AFI - Unidade 1 - Introdução à Administração Financeira

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ADMINISTRA ADMINISTRA Ç Ç ÃO ÃO FINANCEIRA I FINANCEIRA I Prof. ARISTIDES OLIVEIRA Jr., Prof. ARISTIDES OLIVEIRA Jr., MSc. MSc.

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ADMINISTRAADMINISTRAÇÇÃO ÃO FINANCEIRA IFINANCEIRA I

Prof. ARISTIDES OLIVEIRA Jr., Prof. ARISTIDES OLIVEIRA Jr., MSc.MSc.

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EMENTAEMENTA��UNIDADE 01 UNIDADE 01

INTRODUINTRODUÇÇÃO ÃO ÀÀ ADMINISTRAADMINISTRAÇÇÃO FINANCEIRAÃO FINANCEIRA

��UNIDADE 02UNIDADE 02

O SISTEMA FINANCEIRO BRASILEIRO E OS O SISTEMA FINANCEIRO BRASILEIRO E OS MERCADOS FINANCEIROSMERCADOS FINANCEIROS

��UNIDADE 03UNIDADE 03

ANANÁÁLISE ECONÔMICOLISE ECONÔMICO--FINANCEIRA FINANCEIRA EMPRESARIALEMPRESARIAL

��UNIDADE 04UNIDADE 04

PLANEJAMENTO FINANCEIRO E ORPLANEJAMENTO FINANCEIRO E ORÇÇAMENTO AMENTO EMPRESARIALEMPRESARIAL

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UNIDADE 1UNIDADE 1IntroduIntroduçção ão àà AdministraAdministraçção ão

FinanceiraFinanceira1.1. FinanFinançças como as como áárea de estudorea de estudo

2.2. Modalidades de organizaModalidades de organizaçção empresarialão empresarial

3.3. A funA funçção da Administraão da Administraçção Financeiraão Financeira

4.4. IntegraIntegraçção entre Contabilidade e Finanão entre Contabilidade e Finanççasas

5.5. Objetivo da AdministraObjetivo da Administraçção Financeiraão Financeira

6.6. Problemas de Problemas de GovernanGovernanççaa Corporativa Corporativa ((agencyagency))

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1. Finan1. Finançças como as como ÁÁrea de Estudorea de Estudo

1) Finanças: “arte e ciência de administrar fundos”(Gitman, p. 4)

2) Áreas e oportunidades em Finanças:

FINANÇAS

ServiçosFinanceiros

AdministraçãoFinanceira

(Finanças Empresariais)

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1) Serviços Financeiros: área voltada à concepção e à prestação de assessoria, tanto quanto à entrega de produtos financeiros a indivíduos e organizações (públicas ou privadas). As oportunidades de carreira nessa área podem ser encontradas em:a) Bancos comerciais ou oficiais

(bancário, analista de crédito, etc.);b) consultoria financeira a pessoas físicas;c) corretoras do mercado de ações (corretor,

analista de títulos, gestor de carteiras, etc.);d) imobiliárias (agentes, corretores, avaliadores de

bens imóveis, etc.); ee) seguradoras (corretores, subscritores, etc.).

2) Administração financeira: conjunto de atividades do administrador financeiro em uma organização (análise, planejamento, decisões de investimento e financiamento e controle dos recursos financeiros de curto e longo prazo).

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• O patrimônio pertence a mais de uma pessoa (sócios).

• Os sócios respondem ilimitadamente por todas as obrigações.

“Fulano & CIA& CIA”Sociedade com Firma

(ou Em Nome Coletivo)

• O patrimônio pertence a uma só pessoa física.

• O proprietário responde ilimitadamente pelas obrigações contraídas.

“Fulano”Firma Individual

CaracterísticasNome Mercantil

Tipo de Empresa

2. Modalidades de Organiza2. Modalidades de Organizaçção Empresarialão Empresarial

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•• SSóócios comanditadoscios comanditados:: aqueles que podem ser gerentes da firma e que respondem ilimitadamente pelas obrigações contraídas.

•• SSóócios comanditcios comanditááriosrios:: aqueles que não podem ser gerentes da firma e que respondem até o limite de seu capital investido.

“Firma Social & CIA& CIA”Sociedade em Comandita Simples

• O patrimônio pertence a mais de uma pessoa física (sócios-cotistas ou quotistas).

• Todos os sócios respondem pelas obrigações até o limite de suas cotascotas de capital investido, subscritas no contrato social.

“Firma Social Ltda.Ltda.”Sociedades por Cotas (Quotas) de Responsabilidade

Limitada

CaracterísticasNome Mercantil

Tipo de Empresa

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CaracterísticasNome Mercantil

Tipo de Empresa

• Regulamentadas não apenas no Código Comercial, mas, também pela chamada “Lei das S.A.” (Lei 6.404/76), a qual institui as normas para a contabilidade desse tipo de empresa.

• O patrimônio pertence a várias pessoas físicas, pela compra de dois tipos de aaççõesões(títulos de propriedade): ordinárias (direito a voto na Assembléia) e preferenciais (têm preferência no recebimento de dividendos, mas não participam da gestão nem votam na Assembléia).

• A subscrição de ações e a contabilidade societária desse tipo de empresa é fiscalizada e regulada pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários.

“Firma Social S.A.S.A.”

ou

“CompanhiaCompanhia

Firma Social”

Sociedades Anônimas

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ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA I - Aristides Oliveira Jr.

• A empresa pode ser de capital fechado (subscrição particular de ações) ou de capital aberto (subscrição pública), i.e., estas últimas operam no mercado aberto (bolsa de valores), negociando ações.

• Os acionistas são responsáveis pelas obrigações da empresa até o limite do valor de suas ações.

•• AssemblAssemblééiaia--Geral de AcionistasGeral de Acionistas:: órgão máximo de decisão da empresa, e a quem cabe a governança de primeira instância. Haverá, no mínimo, uma reunião anual da Assembléia-Geral Ordinária, com as seguintes finalidades:

a) apreciar as contas dos administradores;

b) examinar, discutir e votar as demonstrações financeiras do exercício;

c) aprovar a correção monetária do capital social;

d) deliberar sobre a destinação do lucro líquido pós-IRPJ e a distribuição de dividendos; e

e) eleger e destituir os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, quando for o caso.

Características das Sociedades Anônimas

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• Já a Assembléia-Geral Extraordinária se reunirá para deliberar sobre:a) aumento ou diminuição do capital;b) criação e emissão de ações preferenciais e de partes beneficiárias;c) dissolução da empresa ou mudança do seu ramo de atividade;d) incorporação, cisão ou fusão com outras empresas;e) alteração do dividendo obrigatório; ef) participação ou assunção do controle do capital de outra empresa.

•• Conselho de AdministraConselho de Administraçção (ão (““BoardBoard””)):: composto por três acionistas eleitos para mandatos de três anos, com reeleição, a quem cabe a governança de segunda instância. Órgão facultativo nas sociedades anônimas de capital fechado, mas obrigatório nas de capital aberto. Suas incumbências são:

a) traçar, junto com a Diretoria, as macro-diretrizes estratégicas para a empresa;b) supervisionar e fiscalizar a gestão da empresa; ec) contratar e demitir os membros do escalão máximo da Diretoria.

Características das Sociedades Anônimas

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•• Conselho FiscalConselho Fiscal, composto por três acionistas eleitos, não-funcionários, sem vínculo de parentesco com nenhum membro da diretoria e cujas incumbências são:

(a) examinar os livros e documentos da sociedade;(b) fiscalizar o caixa e as diversas carteiras;(c) apresentar à Assembléia-Geral Ordinária parecer sobre a gestão daquele

exercício; e(d) convocar a Assembléia-Geral Ordinária, se a Diretoria retardar em mais de um

mês sua convocação, ou a Assembléia-Geral Extraordinária, em caso de motivos graves e urgentes.

•• DiretoriaDiretoria:: é o escalão hierárquico máximo da burocracia empresarial, composta pelo Presidente (ou CEO – Chief Executive Officer, ou Chairman) e pelos Diretores ou Vice-presidentes das áreas funcionais (Operações, Marketing e Vendas, Recursos Humanos, Finanças, Pesquisa e Desenvolvimento, etc.). Suas incumbências são:

a) gerir a empresa; eb) prestar contas de sua gestão à sociedade civil, ao Estado e aos acionistas

(Assembléia-Geral, Conselho de Administração e Conselho Fiscal).

Características das Sociedades Anônimas

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3. A Fun3. A Funçção da Administraão da Administraçção Financeiraão Financeira

• No mundo empresarial privado, as ações administrativas são, em última análise, medidas em termos financeiros (custos-retornos).

• As demais funções gerenciais da empresa (marketing, RH, operações, P & D, etc.) dependem, em alto grau, da função financeira, para implementar suas ações. Ex: contratação de funcionários, lançamento de um novo produto, construção de novas unidades de negócios, início de uma campanha publicitária, etc.

• A amplitude, importância e complexidade da função financeira dependem diretamente do porte da empresa.

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• Em pequenas empresas, ela é exercida pelo departamento de contabilidade e a preocupação quase que exclusiva é com a gestão financeira de curto prazo (bancos, caixa, estoques, contas a receber e a pagar, etc.).

• Em empresas de grande porte (principalmente em corporações transnacionais) a função financeira ganha desdobramentos complexos, sendo exercida por uma diretoria ou vice-presidência específica, à qual se subordinam a tesouraria e a controladoria. A preocupação se divide entre gestão dos recursos no curto e no longo prazo.

• A tesouraria gerencia as atividades de obtenção e aplicação de recursos (planejamento financeiro, análise de projetos de investimento, análise de crédito, relações com o mercado financeiro, gerência de câmbio, etc. Já a controladoria gerencia as atividades de controle do uso desses recursos (contabilidade,auditoria, gestão de custos, gestão de tributos, gestão de patrimônio, etc).

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Diretor

Financeiro

Presidente

ControladoriaTesouraria

Empresa de Grande PorteEmpresa de Grande Porte

MicroempresaMicroempresa

Dono

Empresa de Empresa de

Pequeno Porte Pequeno Porte

Donos

Tesoureiro

A FunA Funçção Financeira em Empresas deão Financeira em Empresas de

Diferentes PortesDiferentes Portes

Curto prazoLongo prazo + curto prazo

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Acionistas

Conselho de Administração

Presidente

Diretor de RH Diretor de Finanças Diretor de Marketing

Conselho Fiscal

PROPRIETÁRIOSGovernançaCorporativa

BUROCRACIA

Administração Corporativa

Tesouraria Controladoria

Investimentos

Crédito

Bancos

Caixa

Tributos

CâmbioCustos

Contabilidade

Informática

Planejamento

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• Atividades da função gerencial financeira:

a) Orçamento de capital (aplicação de recursos):

refere-se às decisões sobre os investimentos daorganização (prédios e instalações, máquinas, equipamentos, veículos, campanhas publicitárias, etc.).

b) Estrutura de capital (origens de recursos):

refere-se às decisões sobre como e de quem a organização obtém os financiamentos necessários àrealização de seus investimentos.

c) Administração do capital de giro (uso dos recursos):

refere-se às decisões sobre os recursos financeiros de curto prazo que viabilizam as operações quotidianas da organização.

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• A função financeira na visão do balanço:

Ativo (investimentos) Passivo (financiamentos)

Capital de terceiros:

1- Exigível a curto prazo

2- Exigível a longo prazo

Capital próprio:

1- Patrimônio Líquido

Temporários

(Disponibilidades, Estoques, Títulos e Valores Mobiliários de curto e longo prazo)

Permanentes

(Imóveis, participação em empresas, máquinas e equipamentos, marcas e patentes, etc.)

Aplicações de recursos Origens de recursos

Capital de Giro (operações)

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4. Integra4. Integraçção entre Contabilidade e Finanão entre Contabilidade e Finanççasas

• Principais divergências entre a visão do contador e a do gestor financeiro:

a) Enquanto o contador enfatiza o regime de competência(registro das movimentações de recursos na data de ocorrência dos fatos administrativos que lhes deram origem), o gestor financeiro se preocupa com o regime de caixa(reconhecimento das movimentações de recursos na data em que efetivamente ocorrem).

b) Contadores trabalham prioritariamente (ainda que não exclusivamente) com os fatos administrativos passados e seus efeitos no passado e no presente. Gestores Financeiros trabalham com os fatos administrativos passados, presentes e futuros, com o objetivo de manipular seus efeitos no presente e no futuro.

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c) Por isso, enquanto que o principal instrumento de trabalho do contador são os demonstrativos contábeis(Balanço Patrimonial, balancetes, DRE, DOAR, DMPL, etc.), a principal ferramenta de trabalho do gestor financeiro é o fluxo de caixa.

• Demonstrativos contábeis (financeiros): documentos que permitem visualizar, de modo organizado, os dados financeiros referentes aos fatos administrativos de um certo período de tempo passado.

• Fluxo de caixa: demonstrativo (em gráfico ou tabela) das entradas e saídas efetivas de recursos financeiros ao longo de um certo período de tempo (passado, presente ou futuro).

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• Exemplo de fluxo de caixa:

Investimento inicial

Entradas de caixa

t1 t2 t4 t6

t0

t3 t5

Saídas de

caixa

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5. Objetivo da Administra5. Objetivo da Administraçção Financeiraão Financeira

• Maximização da riqueza dos proprietários, através da geração de maiores retornos em face dos investimentos realizados, através de operações quotidianas lucrativas.

• No caso de sociedades limitadas ou firmas individuais, seria o lucro líquido distribuível entre os sócios-quotistas. No caso das sociedades anônimas, há uma controvérsia entre vários autores. Reproduzimos aqui alguns pontos de vista, colhidos pelo Prof. Emílio Menezes (UFSC):

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• Van Horne : "Assume-se que o objetivo da firma é o de maximizar o valor para seus acionistas".

• Brealey & Myers : "O sucesso é avaliado pelo valor, i.e, osacionistas estarão melhor com qualquer decisão que aumente o valor de seus investimentos na firma. O segredo do sucesso naAdministração Financeira é aumentar o valor !”

• Copeland & Weston : "O mais importante é que o objetivo dafirma seja o de maximizar a riqueza de seus acionistas“

• Brigham & Gapenski : " ...assumiremos que o objetivo primeirodo Administrador Financeiro é a maximização da riqueza dos acionistas, que se traduz na maximização do preço da açãoordinária.“

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• L. Gitman : “As decisões financeiras são orientadas por um objetivo básico: o valor da empresa a longo prazo... Maximizar o valor aos acionistas, a longo prazo, em termos de fluxo de caixa, éessencial para assegurar o sucesso e a sobrevivência da empresa”

• Ross, Westerfield, Jaffe : “Qual é o principal objetivo da sociedade por ações ? É impossível dar uma resposta definitiva a esta pergunta... O enfoque do conjunto de contratos afirma que asociedade visa maximizar a riqueza dos acionistas.”

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• O lucro por ação (LPA), sozinho, não é um bom critério orientador da gerência financeira, visto que desconsidera:

(1) o tempo em que vai se realizar (pode ser preferível receber retornos menores, mas mais cedo);

(2) nem o lucro nem as receitas da empresa representam entradas de caixa para os acionistas; uma empresa pode atingir um elevado lucro mas, dada uma política interna de dividendos restritiva, isto se traduzir em pouco retorno aos acionistas, desvalorizando o preço da ação; e

(3) o fato de que os acionistas são avessos ao risco, o qual aumenta com o tempo.

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• Conclui-se que, no caso das SA, o objetivo é maximizar o valor da empresa, medido em termos do preço de mercado de cada ação ordinária existente. O administrador financeiro, pois, rejeitará ações administrativas que, na comparação entre risco e retorno, venham a reduzir o preço das ações e, caso contrário, as aprovará.

• Além da maximização da riqueza dos proprietários, a difusão dos conceitos de responsabilidade social e ética empresarialtem trazido à baila outro critério orientador do objetivo da gestão financeira, complementar ao da maximização da riqueza do acionista: o da preservação da riqueza dos stakeholders, i.e, os grupos sociais que mantém algum tipo de interesse específico nas organizações empresariais e com os quais elas têm de lidar ao longo do tempo. Ex: funcionários, clientes, governo, sociedade civil, etc.

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6. Problemas de 6. Problemas de GovernanGovernanççaa Corporativa Corporativa ((agencyagency))

• Os administradores são os agents (burocratas) a serviço dos acionistas para gerir a empresa e torná-la cada vez mais valiosa.

• Ocorre que há um conflito entre os objetivos pessoais dos agents e os dos acionistas, pois se aqueles percebem que uma dada ação administrativa pode trazer maior retorno (mas, também, maior risco), percebem-na como perigosa aos seus interesses pessoais (estilo de vida, estabilidade no emprego, remuneração, mordomias no trabalho, etc.), rejeitando-a.

• Esta atitude “moderada” gera retornos inferiores aos que a empresa poderia obter, devido à colocação dos interesses pessoais dos gestores acima do dos acionistas – isto é o problema de agency (“agência”).

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• Dois fatores contribuem para evitar ou minimizar os problemas de agency (representação):

1. Forças de mercado:a) Troca dos dirigentes pelos acionistas, durante as Assembléias-

Gerais, em caso de insatisfação com os resultados atingidos.b) Ameaças de aquisição agressiva do controle acionário da

empresa por outra companhia e conseqüente troca de boa parte da diretoria (senão toda).

2. Custos de agency incorridos pelos acionistas:a. Despesas de monitoramento (auditorias externas);b. Despesas com cobertura de seguros contra má gestão;c. Custos de oportunidade decorrentes do gigantismo

empresarial, não aproveitando oportunidades de mercado; ed. Despesas de estruturação, as mais comuns, como plano de

incentivos e concessão aos gestores de opções de compra de ações da empresa, quando atingem as metas.

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• O mundo das finanças (empresariais ou do mercado de capitais) exibe vários casos de atitudes criminosas e não-éticas. As mais comuns são:

a) Evasão fiscal;b) manipulação de leilões de títulos de crédito através de lances

falsos (Salomon Brothers);c) subornos em troca de informações privilegiadas sobre decisões

governamentais que podem afetar o valor das ações de certos segmentos empresariais (Michael Milken);

d) auditorias fraudulentas e maquiagem de balanços por contadores para não revelar o verdadeiro status financeiro da empresa (Banco Nacional); e

e) “lavagem” de dinheiro oriundo de atividades criminosas através do sistema financeiro.

• A visão contemporânea nos mostra que ética nos negócios é bom para a Governança Corporativa, pois é uma prática que tende a elevar o conceito da empresa perante seus acionistas e perante omercado em geral.