Cartilha JPT Eleições 2012

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Nós, jovens, sempre fomos protagonistas na história do Brasil, na militância do PT e na construção de uma sociedade justa e igualitária. No período eleitoral não poderia ser diferente. Temos grande capacidade de mobilização, característica desse segmento, mas precisamos intensificar nossa organização. Cabe a cada jovem petista e a JPT debater o plano de governo nas questões que tangem a juventude e elaborar uma estratégia de campanha para nosso segmento em cada município. Precisamos mesmo é ocupar funções destacadas de secretarias, prefeituras, ministérios, mandatos parlamentares, quadro de assessoramento superior ou de carreira, porque o grande desafio estratégico é dar continuidade às transformações iniciadas no Brasil, o que exige formar uma nova geração de líderes em todos os níveis, que só se materializará com a participação dos jovens nos espaços de poder político. Não queremos só uma escola de jovens líderes, queremos um celeiro de quadros da esquerda para a República. Não queremos só um dirigente juvenil, mas um jovem dirigente. Sendo assim, no período eleitoral devemos ter jovens compondo a equipe de coordenação das campanhas majoritárias.

O período eleitoral é muito mais que uma disputa entre os candidatos do nosso campo e a oposição. É uma oportunidade de debatermos com a sociedade, apresentarmos o modo petista de governar e os avanços que nossos governos tem feito pelo Brasil. Para isso precisamos estar com o discurso afinado. É necessário fazer uma plataforma com a qual todos os jovens se identifiquem e com forte conteúdo político em relação ao futuro. Mas, para isso, é fundamental que as discussões sejam pautadas por temas de abrangência nacional, com conteúdo político e programático. A partir daí, é hora de irmos para as ruas, com garra e determinação do jovem contribuindo para construção da hegemonia do pensamento da esquerda.

Enganam-se aqueles que pensam que tudo sabem sobre a realidade da juventude em seus municípios. Precisamos abranger os jovens das mais diversas tribos: movimento hip-hop, skatistas, jovens da periferia, universitários, estudantes secundaristas, movimento negro, movimentos culturais, esportivos, religiosos, dentre outros. Este é o momento da JPT

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mobilizar a juventude e, a partir daí, ampliar o nosso grupo, filiar a galera. É hora de os jovens do PT começarem a alargar seus horizontes – para conduzir o partido de fato e também para ampliar o diálogo com parcelas importantes da juventude brasileira que se identificam com nosso projeto geral, mas não se reconhecem no dia-a-dia da militância partidária ou da intervenção política organizada.

No 4º Congresso do Partido dos Trabalhadores, foi deliberado que todas as instâncias do partido, sejam no âmbito municipal, estadual ou nacional, obrigatoriamente terão de ter 20% de jovens em suas direções. O que isso significa? Renovação! Nosso partido está envelhecendo e é hora de fazer uma transição geracional. Nas eleições de 2012, o PT reconhece a importância dos jovens, como o ex-presidente Lula já havia pedido em 2010. É preciso institucionalizar o papel da juventude e, ao mesmo tempo, não permitir que isso se transforme num gueto.

Um espaço onde os jovens irão definir e criar estratégias de como fazer uma campanha jovem. Lá serão elaboras materiais de campanha, o direcionamento do perfil do/da candidato/da para uma campanha jovem, planejamento da campanha em nosso segmento e os locais onde devemos fazer campanha visando atingir a juventude.

Simples, são os jovens que sabem sobre os jovens. Conhecemos nossa forma de comunicar, de se relacionar com a

juventude, além de saber onde eles se encontram. Não adianta forçar um discurso da década de 80 ou 90 e tentar fazer com que ele “pegue” no nosso segmento, a juventude merece uma campanha específica, que dialogue com a nova linguagem e com um modo especí f ico de comportamento.

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Precisamos estar nas ruas, não dentro de um Comitê. O ideal seria um espaço dentro do Comitê Geral, onde possamos realizar encontros com jovens, tendo autonomia nas nossas tomadas de decisões, não ficando excluídos das decisões políticas. Experiências nos mostram que um Comitê de Juventude separado, nos isola das maiores partes de decisões dos rumos das campanhas. Nós temos capacidade de ajudar a definir e orientar uma campanha na nossa perspectiva jovem, que significa cerca de ¼ da população brasileira. Para muito além disso, não discutindo apenas a juventude, mas todos os eixos que perpassam pelo pleito eleitoral, garantir nosso espaço na equipe de coordenação geral da campanha é fundamental.

Empolgação não nos falta, irreverência muito menos, criatividade temos de sobra. Esses elementos que fazem parte da essência jovem devem ser potencializadas. Chega do mesmo, precisamos criar e inovar. Temos a capacidade de nos reinventar durante o processo. A nossa campanha deve ser assim, de massas, criando uma onda jovem. Uma onda que arraste a juventude por onde a gente passa. Organizar atividades específicas em cada segmento, panfletagem com materiais e uma linguagem diferente, dialogar com a juventude no simbólico e no concreto. O imaginário jovem é repleto de um misto do presente com o futuro. Essa deve ser nossa ideia: “construir o futuro, fazendo o presente”.

Somos a geração da Internet, conhecemos a maior parte das ferramentas e militamos cotidianamente nas redes sociais. Então precisamos qualificar a campanha de nossos candidatos nesses espaços. Devemos fazer tuitaços, reproduções massivas no facebook e Orkut. Além de produzirmos vídeos que serão bombardeardos no youtube, com os rostos,

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slogan e propostas dos nossos/as candidatos/as. Podemos filmar atividades de campanha, entrevistar jovens sobre o que eles querem para seu município, mostrar que a nossa galera

dialoga com a população. Aproveitar as redes sociais significa dominar um dos mais importantes mecanismos de comunicações da atualidade, uma tarefa difícil, mas que está longe de ser impossível.

Características:

Proibição de campanha aberta;

Definição da coordenação da campanha;

Amarração dos multiplicadores de voto;

Ampliação da visibilidade do/da candidato/da;

Organização e consolidação da rede de apoio;

Organização da documentação;

Preparação do escritório político.

Campanha: Período liberado pela justiça eleitoral para que os/as candidatos/as realizem sua campanha (Julho a Outubro)

Busca do voto difuso;

Prestação de contas mensal dos recursos;

Organização da semana e do dia da eleição;

Amarração do voto em sua base;

Período autorizado pela justiça eleitoral;

Visibilidade da candidatura;

Ampliação dos multiplicadores.

Pré-campanha: período que antecede a campanha eleitoral, pode começar a partir do último trimestre do ano anterior até a data de convenção (Outubro a Junho)

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• Comícios eleitorais e carreatas são permitidos e não precisam de licença prévia. O que precisa ser feito é um comunicado à policia, para reservar o local, garantindo o seu funcionamento, como ter um controle de tráfego, no caso de uma carreata, para que o evento não atrapalhe a população. Em alguns municípios existe uma lista de locais permitidos para a realização de eventos públicos, o indicado é que se pergunte na delegacia sobre a existência desta lista.• Criar vídeos e divulgar na web. Mostrando a cara das pessoas que apoiam o candidato e falando sobre as suas propostas. Isso, após o dia 6 de julho.• Ter um blog da juventude do PT , publicando as agendas e atividades da campanha, além de divulgar a plataforma política e notícias relacionadas ao/a candidato/a.• Frequentar aulas e espaços públicos com propaganda eleitoral individual, adesivo de peito ou camisetas do partido.

• Logo após a escolha em convenção oficial, o/a candidato/a é obrigado a abrir uma conta bancária específica para registrar todo o movimento financeiro da respectiva campanha. Só estão dispensados os candidatos a vereadores onde os municípios tenham menos de 20 mil eleitores.• Os/as candidatos/as devem dar importância máxima à prestação de contas da campanha a ser apresentada ao Juiz Eleitoral, já que as exigências legais são bastante rigorosas.

• Organizar atividades culturais ou esportivas que caracterize campanha. Ou seja, o/a candidato/a fazer discurso nesse local ou distribuir materiais de campanha. A visita e a conversa (campanha boca a boca) com as pessoas é permitida. • Distribuir materiais de campanha dentro de espaços públicos, como colégios, universidades e dentro de terminais. Em contra partida, realizar uma panfletagem do lado de fora desses espaços é permitido. Então “bora” pro portão dos espaços estudantis entregar materiais de nossos candidatos, o ideal é que isso seja feito na entrada da aula, pois assim os alunos levam o material para dentro do estabelecimento criando um visual. •Antes de 6 de julho é proibida qualquer propaganda eleitoral na Internet. Blogs e sites de pessoas físicas são permitidos desde que não divulguem propaganda eleitoral, nem associem a imagem do pré-candidato/a ao ano de 2012 ou ao cargo a ser disputado.

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É importante que o partido tenha claro que a entrada de jovens nos espaços políticos representa a oxigenação do PT. Isso significa a esperança de uma política renovada, sem corrupção ou abuso de poder.

•As plataformas dos/das candidatos/as jovens não devem ser segmentadas demais, devemos construir propostas para toda a sociedade. Elaborar uma campanha em torno da militância do movimento estudantil, defendendo apenas a educação não resolve. Precisamos pautar as principais necessidades do município que não se resumem apenas a um eixo.

•A juventude significa renovação, o período eleitoral é propício para explorar isso. Reinvente, fuja da forma convencional de pedir voto, uma campanha jovem significa inovação.

• A Juventude do PT não é apenas “campanheira”, tem formulação para contribuir, e muito, com todas as candidaturas.• No geral, os jovens não tem a experiência nos processos burocráti-cos do período eleitoral, por isso necessitam do apoio da direção do partido. Erros são naturais e acontecem com todos, então não seja rígido demais com eles, atitudes como estas podem afastar em vez de aproximar os jovens. Em contrapartida tem muito mais disposição, inclusive de estudar e se formar no processo eleitoral. Dar autonomia para as questões que lhes tangem é fundametal para a formação e a capacitação política da juventude.• Os/as candidatos/as jovens são uma boa novidade, na maioria das vezes são o diferencial. Mesmo que sua trajetória não seja longa é, preciso respeito. O discurso que “fundamos esse partido e sabemos muito mais que vocês” não passa de demagogia, pois no período em que vivemos, da tecnologia e da diversificação, os jovens conhecem muito mais a realidade do que a maior parte das pessoas. Se você acha que sabe tudo sobre a juventude você está enganado, pois ela se reinventa a cada minuto.

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A primeira coisa a se fazer é definir qual o objetivo da sua candidatura. Isso não significa necessariamente se eleger, pode ser a busca por uma representatividade de um grupo as margens da política local, formar um grupo consistente com espaço político, afirmar um nome na política municipal ou representar um determinado movimento. Nesse momento é importante ter os pés no chão em busca de um bom desempenho eleitoral, não se deve cair no imaginário do “achismo”, vislumbrando um número de votos que você ainda não tem. Uma análise realista desempenha uma melhor possibilidade de exploração de crescimento eleitoral. Nem todas as campanhas podem ser vitoriosas no primeiro momento, mas podem construir uma vitória futura. Como disse Che Guevara: “derrota após derrota, até a vitória final”. Isso não significa que já saímos derrotados deste período eleitoral, significa que nosso fim não deve ser apenas a eleição. Mas é lógico que um bom trabalho acompanhado de uma estrutura mínima pode significar uma vitória, mas o caminho é mais árduo do que se pensa.

Agora é hora de definirmos quantos votos precisamos, para isso temos de analisar nossa coligação, a média de corte para a eleição de um vereador e a

potencialidade de voto dos nossos adversários. Neste caso, não devemos apenas levar em consideração quanto votos o candidato pode fazer, mas sim, a de todo o grupo que o cerca. A partir desta meta estabelecida é hora de perseguir este objetivo até o ultimo dia da eleição.

A partir dos seus apoios de campanha, chega o momento de mapear a base a ser acessada. Isso significa listar as regiões e grupos onde você deve conquistar eleitores. Nessa lista entram os bairros, movimentos sociais, lideranças regionais, grupos da sociedade civil organizada, dentre outros.

A partir do mapa já feito é hora de ampliar. É possível que a listagem feita não seja suficiente para sua eleição, então planeje outras frentes de campanha. Este é o momento de elencar prioridades, quais segmentos (grupos) ainda restam, espaços para conquista de votos e quanto o perfil da sua candidatura se enquadra neles.

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É a divisão do número de eleitores pelo número de vagas em disputa.O partido tem que alcançar o quociente eleitoral, que é o cálculo feito pela justiça eleitoral, que define o número mínimo de votos necessários para o partido eleger um vereador.Exemplo: Se determinada cidade tem 1000.000 de eleitores e serão 35 vagas em disputa, logo a conta será 1000.000/35 cadeira na câmara municipal= 28571 votos. Para um partido eleger um vereador precisa ter no mínimo 28.571 votos. Para eleger o segundo, precisaria de no mínimo 42.856 votos.

Ele é o passo para identificar seus pontos fortes e fracos, você poderá potencializar os primeiros e corrigir os seguintes. No planejamento você vai identificar a área de atuação, meta eleitoral, cenários que podem “detonar” a candidatura, e organizar o dia “D”, que é o dia da eleição.

Tem candidato que sai “atirando pra tudo quanto é lado”. Acha que assim acertará o alvo. Hoje, quanto mais você focar a campanha, mais chances de se eleger você terá. Focar não significa diminuir a campanha, e sim saber qual o seu público alvo. A partir daí, é agendar com os

diversos grupos de jovens e não-jovens identificados como a base eleitoral da candidatura e construir democraticamente atividades de visibilidade nos nichos de atuação escolhidos e, se for o caso, pela força da candidatura ou tamanho do município, que projete o/a

candidato/a à toda a população.

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A partir das suas características e do perfil dos seus apoiadores, você deve elaborar propostas para a população. A partir desse programa, serão feitos seus materiais de campanha e boa parte do seu discurso que irá dialogar com a sociedade. O programa deve ser simples, direto e objetivo. Deve fornecer argumentos para os/as apoiadores/as conquistarem votos e para o eleitor se identificar com seu projeto político.

Se você já tem os componentes ideológicos e as propostas é hora de ter uma marca. Um slogan e logotipo que simbolizem sua proposta. Quanto mais criativa a marca, mais os/as eleitores/as se identificarão com ela. Se nós, jovens, significamos renovação, isso pode estar proposto na sua marca, mas não podemos achar que isso basta, é preciso relacionar a

marca ao seu projeto.

Um panfleto não pode ser feito de qualquer jeito, ter fotos malfeitas. Isso é desperdício de tempo e dinheiro. É também voto perdido. Se possível, se aproxime de quem entenda de comunicação, como free lancer, cedido por um estrutura maior ou contratado para se responsabilizar para definir qual a melhor foto, em que caso e como usar. E mais, de que forma deve ser produzida (no trabalho? Com a família? de paletó? roupa esportiva? Com criança? Caricatura?). Um material bem produzido passa credibilidade e informação correta para quem vai ler.

O tempo na TV e no rádio pode ser potencializado se for utilizado de forma profissional e com competência. Um candidato que grita na TV, usa linguagem de TV no rádio, com certeza não estará se comunicando. Comunicação não é o que dizemos, mas sim o que as pessoas entendem. Esta é a máxima que todas as pessoas deveriam entender quando acham que estão se comunicando. Com base no seu foco, produza as inserções no rádio e televisão, dialogando com “eles”. Na TV, a linguagem é de um jeito. No rádio é totalmente diferente.

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No período eleitoral, você, candidata/o deve se preocupar o mínimo possível com problemas que surgiram durante o

pleito. Para isso você deve ter uma boa equipe de coordenação de campanha. O que isso significa?

Existem três perfis de coordenadores/as, os quadros (pessoas com perfil de) elaboradores, de massas e

operacional. O elaborador é aquele que irá cuidar da

aplicação do seu projeto na campanha, te ajudará na orientação do discurso, das

estratég ias e le i tora is e do mapeamento dos lugares e apoiadores. Irá tomar decisões políticas e administrativas do dia-a-dia. É um gerenciador de conflitos. O de massas deve estar em contato

diariamente com a população, ir às ruas, organizar suas atividades de campanha com a população, visitar a base e estar te acompanhando na campanha. Na verdade ele é um grande mobilizador.O operacional deve resolver problemas, cuidar da prestação de contas e aplicar tudo que for de técnico referente à sua campanha, como a produção de material e os orçamentos. Muitas vezes numa campanha, por falta de recursos, você coloca seu irmão para cuidar do marketing, sua esposa como coordenadora, seu melhor amigo como tesoureiro. Pode até pode dar certo. Porém, se você quer realmente ter uma campanha vitoriosa, deve cercar-se de pessoas qualificadas. Estes, com certeza, também tem que pertencer a sua equipe. Todavia, a cientificidade e profissionalismo nas campanhas eleitorais têm sido cada vez mais utilizados, principalmente pelos candidatos mais preparados. Tarefas distribuídas, é hora de potencializar a campanha e a fazer crescer a cada dia. Vamos botar o bloco na rua e mostrar o modo petista de militar com um sorriso no rosto, daqueles de quem ama a adrenalina política e o discurso afiado. Daí para frente não há espaço vago para esperar, tudo significa conquista, até último minuto do processo eleitoral.

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