Cap3_analisetensõesdeformações_R3
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ETEP FACULDADES ESCOLA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL
Processos de Conformação
CAPÍTULO 3 Análises de tensões e deformações
Critérios de escoamento
Prof. Dr. José Eduardo Salgueiro Lima
São José dos Campos
2014
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3. TENSÕES
3.1 Análise de tensões
A análise de tensões para um estado de tensões em um sólido sob a ação de esforços
vem sendo utilizada no projeto de elementos de máquinas, de forma a determinar tensões e
deformações em pontos críticos, por meio de critérios de resistência, levando-se em consideração
a máxima tensão de cisalhamento ou a máxima energia de distorção. Estes critérios trabalham
dentro do limite de escoamento do material considerado, tomando-se coeficientes de segurança
de acordo com as necessidades da aplicação.
Os pontos críticos são tratados como cubos elementares infinitesimais onde atuam
esforços segundo as direções de um sistema ortogonal xyz, em estados tridimensional de tensões
ou bidimensional de tensões, conforme mostrado na figura 1 a seguir.
Figura 1: Estados de tensões representados por cubos elementares: (a) Estado
tridimensional de tensões, (b) estado bidimensional de tensões e (c) vista bidimensional.
O estado de tensão da Figura 1.a não é encontrado com freqüência na prática da
engenharia. Aproximações ou Simplificações das cargas sobre o corpo, a fim de que a tensão
produzida em um sistema estrutural ou mecânico seja analisado em um estado plano de tensões.
Em torno de um ponto, um elemento de superfície podendo assumir uma infinidade
de posições, ensejará o aparecimento de tensões diferentes no mesmo ponto, correspondentes a
cada uma dessas posições. O estado de tensão num ponto é o conjunto de todas as tensões
ocorrendo em todos os planos passando pelo ponto.
É possível demonstrar-se que o estado de tensão num ponto fica definido quando
forem conhecidas as tensões referentes aos três planos ortogonais entre si, que se interceptam no
ponto considerado, desta forma para a análise do estado de tensão num ponto, imagina-se um
cubo situado com vértice no ponto, em cujas facetas supõe-se as tensões conhecidas. Orienta-se
o cubo considerado como um sólido de dimensões infinitesimais, tomando como origem o ponto
em estudo e como eixos de referência as arestas a ele concorrentes.
Nas três faces do cubo que são “visíveis”, ocorrem tensões iguais e de sentidos
opostos. O estado de tensões num ponto, no caso mais geral, ficará então definido conhecendo-se
nove tensões, que são as que atuam nas faces do cubo elementar.
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No entanto, trato da conformação mecânica, trabalha-se com os mesmos critérios
acima do limite de escoamento, ou melhor na região plástica, pois se quer uma conformação
permanente do metal. Desta forma, os critérios de resistência, como por exemplo Tresca e Von
Mises, serão empregados tendo por base a plasticidade do metal que esta sendo conformado,
devido a este fato, alguns conceitos básicos do estudo de análise tensões para um determinado
estado de tensões serão revistos, com o objetivo de aplica-los nos métodos de cálculos para os
diversos processos de conformação mecânica dos metais.
3.1.1 Tensões normais e cisalhantes
Uma dada superfície plana π, é definida pela direção que é dada pela normal a este
plano, as tensões que atuam sobre um plano de um sólido podem ser descritas como:
Normais: Quando a direção de atuação coincide com a direção do plano de atuação.
Tensão atua na direção perpendicular ao plano considerado. (σ)
Cisalhantes: Quando a direção é perpendicular a direção plano de atuação. Tensão atua
paralela ao plano. (τ).
Conforme pode-se observar na figura 2.
Figura 2: Para a superfície plana π a direção normal do vetor n
define o plano π.
3.1.1.1 Nomenclatura
Desta maneira orientam-se as tensões normais e cisalhantes de acordo com as
direções dos planos segundo aos quais estão atuando as tensões, conforme um sistema de
referência xyz,. Assim uma tensão normal ou cisalhante é classificada por dois índices a e b:
σab e τab sendo: a= direção do plano de atuação da tensão, b= direção da tensão em relação ao
sistema de referência, como na Figura 3.
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Figura 3: Detalhe de um elemento de volume em estado triaxial ou tridimensional’ de
tensões, mostrando as tensões positivas em duas faces opostas.
Utiliza-se xx= x logo:
yy= y e zz= z
ab a= direção do plano de atuação da
tensão,
b= direção da tensão em relação
ao sistema de referência.
xx
x= direção do plano de atuação da tensão
x= direção da tensão relativa ao sistema xyz
xy
x= direção do plano de atuação da tensão
y= direção da tensão relativa ao sistema xyz.
xy yz
yx
zy
zx
zx
zy
xy
xz
yx
yz
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3.1.1.2 Convenção de sinais
As tensões também têm sinais de acordo com o sistema de referência xyz, o
componente das tensões normal ou de cisalhamento será positivo caso atue na direção positiva
da coordenada da face mais positiva do elemento, ou caso atue na direção mais negativa da
coordenada da face negativa do elemento.
3.1.2 ANÁLISE DE TENSÕES NO ESTADO BIAXIAL DE TENSÕES
Dado um certo estado de tensões num ponto, associado a um dado sistema de coordenadas, é
importante que se determine os valores destas mesmas tensões caso o sistema de coordenadas
associado seja alterado. Na figura 4 representada através de um “quadrado infinitesimal”, que é a
vista superior de um “cubo elementar infinitesimal” associado a um sistema de coordenadas xy.
Figura4: Cubo elementar infinitesimal a esquerda e vista superior (vista bidimensional) a
direita, para um estado plano de tensões.
3.1.2.1 Equações de transformação de tensões
Considerando-se um sistema rotacionado de um ângulo θ, x’y’, conforme pode ser
observado na figura 5. A pergunta que deve ser feita aqui é quanto devem valer as tensões
normais, σx e σy, e tangenciais, τxy, originalmente associadas ao quadrado infinitesimal do
sistema de coordenadas xy quando o quadrado infinitesimal estiver associado ao sistema de
coordenadas x’y’, rotacionado de um ângulo θ.
y
x
y
x
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Figura 5: Sistema rotacionado de um ângulo θ, x’y’, para um estado plano de tensões.
De forma a responder esta questão, ao invés de se trabalhar com o quadrado (cubo) infinitesimal,
é mais conveniente cortar um triângulo como abaixo, ou seja, tendo-se a sua hipotenusa alinhada
com a direção y’ do sistema de coordenadas rotacionado, no sentido anti-horário, do ângulo θ.
Nesta face, devem estar associadas a tensão normal σx’ e a tensão tangencial x’y’. Como o estado
de tensões está em equilíbrio, as forças associadas a todas as tensões têm que se equilibrar
também nas direções x’ e y’. É necessário, portanto, que se passe as tensões para forças,
multiplicando-as por suas áreas de atuação. Sendo a área da hipotenusa do triângulo adotada
como ΔA, a área dos catetos devem valer, por conseguinte, ΔAcosθ e ΔAsinθ, conforme
figura 6.
Figura 6: Decomposição de forças no plano rotacionado de um ângulo
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Sabendo-se as forças que atuam em cada face do triângulo (prisma de base triangular), pode-se
proceder com a determinação das equações de equilíbrio em cada direção transformada. Para a
direção x’ tem-se que:
Fx’=0
0coscoscos)cos( AsensenAsenAsenAA xyxyyxx
Eliminando-se A
cos2cos 22 sensen xyyxx
Fy’=0
0cos)(cos)cos()cos( AsenAsenAsenAsenA yxyxxyyx
Eliminando-se A
22 coscoscos sensensen xyyxyxyx
Logo
)(coscos)( 22 sensen xyxyyx
Sabe-se da trigonometria que:
2
2cos1cos;
2
2cos1;cos22 22
sensensen
Substituindo-se tem-se:
22cos22
' senxy
yxyx
x
(I)
2cos22
'' xy
yx
yx sen
(II)
Substituindo-se em (I) x=y+90° tem-se:
22cos22
' senxy
yxyx
y
(III)
É IMPORTANTE NOTAR QUE:
x'+ y’ = x+ y. Assim, a soma das tensões normais em dois planos perpendiculares é uma
quantidade invariante, ela independe da orientação e do ângulo .
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Regras Práticas para a Identificação do Ângulo θ
1) Quando é fornecido o ângulo de rotação do elemento.
Existem exercícios em que o ângulo ϴ é fornecido diretamente, em geral o enunciado diz “o
ângulo de rotação do elemento vale tanto no sentido horário(-) ou anti-horário(+) ”, assim basta
colocar o ângulo fornecido nas fórmulas I, II e III, com o devido sinal.
2) Quando se pede as tensões normais e cisalhante no plano da solda.
Sentido de rotação de θ: do cateto vertical para a hipotenusa sobre plano inclinado.
Sentido horário ângulo positivo
Sentido anti-horário negativo
3) É necessário lembrar que ϴ é o ângulo entre x e x’, e que o traço do plano inclinado
é y’.
Θ>0
Ponto mais alto que plano encontra o cubo elementar
Traço do Plano Inclinado
A
B C
Θ<0
x
y x’( normal ao traço do
plano inclinado)
y’ (traço do plano
inclinado)
ϴ>0
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3.1.2.2 Tensões normais principais
Existem infinitos planos em torno de um ponto sendo que existirá um plano com tensão máxima
e outro com tensão mínima, estes planos são denominados planos principais sendo σ1 a tensão
máxima e σ2 a tensão mínima, defasados entre si em 90°. Para se obter a expressão de cálculo da
tensão máxima deriva-se a equação de transformação (I) em função de θ e iguala-se a zero para
se obter o valor máximo da tensão principal.
0
d
d x
Logo:
yx
xy
yx
xyptg
2
2
2
e θp2= θp1+90º (IV)
Os valores calculados nas equações (IV) devem ser substituídos na expressão (I) para
se verificar qual valor se refere ao ângulo p1 referente ao maior valor (p1) e p2 referente ao
menor valor (p2), a expressão acima fornece apenas a tangente de θp, as expressões do seno e
do cosseno de θ associadas à expressão acima podem ser facilmente obtidas se interpretarmos
esta expressão como se observa na Figura 7 a seguir. Isto é, a expressão dá a inclinação da
tangente ao ângulo 2θp num sistema τ-σ,
Figura 7: A equação da tangente de 2p expressa graficamente num sistema
O seno ou o cosseno de 2p podem ser dados como a seguir:
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2
21
2
2
xy
yx
xypsen
;
2
21
2
22cos
xy
yx
yx
p
2
22
2
2
xy
yx
xypsen
2
22
2
22cos
xy
yx
yx
p
Substituindo-se em (I) obtém-se a equação que permite o cálculo de 1 e σ2:
1
2
2
2 2
x y x y
xy (V)
2
2
2
2 2
x y x y
xy (VI)
Nestes planos a tensão cisalhante é nula, basta substituir as expressões de seno e cosseno para
2ϴp1 e 2ϴp2, na expressão (II).
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3.1.2.3 Círculo de Mohr em 2D
A figura 9 mostra um círculo de MOHR para um estado plano de tensões
Figura 9: Círculo de Mohr em um estado plano de tensões.
No círculo de Mohr pontos representam planos desta maneira tem-se:
Ponto X = plano X que é representado no círculo de Mohr pelas coordenadas (σx,xy)
Ponto Y= plano Y que é representado no círculo de Mohr pelas coordenadas (σy,yx)
O centro do círculo é dado por:
0;0;2
med
yxCouC
Tensões Principais são:
1=abscissa do centro + raio
1
2
2
2 2
x y x y
xy
2=abscissa do centro – raio
2
2
2
2 2
x y x y
xy
Raio=2
2
2xy
yx
máx
Y X
τ
y
x
σy
σx
τxy
τyx
(σy,yx)
σy
(σy,yx)
R
2θ
X
Y
θ
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Convenção de sinais no círculo de MOHR
O ângulo θ do plano de rotação do elemento em relação ao sistema de referência (xy) será:
Positivo se girar anti-horário
Negativo se girar horário
No ponto X ---- θ = 0
No ponto Y ----- θ =90°
Esta é a mesma convenção do ÂNGULO θ no cubo elementar,
Tensão de cisalhamento horária negativa.
3.2 ANÁLISE DE TENSÕES EM 3D
3.2.1 Introdução
Considere o estado triaxial de tensões em um ponto obtido no sistema de eixos x, y e z, conforme
Figura 1. Estes eixos, por conveniência, são normalmente adotados sendo paralelos às cargas
externas às quais estão submetidas as estruturas. No entanto, é necessário conhecer o estado de
tensão deste ponto num sistema de eixos qualquer, isto é, as máximas tensões atuantes (normais
e cisalhantes.)
Figura 10: Detalhe de um elemento de volume em estado triaxial de tensões, mostrando as
tensões positivas em duas faces opostas.
A Figura10 mostra as tensões atuantes em um sistema de coordenadas x, y, z, onde:
As faces normais às direção “y” recebem o nome de faces “y”;
A face “y” situada em um ponto mais positivo do eixo “y” é a face “y” positiva;
yy: tensão atuando na face “y”, na direção “y” (tensão normal);
xy yz
yx
zy
zx
zx
zy
xy
xz
yx
yz
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yx: tensão atuando na face “y”, na direção “x” (cisalhamento);
Na face “y +”, as tensões que apontam na direção dos eixos x
+, y
+ e z
+ são positivas;
Na face “y - ”, as tensões que apontam na direção dos eixos x
-, y
- e z
- são positivas;
Consideremos que a nova face (oblíqua) seja uma face principal (não há tensões
tangenciais);
é a tensão normal, atuando na face oblíqua, que mantém o elemento de volume em
equilíbrio.
Tomando-se o Tetraedro de Cauchy, conforme a figura 11,
A
Nota:
xy=xy, yz=yz, yx=yx, zy=zy, zx=zx, xz=xz
Figura 11: Equilíbrio de forças no elemento de volume, tomando-se o Tetraedro Cauchy.
considera-se:
Seja ΔA a área da face oblíqua.
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Sejam , e os ângulos que a face oblíqua faz com o sistema de coordenadas original
x, y e z (, e são ângulos que a direção normal à face A faz com os eixos x, y e z,
respectivamente).
Fazendo o equilíbrio de forças na direção x :
)(.)(.)(.cos.. JOKareaJOLareaKOLareaA zxyxx
cos..cos..cos..cos.. AAAA zxyxx
cos.cos.cos.cos. zxyxx
0cos.cos.cos).(0 zxyxxxF
0cos.cos).(cos.0 zyyxyyF
0cos).(cos.cos.0 zyzxzzF
onde cos , cos , cos são os cossenos diretores da direção (que define também a direção da
face obliqua A, pois é normal à A).
Designando:
cos
cos
cos
l
m
n
sabemos que l m n2 2 2 1
0).(..
0...
0...
nml
nml
nml
zyzxz
zyyxy
zxyxx
I
Que é um sistema linear homogêneo de 3 equações e 3 incógnitas (l, m, n cossenos
diretores da direção ou da face oblíqua A).
Esse sistema pode apresentar solução trivial (l, m, n simultaneamente nulos).
Essa solução não é possível pois os cossenos diretores de uma direção qualquer nunca são
simultaneamente nulos, ainda: l m n2 2 2 1
Ex.: direção z, mostrada na figura 12.
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Figura 12: Cossenos diretores para a direção “z”.
l
m
n
l m
cos cos
cos cos
cos cos
90 0
90 0
0 1
1 0 0 1 12 2 2 2
Outra solução, diferente da trivial, será possível se o determinante da matriz dos
coeficientes tem que ser nulos, ou seja:
0
zyzxz
zyyxy
zxyxx
Resolvendo :
0......2..
.....
222
22223
xyzzxyyzxzxyzxyzyx
zxyzxyxzzyyxzyx
II
Que é uma equação do 3 grau, cujas raízes são 1, 2 e 3 (tensões principais nas três
faces principais).
As direções de cada uma dessas tensões são determinadas substituindo o valor de cada
tensão no conjunto de equações I e utilizando também l m n2 2 2 1 .
Ex.: Para determinar as direções de 1 substituímos 1 em I e determinamos l1, m1 e
n1.
Repete-se o processo para 2 l2, m2 e n2.
Repete-se o processo para 3 l3, m3 e n3.
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3.2.2 Círculo de Mohr para o estado triaxial de tensões
Qualquer estado de tensão tridimensional pode ser transformado em três tensões principais que
atuam em três direções ortogonais, Figura13.
Figura 13:Tensões principais num elemento solicitado triaxialmente
Pode-se construir um diagrama de Mohr, para um estado triplo de tensões conforme figura 14 a
seguir:
Figura 14: Círculo de tensões de Mohr para num elemento solicitado triaxialmente
As tensões cisalhantes são o raio de cada círculo logo tem-se (máxima) e
respectivamente para os planos 12; 13 e 23, analiticamente pode-se deduzir que:
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20
2
20
2
20
2
32
23
2
32
23
31
13
2
31
13
2112
2
2112
A figura 15 mostra os planos de tensões principais cisalhantes
Figura 15: Planos de tensões principais cisalhantes
3.3 Aplicações do Círculo de Mohr na conformação mecânica
3.3.1 Considerando o processo de laminação de uma barra metálica:
Considere um barra de metal, de seção retangular, submetida à conformação plástica por
laminação, conforme mostrado na figura 16.
𝜏1 2 =𝜎1− 𝜎2 2
𝜏𝑚á𝑥 = 𝜏1 3 =𝜎1− 𝜎3 2
𝜏2 3 =𝜎2− 𝜎3 2
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Figura 16: Processo de laminação com destaque para o elemento de volume do metal
situado na região instantânea de deformação.
Na figura 17 tem-se o círculo de Mohr construído para as tensões sobre o metal em laminação
Figura 17: Círculo de Mohr 3D para um elemento de volume de um metal em laminação.
Adicionando o esforço de tração F, conforme figura 15, tem-se o círculo de Mohr para o metal
em laminação, sob a ação de uma força na região já laminada, conforme se pode observar na
figura 18.
Figura 18: Círculo de Mohr 3D para um elemento de volume de um metal em laminação,
com a adição de uma força de tração à região do metal já laminada.
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3.3.2 Considerando um processo de trefilação.
Quando se deseja alongar uma barra cilíndrica, é possível tracioná-la, como em um
ensaio de tração. No entanto, se a desformação desejada exigir uma aplicação de tensão acima da
máxima e a barra sofrerá estricção e o produto obtido não é mais satisfatório. Nestes casos, é
possível impor a deformação desejada, através da trefilação, que consiste na passagem da barra
através de uma ferramenta cônica, chamada de fieira, conforme se pode observar na figura 19.
Note que a tensão necessária para trefilar deverá ser menor ou igual a tensão após a passagem
pela fieira.
Figura19: Círculo de Mohr num elemento no instante da deformação durante a trefilação.
1
1 3
2
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EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
Exercício Resolvido 1:
Em determinado processo de conformação plástica, na região de deformação instantânea do
metal, foram encontradas as tensões descritas pela seguinte matriz:
MPa
ZZYZX
YZYYX
XZXYX
1002000
2003000
00500
a) Determinar suas tensões principais e suas direções.
b) Determinar as suas direções (co-senos diretores)
c) Determinar as tensões principais cisalhantes
Resolução
A equação cúbica que irá fornecer as tensões principais é dada pela equação II, que pode ser
escrita:
3
1
2
2 30 I I I. . III
onde:
Ix y z1
Ix y y z z x xy yz zx2
2 2 2 . . .
222
3 ......2.. xyzzxyyzxzxyzxyzyxI
2
1 10.7I 4
2 10.3I 6
3 10.35I
ou:
010.3510.3.10.7 64223
Analisando-se o tensor de tensões verifica-se que as tensões cisalhantes xy e yx são iguais a
zero, logo estamos num plano principal, sendo a maior tensão 500 MPa, uma das tensões
principais do estado geral de tensões, logo, fazendo-se a divisão do trinômio do terceiro grau,
010.3510.3.10.7 64223 pelo binômio do segundo grau, 500 :
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0
___________________________
3500000070000
3500000070000
___________________________
100000200
3500000030000200
__________________________
70000200500
500-|3500000030000700
2
2
223
__________
23
Pode-se escrever que:
070000.200.500 2
Resolvendo-se a equação do segundo grau temos as duas raízes ou as outras tensões principais,
que ordenadas ficam:
MPa
MPa
MPa
84,182
84,382
10.5
3
2
2
1
1 2 3
Para determinar l1, m1 e n1:
0.500100.200.0
0.200.500300.0
0.0.0.500500
nml
nml
nml
00
0.400
0.60000.2
0.200.200
mn
n
nm
nm
usando:
l m n1
2
1
2
1
2 1
l
l
1
2
1
1
1
cos l 1 0
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cos m 0 90
cos n 0 90
direção de 1 é a direção x
Utilizar o mesmo método para determinar os co-senos diretores de e 3.
Exercício Resolvido 2
Calcule os componentes das tensões principais e as direções principais.
O tensor tensão é dado por:
(kg/cm2)
Determinação dos invariantes
determinação das raízes da equação do terceiro grau:
(a) Estimativa de uma das raízes através do Método de redução de polinômios Briot Ruffini
561
634
142
ij
105321 zyxI
22
)6()1()4()5.2()5.3()3.2( 222
222
2
xzyzxyzxzyyxI
77
)4(5)1(3)6(2)1.6.4(2)5.3.2(
2
222
222
3
xyzxzyyzxxzyzxyzyxI
032
2
1
3 III iii
0772210 23 iii
77,22
10,1
dc
ba
0001,012,3898,71
49,006,3899,71
04,459,389,71
02,2
01,2
1,2
13881
524371
463191
7722101
2
3
1
1°chute
2° chute
refinamento
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(b) determinação das raízes da equação do segundo grau, obtida pela redução da equação
anterior através de Briot Ruffini
Exercício Resolvido 3
O estado de tensões num ponto é representado pelo seguinte tensor de tensões:
MPa
ZZYZX
YZYYX
XZXYX
1120
1260
005
a) Determine as tensões normais principais.
b) Proceda à representação do estado de tensão no plano de Mohr e determine a tensão
máxima absoluta de cisalhamento.
Resolução
015055
00012.12165
0120
60.0
10
120.0
112
126).5(
1120
1260
005
2
Tem-se portanto uma equação do terceiro grau, resolvendo-se:
(-5-
ou
(²+5-150)=0
Daí tem-se as seguintes raízes
MPa; =10MPa e =-15MPa
012,3898,72 ii
1.2
)12,38.(1.4)98,7(98,7 2 i
}34,11;4,3{ i
4,3,02,2,34,11 321
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Colocando-se as tensões normais principais em ordem decrescente de intensidade:
=10MPa, MPa; e =-15Mpa
Tensão Máxima absoluta de cisalhamento ( raio do círculo vermelho
MPa
Tensão de cisalhamento entre os planos 1 e 2 de cisalhamento (raio do círculo verde
MPa
Tensão de cisalhamento entre os planos 2 e 3 de cisalhamento (raio do círculo azul
Mpa
-15
-10
-5
0
5
10
15
-10-9 -8 -7 -6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 101112131415
Te
ns
ão
de
Cis
alh
am
en
to (
tha
o)
Tensão Normal (sigma)
Círculos de Mohr
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3.4. CRITÉRIOS DE ESCOAMENTO.
3.4.1 Decomposição em componentes do tensor de tensões
A matriz de tensões pode ser decomposta em duas componentes, uma chamada hidrostática e
outra chamada desviatória, segundo mostrado pela equação 1.6, ou graficamente pela figura 1.
Desviadora é o termo usualmente empregado pelos profissionais da área para designar a
componente de um estado de tensões que causa somente variação da forma do material, mas
nenhuma variação do seu volume.
onde m é a tensão normal média, definida pela equação:
33
321
zyx
m
Figura 1. Decomposição do estado de tensões em componentes hidrostático e desviatório a
partir do tensor de tensões principais.
Estes componentes mostram a capacidade do estado de tensões em provocar mudança de
volume, através da componente hidrostática (ou variação de forma) ou deformação plástica,
através da componente desviatória. As tensões normais não produzem deformação plástica;
apenas variações elásticas no volume. As tensões de cisalhamento são responsáveis pela
deformação plástica.
3.4.2 Critérios de escoamento
Diz-se que um dado material escoa quando ocorre deformação plástica sem praticamente
aumento da tensão aplicada, ou seja, a partir de um determinado ponto com a aplicação de uma
pequena carga consegue-se grandes deformações.
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Não existe uma dedução analítica que permita determinar quando o material irá entrar no campo
plástico, submetido a um estado complexo de tensões. O início do escoamento plástico só é bem
determinado para tensão uniaxial (tração simples). Qualquer critério de escoamento a ser
estabelecido deverá ser confirmado por um número adequado de experimentos e não deverá ser
dependente da orientação do sistema de coordenadas utilizado para efetuar a análise de tensões.
Desta maneira, a capacidade de um material resistir à deformação plástica é medida pela tensão
de escoamento, que é determinada pela relação entre a força que inicia a deformação e a área da
secção.
As teorias de escoamento foram desenvolvidas inicialmente considerando, simplificadamente,
que todo o elemento material permanece isotrópico. Na prática esta suposição torna-se pouco
funcional à medida que a deformação continua, já que os grãos cristalinos individuais são
alongados na direção da maior deformação de tração a textura da amostra se parece com uma
fibra, desta forma o material deixa de ser isotrópico e torna-se anisotrópico durante a deformação
plástica.
A idéia é utilizar um critério, que possua fundamentação mecânica e que possa ser aplicado para
o caso simplificado do ensaio de tração de modo a se obter parâmetros para sua aplicação. Serão
vistos os três critérios descritos a seguir.
1. Critério de máxima tensão cisalhante ou de Tresca.
2. Critério de máxima energia de distorção ou de von Mises
3.4.2.1 Critério de máxima tensão cisalhante ou critério de Tresca (1863)
A deformação plástica está diretamente associada à presença de componentes de tensão
cisalhante. Por isso, criou-se um critério de escoamento que define a ocorrência de deformação
plástica, mesmo em estados complexos de tensão, quando o valor do componente de tensão de
cisalhamento máximo alcance um valor mínimo, que pode ser obtido diretamente do ensaio de
tração. O valor do componente de tensão de cisalhamento máximo (2) é dado pela equação:
2
31
13
(2)
Onde 1 é a maior tensão principal e 3 é a menor.
Observar que:
10 (=0)
2=3=0
o que oferece o critério de escoamento, conforme a equação 3:
2
0
13
máx (3) ou 031 )( (4)
Este critério não prediz a ocorrência de deformação plástica em um estado de tensões
hidrostático. Ponto interessante é que o parâmetro de comparação deste critério é a máxima
tensão de cisalhamento, que por acaso define, matematicamente, o valor do raio de um círculo de
Mohr. Assim, quanto maior for o círculo de Mohr, maior a probabilidade de ocorrer escoamento.
3.4.2.2 Critério da máxima energia de deformação ou Critério de Von Mises (1913)
Antes de entrar neste critério, deve-se fazer referência ao cálculo da energia de deformação
elástica de um material. Esta energia pode ser calculada, para um corpo sob solicitação uniaxial
![Page 27: Cap3_analisetensõesdeformações_R3](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022042616/563db79f550346aa9a8cc138/html5/thumbnails/27.jpg)
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de tensões, pela clássica equação que relaciona força versus distância, conforme citada abaixo
(5):
dU = Fdl (5)
Sabendo-se que lii = l0(1+ε1) e A
F , calcula-se, a partir da equação (5):
li = l0(1+ε1) dl = l0ε1
A
F F=1A0 (6)
Neste caso utiliza-se A0, pois a alteração da área da secção reta é muito pequena para considerar
as correções. Agrupando os termos da equação (6) e integrando-a, por unidade de volume,
obtêm-se:
ff
dlAdlFU
l
l
total
0
1100
0
. (7)
considerando o cálculo da equação (1.51) por unidade de volume (divide-se por A0l0) e
considera-se válida a lei de Hooke, faz-se a integração, obtendo-se:
ftotal dU
f
11
0
12
1 (8)
Somando as respectivas energias nos outros dois eixos, considerando que estas não causem
interferência mútua, pode-se obter:
33221111
0
1 ..2
1
2
1
ftotal dU
f
(9)
Pode-se demonstrar, matematicamente que a equação acima (9) pode ser expressa como sendo a
soma de um termo correlacionado somente com as tensões hidrostáticas e outro termo
correlacionado com as tensões desviatórias.
Neste caso, a expressão fica:
Energia hidrostática (UoH):
2
3210 )(6
21
EU H (10)
Energia desviatória (UoD):
2
32
2
31
2
210 )()()(6
1
EU D (11)
O critério elaborado por von Mises admite que o material inicie deformação plástica quando a
energia elástica de distorção por unidade de volume (UoD – equação 11) atinge um valor limite
![Page 28: Cap3_analisetensõesdeformações_R3](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022042616/563db79f550346aa9a8cc138/html5/thumbnails/28.jpg)
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que é característico do material. Considerando o ensaio de tração e aplicando-se os valores de
tensão de escoamento na equação (11), vêm:
EU D
6
)1(2 2
00
Igualando esta equação à expressão da energia de distorção, obtêm-se a expressão para o critério
de escoamento de von Mises:
0
2
32
2
31
2
21 )(2
1 VM
3.4.3 Comparação entre os critérios de Tresca e Von Mises.
Quando 1 = 2 ou 2 = 3, então os critérios de von Mises e Tresca coincidem. Os dois
critérios apresentam uma diferença máxima em um estado plano de deformação, quando:
3122
1
Neste caso a diferença é de 2/(3)0,,5
1,155 ( .
A figura 2 apresenta um gráfico demonstrando que os dois critérios de tensão coincidem para 1
= 2 ou 2 = 3 e que divergem no máximo de 1,155 para deformação plana.
Figura 2 – Representação gráfica das curvas limite de escoamento (fora das quais existem
tensões atuando que provocam deformação plástica). Nota-se a combinação de tensões que
levam aos dois critérios estabelecer a mesma condição de escoamento (1 = 3) e a condição
de máxima diferença (1 = 23 ou 1 = ½3), Dieter (1988).
Os reais valores de tensão, onde ocorre o escoamento dos materiais metálicos, situam-se, em
média, entre as regiões definidas pelos critérios de Tresca e de von Mises, de acordo com o
gráfico apresentado por Dowling (figura 2) e por Meyers e Chawla (figura 3).
![Page 29: Cap3_analisetensõesdeformações_R3](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022042616/563db79f550346aa9a8cc138/html5/thumbnails/29.jpg)
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Figura 3:Comportamento sob escoamento de alguns materiais comparando com os três
critérios de escoamento, Meyers & Chawla (1984).
Deve-se perceber que os critérios de escoamento são todos baseados nos valores de tensões,
conforme conceito de estado de tensões em um ponto (cubo elementar de Cauchy). Portanto, é
possível que um material possua uma distribuição de tensões que causa escoamento (deformação
plástica) somente em algumas regiões ou pontos de seu volume.
Na prática Von Mises é mais utilizado que Tresca, já que este último apresenta a desvantagem
de possuir descontinuidade nas condições de contorno, além disso não existe uma equação
que ligue as três tensões principais. A vantagem de Von Mises é que ele é baseado em fatos
matemáticos enquanto que Tresca se baseia em hipóteses, no entanto é mais prudente que Von
Mises, por isso é mais utilizado em estruturas mais pesadas, onde é necessário maior
segurança e/ou resistência, como por exemplo foguetes, enquanto que o critério de Von Mises
é utilizado em cálculos de estruturas mais leves, tais como botijões de gás.
3.4.4 Relações tensão-deformação na zona plástica
Um aspecto fundamental que aparece na determinação de relações tensão-deformação, em se
tratando de zona plástica, é o fato de que as deformações finais de um corpo deformado
plasticamente, não dependem unicamente do estado final de dimensões de um corpo
deformado plasticamente. Precisam-se obter os diferenciais, ou incrementos, de deformação
plástica e então integrá-los ao longo do processo de carregamento.
Para uma situação particular de carregamento, quando todas as tensões aumentam a uma
razão constante, ou seja:
3
3
2
2
1
1
ddd
Tem-se, neste caso, que as deformações são independentes do processo de carregamento,
dependendo somente do estado final de tensões; pode-se, então relacionar o estado de tensões
com a deformação plástica.
![Page 30: Cap3_analisetensõesdeformações_R3](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022042616/563db79f550346aa9a8cc138/html5/thumbnails/30.jpg)
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3.4.4.1 Coeficiente de Poisson na zona plástica
Da lei generalizada de Hooke tem-se:
2133
3122
3211
1
1
1
E
E
E
Somando-se as equações obtém-se:
211
321321 E
Sabe-se que: V
V 321
Mas V=0 na zona plástica, obtém-se:
211
0 321 E
Como 1+2+ deduz-se que (1-2 = 0, e logo:
para todos os materiais na zona plástica.
3.4.4.2 Equações de Lévy-Mises
Na zona plástica não há linearidade na relação tensão deformação, mas sabemos que o
coeficiente de Poisson é igual a 0,5 (
Considerando os incrementos de deformação principal d1 em um processo de deformação
plástica, obtém-se:
3211
2
11
pEd
Onde Ep é o módulo de elasticidade para aquele valor de deformação, analogamente pode-se
escrever:
![Page 31: Cap3_analisetensõesdeformações_R3](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022042616/563db79f550346aa9a8cc138/html5/thumbnails/31.jpg)
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2133
3122
2
11
2
11
p
p
Ed
Ed
Graficamente, pode-se avaliar o valor de Ep:
Figura 4: Curva tensão deformação verdadeira.
Tem-se então:
dEtgE pp
Obtém-se assim as equações de Lévy-Mises:
)(2
1
)(2
1
)(2
1
2133
3122
3211
dd
dd
dd
ou
m
m
m
dd
dd
dd
33
22
11
2
3
2
3
2
3
1
2d
1 2
d
![Page 32: Cap3_analisetensõesdeformações_R3](https://reader034.fdocumentos.tips/reader034/viewer/2022042616/563db79f550346aa9a8cc138/html5/thumbnails/32.jpg)
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Onde 3
321
0
m , média aritmética das tensões principais.
As relações completas de Levy-Mises, em função das deformações e tensões normais x,y,z
ficam:
mzyxz
p
z
myzxy
p
y
mxzyx
p
x
d
Ed
d
Ed
d
Ed
2
3
2
11
2
3
2
11
2
3
2
11
yzyz
xzxz
xyxy
dd
dd
dd
2
3
2
3
2
3
Exercício1
Um componente estrutural entra em deformação plástica quando é submetido a um estado de
tensão definido por intermédio do seguinte tensor das tensões
MPa
150050
01000
500100
Calcular por von Mises o valor da tensão de escoamento do material que foi utilizado na
fabricação do componente.
Exercício 2
Dado o estado de tensões de um processo de conformação conforme a seguir:
E a tensão de escoamento do material que está sendo conformado é 0=725 MPa. Verificar se
ocorre escoamento segundo critério de Tresca e von Mises.
-70 MPa
700 MPa
345 MPa
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Exercício 3
As relações entre deformação e tensões de Levy-Mises ajudam a calcular as deformações
conseguidas pelas tensões aplicadas, conforme a seguir:
Num processo de deformação de um cubo metálico de lado 10”, que segue a expressão
= 2 , é submetido a uma tensão principal máxima de 90 MPa.
Sabe-se que:
=
1
2 e
=
1
3 e que nos planos em atuam não há cisalhamento, utilizando o critério de
von Mises, e as equações de Levy-Mises, pede-se:
a) A maior dimensão em polegadas (L1)
b) A dimensão do lado 2
c) A dimensão do lado 3