CARDIOLOGIA_AULA1_FEV2010

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Hipertensão Hipertensão V Diretrizes Brasileiras V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial de Hipertensão Arterial Hipertensão - 2006 V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Epidemiologia da Hipertensão 200 250 AVC DAC Porcentagem de declínio ajustada por idade 200 Mortalidade no Brasil – 1980/2003 0 150 100 50 0 1980 1985 1991 1997 2003 1980 1985 1991 1997 2003 150 100 50 Estudos populacionais - PA 140/90mmHg 44 44 36 Prevalência de HA Araraquara 1990 S.Paulo 1990 Piracicaba 1991 P.Alegre 1994 Cotia 1997 Catanduva 2001 % 33 26 32 22 Cavenge 2003 RGSul 2004 RGSul 2004 36 33 1

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Hipertensão Medcurso

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  • HipertensoHipertenso

    V Diretrizes Brasileiras V Diretrizes Brasileiras de Hipertenso Arterialde Hipertenso Arterial

    Hipertenso - 2006

    V Diretrizes Brasileiras de Hipertenso

    Epidemiologia da Hipertenso

    200

    250

    AVC DAC

    Porcentagem de declnio ajustada por idade

    200

    Mortalidade no Brasil 1980/2003

    0

    150

    100

    50

    01980 1985 1991 1997 2003 1980 1985 1991 1997 2003

    150

    100

    50

    Estudos populacionais - PA 140/90mmHg

    44 4436

    Prevalncia de HA

    Araraquara1990

    S.Paulo1990

    Piracicaba1991

    P.Alegre1994

    Cotia1997

    Catanduva2001

    %

    3326

    32

    22

    Cavenge2003

    RGSul2004RGSul2004

    36 33

    1

  • 2000 - 20042.000.0001.800.0001.600.0001.400.0001.200.000

    Hospitalizaes por DCV

    1.200.0001.000.000

    800.000600.000400.000200.000

    0IC AVC HADAC Outras

    Idade

    A PA aumenta linearmente com a idade;

    O risco relativo de desenvolver DAC associado aoaumento da PA no diminui com o avano da idade, eo risco absoluto aumenta marcadamente.

    Fatores de Risco

    o risco absoluto aumenta marcadamente.

    Gnero e Etnia

    A prevalncia global em homens e mulheres nosugere que o gnero seja um FR para hipertenso;

    mais prevalente em mulheres afrodescententes.

    Fatores socioeconmicos Nvel socioeconmico mais baixo est associado auma maior prevalncia de HA e de FR para elevaoda PA. Hbitos dietticos (sal e lcool), maior IMC,menor acesso sade e nvel educacional so

    f d

    Fatores de Risco

    possveis fatores associados.

    Sal O excesso contribui para a ocorrncia de HA; A relao entre aumento da PA e avano da idade maior em populaes com maior ingesto de sal.

    Obesidade O excesso de massa corporal fator predisponentepara a HA, podendo ser responsvel por 20 a 30%dos casos de HA; A perda de peso acarreta reduo da PA.

    Fatores de Risco

    lcool O consumo elevado aumenta a PA; O consumo de bebida alcolica fora de refeiesaumenta o risco de HA, independente da quantidadeingerida.

    Sedentarismo O sedentarismo aumenta a incidncia de HA.Sedentrios possuem um risco aproximado 30%maior de desenvolver hipertenso do que os ativos.

    Outros fatores

    Fatores de Risco

    A presena de FR ocorre mais comumente deforma combinada: predisposio gentica e fatoresambientais podem contribuir para agregao de FRem famlias com estilo de vida pouco saudvel. Aobesidade aumenta a prevalncia da associao demltiplos FR.

    Indivduos adultos 50,8% sabiam ser hipertensos;

    40,5% estavam em tratamento;

    10,4% tinham PA controlada;

    Conhecimento, Controle e Tratamento

    Idade avanada, obesidade e baixo nveleducacional mostraram-se associados a menorestaxas de controle.

    2

  • Diagnstico e Classificao

    V Diretrizes Brasileiras de Hipertenso

    1

    1. Explicar o procedimento ao paciente;2. Repouso de pelo menos 5 minutos em ambiente calmo;3. Evitar bexiga cheia;4. No praticar exerccios fsicos 60 a 90 minutos antes;5. No ingerir bebidas alcolicas, caf ou alimentos e nofumar 30 minutos antes;6 M t d d i d h

    Preparo do Paciente para a Medida da PA

    6. Manter pernas descruzadas, ps apoiados no cho,dorso recostado na cadeira e relaxado;7. Remover roupas do brao onde ser colocado omanguito;8. Posicionar o brao na altura do corao (nvel do pontomdio do esterno, ou 4 espao intercostal), apoiado, coma palma da mo voltada para cima e o cotoveloligeiramente fletido;9. Solicitar para que no fale durante a medida.

    1. Medir a circunferncia do brao do paciente;2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao brao;3. Colocar o manguito sem deixar folgas acima da fossacubital, cerca de 2 a 3 cm;4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguitosobre a artria braquial;5 E ti l d PAS ( l l di l i fl

    Procedimento de Medida da PA

    5. Estimar o nvel da PAS (palpar o pulso radial e inflar omanguito at seu desaparecimento, desinflar rapidamentee aguardar 1 minuto antes da medida);6. Palpar a artria braquial na fossa cubital e colocar acampnula do estetoscpio sem compresso excessiva;7. Inflar rapidamente at ultrapassar em 20 a 30 mm Hg onvel estimado da presso sistlica;8. Proceder deflao lentamente (velocidade de 2 a 4mm Hg/s);

    9. Determinar a PS na ausculta do primeiro som (fase I deKorotkoff), que um som fraco seguido de batidasregulares, e, aps, aumentar ligeiramente a velocidade dedeflao;10. Determinar a PD no desaparecimento do som (fase Vde Korotkoff);11 Auscultar cerca de 20 a 30 mm Hg abaixo do ltimo

    Procedimento de Medida da PA

    11. Auscultar cerca de 20 a 30 mm Hg abaixo do ltimosom, para confirmar seu desaparecimento, e depoisproceder deflao rpida e completa;12. Se os batimentos persistirem at o nvel zero,determinar a PS no abafamento dos sons (fase IV deKorotkoff) e anotar valores da sistlica/diastlica/zero.13. Esperar 1 a 2 minutos antes de novas medidas;14. Informar os valores de PA obtidos ao paciente;15. Anotar os valores e o membro.

    Circunferncia do brao (cm)

    Denominao do manguito

    Largura da bolsa (cm)

    Comprimento da bolsa (cm)

    10Recm-nascido 4 8

    Dimenses da Bolsa de Borracha para Diferentes Circunferncias de Brao em

    crianas e adultos

    11-15Criana 6 12

    16-22Infantil 9 18

    20-26Adulto pequeno 10 17

    27-34Adulto 12 23

    35-45Adulto grande 16 32

    A MRPA o registro da PA por mtodo indireto, com3 medidas pela manh e 3 noite, por 5 dias,realizadas pelo paciente ou por pessoa treinada.A MRPA permite a obteno de grande nmero de

    did d PA d d i l fi

    II Diretriz Brasileira de MRPA

    Medida Residencial da Presso Arterial

    medidas de PA de modo simples, eficaz e poucodispendioso.No deve ser confundida com auto-medida da PA,que o registro no-sistematizado de acordo com aorientao do mdico.

    So consideradas anormais as mdias de PA acima de135/85 mm Hg.

    Hipertenso - 2006

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  • Identificao e seguimento do hipertenso do aventalbranco.

    Identificao do efeito do avental branco.

    II Diretriz Brasileira de MRPA

    Indicaes de MRPA

    Identificao de hipertenso mascarada.

    Avaliao da teraputica anti-hipertensiva.

    A MAPA o registro por mtodo indireto eintermitente durante 24h, enquanto o pacienterealiza sua atividades habituais.

    E t d i di t t d i

    IV Diretriz Brasileira de MAPA

    Monitorizao Ambulatorial da Presso Arterial

    Estudos indicam que este mtodo superior medida casual da PA em predizer eventos CV fatais,como infarto do miocrdio e AVC.

    So consideradas anormais as mdias de PA acima de130/80 mm Hg nas 24h, 135/85 mm Hg na viglia e120/70 mm Hg no sono.

    Hipertenso - 2006

    Suspeita de hipertenso do avental branco.

    Avaliao da eficcia teraputica anti-hipertensiva:

    a) Quando a PA casual permanecer elevada, apesar daotimizao do tratamento anti-hipertensivo para

    IV Diretriz Brasileira de MAPA

    Indicaes de MAPA

    otimizao do tratamento anti hipertensivo paradiagnstico de HA resistente ou efeito do aventalbranco;

    b) Quando a PA casual estiver controlada e houverindcios da persistncia ou da progresso de leso dergos-alvo.

    Avaliao de normotensos com leso de rgos-alvo.

    Avaliao de sintomas, principalmente a hipotenso.

    Diagnsticos pela PAC, MAPA e MRPA

    Consultrio (PAC)

    MAPA MRPA

    Normotenso 130/80 mdia 24h >135/85Hipertenso do 140/90 135/85 mdia 135/85avental branco viglia

    Hipertenso mascarada

    135/85 mdia viglia

    >135/85

    Efeito do avental branco

    Diferena entre a medida da PA no consultrio ea da MAPA na viglia ou MRPA, sem havermudana no diagnstico de normotenso ouhipertenso

    PA inicial (mmHg)

    Seguimento

  • Classificao

    tima

    Pr-Hipertenso

    PAS (mmHg)

    < 120

    120-139

    PAD (mmHg)

    < 80

    80-89

    Classificao da PA (VII Joint)

    Estgio I

    Estgio II

    140-159

    160

    90-99

    100

    Hipertenso

    Investigao Clnico-laboratorial e Deciso Teraputica

    V Diretrizes Brasileiras de Hipertenso

    2

    Confirmar a elevao da PA e firmar o diagnstico dehipertenso arterial;

    Identificar fatores de risco para DCV;

    Avaliar leses de rgos-alvo e presena de DCV;

    Di ti d i d HA

    Objetivos da InvestigaoClnico-laboratorial

    Diagnosticar doenas associadas HA;

    Estratificar o risco cardiovascular do paciente;

    Diagnosticar a hipertenso arterial secundria.

    Identificao: sexo, idade, cor da pele, profisso econdio socioeconmica.

    Histria atual: durao conhecida de HA e nveis depresso de consultrio e domiciliar, adeso e reaesadversas aos tratamentos prvios, sintomas de DAC, sinaise sintomas sugestivos de IC, doena vascular enceflica,

    Dados Relevantes da Histria Clnica Dirigida ao Paciente Hipertenso

    insuficincia vascular de extremidades; doena renal, DM,indcios de hipertenso secundria.

    FR modificveis: dislipidemia, tabagismo, sobrepeso eobesidade, sedentarismo, etilismo e hbitos alimentaresno saudveis.Avaliao diettica: incluindo consumo de sal, bebidasalcolicas, gordura saturada, cafena e ingesto de fibras,frutas e vegetais.

    Consumo pregresso ou atual: medicamentos ou drogasque podem elevar a PA ou interferir em seu tratamento;grau de atividade fsica.

    Histria atual ou pregressa: gota, DAC, IC, pr-eclmpsia/eclmpsia, doena renal, DPOC, asma, disfuno sexual eapnia do sono.

    Dados Relevantes da Histria Clnica Dirigida ao Paciente Hipertenso

    p

    Perfil psicossocial: fatores ambientais e psicossociais,sintomas de depresso, ansiedade e pnico, situaofamiliar, condies de trabalho e grau de escolaridade.

    Histria familiar: DM, dislipidemias, doena renal, AVC,DAC prematura ou morte prematura e sbita de familiaresprximos (homens < 55 anos e mulheres < 65 anos).

    Sinais vitais: medida da PA e freqncia cardaca.Obteno das medidas antropomtricas:a) circunferncias da cintura (C = no ponto mdio entre a ltima costela e a crista ilaca lateral) e do quadril (Q = ao nvel do trocanter maior) e clculo da relao cintura/quadril (C/Q)

    Dados Relevantes do Exame Fsico Dirigido ao Paciente Hipertenso

    trocanter maior) e clculo da relao cintura/quadril (C/Q).Limite de normalidade: mulheres: C = 88 cm e C/Q = 0,85

    homens: C = 102 cm e C/Q = 0,95

    b) obteno de peso e altura e clculo do ndice de massa corporal [IMC = peso (kg)/altura2 (m)]. Sobrepeso 25 IMC < 30 kg/m2 e obesidade IMC 30 kg/m2

    5

  • Se houver forte suspeita de doena arterial obstrutivaperifrica, determinar o ndice Tornozelo-Braquial(ITB)*. Avaliao de eventual edema;

    Exame neurolgico sumrio;

    Exame de fundo do olho: identificar estreitamento

    Dados Relevantes do Exame Fsico Dirigido ao Paciente Hipertenso

    Exame de fundo do olho: identificar estreitamentoarteriolar, cruzamentos arteriovenosos patolgicos,hemorragias, exsudatos e papiledema.

    * ITB direito ou esquerdo = PA tornozelo D ou E/PA braoD ou E. Normal = acima de 0.9; obstruo leve = 0,7-0,9; obstruo moderada = 0,4-0,7; obstruo grave =0,0-0,4

    Anlise de urina;

    Potssio plasmtico;

    Creatinina plasmtica*;

    Glicemia de jejum;

    Avaliao Inicial de Rotina para o Paciente Hipertenso

    Colesterol total**, triglicrides plasmticos;

    cido rico plasmtico;

    Eletrocardiograma convencional.

    * Calcular a taxa de filtrao glomerular estimada pela frmula de Cockroft-Gault.

    ** O LDL-c calculado pela frmula LDL-c = colesterol total HDL-c triglicrides/5 (quando a dosagem de triglicrides for abaixo de 400 mg/dl)

    Taxa de filtrao glomerular estimada (TFGE)(ml/min) = [140 - idade] x peso (kg)/creatininaplasmtica (mg/dl) x 72 para homens; paramulheres, multiplicar o resultado por 0,85Interpretao:

    Frmula de Cockroft-Gault

    - funo renal normal > 90 ml/min- disfuno renal leve = 60-90 ml/min- disfuno renal moderada = 30-60 ml/min- disfuno renal grave < 30 ml/min

    Pacientes hipertensos diabticos, hipertensos com SndromeMetablica e hipertensos com trs ou mais fatores de risco:recomenda-se pesquisa de microalbuminria ndice albumina /creatinina em amostra isolada de urina (mg de albumina/g decreatinina ou mg de albumina/mmol de creatinina).

    Normal < 30 mg/g ou < 2,5 mg/mmol; Microalbuminria: 30 a 300 mg/g ou 2,5 a 25

    / l)

    Avaliao Complementar para Pacientes Hipertensos

    mg/mmol).Pacientes com glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dl:recomenda-se determinar a glicemia 2h aps sobrecarga oral deglicose (75 g).Em hipertensos estgios 1 e 2 sem HVE ao ECG, mas com trsou mais fatores de risco, considerar ecocardiograma paradeteco de HVE.Para hipertensos com suspeita clnica de insuficincia cardaca,considerar a utilizao do ecocardiograma para avaliao dafuno sistlica e diastlica.

    Fatores de risco maiores

    Tabagismo;

    Dislipidemias;

    Diabete melito;

    Identificao de Fatores de Risco CV

    Nefropatia;

    Idade acima de 60 anos;

    Histria familiar de DCV em:

    Outros fatores

    Relao cintura/quadril aumentada;

    Circunferncia da cintura aumentada;

    Microalbuminria;

    Identificao de Fatores de Risco CV

    Tolerncia glicose diminuda/glicemia de jejum alterada;

    Hiperuricemia;

    PCR ultra-sensvel aumentada.

    6

  • Hipertrofia do ventrculo esquerdo;Angina do peito, ou infarto agudo do miocrdio

    prvio;Revascularizao miocrdica prvia;Insuficincia cardaca;

    Hipertrofia do ventrculo esquerdo;Angina do peito, ou infarto agudo do miocrdio

    prvio;Revascularizao miocrdica prvia;Insuficincia cardaca;

    Identificao de leses em rgos-alvo e DCV

    ;Acidente vascular cerebral;Isquemia cerebral transitria;Alteraes cognitivas ou demncia vascular;Nefropatia;Doena vascular arterial de extremidades;Retinopatia hipertensiva.

    ;Acidente vascular cerebral;Isquemia cerebral transitria;Alteraes cognitivas ou demncia vascular;Nefropatia;Doena vascular arterial de extremidades;Retinopatia hipertensiva.

    Para pacientes com trs ou mais fatores de RCV,considerar marcadores mais precoces da leso dergos-alvo, como:- Microalbuminria (ndice albumina/creatinina emamostra isolada de urina);

    Parmetros ecocardiogrficos: remodelao ventricular

    Identificao de leses em rgos-alvo e DCV

    - Parmetros ecocardiogrficos: remodelao ventricular,funo sistlica e diastlica;- Espessura do complexo ntima-mdia da cartida (ultra-som vascular);- Rigidez arterial;- Funo endotelial.

    Riscoalto

    Riscomdio

    Risco baixoSem FR

    Fator de risco PA

    Estgio 3Estgio 2Estgio 1LimtrofeNormal

    Sem risco adicional

    Estratificao do Risco Individualdo Paciente Hipertenso

    RiscoaltoDCV

    3+ FR ou leso de rgo-alvo ou DM

    1 a 2 FR

    Riscomdio

    Risco muito alto

    Riscobaixo

    Riscoalto

    Risco muito alto

    Riscomdio

    Risco muito alto

    Categorias Meta (mnimo)

    Hipertensos estgios I e II com RCV baixo e mdio

  • Tratamento No-medicamentoso

    V Diretrizes Brasileiras de Hipertenso

    3

    Controle de peso;Padro alimentar;Reduo do consumo de sal;Moderao no consumo de bebidas alcolicas;Exerccio fsico;

    Tratamento No-medicamentoso

    Exerccio fsico;Abandono do tabagismo;Controle do estresse psicoemocional.

    Modificaes do estilo de vida no controle da PAModificaes Recomendao Reduo aprox. na PAS

    Controle do peso

    Manter o peso corporal na faixa normal (IMC entre

    18,5 e 24,9 kg/m2)

    5 a 20 mm Hg para cada 10kg de peso reduzido

    Padro alimentar

    Consumir dieta rica em frutas e vegetais e alimentos com baixa densidade calrica e

    8 a 14 mm Hg

    Tratamento No-Medicamentoso

    baixa densidade calrica e baixo teor de gorduras

    saturadas. Adotar dieta DASH

    Reduo do consumo de sal

    2 a 8 mm HgReduzir a ingesto de sdio para no mais de 6g sal/dia*

    Moderao no consumo de lcool

    2 a 4 mm HgReduzir consumo a 30g/dia (homens), 15g/dia (mulheres)

    Exerccio fsico 4 a 9 mm HgHabituar-se prtica regular de atividade fsica aerbica:

    caminhadas 30 min/dia, 3-5x/sem

    * 6g de sal/dia = 4 colheres de caf rasas de sal = 4g + 2g de sal prprio dos alimentos

    Caractersticas das bebidas alcolicas mais comuns

    Bebida% de etanol oGL

    (Gay Lussac)

    Cerveja

    Consumo mximo tolerado

    ~6% (3-8)

    ~2 latas = 700 ml ou1 garrafa= 650 ml

    Etanol (g) em 100 ml

    Volume para 30g de etanol

    6g/100 ml x 0,8* = 4,8 g

    625 ml

    Vinho ~12% ~2 taas de 150 ml12g/100 ml x 312,5 ml

    Tratamento No-Medicamentoso

    Vinho ~12% (5-13)

    2 taas de 150 ml ou 1 taa de 300 ml

    12g/100 ml x 0,8* = 9,6 g

    312,5 ml

    Usque, vodca, aguardente

    ~40%(30-50)

    ~2 doses de 50 ml ou 3 doses de 30 ml

    40g/100 ml x 0,8* = 32 g

    93,7 ml

    * Densidade do etanol

    Recomendaes de atividades fsicas

    Recomendao populacional

    - Todo adulto deve realizar pelo menos 30 min. de atividadesfsicas moderadas de forma contnua ou acumulada em pelomenos 5 dias da semana.

    Tratamento No-Medicamentoso

    Recomendao individual

    - Fazer exerccios aerbicos: caminhada, corrida, ciclismo,dana, natao;

    - Exercitar-se de 3 a 5 vezes por semana;

    - Exercitar-se por, pelo menos, 30 minutos (para emagrecer,fazer 60 minutos).

    Hipertenso Secundria

    V Diretrizes Brasileiras de Hipertenso

    4

    8

  • - Hipertenso Renovascular;- Feocromocitoma;- Hiperaldosteronismo;- Coarctao de Aorta;- Doena renal Parenquimatosa;

    Hipertenso Secundria

    q ;- Sndrome de Cushing;- Apnia Obstrutiva do Sono;- Hipertireoidismo;- Hiperparatireoidismo;- Acromegalia.

    - HA antes dos 30 ou aps os 50 anos;

    - HA grave (estgio 3) e/ou resistente terapia;

    - Trade do feocromocitoma: palpitaes, sudorese e cefalia emcrises;

    - Uso de frmacos e drogas que possam elevar a PA;

    - Fcies ou biotipo de doena que cursa com hipertenso:

    Indcios de Hipertenso Secundria

    Fcies ou biotipo de doena que cursa com hipertenso:Doena renal, hipertireoidismo, acromegalia, sndrome deCushing

    - Presena de massas ou sopros abdominais;

    - Assimetria de pulsos femorais;

    - Aumento de creatinina srica;

    - Hipopotassemia espontnea (< 3,0 mEq/l);

    - Exame de urina anormal (proteinria ou hematria).

    - Aumento de aldosterona (Ex: Hiperplasia de supra renal, adenoma Sd Conn, carcinoma);

    - Prevalncia de 3-22%- Mais comum em HAS estgio 2 ou 3;

    - Prevalncia de hipopotassemia no hi ld t i d 9 37% d

    Hiperaldosteronismo Primrio

    hiperaldosteronismo de 9-37% dos casos.

    Abordagem:- Rastreamento;- Confirmao;

    - Diagnstico diferencial (Hiperplasia x Adenoma);- Tratamento.

    Rastreamento:

    - Pacientes hipertensos com hipocalemia;

    - Hipertensos resistentes;

    - Paciente hipertenso com Tumor Adrenal.

    Hiperaldosteronismo

    HAS e hipocalemia, HAS estgio 3 ou resistente, HAS com Tu Adrenal

    Dosar Aldosterona Srica (A) e Atividade Renina plasmtica (R)

    A/R > 30 e A > 15 ng/dl

    Provvel Hiperaldosteronismo

    A/R < 30

    Descartado Hipe aldoste onismo

    Hiperaldosteronismo

    Hiperaldosteronismo

    Teste sobrecarga salina SF 2l em 4h

    A < 5 ng/dl (Aldosterona Suprimida).

    Hipertenso Primria

    A > 5ng/dl. Hiperaldosteronismo Primrio

    TC ou Ressonncia de Adrenais (Adenoma X

    Hiperplasia)

    Adenoma Adrenal = Adrenalectomia

    Hiperplasia Adrenal Bilateral = Aldactone

    Hiperaldosteronismo Primrio Tratamento

    9

  • - Tumores Neuroendcrinos da medula adrenal ou deparagnglios que secretam catecolaminas- Prevalncia de 0,1 0,6%- Espordico ou se associado a Sd genticas

    - NEM tipo 2A e 2B;

    Feocromocitoma

    - Doena de von Hippel- Lindau).

    - Pode ser- unilateral/bilateral;- benigno/maligno;- HAS paroxstica ( 30%) ou sustentada ( 50%).

    - O Paroxismo geralmente acompanhado de:cefalia, sudorese e palpitaes

    Teste bioqumico

    Metanefrina plasmtica*

    Sensibilidade (%) Especificidade (%)

    99 89

    Catecolamina plasmtica 85 80

    Testes Bioqumicos no Diagnstico de Feocromocitoma

    Catecolamina urinria 83 88

    Metanefrina urinria 76 94

    cido vanilmandlico (urina) 63 94

    *No disponvel em nosso meio

    10% no cursam com HAS;10% so extra adrenais;10% localizam-se fora da cavidade abdominal;10% ocorrem em crianas;10% so familiares;

    Quadro ClnicoRegra dos 10%

    ;10% so bilaterais;10% so metastticos.

    Tomografia computadorizada (S= 90%);

    Ressonncia Magntica (S=90%);

    Feocromocitoma Exames Complementares

    Cintilografia Meta-iodo-benzilguanidina (S=85%,

    E=99%).

    Tratamento Clnico Promover alfa bloqueio (Ex: Fenoxibenzamina); bloqueadores de canal de Ca; Usar beta bloqueador aps alfa bloqueio.

    Tratamento Cirrgico

    Feocromocitoma Tratamento

    Tratamento Cirrgico

    Tratamento Quimioterpico

    Prevalncia: 4%

    Causas

    Aterosclerose (90%);

    Fibrodisplasia (Principal causa em

    O tratamento pode ser Cirrgico; revascularizao

    percutnea (Stent).

    So indicaes de correo da estenose renal:

    HAS Renovascular

    ( pjovens).

    O tratamento visa cura/melhora da HAS e preservao da funo renal

    HAS resistente; perda progressiva de

    funo renal; ICC; edema agudo de

    pulmo de repetio.

    10

  • HAS RenovascularEtiologia

    Fibrodisplasia Aterosclerose

    HAS Renovascular - Aterosclerose

    Normalcortex

    RightKidney

    Rightrenalartery

    50 ml/min Aorta 50 ml/min

    Leftrenalartery

    LeftKidney

    Mildatherosclerosis

    Total glomerular filtration rate Total glomerular filtration rate

    65 ml/min 35 ml/min

    Progressive aorticatherosclerosis and severa

    unilateral renal-arterystenosis

    Aorta

    Cortical thinningand loss of renal

    mass

    BA

    100 ml/min

    Atherosclerotic plaquein perirenal aorta and severebilateral renal-artery stenosis

    Cortical thinningand loss of renal

    mass

    15ml/min 15ml/minAorta

    Total glomerular filtration rate30 ml/min

    g100 ml/mint

    C

    Alta (25%)Hipertenso acelerada/maligna, hipertenso grave ou refratria com insuficincia renal

    Angioressonncia ou Arteriografia com ou sem interveno

    Indicadores Recomendaes

    Indicadores Clnicos de Probabilidade de Hipertenso Renovascular

    com insuficincia renal progressiva, elevao de creatinina com inibidor da ECA, assimetria renal, assimetria de tamanho ou funo renal

    HAS RenovascularTratamento Intervencionista

    PS - ATC

    Tratamento Medicamentoso

    V Diretrizes Brasileiras de Hipertenso

    5

    - Ser eficaz por via oral;

    - Ser bem tolerado;

    O medicamento anti-hipertensivo deve:

    Princpios gerais

    Tratamento Medicamentoso

    - Permitir a administrao em menor nmero possvel detomadas dirias, com preferncia para dose nica diria;

    - Iniciar com as menores doses efetivas preconizadas paracada situao clnica, podendo ser aumentadasgradativamente. Deve-se levar em conta que, quantomaior a dose, maiores sero as probabilidades de efeitosadversos.

    11

  • No recomendvel o uso quando obtidos atravsde manipulao, pela inexistncia de informaesd d d t l d lid d

    Princpios gerais

    O medicamento anti-hipertensivo:

    Tratamento Medicamentoso

    adequadas de controle de qualidade,biodisponibilidade e/ou de interao qumica doscompostos.Pode-se considerar o uso combinado demedicamentos anti-hipertensivos em pacientes comhipertenso em estgios II e III que, na maioria dasvezes, no respondem monoterapia.

    Ser utilizado por um perodo mnimo de 4 semanas,salvo em situaes especiais, para aumento de dose,substituio da monoterapia ou mudana da

    Princpios gerais

    O medicamento anti-hipertensivo deve:

    Tratamento Medicamentoso

    substituio da monoterapia ou mudana daassociao de frmacos.

    DiurticosInibidores adrenrgicos:

    Ao central agonistas alfa 2 centrais;Alfabloqueadores bloqueadores alfa 1 adrenrgicos;Betabloqueadores bloqueadores beta-adrenrgicos;Alfabloqueadores e betabloqueadores

    Classes de Anti-Hipertensivos

    Alfabloqueadores e betabloqueadores.

    Bloqueadores dos canais de clcioInibidores da ECABloqueadores do receptor AT1 da angiotensina IIVasodilatadores diretos

    Medicamentos

    DiurticosTiazdicos

    ClortalidonaHidroclorotiazidaIndapamidaI d id SR

    Mnima

    12,512,52,51 5

    Mxima

    252555

    Nmero detomadas/dia

    1111

    Posologia

    Agentes Anti-Hipertensivos Disponveis no Brasil

    Indapamida SRAla

    BumetamidaFurosemidaPiretanida

    Poupadores de potssioAmilorida (em associao)EspironolactonaTriantereno (em associao)

    1,5

    0,5206

    2,55050

    5

    ****12

    5200100

    1

    1-21-21

    11-21

    Medicamentos

    Inibidores adrenrgicosAo central

    AlfametildopaClonidinaGuanabenzoMoxonidina

    Mnima

    5000,24

    0,2

    Mxima

    1.5000,6120,6

    Nmero detomadas/dia

    2-32-32-31

    Posologia

    Agentes Anti-Hipertensivos Disponveis no Brasil

    MoxonidinaRilmenidinaReserpina

    AlfabloqueadoresDoxazosina PrazosinaPrazosina XL

    Terazosina

    ,1

    0,1

    1141

    0,62

    0,25

    1620820

    11

    1-2

    12-31

    1-2

    Medicamentos

    Inibidores adrenrgicosBetabloqueadores

    AtenololBisoprololMetoprolol/Metoprolol (ZOK)Nadolol

    Mnima

    252,55040

    Mxima

    10010200120

    Nmero detomadas/dia

    1-21-21-21

    Posologia

    Agentes Anti-Hipertensivos Disponveis no Brasil

    NadololPropranololPindolol

    Alfa e BetabloqueadoresCarvedilol

    40/8010

    12,5

    120240/160

    40

    50

    12-3/1-2

    2

    1-2

    12

  • Medicamentos

    Vasodilatadores diretosHidralazinaMinoxidil

    Bloqueadores dos canais de clcioFenilalquilaminas

    Verapamil Retard*Benzotiazepinas

    Diltiazem SR* ou CD*

    Mnima502,5

    120

    180

    Mxima20080

    480

    480

    Nmero detomadas/dia

    2-32-3

    1-2

    1 2

    Posologia

    Agentes Anti-Hipertensivos Disponveis no Brasil

    Diltiazem SR* ou CD*Diidropiridinas

    AmlodipinaFelodipinaIsradipinaLacidipinaNifedipina Oros*Nifedipina Retard*NisoldipinaNitrendipinaLercanidipinaManidipina

    180

    2,55

    2,5220205101010

    480

    1020208604040403020

    1-2

    11-22112

    1-22-311

    Medicamentos

    Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA)

    Benazepril Captopril

    Mnima

    525

    Mxima

    20150

    Nmero detomadas/dia

    12-3

    Posologia

    Agentes Anti-Hipertensivos Disponveis no Brasil

    CaptopCilazaprilDelaprilEnalaprilFosinoprilLisinoprilQuinaprilPerindoprilRamiprilTrandolapril

    252,5155105104

    2,52

    530402020208104

    11-21-2111111

    Medicamentos

    Antagonistas do receptor AT1da angiotensina II

    Candersartana

    Mnima

    8

    Mxima

    16

    Nmero detomadas/dia

    1

    Posologia

    Agentes Anti-Hipertensivos Disponveis no Brasil

    IrbesartanaLosartanaOlmesartanaTelmisartanaValsartana

    15025204080

    3001004080160

    11111

    Inibidores da eca Suplementos e diurticos poupadores de potssioCiclosporina

    Hiperpotassemia

    Aumento dos nveis de ciclosporina

    Anti-Hipertensivo Frmacos Efeitos

    Anti-Hipertensivos: Interaes Medicamentosas

    Anti-inflamatrios esterides e no-esteridesLtioAnticidos

    ciclosporinaAntagonizam o efeito hipotensor

    Diminuio de depurao do ltioReduzem a biodisponibilidade do captopril

    Bloqueadores dos canais de clcio

    Digoxina

    Bloqueadores de H2

    Verapamil e diltiazem aumentam os nveis de digoxinaAumentam os nveis dos antagonistas dos canais de clcioA t d l d i l i

    Anti-Hipertensivo Frmacos Efeitos

    Anti-Hipertensivos: Interaes Medicamentosas

    Ciclosporina

    Teofilina, prazosinaMoxonidina

    Aumento do nvel de ciclosporina, exceo de amlodipina e felodipinaNveis aumentados com verapamilHipotenso

    Antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II

    Moxonidina Hipotenso com losartana

    Medio inadequada da presso;Ingesto excessiva de sdio;Terapia diurtica inadequada; Doses inadequadas;Interao de drogas

    Causas de Hipertenso Refratria

    g por exemplo, AINH, drogas ilcitas,

    simpatomimticos;

    Excesso de lcool;Hipertenso Secundria.

    13

  • Falta de conhecimento do paciente sobre a doena ou demotivao para tratar uma doena assintomtica ecrnica;Baixo nvel socioeconmico, aspectos culturais e crenaserradas adquiridas em experincias com a doena nocontexto familiar e baixa auto-estima;R l i t i d d i d d

    Principais Determinantes da No-adeso ao Tratamento Anti-Hipertensivo

    Relacionamento inadequado com a equipe de sade;Tempo de atendimento prolongado, dificuldade namarcao de consultas, falta de contato com os faltosos ecom aqueles que deixam o servio;Custo elevado dos medicamentos e ocorrncia de efeitosindesejveis;Interferncia na qualidade de vida aps o incio dotratamento.

    Classe Efeito pressor/freqncia Ao sugeridaImunossupressores

    Ciclosporina, TacrolimusGlicocorticide

    Intenso e freqente Inibidor da ECA e antagonista de canal de clcio (nifedipina/ amlodipina). Ajustar nvel sricoReavaliar opes

    Antiinflamatrios no-esterides Eventual, muito Observar funo renal e

    Frmacos e Drogas que Podem Induzir Hipertenso

    Inibidores daCOX-1 e COX2

    Eventual, muito relevante com uso contnuo

    Observar funo renal e informar efeitos adversos

    Anorexgenos/sacietgenosAnfepramona e outrosSibutramina

    Vasoconstritores, incluindo derivados do ergot

    Intenso e freqenteModerado, mas pouco relevante

    Varivel, mas transitrio

    Suspenso ou reduo de doseAvaliar a reduo da presso arterial obtida com a reduo de pesoUsar por tempo determinado

    HormniosEritropoietina humana Anticoncepcionais orais

    Terapia de reposio estrognicaHormnio de crescimento (adultos)

    Varivel e freqenteVarivel, prevalncia de HA at 5%Varivel

    Varivel, uso cosmtico

    Avaliar hematcrito e dose semanalAvaliar a substituio do mtodo com especialistaAvaliar riscos e custo/benefcio

    Suspenso

    Classe Efeito pressor/freqncia

    Ao sugerida

    Frmacos e Drogas que Podem Induzir Hipertenso

    AntidepressivosInibidores da monoaminoxidaseTricclicos

    Intenso, infreqente

    Varivel e freqente

    Abordar como crise adrenrgica

    Abordar como crise adrenrgica.; vigiar interaes medicamentosas

    Drogas ilcitas e lcool

    Anfetaminas, cocana e

    derivados dolcool

    Efeito agudo, intenso;dose-dependenteVarivel e dose-dependente; muito prevalente

    Abordar como crise adrenrgica

    Vide tratamento no-farmacolgico

    - ICC Beta-block, IECA, IAT1, antagonistas daaldosterona e tazdicos

    - Ps IAM Beta-Block, IECA, Antag. Adosterona- Alto risco Cardiovascular Beta-block, IECA, Bock

    de Clcio e Tiazdicos

    Anti-Hipertensivos Especficos para Cada Condio Clnica

    de Clcio e Tiazdicos- Diabetes IECA, IAT1, Tiazdicos, Block Clcio

    - Doena Renal Crnica IECA, IAT1

    - Preveno de AVCI recorrente IECA, Tiazdicos

    Anti-Hipertensivos Especficos para Cada Condio Clnica

    - Emergncia Exige reduo imediata da PA, com drogas EV

    Urgncias Hipertensivas Permitem a reduo

    Diferenciao entre emergncias e urgncias Hipertensivas:

    Causas de Hipertenso Refratria

    - Urgncias Hipertensivas Permitem a reduo da PA ambulatorialmente, com medicao VO

    14

  • Emergncias Hipertensivas Emergncias Hipertensivas

    Preveno Primria e SecundriaControle da hipertenso com diferentes frmacos tem grande impacto na preveno primria e secundria do AVC

    Fase Aguda do AVC isqumicoElevao da PA frequente e transitriaEvitar reduo intensa da PA (>25% da PAD)

    Acidente Vascular Cerebral

    Hematoma CerebralPAS 160mmHg relacionada expanso do hematomaPAM deve ser mantida entre 90 e 130 mmHg

    Evitar reduo intensa da PA (>25% da PAD)Melhores nveis da PAS situam-se entre 150 180 mmHgAnti-hipertensivos somente em condies especiais:

    Isquemia miocrdica, insuficincia renal ou cardaca, disseco artica, PAS >220/120 mmHg (medidas repetidas)

    Nvel da PA* Tratamento Prolongado

    O paciente com AVC candidato a ser tratado com t-PA, mas tem hipertenso:

    Em geral, uma PA to alta uma contra-indicao para a terapia fibrinoltica. No entanto, se um dos esquemas

    PAS > 185 mm Hgou

    PAD > 110

    a terapia fibrinoltica. No entanto, se um dos esquemas abaixo conseguir diminuir e manter a PA 185/110 mm Hg, esta contra-indicao retirada:- Pasta de nitroglicerina: 2,5 a 5 cmou- Labetalol: infuso IV de 10 a 20 mg; pode ser repetido 1 (uma) vez em 10 minutos (faixa: 10 a 40 mg)ou- Enalapril: infuso IV de 0,625 a 1,25mg

    Nvel da PA* Tratamento ProlongadoA ocorrncia de presses arteriais altas durante ou aps a infuso de 60 minutos de t-PA considerada de alto risco. Isto exige tratamento urgente e agressivo, da seguinte maneira:

    Aparecem PA altas:PAS entre 180 e 230 mm HgouPAD entre 105 e 120 mm Hg

    - Labetalol: infuso IV de 10 mg durante 1 a 2 minutos- possvel repetir ou dobrar a infuso IV de labetalol durante 1 ou 2 minutos; dar a cada 10 a 20 minutos (no mximo 150 mg)ou- Labetalol: infuso IV de 10 mg seguido de infuso de labetalol de 2 a 8 mg/minou

    Enalapril: infuso de IV de 0 625 a 1 25 mg- Enalapril: infuso de IV de 0, 625 a 1,25 mg

    Aparecem PA muito altas:PAS > 230 mm HgouPAD entre 121 e 140 mm Hg

    - Labetalol: infuso IV de 10 mg durante 1 a 2 minutos- possvel repetir ou dobrar a infuso IV de labetalol durante 1 ou 2 minutos; aplicar a cada 10 minutos (no mximo 150 mg)ou- Labetalol: infuso IV de 10 mg, seguida de infuso de labetalol de 2 a 8 mg/minou- Enalapril: infuso IV de 0,625 a 1,25 mg

    Aparecem PA extremamente altas: PAD > 140 mm Hg

    - Nitroprussiato de sdio: infuso IV na taxa de 0,5g/kg por minuto- Procurar chegar a uma reduo de 10% a 20% na PAD

    Nvel da PA* Tratamento Prolongado

    O paciente com AVC NO candidato a receber t-PA, mas tem presso arterial alta. Sem receber t-PA, esta situao apresenta menos riscos, mas ainda h necessidade de um tratamento oportuno:

    Aparecem PA altas:PAS entre 180 e 220 mm HgouPAD entre 105 e 120 mm Hg

    - A terapia anti-hipertensiva de emergncia para estas PAs adiada em ausncia de disseco artica, infarto agudo do miocrdio, insuficincia cardaca congestiva grave ou encefalopatia hipertensiva

    Aparecem PA muito altas:PAS > 220 mm Hg

    - Labetalol: infuso IV de 10 a 20 mg, durante 1 a 2 minutosPAS > 220 mm Hg

    ouPAD entre 121 e 140 mm HgouPAM > 130 mm Hg

    2 minutos- possvel repetir ou dobrar a infuso IV de labetalol durante 1 a 2 minutos, a cada 20 minutos (no mximo 150 mg)ou- Labetalol: infuso IV de 10mg, seguida de infuso de labetalol na taxa de 2 a 8 mg/minou- Enalapril: infuso IV de 0,625 a 1,25 mg

    Aparecem PA extremamente altas: PAD > 140 mm Hg

    - Nitroprussiato de sdio: infuso IV na taxa de 0,5g/kg por minuto- Procurar atingir uma reduo de 10% a 20% na PAD

    15

  • Emergncias Hipertensivas Emergncias Hipertensivas

    Emergncias Hipertensivas

    Oxignio, acesso venoso, monitor + ECG;

    Analgesia (Morfina);

    Reduo de Ps Carga (Nitroprussiato);

    Conduta na Disseco Aguda de Aorta

    g ( p );

    Reduo de Presso de Pulso (-bloqueador).

    Emergncias Hipertensivas Emergncias Hipertensivas

    16

  • MOV + ECG;

    Decbito Elevado;

    Oxignio ( Mascara/ CPAP);

    Reduo de Pr Carga (Diurtico Morfina

    Conduta no Edema Agudo de Pulmo

    Reduo de Pr-Carga (Diurtico, Morfina, Nitroglicerina, Nitroprussiato);

    Reduo de Ps-Carga (Nitroglicerina, Nitroprussiato).

    - Droga de escolha em geral Nitroprussiato de Sdio;

    - Rpida ao e meia-vida Potente, seguro e titulvel

    Drogas EV

    Emergncias Hipertensivas

    titulvel.

    - Disseco de Ao Beta-bloqueadores, diminuem dP/dT;

    - AVC Beta-bloqueadores, por no diminuirem muito a PA;

    Drogas EV especficas para cada situao

    Emergncias Hipertensivas

    - Isquemia Nitratos e Beta-bloqueadores, diminuem consumo miocrdico de O2;

    - Edema Agudo de Pulmo Interessante associao de diurticos de ala.

    Papiledema = Nitro

    Dica

    Emergncias Hipertensivas

    - Evitar o tratamento cosmtico da PA;

    - Tratamento sintomtico to eficaz quanto.

    Medicao sintomtica to eficaz quanto anti-hipertensiva

    Urgncias Hipertensivas

    Um homem de 45 anos tem, por diversas vezes, apresentadopresso arterial de 156x96mmHg em avaliaes de rotina. etilista social, tabagista, sedentrio, tem 170 cm de altura e 85kg de peso e fundo de olho normal. Apresenta glicemia de jejumde 95mg/dl, creatinina de 1,2mg/dl, sedimento urinrio,eletrocardiograma, perfil lpidico e radiografia de trax normais.O di t d di t hi l i

    Exame Nacional de Concursos MEC 2001

    O mdico que o atendeu prescreveu dieta hipocalrica,hipossdica e rica em clcio e potssio, exerccio fsico,absteno de fumo, reduo do consumo de lcool e retornopara reavaliao em 3 meses. A conduta deste mdico estcorreta?

    17

  • Como vc trata cada um dos pacientes abaixo?a) senhora de 65 anos, obesa, hipertensa e diabtica h 20anos, vai visitar a me na UTI e fica emocionada, apresentatontura e levada ao PS, onde se constata PA=210x120 mmHg;o restante do exame fsico, com exceo da obesidade, normal;b) jovem de 12 anos refere que h 15 dias teve impetigo;ontem acordou com as plpebras edemaciadas e hoje noconseguiu praticar educao fsica por dispnia. Ao exame fsico,observaram-se PA = 160x100 mmHg, pulmes livres, fundo deolho normal;olho normal;c) senhor de 72 anos, revascularizado do miocrdio h doisanos, refere dor retroesternal h trs horas. Seu exame fsicorevela PA = 210x130 mmHg e os pulsos diminudos emmembros superiores e no palpveis em membros inferiores;d) moa lpica de 22 anos h uma semana fez todos os examespara avaliao de atividade da doena, que foram normais; hojerefere cefalia e PA=180x100mmHg;e) senhora de 48 anos, portadora de estenose artica devido acardite reumtica, refere tontura rotatria e vmitos desde hojecedo, PA=180x105 mmHg.

    Homem, 58 anos, retorna UBS para avaliao dos resultadosde exames de rotina. H um ano, glicemia de jejum= 180mg/dl. Exame fsico: IMC= 34 kg/m2, PA= 135 x 85 mmHg,FC= 90 bpm, fgado palpvel a 2 cm da RCD, borda fina,consistncia normal. Exames laboratoriais: glicemia de jejum=160 mg/dl (VR, 70-110 mg/dl), colesterol total= 277 mg/dl (VR< 200 mg/dl), colesterol HDL= 47 mg/dl (VR > 40 mg/dl),

    UNICAMP 2005

    triglicrides= 200 mg/dl (VR < 200 mg/dl), uria= 22 mg/dl (VR< 49 mg/dl), creatinina= 1,2 mg/dl (VR < 1,3 mg/dl). Qual aconduta?

    USP-RP 2010

    Mulher, 62 anos de idade, tabagista h 20 anos, apresentoupresso arterial de 162 x 90 mmHg em duas consultas seguidas.Exames laboratoriais mostraram colesterol total = 210 mg/dL,LDL = 162 mg/dL, HDL = 32mg/dL, creatinina = 1,2mg/dL,Urina rotina sem alteraes, eletrocardiograma com sinais dehipertrofia de ventrculo esquerdo. A alternativa correta :b) provvel que a paciente tenha hipertenso do avental branco. Deve-se solicitar monitorizao ambulatorial da presso arterial (MAPA) ese solicitar monitorizao ambulatorial da presso arterial (MAPA) einiciar somente medidas no medicamentosasb) o tratamento medicamentoso com monoterapia est indicado e umaopo seria o uso de atenolol 25mg/diac) o perfil da paciente mais adequado ao uso de associao demedicamentos hipotensores. A associao de hidroclorotiazida cominibidor da enzima conversora seria uma boa opod) deve-se preferir o uso de inibidores de enzima conversora associadoao antagonista de receptor AT1 como forma mais eficaz de regredir ahipertrofia de ventrculo esquerdo

    Homem, 60 anos, diabete melito tipo 2, hipertenso de longa durao,fumante com baixa adeso ao tratamento anti-hipertensivo. atendido naemergncia com PA = 250 x 150 mmHg, cefaleia intensa, viso borrada,vmitos e crise convulsiva. Fundo de olho evidencia edema de papila. Emrelao ao diagnstico e conduta, correto afirmar que se trata de:a) crise hipertensiva, devendo o paciente ser tratado com metoprolol,hidralazina e diurtico, trazendo os nveis de tenso arterial para a faixa denormalidade.b) emergncia hipertensiva; imediatamente usar hidralazina endovenosa,

    FMJ 2010

    objetivando trazer os nveis de tenso arterial para baixo de 120 x 80mmHg.c) crise hipertensiva; de imediato usar metoprolol endovenoso e mantertenso arterial em nveis abaixo de 130 x 80 mmHg.d) emergncia hipertensiva; de imediato usar nitropussiato de sdio,iniciando simultaneamente esquema anti-hipertensivo via oral paradesmame precoce do nitroprussiato, evitar hipotenso, mantendo nveis detenso arterial em torno de 140 x 90 mmHg.e) emergncia hipertensiva; de imediato usar nitropussiato de sdio e, sepossvel, mant-lo por vrios dias, s iniciando esquema anti-hipertensivooral, tardiamente, aps normalizao da tenso arterial com o nitroprussiatode sdio.

    Um paciente atendido no servio de ortopedia devido a umaentorse no tornozelo. O mdico constatou a PA=160x110mmHg. Todo o resto do exame fsico era normal. A melhorconduta neste paciente :a) nifedipina sublingual;b) furosemida e benzodiazepnicos endovenosos;) it i t d di i t (IV)

    IAMSPE 2000

    c) nitroprussiato de sdio intravenoso (IV); d) captopril sublingual;e) tratamento escalonado da hipertenso arterial em ambulatrio.

    18