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P E R F I SI N D U S T R I A I S

CERÂMICA VERMELHA: TELHAS FRANCESAS E TIJOLOS

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PERFIS INDUSTRIAISEste perfil industrial faz parte do Programa “Ação Integrada de De-

senvolvimento em Municípios Mineiros” implementado pela Compa-

nhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em parceria com o Institu-

to d e D e s env o lv i me nt o Integrado d e Mi na s G er a is ( I N D I) , v is a n d o d es -

p e rtar empresários em potencial, interessados em iniciar um empre-

endimento de pequeno port e .

O I ND I , emp r es a v i n cu l a d a à S e cr et ar i a d e E s t a do de Desenvolvimento

Econômico ( SEDE) e ma nt i d a pe la C e m ig e pe lo Ba n c o d e D e s en v o l vi me n-

to d e M i n as Ge r ai s (B D M G) , te m p o r o b je t i vo a co ns o li da çã o do p ar -

que industrial mineiro .

A série “Perfis Industriais” apresenta sugestões para a implantação

de empreendimentos produtivos e de serviços, que podem ser exe-

cutados a partir da aplicação de capitais relativamente pequenos.

Cada estudo constitui um passo inicial, podendo os interessados na

implantação de determinado empreendimento procurar o INDI e os

escritórios regionais da Cemig, para que sejam analisados mais deta-

lhadamente os aspectos que exigirem maior apro f u n d a m e n t o .

O INDI está sempre à disposição do empresário para fornecer infor-

mações complementares, realizar pesquisas adicionais ou prestar as-

sistência, tanto na fase de elaboração do projeto quanto em seu

acompanhamento junto aos órgãos do Govern o .

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Este perfil apresenta instruções gerais para implantação de uma peque-

na fábrica de telhas francesas e tijolos cerâmicos. Descreve o proces-

so de produção, apresenta um fluxograma de produção e uma suges-

tão de 'layout' para a indústria.

Os dados apresentados são indicativos e servem de base para o empre-

sário decidir se vale ou não a pena aprofundar a análise de investimento.

Serão produzidos tijolos cerâmicos e telhas nas seguintes dimensões:

tijolos de 8 furos - 250 x 200 x 100 mm

tijolos de 10 furos - 250 x 200 x 100 mm

telhas francesas - 440 x 265 mm

DESCRIÇÃO DO PRODUTO

FÁBRICA DE CERÂMICA VERMELHA: TELHAS FRANCESAS E TIJOLOS

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REQUISITOS PARA PRODUÇÃO

• P rodução anual: 2.160.000 peças/ano (1.872.000 tijolos, 288.000 telhas).

• Escala de funcionamento: 240 dias/ano em turno de 8 horas/dia.

• Capacidade de secagem: 17.000 peças em 24/30 horas.

• Capacidade de queima: 36.000 peças em 30 horas.

• Mão-de-obra:• qualificada - 2 empregados• não-qualificada - 15 empregados

• Matéria-prima e insumosa) argila: 6.048 t.

b) insumos: energia elétrica: 91.200 kWh; lenha: 2.808 m3.

• Máquinas e equipamentos principais:• misturador horizontal, bomba de vácuo, laminador, maromba a vácuo, prensa para

telhas, boquilha para telhas, cortador manual, correia transportadora, exaustores,motores elétricos, carrinhos de transporte interno, grades para secagem de telhas,instalações auxiliares.

A seleção das argilas é fator primordial para a fabricação de tijolos e es-pecialmente de telhas de boa qualidade. Existem instituições especiali-zadas que realizam testes da matéria-prima e dos produtos acabados.Recomenda-se localizar a fábrica o mais próximo possível da jazida deargila, para se evitar maior custo de transporte de matéria-prima.É imprescindível a disponibilidade de energia elétrica para suprir combastante regularidade a indústria. No que se refere à água industrial,além da necessidade de certa abundância, deve-se levar em considera-ção suas características. Águas salitrosas ou salgadas são prejudiciais econtra-indicadas à mistura para fabricação de produtos cerâmicos. Osfornos para queima podem ser aquecidos a lenha e devem ser providosde exaustor para favorecer a distribuição de calor nos mesmos.O projeto deverá ser dimensionado em função do mercado local e/ou re-gional, porque, os produtos fabricados são de baixo valor unitário, rela-tivamente pesados e o transporte onera substancialmente o custo doproduto entregue ao consumidor.Recomenda-se a produção de tijolos e telhas no mesmo local, uma vezque os investimentos adicionais são mínimos. No entanto, a produçãode telhas apresenta maiores exigências técnicas, necessidade de expe-riência e qualificação da mão-de-obra.

ASPECTOS GERAIS

As construções civis previstas são os fornos e os galpões, com as res-pectivas infra-estruturas de canalização do ar quente dos fornos para asáreas de secagem.Sugere-se a construção de dois galpões paralelos de 450 m2 cada, comum pé direito de 3,5 m.O galpão nº 1 englobará as seguintes seções:• depósito de argila (40 m2);• conjunto de equipamento (140 m2);• seção 1 de secagem (170 m2);• seção de queima (100 m2) - forno nº 1

OBRAS CIVIS

No galpão nº 2 ficará o forno nº 2 (área destinada: 100 m2) e a seção nº2 de secagem (350 m2).Os galpões deverão ser totalmente abertos nas laterais e com piso decimento áspero. Pela simplicidade e menor custo, serão edificados emeucalipto redondo bruto e cobertos de telhas de amianto.Os fornos redondos serão construídos em tijolos comuns (serão gastos80.000 tijolos na construção de cada forno) e terão um diâmetro de 8 metro s .

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PROCESSO PRODUTIVO

O processo mecanizado de fabricação dos produtos de cerâmica verm e l h a- tijolos, telhas, etc. - compreende as seguintes operações fundamentais:• p reparação de "massa cerâmica" ou mistura dosada das argilas e água;• moldagem dos tijolos e/ou prensagem, produzindo os tijolos ou placas

de telha, que, obtidas por extrusão, são prensadas na forma definitivadas telhas;

• secagem das peças moldadas na forma final;• queima ou cozimento das peças moldadas e secas que, por este pro-

cesso, adquirem sua forma, dimensões e cor definitivas.

Preparação da Massa Cerâmica

• MisturadorO misturador tem por finalidade realizar a mistura das argilas, dosan-do ou ajustando a percentagem de água necessária à plastificação. Apercentagem total final de água de plastificação gira em torno de 16%a 25%, em relação ao peso do material úmido que irá alimentar a ma-romba. Varia de acordo com as características físicas da matéria-pri-ma e da maromba a ser utilizada (a vácuo ou sem vácuo). Do mistu-rador a argila é transportada por uma esteira para o laminador.• Laminador Tem por objetivo reduzir a argila pastosa a lâminas finas, fazendo-apassar entre dois cilindros de ferro fundido. Os cilindros giram em ve-locidades diversas, de modo que, além de triturar por esmagamentotodas as pedrinhas ou torrões que ainda não se tiverem desfeito, pro-duz mais uma mistura.

dores-alimentadores forçam-na a passar através das grelhas. Nessapassagem a argila é fragmentada em pequenas porções, nas quais seprocessa a desaeração, finalidade secundária da maromba a vácuo.Caindo no parafuso sem-fim, a argila é impelida para a frente, atravésde câmara de vácuo e, depois, dos orifícios da boquilha, que são omolde dos tijolos. O bloco de argila extrusada, após sair da boquilha,corre sobre os rolos da máquina cortadora e é afatiado em tamanhosprefixados, que correspondem ao comprimento dos tijolos furados.A função secundária da maromba a vácuo é reduzir ao mínimo o arcontido ou incluído na massa cerâmica pela ação das misturas e águaagregada. Por isso a qualidade do tijolo a vácuo é sempre superior aosprodutos fabricados em marombas comuns. Os tijolos cortados sãotransportados em carrinhos de mão para as áreas de secagem.O vácuo na maromba é provido por uma bomba com motor de 15 h.p.• Transporte para secagemO transporte das peças para secagem ser feito por 7 (sete) carrinhosmanuais de 2 (duas) rodas.

Moldagem

• Maromba A moldagem dos tijolos é feita por extrusão na maromba, que se cons-titui de uma forte carcaça em forma de tubo, dentro da qual um para-fuso sem-fim ou conjunto de hélices é acionado por um conjunto mo-tor-caixa redutora. Por cima desse parafuso sem-fim há uma caixa dealimentação, cujo fundo é constituído por duas grelhas inclinadas.A argila vinda dos laminadores é introduzida nessa caixa, onde calca-

Secagem

A secagem das peças na cerâmica é uma das operações mais impor-tantes. Deve ser lenta e uniforme, a fim de que a água seja eliminadaigual e gradativamente de toda a massa, até que uma pequena per-centagem permaneça para manter a coesão da argila e para que apeça não se desagregue antes da queima.O sistema de secagem previsto neste projeto é bastante simples econsiste basicamente da utilização do ar quente dos fornos. Este éaspirado por um exaustor-ventilador e expelido para os galpões de se-cagem, através de canal apropriado. É também prevista a utilização deventiladores de teto para agitação do ar, 1 (um) para cada 15 m2.

Queima ou Cozimento

Após a secagem, há a queima ou cozimento dos tijolos em fornos. Omodelo adotado neste projeto é um dos mais comuns e recomendá-vel para as cerâmicas de médio e pequeno porte. Trata-se do forno cir-cular ou de chamas reversíveis, aquecido a lenha e provido de exaus-tor para favorecer o percurso daquelas. Esse forno é de queima inter-mitente, ou seja, é internamente carregado e aquecido. A carga quei-mada e resfriada é retirada, sendo substituída por outra nova.

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5. Custos variávies anuais (variam proporcionalmente ao volume deprodução e vendas):• matérias-primas• mão-de-obra direta e encargos• materiais secundários• embalagens• insumos• impostos• fretes• comissões sobre vendas

6. Custos anuais totais:• custos fixos + custos variáveis.

7. Custo unitário do produto (rateio dos custos fixos e custosvariáveis diretos):• compreende a soma entre: custo fixo unitário (custo fixo ÷

unidades produzidas) + custo variável direto unitário (matérias-primas, embalagens, mão-de-obra direta, insumos ÷ unidadesproduzidas).

8. Custo de comercialização (custos percentuais que incidem sobre o preço de venda):• (%) impostos;• (%) comissões;• (%) expedição.

9. Margem de lucro (lucro desejado)• percentual definido de acordo com a política de vendas da

empresa;• deve levar em conta aspectos de mercado e concorrência.

10. Preço de venda (PV):PV = custo unitário do produto

1 - (custo de comercializaçãoem % + margem de lucro em %)

11. Receitas operacionais (resultam da projeção das vendasdurante o ano):• quantidade de produtos destinados à venda x preço de venda

estimado.

12. Lucro operacional:• receitas operacionais - custos anuais totais.

PLANO DE INVESTIMENTO

Estão relacionados a seguir os itens a serem considerados no levanta-mento de recursos necessários para investimento e projeção anual dereceitas, custos e lucros.

1. Investimento fixo (necessário para a operação da empre s a ) :• terreno;• galpão;• máquinas e equipamentos;• móveis e utensílios;• veículos;• eventuais (10% do valor do investimento fixo).

2. Capital de giro (recursos necessários para a empresa iniciare manter sua atividade operacional):• caixa mínimo (recursos para despesas rotineiras);• matérias-primas, embalagens e materiais secundários;• financiamento das vendas;• insumos e serviços básicos;• mão-de-obra.

3. Investimento total: • investimento fixo + capital de giro

4. Custos fixos anuais (ocorrem independentemente da produção e vendas):• salários + encargos sociais (mão-de-obra indireta)• “pró-labore”;• contabilidade;• depreciação;• aluguéis• manutenção• material de expediente• outros (3% sobre a soma).

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