Pode estar querendo dizer o incontível Uma meta existe para ser um alvo, Mas quando o poeta diz: “Meta” Pode estar querendo dizer o inatingível Por isso não se meta a exigir do poeta Que determine o conteúdo em sua lata Na lata do poeta tudo nada cabe, Pois ao poeta cabe fazer Com que na lata venha caber O incabível Deixe a meta do poeta não discuta, Deixe a sua meta fora da disputa Meta dentro e fora, lata absoluta Deixe-a simplesmente metáfora.

Disponível em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em: 5 fev. 2009. A metáfora é a figura de linguagem identificada pela comparação subjetiva, pela semelhança ou analogia entre elementos. O texto de Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a essa conhecida figura. O trecho em que se identifica a metáfora é: a) “Uma lata existe para conter algo”. b) “Mas quando o poeta diz: ’Lata’”. c) “Que determine o conteúdo em sua lata”. d) “Uma meta existe para ser um alvo”.

Justificativa:

Justificativa:

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QUESTÃO 11 Texto I

O meu nome é Severino,

não tenho outro de pia.

Como há muitos Severinos,

que é santo de romaria,

deram então de me chamar

Severino de Maria;

como há muitos Severinos

com mães chamadas Maria,

fiquei sendo o da Maria,

do finado Zacarias,

mas isso ainda diz pouco:

há muitos na freguesia,

por causa de um coronel

que se chamou Zacarias

e que foi o mais antigo

senhor desta sesmaria.

Como então dizer quem fala

ora a Vossas Senhorias? MELO NETO, J. C. Obras completa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1994 (fragmento) Texto II

João Cabral, que já emprestara sua voz ao rio, transfere-a, aqui, ao retirante Severino, que, como o

Capibaribe, também segue no caminho do Recife. A autoapresentação do personagem, na fala inicial

do texto, nos mostra um Severino que, quanto mais se define, menos se individualiza, pois seus traços

biográficos são sempre partilhados por outros homens.

SECCHIN, A. C. João Cabral: a poesia do menos. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999 (fragmento).

Com base no trecho de Morte e Vida Severina (Texto I) e na análise crítica (Texto II), observa-se que

a relação entre o texto poético e o contexto social a que ele faz referência aponta para um problema

social expresso literariamente pela pergunta “Como então dizer quem fala/ ora a Vossas Senhorias?”. A

resposta à pergunta expressa no poema é dada por meio da

a) descrição minuciosa dos traços biográficos personagem-narrador.

b) construção da figura do retirante nordestino como um homem resignado com a sua situação.

c) apresentação do personagem-narrador como uma projeção do próprio poeta em sua crise

existencial.

d) representação, na figura do personagem-narrador, de outros Severinos que compartilham sua

condição.

Justificativa:

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QUESTÃO 12

O que havia de tão revolucionário na Revolução Francesa? Soberania popular, liberdade civil,

igualdade perante a lei – as palavras hoje são ditas com tanta facilidade que somos incapazes de

imaginar seu caráter explosivo em 1789. Para os franceses do Antigo Regime, os homens eram

desiguais, e a desigualdade era uma boa coisa, adequada à ordem hierárquica que fora posta na

natureza pela própria obra de Deus. A liberdade significava privilégio – isto é, literalmente, “lei privada”,

uma prerrogativa especial para fazer algo negado a outras pessoas. O rei, como fonte de toda a lei,

distribuía privilégios, pois havia sido 1ungido como o agente de Deus na terra.

Durante todo o século XVIII, os filósofos do Iluminismo questionaram esses pressupostos, e os

panfletistas profissionais conseguiram empanar 2a aura sagrada da coroa. Contudo, a desmontagem do

quadro mental do Antigo Regime demandou violência iconoclasta, destruidora do mundo,

revolucionária.

Seria ótimo se pudéssemos associar a Revolução exclusivamente à Declaração dos Direitos do

Homem e do Cidadão, mas ela nasceu na violência e imprimiu seus princípios em um mundo violento.

Os conquistadores da Bastilha não se limitaram a destruir 3um símbolo do despotismo real. Entre eles,

150 foram mortos ou feridos no assalto à prisão e, quando os sobreviventes apanharam o diretor,

cortaram sua cabeça e desfilaram-na por Paris 4na ponta de uma lança.

Como podemos captar esses momentos de loucura, quando tudo parecia possível e o mundo se

afigurava como uma tábula rasa, apagada por uma onda de comoção popular e pronta para ser

redesenhada? Parece incrível que um povo inteiro fosse capaz de se levantar e transformar as

condições da vida cotidiana. Duzentos anos de experiências com admiráveis mundos novos tornaram-

nos céticos quanto ao planejamento social. Retrospectivamente, a Revolução pode parecer um prelúdio

ao totalitarismo.

Pode ser. Mas um excesso de visão histórica retrospectiva pode distorcer o panorama de 1789.

Os revolucionários franceses não eram nossos contemporâneos. E eram um conjunto de pessoas não

excepcionais em circunstâncias excepcionais. Quando as coisas se desintegraram, eles reagiram a

uma necessidade imperiosa de dar-lhes sentido, ordenando a sociedade segundo novos princípios.

Esses princípios ainda permanecem como uma denúncia da tirania e da injustiça. Afinal, em que estava

empenhada a Revolução Francesa? Liberdade, igualdade, fraternidade. Adaptado de: DARNTON, Robert. O beijo de Lamourette. In: ____. O beijo de Lamourette: mídia,

cultura e revolução. São Paulo: Cia. das Letras, 2010. p. 30-39. Considere a seguinte definição de metonímia. A metomínia é figura de linguagem em que se emprega uma palavra que tem uma relação de contiguidade com o referente expresso; por exemplo, pode-se expressar o sentido do todo pelo uso de uma palavra que refere uma parte. Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada é um emprego de metonímia no respectivo trecho do texto. a) a aura sagrada da coroa (ref. 2). b) ungido como o agente de Deus (ref. 1). c) um símbolo do despotismo real (ref. 3). d) na ponta de uma lança (ref. 4).

Justificativa:

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QUESTÃO 13

SONETO DE SEPARAÇÃO

De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a bruma

E das bocas unidas fez-se a espuma

E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento

Que dos olhos desfez a última chama

E da paixão fez-se o pressentimento

E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente

Fez-se de triste o que se fez amante

E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante

Fez-se da vida uma aventura errante

De repente, não mais que de repente.

Oceano Atlântico, a bordo do Highland Patriot, a caminho da Inglaterra, setembro de 1938.

Sobre os recursos de linguagem empregados na construção do poema, afirma-se:

I. As semelhanças sonoras entre palavras como “espalmadas” e “espanto”, “branco” e “bruma”

exemplificam o uso de aliterações no texto.

II. A repetição, ao longo do poema, da expressão “de repente”, acentua a ideia do espanto trazido

pela separação.

III. O uso de algumas antíteses no texto demonstra o contraste entre os momentos antes e depois da

separação.

IV. No primeiro verso da segunda estrofe, a palavra “vento” metaforiza a tranquilidade anterior à

separação.

Estão CORRETAS apenas as afirmativas:

a) I e II.

b) I, II e III.

c) III e IV.

d) I e IV.

Justificativa:

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QUESTÃO 14 O texto literário caracteriza-se por uma multiplicidade de sentidos, originada do trabalho artístico realizado com a linguagem. Entre os recursos que a literatura utiliza, na produção dos textos, estão as figuras de linguagem. Leia os fragmentos de poemas, apresentados na COLUNA A, e relacione-os às figuras de linguagem neles predominantes, elencadas na COLUNA B. COLUNA A COLUNA B 1 Eu deixo a vida como deixa o tédio/Do deserto,

[...] (Álvares de Azevedo) ( ) Antítese

2 Mundo, mundo, vasto mundo/Se eu me chamasse Raimundo. (Carlos Drummond de Andrade)

( ) Aliteração

3 Queria subir ao céu/Queria descer ao mar. (Alphonsus de Guimaraens)

( ) Comparação

4 Só cabe no poema/o homem sem estômago/a mulher de nuvens/a fruta sem preço. (Ferreira Gullar)

( ) Metáfora

Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE os parênteses, de cima para baixo. a) 3, 2, 1, 4 b) 1, 2, 3, 4 c) 3, 4, 2, 1 d) 2, 3, 4, 1 REDAÇÃO QUESTÃO 15 A expressividade da charge decorre da(o) a) concretização do tema por meio da relação

entre diferentes planos de linguagem. b) riqueza de detalhes apresentados com a

técnica do pontilhado. c) sua capacidade de provocar a reflexão do

leitor. d) humor gerado pelo fato de uma criança

refletir sobre questões profundas.

Justificativa:

Justificativa:

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QUESTÃO 16

O pobre é pop. A periferia é o centro do mundo. E a música popular brasileira nunca mereceu

tanto ser chamada assim — embora esteja cada vez mais distante 1de um certo totem conhecido como

MPB.

A expansão da classe média tem impacto evidente sobre os padrões de consumo no Brasil,

inclusive cultural. Mas o protagonismo das classes C, D e E nos novos fluxos de produção e circulação

de música não é efeito colateral de um aumento da renda familiar, simplesmente.

A periferia (cultural, social ou econômica) do Brasil cansou 2de esperar o seu lugar ao sol. E

tomou pra si o direito de dizer e fazer o que quer, do jeito que pode, sabe e gosta.

É uma mudança de paradigmas. Um processo cumulativo, iniciado ainda nos idos dos anos 90

[do século passado], que se acentua e ganha relevo, sobretudo na última década. Uma força irrefreável,

que arde em fogo brando. Ainda que só deixe a sombra da invisibilidade 3(para ocupar espaços de

validação pública, como já foi a dita

grande mídia) quando o caldo já ferve há tanto, que só lhe resta entrar em erupção. Por seus próprios

méritos. E, não raro, seus próprios meios.

Foi o que se deu, em boa medida, com fenômenos da “periferia do bom gosto” como o sertanejo

(no Brasil Central), o axé (na Bahia), o rap (em São Paulo), o funk carioca (no Rio de Janeiro), o pagode

(em São Paulo), o forró (no Ceará) e, mais recentemente, o tecnobrega (no Pará).

Em comum, uma música de “gosto duvidoso”, 4que geralmente destoa da chamada “linha

evolutiva da MPB”. E que, na sua incontinência habitual, se alastra pelo país — com ou sem o suporte

das grandes corporações da indústria fonográfica e da mídia.

É a emergência do pobre-star. Que viceja pelos grotões, nos quatro cantos do país, como

sintoma de que as coisas (há tempos...) já não estão mais tão “sob controle”, como se supõe que um

dia estiveram, do ponto de vista da agenda estética da elite cultural.

O espanto com que o tecnobrega foi recebido no Sudeste, há pouco mais de um ano, como algo

“esquisito”, que “brotou do nada”, ilustra bem a crônica da vida na bolha de um mundo globalizado que,

em certos segmentos da sociedade brasileira, ainda não voltou o olhar (e a escuta) para além do

próprio umbigo.

VALE, Israel do.Tecnobrega, ditadura da felicidade e a erupção do pobre-star. CULT, São Paulo:

Bregantini, n. 183, p. 35, set. 2013.

Na linguagem cotidiana, não é raro o uso de expressões consideradas clichês. Já no texto formal, tal

recurso é de uso restrito.

No texto em foco, de linguagem predominantemente formal, a utilização do clichê encontra-se em

a) “de um certo totem conhecido como MPB” (ref. 1).

b) “que geralmente destoa da chamada linha evolutiva da MPB.” (ref. 4).

c) “para ocupar espaços de validação pública” (ref. 3).

d) “de esperar o seu lugar ao sol” (ref. 2).

Justificativa:

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QUESTÃO 17 A diva Vamos ao teatro, Maria José? Quem me dera, desmanchei em rosca quinze quilos de farinha, tou podre. Outro dia a gente vamos. Falou meio triste, culpada, e um pouco alegre por recusar com orgulho. TEATRO! Disse no espelho. TEATRO! Mais alto, desgrenhada. TEATRO! E os cacos voaram sem nenhum aplauso. Perfeita. PRADO, A. Oráculos de maio. São Paulo: Siciliano, 1999. Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido. Assim, o texto “A diva” a) narra um fato real vivido por Maria José. b) relata uma experiência teatral profissional. c) surpreende o leitor pelo seu efeito poético. d) descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora.

QUESTÃO 18 Até quando? Não adianta olhar pro céu Com muita fé e pouca luta Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer E muita greve, você pode, você deve, pode crer Não adianta olhar pro chão Virar a cara pra não ver Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!

GABRIEL, O PENSADOR. “Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo)”. Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).

As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto a) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial. b) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet. c) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas. d) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.

Justificativa:

Justificativa:

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QUESTÃO 19

Como os gêneros são históricos e muitas vezes estão ligados às tecnologias, eles permitem que surjam novidades nesse campo, mas são novidades com algum gosto do conhecido. Observem-se as respectivas tecnologias e alguns de seus gêneros: telegrama; telefonema; entrevista televisiva; entrevista radiofônica; roteiro cinematográfico e muitos outros que foram surgindo com tecnologias específicas. Neste sentido, é claro que a tecnologia da computação, por oferecer uma nova perspectiva de uso da escrita num meio eletrônico muito maleável, traz mais possibilidades de inovação.

MARCUSCHI, L. A. Disponível em: www.progesp.ufba.br. Acesso em: 23 jul. 2012 (fragmento). O avanço das tecnologias de comunicação e informação fez, nas últimas décadas, com que surgissem novos gêneros textuais. Esses novos gêneros, contudo, não são totalmente originais, pois eles inovam em alguns pontos, mas remetem a outros gêneros textuais preexistentes, como ocorre no seguinte caso: a) O gênero bate-papo virtual mantém características do gênero conferência. b) O gênero aula virtual mantém características do gênero reunião de grupo. c) O gênero e-mail mantém características dos gêneros carta e bilhete. d) O gênero videoconferência mantém características do gênero aula presencial.

QUESTÃO 20

No primeiro e terceiro quadrinhos, as expressões licencinha, tô passando e lascou exemplificam o emprego de a) uma modalidade agramatical. b) um registro coloquial e informal. c) uma linguagem vulgar e ofensiva. d) uma variante considerada padrão.

Justificativa:

Justificativa:

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QUESTÃO 21 Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. [...] Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Art. 4º É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. [...]

BRASIL. Lei n. 8069, de 13 de julho de 1990. “Estatuto da criança e do adolescente”. Disponível em: www.planalto.gov.br (fragmento).

Para cumprir sua função social, o Estatuto da criança e do adolescente apresenta características próprias desse gênero quanto ao uso da língua e quanto à composição textual. Entre essas características, destaca-se o emprego de a) repetição vocabular para facilitar o entendimento. b) palavras e construções que evitem ambiguidade. c) expressões informais para apresentar os direitos. d) frases na ordem direta para apresentar as informações mais relevantes.

INGLÊS

De acordo com o trecho da música de Ed Sheeran, “Thinking Out Loud”, responda às questões 22 e 23.

“When your legs don't work like they used to before

And I can't sweep you off of your feet

Will your mouth still remember the taste of my love

Will your eyes still smile from your cheeks

Darlin' I will be lovin' you

Till we're seventy

Baby my heart could still fall as hard

At twenty three”

Adaptado. Disponível em: http://www.vagalume.com.br/ed-sheeran/thinking-out-

loud.html#ixzz3X1xiW4dU Acesso: 11 de abril de 2015.

QUESTÃO 22

As palavras que se encontram em sua forma do plural na letra da música “Thinking Out Loud” são:

a) Legs, sweep, remember, cheeks, feet, eyes.

b) Legs, smile, eyes, love, feet, cheeks.

c) Legs, feet, eyes, cheeks, as.

d) Legs, feet, eyes, cheeks.

Justificativa:

Justificativa:

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QUESTÃO 23

Com relação à segunda estrofe da música:

a) O amor declarado na música durará eternamente.

b) O amor declarado na música durará até os setenta anos.

c) O amor declarado na música durará até os vinte e três anos.

d) O amor declarado na música durará até os dezessete anos.

Leia o trecho de um texto produzido por um adolescente que acaba de se mudar para outro país e

responda às questões 24 e 25.

QUESTÃO 24

Alguns dos artigos sublinhados no texto estão errados. Leia as alternativas abaixo e marque a

CORRETA:

a) The United States; the most exciting thing; an interesting city; an famous actor.

b) An United States; a most exciting thing; a interesting city; the famous actor.

c) The United States; the most exciting thing; an interesting city; a famous actor.

d) A United States; an most exciting thing; the interesting city; an famous actor.

QUESTÃO 25

Após a mudança, o adolescente se sente um nova-iorquino, já sabendo se locomover pela cidade. Qual

a alternativa CORRETA para expressar esta ideia?

a) I feel a New Yorker yourself.

b) I feel a New Yorker myself.

c) I feel a New Yorker herself.

d) I feel a New Yorker ourselves.

Justificativa:

Moving to A United States was an most exciting thing I have ever done. I moved last year to New

York. It is a interesting city, full of adventures. In fact, I have already met a famous actor.

Justificativa:

Justificativa:

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Leia o texto abaixo e responda às questões de 26 a 28:

QUESTÃO 26

Marque a alternativa que contém os verbos na forma CORRETA para completar o texto acima:

a) be, to have, go, thinks.

b) am, have, go, think.

c) is, have, goes, think.

d) are, have, goes, thinks.

QUESTÃO 27

Com relação ao gênero textual, escolha a alternativa CORRETA:

a) Carta.

b) Bilhete.

c) Dissertativo.

d) Artigo jornalístico.

QUESTÃO 28

Qual é o contexto de produção deste texto?

a) O pai de Christine está se comunicando com ela como forma de se expressar. Ele diz estar muito

contente com os últimos acontecimentos e as atitudes tomadas pela filha como forma de educar seu

neto.

b) O pai de Chad diz à Christine como a notícia com relação à opção sexual do filho afetou sua vida

profissional. Diz à ela que ela é a pessoa mais importante de sua vida.

c) A mãe de Chad o explusou de casa devido ao fato de o garoto ter assumido ser gay. O avô de

Chad, que o recolheu e irá criá-lo, está dando uma lição de moral na mãe do menino, dizendo que a

atitude tomada por ela foi errada.

d) A mãe de Chad se comunica com o garoto para que ele saiba como ela se sente. Conta que tudo

acontece por um motivo e que sabe que ele nasceu gay, não escolheu o ser, da mesma forma que

não escolheu ser canhoto.

Dear Christine:

I ____ disappointed in you as a daughter. You are correct that we _____ a “shame in the

family”, but mistaken about what it is.

Kicking Chad out of your home simply because he told you he was gay is the real

“abomination” here. A parent disowning her child is what ________ “against nature”.

The only intelligent thing I heard you saying in all this was that “you didn’t raise your son to be

gay”. Of course you didn’t. He was born this way and didn’t choose it any more than he being

left-handed. You, however, have made a choice of being hurtful, narrow-minded and backward.

So, while we are in the business of downing our children, I __________ I’ll take this moment to

say goodbye to you. I now have a fabulous (as the gay put it) grandson to raise, and I don’t

have time for a heartless daughter.

If you find your heart, give us a call.

Dad.

Justificativa:

Justificativa:

Justificativa: