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Clipping CNJ 27092020
Índice Knewin Monitoring
6
Folha de S. Paulo | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
PAINELPoder - 27/09/2020
8
Judiciário - Judiciário, Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber /
Posse provoca desgaste a Fux como possível foco de infecçãoPoder - 27/09/2020
11
O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF, CNJ - Luiz Fux /
ELIANE CANTENHÊDE - Outubro efervescentePolítica - 27/09/2020
13
Diário do Amazonas | AmazonasCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Claro & EscuroPrimeiro Plano - 26/09/2020
15
Agência Brasil | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Profissionais podem se increver até 6 de outubro no CNJ InovaNoticias - 26/09/2020
17
Exame | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
TCU determina que INSS realize perícias à distânciaBrasil - 26/09/2020
19
Época online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - Conselheiro do CNJ /
Flávio Bolsonaro quer indicar próximo conselheiro do CNJNoticias - 27/09/2020
20
Folha Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Aras vê irregularidades em prêmio para desembargadores do TJ-SPcolunas e blogs - 26/09/2020
2121
Gazeta Digital | Mato GrossoCNJ - Henrique de Almeida Ávila, CNJ - Maria Tereza Uille Gomes /
Tribunal de Contas dá prazo de cinco dias para INSS iniciar perícia por telemedicinaNoticias - 26/09/2020
23
Isto é Dinheiro Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Profissionais podem se increver até 6 de outubro no CNJ InovaGiro - 26/09/2020
O Globo Online | Nacional
24
CNJ - Conselho Nacional de Justiça /
TCU determina que INSS realize perícias à distânciaEconomia - 26/09/2020
26
Tribuna do Norte | Rio Grande do NorteCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
RN 'zera' casos de Covid-19 no sistema prisionalNoticias - 26/09/2020
28
Valor Online | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
TCU determina que INSS realize perícias à distânciaBrasil - 26/09/2020
29
Folha de Pernambuco | PernambucoCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Profissionais podem se increver até 6 de outubro no CNJ InovaNoticias - 26/09/2020
3030
O Sul | Rio Grande do SulCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
CNJ Inova está com inscrições abertas para profissionais de áreas multidisciplinaresNoticias - 26/09/2020
3131
CNJ - Conselho Nacional de Justiça /
A revisão da lei sobre lavagem de dinheiro não terá retrocessos, afirma ministro do STJNoticias - 26/09/2020
3333
CNJ - Conselho Nacional de Justiça, CNJ - Presidente do CNJ /
O Poder Judiciário terá reserva mínima de 30% nas vagas de estágio para negrosNoticias - 26/09/2020
3434
CNJ - Conselho Nacional de Justiça /
O INSS tem até a próxima sexta-feira para definir as regras sobre a perícia por telemedicinaNoticias - 26/09/2020
3636
Diário do Poder | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
CNJ Inova recebe inscrições até 6 de outubro para premiação de até R$ 40 milNoticias - 26/09/2020
3737
Globo (DF) | Distrito FederalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
Justiça aceita denúncia de 15 integrantes investigados pela Operação Falso NegativoNoticias - 26/09/2020
38
Band News (Rio de Janeiro) | Rio de JaneiroCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
INSS tem até segunda para lançar protocolo para telemedicinaNoticias - 26/09/2020
39
Jovem Pan AM (São Paulo) | NacionalCNJ - Conselho Nacional de Justiça /
INSS terá que elaborar relatório para realização de perícias virtuaisNoticias - 26/09/2020
40
Correio Braziliense | NacionalJudiciário - STF /
Inquérito no STF por homofobiaPolítica - 27/09/2020
4141
Folha de S. Paulo | NacionalJudiciário - STF /
Negros tiveram menos de 30% das vagas e verbas na última disputa para prefeitoPoder - 27/09/2020
44
Judiciário - STF /
Flavia Lima - Bolsonaro mentiu e a Folha amarelouPoder - 27/09/2020
46
O Estado de S. Paulo | NacionalJudiciário - Judiciário /
As caretas da censura judicialEspaço Aberto - 27/09/2020
48
Judiciário - STF /
Damares emperra orçamento de pastaPolítica - 27/09/2020
51
Judiciário - STF /
PGR pede abertura de inquérito contra ministroMetrópole - 27/09/2020
52
O Globo | NacionalJudiciário - STF /
VAMOS COMBATER 'MILÍCIAS DO ÓDIO E DAS FAKE NEWSPaís - 27/09/2020
55
Judiciário - Judiciário /
Marcus Abraham - O juiz do século XXIOpinião - 27/09/2020
PAINEL
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poderdomingo, 27 de setembro de 2020
CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Fábio Zanini (interino) com Mariana Carneiro e
Guilherme Seto
Trégua
Rivais dentro do governo, Paulo Guedes (Economia) e
Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional)
trabalharam juntos em uma medida provisória cuja
minuta fica pronta na próxima semana. O texto pretende
alterar a natureza dos fundos públicos de
desenvolvimento regionais para alavancar projetos
privados no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O objetivo
é destravar R$ 6 bilhões que estão parados em regiões
fundamentais para a popularidade de Jair Bolsonaro.
Parceria
A ideia da pasta do Desenvolvimento Regional é usar
esse dinheiro para emprestar a empresas interessadas
em elaborar projetos de infraestrutura, trabalho hoje
feito apenas pelo BNDES.
Serventia
Outro objetivo é dar utilidade ao fundos de
Desenvolvimento da Amazônia (FNA), Nordeste (FDNE)
e Centro-Oeste (FDCO), que ficaram menos atrativos do
que os constitucionais, cujas taxas são subsidiadas.
MULTIPLICAÇÃO
Estudos do governo indicam que, com R$ 1 bilhão em
estruturação de projetos, é possível alavancar R$ 80
bilhões em investimentos em obras, em áreas como
saneamento básico e recursos hídricos.
De olho
O procurador-geral da República, Augusto Aras, viu
possíveis irregularidades no prêmio de até R$ 100 mil a
desembargadores criado pelo Tribunal de Justiça de SP
e acionou o STF. Após ter sido revelada pelo Painel, a
medida foi suspensa pelo tribunal.
Furo
Em ação direta de inconstitucionalidade, Aras diz que a
classificação dos benefícios como verba indenizatória
possibilita o pagamento de valores que ultrapassam o
teto constitucional. A medida previa compensação para
desembargadores que servissem como relatores em
câmaras criadas para reduzir o acervo de processos
atrasados.
Outro lado
O Conselho Nacional de Justiça decidiu, então, não
dar continuidade aos pedidos que questionavam as
câmaras, já que o tema será apreciado pelo STF. Em
nota, o TJ de SP afirma que está impedido de se
pronunciar sobre a ADI, ainda em curso.
Bunker
Dos 10 eventos anunciados na sexta (25) no site da
Fundação Alexandre de Gusmão, ligada ao Itamaraty, 9
tinham como participantes palestrantes conservadores.6
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poderdomingo, 27 de setembro de 2020
CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Entre eles, membros de sites pró-Bolsonaro, como
Brasil Sem Medo e Terça Livre.
Contraste
O candidato a vice Ricardo Nunes (MDB) deverá
aparecer na campanha de Bruno Covas (PSDB) como
um contraponto a Celso Russomanno (Republicanos). À
frente da CPI da Sonegação Tributária na Câmara de
Vereadores, Nunes foi responsável por multas
bilionárias em bancos por supostamente simularem
endereços em outras cidades e assim pagarem menos
impostos.
Robin Hood
No discurso a ser mostrado pelos tucanos na
campanha, Nunes questiona os ricos e devolve dinheiro
para a população, e Russomanno, em contrapartida,
pressiona pequenos empresários em troca de audiência
em seus programas de TV.
Cadê
A deputada foice Hasselmann (PSL-SP) registrou
candidatura à Prefeitura de SP sem enviar plano de
governo, item exigido por lei. O plano é o documento
oficial para os candidatos listarem propostas para
eleitores. Todos os concorrentes com mais intenção de
voto já mandaram.
Já vai
Caso a lacuna seja suprida em breve, o problema não
deverá ter maior repercussão, diz Marcelo Weick,
coordenador da Academia Brasileira de Direito Eleitoral
e Político. A assessoria jurídica de foice afirma que
houve atraso na conclusão do plano, mas que enviará o
documento.
Curtidas
O passado de youtuber rende dividendos a Arthur do
Val (Patriota), que adotou para si o nome de seu canal,
Mamãe Falei. De acordo com o Datafolha, ele é
conhecido por 27% dos eleitores na faixa entre 16 e 34
anos, contra 19% do total da população.
Rally
A suspensão da candidatura de Filipe Sabará (Novo)
pelo próprio partido frustrou seus planos de começar a
campanha de forma grandiosa neste domingo. Ele faria
uma carreata de sete horas de duração, começando e
terminando na avenida Paulista e passando por todas
as regiões de São Paulo.
TIROTEIO
"Se Russomanno prometer menos imposto e
regulamentação, posso dar um voto útil a ele. Mas
lembro que ele já apoiou a Dilma"
Do deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-
SP), sobre a desconfiança de conservadores com a
candidatura de Russomanno
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
7
Posse provoca desgaste a Fux como possível foco de infecção
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poderdomingo, 27 de setembro de 2020
Judiciário - Judiciário
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Autor: Matheus Teixeira eJuliaChaib
Brasília - A posse de Luiz Fux na presidência do STF
(Supremo Tribunal Federal), seguida de um coquetel
para comemorar a chegada do ministro ao posto mais
alto do Poder Judiciário, rendeu ao magistrado o
primeiro desgaste de sua gestão à frente da corte.
Fux chegou a ser aconselhado por pessoas próximas a
fazer uma cerimônia virtual, mas preferiu promover um
evento presencial no último dia 10 para marcar sua
ascensão ao comando do tribunal. No coquetel, foram
servidos petiscos, água, vinho e suco.
Os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski
não foram à solenidade - assim como Celso de Mello,
que estava de licença médica.
Servidores ouvidos reservadamente pela Folha se
disseram incomodados de terem que participar e se
expor ao risco de pegar coronavírus em meio à
pandemia.
O presidente do STF insistiu e achou que a adoção de
medidas sanitárias seria suficiente. Menos de uma
semana depois da posse, começaram a surgir notícias
de pessoas infectadas com a Covid-19 e que foram ao
evento.
Além de Fux, ao menos outras oito autoridades foram
diagnosticadas com a doença na semana seguinte.
Fux agiu para conter a crise e fez uma ofensiva nos
bastidores para questionar a vinculação entre a ida
aposse e as autoridades contaminadas.
Para blindar o novo presidente do STF, a ministra
Cármen Lúcia apresentou sintomas da doença e evitou
anunciá-los. A magistrada faltou às sessões da semana
seguinte à posse. Mesmo após a divulgação por
veículos de imprensa de que ela contraiu a Covid-19, o
gabinete da ministra, questionado pela Folha, não
negou nem confirmou a realização do exame e seu
resultado.
Quando ela reapareceu no STF, na sessão realizada
por videoconferência na quarta-feira (23), o ministro
Luís Roberto Barroso prestou solidariedade à colega.
"Andamos todos preocupados com Vossa Excelência",
disse. A ministra comentou: "Exageradas [as
preocupações]".
Os sete ministros do STF que estiveram na posse de
Fux usaram máscara durante a cerimônia. Além de Fux,
os ministros Marco Aurélio e Rosa Weber foram os
únicos a retirar a proteção facial: elano momento em
que leu o termo de posse como vice-presidente do
tribunal, ele ao discursar em nome da corte para saudar
Fux.
O novo presidente da corte avaliava que as medidas
sanitárias seriam suficientes para impedir o
alastramento da Covid-19 na posse. Fux liberou o
plenário para 48 convidados, aproximadamente um
quinto da capacidade do local, que é de 250 pessoas.
Assessores de autoridades, servidores do tribunal e os8
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poderdomingo, 27 de setembro de 2020
Judiciário - Judiciário
dragões da Independência que fazem a recepção em
cerimônias oficiais, porém, se acumularam do lado de
fora.
Na mesa de honra, além de Fux, estavam os
presidentes da República, Jair Bolsonaro, do Senado,
Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), além do procurador-geral da República,
Augusto Aras. Os dois últimos foram diagnosticados
com a doença dias após a cerimônia.
A autoridade presente na posse que teve mais
complicações de saúde foi a presidente do TST
(Tribunal Superior do Trabalho), Maria Cristina Peduzzi,
de 67 anos.
Segundo boletim médico, ela apresenta estado de
saúde estável no hospital para o qual foi transferida em
São Paulo, mas respira com ajuda de um cateter nasal
de oxigênio e tem sido medicada diretamente na veia.
Não há previsão de alta.
A assessoria do tribunal informou que Peduzzi estava
cumprindo todos os compromissos de forma remota
desde o início da pandemia, à exceção da posse do
chefe do STF.
O convite de Fux foi disparado cerca de dez dias antes
da cerimônia para alguns convidados. Ele fez questão
de que alguns amigos, como ministros do STJ (Superior
Tribunal de Justiça) que são do Rio de Janeiro,
estivessem no plenário do Supremo.
Luís Felipe Salomão e Antonio Saldanha são dois dos
que participaram e acabaram tendo resultado positivo
para Covid-19 dias depois.
Ministros e outros convidados da posse relatam que não
houve uma recepção. Os magistrados preferiram não se
reunir em uma antessala na corte, como de costume, e
foram direto para o plenário.
Após a cerimônia, que durou duas horas, Fux fez um
coquetel para alguns convidados no gabinete da
presidência.
Segundo relatos de pessoas que estiveram no local,
havia cerca de 30 pessoas: alguns amigos, como os
ministros do STJ e a presidente da Associação de
Magistrados Brasileiros, Renata Gil, além de assessores
e a família do ministro.
Boa parte dos contaminados não foi a essa segunda
parte da posse, o que leva ministros e outros
convidados a acreditarem que a contaminação ocorreu
dentro do plenário.
Maia, Aras, Cármen Lúcia e Peduzzi, por exemplo, não
foram ao gabinete da presidência após o fim da
cerimônia.
Professora de saúde coletiva da UFRJ (Universidade
Federal do Rio de Janeiro), Lígia Bahia critica a posse
por ter promovido aglomeração de pessoas. "A posse foi
um evento considerado 'superspread, em português
vulgar: um covidário", diz. "Evento totalmente
irresponsável", avalia.
Ela critica o número de pessoas que participaram, o fato
de ter sido em um local totalmente fechado e a demora
da cerimônia. Ainda cita que as pessoas tiraram as
máscaras para discursar, comer e beber.
O médico epidemiologista da Fiocruz Diego Xavier
explica que o vírus tem uma grande capacidade de ficar
suspenso no ar. "As pessoas estão subestimando a
capacidade do vírus de se disseminar. É um vírus
respiratório", diz.
Ambos os médicos criticam sobretudo o mau exemplo
propagado pelas autoridades ao promoverem eventos
do tipo.
Diante do desgaste, a presidência do STF emitiu uma
nota para informar que o cerimonial da corte estava em
contato com todos os convidados da posse de Fux.
"A presidência do STF vem prestar solidariedade e
votos de ampla recuperação aos que eventualmente
contraíram a Covid-19", diz 0 comunicado.9
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poderdomingo, 27 de setembro de 2020
Judiciário - Judiciário
No último dia 16, o tribunal informou que 157
funcionários já foram diagnosticados com Covid-19
desde o início da pandemia. O órgão diz que não foi
identificado caso de transmissão na corte.
A Folha questionou ao STF quantos servidores
participaram da solenidade, se houve orientação quanto
à realização de exame e quais os procedimentos
adotados naposse. O tribunal não respondeu até a
publicação deste texto.
Autoridades da posse que tiveram Covid-19
- Luiz Fux
- Cármen Lúcia ministros do STF (Supremo Tribunal
Federal)
- Luís Felipe Salomão
- Antonio Saldanha Palheiro
- Benedito Gonçalves ministros do STJ (Superior
Tribunal de Justiça)
- Maria Cristina Peduzzi presidente do TST (Tribunal
Superior do Trabalho)
- Marcelo Álvaro Antônio ministro do Turismo
- Rodrigo Maia (DEM-RJ) presidente da Câmara dos
Deputados
-Augusto Aras procurador-geral da República
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário,
Judiciário - STF, CNJ - Luiz Fux, CNJ - Rosa Weber
10
ELIANE CANTENHÊDE - Outubro efervescente
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Autor: ELIANE CANTENHÊDE
Outubro será agitado, com as campanhas eleitorais
aprendendo a contornar a pandemia (que ainda mata
mais de "dois Boeings" por dia), o governo e o
Congresso convergindo para desoneração da folha de
pagamentos compensada por um novo imposto e o
presidente Jair Bolsonaro se divertindo com a aflição
dos muitos candidatos àvaga de Celso de Mello no
Supremo, porque ele já tem dois nomes no colete: Jorge
Oliveira e André Mendonça.
Bolsonaro está no centro de toda essa efervescência,
mexendo as peças sem se queimar e entrando no jogo
apenas em caso, e na hora, da vitória. Só apoiará
candidato para ganhar, só apoiará o novo imposto
depois de Paulo Guedes e o Centrão garantirem o
resultado e só vai anunciar o novo ministro do STF
depois de ter sugado o possível dos candidatos
frustrados.
Até aqui, ninguém deu bola para a eleição municipal e o
interesse do eleitor continua caindo a cada pleito, mas a
tendência é esquentar, com foco óbvio em São Paulo,
pelo seu peso político e econômico, no Rio, pela
chocante situação de governador e prefeito, e nos
neófitos, como o próprio Wilson Witzel, que caíram de
paraquedas pelo sopro do bolsonarismo. Elegerão seus
candidatos?
Em São Paulo, Celso Russomanno (Republicanos)
conta com Bolsonaro para fugir da sina de sair na
liderança e acabar fora até do segundo turno. O prefeito
Bruno Covas (PSDB) precisa driblar a frustração pelo
segundo lugar e evitar perda de votos para Márcio
França (PSB). Jilmar Tatto empurra o PT para o balaio
dos nanicos e para o apoio a Guilherme Boulos (PSOL),
a novidade de 2020. No Rio, o prefeito Marcello Crivella
(Republicanos) está inelegível. Conseguirá reverter a
decisão no TSE e manter o apoio de Bolsonaro?
Na economia, Bolsonaro lavou as mãos: Paulo Guedes
que se vire. Se articular apoio para a "nova CPMF", não
vai atrapalhar. Guedes recupera liderança e força, o
governo comemora a troca dos novatos do PSL pelo
trator Centrão e a pergunta que não quer calar é: como
desonerar a folha, como Guedes quer, e encorpar o
novo Bolsa Família, como Bolsonaro exige, sem furar o
teto de gastos nem aumentar a carga tributária? A conta
fecha?
Enquanto isso, Bolsonaro acompanha com prazer o
rebuliço em torno da indicação para o Supremo, com as
decisões do procurador-geral Augusto Aras sempre sob
suspeita por algo que ele jura que não quer e que não
vai acontecer, o juiz do Rio Marcelo Bretas repreendido
por participar de atos políticos e o plenário do STJ em
alvoroço, como sempre, diante de uma vaga na alta
Corte.
O ministro "terrivelmente evangélico", porém, afunila
para Jorge Oliveira, advogado e policial militar sem
credenciais jurídicas compatíveis com o Supremo, mas
secretário-geral da Presidência e filho de grande amigo
de Bolsonaro. E para André Mendonça, advogado,
pastor presbiteriano, ex-advogado-geral da União e
atual ministro da Justiça. Transformou a Justiça em11
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - STF
órgão de defesa do presidente, mas ainda é bem aceito
no STF.
Celso de Mello deixa a Corte em 13 de outubro, após 31
anos, à frente da investigação do presidente por
intervenção na PF. Celso, decano que sai, determinou
depoimento presencial para Bolsonaro. Marco Aurélio, o
novo decano, jogou para o plenário virtual e defendeu
depoimento por escrito. O lance seguinte pode ser tirar
do virtual (votos por escrito) para o plenário real (ao
vivo).
Logo, Bolsonaro vai trocar um ministro ostensivamente
crítico por outro terrivelmente amigo e um decano
adversário por outro nem tanto e, na presidência, entrou
Luiz Fux com a expectativa de maior independência em
relação ao Planalto do que Dias Toffoli. O que se sabia
de Supremo não se sabe mais. Exemplo: e a prisão
após segunda instância, que caiu por um único voto?
"Eleição, economia, pandemia e o novo ministro
terrivelmente amigo no STF"
COMENTARISTA DA RÁDIO ELDORADO, DA RÁDIO
JORNAL E DO TELEJORNAL GLOBONEWS EM
PAUTA
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF, CNJ -
Luiz Fux
12
Claro & Escuro
Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Amazonas/Amazonas - Primeiro Plano
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Pandemia já causou despesas de R$ 411 bilhões
O Painel Cidadão do Siga Brasil, ferramenta para
acompanhar a execução do orçamento brasileiro,
revelou que o governo federal já pagou R$ 411,83
bilhões em 2020 em despesas ligadas diretamente ao
combate ao coronavírus e às consequências sociais e
econômicas da pandemia. Desse total, mais da metade
foi destinada para pagar o auxílio emergencial para
mais de 60 milhões de pessoas: R$ 213,02 bilhões. O
auxílio emergencial acabou ficando em cinco parcelas
de R$ 600, contra as três inicialmente previstas.
Também já houve a prorrogação da ajuda por mais
quatro meses, mas no valor de R$ 300. Nas últimas
semanas, muitos senadores vêm se manifestando em
defesa da prorrogação do auxílio no valor de R$ 600 até
o fim do ano, pelo menos, para que as famílias
consigam superar os impactos da pandemia mais
facilmente. Para senadores, o gasto com a pandemia foi
em grande parte para programas, projetos e áreas
sociais.
PROPOSTA CRIA PROGRAMA FINANCEIRO DE R$ 3
BI PARA ESCOLAS PRIVADAS
O Projeto de Lei Complementar (PLP) 195/20, na
Câmara dos Deputados, cria o Programa Nacional de
Auxílio às Instituições de Ensino da Educação Básica
(Pronaieeb), que vai destinar R$ 3 bilhões do
Orçamento da União para as escolas privadas do ciclo
básico (ou seja, desde a educação infantil até o ensino
médio) que tiveram as atividades interrompidas pela
pandemia de Covid-19.
Leitos
Na última quarta-feira, 23, o Ministério da Saúde
habilitou leitos de Suporte Ventilatório Pulmonar para
atendimento exclusivo dos pacientes da Covid-19 para
os municípios de Amaturá e Manicoré e estabelece
recurso financeiro do Bloco de Manutenção das Ações e
Serviços Públicos de Saúde no valor de R$ 28 mil.
Pesquisa 1
Na capital, a Escola de Enfermagem de Manaus firmou
termo de adesão com a Universidade de Brasília (UnB)
para a realizar a pesquisa 'Análise das práticas de
Enfermagem no contexto da Atenção Primária à Saúde
(APS)'.
Pesquisa 2
O estudo abrange 108 municípios da federação,
distribuídos nos 26 estados e Distrito Federal, e visa
compreender as práticas profissionais dos enfermeiros
que atuam na Atenção Primária à Saúde no Brasil. A
previsão é que os resultados sejam publicados no
primeiro semestre de 2021.
Investimentos
O deputado federal Pablo Oliva (PSL) defendeu ontem
os projetos do Programa de Parcerias e Investimentos
(PPI) voltados para o Amazonas. O parlamentar diz que
são 14 áreas espalhadas em Manaus e interior do
Estado, abrangendo setores como fornecimento de13
Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Amazonas/Amazonas - Primeiro Plano
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
energia elétrica, exploração mineral, aeroportos,
radiocomunicação e processamento de dados, entre
outros.
Leilão
Segundo o deputado Pablo, a privatização de dois
aeroportos no Amazonas e também do terminal
pesqueiro de Manaus estão previstos no PPI. O leilão
está programado para o segundo semestre de2021,
segundo informou o Ministério da Infraestrutura.
Valor
Em sua declaração de Imposto de Renda do ano de
2010, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
informou à Receita Federal a realização de “doações
em espécie” no valor de R$ 733 mil para a mãe dele,
Rogéria Nantes Bolsonaro.
Inquérito
Investigado em dois inquéritos do STF sobre
propagação de notícias falsas e financiamento de atos
antidemocráticos, o empresário Otávio Fakhoury é
proximo de Jair Bolsonaro.
Luiz Fux encerra atividades de juizes no CN J
O ministro Luiz Fux, presidente do Conselho Nacional
de Justiça, assinou portarias, no último dia 16,
declarando o encerramento das atividades de
magistrados que atuam como juizes auxiliares no
Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Evangélicos se queixam da fala de ministro
A bancada evangélica foi se queixar do ministro Milton
Ribeiro (Educação) a André Mendonça (Justiça),
considerado padrinho do ex-reitor do Mackenzie no
governo. Os parlamentares não gostaram da entrevista
em que ele disse não representar nenhum grupo.
Covid-19
O Governo Federal destinou aos 26 estados e ao
Distrito Federal mais R$ 72,9 milhões para o Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA). Esses recursos se
somam aos R$ 500 milhões liberados em abril para
ajudar agricultores familiares.
NÚMEROS
80%
foi o aumento registrados nos golpes do tipo phishing
entre seus clientes durante a pandemia do novo
coronavírus, segundo a Febraban. Golpes do tipo
phishing são caracterizados pelo envio de e-mails com
vírus e links.
8 mil
unidades de imóveis foram lançados à venda em São
Paulo num indicativo de que o mercado imobiliário está
aos poucos lançando os empreendimentos postergados
no início da pandemia, segundo presidente do Sindicato
da Habitação.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
14
Profissionais podem se increver até 6 de outubro no CNJ Inova
Conselho Nacional de Justiça - CNJAgência Brasil/Nacional - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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© Gil Ferreira/Agência CNJ
Justiça
Profissionais podem se inscrever até 6 de outubro no
CNJ Inova Projeto é voltado a soluções para tramitação
de projetos judiciais
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Publicado em 26/09/2020 - 12:15 Por Luciano
Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Vão até o dia 6 de outubro as inscrições para o CNJ
Inova, desafio voltado a profissionais de áreas
multidisciplinares para o desenvolvimento de soluções
tecnológicas destinadas a aprimorar a tramitação de
processos judiciais no país. O desafio tecnológico,
promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e
a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), vai
distribuir prêmios de até R$ 40 mil para as melhores
soluções.
As inscrições são individuais e gratuitas. As equipes
serão formadas por meio de uma plataforma, a Discord.
O projeto incentiva a reunião de pessoas de áreas de
conhecimento diversas, como estatística, ciência de
dados, programação, desenvolvimento, direito,
negócios, economia, administração pública, marketing,
design e engenharia, por exemplo.
Os participantes terão que buscar soluções para dois
desafios na base de dados do Datajud. No primeiro, um
desafio de tempo e produtividade, os pesquisadores
terão que identificar padrões e comparar o andamento
de processos em cada unidade judiciária do Brasil. O
desenvolvimento deve levar em conta as peculiaridades
locais e o nível de complexidade que envolve o Direito.
O segundo é voltado para identificar e corrigir na base
do DataJud as inconsistências nos metadados dos
processos em tramitação nos sistemas dos tribunais. De
acordo com o CNJ, o desafio possibilita o
desenvolvimento de algoritmos capazes de serem
utilizados tanto como ferramentas de limpeza quanto
como recursos de gestão de qualidade da Base
Nacional.
As inscrições para a maratona começaram no dia 15 de
setembro. O Desafio CNJ conta com duas fases:
imersão com desenvolvimento e Demoday. Seis
equipes serão classificadas para o Demoday e ganham
o prêmio de R$ 20 mil.
'Nesse dia, haverá melhoria de design dos projetos e
preparação para fase de pitching, que é o momento de
apresentação e defesa das iniciativas. Duas equipes
serão escolhidas vencedoras e receberão novo prêmio
de R$ 40 mil cada'. informou o CNJ.
Edição: Graça Adjuto
CNJ Inova Inscrições soluções tecnológicas tramitação
de processos
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Conselho Nacional de Justiça - CNJAgência Brasil/Nacional - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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registro de candidatura
Justiça AGU cobra na Justiça R$ 893 milhões de
desmatadores da Amazônia
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
16
TCU determina que INSS realize perícias à distância
Conselho Nacional de Justiça - CNJExame/Nacional - Brasil
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Clique aqui para abrir a imagem
Autor: Agência O Globo
O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da
União (TCU), deu prazo de cinco dias para o Instituto
Nacional de Seguro Social (INSS) elaborar um protocolo
para realizar perícias médicas por meio da telemedicina.
O prazo do INSS começa na segunda-feira e vai até
sexta-feira. Na próxima quarta-feira, o plenário do TCU
vai se reunir para decidir se mantém ou não a
determinação.
A decisão foi tomada a pedido do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ). Segundo o órgão, com a pandemia
as perícias foram interrompidas, resultado na
paralisação de cerca de 200 mil ações judiciais relativas
a benefícios previdenciários paralisadas.
Diante desse contexto, o CNJ publicou norma em abril
autorizando a realização de perícia 'por meio eletrônico,
sem contato físico entre perito e periciando, enquanto
perdurarem os efeitos da crise ocasionada pela
pandemia do novo Coronavírus'.
No último dia 18, o governo determinou o retorno do
trabalho presencial dos peritos, mas a Associação
Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social
(ANMP) foi contra e entrou na Justiça. Segundo a
entidade, as agências do INSS ainda não cumprem as
especificações de segurança sanitária.
Dantas explicou na decisão que o ideal será que as
perícias fossem realizadas com a presença física do
assegurado, mas isso ainda não é possível.
'O ideal seria que os serviços periciais fossem
realizados com a presença física do beneficiário perante
o perito. No entanto, isso ainda não é totalmente
possível, não obstante os esforços do INSS em reabrir
parcialmente nesta semana as agências que foram
vistoriadas e tiveram as medidas de segurança
sanitárias implementadas e aprovadas. Como não é
possível o retorno de 100% das perícias presenciais, é
necessário que sejam verificadas, por ora, alternativas
para minimizar os transtornos dessa paralisação para a
população brasileira mais vulnerável', anotou o ministro.
'Tudo indica que o Governo Federal está se curvando
aos lobbies corporativos em prejuízo da população
brasileira. Seria desejável que o Governo Federal viesse
a ficar do lado dos que mais necessitam, ainda mais em
momento tão penoso para os mais vulneráveis', diz a
decisão de Bruno Dantas.
Na última quinta-feira, o Tribunal Regional Federal
(TRF) da 1ª Região derrubou decisão da Justiça Federal
do Distrito Federal que havia dispensado os peritos
médicos de retornarem ao trabalho presencial.
E na sexta-feira, a Associação Nacional dos Médicos
Peritos (ANMP) liberou mais 25 agências da
Previdência Social para o trabalho presencial da
categoria, após vistoriar 30 unidades. Ao todo, 166
agências já foram consideradas aptas e liberadas para
atendimento em todo o país, e 31 foram consideradas
inaptas.
17
Conselho Nacional de Justiça - CNJExame/Nacional - Brasil
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
18
Flávio Bolsonaro quer indicar próximo conselheiro do CNJ
Conselho Nacional de Justiça - CNJÉpoca online/Nacional - Noticias
domingo, 27 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Clique aqui para abrir a imagem
Flávio Bolsonaro não tem trabalhado apenas para
colocar indicados seus no governo do pai.
O zero um está interessadíssimo na próxima vaga que
será aberta para o Conselho Nacional de Justiça, com
o fim do mandato do conselheiro Henrique Ávila.
A razão do súbito interesse de Flávio Bolsonaro no CNJ
tem causado estranheza no Senado.
Coincidentemente, há uma investigação disciplinar no
CNJ contra o juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau,
magistrado do caso Queiroz até recentemente, quando
o Tribunal de Justiça do Rio decidiu por dar foro
privilegiado a Flávio Bolsonaro e tirou o inquérito da
mão de Itabaiana.
ACESSE A HOME DA COLUNA E LEIA TODAS AS
NOTAS, ENTREVISTAS E ANÁLISES
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, CNJ - Conselheiro do CNJ
19
Aras vê irregularidades em prêmio para desembargadores do TJ-SP
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha Online/Nacional - colunas e blogs
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Clique aqui para abrir a imagem
Autor: Painel
O procurador-geral da República, Augusto Aras, viu
possíveis irregularidades no prêmio de até R$ 100 mil a
desembargadores criado pelo Tribunal de Justiça de SP
e acionou o STF. Após ter sido revelada pelo Painel, a
medida foi suspensa pelo tribunal.
Em ação direta de inconstitucionalidade, Aras diz que a
classificação dos benefícios como verba indenizatória
possibilita o pagamento de valores que ultrapassam o
teto constitucional.
A medida previa compensação para desembargadores
que servissem como relatores em câmaras criadas para
reduzir o acervo de processos atrasados.
O Conselho Nacional de Justiça decidiu, então, não
dar continuidade aos pedidos que questionavam as
câmaras, já que o tema será apreciado pelo STF. Em
nota, o TJ de SP afirma que está impedido de se
pronunciar sobre a ADI, ainda em curso.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
20
Tribunal de Contas dá prazo de cinco dias para INSS iniciar perícia por
telemedicina
Conselho Nacional de Justiça - CNJGazeta Digital/Mato Grosso - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Henrique de Almeida Ávila
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O Tribunal de Contas da União (TCU) deu cinco dias
para que o INSS e a Subsecretaria da Perícia Médica
Federal elaborem um protocolo para a realização
'imediata' de perícias médicas com o uso de
telemedicina. A medida cautelar foi concedida nesta
sexta-feira, 25, pelo ministro do TCU Bruno Dantas após
representação de dois integrantes do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ).
Os conselheiros Maria Tereza Uille Gomes e Henrique
de Almeida Ávila argumentaram que a Lei 13.989, de
15 de abril de 2020, autorizou o uso de telemedicina
sem excluir qualquer ato médico de sua abrangência. O
próprio CNJ editou resoluções permitindo o emprego
desse instrumento.
Só no Judiciário, cerca de 200 mil processos estão
paralisados, segundo o CNJ, à espera de uma perícia.
No âmbito administrativo, como mostrou o
Estadão/Broadcast, esse número é até maior: cerca de
um milhão de segurados do INSS aguardam a consulta
presencial.
Mesmo com a lei, o Conselho Federal de Medicina
(CFM) impediu a realização de teleperícias. O governo
também não vê respaldo legal e considera a ferramenta
inadequada para o caso das perícias, cujo objetivo é
atestar a condição do segurado e detectar se ele faz jus
ou não ao recebimento do benefício.
Retorno
O Ministério da Economia tem aos poucos determinado
o retorno de peritos às atividades presenciais, mas a
retomada desaguou numa guerra política com o
sindicato da categoria e também numa batalha judicial.
Dos cerca de 3,5 mil peritos federais, 776 foram
efetivamente convocados a retomar seus postos de
trabalho, e apenas 421 compareceram às agências.
Diante do impasse no retorno das atividades presenciais
dos peritos, o TCU resolveu agir. Além de ordenar a
elaboração do protocolo para as teleperícias, Dantas
determinou que sejam ouvidos em 15 dias o INSS, a
Subsecretaria da Perícia Médica Federal do Ministério
da Economia, o CFM e o Conselho Federal do Serviço
Social (CFSS).
'A paralisação e o represamento das perícias médicas
são de uma gravidade ímpar neste momento, pois
denotam, além de incapacidade gerencial, falta de
sensibilidade humana com a dor e o sofrimento das
pessoas menos favorecidas', diz o ministro em seu
despacho.
'Milhares de cidadãos estão tolhidos de buscarem, via
administrativa, e, por conseguinte, de receberem seus
benefícios e direitos em momento dramático de suas
vidas, em razões dos devastadores efeitos financeiros
decorrentes da pandemia da covid-19, mesmo
reconhecendo os esforços do governo federal com a
concessão do auxílio emergencial e do benefício
emergencial a parcelas significativas da população mais
21
Conselho Nacional de Justiça - CNJGazeta Digital/Mato Grosso - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Henrique de Almeida Ávila
vulnerável', acrescentou.
Para Dantas, a eventual judicialização dos
requerimentos em fase administrativa ainda não
atendidos poderia ter reflexos negativos no Judiciário,
dado o custo dessa mobilização. O ministro ainda
ponderou que há 'ameaça de punições funcionais contra
os peritos que, eventualmente, fizerem tais
procedimentos' por meio virtual, ainda que autorizados
pelo CNJ.
Em sua representação, os conselheiros do CNJ
classificaram a situação de 'verdadeira crise
humanitária'. 'Centenas de milhares de trabalhadores e
de chefes de família, já atingidos pela crise sanitária
decorrente da pandemia da covid-19, viram-se
impossibilitados de manter a própria subsistência e a de
seus familiares em virtude da inércia do Estado em
cumprir um dos mais relevantes de seus deveres', diz o
documento.
Procurada, a Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho, à qual são ligados o INSS e a Subsecretaria
da Perícia Médica, não comentou.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Henrique de
Almeida Ávila, CNJ - Maria Tereza Uille Gomes
22
Profissionais podem se increver até 6 de outubro no CNJ Inova
Conselho Nacional de Justiça - CNJIsto é Dinheiro Online/Nacional - Giro
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Clique aqui para abrir a imagem
Autor: Agência Brasil
Vão até o dia 6 de outubro as inscrições para o CNJ
Inova, desafio voltado a profissionais de áreas
multidisciplinares para o desenvolvimento de soluções
tecnológicas destinadas a aprimorar a tramitação de
processos judiciais no país. O desafio tecnológico,
promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e
a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), vai
distribuir prêmios de até R$ 40 mil para as melhores
soluções.
As inscrições são individuais e gratuitas. As equipes
serão formadas por meio de uma plataforma, a Discord.
O projeto incentiva a reunião de pessoas de áreas de
conhecimento diversas, como estatística, ciência de
dados, programação, desenvolvimento, direito,
negócios, economia, administração pública, marketing,
design e engenharia, por exemplo.
Os participantes terão que buscar soluções para dois
desafios na base de dados do Datajud. No primeiro, um
desafio de tempo e produtividade, os pesquisadores
terão que identificar padrões e comparar o andamento
de processos em cada unidade judiciária do Brasil. O
desenvolvimento deve levar em conta as peculiaridades
locais e o nível de complexidade que envolve o Direito.
O segundo é voltado para identificar e corrigir na base
do DataJud as inconsistências nos metadados dos
processos em tramitação nos sistemas dos tribunais. De
acordo com o CNJ, o desafio possibilita o
desenvolvimento de algoritmos capazes de serem
utilizados tanto como ferramentas de limpeza quanto
como recursos de gestão de qualidade da Base
Nacional.
As inscrições para a maratona começaram no dia 15 de
setembro. O Desafio CNJ conta com duas fases:
imersão com desenvolvimento e Demoday. Seis
equipes serão classificadas para o Demoday e ganham
o prêmio de R$ 20 mil.
'Nesse dia, haverá melhoria de design dos projetos e
preparação para fase de pitching, que é o momento de
apresentação e defesa das iniciativas. Duas equipes
serão escolhidas vencedoras e receberão novo prêmio
de R$ 40 mil cada'. informou o CNJ.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
23
TCU determina que INSS realize perícias à distância
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo Online/Nacional - Economia
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Carolina Brígido e Naira Trindade
BRASÍLIA - O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de
Contas da União (TCU), deu prazo de cinco dias para o
Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) elaborar um
protocolo para realizar perícias médicas por meio da
telemedicina.
O prazo do INSS começa na segunda-feira e vai até
sexta-feira. Na próxima quarta-feira, o plenário do TCU
vai se reunir para decidir se mantém ou não a
determinação.
A decisão foi tomada a pedido do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ). Segundo o órgão, com a pandemia
as perícias foram interrompidas, resultado na
paralisação de cerca de 200 mil ações judiciais relativas
a benefícios previdenciários paralisadas.
Diante desse contexto, o CNJ publicou norma em abril
autorizando a realização de perícia 'por meio eletrônico,
sem contato físico entre perito e periciando, enquanto
perdurarem os efeitos da crise ocasionada pela
pandemia do novo Coronavírus'.
No último dia 18, o governo determinou o retorno do
trabalho presencial dos peritos, mas a Associação
Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social
(ANMP) foi contra e entrou na Justiça. Segundo a
entidade, as agências do INSS ainda não cumprem as
especificações de segurança sanitária.
Dantas explicou na decisão que o ideal será que as
perícias fossem realizadas com a presença física do
assegurado, mas isso ainda não é possível.
'O ideal seria que os serviços periciais fossem
realizados com a presença física do beneficiário perante
o perito. No entanto, isso ainda não é totalmente
possível, não obstante os esforços do INSS em reabrir
parcialmente nesta semana as agências que foram
vistoriadas e tiveram as medidas de segurança
sanitárias implementadas e aprovadas. Como não é
possível o retorno de 100% das perícias presenciais, é
necessário que sejam verificadas, por ora, alternativas
para minimizar os transtornos dessa paralisação para a
população brasileira mais vulnerável', anotou o ministro.
'Tudo indica que o Governo Federal está se curvando
aos lobbies corporativos em prejuízo da população
brasileira. Seria desejável que o Governo Federal viesse
a ficar do lado dos que mais necessitam, ainda mais em
momento tão penoso para os mais vulneráveis', diz a
decisão de Bruno Dantas.
Na última quinta-feira, o Tribunal Regional Federal
(TRF) da 1ª Região derrubou decisão da Justiça Federal
do Distrito Federal que havia dispensado os peritos
médicos de retornarem ao trabalho presencial.
E na sexta-feira, a Associação Nacional dos Médicos
Peritos (ANMP) liberou mais 25 agências da
Previdência Social para o trabalho presencial da
categoria, após vistoriar 30 unidades. Ao todo, 166
agências já foram consideradas aptas e liberadas para
atendimento em todo o país, e 31 foram consideradas
inaptas.24
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo Online/Nacional - Economia
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
25
RN 'zera' casos de Covid-19 no sistema prisional
Conselho Nacional de Justiça - CNJTribuna do Norte/Rio Grande do Norte - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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A Secretaria da Administração Penitenciária (Seap)
confirmou neste sábado (26), que não tem casos
confirmados de Covid-19 na população carcerária do
Rio Grande do Norte. Com 10.447 presos, o Estado é
um dos primeiros do Brasil sem registros atuais de
infeção em internos e policiais penais e o único do
Nordeste sem óbitos em razão da pandemia do novo
Coronavírus entre a população carcerária e
trabalhadores do sistema.
Créditos: Comunicação/SEAP Com o isolamento, foram
adotados protocolos e medidas sanitárias para a
prevenção e o combate a doença.
O secretário da Administração Penitenciária, Pedro
Florêncio Filho, fez uma avaliação sobre a pandemia no
sistema prisional local. Ele explicou que as 17 unidades
prisionais do RN foram isoladas em 13 de março,
atendendo a recomendação do Comitê de Crise da
pasta. Com o isolamento, foram adotados protocolos e
medidas sanitárias para a prevenção e o combate à
doença. 'O primeiro registro de infecção entre os
servidores aconteceu em 3 de abril e entre as pessoas
privadas de liberdade ocorreu em 19 de maio. Já o
gráfico com a curva da pandemia começou a cair em
meados de agosto', informou Florêncio.
Segundo relatou, o Comitê de Crise acompanha os
casos no sistema e tem uma estatística diária do
número de infectados, subsidiando as decisões da
pasta. Os dados indicam que 529 internos testaram
positivo para o Covid-19, cerca de 5% do total da
população carcerária, e todos foram curados. Entre os
policiais penais, foram computados 186 casos. Não
existe registro de servidor infectado há mais de 20 dias.
O secretário ressalta que o efetivo foi testado quase que
por completo e que, no Nordeste, segundo dados do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o RN teve um
dos mais baixos índices de infeção entre os policias
penais. Entre os presos, é o quarto Estado da região
com mais registros.
'O esforço dos servidores nas unidades foi decisivo para
o enfrentamento da infecção. Passados seis meses de
pandemia e com os números favoráveis, retomamos as
visitas presenciais com todo cuidado e precaução. Não
podemos relaxar e vamos permanecer atentos aos
protocolos', disse.
Visitas
Nas unidades com até 600 presos, as visitas já foram
retomadas obedecendo a uma série de critérios e
protocolos. As visitas, por exemplo, se limitam a uma
pessoa por interno e não existe qualquer contato físico.
Na próxima semana, será a vez das unidades maiores:
Penitenciária Estadual de Parnamirim, Cadeia Pública
Dinorá Simas, Penitenciária Rogério Coutinho e
Penitenciária Estadual de Alcaçuz.
Segundo Pedro Florêncio, as medidas sanitárias e de
prevenção continuam: os presídios são desinfectados
diariamente; policiais penais, internos e usuários
utilizam equipamentos de proteção individual e tem
álcool para higienização à disposição; o horário do
banho de sol dos apenados foi prolongado; colchões26
Conselho Nacional de Justiça - CNJTribuna do Norte/Rio Grande do Norte - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
são expostos diariamente ao sol. Os novos internos
passam por exames das unidades de saúde e ficam em
quarentena.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
27
TCU determina que INSS realize perícias à distância
Conselho Nacional de Justiça - CNJValor Online/Nacional - Brasil
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Autor: Agência O Globo
O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da
União (TCU), deu prazo de cinco dias para o Instituto
Nacional de Seguro Social (INSS) elaborar um protocolo
para realizar perícias médicas por meio da telemedicina.
O prazo do INSS começa na segunda-feira e vai até
sexta-feira. Na próxima quarta-feira, o plenário do TCU
vai se reunir para decidir se mantém ou não a
determinação.
A decisão foi tomada a pedido do Conselho Nacional
de Justiça (CNJ). Segundo o órgão, com a pandemia
as perícias foram interrompidas, resultado na
paralisação de cerca de 200 mil ações judiciais relativas
a benefícios previdenciários paralisadas.
Diante desse contexto, o CNJ publicou norma em abril
autorizando a realização de perícia 'por meio eletrônico,
sem contato físico entre perito e periciando, enquanto
perdurarem os efeitos da crise ocasionada pela
pandemia do novo Coronavírus'.
1 de 1 - Foto: Agência Brasil
- Foto: Agência Brasil
No último dia 18, o governo determinou o retorno do
trabalho presencial dos peritos, mas a Associação
Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social
(ANMP) foi contra e entrou na Justiça. Segundo a
entidade, as agências do INSS ainda não cumprem as
especificações de segurança sanitária.
Dantas explicou na decisão que o ideal será que as
perícias fossem realizadas com a presença física do
assegurado, mas isso ainda não é possível.
'O ideal seria que os serviços periciais fossem
realizados com a presença física do beneficiário perante
o perito. No entanto, isso ainda não é totalmente
possível, não obstante os esforços do INSS em reabrir
parcialmente nesta semana as agências que foram
vistoriadas e tiveram as medidas de segurança
sanitárias implementadas e aprovadas. Como não é
possível o retorno de 100% das perícias presenciais, é
necessário que sejam verificadas, por ora, alternativas
para minimizar os transtornos dessa paralisação para a
população brasileira mais vulnerável', anotou o ministro.
'Tudo indica que o Governo Federal está se curvando
aos lobbies corporativos em prejuízo da população
brasileira. Seria desejável que o Governo Federal viesse
a ficar do lado dos que mais necessitam, ainda mais em
momento tão penoso para os mais vulneráveis', diz a
decisão de Bruno Dantas.
Na última quinta-feira, o Tribunal Regional Federal
(TRF) da 1ª Região derrubou decisão da Justiça Federal
do Distrito Federal que havia dispensado os peritos
médicos de retornarem ao trabalho presencial. E na
sexta-feira, a Associação Nacional dos Médicos Peritos
(ANMP) liberou mais 25 agências da Previdência Social
para o trabalho presencial da categoria, após vistoriar
30 unidades. Ao todo, 166 agências já foram
consideradas aptas e liberadas para atendimento em
todo o país, e 31 foram consideradas inaptas.
26/09/2020 15:16:30
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Profissionais podem se increver até 6 de outubro no CNJ Inova
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de Pernambuco/Pernambuco - Noticias
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Autor: Agência Brasil
Vão até o dia 6 de outubro as inscrições para o CNJ
Inova, desafio voltado a profissionais de áreas
multidisciplinares para o desenvolvimento de soluções
tecnológicas destinadas a aprimorar a tramitação de
processos judiciais no país. O desafio tecnológico,
promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e
a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), vai
distribuir prêmios de até R$ 40 mil para as melhores
soluções.
As inscrições são individuais e gratuitas. As equipes
serão formadas por meio de uma plataforma, a Discord.
O projeto incentiva a reunião de pessoas de áreas de
conhecimento diversas, como estatística, ciência de
dados, programação, desenvolvimento, direito,
negócios, economia, administração pública, marketing,
design e engenharia, por exemplo.
Os participantes terão que buscar soluções para dois
desafios na base de dados do Datajud. No primeiro, um
desafio de tempo e produtividade, os pesquisadores
terão que identificar padrões e comparar o andamento
de processos em cada unidade judiciária do Brasil. O
desenvolvimento deve levar em conta as peculiaridades
locais e o nível de complexidade que envolve o Direito.
O segundo é voltado para identificar e corrigir na base
do DataJud as inconsistências nos metadados dos
processos em tramitação nos sistemas dos tribunais. De
acordo com o CNJ, o desafio possibilita o
desenvolvimento de algoritmos capazes de serem
utilizados tanto como ferramentas de limpeza quanto
como recursos de gestão de qualidade da Base
Nacional.
As inscrições para a maratona começaram no dia 15 de
setembro. O Desafio CNJ conta com duas fases:
imersão com desenvolvimento e Demoday. Seis
equipes serão classificadas para o Demoday e ganham
o prêmio de R$ 20 mil.
'Nesse dia, haverá melhoria de design dos projetos e
preparação para fase de pitching, que é o momento de
apresentação e defesa das iniciativas. Duas equipes
serão escolhidas vencedoras e receberão novo prêmio
de R$ 40 mil cada'. informou o CNJ.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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CNJ Inova está com inscrições abertas para profissionais de áreas
multidisciplinares
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Sul/Rio Grande do Sul - Noticias
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Vão até o dia 6 de outubro as inscrições para o CNJ
Inova, desafio voltado a profissionais de áreas
multidisciplinares para o desenvolvimento de soluções
tecnológicas destinadas a aprimorar a tramitação de
processos judiciais no país. O desafio tecnológico,
promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e
a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), vai
distribuir prêmios de até R$ 40 mil para as melhores
soluções.
As inscrições são individuais e gratuitas. As equipes
serão formadas por meio de uma plataforma, a Discord.
O projeto incentiva a reunião de pessoas de áreas de
conhecimento diversas, como estatística, ciência de
dados, programação, desenvolvimento, direito,
negócios, economia, administração pública, marketing,
design e engenharia, por exemplo.
Os participantes terão que buscar soluções para dois
desafios na base de dados do Datajud. No primeiro, um
desafio de tempo e produtividade, os pesquisadores
terão que identificar padrões e comparar o andamento
de processos em cada unidade judiciária do Brasil. O
desenvolvimento deve levar em conta as peculiaridades
locais e o nível de complexidade que envolve o Direito.
O segundo é voltado para identificar e corrigir na base
do DataJud as inconsistências nos metadados dos
processos em tramitação nos sistemas dos tribunais. De
acordo com o CNJ, o desafio possibilita o
desenvolvimento de algoritmos capazes de serem
utilizados tanto como ferramentas de limpeza quanto
como recursos de gestão de qualidade da Base
Nacional.
As inscrições para a maratona começaram no dia 15 de
setembro. O Desafio CNJ conta com duas fases:
imersão com desenvolvimento e Demoday. Seis
equipes serão classificadas para o Demoday e ganham
o prêmio de R$ 20 mil.
'Nesse dia, haverá melhoria de design dos projetos e
preparação para fase de pitching, que é o momento de
apresentação e defesa das iniciativas. Duas equipes
serão escolhidas vencedoras e receberão novo prêmio
de R$ 40 mil cada'. informou o CNJ.
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de Justiça
30
A revisão da lei sobre lavagem de dinheiro não terá retrocessos, afirma
ministro do STJ
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Sul/Rio Grande do Sul - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
Reynaldo Soares da Fonseca participou da instalação,
pela Câmara dos Deputados, da comissão de juristas
que vai analisar a revisão da lei sobre lavagem de
dinheiro (Lei 9.613/1998). O evento aconteceu por
videoconferência.
Reynaldo presidirá o colegiado encarregado de propor a
adequação dos dispositivos da lei ao cenário atual.
Segundo o ministro, a lei em vigor - que tem 22 anos - é
motivo de orgulho para a sociedade brasileira.
'A importância dessa legislação é indiscutível, e não é
possível ter retrocesso no sentido efetivo da construção
de uma sociedade livre, justa e solidária, que se
preocupa com a integridade, com a solidariedade e com
a ética', afirmou.
A dimensão do assunto foi ressaltada durante a
instalação da comissão. 'Estamos tratando de um crime
que mexe por ano com R$ 6 bilhões no Brasil. Recursos
que impactam na otimização das políticas públicas do
Estado brasileiro, porque esse dinheiro é muitas vezes
desviado das políticas públicas, da educação, da saúde,
da previdência, da habitação. Estamos diante de uma
realidade social que exige nossa contribuição enquanto
juristas', ponderou.
O ministro destacou, entre os temas a serem estudados,
o papel da Unidade de Inteligência Financeira (UIF,
antigo Coaf) na investigação do crime de lavagem e o
crime de caixa dois eleitoral no contexto da lavagem de
dinheiro. 'É nessa perspectiva que teremos uma
legislação mais aperfeiçoada, que garanta os direitos
fundamentais do cidadão, da ampla defesa, mas não
retroceda, mantendo a integridade e a ética', declarou.
Os debates sobre a revisão da lei acontecerão
virtualmente. Os trabalhos serão divididos em sub-
relatorias, com datas preestabelecidas para a entrega
das propostas que serão usadas na construção do
anteprojeto de lei. A comissão terá prazo de 90 dias
para concluir a análise de 16 pontos da lei de combate à
lavagem de dinheiro.
A comissão ficará responsável pela realização de
audiências públicas e reuniões com o Conselho Federal
da Ordem dos Advogados do Brasil, o Conselho
Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério
Público, o Conselho da Justiça Federal, o Colégio de
Presidentes dos Tribunais de Justiça e entidades da
sociedade civil.
Além de Reynaldo Soares da Fonseca, integram a
comissão os ministros do STJ Antonio Saldanha
Palheiro e Joel Ilan Paciornick. Foi indicado relator dos
trabalhos o desembargador Ney Bello, do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região. Também fazem parte do
grupo de trabalho os juristas Ana Carolina Carlos de
Oliveira, Andre Dutra Dorea Avila da Silva, Andrey
Borges de Mendonça, Antônio Carlos Bigonha, Beatriz
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Conselho Nacional de Justiça - CNJO Sul/Rio Grande do Sul - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Rizzo, Flávia Guth, Helena Lobo, Heloísa Estellita,
Juliano Breda, Marcelo Turbay, Margarete Coelho,
Maria Claudia Bucchianeri, Paulo Wunder de Alencar,
Pedro Ivo Velloso e Rodrigo de Grandis.
Como consultores, foram indicados os advogados André
Callegari, Antônio Sérgio de Moraes Pitombo, Gustavo
Badaró e Pierpaolo Bottini, além de dois consultores
legislativos da Câmara dos Deputados.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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O Poder Judiciário terá reserva mínima de 30% nas vagas de estágio
para negros
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Sul/Rio Grande do Sul - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Os processos seletivos para estágio nos órgãos do
Poder Judiciário deverão reservar, no mínimo, 30% das
vagas para negros. É o que determina resolução
aprovada por unanimidade pelo Plenário do CNJ
(Conselho Nacional de Justiça) na 318ª Sessão
Ordinária, realizada na última terça-feira (22). Relatado
pelo presidente do CNJ e do STF (Supremo Tribunal
Federal), Luiz Fux, o Ato Normativo nº 0007552-
45.2020.2.00.0000 prevê que sempre que o número de
vagas oferecidas no processo seletivo for igual ou
superior a três e, caso haja vagas remanescentes após
a aplicação da regra, elas serão revertidas para o
sistema universal.
Vigência até 9 de junho de 2024
A regra terá vigência até 9 de junho de 2024, término do
prazo de vigência da Lei nº 12.990/2014, que trata da
reserva de vagas oferecidas para negros nos concursos
públicos para provimento de cargos efetivos e empregos
públicos no âmbito da administração pública federal,
autarquias, fundações públicas, empresas públicas e
sociedades de economia mista controladas pela União.
Isonomia e igualdade
Na apresentação da proposta, o ministro Luiz Fux
destacou que os princípios constitucionais da isonomia
e da igualdade, extraídos do artigo 5º, caput, da
Constituição Federal de 1988, constituem institutos
basilares do direito brasileiro. 'Devem ser entendidos
como ferramentas para materialização da justiça e,
assim, devem nortear os legisladores e os operadores
do direito para aplicação justa da norma, conforme a
ideia de justiça tida pela sociedade em cada momento
de seu trajeto histórico', declarou.
Distorções étnicas
O presidente do CNJ enfatizou a importância do papel
da Administração Pública na adoção de mecanismos
institucionais que viabilizem a minimização e/ou
eliminação das distorções étnicas da sociedade
brasileira mediante a efetiva aplicação material do
princípio da igualdade. 'A Constituição da República
adota como valores fundamentais a promoção de
igualdade entre os cidadãos, tais mecanismos
apresentam-se, pelo exposto, como maneiras eficientes
de se garantir a igualdade, substancialmente, entre os
brasileiros', afirmou. As informações são do CNJ.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça, CNJ - Presidente do CNJ
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O INSS tem até a próxima sexta-feira para definir as regras sobre a
perícia por telemedicina
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Sul/Rio Grande do Sul - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da
União (TCU), deu prazo de cinco dias para que o
Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) elabore um
protocolo a fim de realizar perícias médicas com o uso
de telemedicina.
No último dia 18, o governo determinou que os peritos
voltassem ao trabalho presencial. A Associação
Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social
(ANMP) se posicionou contra esse retorno e acionou a
Justiça. A associação argumentou que as agências do
INSS, reabertas depois do fechamento em razão da
pandemia do novo coronavírus, ainda não cumprem as
especificações de segurança sanitária.
A decisão do ministro foi emitida na sexta-feira (25) e
atende a um pedido do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ). Deve ser analisada pelos outros ministros do
tribunal na sessão marcada para quarta-feira (30). O
prazo do INSS para apresentar o protocolo começa
nesta segunda-feira (28) e vai até a próxima sexta-feira
(2).
Segundo o ministro, o ideal seria que os serviços
periciais fossem realizados com a presença física, mas
isso ainda não é totalmente possível, apesar das
tentativas do INSS de reabrir as agências.
'Como não é possível o retorno de 100% das perícias
presenciais, é necessário que sejam verificadas, por
ora, alternativas para minimizar os transtornos dessa
paralisação para a população brasileira mais vulnerável',
afirmou o ministro Bruno Dantas na decisão.
Na quinta-feira (24), o Tribunal Regional Federal da 1ª
Região (TRF-1) derrubou decisão da Justiça Federal do
Distrito Federal que havia dispensado os peritos
médicos de retornarem ao trabalho presencial.
Enquanto o governo e a categoria dos peritos travam
uma queda de braço, o país tem cerca de 1,5 milhão de
processos na fila do INSS, dos quais quase 800 mil
aguardam perícia médica. O INSS tem 3,5 mil peritos,
mas nem todas as agências estão liberadas para o
retorno desses profissionais - e parte deve seguir em
trabalho remoto.
A decisão do TCU
O ministro Bruno Dantas lembrou que o CNJ publicou
em abril uma resolução autorizando a perícia por meio
eletrônico, mas segundo o conselho, esse procedimento
não foi implementado, principalmente pela oposição do
Conselho Federal de Medicina (CFM) e da
Subsecretaria de Perícia Médica Federal da Secretaria
Especial de Trabalho e Previdência do Ministério da
Economia.
O uso da telemedicina também foi autorizado
emergencialmente por uma lei de abril deste ano.
Segundo o ministro, ao não aplicar a telemedicina para
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Conselho Nacional de Justiça - CNJO Sul/Rio Grande do Sul - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
perícias, o governo parece estar se dobrando a 'lobbies
corporativos' em vez de se preocupar com a população
mais vulnerável.
Segundo o conselheiro Henrique Avila, do CNJ, a
justificativa do INSS sempre foi a de que estava
providenciando o retorno e a volta do funcionamento
das agências. 'Com essa situação sendo dificultada, não
há mais qualquer justificativa para não se realizar a
teleperícia, que é cada vez mais necessária', afirmou.
'Tudo indica que o Governo Federal está se curvando
aos lobbies corporativos em prejuízo da população
brasileira. Seria desejável que o Governo Federal viesse
a ficar do lado dos que mais necessitam, ainda mais em
momento tão penoso para os mais vulneráveis',
escreveu Bruno Dantas na decisão.
O ministro cita o motivo de o TCU decidir sobre o
assunto. 'Inicialmente, a atuação do Tribunal neste caso
está autorizada em virtude de indícios da falta de
atuação proativa e tempestiva da Subsecretaria de
Perícia Médica Federal do Ministério da Economia e do
Instituto Nacional do Seguro Social em não adotar e
determinar as medidas necessárias para a promoção de
perícias médicas eletrônicas para os beneficiários de
tais direitos, o que vai contra o princípio da eficiência, da
legalidade e da moralidade administrativa', afirmou.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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CNJ Inova recebe inscrições até 6 de outubro para premiação de até R$
40 mil
Conselho Nacional de Justiça - CNJDiário do Poder/Nacional - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
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Autor: Redação
Vão até o dia 6 de outubro as inscrições para o CNJ
Inova, desafio voltado a profissionais de áreas
multidisciplinares para o desenvolvimento de soluções
tecnológicas destinadas a aprimorar a tramitação de
processos judiciais no país. O desafio tecnológico,
promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e
a Escola Nacional de Administração Pública (Enap), vai
distribuir prêmios de até R$ 40 mil para as melhores
soluções.
As inscrições são individuais e gratuitas. As equipes
serão formadas por meio de uma plataforma, a Discord.
O projeto incentiva a reunião de pessoas de áreas de
conhecimento diversas, como estatística, ciência de
dados, programação, desenvolvimento, direito,
negócios, economia, administração pública, marketing,
design e engenharia, por exemplo.
Os participantes terão que buscar soluções para dois
desafios na base de dados do Datajud. No primeiro, um
desafio de tempo e produtividade, os pesquisadores
terão que identificar padrões e comparar o andamento
de processos em cada unidade judiciária do Brasil. O
desenvolvimento deve levar em conta as peculiaridades
locais e o nível de complexidade que envolve o Direito.
O segundo é voltado para identificar e corrigir na base
do DataJud as inconsistências nos metadados dos
processos em tramitação nos sistemas dos tribunais. De
acordo com o CNJ, o desafio possibilita o
desenvolvimento de algoritmos capazes de serem
utilizados tanto como ferramentas de limpeza quanto
como recursos de gestão de qualidade da Base
Nacional.
As inscrições para a maratona começaram no dia 15 de
setembro. O Desafio CNJ conta com duas fases:
imersão com desenvolvimento e Demoday. Seis
equipes serão classificadas para o Demoday e ganham
o prêmio de R$ 20 mil.
'Nesse dia, haverá melhoria de design dos projetos e
preparação para fase de pitching, que é o momento de
apresentação e defesa das iniciativas. Duas equipes
serão escolhidas vencedoras e receberão novo prêmio
de R$ 40 mil cada'. informou o CNJ. (Com informações
da Agência Brasil)
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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Justiça aceita denúncia de 15 integrantes investigados pela Operação
Falso Negativo
Conselho Nacional de Justiça - CNJGlobo (DF)/Distrito Federal - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
Os quinze investigados da Operação Falso Negativo
agora são réus, a justiça aceitou ontem a denúncia de
desvios de recursos na compra de testes pra covide-19
feita pelo Ministério Público.
A denúncia do Ministério Público foi analisada pela juíza
Ana Cláudia de Oliveira Costa Barreto, da 5ªVara
Criminal de Brasília, que acolheu os argumentos dos
promotores do Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de
Combate ao Crime Organizado. Agora aos quinze
denunciados na Operação Falso Negativo viraram réus
evão ter que responder na justiça pelas supostas
práticas de fraude na compra de testes para covid-19,
todos pertenceram a cúpula da secretaria de saúde.
A antiga cúpula vai responder por alguns crimes: crime
de organização criminosa, fraude à licitação,
descumprimento de normas de dispensa de licitação e
peculato, que é crime cometido por funcionário público
contra a própria administração pública. Entre eles está
Ramon Santana Lopes de Azevedo, ex-assessor
especial da Secretaria de Saúde. A defesa de Ramon
Santana Lopes de Azevedo disse que ele está preso
ilegalmente e que vai protocolar uma representação no
Conselho Nacional de Justiça.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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INSS tem até segunda para lançar protocolo para telemedicina
Conselho Nacional de Justiça - CNJBand News (Rio de Janeiro)/Rio de Janeiro - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
O INSS tem até segunda-feira para elaborar um
protocolo a fim de realizar perícias médicas com o uso
da telemedicina. A decisão foi tomada peço ministro
Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, que
atendeu a um pedido feito pelo Conselho Nacional de
Justiça.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
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INSS terá que elaborar relatório para realização de perícias virtuais
Conselho Nacional de Justiça - CNJJovem Pan AM (São Paulo)/Nacional - Noticias
sábado, 26 de setembro de 2020CNJ - Conselho Nacional de Justiça
A pedido do Conselho Nacional de Justiça, o ministro
Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União
determinou que o INSS elabore um protocolo sobre as
perícias virtuais. A decisão deve ser analisada pelos
outros ministros do tribunal na sessão marcada para a
próxima quarta feira.O prazo para o INSS apresentar
um plano começa na segunda-feira e vai até sexta-feira.
Assuntos e Palavras-Chave: CNJ - Conselho Nacional
de Justiça
39
Inquérito no STF por homofobia
Conselho Nacional de Justiça - CNJCorreio Braziliense/Nacional - Política
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques
de Medeiros pediu ao Supremo Tribunal Federal,
ontem, que abra inquérito para apurar se o ministro da
Educação, Milton Ribeiro, cometeu crime de homofobia.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, na quinta-
feira, ele associou a homossexualidade a "famílias
desajustadas". O relator do caso será o ministro Dias
Toffoli. A Procuradoria-Geral da República (PGR)
considera que Ribeiro "fez afirmações ofensivas à
dignidade do apontado grupo social". A PGR entende
que as falas caracterizam infração penal, prevista desde
que o STF permitiu a criminalização da homofobia, em
2019.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
40
Negros tiveram menos de 30% das vagas e verbas na última disputa para
prefeito
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poderdomingo, 27 de setembro de 2020
Judiciário - STF
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Autor: Ranier Bragon e Guilherme Garcia
DELTAFOLHA
BRASÍLIA E SÃO PAULO - A Confirmação da
obrigatoriedade de distribuição equânime de verbas e
espaço de propaganda a candidatos negros e brancos
pode representar uma importante mudança na estrutura
das campanhas no Brasil.
Dados das ultimas eleições municipais compilados pelo
DeltaFolha mostram que, apesar de serem maioria na
população (56%), pretos e pardos foram relegados a
segundo plano da distribuição das vagas e das verbas
de campanha em 2016, salvo algumas exceções.
Isso se traduziu, abertas as urnas, em um desempenho
pior do que o de brancos, proporcionalmente.
Na principal disputa, a de prefeituras, pretos e pardos
tiveram apenas 29% das vagas e 24% do dinheiro
público distribuído pelos partidos aos candidatos - que
foi a verba do fundo partidário. O fundo eleitoral só foi
criado no ano seguinte, em 2017.
Em relação aos candidatos a vereador, as vagas foram
proporcionalmente mais b em divididas, mas o dinheiro
continuou, na maior parte, nas mãos dos brancos, que
tiveram, em média, 10% amais do que candidatos
pardos e 58% amais do que pretos.
Assim como no recenseamento da população feito pelo
IBGE, desde 2014 os candidatos devem declarar a cor
ou raça com base em cinco identificações: preta, parda,
branca, amarela ou indígena.
O Tribunal Superior Eleitoral havia decidido que a partir
das eleições de 2022 toda a verba pública das
campanhas e o espaço na propaganda eleitoral
deveriam ser distribuídos, pelos partidos,
proporcionalmente aos candidatos brancos e negros
que fossem lançar.
Em respo sta a uma ação do PSOL, porém, o ministro
do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo
Lewandowski concedeu liminar (decisão provisória)
antecipando a medida já para as eleições de prefeitos e
vereadores de novembro deste ano. O plenário do STF
deve decidir o tema de forma definitiva nos próximos
dias, com tendência de confirmação da liminar de
Lewandowski.
A medida abriu uma divergência dentro das próprias
siglas. Enquanto os núcleos afros a apoiam e pedem
regras até mais rígidas para evitar frades e burla, os
dirigentes partidários, majoritariamente brancos,
afirmam que a implantação da decisão em novembro é
inexequível.
Os dados das últimas eleições mostram que, mesmo
que a decisão seja confirmada, persiste o risco de boa
parte dos candidatos negros continuarem discriminados.
41
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poderdomingo, 27 de setembro de 2020
Judiciário - STF
Isso pode ocorrer caso os partidos repitam a tendência
de concentrar o dinheiro nas mãos de poucos
candidatos negros, j á que a cota definida é de volume
de recursos, não de número de candidatos, e não há,
por ora, regra que obrigue a uma distribuição equânime
da cota dos negros entre todos os candidatos dessa cor.
Há quatro anos, por exemplo, os dez candidatos a
prefeito autodeclarados pretos que mais recursos
públicos receberam dos seus partidos concentraram
74% de toda a verba destinada aos 120 candidatos a
prefeito autodeclarados pretos em todo o país.
O campeão foi João Paulo (PT), no Recife, com R$ 2
milhões. Ele não foi eleito.
Uma possível burla pode ocorrer devido à
autodeclaração. Conforme a Folha mostrou, ao menos
21 mil candidatos de todo o país que disputarão as
eleições deste ano mudaram a declaração de cor e raça
que deram em 2016, conforme registros disponibilizados
até a quinta-feira (24) pela Justiça Eleitoral.
A maior parte das mudanças - 36% do total - foi da cor
branca para parda. O movimento contrário vem na se
quência, com 30% das alterações de pardo para branco.
Apesar da possibilidade de fraude, especialistas falam
ainda no impacto do aumento de pessoas que se
reconhecem como pretas e pardas após ações de
combate ao racismo.
Até o fim da tarde de sexta, os pedidos de registro de
candidatura apresentados à Justiça Eleitoral (426 mil)
apontavam a possibilidade de pela primeira vez pretos e
pardos autodeclarados superarem os brancos como
candidatos. Havia 48,5% de brancos, 38,9% de pardos
e 10,2% de pretos (total de 49,1% de negros). Em 2016
os brancos foram 51,5% dos candidatos contra 47,8%
dos negros.
Também havia indicação de que o número de mulheres
teve uma leve alta e pode ser proporcionalmente
recorde, pelo menos em relação às três últimas
eleições. Havia 33,1%. Em 2014, 2016 e 2018 esse
percentual não passou de 31,9%.
Há uma cota de pelo menos 30% para candidaturas de
mulheres desde os anos 1990. Em 2018, os tribunais
superiores decidiram que o dinheiro público das
campanhas para as mulheres também devia seguir essa
proporcionalidade.
Como revelaram reportagens da Folha, partidos
lançaram candidaturas de laranjas com o intuito de
simular o cumprimento da norma, desviando o dinheiro
que deveria ser destinado a elas para outros candidatos
- o que ocorreu, em especial, no PSL, partido pelo qual
foi eleito o presidente Jair Bolsonaro.
Estudos e análises apontam a relação entre o dinheiro
investido na campanha e o sucesso eleitoral do
candidato.
Alguns se debruçaram especificamente sobre as
candidaturas negras e a tentativa de explicação da
baixa presença em postos de comando.
Diante da melhor performance de candidatos brancos
em relação a candidatos negros, eles apontam que,
embora não seja a causa única, o menor acesso aos
recursos é um fator de desequilíbrio.
Em estudo que analisou as eleições legislativas de
2014, os professores Luiz Augusto Campos e Carlos
Machado citam a tendência de partidos maiores e mais
competitivos recrutarem menos negros.
Em outro estudo focado no financiamento empresarial
de 2014, Wagner Pralon Mancuso, Rodrigo Rossi
Horochovski e Neilor Fermino Camargo afirmam que as
doações empresariais diretas naquele ano (e proibidas
a partir de 2015) para candidatos a uma vaga na
Câmara dos Deputados privilegiaram homens, brancos,
"já integrados à elite política nacional, com elevado grau
de instrução e pertencentes a organizações partidárias
mais estruturadas".
"O racismo acaba sendo institucionalizado pelo sistema
político brasileiro, o qual não garante uma disputa42
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poderdomingo, 27 de setembro de 2020
Judiciário - STF
igualitária entre candidatos Anne Alencar Monteiro
pesquisadora, no artigo "Os grupos raciais nas eleições
de 2014: desafio à representação na democracia"
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
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Flavia Lima - Bolsonaro mentiu e a Folha amarelou
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poderdomingo, 27 de setembro de 2020
Judiciário - STF
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Autor: Flavia Lima
Jornal não pode se dispensar da tarefa de dar o peso e
o nome devido aos fatos
Quem decidiu checar a capa da Folha impressa de
quarta (23) para ter uma noção de como foi o discurso
de Jair Bolsonaro na Assembléia Geral das Nações
Unidas ficou sem entender 0 que aconteceu.
Em uma fala na qual o presidente disse que não
faltaram, nos hospitais, os meios para atender aos
pacientes de Covid, que houve uma alta do investimento
estrangeiro no Brasil no primeiro semestre e que
mantém uma política de tolerância zero com o crime
ambiental, entre outros dados falsos, a Folha estampou
em manchete o título "Bolsonaro se defende na ONU
sobre pandemia e queimadas".
Segundo o dicionário Aurélio, um dos significados do
verbo defender é 'repelir ataque ou agressão a si
próprio', o que se encaixa na retórica bolsonarista de
que o governo sofre investida de inimigos a serem
combatidos. Sendo assim, o verbo usado pelo jornal
presta um enorme serviço à estratégia diversionista e
negacionista do presidente, mas pouco contribui para o
entendimento do que se passou.
É preciso dizer que o conteúdo noticioso estava bem
contextualizado, com a íntegra do discurso
acompanhada das inconsistências ditas pelo presidente
esmiuçadas ponto aponto.
Mas como disse um leitor, "todos sabemos que, na
maioria das vezes, o que as pessoas leem é só a
manchete e, segundo ela, a impressão que ficou é que
Bolsonaro falou de política num nível aceitável. Tem
quedar nome aos bois da boiada. Mentira é o nome".
A palavra mentira aparece pouco em títulos do jornal e,
quando isso acontece, está sempre na boca de alguém,
como em "Maia rebate Guedes sobre auxílio de R$ 600
e acusa governo de mentir em ação ao STF".
Nos últimos 12 meses, encontrei o uso direto do verbo
pelo jornal apenas em alguns títulos atribuídos ao
depoimento de um ex-funcionário de uma agência de
disparos em massa, Hans Ri ver do Nascimento ("Ex-
funcionário de empresa de disparo em massa mente a
CPI e insulta repórter da Folha").
Jornais têm certa dificuldade de chamar algumas coisas
pelo nome -mentira é um deles. E, de fato, há
explicações bastante razoáveis para justificar o uso de
"errar" no lugar de "mentir". Segundo as agências de
checagens, empresas cujo trabalho é justamente
rastrear as falácias encontradas no noticiário, a mentira
pressupõe intencionalidade, algo difícil de ser avaliado.
Portanto, in dubio pro reo.
No entanto, se os jornais não têm condições objetivas
de tachar alguém de mentiroso, que deem um jeito de
expor as contradições da fala no título, evitando a
naturalização do discurso. Nunca é demais lembrar que
Bolsonaro usa a mentira como estratégia, e a imprensa
brasileira ainda não sabe bem o que fazer com isso.
44
Conselho Nacional de Justiça - CNJFolha de S. Paulo/Nacional - Poderdomingo, 27 de setembro de 2020
Judiciário - STF
Para ficar apenas no exemplo da ONU, algumas das
afirmações feitas na assembléia deste ano são muito
parecidas com declarações dadas em 2019, quando ele
afirmou, por exemplo, que seu governo tinha
compromisso com a preservação ambiental.
O curioso é que, também no ano passado, a manchete
escolhida pela Folha seguiu pelo mesmo caminho, ao
apresentar aposição do presidente sem contraponto
("Bolsonaro ataca críticos na ONU e vê falácias
ambientais").
No ano passado, ele atacou. Neste se defendeu.
Quando se trata da cobertura do discurso nas
Assembleias da ONU, Bolsonaro ganha manchetes que
nem sua Secretaria de Comunicação faria melhor.
Lá fora, entre os esforços mais emblemáticos de
apontar inconsistências na fala de uma autoridade está
o do jornal The Washington Post, que sustenta uma
espécie de 'mentirômetro', segundo o qual o presidente
Donald Trump já fez mais de 20 mil afirmações falsas
ou enganosas.
Ainda assim, não se sabe se iniciativas como essa
ajudam a estabelecer um consenso sobre o que é
verdade e o que é mentira, a partir do qual o diálogo se
torna possível. O certo é que falar em "polêmicas de
Bolsonaro" ou dizer de modo até criativo que o
presidente "recortou a realidade" não contribuem em
nada.
Sempre foi importante pensar na escolha e no
significado das palavras usadas nos primeiros contatos
do leitor com a notícia (títulos, subtítulos e legendas de
foto), mas a relevância cresce em momentos nos quais
a desinformação é moeda corrente nas redes sociais ou
tem origem exatamente no lugar de onde se esperavam
palavras e atos responsáveis.
Entre ironias feitas à chamada da Folha nas redes
sociais, um internauta disse que tem medo de um dia
abrir os jornais e encontrar manchetes como
"Presidente se defende do STF cassando três
ministros". O leitor fez uma provocação, obviamente,
mas a preocupação de fundo faz sentido: em nome de
um pretenso equilíbrio da cobertura, o jornal não pode
se dispensar da tarefa de dar o peso -e o nome- devido
aos fatos.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
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As caretas da censura judicial
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Espaço Aberto
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
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Autor: Roberto Romano
O Estado moderno firma-se desde os séculos 15 e 16.
Contra o feudalismo o rei instaura novos modos de
administração, das fronteiras aos impostos, da justiça à
polícia, dos campi aos arquivos, das coleções
incoerentes de livros às bibliotecas. A racionalidade, no
entanto, é paga com preço alto. Nobres e clero devem
ser comprados com favores, isenção de taxas,
privilégios. Até a cor das roupas exibe a "superioridade"
dos barões e cardeais. A "gente ordinária de veste"
(expressão ainda usada na Corte carioca de João VI)
usa o negro com colarinho branco. Quem não pertence
à burguesia rica ostenta andrajos.
Analista do poder, o matemático e filósofo Blaise Pascal
comenta as roupas e os acessórios para intimidar os
"homens comuns". Existe o costume de ver os reis
seguidos de guardas, tambores, serviçais e tudo o que
inclina a espinha humana pelo medo e terror. Daí a
bajulação: "O caráter da divindade está impresso na
face real".
Os juízes, continua Pascal, "conhecem tal mistério.
Suas vestes vermelhas, seus enfeites e arminhos, os
palácios onde julgam, as flores-de-lis (nada que ver com
o Brasil de hoje), todo um aparato augusto é para eles
necessário. Se os médicos não tivessem sotainas e
mulas e os doutores não tivessem bonés quadrados e
vestes amplas ( ... ) eles jamais teriam engambelado
quem não pode resistir. Se tivessem a justiça verdadeira
e os médicos a arte verdadeira de curar seriam inúteis
os bonés quadrados. A majestade das ciências seria
venerável o bastante. Mas eles só têm ciências
imaginárias, sendo preciso que as usem tais
instrumentos inúteis que ferem a imaginação, com a
qual lidam e conseguem respeito". Termina o pensador:
"Os soldados não se fantasiam porque sua parte é mais
essencial. Eles se impõem pela força, os demais pelas
caretas".
Juízes, a exemplo do presidente Schreber - delirante
interlocutor de Deus -, desprezam o cidadão comum. O
termo usado para designar quem não é juiz é claro:
"leigo", a pessoa "ordinária de vestes" que não pode
intimidar com caretas e palácios. Mas as togas se
curvam - como nas ditaduras que atormentaram o Brasil
- diante das fardas.
O vezo de insultar os não iniciados nos mistérios "da
justiça" tem origem teológico-política. Na Igreja primitiva
a hierarquia era tênue. Eram valorizados, conforme
indica Max Weber, os que se moviam para recordar a
iminente volta do Senhor, praticando pobreza,
obediência, castidade. Quem não praticava tais virtudes
à espera do Juízo Final e não imitava monges e
ermitãos integrava a vida cristã conforme seu estado no
mundo. Os cidadãos, na Igreja, recebem o título de
Christifideles laici: povo fiel a Cristo. Com a burocracia
eclesiástica, simultânea à centralização do Estado, o
poder hierárquico ficou mais rígido e exclusivo. Se no
Estado apenas os dirigentes têm voz, na Igreja só os
sacerdotes, bispos e papa merecem acatamento.
O tratado atribuído a Dionísio, o suposto Areopagita - A
Hierarquia Eclesiástica -, desenha o cosmos no qual os
anjos, arcanjos, padres, nobres e reis estão próximos da46
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Espaço Aberto
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
Luz Divina. Os leigos, imersos na escuridão, devem
calar e obedecer. Daí o costume, hoje abusado por
médicos e juristas (bom Pascal!), de aplicar o nome de
"leigo" a quem não é iluminado pelo saber sagrado das
respectivas corporações.
Quando o Terceiro Estado (os leigos) exigiu de um
monarca francês a prestação de contas sobre as
finanças públicas, o clero deu o seguinte parecer: "As
finanças reais são como o Santíssimo Sacramento no
altar. Só podem conhecê-las os que para tal fim são
ordenados". Com a Reforma luterana a hierarquia
eclesiástica desabou, restaurando-se o sacerdócio
comum dos fiéis. E como fruto vem a Revolução
Puritana inglesa, que institui a accountability, obrigação
de governantes, parlamentares, funcionários e ... juízes
prestarem contas de seus atos ao povo soberano.
Tal princípio, criado pelos gregos antigos, medra nas
Revoluções Americana e Francesa. Aqui, no entanto,
dom João VI instaura um poder contra a accountability.
Não por acaso, o imperador é dito irresponsável.
A responsabilidade nos cargos públicos é ignorada no
Brasil. A quem respondem os juízes do STF, do STJ e
outras Cortes "excelsas"? O costume de violar a
Constituição perpassa o Judiciário. O trejeito atual de
nossos magistrados é censurar a imprensa, mesmo
contra decisões tomadas pelo Supremo Tribunal. O
caso Boi Barrica amordaçou o jornal O Estado de S.
Paulo. O jornalista Luis Nassif e a Rede Globo são
calados por juízes. Ganha quem deveria prestar contas
ao contribuinte. Mas os contribuintes são "leigos",
"gente ordinária de vestes".
Há um livro de jovem, mas erudito, magistrado eleitoral,
Marcelo Ramos Peregrino Ferreira, com título exato: Da
Democracia de Partidos à Autocracia Judicial (Habitus
Ed. 2020). Ele denuncia a vontade de poder dos juízes
brasileiros que mudam o sentido da Constituição,
legislam usurpando prerrogativas do Congresso e,
gradativamente, se imiscuem no Executivo. Haja boné
quadrado e caretas! Juiz despreza o cidadão comum. O
costume de violar a Constituição perpassa o Judiciário
PROFESSOR DA UNICAMP, É AUTOR DE 'RAZÕES
DE ESTADO E OUTROS ESTADOS DA RAZÃO'
(PERSPECTIVA)
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário
47
Damares emperra orçamento de pasta
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Autor: Felipe Frazão / Brasília
A morte da juíza americana Ruth Bader Ginsburg, aos
87 anos, comoveu o mundo. Precursora e ícone da luta
pelos direitos iguais de homens e mulheres, ela foi
citada por líderes políticos e sociais e teve silhuetas e
acessórios, como colares e golas adornando a toga
preta, reproduzidos nas redes sociais. Sem sintonia com
a agenda ideológica do governo brasileiro, a magistrada
não mereceu nem citação nas mídias digitais da
ministra Damares Alves, titular da pasta da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos.
É no Twitter, onde tem 1,1 milhão de seguidores, e no
Instagram, com 1,6 milhão, que a pastora Damares, de
56 anos, mostra força. Com o silêncio estratégico do
chamado "gabinete do ódio", grupo liderado pelo
vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), ela viu
aumentar seu espaço no governo, aglutinando o núcleo
ideológico e a pauta conservadora. Ganhou mais
projeção nessa área em junho, quando Abraham
Weintraub, dono de um discurso radical, foi demitido da
Educação.
Meses antes, em abril, a saída do ministro da Justiça,
Sérgio Moro, abriu caminho para Damares se tornar o
nome mais popular do primeiro escalão nas redes.
Paulo Guedes, da Economia, não tem conta nos blogs
pessoais. O pico de crescimento no Twitter ocorreu no
mês da queda de Moro, quando ela ganhou quase 129
mil seguidores. A ascensão coincide com as mudanças
de rumo do presidente Jair Bolsonaro, que, entre os
recuos, deixou de atacar o Supremo Tribunal Federal
(STF) - a Corte havia mandado a Polícia Federal
investigar integrantes do "gabinete do ódio", cuja
existência foi revelada pelo Estadão.
De olho na governabilidade e na reeleição, em 2022,
Bolsonaro adotou um discurso moderado, em sintonia
com o eleitorado de menor poder aquisitivo, e se
aproximou do Centrão, grupo de partidos que antes ele
chamava de "velha política".
Damares lidera uma pasta que, na Esplanada, foi
apelidada como "Ministério do Verbo". Em outras
palavras, sem verba, comparada a outras de
orçamentos bilionários.
Gestão. A popularidade e os convites frequentes para
participar das lives semanais com Bolsonaro, porém,
contrastam com números de sua administração. Em
2019 e neste ano, a ministra enfrentou problemas para
entregar resultados. Os recursos da Casa da Mulher
Brasileira, de atendimento a vítimas de violência
doméstica, não foram desembolsados. São R$ 19
milhões, referentes a 2019.
O orçamento extraordinário aberto por causa da
pandemia do coronavírus rendeu mais R$ 211 milhões a
Damares. Mas ela só gastou R$ 44 milhões (21%).
Aproximadamente R$ 160 milhões estão parados há
quase três meses, embora a ministra alardeie nas redes
que o dinheiro vem sendo investido. A cifra foi destinada
como ajuda emergencial a asilos, em junho, mas
nenhum centavo foi repassado.
A previsão de orçamento em 2021 tem redução de R$48
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Política
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - STF
43 milhões. Atualmente, dos R$ 853 milhões
disponíveis, Damares só começou a executar 37%. Não
houve movimentação no dinheiro reservado para
comunidades remanescentes de quilombolas e
indenização a parentes de mortos e desaparecidos
políticos.
Nos últimos dois anos, o ministério comandado por
Damares recebeu projetos de R$ 204 milhões em
emendas parlamentares individuais, de deputados e
senadores, com pagamento obrigatório. Até agora, só
desembolsou R$ 8,7 milhões, o equivalente a 4%. O
partido que mais indicou emendas foi o PT. Os mais
atendidos, porém, foram políticos do PSL (R$ 2
milhões), PL (R$ 1,26 milhão) e Republicanos (R$ 1,25
milhão).
Importante ativo político, a doação de equipamentos a
conselhos tutelares e a instituições de idosos, por
exemplo, entrou na mira do Tribunal de Contas da
União. A Corte encontrou falhas na distribuição dos kits
e interferências de congressistas para favorecer
redutos. Técnicos do TCU viram brechas para que a
doação dos kits fosse desvirtuada para "fins
eleitoreiros".
Damares tinha como meta equipar mais de 300
conselhos tutelares neste ano. O dinheiro público
destinado por deputados e senadores banca a compra e
a distribuição de kits, ao custo de R$ 120 mil cada.
Incluiu carro ou barco, computador, impressora,
refrigerador, bebedouro, cadeirinha automotiva, smart
TV, ar-condicionado portátil e celulares.
Holofotes. A ministra também mostrou tino para os
holofotes e a polêmica. De início, lançou a frase
"menino veste azul e menina veste rosa", ao associar
cores aos gêneros masculino e feminino. Ao assumir
temporariamente a Fundação Nacional do índio (Funai),
foi ao Aeroporto de Goiânia denunciar má gestão de
uma combalida frota aérea do órgão. Ela e Bolsonaro
gravaram vídeos. "Isso é um retrato da vergonha que
era a Funai no passado. Vou ter que pagar de aluguel
milhões, e a aeronave está avaliada em R$ 1 mil no
leilão. Absurdo", disse Damares, gesticulando para a
câmera. Uma inspeção do TCU concluiu, no mês
passado, que o descalabro se arrastava por quase três
décadas e não era cabível punir ninguém. Restou uma
dívida de R$ 1,1 milhão com hangares.
No comando de cerca de mil pessoas, Damares tem
procurado se desvencilhar de nomes de radicais. A PF
apura se nomeações na pasta eram uma forma de
financiar a atividade criminosa de militantes. A ministra
demitiu a então secretária nacional de Políticas de
Promoção da Igualdade Racial, Sandra Terena, mulher
do ativista conservador Oswaldo Eustáquio, um dos
alvos da investigação por atos antidemocráticos.
Sandra Terena disse que Damares alegou necessidade
de se afastar da imagem de Eustáquio. Antes de deixar
o cargo, a então assessora apresentou denúncia de
malversação de recursos em repasses a uma ONG.
Damares já havia exonerado a extremista Sara
Giromini, que chegou a ser presa.
Além dos militantes, a ministra montou uma equipe de
confiança com nomes do conservadorismo cristão,
como a advogada católica Angela Gandra, filha do
jurista Ives Gandra Martins, e Ellen Schelb, mulher do
procurador Guilherme Schelb, da Comunidade das
Nações. Pastor da Igreja Batista Cristã de Brasília e ex-
dirigente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin),
Sergio Luiz Cury Carazza também passou por cargos
na cúpula do ministério.
Nos bastidores do Planalto, um nome evangélico é visto
como possibilidade para compor a chapa de Bolsonaro
na disputa pela reeleição, em 2022. O vice Hamilton
Mourão não tem presença garantida ao lado do
presidente. Hoje, porém, Damares não está no páreo e
seu desempenho na pasta é considerado um obstáculo
a voos mais altos. Incentivadora do engajamento
político de mulheres, a ministra sempre negou ter
planos eleitorais. Procurada, ela não quis se manifestar.
Verba
R$ 853 mi é o total disponível atualmente no ministério
de Damares.49
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domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - STF
37% é o porcentual de fato executado.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
50
PGR pede abertura de inquérito contra ministro
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Estado de S. Paulo/Nacional - Metrópole
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Autor: Camila Turtelli / Brasília
O vice-procurador-geral da República, Humberto
Jacques de Medeiros, pediu ao Supremo Tribunal
Federal (STF) abertura de um inquérito contra o
ministro da Educação, Milton Ribeiro, por homofobia,
após declarações dadas em entrevista ao Estadão em
que ele atribui a homossexualidade de jovens a
"famílias desajustadas".
"Acho que o adolescente que muitas vezes opta por
andar no caminho do homossexualismo (sic) tem um
contexto familiar muito próximo, basta fazer uma
pesquisa. São famílias desajustadas, algumas. Falta
atenção do pai, falta atenção da mãe", afirmou o
ministro.
Na entrevista, Ribeiro também eximiu a pasta de
responsabilidades sobre a volta às aulas no País e
afirmou que deve revisitar o currículo do ensino básico e
promover mudanças em relação à educação sexual.
Segundo ele, a disciplina é usada muitas vezes para
incentivar discussões de gênero. "E não é normal. A
opção que você tem como adulto de ser um
homossexual, eu respeito, mas não concordo", afirmou
ele, que também disse ter "certas reservas" a
professores transgêneros.
Em nota à imprensa divulgada ontem, Ribeiro disse que
sua fala foi "interpretada de modo descontextualizado".
"Jamais pretendi discriminar ou incentivar qualquer
forma de discriminação em razão de orientação sexual",
escreveu o ministro, que pediu desculpas.
"Nesta oportunidade, diante de meus valores cristãos,
registro minhas sinceras desculpas àqueles que se
sentiram ofendidos e afirmo meu respeito a todo
cidadão brasileiro, qual seja sua orientação sexual,
posição política ou religiosa."
Reação. Durante a semana, parlamentares reagiram à
entrevista de Ribeiro. O senador Fabiano Contarato
(Rede-ES) disse que iria ao STF para que o ministro
fosse investigado por homofobia. O deputado David
Miranda (PSOL-RJ) também pretendia acionar o MPF.
Presidente da Comissão de Educação da Câmara em
2019, o deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB)
considerou que as declarações mostram "preconceito
inconcebível". E a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP)
declarou que o chefe do MEC carece de "gana" para
lutar pelo orçamento da pasta e "empatia" ao "propagar
preconceito à comunidade LGBTQIA+".
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
51
VAMOS COMBATER 'MILÍCIAS DO ÓDIO E DAS FAKE NEWS
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - STF
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Autor: CAROLINA BRÍGIDO E FRANCISCO LEALI
ENTREVISTA
Luís Roberto Barroso / presidente do TSE
O debate sobre fake news nas campanhas é um tema
da eleição. Para o senhor, as plataformas devem
controlar o conteúdo das postagens?
Como linha de princípio, não deve haver controle de
conteúdo, mas deve haver o cuidadoso controle do que
se tem chamado de comportamentos coordenados
inautênticos. O TSE já formalizou parceria com todas as
principais mídias sociais: WhatsApp, Facebook,
Instagram, Google para a utilização de ferramentas,
algumas especialmente desenvolvidas para detectar
esses comportamentos, que incluem uso de robôs, o
uso de perfis falsos e impulsionamentos ilegais. Há um
compromisso das plataformas de, por meios
tecnológicos, enfrentarem. É impossível eliminar o risco
de fake news, mas estamos tratando essa questão com
grande empenho e profissionalismo. Por parceria com
as empresas de telefonia, todos os eleitores por dois
meses terão acesso gratuito via internet à página do
TSE para obter informações confiáveis.
Uma vez que a plataforma detectar o comportamento
atípico, o que pode ser feito?
Uma vez detectados esses comportamentos
inautênticos, você remove a conta.
Será necessária determinação judicial?
Não. Você pode até ter re- moção de conteúdos por
determinação judicial. Mas a parceria que nós fizemos é
para a remoção pelas próprias plataformas assim que
detectado o problema. Inclusive, vamos ter um canal
direto com o TSE. Qualquer pessoa que esteja
recebendo impulsionamento que considere inautêntico
(poderá denunciar), e nós, automaticamente,
comunicamos à mídia social; ela retira, se achar que é o
caso.
Os conteúdos mentirosos devem ser removidos?
A caracterização das fake news pode ser simples em
alguns casos e, em outros, pode ser complexa. Por
exemplo: se um candidato acusar o outro de ter sido
condenado por pedofilia, esse é um feito objetivo. Em
outra situação, se um candidato disser que o outro tem
o apoio da milícia, e o outro responder que o outro
candidato tem o apoio de gente ligada à corrupção,
esse vai ser um debate público e provavelmente ajustiça
não vai querer interferir. O nosso enfoque é o controle
de comportamentos, e não a investigação de conteúdos.
O controle de comportamentos envolve muitas vezes
enfrentar milícias organizadas de forma hierarquizada,
concertada e financiada, que replicam comportamentos
de ódio, de disseminação de mentiras. É isso que nós
pretendemos combater.
A abstenção já vinha crescendo e estima-se aumento,
pela pandemia. Isso o preocupa?
Existe uma média histórica de abstenção de 20%.52
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - STF
Tenho a expectativa de que essa abstenção diminua,
por paradoxal que possa parecer, porque as pessoas
andam com grande motivação de participar do processo
político. Nós fizemos uma campanha para atrair
mesários voluntários e tivemos mais de 700 mil
inscrições. E um indício de que, apesar da pandemia, as
pessoas estão com ânsia de participar.
Existe preocupação das campanhas serem novo foco
de contaminação da Covid?
Há um protocolo específico para as campanhas
eleitorais, que inclui evitar aglomerações, manter o
distanciamento físico de pelo menos um metro, usar
máscaras. No caso da necessidade de se realizar
reuniões, que seja em ambiente aberto e que use álcool
em gel sempre que houver contato com alguma pessoa
ou com algum objeto.
Haverá punição para candidato que não respeitar as
orientações?
O TSE fez um plano de segurança sanitária. As regras
obrigatórias são definidas pelos municípios. Os
candidatos deverão observar as regras relativas à
circulação e ao eventual distanciamento social
estabelecidas em cada município ou no âmbito
estadual.
E quais serão os cuidados com o eleitor para não ter
risco de contágio no dia da votação?
Para as pessoas que são grupo de risco, sobretudo os
que têm mais de 60 anos, fizemos duas coisas:
aumentamos o horário da eleição em uma hora. Em vez
de ser das 8h às 17h, será das 7h às 17h; e reservamos
as três primeiras horas de votação para os maiores de
60 anos. É uma reserva preferencial, mas não será
proibido outro eleitor votar. O que pediremos à
população é que só compareça nesse primeiro horário
quem tem necessidade de acompanhar algum idoso.
Vai haver fila específica para os idosos e os não idosos
terão que esperar numa fila paralela. Nós suprimimos a
biometria porque poderia ser uma fonte de contágio, e
ela aumentava em 70%o tempo da votação. O eleitor
vai entrar na seção, se dirigir ao mesário, mostrar
documento de identidade a um metro de distância. Em
seguida, o eleitor vai higienizar as mãos com álcool em
gel e assinar o caderno de votação. Recomendamos
que levem a própria caneta. Só vai ter uma passagem
pelo mesário. Na saída da seção, higieniza as mãos
novamente.
A urna eletrônica pode ser foco de contágio?
Não há essa possibilidade, risco zero. O eleitor vai
chegar à urna higienizado e depois que usá-la vai
higienizar as mãos de novo. A mão já chega limpa. E a
recomendação é, evidentemente, não levar a mão aos
olhos ou à boca durante esse processo, e tem que estar
de máscara.
Como natural do Rio, como o senhor avalia a situação
política do estado, com o prefeito Crivella inelegível e o
governador Witzel afastado e enfrentando
impeachment?
Eu sou juiz, portanto não me cabe fazer análises
políticas circunstanciais do momento. Evidentemente,
como alguém que cresceu e ama o Rio, eu lamento o
quadro geral. E inegável que há um problema
institucional estrutural que tem levado muitos dos seus
governantes a responderem a processos criminais. O
Brasil viveu infelizmente um processo ao longo de
muitos anos de naturalização das coisas erradas. E
parece que esse processo se manifestou de forma mais
exacerbada no Rio de Janeiro. Sem fazer juízo sobre os
fatos do momento, tenho uma certa sensação de que o
Rio, cuja capital é uma das cidades mais lindas do
mundo, pela qual sou apaixonado, está precisando se
reinventar. Eu espero que essa reinvenção esteja
próxima.
"O nosso enfoque é o controle de comportamentos, e
não a investigação de conteúdos"
"O eleitor vai se dirigirão mesário, mostrar documento a
um metro de distância. Vai higienizaras mãos e assinar
o caderno. Recomendamos que levem a própria caneta.
Na saída, higieniza as mãos de novo"53
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - País
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - STF
AS NOVIDADES NAS ELEIÇÕES DESTE ANO
Calendário eleitoral
O Congresso promulgou emenda constitucional adiando
o pleito para 15 e 29 de novembro, reduzindo o intervalo
entre os dois turnos. Em relação à Lei da Ficha Limpa.,
o TSE decidiu que não é possível estender o prazo de
inelegibilidade de fichas sujas com base no adiamento.
Restrição nas ruas
Os Tribunais Regionais Eleitorais terão de definir
protocolos para agendas nas ruas. Mas no Rio, por
exemplo, ainda não há definição sobre quais serão as
regras. Analistas apontam que um dos efeitos da
restrição de locomoção será a aposta em campanhas
digitais.
Lei de Proteção de Dados
Outra mudança que deve ter impacto nas campanhas
digitais é a Lei Geral de Proteção de Dados, que
determina que o cidadão pode exigir dos setores público
e privado informações sobre como seus dados pessoais
são usados. Isso também valerá para candidatos.
Fim das coligações
Pela primeira vez, não será mais permitida a formação
de coligações para o cargo de vereador. Antes, os votos
de todos candidatos e legendas que formavam a aliança
eram somados e considerados. Com a mudança, cada
partido apresentará uma lista fechada da própria sigla.
Candidatos negros
As candidaturas negras terão acesso proporcional aos
recursos do fundo eleitoral e ao tempo de rádio e TV. A
maioria dos ministros do TSE votou para que a
mudança só entrasse em vigor em 2022, mas uma
liminar do STF garantiu que a regra já valesse para a
disputa deste ano.
Partidos pequenos fora da TV
Alguns partidos deverão, pela primeira vez desde a
redemocratização, ficar de fora do horário eleitoral
gratuito no rádio e na TV. Em razão da cláusula de
barreira, aprovada na reforma política de 2017, partidos
como a Rede e o PRTB serão excluídos da propaganda.
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - STF
54
Marcus Abraham - O juiz do século XXI
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Opinião
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
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Autor: Marcus Abraham
Inequivocamente, a pandemia da Covid-19 impôs uma
nova dinâmica para juízes, advogados e seus
processos. As circunstâncias, apesar de difíceis,
permitem ampliar o acesso à Justiça e ao direito de
defesa e contraditório.
Em tempos em que os processos judiciais em papel
foram substituídos por autos eletrônicos, e as
audiências e sessões de julgamento presenciais dentro
dos fóruns e tribunais passaram a ser realizadas por
videoconferência, os advogados devem lidar com um
novo instrumento para exercer o seu múnus e defender
os seus clientes.
Hoje, em vez de ir aos gabinetes dos juízes,
desembargadores e ministros para despachar
pessoalmente seus processos, os advogados agendam
por e-mail data e hora para o encontro por
videoconferência, a fim de expor as razões do seu
pleito. Por sua vez, as sessões de julgamento por
videoconferência vêm permitindo que advogados do
Brasil inteiro, que antes não dispunham de recursos
para o deslocamento, possam se fazer presentes
numas daquelas "janelinhas" da tela do computador e
realizar sua tão importante sustentação oral. Percebo,
aliás, que o número de defesas orais duplicou nas
sessões de julgamento de que participo, sendo mais da
metade originárias de causídicos de outras regiões.
Vejo o princípio da ampla defesa e contraditório
ganhando hoje maior efetividade, dentro do due process
of law (o direito ao adequado julgamento), que tem sua
matriz histórica na Magna Carta Libertatum de 1215.
Mas, apesar dos avanços que a tecnologia impõe à
dinâmica processual moderna, a essência e o
comportamento do juiz não devem mudar. Deve
continuar a julgar com imparcialidade e de acordo com
as provas dos autos, na busca da justiça e da
legalidade, sem sucumbir aos apelos das manifestações
populares ou dos holofotes da imprensa e das mídias
sociais.
O comportamento de um único magistrado personifica a
imagem de todo o Poder Judiciário e pode atingir a
reputação de toda a instituição.
Por isso, o juiz, assim como um ministro religioso, ao
ingressar na magistratura, abre mão de certa liberdade
da sua vida privada em prol de seu ofício, adotando
uma postura mais cautelosa do que a comumente
exigida.
Não à toa, além das vedações constitucionais, o Código
de Ética da Magistratura determina ao juiz uma conduta
pautada por prudência, dignidade, honra e decoro.
Lembro as lições do jurista italiano Piero Calamandrei,
ressaltando que a missão do juiz é tão elevada, e a
confiança nele é tão necessária, que as fraquezas
humanas, que não se notam ou se perdoam em
qualquer outra ordem de funcionários públicos, parecem
inconcebíveis num magistrado, sendo preciso que cada
um deles seja um exemplo de virtude.
55
Conselho Nacional de Justiça - CNJO Globo/Nacional - Opinião
domingo, 27 de setembro de 2020Judiciário - Judiciário
Envergar a negra toga não é apenas sinônimo de status
ou de preeminente condição. O magistrado, ao cingir-se
com a veste talar, deve sempre recordar a ingente
responsabilidade de que está imbuído ao julgar os
demais membros da sociedade.
O juiz do século XXI, ao mesmo tempo que se adapta
aos novos meios tecnológicos para dar efetividade ao
processo, não pode se esquecer dos deveres no
cumprimento de sua eminente função. O peso da toga
nos ombros da pessoa chamada a ser juiz da conduta
de seus semelhantes deve ser igual ao peso da sua
consciência.
Marcus Abraham é desembargador federal no TRF-2
N. da R.: Dorrit Harazim volta a escrever domingo que
vem
Assuntos e Palavras-Chave: Judiciário - Judiciário
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