COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento...

89
COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO Rua Estados Unidos, 2443 – Fone 44 3447-1647 - Alto Paraná- Pr. Email: [email protected] COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA ESTADOS UNIDOS, 2443 FONE 44 3447-1647 - ALTO PARANÁ- PR. Email: ap a r ainha d apaz@seed . p r . g o v . br PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR MARÇO – 2014

Transcript of COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento...

Page 1: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’­ ENSINO MÉDIORua Estados Unidos, 2443 – Fone 44 3447­1647 ­ Alto Paraná­ Pr.

Email: [email protected]

COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’-ENSINO MÉDIO

RUA ESTADOS UNIDOS, 2443

FONE 44 3447-1647 - ALTO PARANÁ- PR.Email: ap a r ainha d apaz@seed . p r . g o v . br

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

MARÇO – 2014

Page 2: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’­ ENSINO MÉDIORua Estados Unidos, 2443 – Fone 44 3447­1647 ­ Alto Paraná­ Pr.

Email: [email protected]

SUMÁRIO

I. APRESENTAÇÃO

II. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

III. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

IV. NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO

V MATRIZ CURRICULAR

VI CURRÍCULO DAS DISCIPLINAS

ARTE

BIOLOGIA

EDUCAÇÃO FÍSICA

FILOSOFIA

FÍSICA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

LÍNGUA PORTUGUESA

MATEMÁTICA

QUÍMICA

SOCIOLOGIA

LEM – ESPANHOL

LEM – INGLÊS

Page 3: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’­ ENSINO MÉDIORua Estados Unidos, 2443 – Fone 44 3447­1647 ­ Alto Paraná­ Pr.

Email: [email protected]

I. APRESENTAÇÃO

A Proposta Curricular do Colégio Estadual Rainha da Paz – Ensino Médio foi

elaborada pelos professores, pedagogos, diretor após várias etapas de estudos, discussões

nas diversas disciplinas, objetivando adequar as disciplinas visando assim uma educação de

qualidade, numa construção coletiva e democrática.

Visa também adequar a escola a sua realidade, ao mesmo tempo homenageando a

educação básica dentro da legislação vigente, a LDB, secção IV, em seu artigo 35 e 36, que

trata da finalidade e diretrizes do ensino médio

Page 4: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’­ ENSINO MÉDIORua Estados Unidos, 2443 – Fone 44 3447­1647 ­ Alto Paraná­ Pr.

Email: [email protected]

II. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA

Colégio Estadual Rainha da Paz - Ensino Médio

Entidade mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Endereço:Rua Estados Unidos nº 2443. Município: Alto Paraná - PR.

CEP: 87750-000

Fone/Fax: (44) 34471647

Modalidade de Ensino: Médio

Código do Colégio: 0084

Código do Município: 0050

Núcleo Regional de Paranavaí

Código: 22

Ato de autorização de funcionamento do Colégio: Decreto n° 2481/80 DOE 16/06/1980

Ato de reconhecimento do Colégio: Resolução n° 1676/82 de 14/07/82

Parecer do NRE da aprovação do regimento escolar n° 240/99

Ato Administrativo nº 204/99

Renovação de Reconhecimento do Curso Conforme Resolução 3840/2008 DOE 07/10/2008

Page 5: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’­ ENSINO MÉDIORua Estados Unidos, 2443 – Fone 44 3447­1647 ­ Alto Paraná­ Pr.

Email: [email protected]

III. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

3.1. Níveis e modalidade de ensino.-Ensino Médio Anual

3.2. Quadro geral de pessoal.Número de turmas: 15;Nnúmero de alunos: 470 (quatrocentos e setenta);Número de professores: 31 (trinta e um);Número de pedagogos: 4 (quatro);Número agentes educacionais I: 8 (oito),Número agentes educacionais II: 7(sete),Número de diretor auxiliar: 1 (um)

3.3. Turnos de funcionamento:Manhã Tarde e Noite.

3.4. Ambientes pedagógicos:Laboratório de ciências;Laboratório de informática;Biblioteca;

3.5. Organização do tempo escolar:Série / Trimestral

3.6. Organização curricularDisciplina.

3.7. Avaliação: formas de registro;Notas.

3.8. Periodicidade da avaliação:Trimestral.

3.9. Intervenções pedagógicas:Recuperação de estudos;Atendimento individualizado.

3.10. Estratégias para articulação escola/família/comunidade:Reuniões de acompanhamento : bimestral;Atendimento individualizado;Palestras;Festividades.

3.11. Instâncias colegiadas:Conselho Escolar;APMF;Conselho de Classe.Grêmio Estudantil

Page 6: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’­ ENSINO MÉDIORua Estados Unidos, 2443 – Fone 44 3447­1647 ­ Alto Paraná­ Pr.

Email: [email protected]

IV. NÍVEIS E MODALIDADE DE ENSINO.

Ensino médio.

OFERTAS DE CURSOS E MODALIDADES

Curso ofertado: Ensino Médio por BlocosDuração do curso: 3 anosDias letivos: 200Horas anuais: 800Conforme LDB, artigo 24

Horário de Funcionamento

MANHÃ TARDE NOITE

7:30 às 8:20 hrs.8:20 às 9:10 hrs.9:10às 10:00 hrs.

10:00às 10: 15 hrs.(Intervalo)

10:15 às 11:05 hrs.11:05 às 11:55 hrs.

13:00 às 13:50 hrs.13:50 às 14:40 hrs.14:40 às 15:30 hrs.15:30 às 15:45 hrs.

(Intervalo)15:45às 16:35 hrs.16:35 às 17:25 hrs.

19:00 às 19:50 hrs.19:50 às 20:40 hrs.20:40 às 21:30 hrs.21:30 às 21:40 hrs.

(Intervalo)21:40 às 22:25 hrs.22:25 às 23:10 hrs.

MANHÃ TARDE NOITE

1ª A ­35

1ªB ­ 35­

1º C ­ 20

2ª A ­38

2ª B ­37

3ª A ­ 26

3ª B – 23

3º C ­ 29

1ªD ­ 39

2ºD ­19

3ªD -16

1ªE ­31

1ºF ­32

2ªE ­47

3ªE -43

Total de alunos -----> 470

CELEM – Centro de Excelência da Língua Estrangeira Moderna

TARDE HORÁRIO Nº ALUNOS

1ª ANO

2ª Feira

4ª Feira

19:00 às 20:40 hrs.

19:00 às 20:40 hrs.46

2ª ANO

2ª Feira

4ª Feira

19:00 às 20:40 hrs.

19:00 às 20:40 hrs.08

Total de alunos -----> 54

Page 7: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’­ ENSINO MÉDIORua Estados Unidos, 2443 – Fone 44 3447­1647 ­ Alto Paraná­ Pr.

Email: [email protected]

Atividade Complementar no Contraturno

TARDE HORÁRIO Nº ALUNOS

2ª Feira4ª Feira

19:00 às 20:40 29

Etec Brasil

CURSO NOITE HORÁRIO Nº DE ALUNOS

SEGURANÇA NO TRABALHO

4ª FEIRA 19:00 às 22:30 16

Sala de Recurso Multifucional Tipo 1

TARDE HORÁRIO Nº DE ALUNOS

2ª feira à 5ª feira 13:00 às 16:35 16

PACA (Professora de Apoio à Comunicação Alternativa)

TARDE HORÁRIO Nº DE ALUNOS

2ª feira à 6ª feira 13:00 às 17:20 1

Page 8: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’­ ENSINO MÉDIORua Estados Unidos, 2443 – Fone 44 3447­1647 ­ Alto Paraná­ Pr.

Email: [email protected]

MATRIZ CURRICULAR PARA O ENSINO MÉDIOESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 22: PARANAVAÍ MUNICÍPIO: 0050 - ALTO PARANÁ

ESTABELECIMENTO: 00084 - COL. EST. RAINHA DA PAZ E. MÉDIOENDEREÇO: Rua: Estados Unidos, 2443FONE: (44) 3447-1647ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0010 - ENSINO MÉDIO TURNOS: MANHÃ, TARDE, NOITEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2012FORMA: SIMULTÂNEA

DISCIPLINASSÉRIES1ª 2ª 3ª

ARTE - 02 -BIOLOGIA 02 02 02EDUC. FÍSICA 02 02 02FILOSOFIA 02 02 02FÍSICA 02 02 02GEOGRAFIA 02 02 02HISTÓRIA 02 02 02LÍNGUA PORTUGUESA 03 03 04MATEMÁTICA 04 02 03QUÍMICA 02 02 02SOCIOLOGIA 02 02 02LEM - ESPANHOL* 04 04 -LEM - INGLÊS 02 02 02TOTAL GERAL 29 29 25

Observações:

Matriz Curricular de acordo com a LDB n. 9394/96

*Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.

Page 9: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

Reconhece-se que houve muitos avanços no processo histórico recente para efetivar umatransformação no ensino de Arte. A disciplina da Arte é de suma importância na formação doaluno do Ensino Médio, pois seu ensino possibilita este jovem expandir seus sentidos, suacapacidade de criação, percepção e apreciação, o pensamento crítico, a interpretação e atransformação do mundo bem como a si mesmo. Em todas as culturas, constata-se a presença da arte de várias maneiras, ela é um processode humanização. Como criador, o ser humano produz novas maneiras de ver e sentir, quesão diferentes em cada momento histórico e em cada cultura, por isso é fundamentalconsiderar as determinações econômicas e sociais que interferem nas relações entre oshomens, os objetos e os outros homens, para compreender a relatividade do valor estético eas diversas funções que a arte tem cumprido historicamente e que se relacionam com omodo de organização da sociedade. Pela arte o ser humano se torna consciente da suaexistência individual e social; percebe-se e se interroga, e é levado a interpretar o mundo e asi mesmo.

Fundamentos Teórico MetodológicosA arte é uma das dimensões do conhecimento que permeiam o currículo da EducaçãoBásica e que abrange as Artes Visuais, a Música, o Teatro e a Dança, possibilitando umtrabalho pedagógico com foco na totalidade do conhecimento. Neste sentido, na proposta doEnsino Médio, o professor deverá estar atento a organização do tempo relacionado aosconteúdos da disciplina que serão desenvolvidos e trabalhados nas aulas. No Ensino Médiode disciplinas trimestrais, composto por 2 horas aulas semanal e presente na segunda série,deve-se organizar este tempo para que o aluno se aproprie do conhecimento sistematizado.É necessário conhecer os fundamentos teóricos-metodológicos que permeiam a disciplinade Arte, nas formas de como a arte é compreendida no cotidiano das escolas e, de como aspessoas buscam entendê-la.Em todas as culturas, constata-se a presença da arte de várias maneiras, ela é um processode humanização. Como criador, o ser humano produz novas maneiras de ver e sentir, quesão diferentes, em cada momento histórico e em cada cultura, por isso éfundamental considerar as determinações econômicas e sociais que interferem nas relaçõesentre os homens, os objetivos e os outros homens para compreender a relatividade do valorestético e as diversas funções que a arte tem cumprido historicamente e que se relacionam,com o mundo de organização da sociedade. Pela arte o ser humano se torna consciente dasua existência individual e social, percebe-se e se interroga e, é levado a interpretar omundo e a si mesmo.Definir a arte e entendê-la pressupõe abordar campos conceituais que historicamente foramconstruídos sobre ela: conhecimento estético relacionado à apreensão do objeto artísticocomo criação de cunho sensível e cognitivo e o conhecimento da produção artísticarelacionado aos processos do fazer artístico e da criação como forma de organização eestruturação do trabalho artístico. Vázquez (1978) aponta três interpretações sãofundamentais para o entendimento da arte no convívio social.A arte como ideologia nos faz refletir que a arte é produto de um conjunto de idéias,crenças e doutrinas, próprias de uma sociedade, de uma época ou de uma classe. A artenão é só ideologia, porém, ela está presente nas produções artísticas.A arte como forma de conhecimento mostra que a arte é organizada e estruturada por umconhecimento próprio, por um conteúdo formal, que ao mesmo tempo possui um conteúdosocial e que tem como objeto o ser humano em suas múltiplas dimensões.A arte como trabalho criador considera que ao criar o ser humano recria-se, constituindo-se como um ser humano criador, sensível, consciente, capaz de compreender e transformara realidade. O trabalho artístico além de representar, objetivamente ou não, uma dadarealidade constitui-se, em si mesma, numa nova realidade social concreta.Estas concepções são fundamentais para o desenvolvimento do ensino desta disciplina na

Page 10: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

escola, no entanto deve-se ter uma coerência entre os fundamentos teóricos metodológicos,os conteúdos, os objetivos, a metodologia e a avaliação para uma aprendizagem efetiva.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESOs Conteúdos Básicos a serem trabalhados no Ensino Médio e presente na segunda série,serão organizados através da linha do tempo organicamente.

MÚSICAELEMENTOS FORMAIS :alturaduração

timbreintensidade

densidade

COMPOSIÇÃO:ritmomelodia

harmoniaestrutura

gênerotécnicas

MOVIMENTOS E PERÍODOS:Arte greco-romanaArte OrientalArte Africana

RapBarrocoIndústria cultural

MPBArte Paranaense

ARTES VISUAISELEMENTOS FORMAIS:PontoLinha

TexturaVolume

LuzCor

COMPOSIÇÃO:FigurativaAbstrataBidimensional

Tridimensionalritmo visualGêneros

Técnicas

MOVIMENTOS E PERÍODOS:- Arte Pré-HistóricaArte EgípciaArte Greco-RomanaArte AfricanaArte MedievalArte Gótica

RenascimentoBarrocoNeoclassicismoVanguardas EuropeiasOp-ArtPop-Art

Arte NaifArte IndígenaArte BrasileiraArte Paranaense

TEATROELEMENTOS FORMAIS:Personagem (expressão corporal, vocal, gestual,facial)AçãoEspaço

COMPOSIÇÃO: RepresentaçãoRoteiroSonoplastia

FigurinosAdereçosMaquiagem

GênerosTécnicas

MOVIMENTOS E PERÍODOS:Arte Greco-RomanaArte OrientalTeatro Pobre

Teatro do AbsurdoTeatro do OprimidoArte Brasileira

Arte Paranaense

Page 11: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

DANÇAELEMENTOS FORMAIS :Movimento CorporalTempoEspaço

COMPOSIÇÃO:EixoPonto de ApoioSalto e Queda

DeslocamentoCoreografiaGêneros

Técnicas

MOVIMENTOS E PERÍODOS:Arte AfricanaArte Oriental

Arte PopularArte Brasileira

Hip HopArte Paranaense

ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOSO encaminhamento metodológico também é compreendido de forma orgânica. São trêsmomentos pelos quais os alunos devem passar: teorizar - é apreensão do conteúdo pormeio da cognição e da racionalidade; sentir e perceber - são o acesso às obras de arte(música, teatro, artes visuais e dança); trabalho artístico - é o momento da prática, dotrabalho criador. Esses momentos podem ser trabalhados pelo professor simultaneamenteou iniciados por qualquer um deles. É importante lembrar que “essa abordagemmetodológica é essencial no processo pedagógico em Arte. Os três aspectos metodológicosabordados (...) – teorizar, sentir e perceber e o trabalho artístico – são importantes porquesendo interdependentes, permitem que as aulas sejam planejadas com recursos eencaminhamentos específicos.” (DCE, p. 71-72).No processo pedagógico, os alunos terão acesso às obras de Música, Teatro, Dança e ArtesVisuais para se familiarizarem com as diversas formas de produção artística, se envolverãoe apreciarão objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética.Esses conteúdos serão trabalhados, na medida do possível, de forma orgânica, ou seja,inter-relacionados:Elementos formais – elementos da cultura humana observados dentro das quatro áreas(música, dança, teatro e artes visuais);Composição – é a produção artística como organização dos elementos formais de cada área(música, dança, teatro e artes visuais);Movimentos e períodos – constituem-se no conteúdo histórico que está relacionado com oconhecimento em arte nas quatro áreas;Tempo e espaço – é uma categoria articuladora em arte, pois está presente em todas asáreas da disciplina.A temática da cultura e história Afro-brasisleira, também será contemplada no ensino dearte, de forma crítica, para que essa história não seja, novamente, distorcida, não venha aser passada de uma forma folclórica. Passar a verdadeira história da população negra naconstrução de nosso país, uma contribuição social, política, econômica e literária.

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃODentro de Artes, a avaliação deve ser um instrumento flexível, diversificado e adequado àexploração da prática em todas as linguagens. A avaliação será trimestralmente e terácaráter dinâmico, contínuo e cooperativo. Acompanhará toda a prática pedagógica e estarárelacionada com as quatro áreas artística. Para se obter uma avaliação efetiva, individual ede grupos são necessários vários instrumentos de avaliação, que podem ser descritosatravés de observações, trabalhos individuais ou em grupos, trabalhos teóricos e práticos,pesquisa bibliográfica, seminários, provas teóricas e práticas, dramatizações, danças,composições musicais articuladas pelos alunos, registros em forma de relatórios entreoutros. Pensar os critérios de avaliação que devem orientar o ensino da Arte é essencialpara o entendimento dos conteúdos que abrangem todas as áreas da arte que podem serresumidos nas seguintes expectativas de aprendizagem: compreensão dos elementos que

Page 12: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

estruturam e organizam a arte e sua relação com a sociedade; produção de trabalhosartísticos visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social; apropriaçãoprática e teórica das formas de compor nas diversas áreas da arte.Avaliar em Arte é superar os limites dos gostos pessoais e das afinidades para centrar-se noconhecimento propiciando uma aprendizagem socialmente significativa para o aluno.A avaliação pode ser realizada durante a própria situação de aprendizagem, identificandocomo o aluno interage com os conteúdos. Dar-se-á, também, ao término de um conjunto deatividades para analisar como a aprendizagem ocorreu.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICABRASIL. Leis, decretos, etc. lei n.5692/71: Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional, LDB. Brasília, 1971.BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei n.9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da EducaçãoNacional, LDB. Brasília, 1996.BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.GOMBRICH, E.H. Arte e ilusão. São Paulo: M. Fontes,1986.PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Departamento de Educação Básica.DiretrizesCurriculares da Educação Básica de Arte. Curitiba: SEED-PR, 2008.VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. As ideias estéticas de Marx. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz eTerra,1978.

Page 13: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

Atualmente faz-se necessário compreender a relação entre a ciência, tecnologia esociedade, visando ampliar as possibilidades de compreensão e participação efetiva nessemundo.

A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno da “vida”. Apreocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos naturais levou o homem adiferentes concepções de mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo.

Para compreender os pensamentos que contribuíram na construção das diferentesconcepções sobre o fenômeno Vida e suas implicações para o ensino, buscando-se naHistória da Ciência os contextos que impulsionaram mudanças conceituais no modo como ohomem passou a compreender a natureza.

O conhecimento do campo da Biologia deve-se subsidiar a analise e reflexão dequestões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursosnaturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana noambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas dos organismos, enfim, omodo como a natureza se comporta e a vida se processa.

Assim os conhecimentos apresentados pela disciplina Biologia no Ensino Médiorepresentam os modelos teóricos elaborados no esboço para levar o aluno a compreensãoda natureza viva e dos diferentes sistemas explicativos, a contraposição entre os mesmo e acompreensão de que a ciência não tem respostas definitivas para tudo, sendo uma de suascaracterísticas a possibilidade de ser questionado e de se transformar; bem comoreconhecer que o conhecimento cientifico pode ser produto de longas investigações e estarem constante desenvolvimento, não pode ser considerado absoluto e acabado.

Mais que inserir conteúdos atualizados cabe ao professor trabalhar as grandesteorias da Biologia incorporando informações acerca das novas descobertas ao longo detoda vida. De posse desses conceitos centrais e aptos a buscar novos conhecimentos, osalunos terão condições de se inserir no mundo em que vivem, em constante transformaçãoe refletir sobre ele.

Assumindo o ensino de biologia como meio para transformar os estudantes e, porconseguinte, a sociedade, cabe a nós, professores de biologia com entusiasmo ecriatividade, estabelecer conexões com outras disciplinas sobre problemas da vida dosalunos, bem como a Cultura Afro-brasileira e Africana, contextualizando os conceitos naBiologia na realidade. Mostrando que a biologia esta presente no nosso dia-a-dia einfluencia diretamente as nossas tomadas de decisão.

Portanto, o estudo dessa ciência requer uma postura mais crítica, para quepossamos entender os processos biológicos numa busca constante de compreender ofenômeno “Vida”.

Partindo-se da dimensão histórica da disciplina Biologia, foram identificados osmarcos conceituais da construção do pensamento Biológico a partir dos quais foramestabelecidos os conteúdos estruturantes:

1 – Organização dos seres vivos: A classificação dos seres vivos é uma tentativa decompreender toda uma diversidade biológica, agrupando e categorizando as espéciesextintas e existentes;

2 – Mecanismos biológicos: Apresenta uma proposta que privilegia o estudo dosmecanismos que explicam como os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam.

3 - Biodiversidade: Entende-se por biodiversidade um sistema complexo deconhecimento biológico integrado, dinâmico, envolvendo a variabilidade genética, adiversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com anatureza, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido transformações.

Page 14: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

4 – Manipulação Genética: Apresenta propostas voltadas para implicações daengenharia genética sobre a vida, considerando-se que com avanços da Biologia molecular,há a possibilidade de manipular o material o material genético dos seres vivos, pois osmesmos apontam como a disciplina se constitui como conhecimentos, e como esta teminfluenciado na construção de uma concepção de mundo construindo para que se possamcompreender as implicações sociais, políticas, econômicas e ambientais que envolvem aapropriação deste conhecimento biológico pela sociedade.

Estes conteúdos foram estabelecidos buscando-se sua historicidade para que seperceba a não neutralidade da construção do pensamento cientifico e o caráter transitório doconhecimento elaborado.

Compreendida assim, é mais uma das formas de conhecimento produzido pelodesenvolvimento do homem e determinada pelas necessidades materiais deste em cadamomento histórico.

CONTEÚDOS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Organização dos Seres Vivos

Mecanismos Biológicos

Biodiversidade

Manipulação Genética

Classificação dos Seres Vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.

Sistemas biológicos : anatomia, morfologia efisiologia.

Mecanismos de desenvolvimento embriológico.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos

Teorias evolutivas.

Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependência com o ambiente..

Organismos geneticamente modificados.

ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS

Para o ensino de Biologia, compreender o fenômeno da VIDA e sua complexidadede relações significa pensar em uma ciência em transformação, cujo caráter provisóriogarante a reavaliação dos seus resultados e possibilita o repensar e a mudança constantede conceitos e teorias elaboradas em cada momento histórico, social, político, econômico ecultural.

O desenvolvimento das atividades curriculares dar-se-á, com menções realizadasem três trimestres.

Para tanto os encaminhamentos metodológicos a serem utilizados no ensino dosconteúdos específicos de Biologia apontam para as seguintes estratégias metodológicas deensino: prática social, problematização, instrumentalização, catarse e o retorno à práticasocial.

Para cada Conteúdo Estruturante, propõe-se:

Organização dos Seres Vivos – A metodologia descritiva propõe a observação e adescrição dos seres vivos, buscando-se partir desta metodologia ampliando a discussãopara a comparação das características estruturais anatômicas e comportamentais dosseres, realizando discussões entre os critérios usados desde Linné até a atualidade com a

Page 15: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

introdução da análise genômica, propiciando a compreensão de mundo imutável, chegou aomodelo de mundo em constante mudança;

Mecanismos Biológicos - fundamenta-se no paradigma mecanicista para explicar osmecanismos biológicos. Considera-se que este conhecimento, isoladamente, é insuficientepara permitir ao aluno compreender as relações que se estabelecem entre os diversosmecanismos para manutenção da vida. É importante considerar o aprofundamento, aespecialização, o conhecimento objetivo como ponto de partida para que se possacompreender os sistemas vivos como fruto de interação entre seus elementos constituintese da interação deste sistema com os demais componentes do seu meio;

Biodiversidade – A metodologia de ensino neste Conteúdo Estruturante pretendecaracterizar a diversidade da VIDA como um conjunto de processos organizados eintegrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou, ainda, de organismos no seumeio. Pretende-se a superação das concepções alternativas do aluno com a aproximaçãodas concepções científicas, procurando compreender os conceitos de genética, da evoluçãoe da ecologia, como forma de explicar a diversidade dos seres vivos;

Manipulação Genética – Este Conteúdo estruturante fundamenta-se no paradigmada manipulação genética. Ao propor o paradigma da manipulação genética não significa queesteja sendo proposta a manipulação do material genético nos laboratórios escolares. O quese pretende, nesta diretriz, é garantir a reflexão sobre as implicações dos avançosbiológicos para o desenvolvimento da sociedade. Uma possibilidade metodológica a serutilizada é a problematização. Esta proposta metodológica parte do princípio da provocaçãoe mobilização do aluno na busca por conhecimentos necessários para resolução deproblemas. Estes problemas relacionam os conteúdos da Biologia ao cotidiano do alunopara que ele busque compreender e atuar na sociedade de forma crítica.

Serão utilizados recursos como a aula dialogada, leitura, escrita, experimentação,analogias, pesquisas no sentido de possibilitarem a participação dos alunos, favorecendo aexpressão de seus pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma vezque aprender envolve a produção/criação de novos significados, tendo em vista que esseprocesso acarreta o encontro e o confronto das diferentes ideias que circulam em sala deaula.

O uso de diferentes imagens como vídeos, transparências, fotos e as atividadesexperimentais, com problematização em torno da questão demonstração e interpretação.

Aulas experimentais, seja de manipulação de material ou demonstrativa, serãodisponibilizadas e estarão associadas para promover discussão e reflexão, possibilitando ainteração com fenômenos biológicos, a troca de informações entre os grupos que participamda aula e assim novas interpretações.

Os jogos didáticos também serão utilizados para gerar desafios, impregnado deconteúdos culturais a serem veiculados na escola, com finalidade de desenvolverhabilidades de resolução de problemas,o que possibilita a oportunidade de traçar planos deações para atingir determinados objetivos.

Os recursos metodológicos diferenciados vinculados à experimentação, pesquisado meio, aulas dialogadas, recursos áudios-visuais e informática, fazendo uso dos recursosdisponíveis oferecidos pela SEED como: Portal dia-a-dia educação, TV Paulo Freire, TVescola e internet, serão disponibilizados para oportunizar a abrangência dos conteúdosestruturantes.

A abordagem pedagógica sobre a história e cultura afro-brasileira e africana, bemcomo sobre a cultura indígena, será desenvolvido por meio de análises que envolvam aconstituição genética da população brasiliera . Os conteúdos específicos a seremtrabalhados serão relacionados aos conteúdos estruturantes e básicos de formacontextualizada para favorecer a compreensão da diversidade biológica e cultural.

O trabalho envolvendo a Educação Ambiental dar-se-à por prática educativa

Page 16: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

integrada, contínua e permanente no desenvolvimento dos conteúdos específicos , por meiode contextualização com os conteúdos específicos sobre as questões ambientais.

CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO.

Conceber e utilizar a avaliação em Biologia, como instrumento de aprendizagem quepermita fornecer um feedback adequado para promover o avanço dos alunos;

Ampliar o conceito e a prática da avaliação ao conjunto de saberes, destrezas e atitudes queinteresse contemplar na aprendizagem de conceitos biológicos, superando sua habituallimitação à rememoração receptiva de conteúdos conceituais;

Introduzir formas de avaliação da prática docente como instrumento de melhoria do ensino;

É preciso compreender a avaliação como prática emancipadora. Deste modo, a avaliaçãona disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja finalidade é obterinformações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela intervir ereformular os processos de aprendizagem.

Pressupõe-se uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento dos resultados desua aprendizagem e organiza-se para as mudanças necessárias.

Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações pedagógicaspensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Professores e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os obstáculos.

RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A recuperação de estudos deverá acontecer de forma simultânea e continua por meio dadisponibilização de diferentes instrumentos avaliativos em cada trimestre.

INSTRUMENTOS AVALIATIVOS

A avaliação dar-se-á por meio de provas escritas, discursivas e objetivas, relatório de aulaspráticas, apresentação de seminários, debates, confecções de maquetes análise de vídeoscom produção de roteiros e pesquisas.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA.

Biblioteca do Professor

SEED: Livro Didático Público – Biologia (folhas)

Brasília – Secretaria da Educação Básica – Orientações Curriculares do Ensino Médio.MEC/SEB 2004

Biologia – José Mariano Amabis e Gilberto Rodrigues Martho (Ed. Moderna) Biologia deOlho no mundo do trabalho – Sídio Machado (Ed. Scipione) Biologia – J. Lawrence (Ed.Nova Geração)

Biologia – César e Sézar (Ed. Saraiva)

Biologia – Sonia Lopes e Sérgio Rossa (Ed. Saraiva) Biologia – Paulino (Ed. Ática)

Biologia – Pezzi, Gowdak eMattos (Editora FTD)

www.ibama.gov.br

Portal www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

Textos clássicos da Internet

Page 17: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

OAC s (objeto de aprendizagem colaborativo)

Page 18: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

JUSTIFICATIVA

A disciplina de Educação Física como disciplina curricular, passou por inúmerastransformações ao longo da história e atendeu a inúmeros interesses, muitas vezesantagônicos aos propósitos pedagógicos de uma disciplina que visa a formação de sujeitoscríticos. Muitas discussões se estabeleceram ao longo desse processo, algumas no sentidode legalização da mesma no interior da escola. O que se pretende destacar aqui são osavanços que esta disciplina alcançou, especialmente no estado do Paraná, nos últimos anose a possibilidade que se tem atualmente para que ela atinja a legitimidade.

Acreditamos que isso seja possível primeiramente pelo envolvimento ecomprometimento dos professores que atuam diretamente no cotidiano da escola, pelaefetivação de propostas consistentes, de um trabalho pedagógico organizado de acordocom os referenciais teóricos apontados nas diretrizes curriculares, materializados naspráticas docentes.

A reorganização desta disciplina no ensino médio proporcionará um novo repensarsobre a maneira como a Educação Física tem se constituído no interior da escola eoportunizará a implementação de uma proposta que atenda aos propósitos das diretrizescurriculares, na perspectiva de uma teoria crítica pautada na cultura corporal.

METODOLOGIA

A metodologia adotada pressupõe acima de tudo uma postura frente aosconhecimentos que serão trabalhados, pois não será possível uma prática pedagógicapautada exclusivamente numa lógica de desportivização, comumente organizada emtrimestres divididos por diferentes modalidades esportivas. É fundamental na relevância dosconhecimentos de grande abrangência proveniente dos diferentes campos da ciência e quese constituíram historicamente.

O encaminhamento metodológico deve ser desenvolvido com base nas diretrizescurriculares. Nesse sentido, todos os conteúdos trabalhados em aula devem partir de umaprática social inicial, passando pelos momentos de problematizarão, instrumentalização ecatarse para no final de um conjunto de aulas ou do bloco observar o retorno à práticasocial.

Ao propor o trabalho com os diferentes conteúdos básicos é imprescindível que oprofessor leve em consideração a Abordagem Teórico Metodológica para o Ensino Médiopresente nas Diretrizes Curriculares, conforme segue:

Primeira leitura da realidade (Prática social inicial, Problematização)

• Traçar objetivamente o que se pretende alcançar com o conteúdo trabalhado.

• Identificar aquilo que os alunos já conhecem sobre o tema.

• Estabelecer relação entre o Conteúdo Estruturante e as problemáticas da vida social,cultural e econômica.

• Lançar questões ou desafios que suscitem a reflexão por parte dos alunos.

Apreensão do conhecimento (Instrumentalização, Catarse)

• Possibilitar ao aluno o contato com o conhecimento sistematizado, historicamenteconstruído.

• Oportunizar condições de assimilação e recriação do conhecimento.

Page 19: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

• Realizar intervenções pedagógicas necessárias para apreensão do conhecimento.

Avaliação do processo ensino-aprendizagem (retorno à Prática Social)

• Solicitar a criação de outras variações da temática trabalhada.

• Oportunizar o diálogo que permita o aluno avaliar o processo de ensino/aprendizagem.

ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDO ESTRUTURANTE ESPORTE

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços.

• Analisar a possível relação entre o esporte de rendimento X qualidade de vida.

• Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômicos.

• Estudar as regras oficiais e sistemas táticos.

• Organização de campeonatos, torneios, elaboração de súmulas e montagem de tabelas,de acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples, dupla entreoutros).

• Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt.

• Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico sobre ofenômeno esporte.

• Discutir e analisar o esporte nos seus diferentes aspectos:

- enquanto meio de lazer;

- sua função social;

- sua relação com a mídia;

- relação com a ciência;

- doping e recursos ergogênicos e esporte de alto rendimento;

- nutrição, saúde e prática esportiva;

• Analisar a propiciação do esporte pela Indústria Cultural.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE JOGOS E BRINCADEIRAS

• Analisar a apropriação dos jogos pela Indústria Cultural.

• Organização de eventos.

• Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidades de fruição nos espaços e tempos delazer.

• Recorte histórico delimitando tempo e espaço.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE DANÇA

• Possibilitar o estudo sobre a dança relacionada à expressão corporal, seu contextohistórico, suas representações e diversidade de culturas.

• Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seusdiferenciados ritmos.

Page 20: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

• Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressãocorporal.

• Estimular a interpretação e criação coreográfica.

• Provocar a reflexão acerca da apropriação da dança pela Indústria Cultural.

• Entender os benefícios gerais possibilitados pela dança.

• Organização de Festival de Dança.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE GINÁSTICA

• Analisar a função social da ginástica.

• Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica.

• Pesquisar a interferência da ginástica no mundo do trabalho (ex: laboral).

• Estudar a relação entre a ginástica X sedentarismo e qualidade de vida.

• Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da ginástica com:tecido muscular; resistência muscular; diferença entre resistência e força; tipos de força;fontes energéticas; freqüência cardíaca; fonte metabólica; gasto energético; composiçãocorporal; desvios posturais; LER; DORT; compreensão cultual acerca do corpo; apropriaçãoda ginástica pela Indústria Cultural, entre outros.

• Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim como asistematização e planejamento de treinos.

• Organização de Festival de Ginástica.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE LUTAS

• Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes artesmarciais, técnicas táticas/estratégias, apropriação da luta pela Indústria Cultural, entreoutros.

• Compreender os benefícios possibilitados pelas lutas e artes marciais.

• Analisar e discutir a diferença entre lutas X artes marciais X esporte.

• Estudar o histórico da capoeira,a diferença de classificação e estilos da capoeira enquantojogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos, movimentação,roda, entre outras.

Page 21: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA DE ORGANIZAÇÃO

1ª SÉRIECONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS• esporte. • coletivos. • voleibol;

• basquetebol;• futsal;• handebol;• outros esportes.

• jogos e brincadeiras. • jogos de tabuleiro;• jogos cooperativos;• jogos competitivos;• jogos recreativos.

• xadrez;• dama;• trilha;• roleta;• queimada maluca;• outros.

• dança. • dança moderna;• danças folclóricas.

• exploração de ritmos variados;• dança de quadrilha.

• ginástica. • ginástica geral • ginástica de alongamentolocalizada

• lutas. • lutas comaproximação.

• judô;• jiu-jitsu;• sumo.

ELEMENTOS ARTICULADORES

O corpo que brinca e aprende: Manifestações Lúdicas.

- Construção individual e coletiva de brincadeiras.

- Construção de materiais.

O desenvolvimento corporal e construção da saúde.

- Educação postural.

- Hábitos saudáveis/higiene corporal.

- Alimentação saudável/obesidade.

- Prostituição infantil.

- Doenças causadas pelo sedentarismo.

- Abordagem sobre o uso de substancias entorpecentes e seus efeitos

sobre a saúde.

- Influencia da mídia – beleza/moda/consumo.

- Vestimenta adequada para a pratica da atividade física.

A relação do corpo com o mundo do trabalho.

- Ginástica Laboral

- Riscos e conseqüências de lesões em atletas/profissionais.

- Importância do Lazer.

Contemplar temas referentes a diversidade cultural.

Page 22: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

2ª SÉRIECONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS• esporte. • coletivos;

• individuais.• atletismo;• Korfebol;• voleibol;• basquetebol;• futsal;• handebol.

• jogos ebrincadeiras.

• jogos dramáticos;• jogos populares;• jogos criados.

• dramatização, mímica e improvisação;• bets;• outros.

• dança. • dança de rua. • exploração de ritmos variados;• break;• funk;• hip hop.

• ginástica. • ginástica de academia.

• alongamento e flexibilidade;• ginástica aeróbica;• ginástica localizada.

• lutas. • lutas que mantêm adistância.

• karatê;• boxe;• taekwondo.

ELEMENTOS ARTICULADORES O corpo que brinca e aprende: Manifestações Lúdicas

- construção individual ou coletiva de brincadeiras;

- construção de materiais.

O Desenvolvimento Corporal e Construção da Saúde

- educação postural;

- hábitos saudáveis;

- higiene corporal;

- alimentação saudável;

- obesidade;

- prostituição infantil;

- doenças causadas pelo sedentarismo;

- abordagem sobre o uso de substancias entorpecentes e os seus efeitos

sobre a saúde entorpecentes e os seus efeitos sobre a saúde;

- influência da mídia: Beleza, moda, consumo.

A Relação do Corpo com o Mundo do Trabalho

- ginástica laboral;

- riscos e conseqüências de lesões em atletas;

- importância do lazer.

Contemplar temas referentes a diversidade cultural.

Page 23: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

3ª SÉRIECONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDOS

ESPECÍFICOS• esporte. • coletivos; • voleibol;

• basquetebol;• futsal;• handebol;• outros esportes.

• jogos e brincadeiras. • jogos dramáticos;• jogos populares.• criação de jogos oriundos dos esportes;• jogos adaptados.

• dramatização, mímica e improvisação;

• dança. • dança de salão. • forró;• xote;• bolero;• samba.

• ginástica. • ginástica geral. • jogos e movimentosgimnicos.

• lutas. • lutas comoinstrumento mediadorCapoeira.

• capoeira regional;• capoeira de angola.

ELEMENTOS ARTICULADORES

O corpo que brinca e aprende: Manifestações Lúdicas

- construção individual ou coletiva de brincadeiras e materiais.

O desenvolvimento Corporal e Construção da Saúde

- educação Sexual;

- alimentação saudável;

- obesidade;

- doenças causadas pelo sedentarismo;

- abordagem sobre o uso de substancias entorpecentes e os seus efeitos sobre a saúde;

- hábitos saudáveis;

- higiene corporal;

- influência da mídia: beleza, moda, consumo;

- vestimenta adequada para a prática da atividade física.

A Relação do Corpo com o Mundo do Trabalho

- ginástica laboral;

- riscos e conseqüências de lesões em atletas/profissionais;

- importância do lazer.

Contemplar temas referentes a diversidade cultural.

Page 24: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Educação Física tem conduzido os professores àreflexão, ao estudo e ao aprofundamento, visando buscar novas formas de entretenimento ecompreensão de seus significados no contexto escolar.

Ao propor reflexões sobre a avaliação no ensino de Educação Física nestasDiretrizes, objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção defendida e aspráticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem. Nesta perspectiva,a avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modoque permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como um elemento externo a esteprocesso.

De acordo com as especificidades da disciplina de Educação Física, a avaliaçãodeve estar vinculada ao Projeto Político Pedagógico da Escola, com critérios estabelecidosde forma clara, a fim de priorizar a qualidade e o processo de ensino e aprendizagem, sendocontínua, identificando dessa forma, os processos do aluno durante o ano letivo, levando-seem consideração o que preconiza a LDB 9394/96 pela chamada avaliação formativa emcomparação à avaliação tradicional, qual seja, somática ou classificatória, com vistas àdiminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana.

Propõe-se que o processo avaliativo seja diagnostico, continuo e diversificado edeve ser colocado a serviço da aprendizagem de todos os alunos de modo que permeia oconjunto das ações pedagógicas e não como um elemento externo a este processo.

A partir da avaliação diagnóstica, tanto o professor quanto os alunos poderãorevisar o processo desenvolvido até então para identificar lacunas no processo de ensino eaprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem asuperação das dificuldades constatadas.

Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor organizaráe reorganizará o seu trabalho visando as diversas manifestações corporais, evidenciadasnas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assimque os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma supostarelação com o mundo.

Propõe que seja trimestral, com os conteúdos seriados, evidenciando o grau dedificuldades de acordo com os níveis de aprendizagem.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA

ARRUDA, Solange. Arte do movimento: as descobertas de Rudolf Laban na Dança eação humana. São Paulo: PW Gráficos e Editores Associados, 1988.

ASSIS DE OLIVEIRA, Sávio. Reinventando o esporte: possibilidades da prátcapedagógica. Campinas: Autores Associados/CBCE, 2001.

BARRETA, Débora. Dança... ensino, sentidos e possibilidades na escola. Campinas:Autores Associados, 2004.

BENJAMIM, Walter. Reflexões sobre a crinça, o brinquedo e a educação. São Paulo:Duas Cidades / Editora 34, 2002.

CAPARROZ, Francisco Eduardo. Entre a Educação Física na escola e a Educação Físicada escola. Vitória: CEFD/UFES, 1997.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo.Cortez. 1992.

GASPARIN, J. L. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 3. ed. Campinas:Autores Associados, 2002.

Page 25: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

GOELLNER, Silvana Vilodre (org). Educação Física / Ciências do Esporte: intervençõesdo conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999.

MARCELINO, Nelson Crvalho. Lúdico, educação e educação física. Ijuí: Unijuí, 1999.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretriz Curricular de Educação Física.2010.

SOARES, Carmen Lúcia. Corpo e História. Campinas: Autores Associados, 2001.

_______ , Imagens da educação no corpo. Campinas: Autores Associados, 1998.

STIGGER, M. P. Educação Física, Esporte e Diversidade. Campinas. SP. Autores

Associados, 2005.

Page 26: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA DO ENSINO MÉDIO

Apresentação

Devido mudanças na concepção do ensino médio, as diversas disciplinas estãotrazendo questões que fazem com que a presença da filosofia seja mais natural enecessária. Contudo, não podemos pensá-la como uma panaceia que vai resolver toda aindigência de reflexão critica.

Por conseguinte, quanto à questão da sua presente naturalidade e necessidade,podemos facilmente ultrapassar a vigente ideia de disciplina transformadora do ensinomédio ao suscitar a seguinte leitura de Gramsci sobre a racionalidade humana, `` não sepode pensar em nenhum homem que não seja também filósofo, que não pense,precisamente porque pensar é próprio do homem como tal. Logo, não contrariar a próprianatureza humana, eis o que de fato fundamenta a importância da disciplina no ensinomédio.

De todo modo, compete à disciplina oferecer aos estudantes a possibilidade decompreender a complexidade do mundo contemporâneo. Todavia, o oficio filosófico em salade aula deve direcionar-se indiscutivelmente a partir da seguinte compreensão expressa porkant, “não há filosofia que se possa aprender, só se pode aprender a filosofar. Ou seja, trata-se de abordar a filosofia em sala de aula como uma atitude, um pensar permanente, umconhecimento instituinte, no sentido de questionar o saber instituído, cujo próprio tecido é atrama dos acontecimentos, é o cotidiano, enfim, o mundo.

Sendo assim, cabe ressaltar, que o filosofar sempre se confronta com o poder eque, enquanto conjunto de conhecimentos construídos historicamente reúne grande partedos temas que influenciam a vida de nossos estudantes, os quais, encontram-se, de certomodo, integrados entre os conteúdos estruturantes elencados pelas Diretrizes para otrabalho em sala de aula, os quais estão organizados em seis temáticas.

Mito e Filosofia, visa à compreensão de que o surgimento do pensamento racional,conceitual, entre os gregos, marca o advento de uma etapa fundamental na historia dahumanidade. Teoria do Conhecimento, como o próprio nome sugere, e uma abordagemteórica sobre o conhecimento. Ética, aborda os fundamentos da ação humana, buscandonão o ensino de valores específicos, mas sim, mostrar que o agir fundamentado propiciaconsequências melhores. Filosofia Politica, visa contribuir com o debate sobre os possíveissentidos da vida politica, buscando a criação de uma linguagem capaz de alimentar oimaginário do politico e as ações cidadãs dos estudantes. Em Filosofia da Ciência, busca-seapresentá-la como um espaço aberto, de discussão sobre as relações e conexões entre afilosofia e a ciência, uma vez que, vivemos um momento de aparente triunfo da ciência e afilosofia da ciência serve como uma ferramenta capaz de questionar tal visão. Em Estética,busca-se percorrer, de certa forma, a ordem de problemas que foram surgindo a medida queas questões estéticas se colocaram na filosofia.

Por fim, cabe ressaltar que a fundamentação teórico-metodológica desta PropostaPedagógica está pautada nas Diretrizes Curriculares de Filosofia do Ensino Médio doParaná, as quais, concebem a Filosofia enquanto espaço de analise e criação de conceitos,por entender que o estudante precisa de um saber que opere por questionamentos,conceitos e categorias. Contudo, há muito a amadurecer e a se construir no longo caminhoque nos levara a consolidação da relação da filosofia com a formação da cultura e com oensino brasileiro. De todo modo, tal construção depende de um trabalho em sala de aulaque saliente a tradicional procura de verdades, e não, a imposição das mesmas.

Fundamentos Teórico Metodológicos

Na atual perspectiva educacional, é preciso ressaltar que professor e aluno sãocoautores de um processo ensino-aprendizagem, cujo conhecimento deve ser apropriado

Page 27: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

teoricamente como um elemento fundamental na compreensão e transformação dasociedade.

Evidentemente, essa postura pedagógica exige que se privilegiem a contradição, aduvida, o questionamento, que se valorizem a diversidade e a divergência, que interroguemas certezas e as incertezas, despojando os conteúdos de sua forma naturalizada, pronta,imutável.

Por conseguinte, cabe salientar que, para o ensino de Filosofia o professor teráduas aulas por semana num total de sessenta 60 aulas anuais e que, do ponto de vistametodológico é imprescindível um planejamento com espaço para analise e criação deconceitos.

PROCEDIMENTOS PRATICOS

Pensando nas especificidades do ensino de Filosofia no Ensino Médio, buscar-se-áapresentar procedimentos práticos metodológicos que caminhem de acordo com tais.

Anuncio dos conteúdos

O encaminhamento das atividades docentes e discentes deve atentar-se pelaapresentação dos objetivos e pela explicitação dos conteúdos a serem trabalhados. Esseprocedimento auxilia os educandos a assumirem o encaminhamento do processopedagógico.

Vivencia dos conteúdos

Este é um momento em que, coletivamente, os alunos, estimulados e orientadospelo professor, são desafiados a mostrar todo o conhecimento que possuem sobre os itensdo tema em questão. Trata-se, por um lado, da visão de totalidade dos alunos em relação aoobjeto de estudo, expressando o senso comum, o perceptível, em que tudo e natural e, poroutro lado, do trabalho do professor no intuito de mobilizar, predispor os alunos para aconstrução do conhecimento.

A explicitação do que os alunos já sabem a respeito do tema é de muitaimportância. Todavia, deve ser assegurada a eles a oportunidade para que mostrem suacuriosidade, suas indagações, suas duvidas, os desafios da vida cotidiana a respeito doassunto. Trata-se, do desafiar a si mesmos e ao professor a irem além do proposto, doconhecido, do programado.

Questionamento da pratica social e do conteúdo

Com base nos dados apontados pelos alunos e nos desafios surgidos, o professorencaminha uma discussão, que consiste numa reflexão cooperativa, com o objetivo decomeçar a entender melhor o conteúdo que será estudado. Procura, outrossim, identificar osprincipais problemas e, ao mesmo tempo, entender esses problemas, bem como anecessidade e ou validade de sua abordagem.

Dimensões do conteúdo a serem trabalhadas

A discussão anterior deve deixar claro para os alunos que o conteúdo possuimúltiplas faces que podem vir a serem exploradas. Poder-se-á dizer que se trata dainterdisciplinariedade.

A problematização e o fio condutor de todo o processo de ensino-aprendizagem.Todavia, este e ainda preparatório, no sentido de que o educando, após ter sido desafiado,

Page 28: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

provocado, despertado e ter apresentado algumas hipóteses de encaminhamento,comprometesse teórica e praticamente com a busca da solução para s questões levantadas.

O processo de mediação docente

Tanto as técnicas convencionais quanto as novas tecnologias podem sertrabalhadas com uma perspectiva de mediação pedagógica, uma vez que ambas sãoprocessos ativos que possibilitam o contato entre o conteúdo e os alunos na realização daaprendizagem.

As técnicas pedagógicas são um dos elementos do processo de mediação. Osdemais são, a ação do professor, sua atitude profissional, a forma de tratar o conteúdo, osrelacionamentos entre professor e alunos e entre os próprios alunos, as ligações doconteúdo com a vida real dos aprendizes e com o contexto social maior.

E nessa etapa do processo pedagógico que, efetivamente, se realiza aaprendizagem. Por isso, o trabalho do professor como mediador consiste em dinamizar,através das acoes previstas e dos recursos selecionados, os processos mentais dos alunospara que se apropriem dos conteúdos científicos em suas diversas dimensões, buscandoalcançar os objetivos propostos.

Elaboração teórica da nova síntese

Este e o momento em que o aluno manifesta para si mesmo o quanto aprendeu. Esua nova formulação a respeito do tema. Consiste na comparação entre o que ele sabia noinicio do processo e os novos elementos que foi adquirindo pelo estudo e analise doconteúdo. Da junção dessas duas percepções e que emerge a nova visão da realidade, onovo conceito.

Expressão pratica da nova síntese

Como a síntese que o aluno elaborou deve manifestar-se de alguma forma paraque seja demonstrado que ela foi efetivamente construída, e o professor a confirme, retifiqueou amplie, e necessário que se defina como o educando vai expressar sua nova apreensãodo conteúdo.

Este e o momento da avalição. Deve-se ressaltar que a avalição não ocorre apenasnessa fase, mas durante o transcorrer de todas as atividades. Todavia, aqui se conclui oprocesso intelectual de aquisição do conhecimento proposto. Consequentemente se tornanecessário que se explicite, de forma mais clara e consistente, a real compreensão de tudoo que foi estudado. Para ter certeza de que o conteúdo foi aprendido, o professor deveprocurar identificar se o aluno sabe como aplicá-lo corretamente.

Conforme as circunstancias, a avaliação pode ser realizada de maneira informal ouformal.

Na avaliação informal, o aluno, por iniciativa própria e de maneira espontânea,manifesta o quanto incorporou dos conteúdos e dos métodos de trabalho utilizados.

Na avaliação formal, o professor seleciona e apresenta as diversas maneiras queoferecem ao educando a oportunidade de se manifestar sobre o quanto suas respostas seaproximam das questões básicas que orientaram a aprendizagem.

Tanto na primeira modalidade de avaliação quanto na outra, sempre devem serlevados em conta dois elementos básicos.

Page 29: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

a)Instrumentos

Na avaliação informal, o aluno escolhe o modo de expressão através do qual sesinta mais seguro para manifestar seu nível de aprendizagem. Na avaliação formal, oprofessor pode propor verificações orais, debates, seminários, resumos, elaboração detextos, redações, confecção de materiais como cartazes, maquetes ou objetos específicosconforme o conteúdo trabalhado, dramatizações, provas escritas do tipo dissertativo,objetivo, subjetivo, autoavalização, realização de experiência e outras formas queexpressem o grau de aprendizagem alcançado.

b)Critérios

Nenhuma avaliação pode ocorrer sem critérios previamente definidos. Estes devemser do conhecimento de todos os alunos. São critérios fundamentais, entre outros,organização e clareza na apresentação dos resultados da aprendizagem, correção,articulação das partes, sequencia logica, rigor na argumentação, criatividade.

A avaliação deve ser a manifestação de quanto o aluno se aproximou das soluções,ainda que teóricas, dos problemas e das questões levantadas.

Seriação/Carga horária1º ano

CONTEUDOESTRUTURANTE

CONTEUDOBASICO

ESPECIFICIDADE DA ABORDAGEM NASÉRIE

Saber Mítico Estrutura do pensamento míticocaracterísticas do Mito

MITO E FILOSOFIASaber Filosófico Estrutura do pensamento filosófico pré-

socratico. Característacas do pensamento filosófico

pré-socrático. Relação entre

Mito e Filosofia Diferenças e semelhança entre o mito e a

filosofia pré-socratica.Atualidade do

MitoA presença do discurso mítico nos filmes e

na cultura modernaTEORIA DO

CONHECIEMNTOO que é aFilosofia?

Principais características da filosofia:racionalidade, conceito e explicitação.

Possibilidadedo

conhecimento

Diferenças entre o relativismo deProtágoras e a perspectiva episemologica

de Platão. Formas de

ConhecimentoCeticismo; Dogmatismo; Racionalismo;

EmpirismoO Problema da

verdadeVerdade como correspondência

Verdade como revelaçãoverdade como convenção

A questão doMétodo

Diferença entre método dedutivo e indutivoAs regras do Método cartesiano

Conhecimento Silogismo; Falácias; Retórica

Page 30: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

2º anoCONTEÚDO

ESTRUTURANTECONTEÚDO

BÁSICOESPECIFICIDADE DA ABORDAGEM NA

SÉRIE

Ética e Moral Origens históricas da moral ocidental Diferenças entre moral e ética

Ética Pluralidade ética Diferentes concepções: eudaimonista,hedonista, cristã, liberal, niilista, etc

Ética e violência O problema da alteridadeO problema das virtudes

Razão, desejo evontade

O conflito entre alma racional e alma irracionalem Platão e Aristóteles; Amizade; Liberdade

Liberdade:autonomia do

sujeito e anecessidade das

normas

Conceitos de liberdadeLivre-Arbítrio

liberdade e cidadania

Filosofia Política Relação entrecomunidade e

poder

Estado e violênciaOs conceitos de Virtu e fortuna de Maquiavel

Liberdade eigualdade política

Conceito de Isonomia e IségoriaLiberade e Liberalidade

Pólitica e ideologia Liberalismo; Republicanismo; Socialismo;Marxismo

Esfera pública eprivada

Conceito de esfera públicaConceito de esfera privada

Condições de instauração do espaça públicoCidadania formale/ou participativa

A crise da representação. A questão da legitimidade da democaracia

participativaDireitos e deveres

3º anoCONTEÚDO

ESTRUTURANTECONTEÚDO

BÁSICOESPECIFICIDADE DA ABORDAGEM NA

SÉRIEConcepções de

ciênciaO que é ciência?

Concepção antiga e moderna de ciência Filosofia da Ciência A questão do

método científico O método dedutivo e indutivo

Falseabilidade empíricaRuptura epistemológica

Contribuições elimites da ciência

Ciência e sociedade; Paradigmascientifícos

Ciência e ideologia Alienação; Politica e ciência Ciência e ética Bioética

A ciência e senso comumEstética Natureza da arte Historia da arte

Concepções de arte Finalidade da arte

Filosfia e arte Baumgarten e a crítica do gosto Kant e a estética transcendental

Kant e Crítica da faculdade do juizo Categorias estéticas Feio, belo, sublime, trágico, cômico,

grotesco, gosto, etc.Estética esociedade

O belo e as formas de arte; Utilidade daarteCrítica do gosto

Page 31: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA FÌSICA DO ENSINO MÉDIO

JUSTIFICATIVA

A disciplina de física está vinculada à uma ciência de referência – a Física–, ciência cujo corpo teórico se apresenta na forma de princípios, leis, conceitos, definiçõese ideias, os quais não só sustentam a teoria, mas são fundamentais para compreendê-las.

Este quadro teórico, embora ainda em construção, possível respeitávelconsistência teórica e representa um empreendimento humano que teve início quando ohomem, pela contemplação, buscou compreender e descrever os fenômenos naturais e,hoje, permite compreender desde um simples caminhar até o comportamento de galáxiaspróximas ou distantes. Ele abrange desde a estrutura mais elementar da matéria até abusca de uma origem para o universo presente na cosmologia atual e, compõe parte dacultura científica atual.

Nesta sociedade técnico-cientifica avançada, a posse dessa culturatransforma-se em ferramenta, quando os sujeitos reconstruírem o conhecimentohistoricamente produzido e esse forneça subsídios para os sujeitos em formação, como serhumano e futuro profissional de uma sociedade em processo de globalização, tornando-oum ser crítico, criativo e inteirado com a sociedade, com as tecnologias a sua volta e que omesmo interagi, a partir de uma leitura de mundo com as ferramentas científicas.

Por isso, deseja-se que esses sujeitos compreendam a ciência como umavisão abstrata da realidade, que no caso da Física se apresenta sob a forma de definições,conceitos, princípios, leis e teorias interligados uns aos outros, os quais são submetidos arigorosos processos de validação.

Essa compreensão torna-se uma possibilidade com a inserção deste corpode conhecimentos como disciplina escolar no ensino médio, visto que, a maioria daspessoas somente terá contato com eles nesta etapa escolar.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Esta Orientação Pedagógica parte dos conteúdos estruturantes apontadospelas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica de Física (DCE-física), visto que elesforam considerados a partir da história da evolução das ideias e conceitos em física e,representam grandes sistematizações que compõem aquele quadro teórico.

O pressuposto teórico norteador desta orientação é “que o conhecimentocientífico é uma construção humana com significado histórico e social” (DCE-física, 2008, p.50). Portanto, potencializa-se um enfoque conceitual, pois se entende que essa culturacientífica é necessária para as práticas sociais contemporâneas, e contribui para acompreensão dos sujeitos quanto aos mecanismos sociais nos quais a escola está inserida,o reconhecimento do que é científico de fato e, utilizar-se desse conhecimento em suasvidas naquilo que lhes for favorável. Outra finalidade do ensino de física é propiciar ao alunocompreender e questionar a ciência quanto aos seus métodos, os limites dos seus modelose de suas possibilidades. Enfim, contribuir, em conjunto com as outras disciplinas, para aformação do sujeito crítico ao considerar a não-neutralidade da produção científica, suasrelações sociais, políticas, econômicas e culturais (DCE-física, p. 50).

No quadro a seguir, apresentam-se os Conteúdos Básicos da disciplina, talcomo foram apresentados nas DCE de Física, acrescidos da sugestão de divisão por série.

Page 32: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Tab. 1: Conteúdos estruturantes e básicos por série do Ensino MédioSérie Estruturante Básico

1a Movimento Gravitação

Momentum e inércia, 1a Lei de Newton

Conservação da quantidade de movimento e a 3a Lei de Newton

Variação da quantidade de movimento – Impulso

2a Lei de Newton

Condições de equilíbrio

2a Termodinâmica

Movimento

Energia e o Princípio da Conservação da energia1a Lei da Termodinâmica

1a Lei da Termodinâmica 2a Lei da Termodinâmica

Termodinâmica Lei Zero da Termodinâmica 3a Eletromagnetismo Carga elétrica

Força eletromagnética

Campo elétrico

Equações de Maxwell

Energia e o Princípio da Conservação da energia

A natureza da luz e suas propriedades

Movimento Termodinâmica

EletromagnetismoInterações

Os conteúdos básicos já especificados pelas Diretrizes Curriculares daEducação Básica de Física dão uma boa estrutura do quadro teórico da Física, sendofundamental para compreendê-lo, permitem minimizar este débito que temos com osestudantes, e, ir além, aproximando-se, ao menos conceitualmente, da física atualmostrando, uma ciência em construção. Por exemplo, ao se trabalhar os conceitosessenciais da teoria newtoniana, como espaço, tempo e massa, propõe-se ir além chegandoaos conceitos de espaço-tempo e massa relativísticos.

“Nessa medida, prefiro pensar que deve-se proporcionar aos estudantesuma visão da ciência física, por exemplo como um corpo unitário de conhecimentos quepossui uma estruturação interna em grandes sistemas conceituais interrelacionados”(TERRAZZAN, 1994, p. 162). Isso não significa minimizar o conhecimento físico, aocontrário, eles são o ponto de partida para se buscar o necessário aprofundamento que levea compreensão da Física como uma ciência, pois, o ensino de física vem apresentando umquadro no qual

(...) há uma dedicação quase exclusiva ao conteúdo técnico da física, até muitasvezes reduzido aos seus aspectos de algoritmos matemáticos. Todas as grandesdiscussões conceituais de fundo, envolvendo os aspectos históricos e sociais dodesenvolvimento da física enquanto ciência, estão ausentes da nossa física escolar.(TERRAZZAN, 1994, p. 42).

Como consequência mais imediata, os estudantes acabam por não gostarda disciplina e, passam pela educação básica sem conhecer a produção científica: suasidéias, seu corpo teórico, as questões culturais que a envolvem, dentre outras coisas.

Nesta proposta entende-se que o ensino de física deve permitir que o

Page 33: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

estudante desenvolva o pensamento científico através das discussões onde o contrário sefaça presente, isto é, um ensino que vá além do uso de algoritmos matemáticos pararesolver alguns problemas, mas que permita buscar relações que levem ao aprofundamentodo conteúdo. Esse ensino excessivamente mecanizado e repetitivo faz com que estudantese professores usem “... apenas o pensamento analógico e não o pensamento antitético”(Lufti, 1991, citado por Terrazzan, 1994, p.128), Como consequência, “... nuncaavançaremos em nosso conhecimento, pois tudo se reduz ao conhecido, o que leva àalienação da vida cotidiana.” (Idem).

No ensino dos conteúdos escolares, as relações interdisciplinares evidenciam, por umlado, as limitações e as insuficiências das disciplinas em suas abordagens isoladasse individuais e, por outro, as especificidades próprias de cada disciplina para acompreensão de um objeto qualquer. Desse modo, explicita-se que as disciplinasescolares não são herméticas, fechadas em si, mas, a partir de suas especialidades,chamam umas às outras e, em conjunto, ampliam a abordagem dos conteúdos demodo que se busque, cada vez mais, a totalidade (…) (Paraná/SEED/DEB,Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008, p. 27).

Espera-se que estudante perceba, através desses recortes metodológicos,a ciência como uma construção humana, como apregoa as Diretrizes Curriculares daEducação Básica de Física e, haja uma enculturação científica de forma que os estudantespercebam os avanços proporcionados pela ciência, suas possibilidades e seus limites.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A partir do entendimento de que a ciência se constitui de um realconstruído por homens, os quais estão inseridos em uma realidade histórica, e que não éalheia às outras atividades humanas, pretende-se discutir o conhecimento científico comoproduto da cultura científica, sujeito ao contexto socioeconômico, político e cultural de umaépoca.

Para tanto, utilizar-se-á de aulas teórico-expositivas: leitura e análise detextos históricos, de divulgação científica ou literária; apresentação e análise de filmes decurta duração (recortes de filmes) e documentários na TV-pendrive; atividades práticasexperimentais ou de pesquisa.

Entende-se que o “professor deve ensinar ciências, na perspectiva daciência, destacando o modelo de formulação do saber” (Carvalho Filho, 2006, p. 8). Assim,propõe-se partir do cotidiano do estudante, porém através de metodologias que propiciemcondições para que os estudantes distanciem-se dos seus conhecimentos empíricos e seapropriem do conhecimento científico, sem no entanto, estipular uma escala de valor entreambos.

Considera-se, como dito acima, que o estudante possui um conhecimentoempírico fruto de suas relações sociais e das suas interações com a natureza, mas, damesma forma que o conhecimento científico o conhecimento do estudante não é pronto eacabado. Assim, o trabalho com os conteúdos buscará mostrar a necessidade de superaçãodo senso comum para adentrar o mundo da ciência.

Desta forma, conforme o conteúdo, priorizar-se-á encaminhamentosmetodológicos que considerem:

1. Os modelos científicos como explicações humanas a respeito defenômenos científicos: apresentar e discutir esses modelos, suas possibilidades elimitações, isto é, seu campo de validade. Trabalha-se na perspectiva de que os modelosmatemáticos não são simples quantificações das grandezas físicas, se prioriza o trabalhocom dados literais em relação aos numéricos;

2. A história da ciência interna à Física: o objetivo é mostrar a evolução

Page 34: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

das teorias físicas, considerando a produção científica como um objeto humano e, portanto,cabível de erros e acertos, avanços e retrocessos (DCE-física, 2008, p. 69);

3. A história externa à Física: o objetivo é inserir a produção científica numcontexto mais amplo da História da Humanidade, a fim de evidenciar a não-neutralidade daprodução científica e a Física como uma produção cultural humana;

4. As práticas experimentais: propõem-se atividades que geremdiscussões e permitam que os estudantes participem expondo suas opiniões. Estas práticaspossuem uma base conceitual na qual o conteúdo está inserido e, o estudante deveconhecê-la, saber em que o experimento está baseado. Busca-se superar a visão indutivista“de que os experimentos são confrontos de olhos e mentes abertas com a Natureza, comoum meio para adquirir conhecimento objetivo, isento e certo sobre o mundo” (Hodson,1988);

5. Atividades práticas de pesquisa: atividades que estimulem a pesquisa ereflexão em torno dos conteúdos científicos, através de questões problematizadoras,pesquisa bibliográfica, Internet e outros;

6. Leitura de textos: prioriza-se textos científicos (divulgação científica oufato histórico), ou literários de caráter científico, entendendo-os como uma possibilidadepara ir além de algoritmos matemáticos e atividades experimentais, para discutir osconceitos científicos contribuindo para a apropriação da cultura científica pelos estudantes.

Buscou-se na História e na Epistemologia da Física o caminho paraelaboração desta proposta curricular. Esta busca também contribui para a escolha dametodologia mais adequada ao conteúdo físico, pois conforme já dissemos, oencaminhamento metodológico depende do conteúdo, embora não seja um fatordeterminante uma vez que é preciso considerar o contexto social no qual a escola estáinserida e o que os estudantes já sabem, dentre outras coisas.

Abordagem dos conteúdos:

1a série

Os conteúdos estruturantes são, geralmente, interdependentes einterrelacionados. Como campo de pesquisa teórico o estudo dos movimentos – gravitaçãoe leis do movimento – constitui-se na primeira grande sistematização da Física, no séculoXVII, e teve o mérito de juntar céu e terra sob as mesmas leis, constituindo-se naconcretização de um modelo de ciência que passaria a ser “o modelo” de formulação dasteorias físicas até, pelo menos, o final do século XIX. É neste contexto, por exemplo, quesurge o conceito de espaço em substituição ao conceito aristotélico de lugar e, o universopassaria a ser infinito, com profundas reflexões sócio-culturais, especialmente nas artes.

Nesta proposta, a gravitação tem o propósito de localizar o estudante nocontexto social, econômico e cultural no qual evolui as ideias a respeito do universo e seformalizou na Lei da Gravitação Universal de Newton. Pretende-se destacar, através daHistória da Física, as fases fundamentais para a construção de uma cosmovisão científica,através de exemplos da história da física, como por exemplo, o surgimento do que seconvencionou chamar de método científico a partir da síntese de Galileu, o qual combinou oempírico com a matemática e permitiu a Newton formular as leis do movimento; o conceitode força que toma materialidade a partir da 2a Lei de Newton.

Propõe-se o trabalho da quantidade de movimento e a sua conservaçãodepois de desenvolvido a ideia de movimento aos pares, isto é, a formulação da 3a Lei deNewton. A partir daí, desenvolve-se a ideia de força resultante (2a Lei de Newton), comoalgo externo ao corpo. De posse do quadro teórico do estudo dos movimentos é possívelpartir para aplicações deste conhecimento, inicialmente em situações cotidianas e, emseguida passando para questões mais abstratas como por exemplo, as decomposições deforça em situações que apliquem as leis de Newton (sistema com polias, sistema massa-

Page 35: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

mola, etc).

Nesta abordagem, impossível separar as discussões à respeito de inérciaque culminou com a formulação da 1a Lei de Newton. A separação apresentada na tabela 1é um referencial para administração do tempo em cada bloco (semestre), do ponto de vistadidático-metodológico os conteúdos estão relacionados uns aos outros. Assim, no contextode uma sala de aula, as discussões aparecerão em conjunto, conforme tabela 2 (ANEXO A).Isto implica que pode-se realizar o trabalho iniciando por gravitação e, em seguida abordaros básicos envolvendo quantidade de movimento e a sua conservação e leis de Newton.Ou, o contrário finalizando com gravitação.

Estas relações propostas de conteúdos pretende que o estudante formuleuma visão da Física e de seus métodos de produção de conhecimento, e as influênciasdesse modelo para a termodinâmica e o eletromagnetismo. Aqui, volta-se para a história daevolução do pensamento físico como caminho metodológico para se alcançar tal objetivo.

2a série –

No início do século XVIII, a invenção das máquinas térmicas permitiuretirar água das profundezas das minas de carvão, um problema enfrentado pelasmineradoras, contribuiu para a supremacia tecnológica da Inglaterra, desta época. Até ofinal do século XVIII, melhorias efetuadas por engenheiros permitiu dobrar o rendimento dasmáquinas. No entanto, “outros avanços só seriam possíveis com uma melhor compreensãodos processos térmicos envolvidos” (QUADROS, 1996).

Esses fatos são suficientes para mostrar que a produção científica não éindependente do contexto socioeconômico do qual ela faz parte, e justificam iniciar o estudode energia situando o estudante no ambiente econômico, cultural e científico do final doséculo XVII e início do século XVIII, época em que a termodinâmica evolui.

Toma-se, assim, a história das máquinas térmicas como mote para discutira termodinâmica, formalizada em suas leis. Neste processo, pretende-se chegar ao princípioda conservação de energia e a ideia de calor como energia. A partir desse ponto, é possívelestabelecer as estritas relações da termodinâmica com o estudo dos movimentos – Históriada Física: evolução do conceito de calor –, através do conceito de trabalho, e a conservaçãoda energia mecânica.

A termodinâmica, que lida com os fenômenos em que comparecem o calore a temperatura, preocupa-se apenas com as poucas variáveis visíveis do mundomacroscópico: pressão, volume, energia interna, número de moles (QUADROS, 1996). Porisso, inicialmente, caso os estudantes não possuam esse conhecimento, propõe-se otrabalho com essas variáveis para subsidiar o estudante para o entendimento dasdiscussões. Da mesma forma, a expansão e contração gasosa e o modelo de gases ideais.Esses conteúdos são importantes para a compreensão da 2a Lei da Termodinâmica e ateoria cinética dos gases.

A aparente não conservação da energia nos processos irreversíveissuscita novas discussões em torno da 2a Lei da Termodinâmica, e permite discutir o conceitode potência e rendimento nas máquinas térmicas e outros sistemas físicos. Ainda, conduz adiscussão sobre a necessidade do Zero Absoluto e, ao conceito de entropia.

Na sequência, apresenta-se o modelo da Teoria Cinética dos Gases, aqual faz a relação entre o comportamento microscópico da matéria e as propriedadesmacroscópicas que ela apresenta, o que resultou numa releitura da termodinâmica. Estemodelo surge de uma retomada ao trabalho de Bernoulli devido as dificuldades com asteorias existentes do calor, por exemplo, o calórico, e cujo problema foi resolvido porMaxwell. O trabalho de Boltzmann e Gibbs permite associar a entropia e desordem, atravésda mecânica estatística, a qual entende o comportamento macroscópico da matéria a partirde seu comportamento microscópico.

Page 36: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

As discussões acerca da Lei Zero da Termodinâmica, as escalastermométricas, a necessidade do Zero Absoluto e a noção de entropia também devem estarpresente na série.

É importante lembrar que as leis da termodinâmica são melhorescompreendidas no seu conjunto. Nesta proposta a separação é um referencial paraadministração do tempo no bloco, pois do ponto de vista didático-metodológico elas estãorelacionadas entre si. Assim, no contexto de uma sala de aula, as discussões não seseparam.

3a série

Antigas perguntas (por exemplo, Do que é feita a matéria e o que amantém estável?) são ressuscitadas no final do século XIX e início do século XX com oconhecimento da estrutura da matéria, em especial o átomo. Estas discussões fazem partedo contexto do eletromagnetismo, através do conceito de carga elétrica, e, por isso, propõe-se o início do eletromagnetismo através deste conceito, visto que ele é fundamental para asdiscussões neste campo teórico da física.

Conforme já dissemos, os conteúdos estruturantes podem aparecerinterdependentes e inter-relacionados. No final do século XIX a mecânica newtoniana aindagozava de grande prestígio frente a comunidade científica, buscava-se então adaptar oeletromagnetismo a este modelo. No entanto, ainda havia algumas dúvidas (por exemplo, oprovável colapso do átomo), cujas discussões teóricas resultaram na síntese de Maxwell, oqual instituiu o conceito de campo, um ente inseparável da carga.

O conceito de campo é fundamental para entender a teoriaeletromagnética de Maxwell e, embora separados na Tabela 1 (Anexo A), propõe-se discuti-lo no conjunto com as Leis de Maxwell, analisando a teoria através da História da Física. Oprincípio da Conservação da Energia é retomada com as Leis de Maxwell, assim como, asideias de trabalho e potência, e a força eletromagnética.

Propõe-se estudar a luz no contexto do eletromagnetismo, porque, a partirdos trabalhos de Maxwell, ela foi entendida como uma onda eletromagnética.

Faz-se então, uma retomada de todos os campos de força descrevendo osfenômenos físicos através das interações fundamentais. Além de uma releitura do quadroteórico já trabalhado, este procedimento possibilita trabalhar a constituição da matéria apartir de seus constituintes mais fundamentais.

Nesta proposta estão destacados os pontos principais de cadaestruturante. Uma sequência organizada destes conteúdos básicos e seus específicos estãonas tabelas de distribuição dos estruturantes (Anexo A). Os conteúdos estruturantes ebásicos nesta proposta estão distribuídos por série, mas isto não implica que o professornão possa trabalhar mais de um estruturante por série, até porque eles estão relacionadosentre si e são interdependentes. Por exemplo, embora o estudo de fluídos esteja inserido naprimeira série no estruturante movimento, nada impede que seja abordado na segundasérie. Esse é critério que cabe ao professor adotar, conforme o seu contexto escolar.

AVALIAÇÃO

A avaliação dar-se-á ao longo do processo de ensino e aprendizagem dosestudantes, independentemente do sistema ser anual ou em blocos (semestral), visto queela é um instrumento para acompanhamento do trabalho do professor e do processo deaprendizagem dos estudantes.

Mas, para isso, é preciso um planejamento do que ensinar (conteúdos), para queensinar (o que se espera do aluno ao final de cada unidade de conteúdo, a cadaano, ao final do do ensino médio) e qual é o resultado esperado desse ensino

Page 37: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

(que sujeito pretende formar) (Paraná/SEED/DEB, Diretrizes Curriculares daEducação Básica – Física, 2008, p. 79).

A função principal da avaliação é acompanhar o processo e, a partir daí,prever a continuidade ou não desse processo e apontar caminhos para que se efetive aaprendizagem dos estudantes. Com um maior tempo com o estudante semanalmente, oprofessor pode diversificar os instrumentos de avaliação para além da tradicional prova definal de trimestre, até porque avaliar no final do trimestre não é para acompanhar, mas paraaprovar ou reprovar e, esta não é a função da avaliação, ainda que o regimento escolaraponte para o seu aspecto quantitativo.

Textos (de divulgação científica, literários, históricos, etc.), atividadesexperimentais, teatros, são alguns instrumentos que nos possibilita avaliarmos o processode aprendizagem e, acima de tudo estabelecer o necessário diálogo com os estudantespara que eles aprendam a expressar suas opiniões e se efetive a construção doconhecimento pelos estudantes. Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar otrabalho com o novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino eaprendizagem. (Paraná/SEED/DEB, Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física,2008, p. 31), assim, criando as condições necessárias e reais para que o trabalhopedagógico aconteça e seja conduzido da melhor forma possível.

Cada conteúdo trabalhado possui objetivos a serem atingidos, conformeAnexo B, a partir dos quais serão definidos os instrumentos de avaliação que serãoaplicados. Este é o ponto de partida (no momento da elaboração do Plano de TrabalhoDocente) para a definição dos critérios de avaliação de cada momento avaliativo, ou seja, decada instrumento aplicado.

Estes critérios, cujos objetivos estão especificados no Anexo B, identifica oque se espera que cada estudante, individualmente, apresente por meio daqueleinstrumento de avaliação e, por isso, eles devem ter a clareza de cada um desses critériosda mesma forma que o professor os tem. Por exemplo, o trabalho pedagógico com osconteúdos inércia e momentum pressupõe uma concepção de universo onde existemreferenciais inerciais identificados pela 1a Lei de Newton, logo, é fundamental que oestudante construa esta realidade física, na qual a inércia é possível.

Esta tarefa não é fácil e, por isso, propõe-se trabalhar as Leis de Newtonno seu conjunto, pois

“ a compreensão global se completará quando forem estudadas as três leis e oembricamento que há entre elas tornar-se evidente. O conceito de força que écaracterizado na 3 lei traz ingredientes essenciais par reelaborar a concepção de“força impressa”” (PACCA, 1991, 105).

Para verificar/diagnosticar se o estudante construiu esta realidade física,na qual a inércia é possível, pode-se utilizar diversos instrumentos, como por exemplo, umaprova escrita ou oral, um seminário cujo tema seja a evolução da idéia de inércia e força nafísica, uma representação por meio de um desenho ou um experimento. Neste instrumento,no qual estará definido o critério em conformidade com o Anexo B, o estudante, conforme jádissemos, será informado sobre o que se espera que ele desenvolva naquela atividadeavaliativa através do instrumento escolhido.

Entende-se o processo avaliativo como um projeto de investigação queaponta para a possibilidade de compreender a evolução e as dificuldades apresentadaspelos estudantes e, dessa forma, intervir no processo de ensino e aprendizagem, “comvistas às mudanças necessárias para que essa aprendizagem se concretize e a escola sefaça mais próxima da comunidade, da sociedade como um todo, no atual contexto históricoe no espaço onde os alunos estão inseridos” (DCE-física, 2008, p. 31).

No exemplo citado (conteúdos inércia e momentum), propõe-seencaminhamentos metodológicos que tratem da evolução do conceito e a formulação dasíntese newtoniana, expressa nas três leis do movimento, acompanhado de discussões que

Page 38: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

estimulem os estudantes a expressarem as suas opiniões de forma a obter informações“...que são ao mesmo tempo final de uma etapa e ponto de partida de outra num processoque tem continuidade em direção ao conhecimento desejado” (PACCA, 1991, 104).

Assim, pretende-se ouvir para problematizar o conhecimento dosestudantes e, ao mesmo tempo, criar as condições necessárias para que os estudantesconheçam a realidade física na qual a inércia é possível. Espera-se que isto aconteça, pois,este é um dos objetivos para aqueles conteúdos, isto é, a compreensão da 1a Lei de Newtoncomo necessária para definir os referenciais inerciais e a distinção dos sistemas internosdos externos e sua ligação com as leis do movimento, em especial a lei da inércia (AnexoB).

Por último, assume-se a responsabilidade pela aprendizagem dosestudantes, o que implica estabelecer meios para a recuperação dos que apresentaremmenor rendimento (LDB 9.394/96, Art 13, § III, IV; e Art 24, § V-e) e, em conformidade com oregimento escolar desta escola.

E, para que ocorra essa aprendizagem se dará preferência ao processo,isto é, a avaliação será contínua e cumulativa e com possibilidades de recuperaçãoparalelas ao período letivo para os alunos que apresentarem a necessidade (LDB 9.394/96,Art 24, § V-a,e).

REFERÊNCIAS

BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. LDB 9.394/96.

CARVALHO FILHO, J. E. C. Educação Científica na perspectiva Bachelardiana: EnsaioEnquanto Formação. In: Revista Ensaio, Belo Horizonte, v. 8, n. 1, 2006.

CAVALIERE, A. M. Tempo de escola e qualidade na educação pública. In: Educação e Sociedade. (Online), Campinas, vol. 28, n. 100 – Especial, p. 1015-1035, out. 2007. Acesso em 04/01/2010.

GOERGEN, P. Espaço e tempo na escola: constatações e expectativas. Disponível em:http://www.cori.unicamp.br/foruns/magis/evento5/textos%20PEDRO.doc. Acesso em04/01/2010.HODSON, D. EXPERIMENTOS NA CIÊNCIA E NO ENSINO DE CIÊNCIAS. EducationalPhilosophy and Theory, 20, 53-66, 1988. Tradução, para estudo de Paulo A. Porto.

PACCA, J. L. A. O ENSINO DA LEI DA INÉRCIA: DIFICULDADES DO PLANEJAMENTO.In: Caderno Catarinense de Ensino de Física, Florianópolis, v. 8, n. 2: 99-105, ago. 1991.

PARANÁ/SEED/DEB. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física. Curitiba,2008.PARENTE, C. da M. D. A construção dos tempos escolares: possibilidades ealternativas plurais. Tese de doutorado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas –Faculdade de Educação, 2006.PORTO, C. M.; PORTO, M. B. D. S. M. A evolução do pensamento cosmológico e onascimento da ciência moderna. In: Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 30, n. 4,4601, 2008.

QUADROS, S. A termodinâmica e a invenção das máquinas térmicas. São Paulo:Scipione, 1996.

TERRAZZAN, E. A. Perspectivas para a inserção da física moderna na escola média.Tese de Doutorado. .São Paulo: FEUSP, 2004.

YUS, R. Horário em blocos para a integração curricular e … muito mais. In: Pátio RevistaPedagógica (online), Porto alegre, n. 30, p. 8-11, mai/julh/2004Ano VIII, n. 30.

Page 39: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

Fundamentos teórico metodológicos

A geografia que estamos propondo para ser ensinada no ensino médio é derivadade uma concepção científica. Essa geografia se ocupa da análise histórica da formação dasdiversas configurações espaciais e distingue-se dos demais ramos do conhecimento namedida que se preocupa com a : dimensão econômica daprodução do/no espaço –principal forma de análise para entender como se constitui o espaço geográfico, já que asrelações sociedade/natureza são movidas pela produção de toda a materialidade necessáriapara a existência humana e pelas relações sociais e de trabalho que organizam essaprodução; a questão geopolítica – que engloba os interesses relativos aos territórios e asrelações de poder econômico e social que os envolve; a dimensão sócioambiental –considerando fundamental para os estudo geográficos no atual período histórico queperpassa outros campos do conhecimento e isso remete a necessidade de espacializá-lo,sob a ótica das relações socias e culturais bem como da constituição, distribuição emobilidade demográfica.

Cabe ao ensino da geografia abordar as relações de poder que constituemterritórios nas mais variadas escalas, desde as que delimitam os micro espaçosurbanos,como os territórios do tráfico, da prostituição ou da segregação sócio-econômica,até os internacionais e globais. Sendo assim a função a geografia é subsidiar os alunos apensar e agir criticamente, buscando elementos que permitam compreender e explicar omundo (Callai 2001), tendo a geografia à função de preparar o aluno para uma leitura criticada produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem umacerta passividade aos indivíduos.

A partir desses apontamentos cabe ao professor ter uma postura investigativa depesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva do mundo, não somente de suaparte, mas em conjunto com os alunos, tendo em vista sua função enquanto agentetransformador do ensino, e da escola e da sociedade.

A partir do exposto, sobre a geografia, pode-se acrescentar que a relevância dessadisciplina está no fato de que todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensãoespacial, onde o espaço é a materialização dos tempos da vida social. Portanto,há que seempreender um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos específicos degeografia, com os quais ele possa ler e interpretar criticamente o espaço, sem deixar deconsiderar a diversidade das temáticas geográficas e suas diferentes formas de abordagem.

Assim assume-se nesta diretriz a retomada do trabalho pedagógico por meio dasteorias criticas da educação e da geografia, sem ortodoxias. Considerando-se que o campodas teorias críticas possibilita o ensino da geografia com base na análise e na crítica dasrelações sócio-espaciais, nas diversas escolas geográficas, do local global, retornando aolocal. Esta opção teórica é coerente com a concepção de currículo e com a identidade queesta reformulação curricular quer atribuir a educação básica.

Page 40: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Conteúdos Básicos – Geografia

1º anoConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfica

Dimensão cultural demográfica do

espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço

geográfico

1) A formação e transformação das paisagens.2) A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias deexploração e produção.3) A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação dapaisagem, a (re)organização do espaço geográfico 4) A formação, localização e exploração dos recursos naturais. 5) A revolução técnico-científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;6) O espaço rural e a modernização da agricultura.

2º anoConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço

geográfico

Dimensão política do espaço

geográfica

Dimensão cultural demográfica do

espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço

geográfico

1) O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.2) A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações3) Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios 4) As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.5) A formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanose a urbanização recente.6) Os movimentos sociais, urbanos erurais, e a apropriação do espaço.7) A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

Page 41: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

3º anoConteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Dimensão econômica do espaço geográfico

Dimensão política do espaço geográfica

Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Dimensão socioambiental do espaço geográfico

1) Os movimentos migratórios e suasmotivações.2) A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.3) O comércio e as implicações socioespaciais.4) As diversas regionalizações do espaço geográfico. 5) As implicações socioespaciais do processo de mundialização.6) A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Adotando as teorias criticas propõe-se uma Geografia que procura entender asociedade em seus aspectos sociais, econômicos, culturais e políticos e nas relações queestabelece com a natureza para produção do espaço geográfico.

O conceito de Geografia deve continuar associado aos estudos estatísticos,importantes para as discussões políticas sobre o planejamento ambiental, rural, industrial eurbano, demonstrando, dessa forma as contradições sociais (etnia, gênero,faixa-etária,distribuição populacional e entre outros) existentes dentro de uma mesma sociedade.

Esse ensino deve subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente, buscandoelementos que permitam compreender e explicar o mundo, cabendo assim, à Geografia afunção de preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço, negandoa “naturalidade” dos fenômenos que imprimem uma certa passividade aos indivíduos.

Cabe ao professor ter uma postura investigativa de pesquisa, mediadora recusandouma visão receptiva e reprodutiva do mundo, não somente de sua parte, mas em conjuntocom os alunos tendo em vista sua função enquanto agente transformador do ensino daescola e, em decorrência disso, da própria sociedade.

Todos os acontecimentos do mundo têm uma dimensão espacial, onde o espaço éa materialização dos tempos da vida social. Esse contexto exige que o professor empreendauma educação que contemple a heterogeneidade do mundo atual em que a velocidade dosdeslocamentos dos indivíduos, instituições,informações e capitais de uma realidade.

O processo de ensino de geografia deverá valorizar uma prática pedagógica quebusca sempre a possibilidade de privilegiar as dimensões, e é necessário que os conteúdosgeográficos sejam trabalhados de forma crítica e dinâmica, mantendo a coerência com osfundamento teóricos.

Os conteúdos específicos serão abordados a partir de cada conteúdo estruturante eque esses enfoques perpassam uns aos outros constantemente.

Serão utilizados na disciplina de Geografia recursos técnicos que levem o aluno acompreender, analisar, diferenciar, relacionar as mudanças no mundo atual e a importânciadas relações com o meio em que vive.

A pratica pedagógica no ensino Médio deve contemplar uma abordagemmetodológica que oriente para:

- A categoria como linguagem para o ensino de geografia;

- A concepção de totalidade norteando a compreensão das relações

Page 42: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

sócioambientais;

- A coerência entre a linha teórica da geografia e a abordagem conceitual

dos conteúdos.

- O homem (social) entendido como agente produtor do espaço.

O desenvolvimento das atividades curriculares de geografia dar-se-á por blocos dedisciplinas, sendo esses blocos desenvolvidos trimestralmente com atividades avaliativasrealizadas com no mínimo três instrumentos avaliativos diferentes em cada trimestre.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A Avaliação é parte do nosso processo de ensino-aprendizagem e, por isso, deveservir não apenas para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também o trabalhopedagógico do professor.

É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o processode aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota ouconceito. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina a avaliaçãoformativa, considerada um avanço em relação à avaliação somativa ou classificatória.

A avaliação não excluirá o sistema formal, mas sim, de desenvolver no mínimo trêsformas de avaliação, formativa e somativa, registradas de maneira organizada e criteriosa,pois servem para diferentes finalidades.

Avaliação dar-se-á não apenas por meios de provas, mas de instrumentos deavaliação que contemple várias formas de expressão dos alunos como; leitura einterpretação de texto, produção de textos, leitura e interpretação de fotos, imagens,gráficos, tabelas e mapas, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas de campos efilmes,apresentação de seminários, construção e análise de maquetes entre outros. Essesinstrumentos devem ser relacionados de acordo com cada conteúdo e objetivo de ensino.

Em Geografia os principais critérios a serem observados na avaliação são aformação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócioespaciais.

Deve-se estabelecer as devidas articulações entre teorias e práticas, na condiçãode sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e quesimultaneamente parte desta ação para o sempre necessário aprofundamento teórico.

A recuperação de conteúdo é um direito do aluno, independentemente do nível deapropriação dos conhecimentos básicos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA.

Coelho, Marcos Amorim e outra – Geografia Geral

Coelho, Marcos amorim- Geografia geral- Espaço natural e sócio-econômico.

Tércio, Lúcia Marina- Geografia

Sene, Eustáquio e outro- Geografia- espaço Geográfico e Globalização

Lucci, Geografia Geral- O sistema terra

Magnoli, Demétrio e outro - Geografia a construção do mundo

SEED- geografia- Ensino Médio

DCE- geografia

Page 43: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DO ENSINO MÉDIO

1 – APRESENTAÇÃO

A disciplina de História nas práticas escolares tem como suporte as DiretrizesCurriculares para o Ensino Médio. A sua dimensão abrange um conhecimento produzido eelaborado que atenda a totalidade e especificidades regionais contribuindo para aconstrução de uma sociedade mais justa.

Baseados nas Diretrizes Curriculares para o ensino de História na educaçãobásica, busca-se suscitar reflexões a respeito de aspectos políticos, econômicos, culturais,sociais, e das relações entre o ensino da disciplina com a produção do conhecimentohistórico. Assim, verdades prontas e definitivas não têm lugar, porque necessariamente otrabalho pedagógico nesta disciplina deve dialogar com outras vertentes tanto quanto deverecusar o ensino de História marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia.

Do mesmo modo, recusam-se as produções historiográficas que afirmam nãoexistir objetividade possível em História, e consideram todas as afirmativas igualmenteválidas. Destaca-se que os consensos mínimos construídos no debate entre as vertentesteóricas não expressam meras opiniões, mas implicam fundamentos do conhecimentohistórico que se tornam referenciais.

O objetivo do ensino de História é manifestado no processo de produção doconhecimento humano, formando a consciência histórica dos indivíduos. E, tem como objetode estudos os processos relativos às ações humanas e relações humanas praticadas aolongo do tempo, bem como a respectiva significação atribuída pelos sujeitos, tendo ou nãoconsciência dessas ações. As relações humanas produzidas por essas ações podem serdefinidas como estruturas sócio históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou deraciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social,cultural e politicamente.

O objeto da disciplina de história é o estudo dos processos históricos relativos àsações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitosderam às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações, formas de se relacionar social,cultural e politicamente, valorizando os sujeitos históricos não somente como objetos deanálise historiográfica, mas como agentes que buscam a construção do conhecimentoatravés da reflexão teórica e, portanto, da produção conceitual de sua prática vivencial einvestigativa no universo escolar, onde tem como objeto as ações humanas.

Devem-se considerar também as relações dos seres humanos com osfenômenos naturais e propiciar aos alunos a formação histórica e permitir que o alunoelabore conceitos que o permitam pensar historicamente superando também a historiacomo algo dado, como verdade absoluta, imutável.

Os conteúdos foram selecionados e estruturados nas relações de trabalho,relações de poder e relações culturais, como recortes do processo histórico.

Relações de Trabalho: Este conteúdo estruturante permite aprofundar acompreensão das relações do mundo contemporâneo, como estas se configuram e como omundo do trabalho se constitui em diferentes períodos históricos, considerando os conflitosde classe e entre as classes.

Page 44: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Relações de Poder: Este conteúdo estruturante permite ao aluno aprofundar acompreensão sobre como as relações de poder que se encontram em todos os espaçossociais e, também permite identificar, localizar as arenas decisórias e os mecanismos que aconstituem.

Relações Culturais: Este conteúdo permite ao aluno reconhecer a si e aos outroscomo construtores de uma cultura comum, compreendendo a especialidade de cadasociedade e as relações entre elas. E, ainda, entender como se constituíram as experiênciasculturais dos sujeitos ao longo do tempo, detectando as permanências e mudanças nasdiversas tradições e costumes sociais.

Inseridos nestes conteúdos estruturantes temos a obrigatoriedade da temática“Historia e Cultura Afro-Brasileira” segundo a Lei Nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 e deacordo com a Lei Nº 13.381/1 torna obrigatório no ensino Fundamental e Médio da RedePública Estadual os conteúdos de História do Paraná.

A articulação desses conteúdos parte da análise temporal e espacial em que sujeitossão inseridos, de problemáticas atuais e sua contextualização para o desenvolvimento de umaconsciência histórica crítica dos alunos.

2 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Relações de Trabalho, Poder e Cultura

1º ANO

RELAÇÕES DE TRABALHO O que é Trabalho

O mundo do trabalho contemporâneo

A divisão do trabalho

O mundo do trabalho vai acabar

O mundo do trabalho em diferentes sociedades

O mundo do trabalho nas sociedades teocráticas

Egito Antigo, sociedades pré-colombianas: os Astecas, Maias e Incas

Trabalho e artes nas sociedades pré-colombianas

O mundo do trabalho nas sociedades da Antiguidade clássica: Grécia e Roma

Filosofia e escravidão

O mundo do trabalho na sociedade feudal

RELAÇÕES DE PODER

O Estado no mundo Antigo e Medieval:

Estados na Antiguidade Oriental: poder político e religioso: Mesopotâmia

Egito

Hebreus

O Estado na Grécia Antiga

Relações entre conquistadores e conquistados

Page 45: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Pérsia Macedônia Romanos

Estados na Idade Média

Sociedade Feudal na Europa Oriental

Estado Islâmico

RELAÇÕES CULTURAIS

As cidades na Historia

As cidades neolíticas: o caso Çatalhoyuk

As cidades antigas: urbanismo na Grécia e em Roma

O Islão: civilização urbana

As cidades na América pré-colombiana

Expansão urbana na Europa dos séculos XI – XIII Cidades catedrais: românica e gótica

Relações culturais nas sociedades gregas romanas na antiguidade

Mulheres na sociedade grega

A representação das mulheres na filosofia grega

A imagem da mulher grega nas artes

As mulheres na sociedade romana

A luta por direitos da plebe na sociedade romana

2º ANO RELAÇÕES DE TRABALHO

A construção do trabalho assalariado

De artesãos independentes a tarefeiros assalariados

A constituição do sistema de fábricas

A organização do tempo de trabalho Trabalho infantil: um dos mais explorados Transição do trabalho escravo para o trabalho livre

A mão-de-obra no contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades: brasileirae estadunidense;

Os europeus e as etnias no novo mundo

A Instituição da Escravidão africana no continente Americano ( História e cultura Afro)RELAÇÕES DE PODER

O Estado e as relações de poder: formação dos Estados Nacionais

Formação do Estado Moderno

Teóricos do Estado Nacional Absolutista Do Estado Absolutista ao Estado NaçãoTeóricos do Estado Nação

Independência do Brasil e a Formação do Estado Nacional

A construção da ideia da Nação Brasileira

Page 46: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Símbolos Nacionais Brasileiros

Relações de poder e violência no Estado

Os Estados e as relações de poder

RELAÇÕES CULTURAIS

Relações culturais na sociedade medieval europeia: camponeses, artesãos, mulheres,hereges e doentes

O pré-conceito da Idade Média

Sociedades Medievais: uma reflexão sobre a sociedade feudal

Algumas manifestações de dominação e resistência entre os camponeses

Algumas manifestações de dominação e resistência nas cidades

Um mapa da exclusão social na Idade Média Algumas reflexões sobre as mulheres na Idade Média Algumas reflexões sobre os hereges da Idade Média’

Algumas reflexões sobre os doentes na Idade Média: hanseníase, a peste negra.

Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna. Transformações do mundo moderno

Reforma Protestante e o fim do monopólio religioso da Igreja Católica’

França Antártica: uma experiência protestante ou uma experiência indígena na América portuguesa?

Revolução gloriosa e o triunfo da burguesia sob o absolutismo

Iluminismo: as luzes da razão da modernidade’

As novas ideias e as contestações dos trabalhadores

3º ANO

RELAÇÕES DE TRABALHO

Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo (séculos XVIII e XIX)

Historia e cultura Afro

Revoluções e luta pela igualdade

Manifestações femininas: a busca da cidadania

Organização dos operários

Os jovens, a participação política e a cidadania Urbanização e industrialização no Brasil Atividades econômicas no Brasil colonial

As cidades na historia do Brasil

Vida urbana e industrialização no Brasil O trabalho na sociedade contemporânea O trabalho assalariado

Page 47: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Mundo do trabalho no Brasil: início do século XX

O mundo do trabalho na política desenvolvimentista brasileira: Era Vargas

O trabalho como garantia do progresso brasileiro

Reestruturação produtiva no Brasil da década de 90.

RELAÇÕES DE PODER

O Estado imperialista e sua crise

A formação de impérios e colônias no séc. XIX

Justificativas e rivalidades nas disputas coloniais

A crise do Estado Imperialista

As guerras mundiais

A formação dos regimes totalitários: ameaça a liberdade

Guerra fria e a violência

A arte nos regimes totalitários na Alemanha e Itália

A indústria cultural e as nações imperialistas

Os Estados e a bipolarização do mundo o contemporâneo

Crise do socialismo na União Soviética

O ataque ao império estadunidense

RELAÇÕES CULTURAIS

Urbanização e industrialização no século XIX A cidade industrial

Higiene, miasmas e bactérias.

A arquitetura do século da indústria

A revolução nos transportes

A utilização da eletricidade

A nova realidade e suas impressões na literatura e na arte

Arte iconográfica

O futuro nas grandes cidades

Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é proibido proibir?

Um mundo em transformação acelerada

Os camponeses e a luta pela terra

O movimento feminista

A revolução jovem

O movimento negro e a luta pelos direitos civis

Page 48: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

As revoltas de jovens em Paris: outubro de 2005

Urbanização e industrialização na Sociedade Contemporânea

A mundialização é real? A explosão urbana

A tecnologia, a urbanização e a arte.

A transparência dos problemas sociais e estruturais na explosão urbana.

3. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

No Ensino Médio adotado neste estabelecimento de ensino, a metodologia propostapelas Diretrizes Curriculares está relacionada à História Temática. Os conteúdos estruturantesdeverão estar articulados à fundamentação teórica e à seleção de temas, ambos em sintoniacom o projeto político pedagógico de nossa escola.

A problematização de situações relacionadas às dimensões econômico-sociais,política e cultural leva à seleção de objetos históricos. Esses objetos são as ações erelações humanas no tempo, ou seja, articulam-se aos conteúdos estruturantes propostosneste documento: as relações de trabalho, as relações de poder, e as relações culturais.Para abordar esses conteúdos estruturantes, torna-se necessário que se proponham recortesespaço-temporais e conceituais à luz da historiografia de referência.

Tais recortes compõem conteúdos específicos, como: conceitos, processos,acontecimentos, entre outros, a serem estudados durante o Ensino Médio. Ao elaborar oproblema e selecionar o conteúdo estruturante que melhor responda à problemática, oprofessor constitui o tema, o qual se desdobra nos conteúdos específicos que fundamentam aresposta para a problemática.

Assim, os conteúdos serão abordados por meio de temas, por que não é possívelrepresentar o passado em toda sua complexidade.

Como nos diz o historiador Ivo Matozzi:

Primeiramente devemos focalizar o acontecimento, processo ou sujeito que sequer representar do ponto de vista historiográfico;

Depois é preciso delimitar o tema histórico em referências temporais fixas eestabelecer uma separação entre seu inicio e o seu final; e por fim o professor e oseducandos devem definir um espaço ou território de observação do conteúdo tematizado.

A proposta da seleção de temas é também pautada em relações interdisciplinares,considerando que é na disciplina de História que ocorre a articulação dos conceitos emetodologias entre as diversas áreas do conhecimento. Assim, narrativas, imagens, sons deoutras disciplinas devem ser tratados como documentos a ser abordadoshistoriograficamente.

Não podemos deixar de ressaltar a importância da abordagem dos temas queenvolvam como temática a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, assim como trabalharas datas comemorativas como o 13 de maio, Dia Nacional da Denúncia contra o Racismo; odia 20 de novembro que comemoramos o Dia Nacional da Consciência Negra e também o dia21 de março que é o dia Internacional de Luta pela eliminação da Discriminação Racial. Faz-se necessário também darmos maior ênfase e procurar realizar pesquisas diferenciadas comnossos educandos para que conheçam mais profundamente a cultura indígena aindaexistente em algumas partes do nosso país e as que ainda restam em nosso Estado.

No processo de construção da consciência histórica, é imprescindível que o professor

Page 49: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

retome constantemente com os alunos como se dá a produção do conhecimento; ou seja,como é produzido a partir do trabalho do pesquisador que tem como objeto de estudo asações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos lhederam, de modo consciente ou não. Para estudá-las, o historiador adota um método depesquisa de forma que possa problematizar o passado, e buscar, por meio de documentos eperguntas, respostas às suas indagações. A partir disso, o pesquisador produz umanarrativa histórica cujo desafio é contemplar a diversidade das experiências políticas, sociais,econômicas e culturais.

Cabe lembrar que a produção do conhecimento histórico, discutida nos fundamentosteórico-metodológicos destas diretrizes, é essencial para que os alunos compreendam:

Os limites do livro didático;

As diferentes interpretações de um mesmo acontecimento histórico;

A necessidade de ampliar o universo de consultas para entender melhordiferentescontextos;

A importância do trabalho do historiador e da produção do conhecimento históricopara a compreensão do passado;

Que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o passado que pode sercomplementada com novas pesquisas e pode ser refutada ou validada pelo trabalho deinvestigação do historiador.

Entender tais aspectos possibilita que os alunos valorizem e contribuam para apreservação de documentos, dos lugares de memória, como museus, bibliotecas, acervosprivados e públicos de fotografias, de documentos escritos e audiovisuais, entre outros, sejapelo uso adequado dos locais de memória, pelo manuseio cuidadoso de documentos quepodem constituir fontes de pesquisas, seja pelo reconhecimento do trabalho feito pelospesquisadores.

A metodologia do ensino de história para o Ensino Médio tem como base a utilizaçãodos conteúdos estruturantes, os quais deverão estar articulados com a fundamentação teóricae os temas selecionados no Projeto Político Pedagógico do Colégio Rainha da Paz.

Ao longo do Ensino Médio o aluno realizará estudos e investigações que o levarão aencontrar o caminho para uma aprendizagem significativa, uma vez que serão levantadassituações problemas que estimulem o raciocínio, levando-o ao final do curso a dominar osprocedimentos de pesquisa e interpretação e poderão ser utilizados para isso, vários recursoscomo: fontes históricas, documentos, pinturas, mapas, ilustrações, viagens, vídeo, seminários,utilização da TV multimídia para exibição de slides referentes aos conteúdos estudadosavaliações orais e escritas e outros.

4 – CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO

A avaliação tem a função de permitir que o educador e o educando detectem ospontos frágeis, certezas e que extraiam as consequências pertinentes sobre para ondedirecionar posteriormente a ênfase no ensino e na aprendizagem. Ou seja, a avaliação temcaráter diagnóstico, de acompanhamento em processo formativo.

Dessa forma, a avaliação é concebida como instrumento para auxiliar o aluno aaprender. Assim o educador revê os procedimentos que vem adotando e replaneja suaatuação, enquanto o educando vai continuamente se dando conta de seus avanços edificuldades.

Page 50: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Porém a avaliação só é instrumento de aprendizagem quando o educador utiliza asinformações conseguidas para planejar suas intervenções, propondo procedimentos quelevam o educando a atingir novos patamares de conhecimento.

O recurso da comunicação, neste sentido é essencial. No processo de comunicar, oeducando nos mostra ou fornece indícios sobre quais habilidades ou atitudes estádesenvolvendo e que conceitos ou fatos domina, e se apresenta dificuldades ouincompreensões. Propondo-se outras perguntas, mudando-se a forma de abordagem,verificando-se que os recursos de comunicação são novamente valiosos para interferir nasdificuldades encontradas ou para permitir que o educando avance mais.

Segundo FREIRE (1987), “Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, oshomens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, ou seja, a educação problematizadorae como prática da liberdade, exige de seus personagens uma nova concepção decomportamento. Ambos são educadores e educandos, aprendendo e ensinando em conjunto,mediatizados pelo mundo.

Sendo assim, espera-se que ao final do curso o aluno compreenda as relações detrabalho, de poder e ainda as relações culturais, que são conteúdos estruturantes; aapropriação de conteúdos específicos e conceitos históricos. Para isso, a avaliação deveráocorrer de forma processual, continuada e diagnóstica oportunizando assim a retomada deconteúdos superando as dificuldades de aprendizagem que foram encontradas ao longo doprocesso.

De acordo com essas orientações as avaliações realizadas dentro desta disciplinaterão como objetivo principal a utilização de dois ou mais instrumentos avaliativos de acordocom os blocos de conteúdo divididos pelo professor. Pode-se fazer uso de narrativas efontes históricas, inclusive as produzidas pelos estudantes e da verificação e do confrontode diferentes naturezas. Neste sentido, o confronto de interpretações historiográficas efontes históricas permite aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas realizadas por eles.

No processo são selecionados diferentes instrumentos avaliativos a partir dos critériosligados à confrontação e fontes históricas, a partir de provas (preferencialmente comconsulta), dramatizações, debates, seminários, fóruns capazes de sistematizar as ideiashistóricas produzidas pelos estudantes.

No processo de avaliação trimestral poderão ser usadas como instrumentos auxiliaresno processo de ensino-aprendizagem algumas técnicas como:

Exames convencionais: orais escritos e práticos;

Provas objetivas: resposta breve e de completar, seleção de alternativas (binárias oumúltiplas), de correspondência, de ordenamento;

Observação: casual (recolhem-se fatos soltos significativos), sistemática (através deinstrumentos para o efeito, como o registro de incidentes ocasionais, listas de controle, etc.),escalas de atitudes (questionários dirigidos a explorar as atitudes dos educandos), escalas deprodução (para valoração dos produtos dos alunos por comparação com os modelos queoferece a escala);

Técnicas sociométricas: sociogramas (análise das relações intergrupais que seexpressam por uma série de índices e esquemas gráficos); escalas de distância social (emque o educando se situa face aos seus colegas), listas de participação (instrumentos paraobservar, analisar e caracterizar as intervenções de cada participante durante uma sessãogrupal).

Page 51: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

A leitura, interpretação e análise de textos, pesquisas individuais ou em grupo, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, filmes, documentários emvídeo.

O professor deverá proporcionar aos educandos sempre dois ou mais instrumentos de avaliação para cada bloco de conteúdo escolhido durante o trimestre. Sabemos que a aprendizagem ocorre em diferentes níveis e cada aluno aprende e expressa o que aprendeu de maneira diferente do colega e utilizando esse método facilita ao professor e aos estudantesque são oportunizados com mais de um instrumento avaliativo. Para os alunos que não alcançarem a média exigida pelo sistema educacional, será feita a recuperação de conteúdos ou recuperação de estudos.

5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

CARDOSO, Ciro Flamarion; VAINFAS, Ronaldo. Domínios da História. Campinas: Campus;1997.

COTRIN, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. São Paulo. Saraiva. 2005.

Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental - SEED. Diretrizes Curriculares de História-SEED.

HISTÓRIA / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação de aprendizagem escolar. São Paulo: Cortez 2002.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez 1993.

SCHMIDIT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo.Scipione,2005.

VAINFAS, Ronaldo et. al. História. São Paulo. Saraiva. 2010.

WACHOWICZ, Ruy Christowan. História do Paraná. 7 ed. Curitiba. Gráfica Vicentina. 1995.

Page 52: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA DO ENSINOMÉDIO

APRESENTAÇÃO

O Ensino Médio Organizado trimestralmente possui especificidades, cujos princípiosnorteadores são o direito do aluno à continuidade e o aproveitamento dos estudos parciais.Dessa forma. A disciplina de Língua Portuguesa precisa estar muito articulada e organizadacom o objetivo de proporcionar ao aluno o trabalho com as práticas de leitura, de escrita, deoralidade e de análise linguistica de textos literários e não literários, a partir dos gênerosdiscursivos adequados ao nível de ensino, ao repertório de leitura e conhecimento de mundodo aluno. Nessa perspectiva, a linguagem é vista como fenômeno social, uma vez que nasceda necessidade de interação entre os homens.

O Ensino Médio deve atuar de forma que garanta ao estudante o seu letramento,deve aprimorar seus conhecimentos linguísticos, preocupando-se não somente com o mundodo trabalho ou com os concursos vestibulares, mas sim proporcionando ao educando umacompreensão crítica dos textos que lê, sejam eles verbais ou não verbais e que o mesmoperceba a sociedade em que vive.

É conveniente que a produção de textos, a leitura, a análise e reflexão sobre osmesmos sejam norteadas por uma concepção teórica que veja a língua em permanenteconstituição na interação entre sujeitos histórico e culturalmente situados, sendo conveniente,também, que o aluno saiba da grande variedade de gêneros textuais que circulam no meiosocial.

Deve-se dar atenção especial para o aprimoramento da expressão, para uma leituracrítica, para a compreensão do fenômeno estético no âmbito da literatura, de maneira acontribuir na constituição da identidade do educando, na formação para que se torne umcidadão pleno e que desenvolva a sensibilidade e a inteligência por meio de uma forma leve eprazerosa, além de aprimorar e estreitar os laços afetivos entre os educandos, baseando-seem atividades em grupos.

O ensino da Língua Portuguesa e Literatura no Ensino Médio justifica-se devido ànecessidade de formar um educando capaz de empregar a língua oral e escrita em situaçõesreais de uso; ampliando o horizonte de leituras e, consequentemente, de compreensão demundo.

Ao ampliar suas leituras e aprimorar seus conhecimentos linguísticos, o aluno tempossibilidades de desenvolver sua sensibilidade estética e assumir uma postura ativa nocontexto em que está inserido, interagindo no âmbito social. Nessa perspectiva, a concepçãode linguagem como discurso que se efetiva nas diferentes práticas sociais e a língua não podeser vista apenas em seus aspectos formais.

Dessa forma devemos valorizar a dimensão social dos textos lidos e produzidos naescola, considerando a situação de produção (quem fala, para quem, lugares sociais dosinterlocutores, posicionamentos ideológicos, em que situação, em que momento histórico, emque veículo, com que objetivo, entre outros aspectos). Assim, é necessário levar em conta osdiscursos que circulam em nossa sociedade para o trabalho de sala de aula, no intuito dedesenvolver as práticas de leitura, escrita e oralidade. A proposta está organizada a partir dasesferas sociais de circulação do gênero (cotidiana, científica, escolar, imprensa, política,literária/artística, publicitária, midiática, jurídica, entre outras).

Os gêneros discursivos orais e escritos estão selecionados para o trabalho com

Page 53: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Ensino Médio e os conteúdos básicos priorizam as especificidades de cada gênero, buscandoatender as diferentes realidades.

O conteúdo estruturante da disciplina é o discurso enquanto prática social que seconcretiza na oralidade, leitura, escrita e análise linguística, por meio dos gêneros textuais,nas mais diferentes esferas.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

Os gêneros estudados em cada série, ficam assim divididos:

1ª ano:

Resposta argumentativa e interpretativa;

relato;

fábula;

resumo;

poema;

carta pessoal;

bilhete;

seminário.

2º ano:

textos informativos (notícia, reportagem,anúncio publicitário,editorial)

Textos poéticos;

Resumos;

Artigo de opinião;

Crônica;

música.

3º ano:

Dissertação;

Resumos;

Artigo de opinião;

Carta (réplica, reclamação, solicitação, leitor);

Resenha;

Debate.

Page 54: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

A partir dos gêneros acima citados, serão trabalhados a estrutura composicional(situação inicial, complicação e resolução), o contexto de produção e recepção (histórico-sociale movimentos literários), as marcas linguísticas, o conteúdo temático, a intertextualidade e oselementos semânticos.

Além disso, os conteúdos específicos das práticas de leitura, oralidade, escrita e daanálise linguística, serão abordados conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana,científica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo, publicitária,midiática e jurídica.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS DAS PRÁTICAS SOCIAIS: LEITURA,ORALIDADE E ESCRITA

Na elaboração do Plano de Trabalho Docente, o professor deve propor reflexões,leituras, discussões e atividades envolvendo gêneros das diversas esferas sociais decirculação, organizando os conteúdos de acordo com a quantidade de aulas trimestrais, edistribuindo esses conteúdos de acordo com a carga horária semanal. Prevendo aulasgeminadas, o professor deverá mesclar sua metodologia com aulas teóricas e práticas,realizando trabalhos em sala, propondo seminários, fazendo visitas e aulas na biblioteca,utilizando o laboratório de informática, além de diferentes recursos, como vídeos, sons,imagens, TV Multimídia, entre outros. Dessa forma, proporcionando a prática, a discussão, aleitura de textos com diferentes funções sociais, conforme preconizam as DiretrizesCurriculares de Língua Portuguesa, que fundamentam o trabalho com os gêneros discursivose ampliam a discussão dos conteúdos abordados.

Dentro dessa perspectiva, sugere-se o desenvolvimento de conteúdos promovendorelações interdisciplinares, utilizando os conteúdos de outras disciplinas para aprofundar,ampliar e discutir os conhecimentos de Língua Portuguesa.

Oportunizar leitura e análise de diferentes gêneros textuais para identificação dosseus elementos composicionais e de suas marcas linguísticas;

Organizar pesquisas sobre a obra literária, o autor e o momento histórico paraanalisar o contexto de produção.

Explorar nos seminários os temas, o contexto social e a composição dos gêneros aserem apresentados, com postura adequada.

Oportunizar a participação em debates e dramatizações, orientando-osadequadamente.

Analisar a linguagem em uso em várias esferas sociais, como: em programastelevisivos (jornais, novelas, propagandas); em programas radiofônicos; no discurso do poderem suas diferentes instâncias: público, privado, enfim, nas mais diversas realizações dodiscurso oral.

As temáticas da Cultura Afro-brasileira, das drogas, da sexualidade e da violência,também serão contempladas no ensino de Língua Portuguesa de forma crítica e reflexiva,podendo ser utilizada como uma das ferramentas o uso das TICs.

AVALIAÇÃO

Os critérios e o modo de avaliar serão trimestrais e irão variar conforme o gênero e aprática discursiva que estão sendo trabalhados.

Page 55: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

LEITURA

Deve-se ficar atento para o uso de estratégias de:

Compreensão do texto lido;

Reconhecimento do gênero e o suporte textual;

Localização das informações tanto explícitas quanto implícitas;

A ampliação dos horizontes de expectativas (visto que deve-se considerar asdiferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos alunos).

ORALIDADE

Clareza na exposição de ideias;

Fluência da sua fala;

A adequação do discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações (seminário,debate, apresentação oral, etc);

Participação nos diálogos, relatos e discussões.

ESCRITA

É preciso vê-la como uma fase do processo de produção, nunca como produto final.

O atendimento as condições de produção e o resultado da sua ação;

A adequação à proposta e ao gênero solicitado;

A linguagem está de acordo com o contexto exigido

A adequação do texto nas refacções textuais (se há necessidade de cortes, devido àsrepetições, se é necessário substituir parágrafos, ideias ou conectivos, etc.).

Na escrita, o aluno será avaliado quanto a:

Adequação do texto escrito ao gênero estudado;

Aspectos composicionais, textuais e gramaticais.

ANÁLISE LINGUÍSTICA

Será avaliada nos textos orais e escritos, sob uma prática reflexiva econtextualizada,compreendendo os elementos no interior de cada texto. O professor avaliará:

Uso da linguagem formal e informal;

Ampliação lexical;

A percepção dos efeitos de sentidos causados pelo uso de recursos linguísticos eestilísticos;

As relações estabelecidas pelo uso de operadores argumentativos e modalizadores;

As relações semânticas entre as partes do texto (causa, tempo, comparação, etc

Page 56: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, Vera Teixeira de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura e Formação do leitor:alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1993.

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola, 2003.

_____. Muito além da Gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. SãoPaulo: Parábola, 2007.

BAGNO, Marcos. A norma oculta – língua e poder na sociedade. São Paulo: Parábola, 2003.

BAKHTIN, Michail (Volochinov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. de Michel Lahud eYara Frateschi. 9 ed. São Paulo: Hucitec, 1999.

_____. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

_____. Problemas da poética de Dostoievski. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.

BARBOSA, Jaqueline Peixoto. Trabalhando com os gêneros do discurso: uma perspectivaenunciativa para o ensino da Língua Portuguesa. Tese (Doutorado em Linguística) Aplicadaao Ensino de Lïnguas, PUC de São Paulo, São Paulo, 2001

BRAIT, Beth. PCNs, gêneros e ensino de língua: faces discursivas da textualidade. In: ROJO,Roxane (org.). A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCN. São Paulo:Mercado de Letras, 2000, p. 20.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Linguagens, códigos e suas tecnologias.Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 1998.

BUNZEN, Clécio. Da era da composição à era dos gêneros: o ensino de produção de texto noensino médio. In: BUNZEN, Clecio.; MENDONÇA, Márcia. (orgs.) Português no ensinomédio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006.

CANDIDO, Antônio. A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura. São Paulo, Vol. 4,n. 9, PP. 803-809, set/1972.

CAVALCANTE, Mariane C. B.; MELLO, Cristina T. V. de. Oralidade no Ensino Médio: Embusca de uma prática. In: BUNZEN, Clecio.; MENDONÇA, Márcia. (orgs.) Português noensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006.

CEREJA, w. Roberto e MAGALHÃES T. Cochar. Português Linguagens 5 ed. São Paulo: Atual, 2005

COPE, Bill; KALANTZIS, Mary (eds.) Multiliteracies: literacy learning and the design of socialfutures. London: Routledge, 2000.

FARACO, C.A. Linguagem & diálogo: as ideias lingüísticas do círculo de Bakhtin. Curitiba: Criar, 2003.

ISER, W. O ato da leitura: uma teoría do efeito estético. São Paulo: Editora 34, 1996, vol.1.

KOCH, I. G. V. Desvandando os segredos do texto. 2. Ed. São Paulo: Cortez, 2003.

MARCUSHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6. Ed. São Paulo: Cortez, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2º Grau. Curitiba, 1988.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica –língua Portuguesa. Curitiba, 2008.

Page 57: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

SILVA, E. T. da. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia daleitura. São Paulo, Cortez, 1981.

Page 58: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO:

A atual sociedade globalizada e informatizada tem exigido mudanças significativas naeducação. Mudanças estas que nos exigem formar cidadãos capazes de interpretar e analisarsituações de forma, crítica, de tomar decisões, de resolver problemas, de criar e aperfeiçoarconhecimentos e valores.

Historicamente a disciplina de matemática se apresenta como um conjunto deconhecimentos necessários para a formação dos indivíduos, contribuindo para odesenvolvimento científico, tecnológico, econômico e cultural. Além do aspecto específico damatemática como ciência, diversas aplicações na sociedade atual justificariam o seu estudo,pois além de suas especificidades, a matemática é ferramenta de muitas outras disciplinas queutilizam seus modelos para interpretação de fenômenos inerentes a outras ciências.

Embora ainda em construção, o objeto de estudo da matemática consiste nasmúltiplas relações e determinações entre ensino, aprendizagem e conhecimento matemático.Dessa forma por ter se constituído historicamente e legitimada nas relações sociais ao longoda trajetória da humanidade requer seu estudo nos ambientes escolares.

O ensino da matemática faz com que o estudante atribua sentido aos eventosnaturais e científicos, o que permite reconhecer problemas e tomar decisões na busca desoluções. O ensino da matemática se justifica ainda pelos elementos enriquecedores dopensamento matemático, na formação intelectual do aluno, seja pela exatidão do pensamentodemonstrativo que ela exibe, seja pelo exercício criativo da intuição, da imaginação e dosraciocínios por indução e analogia. É também importante para dotar o aluno do instrumentalnecessário no estudo das outras ciências e capacitá-lo no trato das atividades práticas queenvolvem aspectos quantitativos da realidade.

FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS:

A disciplina de Matemática para a Educação Básica fundamenta-se teórica emetodologicamente no campo de conhecimento da Educação Matemática, que sustenta suasinvestigações na tríade ensino, aprendizagem e conhecimento matemático. As pesquisasnesse campo consideram os aspectos cognitivos e a relevância social do seu ensino,apresentando os conhecimentos matemáticos articulados com os seus fundamentosepistemológicos e históricos em diferentes contextos. Ao articular a matemática com outrasdisciplinas, o professor estará propiciando ao aluno ampliar sua percepção quanto aaplicabilidade dessa disciplina, verificando-a em contexto com a Física, na Química, na áreada saúde, na tecnologia, nas esferas sociais e outras.

Propõe-se articular os Conteúdos Estruturantes com os conteúdos específicos emrelações de interdependências que enriqueçam o processo pedagógico de forma a abandonarabordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem em patamaresdistintos e sem vínculos.

No Ensino Médio, no estudo dos conteúdos função afim e progressão aritmética,ambos vinculados ao conteúdo Estruturante Funções, o professor pode buscar na matemáticafinanceira, mais precisamente nos conceitos de juros simples, elementos para abordá-los. Osconteúdos função exponencial e progressão geométrica podem ser trabalhados articuladosaos juros compostos.

Nessa organização curricular a disciplina de Matemática tem 04 aulas semanais na 1ª

Page 59: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

série, 02 aulas semanais na 2ª série e 3 aulas semanais na 3 série , o que requer umplanejamento cuidadoso com diversas dinâmicas de abordagem dos conteúdos que envolvama conceituação, a formalização, as atividades e avaliação dos resultados. Osencaminhamentos referentes a seleção dos conteúdos, as estratégias de ensino, assim comoao número de aulas destinados a cada conteúdo abordado em sala de aula irão determinar obom desenvolvimento do trabalho.

Algumas tendências metodológicas podem ser implementadas em sala de aula, tendoem vista que propiciam grande diversificação de abordagens do conteúdo, além de terempotencial para resultados positivos no processo de ensino e aprendizagem. São elas,Resolução de Problemas, Investigação Matemática, Modelagem Matemática, História daMatemática, Etnomatemática e Mídias Tecnológicas.

*RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS: através desta metodologia, o estudante teráoportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos já adquiridos em novas situações demodo a resolver a questão proposta.

A resolução de problemas possibilita compreender os argumentos matemáticos eajuda a vê-los como um conhecimento passível de ser compreendido pelos sujeitos doprocesso de ensino e aprendizagem.

*INVESTIGAÇÃO MATEMÁTICA: uma investigação é um problema em aberto e, porisso, as coisas acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e exercícios.O objeto a ser investigado não é explicitado pelo professor, deverá ser indicado de maneiraque o aluno compreenda o significado de investigar.

Na investigação matemática, o aluno é chamado a propor questões e formularconjecturas a respeito do que está investigando. Assim, “as investigações matemáticasenvolvem, naturalmente conceitos, procedimentos e representações matemáticas, mas o quemais fortemente as caracteriza é este estilo de conjectura-teste-demonstração.”(PONTE,BROCARDO, OLIVEIRA, 2006, p. 10)

Investigar significa procurar conhecer o que não se sabe, que é o objetivo maior detoda ação pedagógica.

*ETNOMATEMÁTICA: o papel da etnomatemática é reconhecer, registrar questões derelevância social que produzem o conhecimento matemático. Essa tendência leva emconsideração que não existe um único, mas vários e distintos conhecimentos e nenhum émenos importante que outro.

A etnomatemática busca uma organização da sociedade que permite o exercício dacrítica e análise da realidade. É uma importante fonte de investigação da EducaçãoMatemática, que prioriza um ensino que valoriza a história dos estudantes pelo conhecimentoa suas raízes cultural.

*MODELAGEM MATEMÁTICA: a modelagem matemática tem como pressuposto queo ensino e a aprendizagem da matemática podem ser potencializados ao ser problematizaremsituações do cotidiano. Ao mesmo tempo em que propõe a valorização do aluno no contextosocial, procura levantar problemas que sugerem questionamentos sobre situações da vida.

As possibilidades de trabalho pela modelagem matemática contribuem para aformação do estudante de modo que ele alcança um aprendizado mais significativo. Por meioda modelagem matemática, fenômenos diários sejam ele físicos, biológicos e sociais,contribuem elementos para análises críticas e compreensões diversas de mundo.

*MÍDIAS TECNOLÓGICAS: os ambientes gerados por aplicativos matemáticosdinamizam os conteúdos curriculares e potencializam o processo pedagógico. O uso de mídias

Page 60: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

tem suscitado novas questões sejam elas em relação ao currículo, à experimentação, àspossibilidades do surgimento de novos conceitos e de novas teorias matemáticas.

Os recursos tecnológicos sejam eles software, televisão, calculadora, aplicativos dainternet, entre outros, têm favorecido as experimentações matemáticas e potencializadoformas de resolução de problemas.”( DCs, 2008, p. 359).

*HISTÓRIA DA MATEMÁTICA: é importante entender a História da Matemática nocontexto da prática escolar como componente necessária de um dos objetivos primordiais dadisciplina, pois é interessante que os estudantes compreendam a natureza da matemática esua relevância na vida da humanidade.

A História da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, nacriação de situações-problema, na busca de referências para compreender os conceitosmatemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinadosfatos, raciocínios e procedimentos.

Por meio dos procedimentos e estratégias da Educação Matemática possibilita-se aoaluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos ematividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria matemática. Os conteúdosmatemáticos são abordados em suas relações com o cotidiano e com outras áreas doconhecimento, o que propícia que se estabeleçam relações interdisciplinares.

Devemos ressaltar ainda a importância do Livro Didático Público de

Matemática; os recursos tecnológicos disponíveis como o Portal Dia-a-dia Educação;Tv Paulo Freire; OAC; Folhas; que não esgotam todas as necessidades nem abrangem todosos conteúdos mas se constituem ponto de partida, suporte, material de pesquisa análise ediscussões entre professores e alunos.

CONTEÚDOS:

1ª SérieCONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra -Números Reais-Equações e Inequações Exponenciais,Logarítmicas e Modulares

Grandezas e Medidas - Medidas de Grandezas Vetoriais- Medidas de Área- Medidas de Energia- Medidas de Informática- Trigonometria

Funções - Função Afim- Função Quadrática- Função Exponencial- Função Modular- Função Logarítmica- Progressão Aritmética- Progressão Geométrica

Geometrias -Geometria Plana

Page 61: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

2ª SérieCONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra - Sistemas Lineares- Matrizes e Determinantes

Grandezas e Medidas - Medidas de VolumeFunções - Função Trigonométrica

Geometrias - Geometria EspacialTratamento da Informação - Análise Combinatória

3ª SérieCONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

Números e Álgebra - Números Complexos- Polinômios

Geometrias - Geometria Analítica- Geometria Não Euclidianas

Tratamento da Informação - Estatística- Matemática Financeira- Binômio de Newton - Estudo das Probabilidades

AVALIAÇÃO:

De acordo com Abrantes (1994, p.15) a finalidade da avaliação é proporcionar aosalunos novas oportunidades para aprender e possibilitar ao professor refletir sobre seu própriotrabalho.

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino aprendizagem, ancoradaem encaminhamentos metodológicos que abram espaço para a interpretação e discussão, queconsiderem a relação do aluno com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e acompreensão alcançada por ele.

Para que isso aconteça, é preciso que o professor estabeleça critérios de avaliaçãoclaros e que os resultados sirvam para intervenções no processo ensino aprendizagem,quando necessárias.

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da observaçãosistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar oportunidades diversificadaspara que possam expressar seu conhecimento. Tais oportunidades devem incluirmanifestações escritas, orais e de demonstração, inclusive por meio de ferramentas eequipamentos, tais como materiais manipuláveis, computador e calculadora.

Alguns critérios devem orientar as atividades avaliativas propostas pelo professor.Essas práticas devem possibilitar ao professor verificar se o aluno:

- comunica-se, matematicamente, oral ou por escrito (BURIASCO,2004);

-compreende, por meio da leitura, o problema matemático;

- elabora um plano que possibilite a solução do problema;

- encontra meios diversos para a resolução de um problema matemático;

- realiza o retrospecto da solução de um problema.

Page 62: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Dessa forma, no processo pedagógico, o aluno deve ser estimulado a partir desituações problemas internas ou externas à matemática; pesquisar acerca de conhecimentosque possam auxiliar na solução dos problemas; elaborar conjecturas, fazer afirmações sobreelas e testa-las; perseverar na busca de soluções, mesmo diante de dificuldades; sistematizaro conhecimento construído, generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas ascondições particulares; socializar os resultados obtidos, utilizando, para isso, uma linguagemadequada.

O professor deve considerar as noções que o estudante traz, decorrentes da suavivência, de modo a relacioná-las com os novos conhecimentos abordados nas aulas deMatemática e conhecendo a sua turma estabelecerá os mais indicados instrumentos(observações; trabalhos individuais ou em grupos; prova escrita individual ou em grupos;pesquisa bibliográfica; trabalhos teóricos e práticos; seminários, envolvimento em projetos,participação em sala de aula) para avaliar e quantificar os conhecimentos adquiridos pelosalunos.

A avaliação para essa proposta curricular ocorrerá trimestralmente, realizada porblocos de conteúdos, sendo ofertada até dois instrumentos de avaliação para cada prática,com o mesmo valor, sendo considerada para compor a média, a nota maior entre os doisinstrumentos, configurando assim, a recuperação de conteúdos.

REFERÊNCIAS:

ABRANTES, P. Avaliação e educação matemática. Série reflexões em educação matemática. Rio de Janeiro: MEM/USU/GEPEM, 1994.

BOYER, C.B. História da Matemática. 4 ed. Lisboa: Gradiva,2002.

D Ambrosio, Ubiratan. ‟ Da Realidade à Ação – Reflexões sobre Educação e Matemática.4.ed. Campinas: Summus Editorial, 1986.

__________________ Etnomatemática:elo entre as tradições e a modernidade. Belohorizonte: Autêntica, 2001.

________________. Um enfoque transdisciplinar à educação e a história da Matenática. In:BICUDO, M.V.; BORBA, M. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo:cortez, 2004. p.13-29

PARANA, Secretaria de Estado da Educação.Diretrizes Curriculares da Educação Básica –Matemática. Curitiba: SEED/DEB, 2008.

PARANA, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica:Orientações Pedagógicas – Ensino Médio por Blocos. Disciplina de Matemática.

Page 63: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

A química está presente em todo o processo de desenvolvimento das civilizações, apartir das primeiras necessidades humanas tais como a comunicação, o domínio dofogo,conhecimento do processo de cozimento,como a fermentação, o tingimento e avitrificação,entre outros. Assim para iniciar as discussões sobre a importância do ensino deQuímica considera-se essencial resgatar momentos sobre a história do conhecimentoQuímico.

Na cultura ocidental, os gregos foram os primeiros a teorizar sobre a composição damatéria. As idéias de átomo e elemento, centrais em todo o desenvolvimento daQuímica,surgiram com os filósofos gregos Leucipo e Demócrito ( 400 a.C.).

A revolução científica ocorreu no Ocidente, uma das possibilidades foi odesenvolvimento do modo de produção capitalista, os interesses econômicos da classedirigente. Não se pode reportar à história da Química sem os fatos políticos, religiosos esociais.

Do século III da era cristã até o final da Idade Média, a alquimia, um misto deciência,religião e magia, desenvolvido entre os árabes, egípcios, gregos e chineses.

No final do século XIV e início do século XV, a burguesia, classe socialemergente,começava a ocupar o espaço econômico e a comandar a reestruturação do espaçoe do processo produtivo. Este conturbado momento histórico trazia a preocupação comrelação da mão-de-obra produtiva e os estudos sobre substâncias minerais para a cura dedoenças.

Na transição dos séculos XV-XVI estudos desenvolvidos pelo suíço Phillipus AuredusTheophratus Bombastus Von Hohenheim, possibilitou o nascimento dalatroquímica,antecessora da Química ( Biogeoquímica).

No século XVII, na Europa, ocorria a expansão da indústria, do comércio, danavegação e das técnicas militares, particularmente em Paris, Londres, Berlim, Florença eBolonha. Foi então, neste século que ocorreu a Revolução Química, o mágico cedeu lugar aocientífico, a ciência química neste período esteve vinculada às investigações sobre acomposição e estrutura da matéria.

No século XVIII, ocorreu um grande desenvolvimento na experimentação química.

Neste período destacam-se o isolamento dos elementos gasosos (nitrogênio, cloro,hidrogênio e oxigênio) e a descoberta de muitos outros elementos químicos. O químico quemarcou o século XVIII foi Antonie Laurent Lavoisier, que elaborou o Tratado Elementar daQuímica,propondo uma nomenclatura universal para os compostos químicos, superando aantiga Teoriado Flogisto a descoberta do oxigênio e a respeito das explicações de fenômenoscomo combustão, calcinação e respiração.

No século XIX foi o período no qual a ciência moderna se consolidou e passou adeixar marcas na caminhada da humanidade. Nesse período, John Dalton apresentou suateoria atômica.

Friedrich Wöler, em 1828, sintetizou a uréia, uma substância orgânica a partir de umcomposto inorgânico. Como conseqüência foi estabelecida a classificação periódica doselementos, por Dmitri Ivanovitch Mendeleev.

Segunda metade do século XIX, impulsionaram pesquisas e descobertas

Page 64: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

relacionadas ao conhecimento químico, entre eles os avanços da eletricidade, criação doprimeiro plástico artificial, o celulóide em 1869 por John Hytt, bem como o rayon, a primeirafibra artificial, patenteado por Luis Marie Chardonnet ( química sintética).

No século XX, a Química e todas as outras Ciências Naturais tiveram um grandedesenvolvimento, com o esclarecimento da estrutura atômica, foi possível entender melhor aconstituição e formação das moléculas, em especial a do DNA.

Passada a Segunda Guerra Mundial, desde o final do século XX passamos a convivercom a crescente miniaturização dos sistemas de computação, com o aumento de suaeficiência e com ampliação do seu uso, constituindo uma era de transformação nas ciênciasque vem modificando algumas maneiras de viver.

O percurso histórico contribuiu para constituição da química como disciplina escolar,inicialmente na França. Os conhecimentos de Química foram dos alunos, como por exemploestudados sobre a correção do solo e tintura dos tecidos. Tratava-se de um ensino dosconhecimentos científicos que estabelecia relação com os interesses programáticos da vidacotidiana.

No Brasil, as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a Química surgiu apartir do início do século XIX, provenientes das transformações de ordem política e econômicaque ocorriam na Europa. Segundo CHASSOT (1995) a construção dos currículos, nessaépoca, tiveram por base três documentos históricos que foram produzidos em Portugal, naFrança e no Brasil, a saber : Normas do curso de filosofia contidas no Estatuto daUniversidade de Coimbra; Texto de Lavoisier: “ Sobre a maneira de ensinar Química” ;Diretrizes para a cadeira de Química da Academia Médica-Cirúrgica da Bahia. O texto docientista Lavoisier foi decisivo. As diretrizes para a cadeira de Química, elaboradas pelo Condeda Barca, influenciadas por uma carta de rei de Portugal, reconheciam a importância daquímica para o progresso dos estudos da medicina, cirurgia e agricultura e indicavam o ensinodos diferentes ramos aplicados às artes e à farmácia para o perfeito conhecimento dos muitose preciosos produtos naturais do Brasil. A primeira Guerra Mundial teve reflexos no Brasil,impulsionou a industrialização e acarretou um aumento na demanda da atividade dosquímicos.

O 1º congresso Brasileiro de Química realizou-se em 1922, no Rio de Janeiro, tendocomo resultado a fundação da Sociedade Brasileira de Química ( SBQ ) . Em 1929, o Brasilviveu a crise do café, que permitiu um aumento da industrialização e modernização do ensino.Nesse movimento foi criada, no Paraná em 1938, a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras,incluindo o atual curso de Química da Universidade Federal do Paraná.

Entre a década de 1950 e 1970 o ensino de Química foi marcado pelo positivismoexpresso pelo método científico de ensinar através da descoberta e redescoberta, a partir deexperimentos com o objetivo de preparar o aluno para ser cientista. No final da década de 70,consolidaram as idéias construtivistas na educação.

Nos anos 80, Pedagogia histórico-crítica (Saviani). Nos anos 90, as mudançasneoliberais realizadas no mundo do trabalho colocaram a educação em pauta novamenteafetando as discussões a respeito de currículo.

Estudar química objetiva formar cidadãos que se apropriem dos conhecimentosquímicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico, podendo promoveruma visão de mundo articulada, de ser integrante do meio e capaz de transformá-lo. Paratanto é essencial conscientizar os alunos sobre a necessidade do conhecimento científico etecnológico e ainda dos cálculos matemáticos para auxiliá-los na busca do “bem viver”, quesomente será possível se além desses conhecimentos somarmos a eles valores comorespeito, responsabilidade, organização, cooperação e paz, além de desenvolver a concepção

Page 65: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

da importância das relações etno-raciais, assim como a “História da cultura Afro-Brasileira eAfricana, como coloca a Lei Complementar 10.639/03.

A abordagem no ensino da química é norteada nas diretrizes pela construção ereconstrução de significados e dos conceitos científicos, vinculada a contextos históricos,políticos, econômicos, culturais e sociais, fundamentadas em teóricos como Classot, Mortimes,Maldaner e Bernardelli.

A comprovação da teoria vem através da prática, da observação, da investigação oque torna primordial no ensino de tal disciplina estimular a pesquisa, principalmente utilizando-se de situações cotidianas e de problemas pertinentes que conduzirão o aluno a propor oureconhecer investigações. Ao inserir o estudante “no contexto químico”, podemos estabeleceruma dialoga na prática pedagógica da aula.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.

CONTEÚDOS DA 1º SÉRIE

Matéria e Sua Natureza :

● Estrutura da matéria, estrutura atômica ● Fenômeno físico e químico

● Distribuição Eletrônica ● Ligações Químicas

● Tabela Periódica ● Funções Químicas

● Métodos de Separação ● Radioatividade

● Substâncias ● Misturas

Matéria e sua natureza identificam a disciplina de Química, por se tratar da essênciada matéria.

Abordagem da história da química é necessária para a compreensão deteorias dosmodelos atômicos. Para que possam entender os aspectos macroscópicos, a concepção deátomo, dos materiais com que o ser humano está em contato diário e perceber o que ocorreno interior dessas substâncias, o comportamento microscópico. Modelos atômicos foramsendo substituídos a partir de importantes descobertas, tais como a eletricidade e aradioatividade. Isótopos, uma relevância, pois a sua descoberta implicou na utilização doselementos radioativos para fins medicinais,enquanto que os isóbaros e isótonos paraargumentar no estudo de número atômico e número de massa.

Nas reações de óxido-redução, como a formação de ferrugem, Diagrama de LinnusPauling, mecanismo para entender a tabela periódica, e esta pode serconsiderada um grandemapa que permite a descoberta importante sobre a matéria e sua natureza.

Utilizando as tabelas de cátions e ânions, obter os compostos com suas formaçõesproporcionais. O conteúdo ácido-base, utiliza-se para explicitar o conceito da teoria deArrhenius, ao compreendê-la o aluno terá condições suficientes de analisar e ampliar aspossibilidades de ensino aprendizagem no desenvolvimento do conteúdo ácido-base.

A “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” abordada nos conteúdos específicosno cotidiano das aulas trará a conscientização de que é essa a maior base de origem eformação da sociedade brasileira e que sendo assim deverá ser nosso objeto de estudo nadisciplina de química.

Page 66: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

CONTEÚDOS DA 2º SÉRIE

BIOGEOQUÍMICA

● Soluções : Cinética Química

● Termoquímica : Equilíbrio Químico

● Reações Químicas

As propriedades coligativas nas soluções, são elas que dão significado aocomportamento das moléculas nos três estados físicos da matéria, é preciso que possibilite aoaluno a construção de conceitos científicos.

Biogeoquímica é caracterizada pelas interações existentes entre a hidrosfera, litosferae atmosfera e historicamente constituem-se a partir de uma sobreposição de biologia, geologiae química. Dedicando-se à agricultura, o homem, descobriu que a terra é rica em algunselementos químicos como o enxofre, cloro, sódio, entre outros. Descobriu-se também que asplantas absorvem nutrientes do solo, assim percebeu a importância da reutilização do solocom o uso de fertilizantes, que seriam produzidos em laboratório.

Métodos para controle de insetos, fungos, ervas daninhas, impulsionou os estudospara atingir o aumento da produtividade exigido. A utilização de pesticidas eherbicidas levarama descoberta do DDT, HBC. Durante a Segunda Guerra Mundial o DDT foi usado paradesinfetar as roupas de soldados aliados, evitar o tifo e a erradicação da malária em váriospaíses. Os estudos revelaram que o uso resultava na bioacumulação desse produto químicoem sistemas biológicos afetando a vida silvestre, os peixes e as aves.

É muito importante a abordagem desses temas, de modo especial, nas regiõesagrícolas, para que o aluno possa intervir positivamente, seja na agricultura familiar ou no seulocal de trabalho.

As abordagens dos ciclos globais: do carbono, enxofre, oxigênio e nitrogênio suasinterações na hidrosfera, atmosfera e litosfera são imprescindíveis para a exploração de todasas funções químicas, para permitir a descaracterização da dicotomia entre Química Orgânica eInorgânica.

Tornar perceptível a relação existente entre os conhecimentos químicos e a “Históriae Cultura Afro-Brasileira e Africana”.

CONTEÚDOS DA 3º SÉRIE

QUÍMICA SINTÉTICA

● Química do Carbono

● Funções Oxigenadas

● Funções Nitrogenadas

● Isomeria

● Reações Orgânicas

● Polímeros

A química sintética foi consolidado a partir da apropriação da Química na síntese denovo produtos e novos materiais e que permite o estudo que envolve produtos farmacêuticos,a indústria alimentícia ( conservantes, acidulantes, aromatizantes, edulcorantes ), fertilizantese agrotóxicos. O avanço dos aparatos tecnológicos, atrelados ao conhecimento científico cada

Page 67: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

vez mais aprofundados sobre as propriedades da matéria, trouxe uma maior produtividade nasplantações, o desenvolvimento da fibra óptica,que permite a comunicação muito ágil e autilização dos conservantes, para que os alimentos não pereçam rapidamente, preparo demedicamentos eficazes, os antibióticos, os antihistamínicos, os anestésicos, pertencentes àQuímica Orgânica. Na medicina, atualmente encontra-se medicamentos em cujas fórmulasencontram-se meais, Química Inorgânica e outros metais como: cobre, bismuto, zinco, lítio,magnésio, entre outros, que são primordiais

para a manutenção equilibrada das funções do corpo humano. Na composição deaminoácidos, proteínas, lipídios, glicídios e a sua presença em todos os setores da vida daspessoas.

O conteúdo de polímeros pode-se abordar as proteínas na estrutura capilar e comoagem os diferentes produtos químicos utilizados para a limpeza e alteração detextura e cordos cabelos. Formação de diferentes plásticos, que é uma crescente utilização mundial. AQuímica Sintética tem papel importante, pois com a síntese de novos materiais e oaperfeiçoamento dos que já foram sintetizados, alarga o horizonte em todas as atividadeshumanas.

Compreender através do estudo da Química Sintética, como os produtos jáelaborados e os novos produtos se apresentam durante a História da Cultura Afro-brasileira eAfricana.

ENCAMINHAMENTOS METODOLOGICOS

A abordagem no ensino da Química será norteada, pela construção/reconstrução designificados dos conceitos científicos, vinculada aos contextos históricos, políticos, econômicos, sociais e culturais .

O desenvolvimento das atividades curriculares da disciplina dar-se-á, com atividadesavaliativas realizadas em quatro trimentre.

No ensino de química faz-se necessário considerar algumas questões mais amplasque afetam diretamente os saberes relacionados a esse campo do conhecimento.

O conhecimento químico, assim como todo conhecimento, não é algopronto, acabadoe inquestionável, mas em constante transformação que ocorre a partir das necessidadeshumanas que no contexto capitalista passou a exigir das ciências respostas precisas eespecíficas as suas demandas, econômicas, sociais e políticas.

Criar situações de aprendizagem de modo que o aluno pense mais criticamente sobreo mundo, refletindo sobre: as razões dos problemas ambientais, política, economia, ética,sociedade e cultura, relativas à ciência e tecnologia.

Uso do quadro-negro, auxiliando a exposição oral e esquematização de conteúdos.

Promoção de debates com curta duração, durante a exposição do assunto.

Resolução de alguns exercícios como exemplos, propor para que os alunos resolvamos exercícios propostos de cada capítulo.

Abordagem de alguns conteúdos por projetos da 1ª série, 2ª série e 3ª série, para issoserá elaborada uma unidade didática que contemple os conteúdos de química.

Utilizar-se de recursos didáticos tecnológicos como a TV Paulo Freire, Projeto Folhase Portal dia-a-dia educação a fim de expor e auxiliar o ensino-aprendizagem da química.

Pesquisas em revistas, jornais, internet e livros dos temas abordados.

Page 68: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Construção e reconstrução de idéias através de experiências.

Uso do livro didático.

Resolução de trabalhos e pesquisas em grupos, assim como de alguns exercíciospropostos.

Pesquisar as relações étnico-raciais e cultura afro-brasileira e africana com relaçãoaos conteúdos específicos entre epidemias e endemias ao atendimento à saúde, entre asdoenças e as condições de higiene proporcionadas à população.

Utilização de estratégias de ensino, para levar os alunos a aproximarem-se cada vezmais qualitativamente do conceito desejado, numa exposição dialógica e de negociação, numcontexto organizado.

Trabalhar a interação entre o homem e o Meio Ambiente, fazer pesquisa de camponos riachos da região, verificando se está adequada as leis de preservação.

Promoção de debates com os alunos sobre conceitos de responsabilidade e para queadquiram consciência de cuidar da própria saúde e do meio em que vive.

A química será tratada com os alunos de modo a possibilitar o entendimento domundo e a sua interação com ele. Essa noção de leitura do mundo proporcionará ao estudanteuma reflexão mais abrangente sobre as razões que levaram à substituição do vidro peloplástico, o agravamento do efeito estufa e danos à camada de ozônio.

Como a química tem forte presença na procura de novos produtos é cada vez maissolicitada nas novas áreas específicas surgidas nos últimos anos.

AVALIAÇÃO

● Formativa e Processual

● Condições: Diagnóstico e Contínua

● Instrumentos de avaliação: Leitura, Interpretação de Textos, Leitura e Interpretaçãoda Tabela Periódica, Pesquisas Bibliográficas, Apresentação de Seminários, entre outros.

A proposta de avaliação formativa e processual, é o método mais adequado para oprocesso educativo. Essa avaliação leva todo o conhecimento prévio do aluno, como elesupera suas concepções espontâneas, além de orientar e facilitar a aprendizagem. Tendo emvista garantir a qualidade do processo educacional desenvolvido no coletivo da escola, sob ascondicionantes do diagnóstico e da continuidade de interações recíprocas, no dia a dia, notranscorrer da própria aula.

O principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos, no sentido de“construção e reconstrução de significados dos conceitos científicos”.

Leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação da TabelaPeriódica, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratórios e apresentação deseminários.

Em relação à leitura do mundo, o aluno deverá posicionar-se criticamente, articulandoo conhecimento químico às questões sociais, econômicas e políticas, ou seja, a construçãocoletiva do conhecimento a partir do ensino, da aprendizagem e da avaliação.

Page 69: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA.

MORTIMER, Eduardo Fleury de, MACHADO, Andréa Horta. Série Parâmetos. Química EnsinoMédio. Editora Scipione 2002.

SILVA, Eduardo Roberto de, NOBREGA, Olímpio Salgado de, SILVA, Ruth Rumiko,

conceitos básicos. Química Editora Ática 2001.

NEHMI, Victor. Química Volume Único. Editora Ática 1997.

NETTO, Carmo Gallo. Química DA teoria à realidade Editora Scipione 1996.

SANTOS, Wildson Luiz Pereira de, MÓL, Gerson de Souza. Química e Sociedade. EditoraNova Geração 2003.

UTIMURA, Teruko de, LINGUANOTO, Maria. Química Fundamental. Editora FTD 1998.

USBERCO, João de, SALVADOR, Edgard. Química essencial. Editora Saraiva 2001.

COVRE, Geraldo José. Química Total. Editora FTD 2001.

PERUZZO, Tito Miragaia de, CANTO, Eduardo Leite. Química Volume Único. Editora

Moderna.

SARDELLA, Antônio. Novo Ensino Médio de Química. Editora Ática 2000.

REVISTAS: Isto é., Superinteressante, Época, Jornais e Internet.

CARVALHO,Geraldo Camargo.De olho no mundo do trabalho.Volume único.Editora

Scipione.

SILVA,Eduardo Roberto. Química conceitos básicos.Volume 1. Editora Ática.

CHASSOT, A. QUE(M) é Útil o Ensino. Canoas: Ed. Da Ulbra, 1995.

CHASSOT, A. E OLIVEIRA, J. R. (ORG). Ciência, Ética e Cultura na Educação. São Leopoldo:Ed. UNISINOS, 1998.

CHRÉTIEN, C. A Ciência em Ação: mitos e limites. Campinas: Papirus, 1994.

GODFARB, A. M. Da Alquimia à Química. São Paulo: Landy, 2001.

GOODSON, I. F. Currículo: Teoria e História. São Paulo: Vozes, 1995.

HALL, NINA. Neoquímica. A química Moderna e Suas SAplicações. Porto Alegre: Bookman,2004.

HENRY, J. A Revolução Científica e as Origens da Ciência Moderna. Rio de Janeiro: JorgeZahar, 1998.

KNELLER, G. F. A Ciência como uma Atividade humana. São Paulo: Zahar/EDUSP, 1980.

KRASILCHIK, MYRIAM. Reformas e Realidde: o caso do ensino das ciências. São Paulo.Perspec. Jan/mar. 2000, vol. 14 no.1, p. 85-93.

KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. Trad. B.V. Boeira e N. Boeira. São Paulo:Perspectiva, 1996.

KUWABARA, I. Química. In: KUENZER, A. Ensino Médio: construindo um proposta para osque vivem do trabalho. 3. Ed. São Paulo: CORTEZ, 2002. P. 152-161.

NOVAIS, V. Química. São Paulo: Atual, 1999. V. 1.

PARANÁ/SEED/DESG. Reestruturação do Ensino de 2º Grau – Química. Curitiba:

Page 70: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

SEED/DESG, 1993.

QUAGLIANO, J. V. e VALLARINO, L. M. Química. 3. Ed. Guanabara dois, 1979.

RABELO, E. h. Avaliação: novos tempos, novas práticas, Petrópolis: Vozes, 1998.

RODRIGUES, C. M. Guia de los estúdios universitários – Química. EDICIONESUNIVERSIDAD DE NAVARRA, 1977.

ROSITO, B. A. O ensino de ciências e a experimentação. In Construtivismo e ensino deciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. 2. Ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.

RUSSEL, J. B. Química Geral, São Paulo: McGraw-hill, 1981.

SANTOS, W. L. P. e MÓS, G. S.; Química e sociedade: cálculos, soluções e estética. SãoPaulo: Nova Geração, 2004.

SARDELLA, A. ; MATEUS, E. Dicionário Escolar de Química. 3. Ed. São Paulo: Ática, 1992.

VANIN, J. A. Alquimia e químicos: o passado, o presente e o futuro. São Paulo: MODERNA,2002.

Page 71: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia
Page 72: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA DO ENSINO MÉDIO

APRESENTAÇÃO

O Ensino de Sociologia está relacionado com o desenvolvimento de uma compreensãodinâmica e complexa sobre a realidade social. Sua especifidade no ensino médio refere-se àformação de um código de leitura do mundo capaz de despertar junto aos alunos e alunas umapostura crítica e reflexiva sobre o funcionamento das coletividades humanas, seus múltiploscontextos de vida e interação. Por isso, trata-se de uma referência central para debater osprincipais problemas que interessam e afetam o conjunto das sociedades atuais, contribuindo paraa permanente busca por caminhos solidários e responsáveis na efetivação das cidadanias. Taiscaminhos, entretanto, apenas serão alcançados no exercício autônomo da curiosidade, doestranhamento e da desnaturalização frente às vivências e desigualdades sociais. Para tanto, faz-se indispensável a mobilização de conteúdos inerentes ao pensamento social que permitam aoeducando (re)conhecer tanto os mecanismos de produção da ordem, quanto as práticas e saberesque emergem do tecido social oferecendo alternativas aos processos de dominação e exclusãovigentes nas sociedades contemporâneas.

A Sociologia como disciplina curricular no ensino médio tem como uma de suas maisimportantes propostas o desenvolvimento do que Wright Mills (1972) denomina de “imaginaçãosociológica”. Por meio dela o indivíduo consegue estabelecer relações entre sua biografia pessoale o que acontece na sociedade de seu tempo, levando-o a perceber de que modo a organizaçãosocial influencia suas possibilidades de ação. Assim, ao tomar consciência das relações existentesentre a forma como a sociedade se organiza e os acontecimentos individuais cotidianos, abre-seespaço para que os educandos possam interpretar, compreender e atuar em sociedade. Portanto,a proposta é questionar o sentido e o significado de todas as relações sociais, percebendo aconstituição histórica, política e cultural da organização social e o caráter social do conhecimentohumano, seja ele científico ou não. A partir daí, busca-se explicitar e explicar problemáticas sociaisconcretas, de maneira contextualizada para a desconstrução de prenoções e preconceitos queacabam refletindo em práticas sociais. É na busca de fornecer subsídios para compreensão epossível intervenção no real que a disciplina de Sociologia tem trabalhado no ensino médio.

CONTEÚDO BÁSICO POR SÉRIE

1ª Série:

O Surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas.

O conteúdo: O surgimento da sociologia e as teorias sociológicas estará presente emtodas as séries. Sugere-se que o professor articule os momentos históricos mais relevantes paradiscussão dos conteúdos do bloco, bem como, quais os conceitos mais importantes dos teóricosclássicos podem ser utilizados nas discussões propostas para do bloco. Aqui também é omomento do professor apresentar, ainda que rapidamente, com quais outros teóricos e conceitos,para além dos clássicos, pretende trabalhar os conteúdos apresentados.

O processo de socialização e as instituições sociais:

Instituições familiares.

Instituições escolares.

Instituições religiosas

Instituições de reinserção.

Trabalho, produção e classes sociais:

O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedade

Desigualdades sociais: estamentos, castas e classes sociais.

Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições.

Page 73: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Globalização e Neoliberalismo.

Trabalho no Brasil.

Relações de trabalho.

2ª Série

O Surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas:

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamentosocial.

Poder, politica e ideologia:

Formação e Desenvolvimento do Estado moderno; sociológicas clássicas.

conceitos de poder,

conceitos de ideologia,

conceitos de dominação e legitimidade

Estado no Brasil. Desenvolvimento da sociologia no Brasil. Democracia, autoritarismo,totalitarismo.

As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.

Direitos, cidadania e movimentos sociais:

Conceitos de cidadania.

Direitos civis, políticos e sociais.

Direitos humanos.

Movimentos sociais.

Movimentos sociais no Brasil.

Questões ambientais e movimentos ambientalistas.

Questão das ONG's.

3ª Série

O Surgimento da Sociologia e as Teorias sociológicas:

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamentosocial.

Cultura e Indústria Cultural:

Os conceitos de culturas e as escolas antropológicas.

Antropologia brasileira.

Diversidade e diferença cultural.

Relativismo, etnocentrismo, alteridade.

Culturas indígenas.

roteiro para pesquisa de campo.

Identidades como projeto e/ou processo, sociabilidades e globalização.

minorias, preconceito, Hierarquia e desigualdades.

Questões de gênero e a Construção social do gênero.

Page 74: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Cultura afro-brasileira e a Construção social da cor. Identidades e movimentos sociais;dominação, hegemonia e contramovimentos.

Indústria cultural.

Meios de comunicação de massa.

Sociedade de consumo, Indústria cultural no Brasil.

SERIAÇÃO/CARGA HORÁRIAº ano

Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na série h/a

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social.

Conteúdos específicos: Discussão do processo de modernidade – renascimento, reforma protestante, iluminismo, revoluções burguesas. Encaminhamento: Aqui o importante é buscar articular momentos históricos com o desenvolvimento do pensamento social. Quais são as mudanças significativas na forma de pensar, entender e explicar o mundo a partir destes momentos e como isto reflete na organização das relações sociais e mesmo na produção teórica do pensamento social.

3

Teorias sociológicas(clássicas): August Comte, Émile Durkheim, Marx Weber e Karl Marx.

Conteúdos específicos: Teoria de Comte – explicação dos problemas sociais – teoria dos 3 estágios, características do pensamento científico, a ciência da sociedade – características e problemáticas, o papel das instituições. Teoria de Durkheim - relaçãoindivíduo x sociedade, definição do objeto e método, conceitos mais importantes que possam ser mobilizados nas discussões dos outros conteúdos da série. Teoria de Max Weber – relação indivíduo x sociedade, definição de método e objeto, relação entre o conhecimento sociológico e o conhecimento histórico, conceitos mais importantes que possam ser mobilizados nas discussões dos outros conteúdos da série. Teoria de Karl Marx – compreensão do papel da história para Marx, explicação do processo de desenvolvimento do capitalismo, proposta para solução dos problemas sociais que possam ser mobilizados nas discussões dos outros conteúdos da série.Encaminhamentos: Aqui o interessante é articular as questões apresentadas no contexto histórico e como estes autores propõem solucioná-las por meio de suas teorias. Apontar como a forma de organização do pensamento científico, que hoje tomamos como natural, está sendo reforçada pela orientação positivista dada pela teoria comtiana e, quais elementos de diálogo entre a teoria de Comte e Durkheim. Em Durkheim, ao trabalhar com seus conceitos, é preciso tornar claro com quem o autor está dialogando, quais questões ele busca responder, qual sua forma de entender a sociedade e portanto, quais caminhos ele aponta para sua transformação. Articular as questões apresentadas no contexto histórico e como estes autores propõe discuti-las e/ou solucioná-las por meio de suas teorias. Em Max Weber, ao trabalhar os conceitos, é preciso tornar claro com quem o autor está dialogando, quais questões ele busca responder, qual sua forma de entender a sociedade e portanto, quais caminhos ele aponta para sua transformação. O mesmo vale para Marx. Cabe ao professor ressaltar que, Marx, ao contrário dos outros dois autores, não está preocupado em construir e legitimar uma nova ciência, mas em explicar o capitalismo, apontando sua superação.

5

Pensamento socialbrasileiro

Conteúdos específicos: entre os diversos autores apontados abaixo, cabe a escolha de alguns autores (considerados importantes pelo o professor) e o trabalho com os conceitos e teorias explicativas

6

Page 75: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

desenvolvidas por estes autores buscando apontar com quem eles dialogam, qual a relevância desta obra no cenário nacional, como eles pensam a sociedade, que propostas apresentam para solução das problemáticas apontadas (quando isto estiver presente na obra).Alguns autores sugeridos : Gilberto Freyre, Oliveira Viana, Sérgio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Antônio Candido, Octavio Ianni, Francisco Weffort, José de Souza Martins, Fernando Henrique Cardoso, dentre outros. Encaminhamentos: Aqui o interessante é articular as questões apresentadas no contexto histórico e como estes autores propõem solucioná-las por meio de suas teorias.

Processo de socialização. Instituições familiares. Instituições escolares. Instituições religiosas, Instituições de reinserção.

Conteúdos específicos: A socialização – socialização primária, secundária, contato, relação, interação, grupos sociais. Conceito de instituições sociais. Instituições familiares – perspectivas teóricas sobre a família, diversidade familiar, novos arranjos familiares, papéis de gênero e família, violência e abuso na vida familiar. Instituições escolares: perspectiva teórica sobre a escola em Durkheim, Marx, Weber, Bourdieu, Gramsci, dentre outros; teorias sobre a educação escolar e a desigualdade social, educação e industrialização (relação), educação e novas tecnologias, privatização da educação. Instituições religiosas: definição de religião; diversidade religiosa; perspectivas teóricas sobre a religião em Durkheim, Max Weber, Marx, dentre outros; gênero e religião; novos movimentos religiosos; fundamentalismo religioso; milenarismo. Instituições de reinserção: prisões, manicômios, educandários, asilos, dentre outros. Encaminhamentos: Sugere-se que o professor apresente a idéia de que os indivíduos são construídos socialmente, passando, portanto, pelo processo de socialização que pode ser pensado como socialização primária e secundária, ou ainda apresente as formas como se organizam as relações sociais – como o contato, as relações sociais, as interações sociais, e os grupos sociais. Instituições familiares/ instituições escolares/ Instituições religiosas/ instituições de reinserção: Aqui o interessante é que o professor trabalhe de maneira a não apresentar as instituições de forma a-históricas, metafísicas ou naturalizadas. É preciso que se desenvolva o olhar crítico, apresentando os processos históricos quearticulam as mudanças internas a estas instituições. Desta forma, não importa quais dos conteúdos específicos estejam sendo mobilizados, mas que eles possam ser trabalhados de maneira a propiciar a compreensão da “função social” destas instituições. Sugere-se ao professor, sempre que possível, buscar, também, ao trabalhar estes conteúdos, referenciais teóricos nacionais (isto é, como se discutem, no cenário nacional, os conteúdos apresentados).

16

O conceito de trabalho e o trabalhonas diferentes sociedades.Desigualdades sociais: estamentos,castas e classes sociais. Organização do trabalho nas

Conteúdos específicos: Modos de produção, desemprego, desemprego conjuntural e desemprego estrutural, subemprego e informalidade, fordismo e toyotismo, reforma agrária, reforma sindical. Estatização e privatização, flexibilização, terceirização, agronegócios, voluntariado e cooperativismo, economia solidária, parcerias público-privadas, capital humano, empregabilidade e produtividade, relações de mercado.

Encaminhamentos: Sugere-se que ao trabalhar com estes conteúdos o professor apresente aos educandos outras formas de

30

Page 76: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

sociedades capitalistas e suas contradições.Globalização e Neoliberalismo; Trabalho no Brasil; Relações de trabalho.

pensar e organizar o trabalho além da capitalista. Ao fazer isto, poderá articular esta discussão com a das várias formas de desigualdades sociais que estão presentes em outras sociedades, desta forma, desmistificando a idéia de que as sociedades capitalistas são as únicas nas quais existem desigualdades. Na sequência, o professor poderá trabalhar especificamente com a organização do trabalho nas sociedades capitalistas, apontando assim, para as desigualdades específicas desta forma de organização do trabalho. A sugestão aqui é que o professor articule as discussões feitas acerca do modelo capitalista de produção e a organização do trabalho com o cenário atual, ou seja, a globalizaçãoe o neoliberalismo, mostrando como as relações de trabalho têm se alterado. Propõe-se que, ao fazer isto, o professor volte os olhos para o Brasil, mostrando como isto se reflete no país. Aqui o importante é não esquecer dos vários cenários nacionais (entre eles campo/cidade), e como eles moldam a forma como se organiza o trabalho, ainda que estejamos todos pautados pelo capitalismo.

2º ano

Conteúdo Básico

Especificidade da abordagem na série h/a

Formação e consolidação da sociedade capitalista e odesenvolvimento do pensamento social.

O conteúdo: O surgimento da sociologia e as teorias sociológicasestará presente em todas as séries. Sugere-se que o professorarticule os momentos históricos mais relevantes para discussãodos conteúdos anuais, bem como quais os conceitos maisimportantes dos teóricos clássicos podem ser utilizados nasdiscussões propostas para o ano. Aqui também é o momento doprofessor apresentar, ainda que rapidamente, com quais outrosteóricos e conceitos, para além dos clássicos, pretende trabalharos conteúdos apresentados.

4

Formação e desenvolvimen-to do Estado Moderno; Conceitos de poder, conceitos de ideologia, conceitos de dominação e legitimidade; Estado no Brasil; Democracia, autoritarismo, totalitarismo; As expressões da violência nas sociedades contemporâ-neas.

Conteúdos específicos: Processo de modernidade, formação do capitalismo; conceito de Estado, Estado moderno, formas de organização do Estado ( absolutismo, liberal, bem-estar social, socialismo), conceito de política, conceito de alienação, partidos políticos, conceito de Estado weberiano, violência legítima, violência urbana, violência contra “minorias”, violência simbólica, criminalidade, narcotráfico, crime organizado.Encaminhamentos: Propõe-se aqui que o professor discuta o surgimento do Estado moderno e suas especificidades articulando isto às maneiras como ele tem se organizado e mobilizando, nestas análises, os vários conceitos de política, ideologia, alienação, dominação e legitimidade. Aqui propõe-se que o professor traga a discussão para o cenário nacional, articulando os conteúdos trabalhados no bloco anterior e analise então, o cenário nacional, pensando como o Estado brasileiro tem se organizado, quais suas especificidades. Ao final, sugere-se que o professor parta da conceituação weberiana sobre Estado para iniciar a discussão sobrea violência. O cuidado é o de não apresentar a discussão de violência atrelada diretamente à pobreza, à criminalidade, ao narcotráfico, ou ao crime organizado, dificultando a percepção das outras formas que podem assumir a violência cotidianamente.

26

Page 77: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Direitos civis, políticos e sociais, Direitos humanos, conceitos de cidadania. movimentos sociais, movimentos sociais no Brasil, a questão ambiental e os movimentos ambientalistas, a questão das ONG's.

Conteúdos específicos: Construção moderna dos direitos, histórico dos direitos humanos - alcances e limites -, cidadania, políticas afirmativas, políticas de inclusão, definição de minorias. Definição demovimentos sociais, movimentos sociais urbanos, movimentos sociais rurais, movimentos conservadores, neoliberalismo, redefinição das funções do Estado, problemas ambientais.Encaminhamentos: A proposta aqui é articular as discussões iniciadas no primeiro bimestre (poder, política e ideologia), com a construção de alguns elementos considerados a-históricos. A discussão da construção dos direitos pode passar pela discussão damobilização social em busca de respostas para demandas específicas. Propõem-se aqui que os professores trabalhem, num primeiro momento, com a construção dos movimentos sociais modernos, deixando claro que, esta forma de organização das demandas sociais só é possível após a constituição dos Estados nacionais modernos. A partir daí, sugere-se que os professores apresentem as várias formas como os movimentos sociais têm-se organizado, trazendo a discussão, principalmente, para o cenário nacional. Por fim, a discussão dos problemas ambientais articulada aos movimentos sociais e a redefinição das funções do Estado podefechar a discussão.

30

3º Ano

Conteúdo Básico Especificidade da abordagem na série h/a

Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento dopensamento social.

O conteúdo: O surgimento da sociologia e as teorias sociológicas estará presente em todas asséries. Sugere-se que o professor articule os momentos históricos mais relevantes para discussãodos conteúdos anuais, bem como, quais os conceitos mais importantes dos teóricos clássicospodem ser utilizados nas discussões propostas para o ano. Aqui também é o momento do professorapresentar, ainda que rapidamente, com quais outros teóricos e conceitos, para além dos clássicos,pretende trabalhar os conteúdos apresentados.

4

Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades, diversidade cultural,cultura afro-brasileira.

Conteúdos específicos: os conceitos de cultura nas escolas antropológicas (evolucionismo, funcionalismo, culturalismo, estruturalismo, interpretativismo), antropologia brasileira. Diversidade, diferença cultural; relativismo, etnocentrismo, alteridade, roteiro para pesquisa de campo.Encaminhamentos: Sugere-se que o professor apresente, de forma resumida, um panorama geral dos debates em torno do conceito de cultura, conceito este que será retomado no próximo bimestre. Aqui cabe ressaltar que estas discussões orientarão a elaboração da pesquisa de campo encaminhada no próximo bimestre (isto ocorrerá atendendo às especificidades de cada localidade). Sugere-se que o professor articule estas discussões com o resgate da antropologia brasileira, focando especificamente nas comunidades indígenas e suas contribuições para compreensão de nossa própria sociedade. Além disso, pode ser interessante aproveitar a reflexão em torno dos conceitos de relativismo, etnocentrismo e alteridade para iniciar uma elaboração de roteiro de pesquisa.

26

Identidade, relaçõesde gênero, cultura afro-brasileira, Indústria cultural, meios de comunicação de massa, sociedade de consumo, indústria cultural no Brasil

Conteúdos específicos: identidades como projeto e/ou processo; identidades e sociabilidades; identidades e globalização; identidadese movimentos sociais; construção social do gênero; construção social da cor; minorias, preconceito, hierarquia e desigualdades; dominação, hegemonia e contramovimentos. Escola de Frankfurt, cultura de massa, cultura erudita, cultura popular, sociedade de consumo.Encaminhamentos: Sugere-se que o professor, a partir dos conteúdos apresentados, articule a discussão acerca da construção da identidade na contemporaneidade para além da construção da identidade elaborada a partir dos Estados nacionais. Propõe-se que

30

Page 78: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

o professor articule a discussão anterior (identidade) com a discussão sobre indústria cultural de forma a entender as relações sociais que se organizam neste cenário, possibilitando a problematização da construção de práticas sociais que se pautam no consumo como forma de construção identitária. Sugere-se ainda que sejam problematizadas as categorias de hierarquização da produção cultural, de forma que os alunos possam perceber como elas atuam para legitimar determinados “campos” de produção cultural. Fica como sugestão que o professor, neste último bimestre, proponha a construção de uma pesquisa de campo. Como neste momento os alunos já discutiram todos os conteúdos estruturantes, o professor pode sugerir aos alunos que eles escolham, dentre tudo o que foi discutido, um tema para desenvolver uma pesquisa de campo, ou ainda que selecione um conteúdo para desenvolvê-lo.

AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua , diagnóstica do processo ensino-aprendizagem quanto comoinstrumento de investigação da prática pedagógica. Formar sujeitos que construam sentidos parao mundo, que compreendam o contexto histórico do seu dia a dia.

Ao aplicar uma atividade em sala durante o seu desenvolvimento, as atitudes eposicionamento do aluno já serão passíveis de avaliação , ou seja, o professor deve aproveitartodo o processo para verificar e avaliar o seu progresso. Esse progresso norteará as suas ações ,sua metodologia, os encaminhamentos e novas avaliações.

Page 79: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Anexo

Poder, politica e ideologia

Sugere-se que se inicie todos os conteúdos estruturantes com o conteúdo : surgimentoda sociologia e teorias sociológicas.

Como encaminhar isto quando pensamos o conteúdo estruturante: Poder, política eideologia?

A proposta é então, que em 4 aulas o professor desenvolva o conteúdo básico –formação e desenvolvimento do Estado Moderno.

Sugere-se que ele inicie levando os alunos a se perguntarem a respeito de como associedades se organizam politicamente e, como se dão as relações de poder no interior dassociedades, sempre lembrando que nosso objetivo é pensar o estado moderno. A idéia é que porestes questionamentos os alunos possam perceber que esta forma de organização do Estado temum processo um processo sócio-histórico que leva a organização do Estado sob a forma que hojeconhecemos.

Ele poderá então, utilizar 2aulas discutindo como os princípios pensados paraorganização das sociedades, no período anterior entram em declínio (o feudalismo, a centralidadeda Igreja, os privilégios ligados ao sangue e a nobreza) e como novos valores passam a orientaresta organização (Iluminismo, o liberalismo, a participação e a representação política, oindividualismo, a burguesia), fazendo com que o aluno perceba como estes elementos searticulam na configuração de uma nova forma de organização do Estado.

Na sequência sugere-se que o professor utilize 2 aulas para a discussão dospressupostos de dois autores (Weber e Marx) no que se refere a análise do Estado. A idéia não éque se esgote as proposições sobre o tema apresentadas pelos autores nestas 2 aulas, mas que,resumidamente, discutam-se duas formas de analisar o mesmo objeto na busca de marcar asdiferenças nas abordagens e nos seu desenvolvimento.

Em Marx o estado é visto como “comitê executivo das classes dominantes”, enquanto emWeber, o estado é pensado como a instituição que detém o “monopólio legítimo do uso da força”.

A partir destes encaminhamentos o professor poderá desenvolver os outros conteúdosbásicos sugeridos para este conteúdos estruturante, levando em consideração que: o poderpermeia todas as relações sociais; ao se organizar o Estado moderno reorganiza as sociedades;eque, as relações políticas são ideológicas.

Page 80: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRAGEIRA MODERNA ESPANHOL – CELEM

APRESENTAÇÃO

A língua espanhola foi em um passado recente a língua que dominou os povoslatinos de toda a América do Sul.

Durante os primeiros tempos de colonização, a ocupação portuguesa limitou-se a faixado litoral. Mas somente com a união das coroas portuguesas e espanhola que contribuiu para aflexibilização dos limites impostos pelo tratado de Tordesilhas.

Portanto se houvesse ainda hoje o tratado de Tordesilhas, certamente falaríamosespanhol ao invés de português.

Dentre as várias línguas faladas, o espanhol se destaca, é a segunda língua nativa maisfalada no mundo e a primeira mais falada nas Américas.

A língua espanhola, também conhecida como “castelhano”, sofreu variações ao longo dotempo e de região para região, os chamados dialetos oriundos do espanhol.

A língua Espanhola é um dos meios de comunicação mais importantes do mundo. É oidioma oficial da Espanha e no fim do século XV iniciou sua irradiação na América recémdescoberta.

Hoje, além da Espanha, fala-se o Espanhol na América Latina: Argentina, BolíviaColômbia, Costa Rica, Cuba, Chile, Equador, Guatemala, Honduras México, Nicarágua, Panamá,Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, El Salvador, Uruguai, Venezuela e GuinéEquatorial (África). Na América do Norte, nos Estados Unidos, propriamente dito, o Espanhol éusado como língua de comunicação entre a maioria dos anglo-saxãos dos estados doColorado, Arizona, Califórnia e Novo México e também pôr numerosos grupos de New York eFlórida.

A língua falada pela quase totalidade de nossos vizinhos latino-americanos estácruzando fronteiras. O MERCOSUL - Mercado Comum dos Países da América do Sul e o NAFTA- Mercado Comum dos Países da América do Norte, certamente forma fatores de grandeinfluência para a divulgação do idioma.

Além do interesse particular que o Espanhol desperta em algumas pessoas é importanteperceber que vivemos uma época de relações "político-comerciais" que nos decanta pelanecessidade do conhecimento desse idioma

Para esta relação, que nos apresenta mais estreita a cada dia já não há lugar para o"Portunhol". Necessário, se faz, que o Espanhol seja usado sem risco de enganos ou mal-entendidos como temos presenciado ao longo dos anos. Entendermos, comunicarmos deforma correta é uma necessidade primordial, tendo em vista que saber a língua do outro é ir muitoalém: é entender sua realidade e reinterpretar a nossa.

Nesta perspectiva descobre-se na metodologia do ensino de idiomas modernos a concepção da língua como instrumento (sócio-cultural) e não como um fim em si mesma (regras memorizadas).

A escola tem a função de preparar o aluno para exercer sua cidadania plenamente.

Isto quer dizer, fazê-lo perceber qual seu papel na sociedade à qual pertence e comotambém sua utilidade, sendo a mesma globalizada, na qual as fronteiras são cada vez maistênues.

Por que estudar Espanhol? É importante ter presente que o relacionamento do Brasil com Argentina, Paraguai e demais países latino-americanos não deve ser considerado apenas do ponto de vista da integração econômica.

A integração promovida pelo Mercosul tem avançado muito além da esfera econômica.Ela envolve, de forma crescente: empresários, educadores, trabalhadores, jornalistas, estudantes,

Page 81: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

pesquisadores, políticos, etc. As realizações atingem, hoje, o conjunto da sociedade.

As perspectivas são imensas, por tal motivo, faz-se necessário o envolvimento ativo daescola na incorporação crescente dessa dimensão idioma espanhol de integração,

cujo desfecho será o ressurgimento da identidade latino-americana e a própriaelaboração da consciência da própria identidade (sujeito histórico e socialmente constituído).

Para o ensino de Língua Estrangeira Moderna Espanhola, constituirá Conteúdo

Estruturante o Discurso, entendido aqui como prática social sob os seus vários gêneros.

Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e queestarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, sejaem que prática for, os conhe c i men t os li n g ü í s t i co s , d i scurs i vo s , cu l t ura i s e sóc i o- pragm á t i co s .

Os conhecimentos lingüísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às regrasgramaticais. Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada gamade práticas sociais. Os culturais, a tudo aquilo que um grupo social vive e à forma comoconcebe a vida. E, finalmente, os conhecimentos sócio-pragmáticos, que tratam dos valoresideológicos, sociais e verbais que envolvem o discurso em um contexto sócio- histórico particular.

As práticas de leitura, escrita e oralidade, trabalhadas de forma significativa, garantemuma abordagem do Discurso em sua totalidade.

Conteúdos estruturantes: leitura, escrita, oralidade e análise lingüística.

Estes conteúdos serão contemplados através dos mais diversos gêneros textuais,proporcionando ao aluno a possibilidade de:

Escolher o registro adequado à situação na qual se processa a comunicação e a palavraque melhor reflete a idéia que se pretende comunicar, utilizando os mecanismos de coerência ecoesão na produção oral e escrita;

Utilizar estratégias verbais e não verbais para compensar as faltas, favorecer acomunicação e conseguir o efeito desejado em situações de produção de leitura;

Conhecer e utilizar o Espanhol como instrumento de acesso à informações de outrasculturas e de outros grupos sociais;

Compreender de que forma pode-se interpretar uma determinada expressão em funçãodos aspectos sociais e/ou culturais;

Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos/contextosatravés da natureza, função, organização e estrutura lingüística, segundo as condições deprodução/recepção (intenção, época,lugar, interlocutores, participantes da criação e propagaçãodas idéias e escolhas e tecnologias disponíveis);

Saber distinguir as variantes lingüísticas e;

Compreender como os enunciados refletem a maneira de ser, pensar, agir e sentirdaqueles que os produzem.

Os conhecimentos lingüísticos, tais como artigos, verbos, pronomes e outros, a ortografiae as possíveis realizações sonoras, assim como os conteúdos arrolados acima, estarão presentesno processo pedagógico no decorrer dos dois períodos letivos do curso, sendo que serãosubdivididos em duas partes, uma para cada período, com o objetivo de sistematizar e viabilizar oprocesso de ensino aprendizagem. Contudo, todos os conhecimentos - lingüísticos, discursivos,culturais e sócio-pragmáticos poderão e deverão ser trabalhados e/ou retomados em ambosperíodos, respeitando o pré-conhecimento,necessidade ou curiosidade do aluno. Desta forma,estará sendo respeitada a individualidade de cada um e mantida a motivação, tanto individualcomo do conjunto, tão necessária ao processo de ensinar-aprender.

O ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, de acordo com a lei11.645/08, estará contemplada nos conteúdos curriculares na disciplina de Língua Espanhola.

Page 82: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Estes temas poderão ser abordados constantemente, quando se fizer necessário e/ou oportuno,uma vez que o referido assunto é vivenciado no dia-a-dia da sociedade.

Os desafios educacionais contemporâneos (educação ambiental, educação fiscal, drogase sexualidade) devem ser enfrentados pela escola na sua totalidade, e a disciplina de LínguaEspanhola, através da discussão e interpretação e compreensão de nossa realidade por meiode ângulos de visão diferentes e do processo de comparação entre nossa realidade e a deoutros povos e culturas, tem papel fundamental no combate à estes desafios que hoje estãopresentes no nosso cotidiano.

Primeiro Ano

- Leitura, escrita e oralidade:

Texto gráfico visual: mapas, planta arquitetônica, calendário, cartaz, fotos de pessoas,cidades, imagens do dia-a-dia, animais, moradias, festas natalinas e tirinhas;

Texto de diálogo: apresentação entre pessoas e situações reais dentro do contextoescolar e conversação telefônica;

Texto informativo: sobre a língua espanhola, a cultura indígena, costumes pelo mundoafora, as cidades, ações cotidianas, o mundo animal, as diferentes moradias, o relógio e onatal pelo mundo;

Texto narrativo: sobre as cidades e ações cotidianas; Texto literário: sobre filosofia e o natal;

Texto letra de músicas;

Texto áudio-visual: vídeo-clipes e filmes.

- Análise Lingüística:

O alfabeto e a pronuncia; Nomes, sobrenomes e apelidos;

Pronomes pessoais, interrogativos, demonstrativos e possessivos;

Presente do indicativo dos verbos: “ser” , “tener” e haber, “ir”, “venir”, “estar”, “soler”,“acostumbrar”, “gustar”, “ estudiar” e ações do cotidiano como : despertarse, desayunar,dormir,ducharse e comer.

Adjetivos possessivos: “mi”, “tu”, “su”; Relação formal/não formal;

Artigos definidos e indefinidos, artigo neutro Lo; Contrações: “al” e “del”;

Preposições

Ir + a + infinitivo;

Uso de “hay” e “tiene”;

Pretérito: imperfeito, indefinido e perfeito do indicativo; Marcadores temporais de passado;

Estruturas comparativas; Uso de “muy” e “mucho”; Os numerais;

As horas;

Advérbios temporais; Gerúndio;

Plural dos substantivos; Adjetivos;

Sufixos aumentativos e diminutivos:

Fórmulas para expressar desejos e opiniões;

Verbos gustar e preferir em presente do Indicativos; Falsos amigos relacionados ao vocabulário abordado:

Page 83: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Vocabulário: saudações, despedidas, agradecimentos, a família, características físicas epsicológicas das pessoas, paises, nacionalidades, da cidade, de ações do cotidiano,estabelecimentos comerciais, os animais, as cores, a partes de uma casa, os insetos, os dias dasemana, os meses do ano e do natal.

Segundo Ano

- Leitura, escrita e oralidade:

Texto gráfico visual: ilustração sobre as festas, vestuário, fenômenos meteorológicos, asestações do ano, estabelecimentos comerciais, alimentos, esportes, lugares turísticos, o sistemasolar, as fases da lua, lugares inóspitos, mapas, cartazes e tirinhas;

Texto de diálogo: festas, compras, esportes;

Texto informativo: sobre as festas, o corpo humano, previsão do tempo, o meioambiente, o comercio, sinistros da natureza, esportes pouco convencionais, lugares turísticos,lugares inóspitos;

Texto narrativo: diário, viagens, astronomia; Texto de imprensa: de opinião;

Texto literário: poema; Texto letra de música;

Texto áudio-visual: video-clipes e filmes.

- Análise Lingüística:

Expressões utilizadas para aceitar ou recusar convites;

Fórmulas para perguntar preço, atender e agradecer em estabelecimentos comerciais;

Perífrase verbal “ ir + A “; Verbos reflexivos; Conjunções: “y/e” e “o/u”;

Pretéritos: perfeito, imperfeito , indefinido e mais que perfeito; Presente do indicativo de verbos ditongados;

Futuro imperfeito de verbos regulares e irregulares; Pronomes complemento e indefinidos;

Advérbios e expressões temporais;

Conjunções de conseqüência, resultado, causa e adversativas; Uso de “se + la/ las/ lo/ los”;

Expressões: “o sea” e “es decir”; Presente do subjuntivo;

O condicional;

Pretérito imperfeito do subjuntivo;

Verbos regulares em modo imperativo afirmativo e negativo; Regras de acentuação

Apócope;

As diferentes funções da palavra “sueño”;

Fórmulas para expressar obrigação, necessidade e proibição

Fórmulas de argumentação e opinião

Solicitação de informação utilizando o telefone como meio de comunicação. Vocabulário: vestuário, objetos próprios de uma festa de aniversário, corpo humano,

tempo atmosférico, estações, pontos cardeais, frutas, legumes, verduras, carnes, esportes, viagens, sistema solar, fases da lua, lugares/turismo.

Page 84: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Metodologia

O aprendizado de uma língua tem como objetivo a competência comunicativa, ou seja, oDiscurso. A aquisição desta competência relaciona-se ao desenvolvimento integrado dehabilidades de produção de linguagem em cada aprendiz: a compreensão auditiva, acompreensão de leitura e a expressão oral e escrita.

Compreensão auditiva: por meio de uma grande variedade de textos auditivos os alunosentrarão em contato com significativas amostras orais da língua espanhola e lhes serásolicitado a comprovação de compreensão e entendimento. A extensão e complexidade dos textosaumentarão de acordo com o nível de aproveitamento.

Compreensão de leitura: será trabalhada através de textos narrativos, descritivos,poéticos, jornalísticos, humorísticos, contos, fábulas, publicitários, gráficos, quadros, mapas,tirinhas, etc, de modo que o aluno receba variedade e qualidade suficiente. Assim como nostextos orais, os textos escritos também aumentarão em extensão, complexidade e profundidadede acordo com o nível de aproveitamento. Os temas escolhidos fazem parte da realidade doaluno (a escola, a família, os amigos, etc) para que este se identifique e a aprendizagem sejarealmente significativa.

Expressão oral: desde a primeira aula o aluno será incentivado a falar e desenvolvergradualmente sua expressão oral. A partir da apresentação de estruturas específicas, serãopropostas com certa freqüência os trabalhos de interação oral entre os alunos, seja em

duplas ou em pequenos grupos sempre partindo de situações do cotidiano.

Expressão escrita: serão propostas varias atividades nas quais os alunos terão aoportunidade de reunir, em textos escritos, todo o conteúdo (lexical,gramatical, comunicativo ecultural) visto até um presente momento e que tenham para ele significado.

Todas as atividades acima propostas serão apresentadas em grande variedade, fazendocom que o aluno se motive a realizá-las e não tenha a sensação de a todo momento jásaber o que tem de ser feito. Isto favorece a curiosidade e a imaginação dos alunos, estimulandosua criatividade e sensibilidade.

Além disto, através de textos escolhidos, serão trabalhados os vários temas que adisciplina de Língua Espanhola nos possibilita: saúde, meio ambiente, pluralidade cultural,trabalho, consumo, educação fiscal, drogas, sexualidade, entre outros.

Avaliação

A avaliação dá-se durante todo o processo ensino-aprendizagem. Por isso, é diagnóstica,contínua, permanente, processual e cumulativa, em função dos objetivos propostos e tem porfinalidade a verificação do processo de construção do conhecimento, do aproveitamento e docrescimento do educando, considerando as características individuais de cada um e os aspectosqualitativos em detrimento dos quantitativos, atendendo à orientação da proposta curricular.

A avaliação será feita a partir dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentosdiversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no ProjetoPolítico Pedagógico da escola: pela observação constante do desempenho do educando emtrabalhos individuais e de equipe, atividades em classe, extra-classe e domiciliares, pesquisas,testes, projetos especiais e demais modalidades que se mostrarem aconselháveis e deaplicação possível e, que realmente constatem o desenvolvimento individual de cada aluno.

A partir da apreciação do resultado da avaliação, uma reflexão sobre a práticapedagógica será possível, permitindo reorganizar, a todo momento e se necessário os conteúdostrabalhados, os instrumentos utilizados e a metodologia aplicada, buscando o aprimoramento doprocesso de ensino-aprendizagem.

O educando deverá demonstrar que se apropiou significativamente do conhecimentonecessário para avançar no processo de aprendizagem, bimestralmente e ao término do períodoletivo.

Page 85: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

Os estudos de recuperação oferecidos têm por objetivo o acompanhamento contínuo doeducando ao longo do ano letivo, dentro do período de aula, proporcionando-lhe condições deatingir os objetivos propostos. Estes estudos serão realizados através de atividades diversificadase significativas, e os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações realizadasdurante o período letivo no Livro de Registro de Classe.

Os registros da avaliação de aprendizagem serão expressos em uma escala de 0 (zero)a 10,0 (dez vírgula zero), sendo que a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgulazero). A promoção, no entanto, dependerá também da freqüência mínima exigida por lei, que é deno mínimo de 75% do total de horas letivas.

A nota bimestral será obtida pela somatória dos melhores resultados (nota maior) emcada conteúdo ou bloco de conteúdos previsto no bimestre e no plano de ação docente. Já amedia final será o resultado da somatória das quatro notas bimestrais divididas por quatro.

Referencias Bibliográficas

Alves, A. N. M.; Mello, A. ¡Vale!: avanzamos: 1/2/3/4. Adda-Nari M. Alves, Angélica Mello. 2.ed. São Paulo: Moderana, 2002.

Canale, M. De la competencia comunicativa a la pedagogia comunicativa del lenguaje. In. Competencia Comunicativa documentos básicos para la enseñanza de lenguas estranjeras. Madrid: Edelsa, 2000.

De Los Ángeles J. Garcia, Maria. Español sin fronteiras: curso de lengua española, volumen1/2/3/4. Maria de Los Ángeles J. Garcia, Josephine Sanches Hernández. _ Ed. Reform._ São Paulo: Scipione, 2002.

Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental e Médio de Língua Estrangeira Moderna. Gran Diccionário usual de la lengua española/edición y coordinación editorial Pilar Remirez. São Paulo: Larousse do Brasil, 2006.

Língua Estrangeira Moderna Espanhol e Inglês/vários autores. Curitiba: SEED PR, 2006. p. 256.

Milani, Esther Maria. Gramática de Espanhol para brasileiros. São Paulo. _ 2 ed. _ São Paulo: Saraiva 2000.

Projeto Político Pedagógico.

Santa Cecilia, A. G. La enseñanza del español en el siglo XXI. In: Giovannini, A.; Martín

Peris, E.; Rodriguez, M.; Simon, F. Professor en acción. Madrid: Edelson, 1999.

Page 86: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA O ENSINO MÉDIO.

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O Ensino de Língua Estrangeira contribui para formar um cidadão crítico, capaz deinteragir criticamente com o mundo a sua volta; precisando para tanto entender que a linguagem éalgo mais que um conjunto de normas e formas ,mais que uma manifestação psíquica individual, alinguagem precisa ser entendida como uma produção construída nas interações sociais,marcadamente dialogistas, um espaço de construções discursivas inseparáveis das comunidadesinterpretativas que as constroem e que são por ela construídas, ou seja, uma teoria sóciointeracionista.

A comunicação (que leva em conta o contexto social) é uma forma de interação socialque se desenvolve em contextos que impõem certas condições ao uso da língua e, ao mesmotempo, criam condições que permitem interpretar corretamente os enunciados.

A competência comunicativa deve ser voltada para o uso efetivo da língua e não apenaspara o estudo da “ língua pela língua”, para a busca da interação e não apenas da precisão, paraautenticidade da língua e contextos, atendendo às necessidades dos alunos no mundo real. Epara tanto há a integração das quatro habilidades: ler,escrever, falar, e compreenderauditivamente.

O sistema lingüístico é visto como um instrumento de interação humana, sendo que asformas e estruturas lingüísticas devem ser transmitidas em seu significado funcional.

Na produção de significados são considerados, além da gramática, o contextosociolingüístico, os papéis dos falantes na situação, os meios não lingüísticos e paralingüísticos(gestos, interjeições,etc.) assim como a tipologia textual e estruturas típicas de situação decomunicação.

O trabalho com a língua estrangeira deve ser entendido como uma nova possibilidade dever e entender o mundo e de construir significados.

Na medida em que se aproxima de outra língua e de outra cultura, o aluno percebe alíngua como algo que se constrói e é construído por uma determinada comunidade, se por umlado, a língua determina a realidade cultural, por outro,os valores e as crenças culturais criam emparte sua realidade lingüística. Dessa forma, o conhecimento de uma língua estrangeira colaborapara a elaboração da consciência da própria identidade, pois o aluno consegue perceber-setambém ele como um sujeito histórico socialmente constituído.Língua e cultura constituem umdos pilares da identidade do sujeito como cidadão e da comunidade como formação social.

A apresentação do discurso nos seus mais variados gêneros, orais, escritos ou visuais,garantirá ao aluno o estímulo necessário para que entre no universo da língua estrangeira einteraja com ele.Constituirá, portanto o conteúdo estruturante para o ensino da língua estrangeiramoderna o discurso,entendido como prática social sob os seus mais variados gêneros.Talconteúdo se efetiva através da oralidade, leitura e escrita.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA.

1. Formar um sujeito crítico, capaz de interagir criticamente com o mundo à sua volta.

2. Entender que a linguagem é algo mais que um conjunto de normas e formas, mais queuma manifestação psíquica individual; que é uma produção construída nas interações discursivasinseparáveis das comunidades interpretativas que as constroem e que são por ela construídas.

3. Toda enunciação se constitui num diálogo que faz parte de um processo dinâmico eininterrupto.Assim sendo, toda enunciação envolve a presença de duas vozes,a voz do eu e dooutro. É no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao quesomos. É, portanto, por meio da interação com o outro que o sujeito se constitui socialmente.(BAKHTIN, 1998).Sendo assim, o ensino de língua estrangeira deve ultrapassar as questões

Page 87: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

técnicas e instrumentais e se centrar na educação, para que o aluno reflita e transforme arealidade que se lhe apresenta.

4. Proporcionar ao aluno a possibilidade de interagir com a infinita variedade discursivapresente nas diversas práticas sociais.

5. Trazer um conhecimento do mundo que permita ao leitor elaborar um novo modo dever a realidade.

6. Incentivar os alunos a expressarem suas idéias em língua estrangeira dentro de suaslimitações.

7. Articular os conhecimentos da língua estrangeira com as demais disciplinas docurrículo,objetivando relacionar os vários conhecimentos.

CONTEÚDOS

O aluno de Língua estrangeira já possui experiência no trabalho com a linguagem e, paraque ele tenha condições de interagir em uma nova discursividade e perceba as novas referênciasculturais através das quais a língua estrangeira se lhe apresenta, é necessário que o professorleve em conta esse conhecimento de que o aluno já dispõe e o subsidie com conhecimento quelhe faltem.

Dessa forma, estabelecem-se como elementos indispensáveis, integradores e queestarão presentes em qualquer situação de interação do aluno com a língua estrangeira, seja emque prática for: conhecimentos linguísticos, discursivos, culturais e sócio-pragmáticos.

Os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao vocabulário, à fonética e às regrasgramaticais, elementos necessários para que o aluno interaja com a língua que se lhe apresenta.

Os discursivos, aos diferentes gêneros discursivos que constituem a variada gama depráticas sociais que são apresentadas aos alunos.

Os culturais, a tudo aquilo que sente , acredita, pensa, diz, faz, e tem uma sociedade, ouseja, a forma como um grupo social vive e concebe a vida.

Os sócio-pragmáticos, aos valores ideológicos, sociais e verbais que envolvem o discursoem um contexto sócio-histórico particular.

Essa abordagem do discurso será abordada em sua totalidade e garantida através deatividades significativas em língua estrangeira nas quais as práticas de leitura, escrita eoralidade, interajam entre si e constituam uma prática sócio-cultural.O aluno se familiarizará comos diferentes gêneros textuais, provenientes das práticas sociais de uma determinada comunidadeque utiliza a língua que se está aprendendo :-literatura, publicidade, jornalismo, mídia, textos não–verbais, etc.

Enfim, se o objetivo é que o aluno consiga interagir na LEM para ampliar seuconhecimento de mundo e ser capaz de interagir criticamente na sociedade, é necessário que eledesenvolva a sua capacidade de ler, escrever, produzir e compreender enunciados em outralíngua, no caso o Inglês.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA.

O aprendizado será organizado por campos temáticos, possibilitando o estabelecimentode relações com as experiências previa do aluno aumentando assim a sua motivação aopossibilitar a escolha de temas de seu interesse e a utilização de materiais autênticos comomusicas, anúncios publicitários, etc. O centro da aula se desloca do professor, que perde seupapel de autoridade detentora do conhecimento, para o aluno, que é visto como agente doprocesso de aprendizagem.

O texto enquanto unidade de linguagem em uso, ou seja, uma unidade de comunicação

Page 88: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

verbal, que pode tanto ser, escrito, oral ou visual, será o ponto de partida da aula de línguaestrangeira.

Esse texto trará uma problematização em relação a um tema. A busca pela solução desteproblema despertará o interesse dos alunos fazendo com que eles desenvolvam uma práticareflexiva e critica, ampliem seus conhecimentos lingüísticos e percebam as implicações sociais,históricas e ideológicas presentes em todo discurso.

Em língua estrangeira, os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois eles darãosuporte para que o aluno interaja com os textos. Se o aluno ao se deparar com um texto,desconhece o vocabulário, a ordem em que as palavras de organizam no enunciado, etc., nãoconseguira nem dar o primeiro passo para sua interação que é o da decodificação. No entanto épreciso lembrar que a escolha dos conhecimentos lingüísticos a serem trabalhados serádiferenciada dependendo do grau de conhecimento dos alunos e será voltada para a intençãoverbal – que tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos.São os erros resultantes das atividades dos alunos que permitirão ao professor selecionar seusconteúdos e orientar sua pratica em sala de aula. É a partir da constatação de falhas no processode interação que a língua torna-se objeto de reflexão e de discussão das questões lingüísticas,entretanto, sem se afastar do contexto que incitou.

Dentro dessa perspectiva, é fundamental auxiliar os alunos a entenderem que ao interagircom/na língua, estão interagindo com pessoas especificas e que é preciso levar em conta quepara entender um enunciado em particular ter em mente quem disse o quê, para quem, onde,quando e porque é imprescindível. Como o trabalho é com o discurso em língua estrangeira, umaprática social que ocorre em um contexto diferente daquele com o qual o aluno esta familiarizado,o conhecimento sócio-pragmático, ou seja, das particularidades do comportamento social e verbal(variações: léxicas, fonético-fonológicas e morfossintáticas e seus prestigio ou desprestigio,adequação e inadequação), bem como as questões político-ideológicas, são subsídiosimportantes para que atinja a efetiva compreensão de um enunciado em particular.

Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas queseja um leitor critico e que reaja aos diferente textos com que se depare e entenda que por traz decada texto há um sujeito, com uma história, com uma ideologia e com valores particulares epróprios da comunidade em que esta inserido. Não se pode esquecer que a leitura se referetambém aos textos não-verbais – estejam eles combinados ou não com o texto verbal. Para quealuno compreenda a palavra do outro é preciso que se reconstrua o contexto sócio-histórico e osvalores estilísticos e ideológicos que geraram o texto.

Com relação à escrita não podemos esquecer que ela deve ser vista como uma atividadesociointeracional, ou seja, significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-se sempre paraalguém, ou um alguém de quem se constrói uma representação. Sendo assim é preciso que nocontexto escolar esse alguém seja definido como um sujeito sócio-histórico-ideológico, com quemo aluno vai produzir um diálogo imaginário – fundamental para a construção do texto e de suacoerência . a finalidade e o gênero discursivo serão explicados ao aluno no momento de orientá-lopara uma produção, assim como, a necessidade de adequação ao gênero, planejamento,articulação das partes, seleção da variedade lingüística adequada (forma/informal), etc. Ao realizarescolhas o aluno estará desenvolvendo a sua identidade e se constituindo como sujeito critico. Aopropor uma tarefa de escrita, é essencial que o professor proporcione aos alunos elementonecessário para que consiga expressar-se e dos quais não dispõe, tais como conhecimentosdiscursivos, lingüísticos, sócio-pragmáticos e culturais.

Propor atividades que colaborem para que o aluno reflita sobre os textos e os percebacomo uma prática social de uma atividade em um determinado contexto sócio-cultural particular.Portanto, é necessário prover-lhe de conhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmátios eculturais de que não disponha para que tenha elementos suficientes para interagir com essestextos.

Todas essas atividades serão desenvolvidas a partir de um texto e envolverãosimultaneamente as práticas e conhecimentos citados anteriormente, proporcionando ao alunocondições para assumir uma postura critica e transformadora com relação aos discursos que selhe apresentam.

Page 89: COLÉGIO ESTADUAL ‘RAINHA DA PAZ’- ENSINO MÉDIO RUA … · ELEMENTOS FORMAIS : Movimento Corporal Tempo Espaço COMPOSIÇÃO: Eixo Ponto de Apoio Salto e Queda Deslocamento Coreografia

CRITÉRIOS DA AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA

A avaliação deve ser parte integrante do processo de aprendizagem e contribuir paraconstrução de saberes.

A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional aprovada em 1996, determina que aavaliação seja continua e cumulativa e que os aspectos qualitativos prevaleçam sobre osquantitativos.

Além de ser útil para a verificação da aprendizagem dos alunos, a avaliação servirá,principalmente, para que o professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas deacordo com as necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber quais são osconhecimentos lingüísticos, discursivos, sócio-pragmáticos ou culturais e as praticas leitura escritaou oralidade que ainda não foram suficientemente trabalhados e que precisam ser abordadosmais exaustivamente para garantir a efetiva interação do aluno com os discursos em línguaestrangeira.

Para concluir, ressaltamos a importância do Livro Didático Público de Língua EstrangeiraModerna Inglês e Espanhol, que não esgota todas as necessidade, nem abrange todos osconteúdos de língua estrangeira, mas se constituirá como suporte e ponto de partida paraprofessores e alunos.

BIBLIOGRAFIA.

ANDREOTTI, V; JORDÃO C.M; GIMENEZ, T.(orgs.) Perspectivas educacionais e ensino deinglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005.

ALMEIDA FILHO, J.C.P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas Campinas: Ed.Pontes, 2002.

BAKHTIN, M Marxismo e filosofia da linguagem São Paulo: Hucitec, 1988.

BOHN, H.I. Maneiras inovadoras de ensinar e aprender: A necessidade dedês(re)construção de conceitos. In: LEFFA, V. O Professor de Línguas EstrangeirasConstruindo a Profissão. Pelotas EDUCAT, 2001.

BOURDIEU, P. A economia das trocas lingüísticas. São Paulo: EDUSP, 1996. p.54.

BRASIL. Lei nº 1996 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes de base daeducação infantil nacional. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.

Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetroscurriculares nacionais: língua estrangeira. Brasileira.

CANALE, M. De la competência comunicativa pedagógica comunicativa del lenguaje. In:Competência Comunicativa – documentos básicos para la ensenanza de lenguas extranjeras.Madrid: EDELSA, 2000.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica –Língua Estrangeira Moderna. Curitiba, 2008.