Cantigas Populares

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Canções populares Alentejo quando canta Encostado à solidão Trás a alma na garganta E o sonho no coração Refrão: Eu ouvi um passarinho Às 4 da madrugada Cantando lindas cantigas À porta da sua amada. Por ouvir cantar tão belo A sua amada chorou Às 4 da madrugada O passarinho cantou Alentejo terra rasa Toda coberta de pão As suas espigas douradas Lembram mãos em oração. Alentejo quando canta Em certas ocasiones Traz alegrias na alma, Tristezas nos corações. Ao romper da bela aurora vem o pastor da choupana vem gritando em altas vozes muito padece quem ama muito padece quem ama mais padece quem namora vem o pastor da choupana ao romper da bela aurora gosto de quem canta bem é uma prenda bonita gosto de que canta bem é uma prenda bonita Não empobrece ninguém assim como não enrica não empobrece ninguém assim como não enrica. A azeitona já está preta, a azeitona já está preta, Já se pode armar aos tordos, já se pode armar aos tordos. Diz-me lá, ó cara linda, diz-me lá, ó cara linda, Como vais de amores novos, como vais de amores novos. É mentira, é mentira, é mentira sim senhor! Eu nunca pedi um beijo, Quem mo deu foi meu amor! (2x)

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Page 1: Cantigas Populares

Canções populares

Alentejo quando cantaEncostado à solidãoTrás a alma na gargantaE o sonho no coração

Refrão:Eu ouvi um passarinhoÀs 4 da madrugadaCantando lindas cantigas À porta da sua amada.Por ouvir cantar tão beloA sua amada chorouÀs 4 da madrugadaO passarinho cantou

Alentejo terra rasaToda coberta de pãoAs suas espigas douradasLembram mãos em oração.

Alentejo quando cantaEm certas ocasionesTraz alegrias na alma,Tristezas nos corações.

Page 2: Cantigas Populares

 

Ao romper da bela auroravem o pastor da choupanavem gritando em altas vozesmuito padece quem ama

muito padece quem amamais padece quem namoravem o pastor da choupanaao romper da bela aurora

gosto de quem canta bemé uma prenda bonitagosto de que canta bemé uma prenda bonita

Não empobrece ninguémassim como não enricanão empobrece ninguémassim como não enrica.

A azeitona já está preta, a azeitona já está preta,Já se pode armar aos tordos, já se pode armar aos tordos.

Diz-me lá, ó cara linda, diz-me lá, ó cara linda,Como vais de amores novos, como vais de amores novos.

É mentira, é mentira,é mentira sim senhor!Eu nunca pedi um beijo,Quem mo deu foi meu amor! (2x)

Ó que lindo chapéu pretoNaquela cabeça vai.Ó que lindo rapazinho,Para genro do meu pai.(Refrão) Quem me dera ser colete,Quem me dera ser botão.Para andar agarradinha,Juntinha ao teu coração. (Refrão)

Senhora do Almortão ó minha linda raiana (2 x)virai costas a Castela não queirais ser castelhana (2x)

Olha a laranjinha que caiu, caiuNum regato de água, nunca mais se viuNunca mais se viu nem se torna a verCravos à janela, rosas a nascer.

Senhora do Almortão a vossa capela cheira (2x)cheira a cravos, cheira a rosas cheira a flor de laranjeira (2x)

Senhora do Almortão Dai volta ao arraial (2 x)Romaria como a vossaNão a há em Portugal (2x)

Eu não sei como te chamas Oh Maria Faia! Nem que nome te hei-de eu pôr Oh Maria Faia, oh Faia Maria!

Cravo não, que tu és rosaOh Maria Faia!Rosa não, que tu és florOh Maria Faia, oh Faia Maria!

Page 3: Cantigas Populares

Não te quero chamar cravoQue te estou a engrandecer,Chamo-te antes espelhoOnde espero de me ver.

O meu abalouDeu-me uma linda despedida,Abarcou-me a mão direitaAdeus oh prenda querida.

Milho verde, milho verde (2x)Milho verde maçarocaÀ sombra do milho verde (2x)Namorei uma cachopa

Milho verde, milho verde (2x)Milho verde miudinhoÀ sombra do milho verde (2x)Namorei um rapazinho

Milho verde, milho verde (2x)Milho verde folha largaÀ sombra do milho verde (2x)Namorei uma casada

Mondadeiras do meu milho (2x)Mondai o meu milho bemNão olhais para o caminho (2x)Que a merenda já lá vem

Ó ferreiro guarda a filhaNão a ponhas à janelaQue anda aí um rapazinhoQue não tira os olhos dela

Vai tu, vai tu, vai elaVai tu pra casa dela.És do meu gostoÉs da minha opiniãoHei-de amar a moreninhaDa raíz do coração

Ó ferreiro guarda a filhaNão a ponhas ao portalQue anda aí um rapazinhoQue a quer por bem ou mal

Ó ferreiro guarda a filhanão a ponhas a costigoQue vem aí um rapazinhoQue á quer levar consigo

Lá em cima está o tiro-liro-litoCá embaixo está o tiro-liro-lóJuntaram-se os dois na esquinaTocar a concertina, dançar do solidó.

Comadre, ai minha comadre!Eu gosto da sua pequena!É bonita, apresenta-se bemParece que tem a face morena!

Comadre, ai minha comadre!Eu gosto da sua afilhada!É bonita, apresenta-se bemParece que tem a face rosada!

Comadre, ai minha comadre!Eu gosto do seu marido!É bonita, apresenta-se bemParece que tem o nariz comprido!

Bailinho da Madeira

Eu venho de lá tão longeVenho de lá tão longeVenho sempre à beira marVenho sempre à beira mar

Trago aqui estas codinhasTrago aqui estas codinhasPr'á manhã o seu jantarPr'á manhã o seu jantar

Page 4: Cantigas Populares

Deixem passar esta linda brincadeiraQu'a gente vamos bailarPr'á gentinha da madeiraDeixem passar esta linda brincadeiraQu'a gente vamos bailarPr'á gentinha da madeira

A madeira é um jardimA madeira é um jardimNo mundo não há igualNo mundo não há igual

Seu encanto não tem fimSeu encanto não tem fimÉ filha de PortugalÉ filha de Portugal

Deixem passar esta nossa brincadeiraQu'a gente vamos bailarPr'á gentinha da madeiraDeixem passar esta linda brincadeiraQu'a gente vamos bailarO bailinho da Madeira

Meninas, vamos ao ViraAi, que o Vira é coisa boa! (bis)Eu já vi dançar o Vira,Ai, às meninas de Lisboa (bis)

O Vira, que vira E torna a virarAs voltas do Vira São boas de dar (bis)

Meninas vamos ao Vira,Ai, que o Vira é coisa linda! (bis)Eu já vi dançar o Vira,Ai, às meninas de Coimbra (bis)

O Vira que Vira , O Vira virouAs voltas do Vira Sou eu quem as dou. (bis)

Meninas vamos ao Vira,Ai, que o Vira é coisa bela! (bis) Eu já vi dançar o Vira,Ai, às meninas de Palmela (bis)

Quando ela passa, franzina e cheia de graça,Há sempre um ar de chalaça, no seu olhar feiticeiro.Lá vai catita, cada dia mais bonita,E o seu vestido, de chita, tem sempre um ar domingueiro.

Passa ligeira, alegre e namoradeira,E a sorrir, p'rá rua inteira, vai semeando ilusões.Quando ela passa, vai vender limões à praça,E até lhe chamam, por graça, a Rosinha dos limões.

Quando ela passa, junto da minha janela,Meus olhos vão atrás dela até ver, da rua, o fim.Com ar gaiato, ela caminha apressada,Rindo por tudo e por nada, e às vezes sorri p'ra mim…

Quando ela passa, apregoando os limões,A sós, com os meus botões, no vão da minha janelaFico pensando, que qualquer dia, por graça,Vou comprar limões à praça e depois, caso com ela!

Page 5: Cantigas Populares

Canta, canta, amigo cantavem cantar a nossa cançãotu sozinho não és nadajuntos temos o mundo na mão

Erguer a voz e cantaré força de quem é novoviver sempre a esperarfraqueza de quem é povoViver em casa de tábuasà espera dum novo diaenquanto a terra engolea tua antiga alegria

Canta, canta, amigo canta...

O teu corpo é um barcoque não tem leme nem velasa tua vida é uma casasem portas e sem janelasNão vás ao sabor do ventoaprende a canção da esperança vem semear tempestadesse queres colher a bonança

Menina estás à janelacom o teu cabelo à luanão me vou daqui emborasem levar uma prenda tua

Sem levar uma prenda tuasem levar uma prenda delacom o teu cabelo à luamenina estás à janela

Os olhos requerem olhose os corações corações

e os meus requerem os teusem todas as ocasiões

Menina estás à janelacom o teu cabelo à luanão me vou daqui emborasem levar uma prenda tua

Sem levar uma prenda tuasem levar uma prenda delacom o teu cabelo à luamenina estás à janela

Os teus olhos, negros negrossão gentios, são gentios da Guinéai da Guiné, por serem negrospor serem negros, gentios por não ter fé

Os teus olhos são brilhantessemelhantes aos luzeiros que o céu temai eu amei dois olhos negrosdois olhos negros, sem fazer mal a ninguém

Os meus olhos de chorarai de chorar, fizeram covas no chãochoram por ti, os teus por quem chorarão?

Vamos cantar as janeiras Vamos cantar as janeiras Por esses quintais adentro vamos

Às raparigas solteiras

Vamos cantar orvalhadas

Page 6: Cantigas Populares

Vamos cantar orvalhadas Por esses quintais adentro vamos Às raparigas casadas

Vira o vento e muda a sorte Vira o vento e muda a sorte Por aqueles olivais perdidos Foi-se embora o vento norte

Muita neve cai na serra Muita neve cai na serra Só se lembra dos caminhos velhos

Quem tem saudades da terra

Quem tem a candeia acesa Quem tem a candeia acesa Rabanadas pão e vinho novo Matava a fome à pobreza

Já nos cansa esta lonjura Já nos cansa esta lonjura Só se lembra dos caminhos velhos Quem anda à noite à ventura

Mocita dame el clavel, Dame el clavel de tu boca, Que pá eso no hay que tener Mucha vergüenza ni poca. Yo te daré el cascabel, Te lo prometo mocita, Si tu me das esa miel Que llevas en la boquita.

Estribillo:

Clavelitos, clavelitos, Clavelitos de mi corazón. Hoy te traigo clavelitos

Colorados igual que un fresón. Si algún día clavelitos No lograra poderte traer, No te creas que ya no te quiero, Es que no te los pude traer.

La tarde que a media luz Vi tu boquita de guinda, Yo no he visto en Sta. Cruz Otra mocita más linda. Y luego al ver el clavel Que llevabas en el pelo, Mirándolo creí ver Un pedacito de cielo.

Ay, ay, ay, ay,Canta y no llores,Porque cantando se alegran,Cielito lindo, los corazones

De la Sierra Morena,Cielito lindo, vienen bajando,Un par de ojitos negros,Cielito lindo, de contrabando.

Ese lunar que tienes,Cielito lindo, junto a la boca,No se lo des a nadie,Cielito lindo, que a mí me toca.

De tu casa a la mía,Cielito lindo, no hay más que un paso,Antes que venga tu madre,Cielito lindo, dame un abrazo.

GuantanameraGuajira, Guantanamera

GuantanameraGuajira, Guantanamera

Page 7: Cantigas Populares

Yo soy un hombre sinceroDe donde crecen las palmasYo soy un hombre sinceroDe donde crecen las palmasY antes de morirme quieroEchar mis versos del alma

Mi verso es de un verde claroY de un carmin encendidoMi verso es de un verde claro

Y de un carmin encendidoMi verso es un ciervo heridoQue busca en el monte amparo

Con los pobres de la tierraQuiero yo mi suerte echarCon los pobres de la tierraQuiero yo mi suerte echarEl arroyo de la sierraMe complace mas que el mar

Chegou a hora do adeus,irmãos vamos partir,no abraço dado em Deus, irmãosvamo-nos despedir

Partimos com a esp’rança, irmãosde um dia aqui voltarcom fé e confiança, irmãos,partimos a cantar.

A Deus que fez bela a amizadenós vamos pedirnos guarde em unidadee que nos torne a reunir