Caetano B Banda Afi-aRegqfreMais um passo foi dado para a consolida- ção do trabalho que o GCAR...

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o\n Publicação do Grupo Cultural Afro Reggae - N a 16 / Junho 1995 - Ano III Distribuição gratuita Ssloi ^ Caetano B Banda Afi-aRegqfre

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o\n Publicação do Grupo Cultural Afro Reggae - Na 16 / Junho 1995 - Ano III • Distribuição gratuita

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Caetano B

Banda Afi-aRegqfre

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Mais um passo foi dado para a consolida- ção do trabalho que o GCAR vem desenvol- vendo, só que desta vez contando com o apoio de dois autistas consagrados no cená- rio brasileiro, que vin- cularam as suas ima- gens e trajetórias à nossa e resolveram ba- tizar a Banda Afro Reggae. Os padrinhos Caetano Veloso e Re- gina Case emociona- ram o público que esteve presen te no evento e também se emoci onaram por estarem dentro da fa- vela de Vigário Geral e terem a oportunidade de receber todo o calor humano daqueles que são denominados excluídos.

E foram esses excluídos que mostraram um grande poder de organização e participação. Pois independente do GCAR, da CASA DA PAZ e do Manoel Ribeiro (um dos produtores do evento), a co- munidade também se fez presen- te no Batizado. Foi extremamen- te importante a participação des- sas pessoas, que fora de Vigário

EDIEB AFROREGGAE - Ns 16 - JUNHO 1995

RIAL CASA DA PAZ VIGÁRIO GERAL

Rafael, do GCAR, na entrevista coletiva com Caetano e Regina Geral são inteiramente desconhe- cidas, mas que quando têm que representar a comunidade, se empenham ao máximo e colocam toda a sua auto-estima para fora.

Não podemos deixar de citar que sem os patrocinadores que abraçaram a idéia, a empresa M.W. Barroso Silk-Screen e Cai- xa Econômica Federal, não con- seguiríamos fazer nem a metade do que representou o evento. E que pessoas como Nanko Van Buuren (IBISS), Lorenzo Zanetti e Cléa Silveira (SAAP/FASE), Cristiano e Hector (CAMPO), Cinthya Paes (ASHOKA) foram

fundamentais nesse processo. Afinal, todos eles sempre acredita- ram no potencial do Grupo Cultural Afro Reggae e, muito prova- velmente, sem esse apoio não teríamos al- cançado todos esses objetivos. O GCAR sempre teve em mente que um grupo forte é aquele que sabe das suas limitações e abre o seu trabalho para as parcerias.

Gostaríamos também de agra- decer algumas pessoas que cola- boraram e incentivaram com a vi- áão vanguardista que o AFRO RE- GGAE se propõe: Cindy Albertal Lessa, Peter Fiy, Luís Cláudio Oli- veira, Waly Salomão e Manoel Ri- beiro. A maioria destes nomes são conhecidos dos leitores do ARN e no meio das ONGs. Agora vai uma lista de nomes dos nossos ilustres desconhecidos: Careca, Penha, Zé, Ronaldo (Mineira), B.A, Joel, Zé Luís, Somebody Love e todas os pais que se emocionaram ao ver os seus filhos e filhas ao lado dos seus ilustres padrinhos.

O Festival Comunitário Negro Zumbi - FECONEZU, encontro político cultural que há 17 anos se organiza em cidades do interior de SP, parabeniza o jornal ARN por ser hoje uma alternati- va cultural para a comuni- dade afro-brasileira. Gosta- ríamos de ser um dos distri- buidores do ARN em Cam- pinas e no Interior do esta- do. Aproveitamos para Infor- mar que o 16e FECONEZU será nos dias 17, 18 e 19 de novembro, na cidade de Ara- ras/SP e seu tema será 400 anos de Palmares - 300 anos de Zumbi e Dandara.

Diretoria FECONEZU - Campinas/SP a

Sou militante do movi- mento negro e Interessado em tudo que diz respeito a

esta raça, por Isso gostaria de receber um exemplar do jornal, para avaliá-lo para assinatura.

Marco Chagas - Arnaldo Quessada/RS

Logo você estará recebendo um exemplar do ARN. Mas

não se preocupe com a assinatura, pois o Jornal é

gratuito. H

Com os meus cumpri- mentos, venho parabenizá- los pelas publicações desse Grupo e solicitar o envio do jornal. Estou enviando dois selos em anexo.

Carlos Eduardo Pontes - Belo Horlzonte/MG

A sua iniciativa de enviar os selos foi ótima. Sempre

que puder continue envian- do os mesmos e, desta

forma, poderemos garantir com maior segurança a ida

do ÁRN para você.

*a Venho por melo desta

agradecer a todos os colabo- radores do ARN pela atençáo que vocês tem dado aos lei- tores de todo Brasil, até por- que acredito que a confian-

ça das pessoas se conquista com a atenção. Fiquei muito contente de ter recebido os jornais e (ode a galera que leu achou o maior barato. Gostaria de mandar um alô

' pro pessoal do movimento Hip-Hop do Rio: Filhos do Gueto, Damas do Rap, Dis- ciplina Urbana, Gabriel, Tito, DJ Exterminer e DJ TR

Célio Lopes (F Kalibre 12) - Moreira César/SP

13 Foi com muita alegria que

recebemos em nossa biblio- teca alguns exemplares do ARN, os quais distribuímos á população que normal- mente freqüenta nosso es- paço. Gostaríamos de para- benizar a equipe pelo mara- vilhoso trabalho, de solicitar o novo endereço da ASHOKA e que informem que a Bibli- oteca da UNIP (Universida- de Popular do Mato Grosso do Sul) está aberta para o recebimento de publicações que tratem da questão raci- al, política, menor, mulher, religião, sindicalismo. Idoso, deficiente, melo-amblente, reforma agrária, saúde, di- reitos humanos e educação.

Naelson Ferreira - Diretor da UNIP

Agradecemos o reconheci- mento da sua instituição

pelo nosso trabalho: O endereço da ASHOKA é Rua

São José, 70/901 - Centro, Rio de Janeiro/RJ, 20.020-

080. Agora vai o endereço da UMP - Rua Barâo do Rio

Branco, 488 con/. S/01 - Centro, Campo Grande/MS

79.008-790. E3

Gostaria de saber como faço para receber este jornal, que é simplesmente o máxi- mo. Aproveito para pedir o endereço do Fã Club Bob Marley.

Regiane Cristina Batista - São Mateus/SP

O endereço do Fã Club Bob Marley está na página 16.

ERRATA A matéria"Na Maré do

Hip Hop, publicada na edição passada (ne 15) é de autoria de Ana Paula Macedo com a colabora- ção de José Renato.

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Teatro òo Opimiòo

Oficinas Livres - inscrições abertos Av. Rio Branco, 179- 6o andar - Centro

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%& 'C€M CENTRO DE ESTUDOS E ASSESSORAMENTO DE EMPREENDEDORES

N.O.T.LC.I.A.S ANO III - N0 16 - JUNHO 1995

UMA PUBLICAÇÃO DO f^_f^ A "¥> Grupo Cultural VTV^jrVJtV Afro Reggae

EXPEDIENTE

Coordenador Executivo: José Júnior Tesoureiro: Plácido Pascoal Diretor Cultural: Luís Lopes (Teko Rastafari) Secretário de Comunicação: José Renato Diretor de Articulação: Rafael dos Santos Diretor Comunitário: Arcélio Faria Diretor Social: Waly Salomão Diretor de Planejamento: José Marmo

Conselho Consultivo: Caio Ferraz, Eduardo de Oliveira, Lorenzo Zanetti, Luis Cláudio de Oliveira e Victor Valia.

Edhora: Mônica Cavalcanti (Mtb. 17889). Conselho Editorial: Frei David, Ivanir dos Santos, Jorge Barros, João Batista e Lúcia Xavier.

Sucursais Salvador: Ari Lima Belo Horizonte: Léo Vidigal - Tel (031) 222- 9888 Jurídico: Jorge Omir Distribuição: Moisés Portela

Núcleo Comunitário de Cultura (Vigário Geral):

Angelise Rushiga, Carlos Eduardo (Tafaraogi), Gisele Fernanda, Jorge Bonitinho, Kênya Dias, Mônica Lopes e Sérgio Henrique.

Colaboradores: Albino Apolinário (BA), Ana Paula Macedo, Carlos Albuquerque, Cláudio Silva, Dirléa Mathias (PR), Dclcv uc A-,aii, raoio Conceição, Flávio Gomes Filho, Ilallo D Antônio, José Luis (Cro), LikoTurle, Marcelo (Technomusic), Mariano Ramalho, Peter Fry, Simone Barros, Vanderlci Berzó, Zé Maria, Zé Virgilio (BA), DRPM Consultoria c Serviço.

Agradecimentos: ASHOKA (Cindy Lessa e Maria Néo), ATCON (Edwiges e Xhackal), Caixa Eco- nômica Federal (Manoel Ribeiro), Casa da Paz, CEAP (Programa Racial - Jorge Damião); CEM João Goulart (Tânia Novo), FASE (Saap - Cléa Silveira), IBISS (Nanko G. Van Buuren), Instituto Civitas, 1SER (ARCA - Milton Quintino), Kabeça, UERJ (Sub-reitoria Para Assuntos Comunitários), Vereador Edson Santos, Marcelo (Médicos sem Fronteiras), Valeria e Jeremias (M.W. Barroso), Vereador Edson Santos.

Projeto Gráfico: Rè Fotos da Capa: José Renato Editoração Eletrônica: Wal Pinto Impressão: Gráfica do Jornal dos Sports Tiragem: 12 mil exemplares Sede: Rua General Roca, 818/301, Tijuca - RJ; cep 20 521-070 Tels: (021) 228 5487 - Fax: (021) 205 4796

0 JORNAL AFRO REGGAE NOTÍCIAS é uma publicação do GRUPO CULTURAL AFRO REGGAE (GCAR) e não se respon- sabiliza pelas alterações de última hora nos horários e endereços fornecidos pelos organizadores de eventos e empresas citadas. As matérias assinadas são de total respon- sabilidade de seus autores.

Para quem estiver interessado em contribuir financeiramente com o GCAR, conta n" 62727-5, Banco do Brasil, agência 028»-7, Tijuca/ RJ.

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AFROREGGAE - N» 16 - JUNHO 1995 3

O Pregador do Senun

O SENUN (Seminário de Uni- versitários Negros) fez sua estréia teatral do dia 18 de maio até 11 de junho, encenando a peça O Prega- dor no Teatro Cacilda_ Backer. no Catete, com casa super lotada. O grupo contou com a direção de Liko Turle (assessor do vereador Au- gusto Boal, que também apoiou o evento) e realizou uma montagem bem preparada, nos moldes do Te- atro do Oprimido, com o público intervindo no espetáculo.

Los Ilusionistas O espetáculo de dança Los Ilu-

sionistas, da Companhia de Dan- ça Rubens Barbot. estreou em 19 de maio no Teatro Carlos Gomes, na Praça Tlradentes, com a partici- pação especial da diretora e atriz Carmem Luz (ex- Cia Black e Preto de Teatro). O resultado do traba- lho foi casa cheia e o público aplau- dindo de pé no fim da apresenta- ção. Agora a Companhia se prepa- ra para uma tumê pelo Brasil.

Fotos: José Renato Três anos do

mais puro reggae No dia 2 de junho, o Teatro de

Lona da Barra ficou pequeno para a festa de aniversário dos três anos do grupo Medusas Dread. Na oca- sião, foram distribuídos llvretos in- formativos da banda, incluindo ro- teiros e a letra das músicas. Jovens dos mais diversos locais pres- tigiaram o evento, usando camisas de Bob Marley e da própria banda, que prometeu, em breve, algumas surpresas. Será que está pra pintar um disco dessa galera?!?!

A Babilônia em debate

São Paulo viveu dias de Babel, no mès de maio, quando Wally Salomão e Antônio Cícero recebe- ram convidados do mundo inteiro como o poeto caribenho Derek Walcott, prêmio Nobel de Literatu- ra, (na foto ao lado com Wally) para discutir multiculturalismo, sin- cretismo cultural e transcultu- ralismo.

Fâ Club faz tributo a

BOB MARLEY O evento aconteceu no dia 28

de maio, no Vídeo Bar (Rua Mercú- rio, 226 - Pavuna), ao som de muito reggae roots e cllps no telão, com direito a sorteios de CDs e farta dis- tribuição do Jornal ATRO REGGAE NOTÍCIAS. O público dançou e can- tou as música do Rei do Reggae. Com casa cheia, o sucesso foi total.

Banda AFRO REGGAE em Niterói No dia 25 de maio , o Departa-

mento de Educação e Letras das Faculdades Integradas Plínio Leite, em Niterói, promoveu o Seminário Pouo Brasileiro, Raízes e Dependên- cia Cultural, que teve como um dos temas a serem debatidos A Produ- ção Cultural dos Excluídos. Partici- param da mesa de debates Luiz

Henrique Melo, o popular Zé de Vi- gário Geral, e os diretores do GCAR Rafael dos Santos e José Marmo.

Mas o destaque mesmo ficou por conta da Banda Afro Reggae, que deu um super show no Giná- sio de Esportes da Faculdade, lotado por professores, alunos e convidados.

m Simpósio sobre Cultura e Religiosidade na UERJ

O Diretor de Planejamento do GCAR e Coordenador do projeto ODÒ-YÀ do ISER José Marmo, par- ticipou do evento, que aconteceu na Concha Acústica da UERJ, deba- tendo sobre a importância do tra- balho que realiza na prevenção da AIDS. O encerramento do Simpósio

foi no dia 9 de junho, quando rola- ram ótimos shows com Afoxé Fi-. lhos de Gandhy, Bloco Afro Taía- raogi e a participação especial da Rainha dp Bloco Afiro Be Aiyê. O destaque da noite ficou por conta da apresentação da cantora Beth Carvalho.

Na vanguarda da Cultura Negro-brasileira IV »t^

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AFROREGGAE - NB 16 - JUNHO 1995

fla voz no Fu-nlc JVIelody

Ana Paula Macedo

Vem Me Ver é o nome do novo trabalho do cantor Abdula, recém lançado pela Warner/Continen- tal. Passeando pela praia do funk melody e do charm, Abdula es- banja na potência vocal e faz al- tas variações no repertório. Este é o segundo disco da carreirado cantor, que já trabalhou com ar- tistas de peso como Fernada Abreu (que retribui com uma par- ticipação no disco), Lulu Santos e Paulo Ricardo.

Das 14 músicas do álbum, seis são de autoria do próprio Abdula, que adora'falar das coi- sas do coração. Dentro deste tema vale desde música de José Augusto até uma excelente regravação de Love So Right, dos Bee Gees,— o que lhe rendeu um elogio dos próprios autores—, e de Yòu Give Love a Bad Nome, de Jon Bon Jovi.

Abdula, o "gogó de ouro" da funk melody, começou sua carrei- ra como dançarino do grupo New Break, fazia versões dub influ- enciado por cantores como Shabba Ranks e Black Uhuru, participou de comerciais e na metade da década de 80 conhe- ceu o DJ Marlboro, que conside- ra uma peça chave na sua car- reira.

- Ele me lançou numa pro- dução de 1989, que resultou no disco Flmfc BrosiL Se hoje eu es- tou aqui conversando com você é graças ao Marlboro - diz agrade- cido.

Produzido pelo próprio DJ Malboro desde seu primeiro tra- balho, Abdula costuma fazer o circuito dos bailes funks do Rio e de fora, chegando a quatro apresentações por noite, cantando de cinco a sete músicas em cada uma. Sempre acompanha- do por seus três bailarinos ele faz questão de que nos shows sua voz entre ao vivo, in- cluindo versões à capela, deixando de lado qualquer hipótese de que seja apenas um cantor de estúdio.

- Me sinto inco- m o d a d o ouvindo esta garota- da do funk desafinan- do e sem saber can- tar ao vivo - confes- sa. Apesar da agen- da cheia, Abdula ainda

encontra tempo para dar uma for- ça ao trabalho dos amigos. Ele

agora está gravando partici- pações nos vocais da ban- da Fanzine, produzida pelo Memê (o mesmo do Lulu Santos), a ser lançada em breve. Na sua opinião, o funk melody teve mais abertura depois da entra- da do Latino no mercado e

tem vivido um momento bom, mas que ain-

da vai sofrer mo- dificações.

- O funk melody en- trou no mer- cado primei- ro, mas o rap favela

veio com mais força e

estourou. Isso vai passar e o melody vai continuar. Também tem o fato de que o funkeiro te coloca nas altu- ras, mas te esque- ce rápido - avalia o cantor. Talvez esse es- queci- m en to

Abdula, uma voz de verdade no mundo funk rápido

por parte do público se deva ao número excessivo de grupos e du- plas surgindo a toda hora, incen- tivados pelos DJs, de qualidade quase sempre duvidosa. Mas por que artistas como Sandra de Sá, Tim Mala, Ed Mota e Cláudio Zoli, funkeiros dos bons, não são con- siderados cantores de funk por essa rapaziada?

- O público funkeiro os reco- nhece como cantores de MPB. Eles não sabem que o funk é muito mais do que aquilo que eles ou- vem nos bailes - explica Abdula.

No Nordeste Abdula é con- siderado o rei do funk melody, e teve todos os shows lotados quan- do esteve por lá entre 92 e 94. Para o segundo semestre deste ano ele pretende voltar, lançan- do o novo trabalho nesse merca- do que considera promissor. Pena que esta não seja a mesma visão das gravadoras no que diz respei- to aos seus investimentos, como ele mesmo frisa.

Mas "o Servo de Deus" (sig- nificado de Abdula para os mu- çulmanos) também mostra uma outra face: a sua dedicação espi- ritual. Ele costuma.reservar al- gumas horas do dia para as ora- ções, seguindo os ritos muçulma- nos, que ele tanto admira. Para as afoitas, vale um aviso: harém não está nas suas crenças e o seu coração já tem dona. Portanto, o negócio é ouvir o disco e assistir ao show. porque, a proposta do cara é, acima de tudo, ser um cantor romântico.

(Foto José Renato)

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AFROREGGAE - N8 16 - JUNHO 1995

Festa na Fundição Progresso mostra que o reggae está a espera de quem saiba produzir bons eventos para detonar o circuito alternativo

José Renato texto e fotos

Depois que as grandes estre- las jamaicanas se foram, nunòa mais o reggae repetiu a febre dos anos 70. Esta distància-dos mo- dismos talvez tenha sido a me- lhor receita para que este ritmo tenha se tomado uma fonte ines- gotável de inspiração, propician- do o surgimento de outros ritmos e influenciando artistas de outras correntes musicais.

No Rio de Janeiro o reggae é sucesso o ano inteiro, embora ainda não haja aqui um <5rcuito de bares e casas noturnas que sejam dedicadas exclusivamente a ele, como se vê em São Paulo ou Salvador. Mas então, por onde anda essa gente que não se can- sa de ouvir Bob Marley e se apai- xona fácil pelos artistas da nova geração do reggae, como o Cida- de Negra e tantos outros?

De vez em quando eles apa- recem. Quando pousam por aqui as estrelas internacionais, como Steel Pulse. Alpha Blondy e Joe Highs, só para falar nos pesos

pesados que passaram mais recentemente, a tri- bo do reggae se reúne e ainda que estes artistas não toquem nas rádios, não há quem não saiba as suas le- tras. No dia 27 de maio, a fes- ta Bum Pop Reggae serviu para que 1.500 pessoas tirassem da gaveta a sua camiseta com as cores da unidade africana, e se reunissem para vibrar na mesma positividade.

Na verdade, esta foi a quarta versão do Bum Pop Reggae, que começou em 1990 no já finado Bali Bar, quando tocaram o Ci- dade Negra, ainda com o nome de Lumiar, o KMD 5 - atual Negril e a BBBT (Brazilian Big Brother Tiger). Depois disto rolaram duas versões em 92 e 93 no Circo Voa- dor. Todas elas produzidas por Pedro das Pedras, vocalista da BBBT, que neste ano contou com a co-produção de Caca Dionísio. empresário do Medusas Dreads.

Concebido para ser um even- to que alia o pop ao reggae, como o próprio nome diz, esta última versão teve exibição de vídeos,

lançamen- to do CD Natural

Mystic - The Legend Lives On (nova compilação

dos sucessos de Marley), uma fei- ra com produtos de reggae e um desfile de moda da griffe do estilista Tataio, além da discotecagem do D'JAH Teko Rastafari (Diretor Cultural do GCAR), que segurava a onda no intervalo das atrações, e shows das bandas Medusas Dreads e BBBT, agora na versão 3.0. Ape- sar de primar pela produção, a festa não perdeu o seu lado al- ternativo, preferindo abrir espa- ço a bandas novas, ao invés de pegar artistas já consagrados.

O fato de acontecer no Cen- tro da cidade parece ter sido um acerto. Mesmo que a maioria do público tenha sido de classe mé- dia da zona sul, a presença de pessoas do subúrbio. Baixada Fluminense e de outras classes sociais foi significativa, evidenci- ando a pluralidade do reggae. Ter

A banda

Medusas Dreads arrepiou o público do Bum

Pop Reggae com uma seleção de covers de Bob Marley

acontecido na Fundição Progres- so, atual templo das festas mais badaladas da cidade, também foi importante para atrair esta diver- sidade de pessoas. Saudado pelo público e pelos integrantes do Me- dusa Dreads, a Fundição caiu como uma luva, sendo eleito por todos como o melhor local do Rio para promover shows de reggae.

Se mais eventos ligados ao reggae não acontecem na cidade, com certeza não é pela falta de público, mas pela ausência de produtores que acreditem em in- vestir na montagem de um circui- to permanente e alternativo às toumês das atrações internacio- nais.

OBS: Nos próximos eventos esperemos que os produtores res- peitem melhor o trabalho do disco- tecário, como são respeitados nos bailes charmes e junk, e coloque pelo menos o nome nos cartazes. ÍD'JAH TEKO RASTAFARI)

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AFROREGQAE - N» 16 - JUNHO 1995

Saetanoküeloso e eglna

padrinhos

FROREGGA José Renato Texto e fotos

Vigário Legal quer dizer paz entre as comunidades de Vigário Geral e Parada de Lucas, duas favelas vizi-

nhas que viveram em guerra du- rantes anos. Simboliza uma nova etapa das oficinas de dança e per- cussão do GCAR, em convênio com a Casa da Paz. Vigário Legai SELO as populações ditas excluídas dando a volta por cima, e aparecendo de cabeça erguida nas manchetes de jornais. Vigário Legal é Caetano Veloso e Regina Case entrando nu- ma favela para batizar uma banda de 35 crianças entre 5 a 16 anos. Vigário Legal é o sucesso de um pro- jeto de socialização através da cul- tura que está abrindo novas pers- pectivas pra uma população que vive guetizada.

O início de toda esta história começou no dia 17 de dezembro do ano passado, quando Caetano Veloso recebeu um telefonema de Regina Case chamando-o para co-

nhecer Luciana Barbosa, 12 anos, moradora da favela de Vigário Ge- ral, e os outros integrantes da ofi- cina de dança afro e percussão do Grupo Cultural Afro Reggae (GCAR. Luciana queria- convidá-lo para as- sistir a uma apresentação que ela faria para um grupo de intelectuais reunidos no Hotel Marina Palace, no Leblon, para discutir os sinais de turbulência que tomam conta do mundo neste fim de século.

Em poucos minutos Caetano chegava ao encontro de Regina Case para assistir a apresentação das oficinas e se entusiasmou muito com o que viu. Amor ã primeira vis- ta, naquele momento começava a relação que veio a dar na escolha dos dois para serem padrinhos.

Na verdade, Caetano já havia to- mado conhecimento das oficinas de- senvolvidas pelo GCAR através do jornal Afro Reggae Notícias, do qual é leitor, assim como outras três mil pessoas que o recebem por mala di- reta. E através de Waly Salomão, Di- retor Social do GCAR também foi apresentado a integrantes do Grupo.

Regina Case, sua filha Benedita e Caetano provaram da acolhida da comunidade e em especial das crianças da Banda Afro Reggae

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AFBOREGGAE -N° 16-JUNHO. 1995.

Cidade Partida - O sucesso deste trabalho se

deve a busca incessante do cresci- mento e da qualidade. É muito gra- tiflcante para nós ver dentro do Grupo pessoas como Rafael dos Santos e José Renato que estão fa- zendo mestrado, levando a bandei- ra do AFRO REGGAE para a aca- demia e ver alunos das oficinas como o Altair. Paulo e a Mary se consolidarem como uma referência dentro de Vigário Geral - comenta José Júnior, Coordenador Execu- tivo do GCAR, ao enfatizar o fato de na própria composição do Gru- po estarem integrados os dois la- dos de uma cidade partida.

E só uma instituição com tal composição poderia ter a coragem de produzir um evento como este, marco para a vida da comunidade de Vigário Geral, não só pela pre- sença dos padrinhos, mas também pelo encontro dela com inúmeras personalidades que das mais diferentes maneiras podem le-

Wally Salomão, diretor Social do GCAR. e Paulo "Negueba", integrante da banda Afro Reggae aproveitaram Vigário Legal para fazer da favela uma só cidade

var a cidade para dentro da favela. Dirigentes de ONG's como Lorenzo Zanetti e Cléa Silveira (RASE): Nanko Van Buuren (IBISS). Hector e Cristiano (CAMPO), Victor Valia (CEPEL), a Senadora Benedita da Silva, ou intelectuais como os so- ciólogos Peter Fry e Olívia Gomes (UFRJ), e as antropólogas Alba Zaluar (Museu Nacional da UFRJ) e Jane Souto (Escola de Medicina Social da UFRJ) que estiveram pre- sentes e puderam ver de perto a outra metade da cidade.

- Esta aproximação do Caeta- no com Vigário Geral, um artista de atitudes vanguardistas, repre- senta uma ponte entre as duas ci- dades. Depois de um evento deste é importante que os governos es- tadual e municipal, assim como ór- gãos públicos como a CEF, se sensibilizem para dar um apoio substancial na re- cons- tru-

ga. Mas também não se deve espe- rar que a cultura por si só venha a resolver todos os problemas.

- Eu acho que se deve pensar em criar modos de convivência mais enriquecedores, ao invés de usar a cultura contra a violência,

como se fosse possível apa- gar um traço do com-

portamento hu- mano - res-

pondeu Caeta-

n o

çao d a cultura da cordia- liaade - de- creta Manoel Ri- beiro, co-produtor da festa junto com o GCAR e a Casa da Paz.

E se a ponte está feita, como administrá-la? O Brasil ainda guar- da na memória a lembrança da cha- cina que tomou Vigário Geral fa- mosa, e, portanto, a questão da vi- olência deixa as pessoas ansiosas por uma solução que nunca che-

Velo- so, du-

rante a en- trevista cole-

tiva. Regina Case lembrou o fato de ter

sido convidada recentemente para ser conselheira do Jardim Botâni- co para dizer que o compromisso dos dois padrinhos com Vigário Ge- ral não deveria servir para ser con- tra coisa alguma, mas a favor de uma relação mais saudável da ci- dade com a população da favela. Assim como a idéia de proteger o

meio ambiente é reduzir o proble- ma a um dos seus aspectos, a rela- ção com Vigário Geral não deveria se ater somente a questão da vio- lência, mas em fornecer algum sub- sídio para que a própria comuni- dade possa vir a encontrar o seu caminho de prosperidade, inclusi- ve melhorando a relação com seu meio ambiente que é extremamen- te degradado.

- Não estamos aqui só para dar uma força. O bom é as pessoas vi- rem aqui para dançar e se divertir. Quanto mais misturar melhor, como antigamente quando todo mundo ia para o samba e isto era uma das coisas mais legais no Rio. Evj acho que todo mundo tem que ir para o samba, para o funk, para o rap e se divertir junto, porque quando houver uma brabeira todo mundo já é amigo e não precisa te- lefonar para alguém importante vir acudir. Já vai estar tudo mais mis- turado, já vai ter o que se chama "gente de fora" dentro. Então, o que a gente mais pode batalhar é para que as pessoas não finjam que não existe a favela, que não existe o bai- le funk. Basta saber que existe, vir aqui, tentar experimentar uma vezinha para ver como é bom.

Este é um bom começo para as coisas melhorarem - afirmou Regina Case, já se descolando como madrinha.

" Uma das coisas que eu percebi naquelas pessoas

foi que nenhuma delas tinha cara de miserável,

especialmente as crianças. Essas realmente demonstravam

ter auto-estima naquilo que estavam fazendo.

Vocês estão de parabéns." Caetano Veloso

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AFROREGGAE - Na 15 - MAIO 1995 8/9

Fotos José Renato

Mais espeviíada do que as crianças Regina Case transformou a festa em baile funk ao puxar o Rap da Felicidade

Calo Ferraz, Secretári'-» Exeniti- vo da Casa,da Paz, saudou os convi- dados ressaltando o encontro de ge- rações que se dava naquele momen- to.

- A juventude da época do Cae- tano foi perseguida porque tinha so- nhos, e a nossa está morrendo por- que não tem sonho algum. E embora tristes com esta situação, é a vonta- de de reverter isto que nos faz perse- guir incessantemente o nosso objeti- vo. E esta repre- sentatlvldade que o Caetano e a Regina Case trazem para Vigário Geral é fun- damental para mostrar a estes meninos que hoje eles não são mais pagãos, e que com trabalho e educa-

"O que a gente mais pode batalhar é para que as

pessoas nào finjam que náo existe a favela,

que n&o existe o baile funk. Basta saber que existe, vir

aqui, tentar experimentar uma vezinha para ver como é bom."

Regina Case

ção não vão preci- sar dispor das suas vidas para ven- der drogas, mas terão outras alter- nativas mais saudáveis - sentenciou.

Palavras ditas com multa pro- priedade e logo depois confirmadas pelas declarações de Altalr Martins, 14 anos, o mestre da Banda Afro- Reggac.

- O começo de«tf> banda foi muito sofrido, e tivemos que trabalhar multo para chegarmos onde estamos. O Afro Reggae mudou muito nossas vidas. Antes eu só pensava em ser mecânico como meu pai, mas agora o que eu quero é ser músico profissio- nal - revelou Altalr, agora batizado como Mestre Golfinho.

O Batizado Dia 9 de junho foi o dia em que

Vigário Geral se transformou em Vi- gário Legal. E para proporcionar esta tarde de festa, a co- munidade se prepa- rou como só faz paira ocasiões especiais. A Caixa Econômica Federal e M. W. Barroso Sllck Screen patrocina-

ram o batizado custeando o palco, alu- guel de som e luz, as roupas da pro- dução e os uniformes da banda e do grupo de dança, além do painel, cria- do gratuitamente pela agência de pu- blicidade Know Sense, que ocupou todo o fundo do palco. O Salão Afro Muzenza produziu o cabelo das me-

ninas do grupo He danç». a estilista Fátima Copelli criou os figurinos e o Lidador ofereceu parte do coquetel para imprensa e convidados.

E se os nossos parceiros se de- ram ás mãos para viabilizar o show, a acolhida que a comunidade propi- ciou foi fundamental para que Vigá- rio pudesse ficar Legal. O público dis- putava lugares até em cima das lajes para assistir a chegada dos artistas.

Depois da coletiva para impren- sa, os padrinhos dispensaram os car- ros que estavam a disposição para cir- cularem pela favela e decidiram ir a pé, para se integrarem melhor a co- munidade. _^^^_ÊÊmÊm___mm

O show co-

Em cima do palco, a banda

teve que segurar a emoção para mostrar que tem garra e técnica a

Caetano, Regina Case e ao público da favela.

"Eu só quero é ser feliz, viver tranqüilamente na favela

em que eu nasci" Rap da Felicidade

meçou com os pa- drinhos jogando pétalas de rosas sobre os compo- -^^^——^^—— nentes da banda. Parentes dos me- ninos da Banda se emocionaram, chegando até a chorar, ao vê-los to- cando com estrelas que só conheci- am pela televisão.

A impressão que Caetano levou foi das melhores, pois pouco antes de subir no palco para batizar a banda e cantar junto com os seus afilhados as músicas em ritmo de samba- reggae Lua de São Jorge, Haiti, Nossa Gente, Valsa de Uma Cidade e o sam- ba É Hoje, mas... dizia estar se sen- tindo na Bahia. Quando voltava para sua casa comentou emocionado com o Coordenador do GCAR sobre o es- petáculo que a favela havia lhe pro- porcionado.

- Uma das coisas que eu percebi naquelas pessoas foi que nenhuma delas tinha cara de miserável, espe- cialmente as crianças. Essas real- mente demostravam ter auto-estima

naquilo que estavam fazendo. Vocês estão de parabéns.- agradeceu Cae- tano.

A emoção de Regina Case não foi menor que a do seu companheiro de _^^^^__i_^ batizado. Ao final do

show, para encerrar evento, ela se reuniu com as meninas do grupo de dança e juntas cantaram o

Rap da Felicidade. - Até muitas vezes - falou Caeta-

no ao se despedir de Vigário, dando a

entender que pretende voltar em bre- ve.

Agradecimento: Cinthya Paes de Carvalho(ASHOKA), Careca e Penha (moradores de Vigário Geral), Eduar- do (Diretor da Associação de Morado- res de Vigário Geral), Ivone Salgado (empresária do Caetano Veloso), Ivana (secretária da Regina Case), Tavlnho e D. Luzia (To Legal - rou- pas), KNOW SENSE, Médicos Sem Fronteiras, Associação de Moradores de Parada de Lucas. TV Zero (Naja).

Caetano e Regina percorreram as ruas da favela até o local do show, dando uma oportunidade ao público de vê-los bem de perto

A empatia entre Regina e as bailarinas da Banda AfroReggae ficou evidente pelo carinho entre elas

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1 o

* Jorge Cabeleira e o Dia em que seremos Todos Inúteis - É mais um grupo que vem da boa safra de Recife e também o nome do primeiro álbum que essa galera acaba de lançar pelo selo Chãos, série Superdemo. Eip pensar que Dirceu (voz, guitarra e sanfona), Rodrigo (baixo). Beto (guitarra e vi- olão), Davi (bateria) e Mesel (per- cussão), todos atualmente com 19 anos, começaram a tocar há 05 por pura diversão e nem pensavam que teriam a oportunidade de um dia vir a gravar um disco, ainda mais com a produção de Roberto Frejat e participações especiais de Zé Ramalho e Peninha. Mas atenção, eles não fazem parte do movimen- to mangue beat, apesar de simpa- tizarem com a idéia, nem falam de caranguejo. A lama da banda é ou- tra: rock'n roll e blues tradicional, estilo anos 60, misturado com rit- mos nordestinos como o forró, baião, embolada e repente.

# O Afro Reggae tem o prazer de contar com a colaboração do jor- nalista/DJ Léo Vidigal, um dos principais responsáveis pela popu- larização do jornal em Belo Hori- zonte. Léo edita um dos melhores fanzines do Brasil,, o Mássive Reggae, que nesta última edição comemora os seus 3 anos de exis- tência e traz matérias com Andrew Tosh, Joe Higgs, Nomad (banda paulista) e Yellowman. Quem qui- ser receber o Massive Reggae é só escrever para Rua Padre Rolim,

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# Quem vem conquistando o seu espaço no cenário da reggae music de BH é a banda Omeriah (nome do avô de Bob Marley), que traz no seu repertório versões de Jormy B. Good, Peter Tosh, e Sina, de Djavan, além de músicas pró- prias como Cotidiano (salsa com raggamuffin) e JRasta Baião (um baião que fala do rastafari). Conta- tos para shows pelo/tel (031) 221- 4178, com Andreia ou Dinho.

# Para agitar ainda mais a sua volta ao mercado fonográfico, a TOP TAPE fechou acordo com a POLY- GRAM para fabricação e distribui- ção de seus produtos. O resultado desta parceria já está na lojas des- de o dia 15 de junho, através dos álbuns Invasão Rap, Charme To- tal e Metropolitan Funky Melody.

# O Salão Dáraléwá, em Bra- sília, é um dos points mais freqüen- tados pela negrada local, pois além dos bons serviços no visual da ga- lera, o lugar se tomou uma espé- cie de centro de informação. O sa- lão possue várias publicações so- bre a cultura afro-brasileira e ven- de produtos como bijouterias e rou- pas. O endereço e telefone do Dáraléwá voçe encontra no anún- cio na página 15.

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segunda à sábado, de 17h às 18h - produção: Fauzy Beydoun ESTAÇÃO JAMAICA (Curitiba) - Rádio Estação 1° FM, 90.1 - 4" das 23 às 24h. Produção Geraldo de Carvalho, Locuçáo: Marcelo. DOUTOR /MP(SP) - Rádio Rádio Metrô FM, de 2* á 6* ás 12h. Apresentador Paulo Brown

.FIVI Variedades VIBRAÇÕES POSITIVAS (RJ) - Rádio Imprensa - 102,1 -domingo, de 14h às 16h-produção: Ana Paula Macedo. CHARME CASSINO DISCO CLUBE (RJ) - Rádio Imprensa- 102,1 -sábado,de IShàs 16h-produção: Zezinho.

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# Numa pesquisa fei- ta pela MTV com 200 en- trevistados, entre 14 e 34 anos, deu Skank na ca- beça como grupo de pre- ferência nacional, 32% do total de votos. Em segun- do, veio o Cidade Negra, com 9% da audiência. Isso é que é prestígio!

# Gabriel O Pensa- dor está de volta, pronto para novamente abalar os alicerces da música. De- pois do sucesso do pri- meiro álbum que lhe garantiu um Disco de Pla- tina, com mais de 300 mil cópias vendidas, o rapper dá os retoques finais em seu novo trabalho, Ainda É Só o Começo, previsto para chegar ás lojas no final de junho. A primei- ra música de trabalho. Estudo Errado, já come- ça a tocar nas rádios e, mais uma vez, Gabriel se utiliza de samplers e letras ácidas para criti- car o sistema educacional brasilei- ro. As meninas também estão no alvo do rapper na íaiAa. Rabo de Saia, enquanto FDP3 (FDP ao cubo) promete provocar polêmica pela le- tra contundente.

# O novo videoclip de Shabba Ranks para a música Shtne Eyed Gal que faz parte do seu novo ál-

Capa da última edição do Massive Reggae bum que acaba de ser lançado no Brasil, conta com a participação especial de Mykae Rose, do Black Uhuru. Shabba também participa do disco Positively Reggae, uma compilação que traz outros artis- tas de peso como Patra, Mad Co- bra e Tony Rebel, cantando men- sagens positivas que incluem a im- portância da escola, vida em famí- lia, harmonia racial... (para seus jovens fãs.

8»í» V ^ as 1, , çf -r r .m r-i np II TRIBUNA WORLD MUSIC (Pejrópolis) - Rádio Tribuna FM - 88,5 - quinta, de 22h às 23h

FTVl FUNK FURACÃO 2000 (RJ) - Rádio Imprensa - 102,1 - segunda a sexta, de 17h às 19h - locução: Rafael SOM NA CAIXA (RJ) - Rádio Imprensa - 102,1 - segunda a sexta, de 13h ás 15h - locução: Salada BIG MIX (RJ) - FM RPC - segunda a sexta, de 16h às 18h - mixagem: DJ Malboro.

A.1VI Programas de Umbanda e Candomblé

RADIO SOLIMÕES MAGIA E MISTÉRIOS - quinta, de 24h ás 2h - produção: Gina de Yansã e Ruy de Ogun

UMBANDA RELIGIÃO REGE UMA NAÇÃO - terça, de 23h às 24h - produtor: Nelson de Azanssum PROGRAMA CULTURAL AFRO BRASILEIRO - domingo, de 22h às 24h - produção: José Beniste

RÁDIO METROPOLITANA POR DENTRO DO CANDOMBLÉ - sábado, de 21h às 23h - produtor: Guilherme de Ogum

RÁDIO REGGAE (MA) Rádio Ribamar - 1.180- segunda a sexta, de 16h às 17h - produtor: Fauzi Beydoun

TV FURACÃO 2000 (RJ) - CNT - Canal 9 - sábado, de lüh às llh - apresentação: Rômulo Costa e Verônica Costa

Direção: Janir 5. José da Silva

Rua Parfre Januário, 209 Loia^ A e & / 34Ô Fundos

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AFROREGGAE - N» Í6 - JUNHO 1995 11

# No dia 25 de abril, o diretor Márcio Meirelles embarcou para Londres com o Bando de Teatro Olodum, onde vão ficar durante dois meses encenando o espetácu- lo Zumbi está vivo e continua lutan- do, agora com a participação da Companhia inglesa Black Theatre Co-Operative.

As montagens no Brasil e na Inglaterra contam com a mesma equipe de direção: Márcio Meirelles (diretor geral), o percussionista Cícero Antônio (direção musical) e o bailarino Zebrinha (coreografias). O espetáculo mostra os quilombos atuais, tanto aqui quanto em Lon- dres, que podem ser as invasões e favelas brasileiras ou os bolsões de imigrantes do terceiro mundo na Europa, onde negros e pobres so- frem praticamente os mesmos pro- blemas que a comunidade de Zum- bi enfrentava há 300 anos. Assim, Márcio recorre a esses problemas das atuais comunidades negras para abordar a história do Qui- lombo dos Palmares, liderado por Zumbi.

A campanha já está causando muito burburinho em Londres, onde estarão se apresentando até o dia 22 de julho no Theatre Royal, e pretende continuar essa feryeçào. cultural na sua volta ao Brasil, se apresentando por vários, estados. Só faltam pintar as oportunida- des...

# Quatro CDs de propriedade do percussionista Reppólho foram "extraviados" na festa Bum Pop Reggae IV. Angelic Gibarijô, Bob Maríey 20 Htts Reflectivo Records, Gil no Japão Ao Vivo, Em perfeita Vibração. Quem tiver informações.

favor contactar com Tataio no tele- fone 580.6764. As lojas que tive- rem os CD's para vender também devem entrar em contato.

# Michael Jackson voltou mais branco ainda, querendo ficar em paz com as crianças e disposto a conquistar mais uma vez os pri-

meiros lugares das paradas de su- cesso com o seu primeiro álbum duplo, HIStory - Pasí, Present and Future. A faixa Scream, em dueto com sua irmã Janet Jackson, já está chegando nas primeiras posi- ções das rádios de todo o mundo.

E HIStory vale a pena nem que seja para ficar ouvindo o Disco I,

com 15 faixas que fazem uma óti- ma retrospectiva do trabalho do músico, de 1979 a 92. O que inclui as músicas Biílíe Jean, Beat It, Thriller e Bad. O Disco 11 não é lá essa Brastemp, com as 15 faixas produzidas pelo próprio cantor, compositor e arranjador, sendo que 12 são de sua autoria.

Mas ele não parou por aí. A partir de 04 de julho, dia da Inde- pendência dos EUA, Michael entra no mundo cibernético com o seu Museum of HIStory, via Internet. Os usuários da rede em todo o mundo poderão acompanhar as peripércias e trabalhos do cantor através do endereço http:w.w. sony.com/Music/MichaeUackson.

Enfim, não dá pra passar des- percebido. Até porque, estamos fa- lando de Michael Jackson, o artis- ta solo que mais vendeu álbuns em toda a história da música pop.

# Enquanto isso, Chico Scien- ce & Naçáo Zumbi dão o que falar no verão de Nova York, com direito a elogios no jornal New York Times. Os mangue boys arrebentaram no Central Park Summerstage, em meados de junho, e já se preparam para detonar no Festival de Mon- treaux, em 08 de julho, quando se apresentam na SKA, Jump and Crazy Night.

Logo após o tour europeu, o grupo entra em estúdio para gra- var seu segundo álbum, previsto para sair em janeiro de 96.

# O novo álbum do Cypress Hill está programado para sair em setembro, agora com o titulo Cypress Hill III.

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1 2 AFROREGGAE - Nfi 16 - JUNHO 1995

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s toques dos tambores estão ecoando por todos os cantos da cidade de São Pau- lo. Lá, não tem índio querendo apito, mas sim uma massa composta por gente de Io- das as raças, crenças e classes scniais an- siosas para dançar, cantar e curtir a boa música negra e afro-caribenha. Isso inclui o reggae, rap, soukus, makossa. zouk. zaiko, salsa e merengue. E é essa profusão de ritmos que está ganhando cada vez mais espaço nas pistas de dança das casas no- turnas de Sampa. A salsa, por exemplo, tem espaço certo no Bar Avenida e Blen Blen Club, ao vivo e a cores, através dos grupos locais Edwin Pitre & Son Caribe e Orchestra Heartbreakers.

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AFROREGGAE - N8 16 - JUNHO 1995 13

- Começamos a tocar em 82, no Rio de Janeiro. Nossa estréia foi no Cir- co Voador. Depois, também fui DJ na Mariuzinn, ao domingos, e a noite aca- bou ficando conhecida como salsateca. Mas foi só em 90, quando vim para São Paulo, que o trabalho da banda tomou impulso e as coisas começaram a acon- tecer. Somos 10 músicos de diversas nacionalidades, incluindo brasileiros, porto-riquenho, peruano, panamenho e inglês. E essa diversidade fica eviden- te na rica mistura musical que apre- sentamos no nosso trabalho - comen- ta Edwin Pitre, vocalista e baixista do Son Caribe.

Além dos diversos instrumentos utilizados nos shows de ambos os gru- pos, com direito a trumpete, trombo- ne, vibrafone e muita percussão, outro aspecto fundamental para que o públi- co entre em sintonia com o ritmo afro- caribenho são as performances e core- ografias "calientes", que rapidamente põe a galera no pique da dança.

- A Orchestra HB é composta por 12 músicos que interpretam um com- portamento musical. Por isso, além da preocupação com a harmonia e melo- dia dos diversos ritmos que envolvem a música latina, também cuidamos da parte estética do show, valorizando os figurinos, cenários, iluminação e as performances nas apresentações. É todo esse molho que faz com que as pessoas entrem, literalmente, na dan- ça - diz o músico Matias, d0-Heart- breakers.

"Em São Paulo a salsa agita o

público jovem e as casas noturnas

abrem cada vez mais espaço para a música

negra e latina"

A salsa, que teve seu auge nos anos 50. nasceu da interação do músi- co latino nos guetos hispano-america- nos de Nova York. E, por essência, é uma grande fusion. Para quem ainda não tem intimidade com o ritmo, pode começar a se entrosar ouvindo os dis- cos de Tito Puente, Oscar De Leon, Ruben Blades, Isac Delgado, Juan Luis Guerra e Célia Cruz. Até porque, essa nova onda que vem se formando, pro- mete fazer muita gente mergulhar de cabeça.

À reboque da efervescência da dança de salão no eixo Rio/São Paulo, a música afro-caribenha vem conquis- tando a cada dia novos adeptos, que se deliciam com a oportunidade de dan- çar juntinho e de maneira descon- traída.

Em especial, o público jovem agra- dece ao som também de multo mambo, rumba e cha cha cha.

/g/pçoes para dançar e se divertir Balafon African Music Hall - Há 2 aríos em plena atividade, o Balafon é o point também de mui- tos africanos e estrangeiros em ge- ral. Tem um público Jovem que gosta de ouvir reggae, rap, músi- ca afro-caribenha e MPB. Funciona de terça a domingo.

Blen Blen Club - O versátil DJ Fernando Rozzo é responsável pela ambientaçáo do Blen Blen e, dependendo das bandas que se apresentam na casa, ataca de soul, funk, reggae, rap e muita música latina. Funciona de terça a domingo.

Cally - A Serra da Cantareira fica um agito só nas noites de quinta a domingo. O reggae é o forte do Cally, onde Já se apresentaram os grupos Skank e Cidade Negra. Funciona de quinta a domingo.

Soweto - Prestes a completar 1 ano de muita atividade, o Soweto tem como proposta não só divulgar a mú- sica negra e afro-caribenha, como também valorizar o intercâmbio cul- tural entre África e Brasil. Aos do- mingos a programação fica por con- ta do funk, soul e rap, dando espa- ço para as bandas nacionais. Du- rante o resto da semana, o DJ Pingo

detona Feia Kuti, Loketu, Eduar- do Palm, Shabba Ranks ... e por ai vai. Funciona de terça a domingo.

Lambar - Existe há 7 anos. Foi a primeira casa na capital paulista a dar guarida à música baiana. Tem programação variada, que vai do zouk ao pagode, passando pelo reggae, com direito a con- cursos de dança de salão. Funciona de terça a domingo.

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eom certeza você já viu ou ouviu falar da dança do tchaco e não conseguiu chegar a uma conclusão

sobre o significado do nome. Para esclarecer este mistério nada me- lhor do que o próprio criador fa- lar sobre a sua criatura. A dança do tchaco, batizada pelo compo- sitor e cantor Tonho Matéria, já se espalhou por todo o Brasil atra- vés do seu segundo disco Tá Na Cara, lançado pela Warner/Con- tinental. Mas o que quer dizer o tchaco afinal? Segundo Tonho, é o som que representa o jeito sen- sual, malemolente e excitante das mulheres ao dançarem.

O fato é que a Bahia tem uma capacidade inesgotável de produzir danças e músicas novas, mesmo deixando um pouco a de- sejar na criação das letras. O som baiano vem se caracterizando como um grande liqüidificador sonoro, capaz de abrigar vários gêneros musicais. E Tonho Ma- téria é mais um desses composi- tores que estão sempre na boca de cantores e grupos famosos, como Leci Brandão, Beth Carva- lho, Chiclete com Banana, Asa de Águia, Daniela Mercury entre tan- tos outros. Ele usa referências da chula de Santo Amaro e do pago- de de Sáo Paulo (chamado pelos puristas de "pagode mauriçola"), por exemplo, para compor sam- ba-reggae, lambada, funk, galope e ... pagolada - mistura de samba de roda e timbalada, e acredita que o movimento musical da Bahia anda em total ebulição, sem chances de se esgotar tão cedo, mesmo contrariando as pre- visões mais pessimistas.

Criado na escola do Olo- dum, na década de 80, Tonho Matéria também compôs para os veteranos blocos Ara Ketu e llê Ayiè músicas de protesto e cons- cientização. Temas como ne- gritude e racismo já não fazem mais parte das preocupações do compositor. Hoje suas letras fa- lam de alegria e amor ou dão uma geral no quadro do país, como é o caso da música titulo do disco Tá Na Cara.

- O Olodum, que era o men- tor para abordar esses assuntos.

CABELEIREIROS

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■•V: ' i ■■V.-.:.'-/.V." >A AFROREGGAE - N9 16 - JUNHO 1995 15

Fotos José Renato agora só fala de amor. Hoje náo é preciso mais brigar, nem es- tar falando eu sou negáo, por- que todo mundo já está vendo isso. Os caras estão vendo que as coisas não são como eles aprenderam a vida inteira. O negro está na novela fazendo o papel principal. - opina Tonho.

Muitas músicas do compo- sitor ainda são inéditas, espe- rando a hora certa para serem gravadas. Das canções com as quais partici- pava dos con- cursos dos blo- cos da Bahia, Tonho calcula que cinco por cento delas ain- da não foram lançadas. Para Margareth Mene- zes, cantora de quem é fã de car- teirinha, ele compôs Tambores da Arqueologia, que ela prome- teu gravar no próximo disco. Há pouco tempo Tonho fez uma música para o Ué Ayê, começan- do no Rio, passando por São Paulo e sendo finalizada em Sal- vador, inspirada na gravidez e no tri-centenário de morte de Zumbi dos Palmares: "Uma mãe que cria seu filho no ventre/ o ventre ao mundo espera/ que nascerá livre como um pomar/ Ilê mergulha no ego do além/ mostrando o princípio de um al- guém, despertar/ e o outro amanhecerá, pulsação./ chega de rebelião/ llê encontrou Zum- bi ali na serra. Serra da Barri- ga". A música está á espera do intérprete certo.

Sob os efeitos do estouro da dança do tchaco, o disco Tá

Na Cara está quase batendo a marca das 100 mil cópias ven- didas. Tonho Matéria acha que já está na hora de ser premiado com um Disco de Ouro. Afinal de contas, vários artistas já o receberam com músicas dele, como por exemplo a Banda Cheiro de Amor, puxada pelo hlt Auê. Este prêmio virá para se juntar ao Troféu Bahia Folia,

entregue aos melhores nr-p . da festa de Momo

é o som que representa o jeito sensual,

malemolente e excitante das mulheres ao dançarem."

Tonho

Santana,

pela TV Bahia, que Tonho rece- beu no último carnaval.

Para movi- mentar mais sua carreira, Tonho agora so- nha com o exte- rior. O primeiro

passo nesta dire- ção já foi dado atra-

vés dos cantores Jó que gravou a música

Sonho de um Samurai, tocada no Japão, Finlândia e Holanda; e do mexicano Sérgio Vargas, que gravou Arco íris de Madagascar. O segundo passo é a sua provável participação, ano que vem, na noite brasilei- ra do Festival de Montreaux, na Suiça.

O retomo financeiro da veiculação ae suas músicas em outros países tem sido um de- sastre. Do Japão, Tonho Maté- ria recebeu R$ 0,01 e da Fin- lândia e Holanda, R$ 9,00. Com motivos de sobra, ele faz coro aos que andam descontentes com o ECAD (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição). Com quase 300 músicas grava- das, costuma receber em média R$700,00, mesmo assim, de-

TEKO RASTAFARI Agora no Point Afro Kegqae Arpoador

Todos oe finai» de eemana

EXPOSIÇÃO BARRACA DO TEKO

Tudo em artigo Afro Keqqae

pois de alguns meses de espera. Enquanto o dinheiro náo vem,

Tonho segue fazendo shows pêlo Bra- sil acompanhado da Banda Afã, que significa um grande desejo. E por fa- lar em significado, qual a explicação para o sobrenome Matéria?

No show, Tonho canta, dança e ainda toca timbau

- Eu escolhi este nome porque ma- téria é tudo aquilo que ocupa lugar no espaço. - explica o próprio.

Resumindo, deve ser o grande desejo de ocupar um lugar ao sol no espaço musical, aproveitando o suces- so do tchaco. Valeu Tonho Matéria!

José Renato Reportagens fotográficas e cobertura de eventos

(021) 551-5882

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SDS - S«t. &»Uc Sty. «36 ld (061) 322-3^2 - VÇ

PROGRAMA VIBRAÇÕES POSITIVAS

Todos os Domingos 14hàs lóh

Rádio Imprensa FM 102,1

Produção Musical: Teko Rastafari

Apresentação: Quadro da Mulher:

Fábio Conceição e Joselina da Silva Ana Paula Macedo

Vibrando Positivamente e Balançando Sem Perder a Base

CLAUDIUS BUFFET

Buffet e Turismo Especialidade comida

baiana Tel. (021)22 J

Page 15: Caetano B Banda Afi-aRegqfreMais um passo foi dado para a consolida- ção do trabalho que o GCAR vem desenvol- vendo, só que desta vez contando com o apoio de dois autistas consagrados

1 6 AFROREGGAE - N8 16 - JUNHO 1995

Em todos os anunciantes, terreiroes, shows e mais:

■ ...

ZONASUl/KJ ASCA - R. Alberto de Campos, 12 (CEP) - Ipanema DtM Poinl - R. Francisco Otaviano, 67, Ij 17 - Arpoador UFRJ - ECO - Praia Vennelha, Urea FACHA - R. Muniz Barreto, 151 - Botafogo Livraria FrinciKo Alvej - R. Farme de Amocdo, 57 - Ipanema Modera Sound - R. Barata Ribeiro, 502, D - Copacabana Nativo Art - R. Francisco Otaviano, 67, Ij 49 - Arpoador Rip Curl - R. Visconde de Pirajá, 580, Ij 112 -Arpoador Quiosque do Gaúcho - Av. Vieira Souto, QI 01 - Arpoador Quiosque Niterói - Av. Vieira Souto, 250 - praia de Ipanema Centro Cultural Municipal Oduvaldo Viana Filho (Castelinho do Flamen- go - Praia do Flamengo, 158 Afonj s - Av. Princesa Isabel, 254 Cob. 02 - Copacabana Livraria Argumento-R Dias Ferreira, 417-Leblon Livraria Letras e Eiprttsfies - Av Ataulfo de Paiva, 1292-Lj.C Grupo Eco - (Escola de Informática) - R Padre Hélio, 35 / Morro Santa Marta Balafon - Shopping Center Rio Sul, 3° piso Cevada's Bar - R. Farani, 3 - Botafogo

CENTRO/RJ Bar Beco Da Luiúria - R Vinte de Abril, 14 (Esc. de Teatro Martins Pena) Barraca do MahaViinu - Em frente ao Cine Odeon - Cinelândia Centro Cultural Mun. José Bonifácio - R Pedro Ernesto, 80 - Gamboa Caia Paschoal Carlos Magno - R Hermenegildo de Barros, 161 - S" Te-

IPCN - Av. Mem de Sá, 208 Livraria Francisco Alves - R. Sete de Setembro, 177 e R. Umguaiana, 98 Up Town - R. Conde de Lajes, 44, Ij 101 - Glória Cia. de Dança Rubens & Barbot - Trav. do Mosqueira, 13 - Lapa Ducarmo Disco - R. Buenos Aires, 2 si. 303 Centro de Artes Calouste Gulbckian - R. Benedito Hipólito, 125 - Pça. 11 Pixatfo - Paço do Ouvidor - R. do Ouvidor, 161 - Ij. 101

ZONA NORTE / RJ Atol das Rocas - Pça Saens Pena - Shop. 45 Lj. 113 Academia By Fit - R. Conde de Bonfim, 422 - Sobreloja Barraca do Livreiro Júlio - Em frente ao cine Carioca - Praça Saens Pena Dana Poinl - Madureira Shopping Piiaçio - Madureira Shopping, lj. 171 Livreiros do Hospital Pedro Ernesto - Vila Isabel UERJ - Coord. de Interaçlo Comu- nitária SR3 - SI 3034 - BI E - Maracanã Vídeo Game Center - R Conde de Bonfim, 346 - si 204 - Pça Saens Pena Grêmio do Col. Prado Júnior (Evilin Fernanda) - R. Mariz e Barros - Tijuca Livreiro do Hosp. Pedro Ernesto - Vila Isabel Kahana -Shopping Vitrine da Tijuca - Pça Saens Pena. Kahana - Shopping 45 - Pça Saens Pefla Kahana - Madureira Shopping Back Door Surf Shop - Av Ayrton Senna, 3000 Lj. 1069 - Shopping Via Parque. BARRA DA TIJUCA Quiosque Toa-Toa-Av. Semanbetiba, 56A / 56B (em frente ao n0 6300)

LEOPOiDINA/RJ AMUPA - Acari Dudn Oba - R. Luis Gregório de Sá, 46 - Manguinhos Ais. de Moradores de Parada de Lucai

ILHA DO GOVERNADOR / RJ Ilha Shopping

Atol das Rocas -1° piso, lj 144 Jamf-l°piso,lj 136 Sluli - 2° piso, lj 239

Raita Surf Muiic - Esu. do Galeão, 1285 si. 304

NITERÓI / RJ DCE da UFF - Coordenação Livraria Orelha em Pé - UFF Campus d or Gragoatá

ZONA OESTE/RJ Associaçio de Moradores do Con- junto Dom Jaime de Barrei Câmara - R. Bom Sossego, 382 - Padre Miguel Point Afro Reggae Oju Dudu - As sextas e sábados em frente ao terminal rodoviário de Campo Grande

NILÓPOLI5/RJ Fã Clube Bob Marley - R Almirante Tamandaré, 646 - Nilópolis

SÁOJOÁODEMERITI/RJ Igreja da Matriz - Pça da Matriz, s/n"

NOVA IGUAÇU/RJ GP Vídeo Locadora - R. Gov. Portela, 1304 Verde Musgo - Shopping Iguaçu Center, lj 140 Xand Wear - Av. Amaral Peixoto, 427/121

VOITA REDONDA/RJ Espaço Afro Reggae - R 249/12 - Conforto

ANGRA DOS REIS/RJ Banca Beco do Mascote - R. do Comércio, Beco do Mascote - Centro

CABO FRIO Gandja - R. Jorge Lossio, 516 Ij 4 -

centro CAMPOS/RJ

Sociedade Independente dos Artis- tas do Samba de Campos - R. 21 de Abril, 205 - Centro Fundaçio Cultural Vovó Terez* - R. 28 de Março, 672 - Centro Casa da Cultura Villa Maria - Reito- ria da UENF - R. Baroneza da Lagoa Dourada, 234 - Centro

SÃO PAULO/SP Livraria Francisco Alves - R Doutor Vieira de Carvalho, 144 e R. Barão de Itapetininga, 246 Centro Cultural Municipal Jaba- quara - Ao lado da estação do Metro Disco Club Horácio Lane - Univ. Mackensie

Guetto Recorda - R. 24 de Maio, 116 lj 28-Centro

Cris Black Power - R 24 de Maio, 62 lj 20 - Centro

Duza Cabeleleiros - R. 24 de Maio 62 lj 10 sub-solo - Centro

New Generation Records - Rua 24 de Maio 62 lj 40 - Centro

Muene - R. 24 de Maio, 116, 1° andar Ij 18 - Centro

Espaço Banco Nacional de Cinema - R. Augusta, 1475

Jamaica Cabeleleiro - R. 24 de Maio, 116, Io andar lj 19 - Centro

Centro Cultural São Paulo - R. Vergueiro, 1000- Paraíso

CAMPINAS/SP Biblioteca Central da UNICAMP.

BELO HORIZONTE / MG Masslve Reggae - R. Padre Rolim 636/103 Academia de Capoeira Gerais - R. Carangola, 44 - Santo Antônio

TRÊS CORAÇÕES/MG Afro Muzenza de Angola - R. das

Violetas, 3 - Jardim Orion CURITIBA/PR

DJ'i Club - Pça Gal Osório, 333 - Galeria do Comércio, Lj. 09Baluarte Negro - R. Voluntários da Pátria, 92, conj 201

PORTO ALEGRE / RS Conciâo Ras - R. Guilherme Alves, 1176-Partenon An. de Comunicação Negras - AvJoão Goulart 551 (usina do gasômetro)

BRASÍLIA / DF Bazafro - Higs 709, BI M, casa 30 (061)243-6091

SALVADOR / BA Bar do Reggae - R. Gregório de Ma- tos, 46 - Pelourinho Bahia Bar - Largo do Pero Vaz - Liberdade, Banda Furacão Dé Ayê - R do Cuiuzu, 233 - Liberdade Faculdade de Comunicaçio/UFBa - R. Basílio da Gama - Campus/Canela Bar e Restaurante Aladin - R. Mar- quês de Leão, 173 Barra Atelier Amarelo Sete (Hotel Pelouri- nho) - R. Alfredo de Bnto, 20 - Pelou- rinho Kaya CD's - Beco Maria da Paz, Ed. Bandeirantes - lj. 1 - Centro Brazilian Sound - R. Francisco Moniz Barreto, 18/20 - Pelourinho Litoral Norte - R Gregório de Mattos, 30 - Pelourinho Casa do Benin - R. Pe. Agostinho Gomes, 17 - Pelourinho Fundação Casa de Jorge Amado - Largo do Pelourinho Dinha do Acarajé - R Vise. de Ca- choeim. s/n - Rio Vermelho Museu Afro Brasileiro - Pça. Terreiro de Jesus, 17-Centro

MARAGOGIPE/BA Jamzika Drink's - "Bar do Reggae" - R. Gerhard Meyer, s/n0 - Centro

PORTO SEGURO/BA Centro Cultural de Porto Seguro - Av. dos Navegantes, s/n" Academia de Capoeira Gerais Porto Seguro - Arraial D'Ajuda Beco dai Cores - Est. Mucugê, s/n" - Arraial D'Ajuda Boite Buraco Loko - Praia do Mucugê, s/n° - Arraial D'Ajuda

ARACAJU/SE Caia da Cultura Afro Sergipana - R. Mato Grosso, 677 - Siqueira Campos

SÃO IUÍS / MA Centro de Cultura Negra - R. dos Guaranis, s/n" - Bares - João Paulo

UNIÃO DOS PAtMARES / Al Rádio Popular - R. Antônio Gomes da Silva - Bairro Roberto C. de Araújo

BEIÉM/PA Cedenpa - R. dos Timbiras, passagem Paulo VI, 244

MARABÁ/PA Casa da Cultura de Marabá - Folha 31, Quadra Especial - Nova Marabá

RECIFE/PE Afríka Produções - R. Comendador Tento Aguiar, 56 - Madalena Centro Luís Freire (Cristiano) - R. 27 de Janeiro, 181 - Carmo Baloguns - R. do Hospício, 194 - Boa Vista, Ed Olímpia, si 704

GOIÂNIA/GO CA de Comunicação - UFGO

VITÓRIA/ES Rádio Universitária - UFES

CAMPO GRANDE/MS Grupo de Trabalho e Estudos Zumbi - R Marechal Rondom, 408 UNIP/MS - Av Barão do Rio Branco, 488 coni. S/01

FORTALEZA/CE Grucon - R. Nogueira Accioly, 2025 - Piedade

Mnòa AfroReM Padrinhos:

Caetano Veloso e Regina Case

Uw ò\a Vigário Gemi [oi manchete ^oíicwií em toòa a imprensa. Agora, crianças entre 5 e 16 anos, integrantes òa Bímôa AfroKeggae, transformaram tambores em armas para òar um toque ao Brasil ôe 6\ne Vigário está ficanòo caba òia mais Legal

Contatos para shows (021) 228-5487 ou 292-4499 Mobi 82368 / 82367 Realização: Grupo Cultural Afro Reggae e Casa da Paz