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Opinião Política Mundo Economia Cotidiano Esporte Cultura F5 Classificados Últimas notícias Em Paris, Serra busca novos acordos comerciais e critica subsídios agrícolas Buscar... colunistas conv cláudia collucci É repórter especial da Folha, especializada em saúde. Autora de "Quero ser mãe" e "Por que a gravidez não vem?" e coautora de 'Experimentos e Experimentações'. Escreve às terças. Até quando julgaremos as vítimas de estupro? 31/05/2016 01h41 "Abuso sem agressão física é história mal contada; se fosse estuprada, estaria toda machucada, arranhada e debilitada; deve estar pensando em indenização do Estado; estranho que uma jovem de 16 anos, estuprada por horas, por mais de 30 homens, não apresente nenhum sinal de violência; mulher tem que se dar o respeito, as atitudes e formas de se vestir muitas vezes contribuem para alguns desfechos desagradáveis; essa história está muito mal contada pela mocinha, o histórico dela não é nada favorável; quem ficou com dó dela que a leve para casa, quem sabe ela não faz uma orgia com o marido, namorado ou até mesmo com o pai de vocês; ela nem estaria viva se fosse estupro, historinha pra boi dorme isso sim; me espanta um estupro coletivo com 30 homens e a menina andando normalmente, é evidente que a criatura já está habituada com essas festinhas." Se você ainda tem estômago para seguir na leitura, vamos lá. Esses foram alguns dos comentários na internet sobre o caso do estupro coletivo no Rio em reportagens publicadas em três jornais de circulação nacional (Folha,O Globo e o Estado de S.Paulo). O teor revela o que alguns estudos já concluíram: a vida pregressa da vítima continua sendo a peça fundamental na constituição de sua inocência ou não no estupro. Pelo menos aos olhos da sociedade. Em artigo intitulado "Crime de estupro: até quando julgaremos as vítimas", publicado no portal "Observatório do Governo Eletrônico", da Universidade Federal de Santa Catarina, os autores Eduardo Cabette e Verônica de Paula analisam dois casos de estupros coletivos ocorridos em 2012, que, a exemplo do caso no Rio, tiveram grande repercussão. O primeiro foi o caso da universitária indiana de 23 anos violentada, + LIDAS + COMENTADAS + ENVIADAS ÚLTIMAS 1 Mônica Bergamo: Odebrecht oficializa negociação de delação premiada e vai detalhar doações 2 Mônica Bergamo: Cardozo denuncia sucessor na Comissão de Ética da Presidência e se diz 'estupefato' 3 Bernardo Mello Franco: Presidente a reboque 4 Hélio Schwartsman: A esquerda e a universidade 5 Marcelo Freixo: Cultura do estupro Assassinato de Reputações II ‐ Muito EM COLUNISTAS PUBLICIDADE PUBLICIDADE A Lei: Por Que A Esquerda Não Funciona Uma reflexão prática sobre ideias de filósofos acerca do pensamento liberal. De R$ 29,90 Por R$ 25,90 Comprar TERÇAFEIRA, 31 DE MAIO DE 2016 16:55 Logout Assine a Folha Atendimento Versão Impressa colunistas PUBLICIDADE Compartilhar 697 Mais opções Araguari Bauru Belém Belo Horizonte Brasília Campinas Cotia Curitiba Florianópolis Fortaleza Goiânia Guarulhos Londrina Natal O P R R R S S S S S S S Ta U U Escolha sua cidade

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cláudia collucciÉ repórter especial da Folha,especializada em saúde.Autora de "Quero ser mãe" e"Por que a gravidez não vem?"e coautora de 'Experimentos eExperimentações'. Escreve às terças.

Até quando julgaremos as vítimas deestupro?31/05/2016 01h41

"Abuso sem agressão física é história mal contada; se fosse estuprada, estariatoda machucada, arranhada e debilitada; deve estar pensando em indenizaçãodo Estado; estranho que uma jovem de 16 anos, estuprada por horas, por maisde 30 homens, não apresente nenhum sinal de violência; mulher tem que sedar o respeito, as atitudes e formas de se vestir muitas vezes contribuem paraalguns desfechos desagradáveis; essa história está muito mal contada pelamocinha, o histórico dela não é nada favorável; quem ficou com dó dela que aleve para casa, quem sabe ela não faz uma orgia com o marido, namorado ouaté mesmo com o pai de vocês; ela nem estaria viva se fosse estupro,historinha pra boi dorme isso sim; me espanta um estupro coletivo com 30homens e a menina andando normalmente, é evidente que a criatura já estáhabituada com essas festinhas."

Se você ainda tem estômago para seguir na leitura, vamos lá. Esses foramalguns dos comentários na internet sobre o caso do estupro coletivo no Rioem reportagens publicadas em três jornais de circulação nacional (Folha, OGlobo e o Estado de S.Paulo).

O teor revela o que alguns estudos já concluíram: a vida pregressa da vítimacontinua sendo a peça fundamental na constituição de sua inocência ou nãono estupro. Pelo menos aos olhos da sociedade.

Em artigo intitulado "Crime de estupro: até quando julgaremos as vítimas",publicado no portal "Observatório do Governo Eletrônico", da UniversidadeFederal de Santa Catarina, os autores Eduardo Cabette e Verônica de Paulaanalisam dois casos de estupros coletivos ocorridos em 2012, que, a exemplodo caso no Rio, tiveram grande repercussão.

O primeiro foi o caso da universitária indiana de 23 anos violentada,

+ LIDAS + COMENTADAS + ENVIADAS ÚLTIMAS

1Mônica Bergamo: Odebrecht oficializanegociação de delação premiada e vaidetalhar doações

2Mônica Bergamo: Cardozo denunciasucessor na Comissão de Ética daPresidência e se diz 'estupefato'

3Bernardo Mello Franco: Presidente areboque

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5Marcelo Freixo: Cultura do estupro

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Mas essa é a realidade do Brasil,somos uma sociedade atrasada e ignorante. Uma sociedadeque elege corruptos, os programas de televisão são de pior qualidade, tipo BBB, Faustão, Gugu

espancada e morta por seis homens (um deles menor de idade), dentro de umônibus, em Nova Deli, quando voltava da universidade.

No outro caso, duas garotas brasileiras de 16 anos foram até o ônibus dabanda baiana New Hit para pegar autógrafos e foram estupradas pelos seisintegrantes. Além do relato das vítimas, o crime foi comprovado por examefeito nas roupas íntimas das meninas onde foram achados vestígios de sêmende vários homens.

São dois casos que guardam muitas semelhanças entre si e que despertamsentimentos de indignação. Mas não aos olhos da sociedade. Pelo menos dasociedade que posta comentários na internet.

Em relação ao caso na Índia, os comentários expressam um profundosentimento de empatia com a vítima. A jovem estava voltando dauniversidade, estava coberta, então, ela é "mulher honesta". Os agressores são"monstros", "que Deus ajude a família da jovem", são alguns dos comentários.

O oposto acontece com as garotas brasileiras. Para os leitores, elas nãotinham que estar num show onde as letras são repletas de duplo sentido e acoreografia da banda é explicitamente sexual. "O que elas foram fazer dentrode um ônibus cheio de homens?" "Elas estavam querendo!". Também culpamos pais das meninas por terem permitido a ida ao show.

Na Índia, os estupradores quase foram linchados pela população e houvedezenas de manifestações internacionais, pedindo leis mais rígidas e maiorsegurança para as mulheres. No Brasil, o cenário foi completamentediferente: as duas jovens é que foram ameaçadas de morte, tendo até mesmoque entrar para o Programa de Proteção a Crianças e AdolescentesAmeaçados de Morte (PPCAAM).

Quando os integrantes da banda New Hit foram presos, uma multidão seformou em frente à delegacia pedindo para que os homens fossem libertados.Eles tiveram a prisão preventiva decretada e foram transferidos para opresídio de Feira de Santana. Após 38 dias presos, conseguiram habeascorpus aceito pelo Tribunal de Justiça da Bahia. Ao saírem da prisão, foramrecepcionados por várias pessoas, entre elas mulheres, comemorando aliberdade.

Como veem, só mudam os atores e os cenários. A impiedosa e moralistaplateia permanece a mesma, sempre desmerecendo, julgando e condenandoas vítimas de estupro que não se enquadram no padrão "bela, recatada e dolar".

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e por ai vai. Um governo que não investe em Educação e pesquisa e com leis que não temforça nenhuma de amedrontar o infrator.... esses estupros são quase nada infelizmente. Se apunição para estupros fosse castração, pode acreditar essas farras não aconteceriam

Na capital paulista há um convenio entre a Secretaria de Segurança Publica e a Secretaria daSaúde que mantêm um IML no Hospital para Mulheres, Hospital Pérola Byington com plantão 24horas diariamente. As situações de violência sexual que necessitam de atendimento deemergência recebem atenção no Serviço de Pronto Atendimento da instituição, disponível 24horas, todos os dias da semana, incluindose feriados. Os laudos periciais são encaminhadosàs investigações.

No rio e Salvador são comuns este crimes bem como no Nordeste é comum meninas a partirdos 10 anos ter relação querendo ou não nossa justiça faliu nossa polícia faliu nossasinvestigações são pura enganação no Brasil e terra sem lei

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global (1572) (10h08) há 6 horas 1 0 Denunciar

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O PATRIOTA (1018) (09h26) há 7 horas 1 0 Denunciar

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