COLÉGIO ESTADUAL IZELINA DALDIN GAIOVICZ ENSINO ... · A convivência entre os professores e...
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COLÉGIO ESTADUAL IZELINA DALDIN GAIOVICZ
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
GENERAL CARNEIRO – PR
2010
COLEGIO ESTADUAL IZELINA DALDIN GAIOVICZ
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Direção: Schirley Salete Drabik Ioris
Direção Auxiliar: Geracina Pereira
Equipe Pedagógica: Rozana de Fátima Tomacheski Olinquevicz
Maria Salete de Oliveira Volenquevicz
GENERAL CARNEIRO – PR
2010
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO
2. IDENTIFICAÇÃO
3. HISTÓRICO DA ESCOLA
3.1 FATOS SIGNIFICATIVOS
3.2 DIRETORES DESTE ESTABELECIMENTO DE ENSINO
3.3 ESCOLHA DO NOME
4. ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA
4.1 ESPAÇO FÍSICO
4.2 MOBILIÁRIOS
4.3 CURSO QUE OFERTA
5. OBJETIVOS GERAIS
6. MARCO SITUACIONAL
6.1 RECUPERAÇÃO PARALELA
6.2 CLASIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO
6.3 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ESCOLAR E DAS TURMAS
6.4 CONSELHO DE CLASSE
6.5 ESTRUTURA DE PESSOAL
6.6 ORGANIZAÇÃO E FINALIDADE DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
6.7 ORGANIZAÇÃO DA HORA-ATIVIDADE
6.8 RECURSOS FINANCEIROS
6.9 MATRIZ CURRICULAR
7. MARCO CONCEITUAL
8. MARCO OPERACIONAL
8.1 PLANO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
8.2 AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
APRESENTAÇÃO
Trata-se de uma proposta educacional da Escola Estadual Izelina Daldin Gaiovicz
que tem em vista a qualidade da formação a ser oferecida a todos os estudantes. Esta
proposta foi construída coletivamente onde contou com a participação de Alunos, Pais,
Professores, Funcionários, Pedagogos e Direção que em diferentes momentos (reuniões
fora da hora de aula, palestras, capacitação, etc.), foram fazendo as leituras de diversos
textos, (Ilma Passos, Saviani, Paulo Freire, etc.), refletindo e discutindo sobre os mesmos,
e construindo a nossa realidade. O ensino de qualidade que a sociedade demanda
atualmente se expressa aqui como a possibilidade de o sistema educacional vir a propor
uma prática educativa adequada às necessidades sociais, políticas, econômicas e
culturais da realidade brasileira, que considere os interesses e as motivações dos alunos
e garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos
e participativos, capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na
sociedade em que vivem.
Assim a ESCOLA vem atender a LDB, 9394/96 Art. 12 e 13 onde se salienta que
todos os estabelecimentos de ensino, respeitando normas comuns e do sistema de
ensino, deverão elaborar e executar sua proposta pedagógica em conjunto com os
professores que devem fazer cumprir a proposta da escola, zelando pela aprendizagem,
estabelecendo estratégia de recuperação para alunos com menor rendimento,
participando do planejamento, da avaliação e de períodos de desenvolvimento
profissional e ainda representar um canal de articulação entre a escola e a comunidade. A
construção de um Projeto Político Pedagógico na escola, segundo Veiga (1998),
“antecede a qualquer decisão política ou exigência legal, já que enquanto educadores e
enquanto membros da instituição escolar, devemos ter claro a que horizonte pretendemos
chegar com os nossos alunos, com a comunidade e com a sociedade, caso contrário não
estaremos exercendo o nosso papel de educador, mas simplesmente de “aventureiro”,
que não sabe onde quer chegar”. A construção de um projeto político pedagógico significa
repensar, reorganizar e até mesmo prever um futuro diferente do presente eliminando as
relações competitivas, corporativas e autoritárias.
O Projeto Político-Pedagógico é a construção coletiva da identidade da escola
pública, popular, democrática e de qualidade para todos. O projeto define uma concepção
de homem, sociedade, conhecimento, educação, cultura, cidadania, ensino aprendizagem
e avaliação articulada à dimensão político-pedagógica de produzir uma concepção de
educação e sociedade democráticas.
Ao elaborar o presente projeto, a escola propõe algo que está sendo construído e
o que queremos para o futuro. Supõe um posicionamento político da equipe escolar, para
uma visão do ideal de organização da convivência social de um posicionamento
pedagógico a fim de definir as ações educativas e as características necessárias às
instituições escolares numa perspectiva de fazer com que o possível e desejável se
tornem realidade
1 IDENTIFICAÇÃO
A Escola Estadual Izelina Daldin Gaiovicz, Ensino Fundamental, situada à Rua
Presidente Castelo Branco sob nº. 375, Bairro Monte Castelo, no Município de General
Carneiro, é uma escola urbana, mas recebe também alguns alunos do campo
(aproximadamente 10%) que utilizam transporte escolar. O transporte Escolar é feito pela
Prefeitura Municipal que recebe verbas Estaduais para cobrir os gastos, sendo que temos
alunos que moram numa distância de até 40 km da escola. Nos dias de Reuniões os pais
vem com o transporte Escolar no lugar dos filhos, pois os mesmos não podem pagar a
passagem facilitando assim a participação dos pais na vida escolar. A distância da Escola
até o Núcleo Regional de Educação que fica na cidade vizinha de União da Vitória é de 49
km.
A Escola tem por finalidade atender o que dispõe os artigos 205 e 206 da
Constituição Federal. Sendo Propriedade do Estado do Paraná.
2 HISTÓRICO DA ESCOLA
Histórico do Estabelecimento: Inicialmente a escola denominava-se Colégio
Estadual Pedro Araújo Netto – Ensino de 1º e 2º graus – Extensão Bairro Monte Castelo.
Data de início de Funcionamento: 1º de agosto de 1976.
2.1 FATOS SIGNIFICATIVOS
No ato da inauguração, dia 30 de julho de 1976, estiveram presentes: Jayme
Canet Junior, Ex. Governador do Estado, Luiz Roberto Soares, Ex. Deputado Estadual,
além de um representante do Secretário de Estado da Educação e da Cultura.
Diretores que atuaram: Maria Rosa Gaiovicz, Jeanete Cristina Maciel Kukul,
Osmir Joaquim Bazzo, Leda Barcelos Bogut.
Distância da sede: 1 Km
A Escola Izelina Daldin Gaiovicz, foi desmembrada do Colégio Estadual Pedro
Araújo Neto, no ano de 1985, através de uma assembleia, onde estavam reunidos
membros da comunidade, professores e autoridades do município, passando a funcionar
com seus objetivos, finalidades e demais atribuições que lhe é conferida.
Decreto de Autorização de funcionamento da Escola Estadual Izelina Daldin
Gaiovicz, Diário Oficial nº. 2181 de 23 de dezembro de 1985 e Resolução nº 5443/85.
Este Decreto sendo homologado pela Secretaria Estadual de Educação, GILDA POLI
ROCHA LOURES e Governador do Estado Senhor JOSÉ RICHA, sendo reconhecido o
curso de 1º Grau, 5ª a 8ª série, pela Resolução nº 640/90 de 12 de março de 1990, DOE
de 30/03/90. O Ato de criação é de 15.07.77; Ato de denominação 15.07.77; tendo como
Ato de Autorização e Funcionamento a Resolução nº 5443/85, no Diário Oficial do Estado
de 23.12.85. O Reconhecimento do Estabelecimento teve como Resolução nº 640/90, no
Diário Oficial do Estado de 30.03.90. O dia da Padroeira do estabelecimento é 28 de
fevereiro.
O Regimento Escolar teve aprovação com o Ato Administrativo nº 178; Parecer nº
103/2008.
2.2 DIRETORES DESTE ESTABELECIMENTO
Nos anos de 1985 a 1987 foi Diretora a Srª JEANETE C. MACIEL KUKUL.
- Iniciou-se com duas salas de aula, Secretaria, dois banheiros e cozinha,
construído pela Prefeitura Municipal, tendo como Prefeito da época o Srº Antonio Costa
uma pequena sala ao lado da cozinha que servia para Biblioteca do de 1ª a 4ª série e a
construção de mais três salas de aula em frente o bloco um e três salas de aula em frente
o bloco dois.
- Foram adquiridos arquivos de aço, armários para as salas de aula, máquina de
escrever, mais carteiras para os alunos, mobiliários para cozinha e ainda foi construído
almoxarifado pela Prefeitura, adquirido também a Linha Telefônica.
Nos anos de 1988 a 1992 foi Diretor o Srº VILMAR SIMM.
- Nessa administração foi construído os muros envolta da escola e também foi
restaurada toda a iluminação interna da escola, entre outros.
Nos anos de 1993 a 1999 foi Diretor o Srº JOÃO REINALDO DRABIK.
- Recebimento dos aparelhos para TV escola;
- Adquiridos Materiais didáticos para os professores de matemática e ciências,
também materiais para as outras áreas, kit para biblioteca, ginásio de esportes, melhoria
na frente da escola com cerca de PVC, sistema de comunicação interna com rádio e
microfone, ventiladores, foi construído um espaço para cantina comercial e almoxarifado
para depositar material de limpeza, cobertura para mesa de ping-pong, cobertura entre os
blocos, organização do Grêmio Estudantil, acervo de fitas de vídeo, máquina de Xérox,
computadores do Programa Cidadão Nota Dez.
Nos anos de 2000 a 2003 foi Diretora a Srª MARGARETE CHIOT.
- Nesse mandato foi adquirido – 03 salas de aulas de alvenaria, uma dessas salas
serve como Biblioteca, fiação elétrica total com recursos do Fundo Rotativo, TV 29
polegadas, melhoria para Secretaria Municipal para ter mais espaço para o Estadual,
colocação de pisos, pedido da casa do zelador e uma cerca de 33 metros linear de ferro.
No ano de 2004 teve início o mandato da Diretora Srª SCHIRLEY S. D. IORIS que
foi reeleita em 2005, a qual é Diretora até a data atual. Também no ano de 2006 e 2007
contamos com uma Diretora Auxiliar, a Professora Cilmara Dianin de Siqueira.
− Neste mandato foi adquirido junto as autoridades Estaduais a Reforma Total do
Prédio, a construção da casa do zelador, reformas da mudança de banheiros para
colocação de chuveiros verba do Fundo Rotativo, coleções de livros para biblioteca,
inclusive dicionários de inglês, aquisição de um computador completo com impressora
multifuncional para secretaria, 02 Kits para biblioteca, feito também uma cobertura onde
os alunos fazem o lanche, aquisição de mesas para professor, fogão e armário para
cozinha.
2.3 ESCOLHA DO NOME
IZELINA DALDIN GAIOVICZ – nascida na localidade de São José dos Pinhais
em 07 de novembro de 1917, veio para esta Região com 11 meses de idade, vivendo a
maior parte de sua vida nesta localidade. Esposa do Senhor Quindrade Gaiovicz – um
dos primeiros fundadores deste município. Homem que muito contribuiu para o progresso
desta cidade.
IZELINA DALDIN GAIOVICZ – ao lado de seu esposo foi uma senhora dinâmica,
dedicada a auxiliar os pobres, mantendo com toda vizinhança espírito de equipe e
cooperação.
IZELINA DALDIN GAIOVICZ – foi escolhida como patrona devido a todas as
qualidades acima descritas e também em homenagem ao seu esposo e filhos,
inteiramente dedicados ao progresso deste Município. Faleceu no dia 1º de março de
1978.
II -ORGANIZAÇÃO DO COLÉGIO
Espaço Físico
O Colégio conta com:
-11 salas das quais 04 salas de aula são ocupadas pela Escola Municipal Dom
Carlos Bandeira de Mello.
-01 sala dos professores;
-01 secretaria;
-01 sala improvisada para biblioteca, onde deveria ser a casa do zelador, é
pequena e fica difícil o acesso e a permanência do aluno;
-01 sala de informática;
-01 cantina comercial;
-01 Sala de direção (dividida com a Equipe Pedagógica)
-02 BWC
-02 Banheiros só com chuveiros;
-01 Quadra de esportes coberta (pertencente à própria escola, mas que também é
utilizada pela comunidade), usada para aulas de Educação física, apresentações,
recreação e jogos que fica distante 2 quadras da escola, dificultando o acesso dos
alunos).
O Colégio divide seu prédio (espaço físico) com uma Escola Municipal: Escola
Dom Carlos Bandeira de Mello que atende alunos de 1º e 2º ciclo, cedendo 04 salas de
aula e uma sala pequena no porão onde funciona a secretaria. Também dividem uma sala
pequena que é utilizada para Sala de Apoio a Aprendizagem e Contra turno, em dias
alternados: Segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, funciona o Contra turno; Terça-feira
e quinta-feira, funciona Sala de Apoio a Aprendizagem.
A convivência entre os professores e funcionários da Escola Estadual e Municipal
é boa, porém com relação ao espaço temos problemas, e na hora do recreio ocorrem
problemas devido a grande diferença de idade entre os alunos e também devido ao pouco
espaço livre para circulação dos mesmos, tendo que fazer recreio em horários
diferenciados, neste segundo semestre.
Temos um espaço livre muito restrito para o número de alunos que as duas
escolas comportam (Municipal e Estadual). O terreno onde está localizada a escola é de
2.447,60 m² e a área construída é de 1.194,00 m².
Mobiliários
-03 Retro projetores;
-24 computadores e 03 impressoras recebidos pelo Programa Paraná Digital;
- 18 Computadores do Programa Proinfo
-08 TV 29 polegadas, (TV Pendrive);
-03 Vídeos;
-01 Impressora multi funcional;
-02 impressoras BJC 4300;
−02 aparelhos de som
Curso que Oferta:
O Colégio oferta o curso de Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série nos turnos
matutino, vespertino , contando com 442 alunos distribuídos em 16 turmas: 08 turmas no
período matutino e 08 turmas no vespertino. No período noturno a partir de setembro de
2009 a escola passou a ser Colégio tendo autorização para funcionar a EJA(Educação
de Jovens e Adultos), Fundamental Fase II e Ensino Médio, tendo 159 alunos
distribuídos em 07 turmas de Ensino Fundamental Fase II e 09 turmas de Ensino Médio.
Também temos 115 alunos distribuídos em 10 turmas de APED que funciona em
localidades do interior do município facilitando o acesso de jovens e adultos que não tem
condições de frequentar a escola na sede. No período noturno também contamos com 01
turma da EJA Fundamental Fase I e 01 Turma de Alfabetização de Adultos. O Colégio
conta com um total de 43 professores onde 19 são QPMs (Quadro Próprio do Magistério)
e 24 são PSS (Processo de Seleção Simplificada). A escola tem 10 Funcionários, onde
08 são QPPE (Quadro Próprio do Poder Executivo), 01 CLT, 01 Paranaeducação e 01
PSS ; 02 Pedagogas QPM, 01 Diretora QPM e uma Diretora-Auxiliar QPM.
Horários de Funcionamento:
-Turno manhã: 7:40 às 12:00 horas.
-Turno da tarde: 12:55 às 17:15 horas.
-Turno da noite: 18:45 às 22:15 horas
-Com 10 minutos no período da manhã, 10 minutos no período da tarde e 10
minutos no período da noite para recreio.
III. OBJETIVOS GERAIS
O Colégio Estadual Izelina Daldin Gaiovicz E.F. tem como objetivo (além dos já
propostos pela LDB Art. 32, que enfatiza a formação básica do cidadão), educar,
promovendo a produção de conhecimentos (pleno domínio da leitura, da escrita, e do
calculo, assim como o conhecimento científico, político, cultural acumulado pela
humanidade) e a formação de pessoas íntegras e integradas à sociedade por meio da
participação cidadã, de forma autônoma e critica. A escola será espaço de pesquisa, de
construção e reconstrução do conhecimento tomando decisões pautadas em princípios
políticos e culturais, com base nos sujeitos que dela participam.
De acordo com as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental (parecer
04/98) nossa escola também assume a responsabilidade de funcionar como elemento
catalisador de ações que busca melhoria da qualidade da Educação. Tendo como
norteadores das nossas ações Pedagógicas:
Os princípios éticos da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do
respeito ao BEM comum;
Os princípios políticos dos Direitos e Deveres de cidadania, do exercício da
criticidade e do respeito à ordem democrática;
Os princípios Estéticos da sensibilidade, da criatividade, e da diversidade de
manifestações Artísticas e Culturais.
Estes princípios vão fundamentar as práticas pedagógicas do nosso Colégio, pois
será através da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao BEM
comum, que a ética fará parte da vida cidadã dos nossos alunos.
IV- MARCO SITUACIONAL
Fazemos parte de uma sociedade globalizada que evoluiu muito na ciência e
tecnologia, mas que passa por uma grande crise de valores: existe muita injustiça,
corrupção, falta de segurança, desigualdades sociais, desemprego, inversão de valores,
falta de ética e muito mais, ficando difícil a valorização da cidadania e o resgate de
perspectivas. Tudo isso afetou muito as famílias: pai e mãe tiveram que sair em busca do
sustento dos filhos e com isso pouco tempo dedicam aos filhos para incentivá-los e
acompanhá-los nos estudos e até para cuidar da educação dos mesmos. Os pais
admitem que deixam a desejar na educação de seus filhos, mas também que está cada
dia mais difícil de cumprir com suas funções.
O aluno do nosso Colégio vem de uma comunidade relativamente fixa, os alunos
provenientes dos bairros: Monte Castelo, Planalto, Suzano, Céu Azul, São Miguel. Os de
localidades do interior do Município que fazem uso de transporte escolar para chegar até
a nossa escola vêm de Jangada do Sul, Santa Lídia, Cotovelo, Arroio do Gado etc.,
totalizando 82 alunos que vem dessas localidades. O nível econômico da maioria de
nossos alunos é baixo e, quase todos tem pouco acesso a acervo cultural (livros, jornais,
revistas, teatro, etc.).
Nossa cidade não possui centros de lazer é um Município pobre com significativo
índice de desemprego.
A religião predominante é o catolicismo.
Através de pesquisa, entrevista e conversa com os alunos detectamos que tem
muitos pais que são analfabetos e desses alguns estão matriculados no Programa Paraná
- Alfabetizado, outros não possuem o Ensino Fundamental completo, poucos tem o
Ensino Médio completo e pouquíssimos tem Ensino Superior.
Tratando-se da profissão: 80% são operários, (madeireira, ervateira, oficinas e
carvoeira), 10% são agricultores e 5% são empresários e trabalhadores autônomos,
contamos com aproximadamente 5% de desempregados. A renda familiar da maioria
(operários) é em média de 1,5 salário mínimo. Temos aproximadamente 15% de alunos
que recebem Bolsa Família, mas ainda assim temos alunos que não podem comprar seus
materiais e a escola tem que fornecê-los, sem contar que na aula de Educação Artística
ou em atividades diferenciadas a Escola precisa oferecer para a maioria dos alunos: papel
sulfite, lápis de cor, giz de cera, régua, tinta agache, etc.
As famílias participam muito pouco da vida escolar dos filhos e contamos com
muitos alunos que moram com avós, tios ou outros parentes. Alguns alunos têm pouco
interesse em estudar e a família não incentiva, o que leva a evasão. Sem contar que
alguns alunos vêm para escola em busca da merenda, que é para muitos a principal
refeição do dia.
A Merenda Escolar é servida no recreio matutino e vespertino para os alunos da
escola Municipal e Estadual. Ao meio-dia é servido almoço para os alunos que vem do
interior e para alunos que frequentam a Sala de Apoio a Aprendizagem.
Para resolver os problemas de indisciplina, Professores e Equipe Pedagógica
procuram dispersar os grupos que se destacam na indisciplina dentro da sala de aula,
separando os alunos em turmas diferenciadas.
Os professores também encaminham estes alunos para Equipe Pedagógica, que
conversa com os mesmos e tenta conscientizá-los a não persistir na indisciplina. Se
continuar o problema o aluno recebe uma advertência por escrito e se não resolver a
família é chamada para tomar conhecimento do que está ocorrendo. Em muitos casos
isso tem resultado positivo.
Para resolver o problema da Evasão é mandado um comunicado para os pais, (se
morar na cidade a Direção e Equipe Pedagógica vai até a casa do aluno) chamando-os
até a Escola para conscientizá-los, caso não resolver é preenchido a ficha F I C A (Ficha
de Comunicação de Aluno Ausente) e encaminhado ao Conselho Tutelar para os mesmos
tomem as providencias cabíveis.
Para alunos repetentes é feito um acompanhamento diferenciado, conversando
sempre com os professores para ver o desenvolvimento e como eles estão
acompanhando as atividades e conteúdos. São feitos trabalhos diferenciados e sempre
que necessário é chamado o aluno para estar ciente de suas responsabilidades.
A escola ainda enfrenta problemas com evasão e repetência, o que deixa a todos
insatisfeitos e preocupados em buscar soluções para estes obstáculos que é vergonhoso
para toda a sociedade e ajudam na exclusão social. Devido a esse problema a escola que
havia ficado em 2007 com o IDEB(Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)
aquém do esperado, foi contemplada com o PDE Escola(Plano de Desenvolvimento da
Educação),2009/2010 que ajudou a realizar um diagnóstico da realidade(pontos positivos
e negativos de todo ambiente escolar) e o nível de aprendizagem, principalmente de
alunos de 5ª série, na questão pedagógica. Foi um trabalho coletivo, demorado, que
envolveu APMF, Conselho Escolar, Alunos, Pais, Professores, Agentes Educacionais,
Direção e Equipe Pedagógica; e trouxe muito debate, reflexão e necessidade de
mudanças, principalmente com as 5ª séries. Com isso a escola recebeu
R$13.000,00(treze mil reais) para ser aplicado nas ações financiáveis definidas do
programa, como a aquisição de materiais didáticos pedagógicos para as diversas
disciplinas escolares e também para a Sala de Apoio, que visam a melhoria das práticas
pedagógicas e consequentemente a qualidade de ensino aprendizagem, assim como a
melhoria do ambiente escolar. No ano de 2010 o Colégio ainda fará as ações para o
processo de elaboração da parcela complementar do PDE Escola, tendo como principal
objetivo elevar o desempenho acadêmico dos alunos e melhoria das práticas pedagógicas
da escola.
No entanto em 2009 nosso desempenho no IDEB, foi acima da meta projetada e
esperamos que possamos estar melhorando cada vez mais, e que esses índices só
venham a efetivar uma educação de qualidade.
A escola conta com Sala de Apoio à Aprendizagem, que contribui muito para
sanar os principais problemas de aprendizagem que nossos alunos de 5ª séries
apresentam, e tem sido de suma importância para ajudar nas dificuldades, pois
recebemos vários alunos com dificuldades muito acentuadas na leitura, escrita,
interpretação e em cálculos. A Equipe Pedagógica vem realizando um trabalho eficaz no
que diz respeito à conscientização das famílias e professores regentes sobre a
importância desse atendimento educacional.
A inclusão de alunos com necessidades especiais (portadores de deficiências
físicas) ainda não ocorreu em nossa escola, porém, sabemos da importância de
adaptar-se para recebê-los. No entanto, não contamos com a estrutura física adequada.
A reunião de pais é feita sempre no início do ano e mais uma a cada bimestre
para entrega de boletins e para tratar de outros assuntos relacionados à vida escolar dos
alunos, neste semestre estamos realizando as reuniões por turma juntamente com
alunos, professores, equipe pedagógica e pais de alunos durante a aula para que os pais
tenham um melhor acompanhamento do rendimento escolar de seu filho. Também
acontecem reuniões extraordinárias quando existe necessidade: para resolver problemas,
para assistir palestras, para eleição de diretor, apresentações, prestação de conta, etc.
São poucos os pais que realmente participam das reuniões, mesmo tendo acesso ao
transporte escolar, para os que residem no interior.
Os agentes Educacionais sempre tiveram importante papel na educação dos
nossos alunos, pois os mesmos interagem o tempo todo de maneira efetiva e por isso
precisam conhecer o Projeto Politico Pedagógico da Escola, o Regimento escolar, o Plano
de Ação, e principalmente estar presente nos momentos de capacitação onde todo o
coletivo discute sobre a escola, os alunos, a educação no geral e com isso todos estão
inteirados dos acontecimentos, decisões e atitudes tomadas. O reconhecimento dos
Funcionários como profissionais da Educação pela LDB e a implementação do plano de
Cargos e Carreiras dos Funcionários da Educação básica, vem efetivando ainda mais a
participação do Agente Educacional na vida escolar e sua interação nesse processo.
Para que se efetive a valorização da cultura dos povos do campo na escola é
necessário repensar a organização dos saberes escolares, isto é, os conteúdos a serem
trabalhados e como contamos com 18% de nossos alunos que vem do campo e
trabalham no campo, precisamos integrá-los e ao mesmo tempo valorizar a cultura do
povo do campo, utilizando o conhecimento que eles trazem. Assim os professores
procuram valorizar o que o aluno do campo traz de conhecimento fazendo-o compartilhar
com os outros alunos, suas experiências, seu modo de viver, trabalhar, ressaltando
sempre a importância do que sabe e vive nas disciplinas de matemática, língua
portuguesa, ciências, geografia, arte, etc .Os professores ao elaborarem suas Propostas
Pedagógicas Curriculares, tiveram como base a Diretriz Curricular da Educação do
Campo-2006, enfatizando os eixos temáticos: Trabalho: divisão social social e territorial;
Cultura e identidade; Interdependência campo cidade, questão agrária e desenvolvimento
sustentável e Organização política, movimentos sociais e cidadania.
Atendendo alteração trazida à Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional pela Lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do Ensino de História e
Cultura Afro-brasileira e Africana na Educação Básica,e a Lei 11.645/08 a Escola irá
trabalhar o tema dentro de todas as Disciplinas, buscando assim vencer preconceitos e
ampliar conhecimento sobre estes povos. Também pretendemos trabalhar a questão da
valorização da cultura indígena que tem influência na cultura local e como primeiros
habitantes do Brasil, e tendo muito a nos ensinar sobre Meio Ambiente. Para este trabalho
também é utilizado o Caderno Temático de Educação Escolar Indígena que apresenta
conteúdos que podem ser adaptados aos conteúdos Estruturante/básico de cada
disciplina.
O estudo sobre o Estado do Paraná, também será ofertado dentro das Disciplinas
de História e Geografia.
Tendo em vista que “a escola é um lugar de possibilidades... assim é possível
inscrevê-la em um amplo projeto de mudança social, cultural e estrutural”. (DCE
Educação Física Versão Preliminar 2005/Ensino Fundamental Pg. 45), então é de suma
importância a participação das escolas em busca da identificação de problemas que
afetam a qualidade de vida dos alunos e juntos (comunidade escolar) busque soluções
partindo de discussões coletivas. Assim Os Desafios Educacionais Contemporâneos
(Enfrentamento à Violência na Escola; Cidadania e Direitos Humanos; Educação
Ambiental (Lei 9795/99- politica nacional de Educação ambiental); Educação Fiscal;
Prevenção ao uso de Drogas), também neste ano incluímos a Lei 11.525/2007 para incluir
o conteúdo que trata dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo, tendo em
vista a importância deste assunto ser trabalhado no interior do espaço escolar; estão
presentes em todas as Propostas Pedagógicas Curriculares.
A agenda 21, é utilizada porque cria este espaço de reflexão e ação, e a mesma
será trabalhada dentro da disciplina de Ciências e Geografia. Também estamos
concluindo a montagem do Projeto “Escola Limpa”, que será aplicado até o final deste
segundo semestre, e busca uma atitude do aluno no seu espaço, incentivando-o a agir
com responsabilidade no seu dia-a-dia.
A Escola não pode ficar alheia a temas que dizem respeito a cidadania, direitos e
deveres de todo cidadão, como a Educação Fiscal. Conscientizando os alunos sobre a
importância de exigir nota fiscal ao realizar uma compra, pois por meio destes tributos
(impostos) recolhidos é que o Estado obtém recursos para oferecer benefícios para a
população, como educação, saúde segurança, etc. Por isso, vivenciamos um momento de
debate e discussões coletivas sobre o trabalho que iremos realizar e que pretendemos
expandir no 2º semestre de 2010. Assim, estamos traçando linhas de ações para efetivar
este trabalho, e esperamos contar com o auxílio dos professores que se atualizaram
através do Curso “Disseminadores da Educação Fiscal”.
A prevenção das Drogas e a Violência está sendo realizada nas diversas
disciplinas através de pesquisas, debates, entrevistas, textos, pois este é um problema
que atinge a sociedade, independente de classe social. Sendo um “problema Social” a
escola não pode deixar de fazer sua parte. Por isso envolver alunos, pais, professores,
funcionários e outros membros da sociedade, através de atividades que esclareçam,
informem, façam-os pensar e questionar-se sobre o uso de drogas, a violência e suas
consequências.
Com relação ao tema Sexualidade Humana, pensamos que a adolescência é uma
fase marcada por uma grande preocupação com questões de identidade, de
descobertas, de mudanças hormonais, enfim, é preciso estarmos atentos e trabalharmos
com estas questões, pois percebemos como tem aumentado os casos de meninas
grávidas que acabam se evadindo da escola e também adolescentes que não tem um
comportamento adequado com relação ao sexo oposto até mesmo no ambiente escolar.
Os professores têm realizado palestras, debates, vídeos, reportagem, etc. Sobre o
assunto.
A avaliação ocorre em todos os momentos do processo de ensino-aprendizagem,
incorporada às atividades normais dos alunos e envolve toda a comunidade escolar, visto
que o andamento do processo é amplamente discutido. Assim os professores trabalham
com avaliação diagnostica para observar o aproveitamento e buscar novos caminhos a
fim de melhorar. Tudo o que o aluno faz é observado o tempo todo, (respeitando as
particularidades): o interesse, a participação, as atividades por eles desenvolvidas, etc.
A avaliação é feita de forma cumulativa, os professores avaliam observando o
tempo todo os alunos, avaliam através de pesquisas, trabalhos feitos em sala de aula,
trabalhos extraclasse, trabalhos individuais e em grupo, debates e provas. Procura-se
avaliar das mais diversas maneiras. Quando o professor percebe que o aluno não
conseguiu dominar o conteúdo e consequentemente não atingiu a média 6,0, ele faz a
recuperação concomitante, que é direito do aluno.
As avaliações são registradas em forma de notas, bimestralmente, assim o ano
fica dividido em quatro bimestres, onde o aluno deve atingir em cada um a média 6,0.
Recuperação Concomitante:
A Escola Estadual Izelina Daldin Gaiovicz trabalha com Projeto de Recuperação
Concomitante de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº.
9394/96, Art. 24: a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
O aluno que não atingir a média 6,0, tem o direito a recuperação concomitante,
juntamente com os que obtiveram a média acima de 6,0. esta recuperação será feita da
seguinte maneira:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais
provas finais;
b) obrigatoriedade de estudos de recuperação, da preferência paralela ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições
de ensino em seus rendimentos.
O objetivo da Recuperação concomitante é ofertar a oportunidade aos alunos
com defasagem na aprendizagem, para que recuperem e tenham condições de continuar
acompanhando as tarefas escolares, levando o educando ao alcance de um melhor
aproveitamento, desenvolvendo um processo integrado que abrange todos os aspectos,
físicos, mental, cognitivo e social. Proporcionando as condições necessárias de
superação de dificuldades pedagógicas e de aproveitamento nos estudos para os alunos
que não obtiverem média 6,0 (seis). Também possibilita os alunos com rendimento acima
de 6,0 (seis), na avaliação, a oportunidade de intensificar seus conhecimentos com
atividades diferenciadas. É realizada por todos os alunos, mesmo os que tenham atingido
notas superiores à 6,0 nas avaliações. As atividades serão feitas de forma diferenciada
daquelas já realizadas, dando maior oportunidade ao aluno de assimilar o conhecimento.
Prevalecerá a maior nota da avaliação em benefício do aluno. A recuperação
concomitante será proporcionada no decorrer do ano letivo, no momento em que se fizer
necessário, porém no término do mesmo não será dada nova oportunidade.
As avaliações de Recuperação Concomitante ficarão com os alunos. Serão
registradas as notas da Recuperação, a relação dos alunos, conteúdos e técnica utilizada
no diário de classe. Vale lembrar que uma vez trabalhado o mesmo assunto de uma
forma nova e diferenciada, e, se o mesmo foi aceita e assimilada pelo aluno, este adquire
condições mínimas de crescimento, podendo ser alterada a nota de menor valor.
Classificação e Reclassificação:
De acordo com o Art. 24, item II da Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº.
9394/96, o exame de classificação será realizado:
a) Por promoção para alunos que cursaram com aproveitamento a série;
b) Por transferência para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do
exterior, considerando a classificação na escola de origem:
c) Independente da escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que
defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita a sua
inscrição na série adequada.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e cumprirá as
medidas administrativas exigidas para resguardar os direitos dos alunos, da escola e dos
profissionais. O processo de classificação deverá proceder a uma avaliação
diagnosticada, elaborada, aplicada e documentada por um professor de cada disciplina
junto com a equipe pedagógica e um secretário.
A reclassificação deverá seguir o mesmo procedimento da classificação.
A reclassificação é o processo pelo qual a Escola avalia o grau de
desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta normas
curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatíveis com sua
experiência e desempenho, independentemente do que registra o seu histórico escolar.
Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na
aprendizagem do aluno, devidamente matriculado e com freqüência na série/disciplina,
dar conhecimento à equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de
reclassificação.
Os alunos, quando maior, ou seus responsáveis, poderão solicitar aceleração de
estudos através do processo de reclassificação, facultando à escola aprová-lo ou não.
A equipe pedagógica comunicará, com a devida antecedência, ao aluno e/ou seus
responsáveis, os procedimentos próprios do processo a ser iniciado, a fim de obter o
devido consentimento.
A equipe pedagógica do estabelecimento de ensino, assessorada pela equipe do
Núcleo Regional de Educação, instituirá Comissão, conforme orientações emanadas da
Secretaria de Estado da Educação, a fim de discutir as evidências e documentos que
comprovem a necessidade da reclassificação.
Cabe à Comissão elaborar relatório dos assuntos tratados nas reuniões,
anexando os documentos que registrem os procedimentos avaliativos realizados, para
que sejam arquivados na Pasta Individual do aluno.
O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante
dois anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem.
O resultado do processo de reclassificação será registrado em Ata e integrará a
Pasta Individual do aluno.
O resultado final do processo de reclassificação realizado pelo estabelecimento
de ensino será registrado no Relatório Final, a ser encaminhado à Secretaria de Estado
da Educação.
A reclassificação é vedada para a etapa inferior à anteriormente cursada.
Organização do Trabalho Escolar e das Turmas:
Na Escola Estadual Izelina Daldin Gaiovicz, o ensino se organiza em séries (5ª a
8ª série), totalizando 800 horas aula divididas em 200 dias letivos onde o aluno deve
atingir no mínimo 75% de presença e média 6,0 para ser aprovado.
Nossas turmas são organizadas de acordo com a ordem de matricula e quando
necessário, por problemas de relacionamento ou indisciplina, faz-se as mudanças
necessárias.
A organização na sala de aula fica a critério do professor (de acordo com a aula
que irá ministrar) que organizará a sala e a turma tendo em vista o objetivo que pretende
atingir. O livro didático é escolhido pelos professores após analisar, refletir e em conjunto
escolher o mais apropriado. O livro didático será sempre um apoio para o professor,
nunca como única fonte de consulta e atividade para o aluno.
O calendário que a escola segue é escolhido em consenso entre professores e
funcionários juntamente com as outras escolas estaduais para favorecer alunos,
professores e funcionários que trabalham em duas, três ou até quatro escolas, e também
para favorecer o transporte escolar evitando com isto mais gastos.
O Conselho de Classe é realizado de acordo com o calendário Escolar podendo
ser em dia letivo ou mesmo aos sábados, respeitando sempre os 200 dias letivos de
efetivo trabalho com os alunos.
Temos um longo caminho ao que se refere Conselho de Classe, que por mais que
se tente ainda não conseguimos fazer com que ele tenha o resultado esperado.
No intuito de melhorar essa prática, o Conselho de Classe terá a participação dos
alunos e pais, que conversarão com professores , direção e equipe pedagógica
separadamente. Iniciando com as 8ª séries, no primeiro bimestre, no segundo bimestre,
participarão as 7ª séries, no terceiro as 6ª séries e no quarto bimestre, as 5ª séries.
Também adotamos pré-conselho, em que a equipe pedagógica ouve a turma,
anotando seus anseios, problemas e sugestões para melhoria do trabalho em sala de
aula, discutindo assim, no momento do Conselho.
Acreditamos assim, que essa inovação será um primeiro passo para a realização
do Conselho de Classe Participativo que tanto almejamos e que, conseguiremos avançar
nessa questão.
Estrutura de Pessoal:
A Escola iniciou o ano com o quadro incompleto de professores, visto que levou
algum tempo para acertar as aulas dos Professores Contratados (PSS). Por isso, houve
alguns dias que as turmas ficaram sem algumas aulas, dificultando o trabalho
pedagógico, pois as Pedagogas tiveram que atender as turmas, evitando o problema com
aulas vagas.
Ainda enfrentamos o problema de insuficiência de funcionários, não temos
bibliotecário, inspetor de alunos e ainda está defasado o quadro de Serviços Gerais, com
isto as funções são indefinidas dificultando o bom desempenho dos profissionais dentro
da escola.
A Escola conta com apoio técnico-administrativo: um secretário, três auxiliares
administrativos, duas pedagogas, diretora e diretora - auxiliar, e sete agentes de apoio.
Também se tem a necessidade do apoio de um Psicólogo que atenda na escola,
pois, temos alunos que apresentam problemas de comportamentais e de aprendizagem
que não podem ser resolvidos apenas com o trabalho dos Pedagogos. Falta uma sala
adequada para biblioteca, o pátio é muito pequeno dificultando a movimentação e a
recreação dos alunos, a quadra fica distante da Escola e quando chove não pode ser
usada sem contar o tempo que se perde até chegar à quadra.
A formação continuada é um direito de todos os profissionais que trabalham na
escola, uma vez que não só ela possibilita a progressão funcional baseada na titulação,
na qualificação e na competência dos profissionais, mas também propicia,
fundamentalmente, o desenvolvimento profissional dos professores articulado com as
escolas e seus projetos.
A formação continuada está cada vez mais dentro da escola; devido o incentivo e
apoio do NRE e SEED.
Os professores participam de grupos de estudo, simpósios, palestras,
capacitação, planejamento, reuniões pedagógicas, NRE Itinerante,etc.
As Diretoras e Pedagogas participam da Jornada Pedagógica, Grupo de Estudos,
Palestras, Seminários, Encontros, Reuniões Pedagógicas, NRE Itinerante,etc.
Os Funcionários que estão cada vez mais presentes e valorizados, também
participam de Palestras, Capacitação, Reunião Pedagógica, Cursos Técnicos de
Formação, NRE Itinerante, Pró-Funcionário, etc.
A APMF e Grêmio Estudantil também participam de Grupos de Estudo, Palestras
e Seminários em Faxinal do Céu.
Organização e Finalidade da Gestão Democrática
Sua organização visa a participação de todos os segmentos da Escola: agentes
de apoio, agentes administrativos, equipe pedagógica, direção e professores.
Sua finalidade é colocar em ação, ou seja, não ficar apenas na teoria, mas colocar
em prática a solução dos problemas que surgem durante a prática pedagógica. Buscar
também proporcionar a socialização do poder onde haja a participação do Coletivo para
eliminar a exploração, a opressão e a dependência de órgãos intermediários, tornando a
escola capaz de exercer autonomia, não recebendo tudo pronto, tomando suas próprias
decisões, fazendo suas escolhas que condizem com sua realidade e não sendo mera
executora.
Conselho Escolar – há formado o conselho escolar, mas ele não é atuante, seus
integrantes em geral, nem tomam conhecimento dos problemas que ocorrem na escola,
não dando opiniões.
APMF – também há, mas falta atuação e a efetiva participação de seus
integrantes.
Conselho de Classe – o conselho poderia ser interpretado e entendido de maneira
diferente, como a troca de informações entre professores buscando absorver as formas
de trabalhar que deram certo, a forma que o aluno conseguiu desenvolver melhor. A
adaptação do encaminhamento metodológica buscando a melhor maneira para o aluno.
- Evitar a comparação entre alunos;
- levar em conta todas as dificuldades do aluno, mas, para seu melhor empenho
como pessoa e cidadão que irá interferir na sociedade que exige muito, deve-se levar
muito em conta seu desempenho na escola e o seu aprendizado, ou seja, aprovar.
Grêmio Estudantil – por ser uma escola de Ensino Fundamental, o Grêmio não é
atuante, apesar do encontro realizado pelo Núcleo Regional de Educação para explicar
suas ações, seus integrantes não conhecem nem qual é sua função, como melhor atuar e
quais suas responsabilidades.
A eleição para diretores é realizada a cada 3 anos, com a participação de todos
os professores do Quadro Próprio do Magistério, funcionários, pais ou responsáveis e
alunos maiores de 16 anos.
Organização da Hora-Atividade
A Lei Estadual nº. 13.807 de 30/09/2002, instituiu os 20% de hora-atividade para
os professores e isso foi uma conquista para a classe, que trouxe muitos benefícios
também para a comunidade escolar.
A hora-atividade é o tempo reservado ao professor para estudar, avaliar e planejar
e se esse momento puder ser coletivo, favorecerá a troca de experiência e busca conjunta
de soluções para possíveis problemas que possam estar encontrando no ambiente
escolar podendo reunir os professores que atuam na mesma área de conhecimento ou
que atuam na mesma série.
É um momento para correção das atividades dos alunos, para que o estudo e
reflexão a respeito de atividades ou projetos que visem à melhoria da qualidade do
ensino.
Também pode ser usado para atendimento de alunos, pais ou outra necessidade
da comunidade escolar como reuniões, revisão do Projeto Político-Pedagógico, etc.
A hora-atividade é coordenada e orientada pela Equipe Pedagógica ou Direção do
Estabelecimento, buscando usá-la da melhor maneira possível para o bom andamento da
escola. Fazemos o possível para que a hora-atividade seja organizada por áreas afins,
para que o professor possa ter momentos de troca de experiências que enriquecem seu
trabalho.
Concordamos que o Plano de Trabalho Docente é essencial para que o professor
organize suas aulas de forma a atingir seus objetivos e garantir a qualidade da
aprendizagem. Mas também sabemos que esse é um desafio para o professor e também
para a equipe pedagógica, visto que alguns são ainda resistentes em elaborar seu
Planejamento, mas já avançamos muito.
Recursos Financeiros
A Escola Estadual Izelina Daldin Gaiovicz – recebe recursos financeiros:
- Fundo Rotativo que é mensal, para fazer reparos, material de limpeza, material
de consumo, material esportivo, etc., totalizando aproximadamente 10 parcelas ao ano;
- O PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) é uma verba anual que serve
para adquirir material didático, material escolar, material esportivo, material de limpeza,
bens permanentes e pagar serviços a terceiros.
−Festa Junina é realizada em junho e o dinheiro arrecadado é dividido com a
Escola Municipal e financia os gastos extras da escola.
− PDE Escola ( Programa de Desenvolvimento da Educação) no ano de 2009 e
2010 a parcela complementar. O Colégio foi contemplado com o recurso do PDE Escola,
porque teve seu IDEB em 2007 abaixo do esperado devido ao alto índice de reprovação
dos alunos de 5ª série. Assim foi disponibilizado em 2009 a quantia de R$ 13.000,00
(treze mil reais) e uma possível parcela complementar em 2010 do mesmo valor que está
sendo avaliado pelo MEC. O recurso foi utilizado para aquisição de material pedagógico
como jogos, livros de literatura para alunos de 5ª série, material esportivo material
pedagógico para Sala de Apoio a Aprendizagem, e para melhorar o ambiente da sala de
aula.
Matriz Curricular
A Escola Estadual Izelina Daldin Gaiovicz oferta o ensino fundamental de 5ª a 8ª
série no período matutino e vespertino e optou pela organização curricular por disciplinas
tendo como base a Lei Federal nº. 9394/96. E tendo como base a LDB art. 26, onde fala
sobre o currículo do Ensino Fundamental onde deve ter:
A) Uma Base Nacional Comum que deve abranger obrigatoriamente: o estudo da Língua
Portuguesa e da Matemática, o Conhecimento do Mundo Físico e Natural (ciências) e da
Realidade Social e Política especialmente do Brasil (geografia); a Arte para promover o
desenvolvimento cultural dos alunos; a Educação Física e o ensino da História do Brasil
levando em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do
povo brasileiro, especialmente das matrizes Indígenas, Africana e Européia.
B) Uma parte diversificada onde será incluído obrigatoriamente o ensino de pelo menos
uma Língua Estrangeira Moderna (escolhido pela comunidade escolar).
C) Assim as disciplinas que fazem parte da Base Comum são: Língua Portuguesa,
Matemática, Ciências Naturais, História, Geografia, Educação Física e Educação Artística.
Atendendo as necessidades singulares a escola oferta na parte diversifica a
disciplina de Língua Estrangeira Moderna (L E M-Inglês).
Matriz Curricular EJA – Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Izelina Daldin Gaiovicz – E.F.M. ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: General Carneiro – PR NRE: União da Vitória – PR ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORASDISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 226 272ARTE 54 64
LEM – INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192
HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
TOTAL 1200/1210 1440/1452
*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
Matriz Curricular – Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Izelina Daldin Gaiovicz – E.F.M. ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: General Carneiro – PR NRE: União da Vitória – PR ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2010 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORASDISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA
174 208
LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64
FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128
TOTAL 1200/1306 1440/1568* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.
V- MARCO CONCEITUAL
Historicamente, o Brasil foi construído de cima para baixo e de fora para dentro
– poderes coloniais, elites proprietárias, Estado, realimentando as desigualdades e
agravando a exclusão. Neste momento, requer construir uma outra base social,
constituída por aqueles excluídos da história brasileira que, organizando-se na sociedade
civil e nos diferentes movimentos sociais, acumularam força e conseguem expressar-se,
tomando as rédeas do seu destino, criando uma nação soberana e aberta ao diálogo e a
participação.
O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar
cidadão consciente (sujeito de direitos), organizados e participativos do processo de
construção político-social e cultural.
Segundo Martins (2000,p.54), pode-se a firmar que “aquela relação entre
cidadania e democracia explicita-se no fato de que ambas são processos; o processo não
se dá num vazio, a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios,
constituindo-se na criação de espaços sociais de luta na definição de instituições
permanentes para expressão política. Neste sentido, a autora distingue a cidadania
passiva, aquela que é outorgada pelo Estado, com idéia moral da tutela e do favor.
Cidadania Ativa – aquela que institui o cidadão como portador de direitos e deveres, mas
essencialmente criador de direitos, de abrir espaços de participação. Confirma ainda, que
a cidadania requer a consciência clara sobre o papel da educação e as novas exigências
colocadas para a escola que, como instituição para o ensino – a educação formal – pode
ser em lócus excelente para a construção da cidadania.
Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e a
natureza do trabalho educativo, enquanto docentes, aparecemos sem iniciativa,
“arredados ou deslocados pela força arroladora dos fatos, pela vertiginosa sucessão de
acontecimentos que tomam absolutos os conteúdos e as práticas educativas” (Gomes,
1998). E para que isso não aconteça é que precisamos entender em que tipo de
sociedade estamos inseridos.
Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento tecido por uma série de
relações diferenciadas e diferenciadoras. São configuradas pelas experiências individuais
do homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana,
desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo
bens, garantindo a base econômica e é o jeito específico do homem realizar sua
humildade, sendo que:
A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto
dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir das
contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.
Segundo Demerval Saviani (1992, o entendimento do modo como funciona a sociedade não pode se limitar a aparências. É necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade.
O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a
segundo suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele
envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula
experiências e em decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional
e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são
apropriados de diferentes formas pelo homem, conforme Saviani (1992): “O homem
necessita produzir continuadamente sua própria existência. Para tanto, em lugar de se
adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transforma-la pelo
trabalho”.
Considerando o homem em ser social, ele atua e interfere na sociedade, se
encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na
organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas
esferas da sociedade. O homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro (1995) “
é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais
transcende-as e reorganiza-as, superando a condição de objeto, caminhando na direção
de sua emancipação participante da história coletiva”.
Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se
necessário compreendê-lo em determinadas relações inerentes a natureza humana. O
homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.
A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens
situando-os dentro da história – ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado
pela sua ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.
Educação é fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao
mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela
própria, um processo de trabalho (Saviani, 1992,p. 19).
A educação é o processo pela dimensão histórica por apresentar a própria história
individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.
A escola é responsável pelas visões de mundo dos indivíduos que estão dentro
dela, desse modo precisa acolher as identidades pessoais e coletivas de professores,
alunos, funcionários e da comunidade, ela é o local onde a aprendizagem ocorre pela
interação dos processos de conhecimento, linguagem e afetivos, como consequência das
relações entre várias entidades dos vários participantes do contexto escolar.
A experiência de vida dos sujeitos do ambiente escolar expressa através de
múltiplas formas de diálogo devem contribuir para a construção de identidades positivas,
voltadas para a solidariedade, a construção de conhecimentos e valores para a vida
cidadã, onde Desafios Educacionais Contemporâneos precisam ser discutidos e
trabalhados, como Meio Ambiente, Sexualidade, Drogas, Violência, Educação do Campo
e Indígena, Cultura Afro, Educação Fiscal e Direitos da Criança e do Adolescente.
Hoje se sabe que todas as formas de vida integram um complexo sistema, que
interagem com os componentes físicos. Assim o meio tem grande influência sobre os
seres vivos, estes também são importantes fatores de alterações do meio e a espécie
humana, assim como as demais formas de vida são absolutamente dependentes destas
relações e ainda são capazes de alterar o meio. A redução da biodiversidade exige de
todo cidadão atitudes conscientes, e a escola tem o dever de ajudar na conscientização e
de estimular práticas do dia a dia em relação ao cuidado com do meio.
Estamos diante de um momento critico no que diz respeito ao meio ambiente,
numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo
torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta ao mesmo tempo,
grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que,
que no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma
família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. É preciso somar
forças para gerar uma sociedade sustentável, global, baseada no respeito pela natureza,
nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura de paz. Para
chegar a este propósito, é imperativo que declaremos nossa responsabilidade uns para
com os outros e com as futuras gerações.
As séries finais do Ensino Fundamental coincidem com o inicio da adolescência,
uma fase marcada pelas descobertas, novas experiências, mudanças do corpo e
personalidade. As forças negativas do ambiente social podem explorar a vulnerabilidade
do adolescente ameaçando-o com problemas de drogas, violência, sexo sem segurança.
Entre as empreitadas importantes que o adolescente enfrenta nessa exploração está a
da integração da razão com a emoção. Ele terá fatalmente que tomar decisões desse tipo
em questões como: sexualidade, drogas, comportamento, etc. Aí a necessidade de um
bom trabalho envolvendo pais, alunos, professores, funcionários, que precisam ter
conhecimento e sensibilidade para tratar destes assuntos. È preciso ser um aliado dos
adolescentes e não alguém que se sinta superior a seus problemas, porque ai ele pode
procurar ajuda errada, no lugar errado, que dará orientação errada. É preciso estar atento
a todo este processo.
Considerando o fato de que o Brasil constitui um dos países com pior
distribuição de renda do mundo, podemos observar que esse enorme contingente de
pobres, em um país rico, é o reflexo mais perverso da concentração da propriedade e da
do país. Entretanto acreditamos que através da Educação Fiscal, poderemos mudar este
cenário brasileiro. Formar o aluno para que seja um cidadão critico e consciente do
contexto histórico, social e econômico em que está inserido. Assim ele será capaz de
intervir e modificar a realidade social, transformando-a numa sociedade mais justa, com
uma justa distribuição de renda. Então a Educação Fiscal é uma abordagem didático-
pedagógica que pretende estimular o contribuinte para que ele passe a se preocupar com
essa arrecadação e com o gasto desse dinheiro arrecadado, procurando evitar a
sonegação e garantindo o bom uso dos recursos públicos.
Por meio dos tributos recolhidos é que o Estado obtém recursos para oferecer
benefícios para a população, como educação, saúde, segurança, entre outros. Sendo
assim, o cidadão que paga corretamente os impostos ajudam o Estado a crescer e dar
melhores condições de vida para o povo. O cidadão consciente que queremos formar
acompanha a aplicação das verbas públicas, faz a sua parte e cobra do Estado os
resultados.
A concepção de campo tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais no
final do século XX, em referência à identidade e cultura dos povos do campo, valorizando-
os como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra.
Trata-se do campo como lugar de trabalho, de cultura, da produção de conhecimentos na
sua relação da existência e sobrevivência. (DCE para Educação do Campo, 2006).
A finalidade de se trabalhar a Educação do Campo está no incentivo à
construção de relações baseadas no respeito e na valorização de milhares de brasileiros
que tiram seu sustento da terra. Ela se faz necessária, como movimento em favor da
igualdade de oportunidades educacionais e de equidade (justiça) e contra toda forma de
discriminação e preconceitos contra os alunos do campo.
A África caracteriza-se pela diversidade cultural. A História desse continente é
rica e está intimamente ligada à História do Brasil. Os africanos trazidos para nosso país
como escravos, entre os séculos XVI e XIX, enriqueceram a cultura brasileira com seus
costumes, rituais religiosos, culinária, danças e muito mais. Temos muito para conhecer
da cultura e de líderes negros como Zumbi, que lutou por um ideal digno de uma vida
melhor para o seu povo. No resgate da história e da cultura dos povos que habitaram o
continente africano, há a valorização dos alunos negros que tem a oportunidade de se
identificar com os valores evidenciados.
O conhecimento é uma atividade humana, que busca explicar as relações entre
os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais
mediadas pelo trabalho.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das
condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as
necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de
ver a realidade, novo modo de atuação para obtenção do conhecimento, mudando,
portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz conseqüências para a
escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do
trabalho nas suas relações. Conforme Veiga (Veiga, 1995,p, 27).
“O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação do
conhecimento científico, que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos”.
Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos, e generalizações,
sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.
Para Boff (2000, p. 82), “conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a partir
dela ganhar consciência e capacidade de conceitualização o ato de conhecer, portando,
representa um caminho privilegiado para compreensão da realidade, o conhecimento
sozinho não transforma a realidade; transforma a realidade somente a conversão do
conhecimento em ação”.
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando
mudança interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma
intencionalidade.
Conforme Freire (2003,p. 59), “o conhecimento é sempre conhecimento de
alguma coisa, é sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa”.
Portanto, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar, pois como destaca
Severino (1988, p.88), “educar contra - ideologicamente é utilizar, com a devida
competência e criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que
efetivamente o homem dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua existência
real”.
A avaliação é uma tarefa didática necessária e permanente do trabalho docente,
que deve acompanhar passo a passo o processo de ensino e aprendizagem. Através
dela, os resultados que vão sendo obtidos no decorrer do trabalho conjunto do professor e
dos alunos são comparados com os objetivos propostos, a fim de constatar progressos,
dificuldades, e reorientar o trabalho para as correções necessárias. A avaliação é uma
reflexão sobre o nível de qualidade do trabalho escolar tanto do professor como dos
alunos.
A avaliação será dinâmica, articuladora e integrativa. Ela vai orientar os
procedimentos de ensino em sala de aula. É através dela que o professor obterá
informações básicas sobre quantos e quais alunos estão conseguindo realizar as
atividades, onde estão concentradas as dificuldades e de que naturezas são; e para
pensar até que ponto essas dificuldades estão relacionadas com o que foi proposto, com
os materiais utilizados com o tempo oferecido, ou com outras condições gerais do
funcionamento da escola. A partir daí as atividades serão programadas para atingir as
metas curriculares.
Segundo Vygotski (1987), os alunos precisam de tempo para exercitar suas
competências e interagir com o conhecimento, pois a aprendizagem é de natureza
processual. Quem está aprendendo não passa de um dia para outro de uma situação de
“nada saber” para a “saber tudo”, mas faz um percurso de idas e vindas. Vai elaborando
as informações que recebe de tal modo que esses conhecimentos novos se tornem
“definitivos”, até que surjam novos desafios e o processo continua possibilitando novas
aquisições e novos conceitos.
Além disso, é preciso considerar que um aluno, mesmo tendo um resultado
menos favorável, pode, contudo, ter progredido muito mais que o outro que apresentou
um resultado melhor, pois, é preciso respeitar as características e ritmo próprio de cada
aluno.
O processo avaliativo consiste, basicamente, na determinação do quanto os
objetivos estão sendo atingidos por programas curriculares e instrucionais, os objetivos
visados traduzem certas mudanças desejáveis no padrão de comportamento do aluno, a
avaliação é o processo destinado a verificar o grau em que mudanças comportamentais
estão ocorrendo. (...) A avaliação deve julgar o comportamento dos alunos, pois o que se
pretende em educação é justamente modificar tais comportamentos.
Na avaliação é necessário ver o homem não como objeto, um produto, e sim
como sujeito capaz de autogerir-se de forma crítica e reflexiva. Capaz de superar
determinismo numa ação-reflexão no mundo, com o mundo e para o mundo. Só faz
sentido quando serve para auxiliar os estudantes a superar as dificuldades.
Avaliar não é julgar o aluno. A avaliação está a serviço de um projeto
construtivo, que olha para o ser humano como alguém em construção permanente.
(Luckesi, 2005).
A avaliação escolar hoje, só faz sentido se tiver intuito de buscar caminhos para
a melhor aprendizagem, afirma Jussara Hoffmann.
A avaliação deve ter por função diagnosticar e estimular o avanço do
conhecimento. Seus resultados devem servir para orientação da aprendizagem e ela não
deve ser vista como objetivo do processo de ensino.
Ninguém aprende para ser avaliado. Nós aprendemos para termos novas
atitudes e valores no palco da vida. A avaliação, meio e nunca fim do processo de ensino,
não deve se comprometer em ajuizar, mas reconhecer, no processo de ensino, a
formação de atitudes e valores.
A avaliação educacional brasileira tem tido marcada por uma abordagem
quantitativa que deixa à margem os aspectos inerentes à complexidade da condição
humana, seja individual ou coletiva, está traduzida em organizações institucionais.
Enfatiza os produtos e os resultados e não o processo dinâmico e criativo verificado em
qualquer ação social.
A avaliação deverá ser entendida como um instrumento para assegurar, na
verificação do rendimento escolar, um princípio de ensino como preconiza a Constituição
Federal, no inciso II, do Art. 206, que enumera entre os princípios de ensino, a liberdade
de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. O mesmo
princípio é reafirmado no inciso II, do Art. 3, da Lei 9394/96.
A LDB, ao se referir à verificação do rendimento escolar, determinado que nós
docentes observemos os critérios da avaliação continua e cumulativa do desempenho do
aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados
ao longo do período sobre os de eventuais provas finais (art. 24, V). Aspectos não são
notas, mas registros de acompanhamento das atividades discentes. Dessa maneira, o
educador se torna um parceiro, que quer e vai ajudar.
Para que a Escola realize com sucesso seu trabalho, é preciso que todos
participem com responsabilidade de seu projeto, queremos hoje uma escola com
autonomia para estabelecer, executar e avaliar constantemente seu projeto. A escola por
estar a serviço da comunidade deve formar para a cidadania, com uma gestão
democrática sempre proporcionada um contato o mais amplo entre os envolvidos no
processo ensino-aprendizagem, buscando assim atender melhor as necessidades dos
educando.
Objetiva-se que se trabalhe na escola para desenvolver no aluno uma consciência
crítica, para que o mesmo cumpra seu papel de cidadão participativo na sociedade.
É um princípio consagrado pela Constituição vigente e abrange as dimensões
pedagógica, administrativa e financeira. Ela exige uma ruptura histórica na prática
administrativa da escola, com o enfrentamento das questões de exclusão e reprodução e
da não-permanência do aluno na sala de aula, o que vem provocando a marginalização
das classes populares. Esse compromisso implica a construção coletiva de um projeto
político-pedagógico ligado à educação das classes populares.
A gestão democrática exige a compreensão em profundidade dos problemas
postos pela prática pedagógica e visa romper com a separação entre concepção e
execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática. Busca resgatar o controle do
processo e do produto do trabalho pelos educadores.
A gestão democrática implica principalmente o repensar da estrutura de poder da
escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da
participação coletiva, que atenua o individualismo; da reciprocidade, que elimina a
exploração; da solidariedade, que supera a opressão; da autonomia, que anula a
dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das quais a
escola é mera executora.
A busca da gestão democrática inclui, necessariamente, a ampla participação dos
representantes dos diferentes segmentos da escola nas decisões/ações administrativo-
pedagógicas ali desenvolvidas. Nas palavras de Marques( 1990):
A participação ampla assegura a transparência das decisões, fortalece as
pressões para que sejam elas legítimas, garante o controle sobre os acordos
estabelecidos e, sobretudo, contribui para que sejam contempladas questões que de
outra forma não entrariam em cogitação. (Marques,1990,p.21).
Neste sentido, fica claro entender que a gestão democrática, no interior da escola,
não é um princípio fácil de ser consolidado, pois se trata da participação crítica na
construção do projeto político pedagógico e na sua gestão.
Em respeito à gestão democrática com um principio constitutivo que deve ser
integrado ao cotidiano da escola, a formulação das Diretrizes Curriculares para o Ensino
Fundamental não podem ser tidas como prontas ou concluídas. Na continuidade da
discussão, o coletivo das escolas participará das decisões curriculares na elaboração e
efetivação do seu Projeto Político-pedagógica. Desse modo, fica claro que o uso da
autonomia não está restrito apenas à gestão da escola, devendo, estender-se,
principalmente, a uma reflexão mais abrangente da instituição no que diz respeito as suas
relações internas e externas e, evidentemente a necessidade de construção de um
projeto educativo da escola e a discussão sobre um currículo mais adequado a sua
realidade. Para que o projeto se efetive no cotidiano, é necessário que a escola busque a
democracia participativa, garantindo também aos alunos espaços de atuação e
construção da cidadania. O grêmio estudantil tem uma função muito importante na
formação das crianças e jovens do Ensino Fundamental possibilitando aos alunos,
também, participarem das decisões que podem favorecer a sua integração e ao
atendimento as suas necessidades, bem como aproximar atividades da escola aos
interesses dos educando na melhoria e qualidade do ensino.
O grêmio é a organização dos estudantes na Escola, sendo formado apenas por
alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas,
produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesse do aluno, também
organiza reivindicações, tais como compras de livros para a biblioteca, etc. Ele é um
órgão reconhecido de apoio à Direção Escolar, não tendo caráter político partidário,
religioso, racial, nem fins lucrativos.
Uma das formas para favorecer o processo de democratização na escola,
garantindo espaços de atuação coletiva, é fortalecer o Conselho Escolar, o qual constitui
um importante espaço de tomada democrática de decisões.
É um Órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o objetivo
de estabelecer, para o âmbito da escola, critérios relativos a sua ação, organização,
funcionamento e relacionamento com a comunidade, nos limites da legislação em vigor e
compatíveis com as diretrizes e política educacional traçadas pela SEED.
O Conselho Escolar é concebido como local de debate e tomada de decisões.
Como espaço de debate e discussão permite que professores, funcionários, pais e alunos
explicitam seus interesses, suas reivindicações.
Ele deverá favorecer a aproximação dos centros de decisões, isso facilita a
comunicação, rompendo-se as relações burocráticas e formais.
Com o Conselho Escolar a função dos pais muda, começam a participar mais,
interferindo em assuntos que antes a Direção da escola resolvia. O exemplo disto pode
ser citado que os recursos que a escola recebe do governo, para serem aplicados, é
necessário a aprovação do Conselho Escolar.
Agora com o Conselho Escolar e APMF, os pais poderão ter uma ação mais
presente na escola, influenciando nas decisões relativas aos objetivos e atividades
escolares. Com esta união da Direção, professores, funcionários, alunos e pais,
certamente o processo de educação alcançará seus objetivos mais rapidamente e com
mais eficiência.
É uma instituição auxiliar que tem como finalidade colaborar no aprimoramento da
educação e na integração família/escola/comunidade.
A APMF deverá exercer a função de sustentadora jurídica das verbas públicas
recebidas e aplicadas pela escola, com a participação dos pais no seu cotidiano em
cumplicidade com a administração.
Faz-se necessário mobilizar a população para uma educação mais democrática e
comprometida, com a participação de pais, professores, alunos e funcionários, seria o
órgão mais importante de uma escola autônoma, estando envolvido na organização do
trabalho pedagógico e no funcionamento administrativo da escola.
O Conselho de Classe tem por objetivo avaliar o processo de Ensino
Aprendizagem na relação professor-aluno e os procedimentos adequados a cada caso.
- Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação com o trabalho
do professor, na análise do processo ensino-aprendizagem, proposto pelo plano
curricular.
- Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos
- Analisar os resultados da aprendizagem em relação às competências e
habilidades, conteúdos e encaminhamento metodológico;
- Utilizar procedimentos que assegurem a comparação com parâmetros indicados
pelos conteúdos necessários de ensino, evitando a comparação dos alunos entre si;
- Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar, tendo em
vista o respeito à cultura do educando, interação, relacionamento com os alunos na
classe;
- Decidir sobre a aprovação ou reprovação de aluno que, após a apuração dos
resultados finais não atinja o mínimo solicitado pelo estabelecimento levando-se em
consideração o desenvolvimento do aluno, até então.
A LDB no título VI trata dos Profissionais da Educação, considerando sob esta
categoria não só os professores, que são responsáveis pela gestão da sala de aula, mas
também todos aqueles que apoiam o processo de ensino e aprendizagem como os
diretores, professores pedagogos e funcionários. As mudanças exigidas pelas reformas
educacionais incidem também, como poderia deixar de ser, na formação dos profissionais
da educação. Aprender a aprender e continuar aprendendo durante toda a vida
profissional é uma necessidade exigida não só para os alunos da educação básica, mas
para todos os profissionais.
As mudanças exigidas pelas reformas educacionais incidem também, como não
poderia deixar de ser, na formação dos profissionais da educação. Aprender a aprender e
continuar aprendendo durante toda a vida profissional é uma competência exigida não só
para os alunos da educação básica, mas para todos os profissionais, todas aquelas
pessoas que estão inseridas no mundo do trabalho.
A LDB em consonância com essa demanda atual do mundo do trabalho, afirma
que os sistemas de ensino deverão promover a valorização dos profissionais da
educação, assegurando-lhes “aperfeiçoamento profissional continuado” e “período
reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga de trabalho”.
O Colégio Estadual Izelina Daldin Gaiovicz querendo ser cidadã depende da
construção/reconstrução do saber, junto com o domínio do instrumental básico de
conhecimentos, de atenção ao manejo das informações e às condições de metodologias
de aprendizado.
A participação é hoje uma ideia-força e uma palavra-chave. Ela indica um dos
caminhos mais promissores para a promoção do desenvolvimento em termos de justiça
social e democracia.
Reuniões regulares passam a ser espaço para discussão de tomadas de
decisões sobre os mais diferentes aspectos dentro da escola.
A sistematização de modelos de discussão coletiva sobre a ação pedagógica
permite a identificação, análise e a busca de soluções conjuntas para dificuldades na
relação educativa que perpassam a prática docente e o enriquecimento de procedimentos
didático-metodológicos.
Percebe-se que as decisões coletivas geram um comportamento de
representatividade e de responsabilidade em torno das ações propostas no projeto.
Pensar a formação continuada constitui mais um dos meios para ressignificar o
papel da escola, na medida em que se oportuniza acesso aos novos conhecimentos
produzidos nas mais diferentes áreas e quando se defende a atualização e a formação de
professores como estratégia essencial no enfrentamento dos inúmeros desafios que se
apresentam na atuação docente. Enfrenta-los exige dos professores clareza e domínio de
sua área de atuação, bem como reflexão constante sobre a sua prática. Nessa medida, a
formação continuada tem sido pensada com a finalidade de resgatar a dimensão política,
ética e humana que envolve o ato educativo, visando a conquista de uma sociedade e
uma cultura mais amplamente democratizadas, garantindo a todos não só o acesso à
escolarização como à aprendizagem efetiva e aos bens culturais da sociedade da qual faz
parte.
A escola é o local privilegiado para a formação continuada e favorece o
desenvolvimento profissional aperfeiçoando a pratica educativa e o crescimento
profissional.
A qualidade do ensino ministrado na escola e seu sucesso na tarefa de formar
cidadãos capazes de participar da vida socioeconômica, política e cultural do país
relacionam-se estreitamente a formação (inicial e continuada), condições de trabalho
(recursos didáticos, recursos físicos e materiais, dedicação integral à escola, redução do
número de alunos na sala de aula etc.), remuneração, elementos esses indispensáveis à
profissionalização do magistério.
Vivemos um momento histórico: a finalização e distribuição para os professores
das Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental constituindo um intenso
movimento que viabilizou a participação de todos os professores da Rede Pública
Estadual, bem como representantes da Rede Municipal, de modo a favorecer o processo
da integração e articulação entre ensino fundamental dos anos iniciais ofertado pela rede
municipal, quase que em sua totalidade, e os anos finais pela rede pública estadual.
Para realizar todo o processo de construção dessas Diretrizes a equipe do
Departamento de Ensino Fundamental teve o privilegio de contar com a utopia dos
professores que também acreditam na possibilidade de uma educação de qualidade que
venha a contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.
As Diretrizes Curriculares para a Educação Básica são resultantes de uma
construção coletiva, por, isso, legitimam-se como documento orientador para o conjunto
de escolas que compõe a rede pública estadual, apontando indicativos teórico-
metodológicos para que cada estabelecimento organize sua Proposta Pedagógica
Curricular .
VI MARCO OPERACIONAL
Frente a todos os problemas que a escola enfrenta, sabemos como é difícil
caminhar para atingir nosso objetivo que é a formação básica do cidadão, que seja
participativo, critico atuante que cumpra com seus deveres e exija seus direitos. Para isso
a escola precisa ser atualizada, com mais material didático e de apoio, com uma
biblioteca atualizada e com senso de responsabilidade que lhe é dada. Os professores
precisam ser comprometidos com a educação, que tratem bem seus alunos, ouvindo-os e
ajudando-os respeitando a individualidade de cada um.
Queremos com isso construir uma sociedade mais justa, onde todos tenham
condições de melhorar e também tenham qualidade de vida.
Os pais esperam muito da escola. Querem que seus filhos aprendam, tenha
uma profissão, um futuro.
O Colégio Estadual Izelina Daldin Gaiovicz, sonha com um dia em que a escola
Municipal Dom Carlos Bandeira de Mello consiga seu espaço próprio, solucionando os
problemas de ambas. Assim como a primeira pretende mobilizar uma sala para vídeo,
uma sala para o laboratório de informática, uma sala para a equipe pedagógica, que
divide com a diretoria o seu espaço, não sendo freqüente os casos que a diretora ou a
pedagoga precisa de privacidade para resolver algum problema ou mesmo elaborar o seu
trabalho, mas coincide em algumas situações trazendo certo inconveniente; uma sala de
apoio a Aprendizagem e recursos. A segunda escola se beneficiará muito tendo seu
espaço próprio, pois também necessita de mais salas e principalmente do recreio apenas
com as quatro primeiras séries do ensino fundamental, professores e funcionários ficam
apreensivos com o fato das turmas de 5ª a 8ª séries lancharem com as de 1ª a 4ª séries.
Desejamos que esse sonho se torne realidade, resolvendo assim o problema
quanto às condições físicas do estabelecimento, e sendo praticamente a única solução,
pois a construção de novas salas tornaria mais difícil essa ampliação por comprometer o
espaço do pátio da escola.
O trabalho pedagógico pretende se concentrar no aprendizado e conhecimento
do educando, encaminhando para um futuro promissor. Procurando através de prática
diferenciadas, tentativa de acertos para sanar as dificuldades encontradas.
Precisamos de um local (terreno) para construirmos uma quadra esportiva junto
com escola facilitando a vida dos alunos.
Compras de materiais atuais para auxiliar os professores na hora atividade está
no propósito de melhoria, auxiliando a Equipe Pedagógica na avaliação e
acompanhamento do trabalho dos docentes.
A participação no FERA COM CIÊNCIA continuará acontecendo na escola, os
professores e alunos se envolvem e se interessam por esse evento. O projeto extra
classe marcante são os jogos colegiais que incentivam os alunos a estudarem e
alcançarem boas notas, sendo assim incluídos nos times. Os grupos de estudo e
simpósios serão sempre prestigiados pelos professores da escola, sendo de muito
interesse para a maioria, que se realizem frequentemente.
Continuaremos dando uma atenção especial ao Programa FICA Comigo
fazendo o chamado diário em um livro de registro para cada turma.
Realizaremos a tradicional Festa Junina da escola, fazendo integração e de
lazer com o envolvimento da comunidade.
Estamos discutindo e agilizando as ações para a etapa complementar do PDE-
Escola, onde o estabelecimento de ensino estará recebendo mais R$13.000,00 (treze mil
reais) com o objetivo de elevar o desempenho acadêmico dos alunos e melhorar as
praticas pedagógicas da escola.
Também buscaremos incutir no aluno, hábitos corretos de higiene pessoal, visto
que uma grande parte deles apresentam condições de higiene precária, visivelmente
observadas. Os temas serão trabalhados de forma concomitante.
Para dar maior validade ao projeto, convidaremos profissionais de algumas áreas
que possam nos ajudar à trabalhar esse tema, como: dentista, enfermeiro, médico,
psicólogo.
A questão do Meio-Ambiente, um dos problemas que está cada vez mais
presente na sociedade em geral, faz com que a escola seja um dos veículos de
conscientização, apoio e ação neste assunto. Desenvolveremos e incentivaremos projetos
e atividades sobre reciclagem e preservação. O projeto “Escola Limpa” abordará todo o
problema ambiental e buscará atitudes e conscientização dos alunos, começando pelo
seu espaço escolar, estendendo-se para o familiar e para a comunidade.
Em relação à Educação Fiscal, o trabalho será realizado através de aulas
expositivas, ministradas, principalmente nas disciplinas de Língua Portuguesa, Geografia
e Matemática, na busca de que nosso alunado compreenda o papel do Estado, seu
financiamento e sua função social; questões relativas à impostos, orçamentos e
distribuições de renda. Vale salientar que os professores das demais disciplinas estão
livres para abordarem o tema, se assim desejarem.
Também serão solicitadas pesquisas sobre o assunto, incluindo a questão da
pirataria. Os alunos irão adaptar os dados à realidade concreta da comunidade onde a
escola está inserida e assim, construir debates sobre as consequências geradas pela
sonegação de impostos e pelo uso indevido de recursos públicos. Serão oportunizados
momentos de interação, questionamentos, reflexões e conscientização da importância de
que os tributos arrecadados sejam efetivamente aplicados conforme a necessidade da
população.
Projetos que a escola pretende retomar:
- Hora Cívica: é um projeto onde é feito a apresentação das datas
comemorativas do mês, ficando uma determinada turma e seu professor conselheiro
responsável em preparar as apresentações, encerra-se com o Hino Nacional Brasileiro.
De acordo com a LDB art. 32, toda a Escola Pública tem por objetivo a formação
básica do cidadão. A escola contribuirá, portanto, desenvolvendo um projeto de educação
comprometida com desenvolvimento de capacidades que permitam intervir na realidade
para transformá-la. Nosso Projeto Político Pedagógico será orientado por três grandes
Diretrizes:
* Posicionar-se em relação às questões sociais e interpretar a tarefa educativa
como uma intervenção na realidade no momento presente;
* Não tratar os valores apenas como conceitos ideais;
* Incluir essa perspectiva no ensino dos conteúdos das áreas do conhecimento
escolar.
Assim o Colégio quer oferecer uma prática educativa integrada às condições de
vida da comunidade, dando ao aluno oportunidade de: ser amado, ouvido, ser respeitado,
criar, escolher, decidir, sonhar, brincar, trabalhar e participar ativamente nas lutas, nas
decisões e na vida de sua comunidade, a partir da análise crítica da realidade. (Através
de debates, palestras, festivais, passeios, etc..,
O estudo, a recreação e o lazer estarão presentes no cotidiano do aluno, como
forma da realização de aprendizagens, (através de gincanas, brincadeiras, jogos, etc).
Serão oferecidas atividades socioeducativas e culturais para a comunidade,
palestras, teatro, danças, festivais realizado pelos alunos. As atividades serão planejadas
de forma cooperativa, levando em consideração as necessidades, interesses e problemas
da comunidade.
Faz-se necessário usar o conteúdo como meio no contexto social e cultural do
aluno, oportunizando a leitura de sua própria realidade ( valorizando também o aluno que
vem do campo), a leitura da história do bairro, da comunidade, o contexto de vida de sua
família, como se dão as organizações aí existentes, principalmente a Associação de
Moradores e do Clube de Mães, (através de pesquisa, passeio, investigação, mural com
fotos, documentos, etc.), pois, a verdadeira aprendizagem só se efetiva de forma ampla,
atingindo a pessoa na sua totalidade, quando situada historicamente.
Também quer se chegar mais perto dos pais, conquistá-los, para trabalhar todos
juntos, pois sozinha a escola não chegará a lugar algum.
O método utilizado pelos professores da escola tem fundamentação em
Vygotski, Saviani, etc., contribuindo para reflexão e busca do sucesso da
aprendizagem do aluno.
Pretendemos mudar também o Conselho de Classe, tendo como base a fala da
Professora Madselva que sugere: fazer um pré-conselho com os professores utilizando a
hora–atividade dos mesmos, onde Professores e Pedagogas, através de uma conversa
informal levantam os problemas de cada turma. As Pedagogas farão também uma
investigação na sala de aula com os alunos, para os mesmos colocarem suas dificuldades
e anseios. No Conselho de Classe geral serão discutidos os problemas apresentados
pelos professores e alunos e coletivamente buscar solução para os mesmos.
Para buscarmos solucionar o problema de evasão e repetência, buscaremos
estreitar mais a relação família-escola. Trazer os pais para a escola, ouví-los, oferecer-
lhes palestras, procurar juntos soluções para seus problemas. Queremos também
trabalhar mais juntamente com o Conselho Tutelar, dando maior atenção aos alunos
faltosos. Acreditamos que, diminuindo a evasão escolar também diminuiremos à
repetência.
Em relação a formação continuada, equipe pedagógica, direção e professores
terão que se reunir para estudo do andamento do projeto e assuntos relativos a sua
formação, através de:
- Troca de experiências de atividades desenvolvidas em sala de aula por
professores de disciplinas afins;
- Assistir programas educativos (TV escola);
- Estudo dos mais variados assuntos relativos ao aperfeiçoamento do professor
(em função do aluno).
- Revisão do Projeto Político Pedagógico pela equipe; para ver o que deu certo,
o que não foi colocado em prática;
- Grupos de estudos e seminários, com objetivo de ler, analisar, interpretar e os
colegas se observam mutuamente e discutem as observações feitas;
- Colegas de uma mesma série ou na mesma área ou da mesma disciplina, da
mesma escola ou de escolas diferentes discutem um projeto, um tema, conteúdos, tipos
de atividades.
Esse momento de reflexão e revisão será feito na Hora Atividade que o
professor tem direito de acordo com a LDB 9394/96 e em dias e horários que serão
determinados a cada início de mês:
- Diagnóstico das necessidades dos professores, com relação ao conteúdo que
ministram;
- Propostas de formação com objetivos claros;
A melhoria da qualidade da formação profissional e a valorização do trabalho
pedagógico requerem a articulação entre instituições formadoras, no caso as instituições
de Ensino Superior , e as agências empregadoras, ou seja, a própria rede de ensino. A
formação profissional implica, também, a indissociabilidade entre a formação inicial e a
formação continuada.
O reforço à valorização do profissional da educação, garantindo-lhes o direito ao
aperfeiçoamento profissional permanente, significa “valorizar a experiência e o
conhecimento que os professores têm a partir de sua prática pedagógica” (Veiga e
Carvalho 1994, p.51).
A formação continuada deve estar centrada na escola e fazer parte do projeto
político pedagógico. Assim, compete à escola:
a) proceder ao levantamento de necessidades de formação continuada de seus
profissionais;
b) elaborar seu programa de formação, contando com a participação e o apoio
dos órgãos centrais, no sentido de fortalecer seu papel na concepção, na execução e na
avaliação do referido programa.
Assim, a formação continuada dos profissionais, da escola compromissada com
a construção do Projeto Político Pedagógico, não deve limitar-se aos conteúdos
curriculares, mas se entender à discussão da escola como um todo e suas relações com
a sociedade.
Quanto ao Plano de Trabalho Docente, continuaremos elaborando, pois só assim
o professor conseguirá organizar seu trabalho e atingir seus objetivos. Os professores
terão apoio da equipe pedagógica para isso, porém, salientamos que é necessário maior
capacitação.
O Regimento Escolar foi construído em 2008 com a participação de toda
comunidade escolar.
VII- Plano de Avaliação do Projeto Político Pedagógico
Uma das grandes vantagens de elaborarmos coletivamente o Projeto Pedagógico
do Colégio Estadual Izelina Daldin Gaiovicz é a possibilidade de nós profissionais da
educação e aos alunos a vivência do processo democrático.
Por isso consiste a formação do cidadão capaz de ter inserção social crítica. A
maioria dos profissionais que hoje atuam teve formação sob influência do regime militar.
Portanto, temos a necessidade de aprender a conviver e trabalhar democraticamente.
Não podemos exigir dos nossos alunos aquilo que não somos capazes de praticar.
A “criação” conjunta do Projeto Político Pedagógico cria um espaço privilegiado de
convivência democrática.
A função avaliativa que se harmoniza com a autonomia escolar preconizada pela
construção coletiva do Projeto Politico Pedagógico é a diagnóstica por ser o que se
destina apoiar o desenvolvimento escolar em todas as suas dimensões.
A avaliação será feita semestralmente, (junho e dezembro) para analisar, refletir e
tomar decisões sobre o que está dando certo e o que precisa ser retomado ou melhorado.
Essa avaliação será feita em grupos de estudo que envolva toda a comunidade escolar.
VIII- Avaliação Institucional
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação disciplina a educação escolar, que se
desenvolve predominantemente pelo ensino em instituições próprias, devendo estar
vinculada à prática social e ao mundo do trabalho. Tem como princípio a igualdade de
condições para o acesso e permanência na escola pública, gratuita, com garantia de
padrão de qualidade; a gestão democrática onde o respeito ao pluralismo de ideias e
concepções pedagógicas, à liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a
cultura, o pensamento, a arte, o saber, se faça presente; a valorização do profissional da
educação escolar e da experiência extraescolar.
Esta mesma Lei assegura como dever da União, em colaboração com os
Sistemas Estaduais e Municipais, o processo de Avaliação da Educação Básica, tendo
como objetivo definir prioridades e a melhoria da qualidade do ensino.
A Avaliação Institucional deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de
identificar as qualidades e fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as
políticas educacionais comprometidas com a transformação social e aperfeiçoamento da
gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual. Esta avaliação não está
restrita no âmbito das escolas, mas abrange as três instâncias que compõem o sistema
educacional da Rede Pública Estadual do Paraná, ou seja, a escola, a sede da SEED e
dos Núcleos Regionais de Educação. O programa pretende sinalizar os fatores que
facilitam ou dificultam a democratização e a qualificação do sistema e das instituições da
Rede Estadual, com o objetivo não apenas de tomada de consciência, mas de correção
de rumos e comprometimento com ações inovadoras que visem ao avanço da Educação
Básica no Estado do Paraná.
Portanto, a Avaliação Institucional constitui-se um processo sistemático de
discussão permanente sobre as práticas vivenciadas na escola, intrínseco à construção
da sua autonomia, já que fornece subsídios para a melhoria e o aperfeiçoamento da
qualidade do seu trabalho. Essa autonomia não desvincula a escola das demais
instâncias do sistema, uma vez que a Avaliação Institucional articula as demais
avaliações, possibilitando uma leitura da totalidade das instituições e do sistema.
As mobilizações da comunidade escolar para participar do primeiro movimentam
de autoavaliação é um ponto essencial, especialmente quando se acredita que o
engajamento das pessoas em ações para a melhoria da escola representa ganhos para a
educação e para a população. A avaliação Institucional é o processo de discussão
permanente sobre as práticas vivenciadas.
Diante dessas considerações, fica reafirmado que é a comunidade escolar que
pode definir e dar vida às orientações gerais que norteiam o processo de autoavaliação,
com vistas a intensificar a participação da família no processo escolar, diversificar
experiências de aprendizagem, desenvolver atividades de respeito e solidariedade. Isto é,
cada escola deve planejar as reuniões onde acontecerão os momentos de autoavaliação
com a aplicação dos instrumentos de coleta de informações. Para tanto, deve definir os
grupos incluindo diferentes atores (ex.: pais, funcionários, professores, alunos... ou
funcionários dos diferentes setores) a fim de desencadear as discussões, debates,
reflexões.
A educação é um assunto de interesse público, e por isso o Programa de
Avaliação Institucional da Educação Básica deve envolver todos os atores, desde os
alunos do Ensino Fundamental até os adultos, ocupantes de cargos de chefias nas
instituições responsáveis pela educação no Estado, iniciando um amplo movimento de
mobilização da comunidade escolar para refletir, discutir e agir pela melhoria da qualidade
de nossa escola.
Sem dúvida, o entendimento aqui explicitado é de que a informação resultante da
auto-avaliação é da escola e a responsabilidade no processo de Avaliação Institucional é
de todos: alunos, pais, mães, funcionários, professores e pedagogos, diretores e órgãos
públicos, enfim, toda pessoa ou instituição que se relaciona com a escola e se mobiliza
por sua qualidade. Assim a avaliação em nosso colégio acontecerá no final do ano letivo e
envolverá toda a comunidade escolar.
O objetivo primeiro é contribuir para que a comunidade escolar se engaje na luta
pela melhoria da qualidade da escola. Entretanto, é necessário que se estabeleça uma
base comum, na busca da unidade da diversidade que é cada Escola, cada Região e
também a natureza de cada setor na sede da Secretaria de Estado da Educação. Nesse
sentido, o compartilhamento dos resultados da avaliação nas três instâncias, colabora
para que o Sistema Educacional enfrente os problemas que não são de responsabilidade
apenas da escola.
Assim, o Programa de Avaliação Institucional estará cumprindo o seu objetivo,
que é o de sinalizar os fatores que facilitam e dificultam o processo democrático e a
qualificação do sistema e das instituições educacionais na Rede Pública de Ensino, não
apenas para a tomada de consciência, mas principalmente, visando à correção de rumos
e o comprometimento com ações inovadoras que visem ao avanço da melhoria da
Educação Básica do Estado do Paraná.
X- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, Rubem. Conversas com quem gosto de ensinar. 6ª ed. São Paulo, 1999.
BRASIL, Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica.
CNE/CEB 02/98. Diário Oficial da União. Brasília, 15 de abril de 1998. seção 1, p. 31. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para o ensino Fundamental. [1998].
BOFF, Leonardo. Tempo de Transcedência: O ser humano como projeto infinito. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.
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