Camões trabalho-final

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Camões – Vida e Obra Lírica Camoniana Ana Catarina Sousa Nº1 Ana Raquel Nº5 Isa Ramos Nº13 Literatura Portuguesa 11ºAno

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Camões – Vida e ObraLírica Camoniana

Ana Catarina Sousa Nº1Ana Raquel Nº5Isa Ramos Nº13Literatura Portuguesa 11ºAno

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A biografia e bibliografia de Luís Vaz de Camões levantam numerosos problemas por falta de dados;

Os factos apurados como certos encontram-se em documentos oficiais, de memórias conservadas pelos primeiros biógrafos e de alusões autobiográficas precisas na sua própria obra;

Informações Acerca da Vida de Camões

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Nasceu em 1524/1525 e morreu a 1579/1580;

De uma família provavelmente oriunda da Galiza;

Talvez uma vida desassossegada e aventurosa o desclassificasse perante os graves desembargadores e homens de Letras;

Acabou na prisão do Tronco, devido a uma rixa em que feriu com um golpe de espada um funcionário do Paço;

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Obteve a liberdade com a promessa de embarcar para a Índia, para onde seguiu em 1522 como simples homem de guerra;

Esteve em Goa, no Golfo Pérsico, em Ternate, no desempenho de um cargo de provedor de defuntos e ausentes em Macau, na costa da Cochinchina, onde naufragou, perdendo os haveres e salvando-se a nado com o manuscrito d’Os Lusíadas;

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Em Goa, enredou-se em complicações que o levaram de novo à cadeia por dívidas. Não lhe faltaram, todavia, relações e talvez proteções;

Em 1567, quando, após tantos anos de estadia no Oriente, as dificuldades económicas o afligiram mais do que nunca, um amigo nomeado como capitão para Moçambique promete-lhe aí um emprego e adianta-lhe o pagamento das passagens;

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Cerca de dois anos depois, é um grupo de outros amigos, em trânsito para a Metrópole, que se cotiza entre si para o resgate das dívidas entretanto contraídas e para a sua viagem até Lisboa;

Aqui chegou em 1569 –trazia na bagagem Os Lusíadas, que logo tratou de editar;

Entretanto, fora-lhe roubada uma coletânea de poemas líricos, o Parnaso Lusitano;

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Após a publicação d’Os Lusíadas (1572), alcançou uma tença trienal, aliás modesta, e nem sempre paga com regularidade;

Algumas das suas composições líricas e cartas foram recolhidas em cancioneiros particulares manuscritos mas só começaram a ser publicados a seguir à sua morte no Cancioneiro de Luís Franco Correia;

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Os seus últimos anos foram de miséria;

O seu enterro (1579/1580) teve de ser feito a expensas de uma instituição de beneficiência, a Companhia dos Cortesãos;

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A Época – Renascimento Humanista O período do Renascimento Humanista marca a separação entre a

história da Idade Média e a da Idade Moderna; Origina toda a evolução e desenvolvimento; Originário de Itália e dos Países Baixos mas acaba por se alargar

por toda a Europa; Há uma mudança mental, um apego “doentio” à cultura clássica e

sobrevaloriza-se o Homem; No âmbito religioso, as novas ideias sobre o Homem e Deus

movimentaram a Reforma Luterana e põem em causa valores antes considerados intocáveis, como a infabilidade papal, o seu poder divino limitado na Terra e na ciência bíblica;

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É, pois, o Humanismo Renascentista que origina todas estas mudanças – ideológicas, artísticas, científicas, sociais e religiosas, tendo como máximas o Homem, a vida, o saber, a razão, a experiência;

Identifica-se com os ideais greco-romanos: a cultura racional e crítica em oposição ao culto da autoridade e da teologia;

Estabelece-se assim uma nova relação entre o Mundo, o Homem e Deus;

A Época – Renascimento Humanista

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Aspetos Gerais da Lírica de Camões Tema do amor; Complicando-se então com a

temática da saudade, da insatisfação, da morte e com o sentimento de pecado;

Referindo ora a aspetos sociais e morais ora ao eterno problema do mal;

Subgéneros líricos: o soneto, a oitava-rima, a canção e a ode (poesia própria para canto, laudativa ou amorosa, dividida em estrofes simétricas), a elegia (poema sobre um assunto triste) e a écloga (poema pastoril);

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No conjunto da obra lírica sente-se a fecunda influência clássica: avultam, entre os poetas mais presentes, Vergílio, Ovídio e Horácio;

Torna-se ainda mais patente a influência de Petrarca;

Alguns desses temas derivam já da poesia provençal e do romance cortês: a mulher como ser superior, quase divino, de beleza inefável;

Aspetos Gerais da Lírica de Camões

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Evocação de um percurso pessoal;

Engano e desengano; Carência e culpa; Amargura do desconcerto e

aspiração a uma plenitude; O amor ocupa um lugar de

destaque;

Obra Lírica de Camões

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Dotados de uma forte incidência visual;

A visualidade desempenha um papel primário;

O retrato da figura resulta da evocação de um tempo ou de um espaço distanciados que tem por temáticas o desejo de contemplar a amada, o receio de não a ver, etc.

A seleção de atributos pode ser feita através do cânone longo ou do cânone breve (Petrarca);

Os Retratos Femininos na Poesia de Camões

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De acordo com a descrição, a enumeração das partes do corpo deve ser feita por ordem descendente, a partir dos elementos superiores;

Cânone longo: as partes atómicas superiores são referidas através de metáforas e imagens que dão a ideia de cor e luz e os membros inferiores são designados diretamente;

Os Retratos Femininos na Poesia de Camões

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Cânone breve (Petrarca): reduz os componentes do retrato, estruturando-os através de correspondências fixas. A seleção incide sobre algumas partes da cabeça (exclui o nariz). Para cada uma das partes usa metáforas, com redução das cores para o branco, amarelo e vermelho;

Nos retratos femininos, Camões opta pelo padrão Petrarquista mas não totalmente (inclui o nariz nas suas descrições);

Os Retratos Femininos na Poesia de Camões

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A nitidez resulta da enumeração de detalhes pormenorizados;

Em relação às cores, Camões utiliza também o verde para os olhos;

Quando se refere aos olhos verdes, existe um jogo de dualidades entre méritos e deméritos entre esse e outros atributos femininos, centrado entre o cromatismo de verdes com a forma verbal verdes;

Os Retratos Femininos na Poesia de Camões

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Além disso, cria fronteiras que separam o belo do feio – esta atitude pode levar ao tratamento do tema da feiura e à remissão de um modelo de beleza não canónica: o da mulher morena ou preta;

Os Retratos Femininos na Poesia de Camões

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É o principal tema da lírica camoniana;

É a fonte de contradições vivamente sentidas;

É algo indefinível; Aparece nos poemas sob uma

forma de dupla abordagem: Abordagem Petrarquista e Abordagem de Camões;

O Amor em Camões

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Abordagem Petrarquista: amor espiritualizado; não se vislumbra o corpo dos amantes, que se compraz na adoração e contemplação do ser amado; a ausência da amada não é sentida com a dor mas encarada como ocasião de purificação; o seu retrato é um retrato psicológico da perfeição e pureza que da beleza emanam (reside no olhar, na postura e na bondade); regista-se a impressão que a sua beleza causa e não os traços de que essa beleza é feita; trata-se de um ser sublime, divinizado, que se movimenta numa natureza alegre;

O Amor em Camões

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Abordagem de Camões: sente que a vivência quotidiana do amor está longe de trazer tranquilidade e paz se for dela excluído o fator erótico;

A poesia camoniana é constantemente perturbada pela interferência do caso, do acontecimento, da fortuna, do tempo e conta uma história acidentada e dramática em que o acontecimento cru é confrontado com o ideal herdado.

O Amor em Camões

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Anda intimamente associada à vida amorosa, já como fundo e moldura do quadro lírico, já como projeção do eu, em momentos de desbordamento emocional, que lhe confia atributos de pessoa e simpatia de confidente;

Camões e a Natureza

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Camões apela às ondas para que sejam mensageiras, às aves, campos, céus, sol para que atestem a sinceridade das suas mágoas;

A Natureza ou é a invocada que não lhe responde ou é o espelho sobre o qual ele reflete melancolias e contentamentos da sua vida. Porém, pode ser-lhe testemunha enternecida;

Camões e a Natureza

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Experiência amorosa e de vida colocam Camões perante uma contestação: o mundo e a realidade são absurdos e domínios do desconcerto, em que se premeiam os maus e se castigam os bons;

O poeta conclui que sempre às maiores expectativas sucederam os maiores desenganos;

O Desconcerto de um Espírito Torturado em Camões

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A mudança, para ele, faz-se sempre para pior, por isso se sente com o direito de se interrogar se o bem passado foi de facto bem ou se era já prenúncio do mal presente;

O Desconcerto de um Espírito Torturado em Camões

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Aparece sob várias formas; 1ª forma: o disparate que

preside à distribuição do prémio e do castigo, a qual tem que ver com o merecimento, porque aqueles que vivem do pecado e deveriam merecer castigo, são protegidos pela fortuna e aqueles que cuja vida é limpa, são por ela perseguidos e veem negado o seu direito;

O Desconcerto do Mundo em Camões

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2ª forma: o espetáculo da agitação e afã dos homens em busca de bens que a morte reduz a nada;

3º forma: manifesta-se na completa falta de sentido do afã incansável com que os homens de todas as categorias e qualidades se encaminham para o mesmo termo, a morte;

O Desconcerto do Mundo em Camões

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Medida Velha na Poesia Camoniana

A medida velha faz parte da corrente tradicional de Camões

Medida velha são os versos de cinco ou sete sílabas

Aos versos de cinco sílabas dá-se o nome de redondilha menor

Aos versos de sete sílabas dá-se o nome de redondilha maior

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Perdigão perdeu a penaMote alheioPerdigão perdeu a pena Não há mal que lhe não venha.VoltasPerdigão que o pensamentoSubiu a um alto lugar,Perde a pena do voar, Ganha a pena do tormento.Não tem no ar nem no ventoAsas com que se sustenha: Não há mal que lhe não venha.

Quis voar a uma alta torre,Mas achou-se desasado;E, vendo-se depenado,De puro penado morre.Se a queixumes se socorre,Lança no fogo mais lenha:Não há mal que lhe não venha.

Mote

Glosa

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Perdigão perdeu a pena – Análise InternaPerdigão – Ave personificada, também pode simbolizar o homem cuja ambição foi desmedida.

Perdiz – Fêmea do perdigão, representa em muitas culturas o apelo ao amor, sendo símbolo da beleza feminina. Pena – Estabelece a contraposição entre o sonho e a realidade.

Pena (parte do corpo da ave)

Pena (sentimento de tormento)Remete para o campo semântico

Voar

O poeta usa as palavras homónimas

“ Mas achou-se desadadoE, vendo-se depenado, De puro penado morre… “

“Perdigão perdeu a pena” O mito de Ícaro

Sonho

Realidade

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Medida Nova na Poesia Camoniana

A medida nova faz parte da corrente clássica de Camões

Medida são os versos com dez sílabas poéticas (decassílabos)

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Amor é fogo que arde sem se verAmor é fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;É solitário andar por entre a gente;É nunca contentar-se de contente;É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favorNos corações humanos amizade,Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

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Amor é fogo que arde sem se ver – Análise ExternaO soneto divide-se em duas partes lógicas:1ª Parte: duas quadras e o 1º terceto – fazem-se onze tentativas de definição o amor2ª Parte: 2º terceto – as onze tentativas de definição anteriores são superadas por uma interrogaçãoretórica no final que apresente o amor como um sentimento contraditório.Esquema Rimático: a b b a // a b a b a // c d c // d c d

Rima: emparelhada e interpoladaRecursos Expressivos: Antíteses: 11 primeiros versos Anáfora: forma verbal “ e “ ( 2º a 11º versos ) Enumeração Interrogação Retórica Final Metáfora: “ Amor é um fogo “

“ é uma ferida” Verbo substantivo: a sugerir vida

“ é um não querer ““ é um andar “

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Amor é fogo que arde sem se ver – Análise InternaAmor: Circularidade da palavra final / inicial Expressa a vontade de falar deste sentimento Repetição funciona como uma descrição mais pormenorizada do sentimento

Mas: Conetor – Exprime a ideia de oposição, neste caso entre a amizade e o amor Conjunção adversativa Amizade – a Amizade surge como um sentimento contrário ao amor e o sujeito poético dá-lhe mais importância, a amizade surge como uma impossibilidade ao amor. “ Se tão contrário de si é o mesmo Amor? “ – Interrogação Retórica: Esta pergunta é dirigida a todos os leitores, tendo sido formulada para suscitar reflexão e não propriamente para se obter uma resposta para a mesma.

Tema: Amor, definido como um sentimento contraditório, mas ainda assim procurado pelos corações humanosAssunto: O sujeito poético tenta dar uma definição de amor, à maneira petrarquista, através de uma definição demetáforas e antíteses bastante sugestivas.

Ele joga de forma artística com a palavra amor que abre fecha o poema, para chegar à conclusão de que éimpossível definir o amor.

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Mudam-se os tempos, mudam-se as vontadesMudam-se os tempos, mudam-se as vontades,Muda-se o ser, muda-se a confiança;Todo o mundo é composto de mudança,Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,Diferentes em tudo da esperança;Do mal ficam as mágoas na lembrança,E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,Que já coberto foi de neve fria,E em mim converte em choro o doce canto.E, afora este mudar-se cada dia,Outra mudança faz de mor espanto:Que não se muda já como soía.

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Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades – Análise Interna

Sujeito poético diz que muda: O tempo A vontade O ser A confiança

“ Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança “ – Anáfora“ continuamente vemos novidades ,

diferentes em tudo da esperança;do mal ficam as mágoas na lembrança,e do bem ( se algum houve), as saudades. “ - Emite a sua opinião sobre as mudanças

Elas não são esperadas e trazem sempre o pior. É o pessimismo e a frustração o que resulta de saudade.

“ o tempo cobre o chão de verde manto,que já coberto foi de neve fria,e, em mim, converte em choro o doce canto “

Natureza a mudança de estação do inverno para a primavera – positivoNo sujeito poético à mudança física – negativo

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Ao desconcerto do Mundo

Os bons vi sempre passarNo Mundo graves tormentos;E pera mais me espantar,Os maus vi sempre nadarEm mar de contentamentos.Cuidando alcançar assimO bem tão mal ordenado,Fui mau, mas fui castigado.Assim que, só pera mim,Anda o Mundo concertado.

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Ao desconcerto do Mundo – Análise

Mas: Não conseguiu atingir o seu objetivo e a sua maldade foi punida. O poeta lastima-se não só por verificar o sucesso dos maus, mas também pelo seu próprio destino – mesmo tentando ser mau é punido

Redondilha Maior retomando as cantigas medievais Jogo de contrários (bem e o mal) Faz uma análise da sociedade que o cerca: os bons dão-se mal, os maus dão-se bem Mundo governado por uma lógica injusta

O amor e a mulher

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Pede-me o desejo, Dama, que vos vejaPede-me o desejo, Dama, que vos veja,não entende o que pede, está enganado.É este amor tão fino e tão delgadoque, quem o tem, não sabe o que deseja.

Não há cousa, a qual natural seja,que não queira perpétuo seu estado;não quer logo o desejo desejado,por que não falte nunca onde sobeja.

Mas este puro afecto em mim se danaque, como a grave pedra tem por arteo centro desejar da Natureza.

Assim o pensamento (pola partevai tomar de mim terreste humana)foi, Senhora, pedir esta baixeza.

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Pede-me o desejo, Dama, que vos veja – Análise Interna

Formalmente: Soneto constituído por duas quadras e dois tercetos Rima interpolada e emparelhada Tema: amor platónico O amor surge apresentado ao longo do poema de forma contraditória: o amor ideal (puro/ platónico) e o amor físico (erótico / sensual) Desejo: A personificação do desejo ajuda a que o poeta de certa forma se distancie dele, ou seja, é ideal, puro e por isso o desejo remete para a sensualidade. Idealização da mulher

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Um mover de olhos brando e piedosoUm mover de olhos brando e piedoso sem ver de quê; um riso brando e honesto, quase forçado; um doce e humilde gesto, de qualquer alegria duvidoso;

Um despejo quieto vergonhoso; Um repouso gravíssimo e modesto; Ūa pura bondade, manifesto indício da alma, limpo e gracioso;

Um encolhido ousar; ũa brandura; Um medo sem ter culpa; um ar sereno; Um longo e obediente sofrimento:

Esta foi a celeste formosura Da minha Circe, e o mágico veneno Que pôde transformar meu pensamento.

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Um mover de olhos brando e piedoso – Análise Interna

Tema: mulher ideal Não é individualizado É uma mulher inatingível, superior ao poeta Assunto: O sujeito poético descreve os valores morais da mulher ideal Beleza feminina 1º Momento: O sujeito poético reflete os traços marcantes da sua antiga Circe, daquela que o

enfeitiçou. Não faz propriamente o seu retrato mas delineia-o. Retrato mais espiritual do que físico, predominância das qualidades morais. 2º Momento (Chave d´ ouro):O amor é visto como uma poção venenosa

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Um mover de olhos brando e piedoso – Análise Interna

Qualidades psicológicas da amada: Branda e piedosa Honesta Doce Alegre, sem exagero Maneira de estar Serena BondosaQualidades físicas: “Um mover de olhos brando e piadoso “ “Um sorriso brando e honesto “ “Um ar sereno “ “celeste formosura “ – classe social Compara-a a uma feiticeira da mitologia greco-latina “ da minha Circe “ – a sua beleza é celestial, divina, mas também diabólica pois conseguiu prendê-lo irremediavelmente

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Um mover de olhos brando e piedoso – Análise Interna

Recursos Estilísticos: Metáfora: “ mágico veneno” Adjetivação: simples, dupla e tripla Antítese: “ celeste formosura “ Anáfora: “um “- artigo indefinido Enumeração: adjetivos e expressões subjetivas

Marcados por um equilíbrio e sociedade de um carácter superior : Beleza Celestial

Retrato Clássico

Traços Físicos Traços Psicológicos