Brasília, 27 de junho de 2016 às 09h40 Seleção de...

29
Brasília, 27 de junho de 2016 às 09h40 Seleção de Notícias CNI NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS Clipping Nacional

Transcript of Brasília, 27 de junho de 2016 às 09h40 Seleção de...

Brasília, 27 de junho de 2016 às 09h40Seleção de Notícias

CNINEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS

Clipping Nacional

cni.empauta.com

Valor Econômico | BRTemas de Interesse | Colunas e Editoriais

Brexit, começo do fim da União Européia? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4OPINIÃO

Temas de Interesse | Colunas e Editoriais

"Brexit" é novo alerta para o Brasil lidar com fragilidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5OPINIÃO

Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Brexit vai afetar crescimento da aviação, diz lata . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6EMPRESAS

Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Brexit paralisa fusões e complica união de InBev e SABMiller . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7EMPRESAS

Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Inadimplência ainda é risco para bancos emergentes, diz BIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8FINANÇAS

Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Impacto mundial da saída britânica da UE dependerá da liderança política . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9EMPRESAS

Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Impacto de 'Brexit' deve ser limitado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10FINANÇAS

Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Gestor brasileiro busca diversificação com escritório em Londres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11FINANÇAS

Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Na crise, marcas podem suprir falta de confiança do público, diz consultor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12EMPRESAS | ADRIANA MATTOS

Temas de Interesse | Comércio Internacional

Brexit deixa acordo UE-Mercosul mais distante, afirma especialista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13BRASIL

Temas de Interesse | Comércio Internacional

Brexit derruba commodities agrícolas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14AGRONEGÓCIOS | FERNANDA PRESSINOT E CLEYTON VILARINO

Temas de Interesse | Comércio Internacional

Reflexos sobre o país causam inquietação no governo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15BRASIL

Temas de Interesse | Comércio Internacional

Londres e Bruxelas terão tarefa de renegociar boa parte do seu comércio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16INTERNACIONAL

Temas de Interesse | Comércio Internacional

Setor de carnes espera aumentar vendas para o Reino Unido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17BRASIL

O Estado de S. Paulo | BRTemas de Interesse | Colunas e Editoriais

Competência e habilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18NOTAS & INFORMAÇÕES

Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Brexit já aumenta onda protecionista na União Europeia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20ECONOMIA

Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Mudanças na UE trarão 'incerteza e ajuste', diz banco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22ECONOMIA

Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

BIS alerta sobre peso da dívida pública nos bancos brasileiros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23ECONOMIA

Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Britânicos terão agora de fechar acordo com a UE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24ECONOMIA

Temas de Interesse | Comércio Internacional

Brexit já aumenta onda protecionista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25CAPA

Folha de S. Paulo | BRTemas de Interesse | Colunas e Editoriais

Chance para o Mercosul . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26OPINIÃO

Temas de Interesse | Comércio Internacional

Brasil x Brexit. Bola pra frente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27TENDÊNCIAS/DEBATES

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Colunas e Editoriais

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.4

Brexit, começo do fim da União Européia? OPINIÃO

Rjo dia 28 dejunhodeju1914, nacidadedeSarajevo, foram assassifcS nados o ar-quiduque Francisco Ferdinando e sua es-posa Sofia por um grupo de nacionalistassérvios. Com a perspectiva que a Históriapermite, hoje entendemos ter sido esse oestopim da Primeira Grande Guerra, quedeixou em seu rastro milhões de mortos ealterou o mapa do mundo.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Colunas e Editoriais

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.5

"Brexit" é novo alerta para o Brasil lidar comfragilidades

OPINIÃO

Os bancos das economias avançadas estãomenos alavancados e mais bem ca-pitalizados do que na crise de 2008, de-sencadeada pela quebra do LehmanBrothers, por isso não se espera nada pa-recido com o travamento do mercadointerbancário e o "credit crunch" daqueleperíodo.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.6

Brexit vai afetar crescimento da aviação, diz lata EMPRESAS

A saída do Reino Unido daUniãoEuropeia- chamado de Brexit - vai provocar umaqueda de 3% a 5% no tráfego de pas-sageiros britânicos até 2020, segundo es-timativas da Associação Internacional deTransporte Aéreo (Iata), que representa as263 maiores companhias de aviação domundo e 84% do tráfego global.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.7

Brexit paralisa fusões e complica união de InBev eSABMiller

EMPRESAS

Executivos de bancos e advogados es-pecializados em fusões e aquisições dizemque as primeiras vítimas da decisão bri-tânica de sair da União Europeia são as em-presas que deixarão de ser compradas e asemissõesdeações etítulosdedívidaquese-rão adiadas enquanto o mundo espera queos próximos passos da GrãBretanha fi-quem mais claros.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.8

Inadimplência ainda é risco para bancos emergentes,diz BIS

FINANÇAS

Em meio à recessão, bancos brasileiros re-gistraram, em 2015, o segundo maior vo-lume de provisões para perdas comempréstimos em relação ao total de seusativos entre os 16 maiores sistemas fi-nanceiros, mostra o Banco de Com-pensações Internacionais (BIS).

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.9

Impacto mundial da saída britânica da UE dependeráda liderança política

EMPRESAS

A decisão britânica de sair da União Eu-ropeia projetou sombras sobre a economiaglobal. Eo tamanhodessas sombras vai de-pender principalmente da política, não daeconomia.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.10

Impacto de 'Brexit' deve ser limitado FINANÇAS

Mercados Analistas afirmam que questõeslocais tendem a pesar mais sobre o câmbioe os juros

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.11

Gestor brasileiro busca diversificação com escritórioem Londres

FINANÇAS

Alocadores tem ido para capital britânicapara aprimorar a seleção de ativos globais

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.12

Na crise, marcas podem suprir falta de confiança dopúblico, diz consultor

EMPRESAS

Nos últimos dias, o Santander reconheceuque não anda fácil para o consumidor ad-ministrar as contas. "Tem cada vez maiscoisas para pagar, e o mês parece que nãotermina", diz o locutor no filme pu-blicitário do banco para a TV. Em de-zembro, o Grupo Pão de Açúcar (GPA) jáhavia feito algo semelhante, com-prometendo-se a apoiar os clientes nestafase.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Comércio Internacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.13

Brexit deixa acordo UE-Mercosul mais distante,afirma especialista

BRASIL

Relações externas Para Vera Thor-stensen,área financeira deve ser mais afe-tada que comércio

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Comércio Internacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.14

Brexit derruba commodities agrícolas AGRONEGÓCIOS

Os movimentos financeiros derivados dadecisão do Reino Unido de se desligar daUnião Européia derrubaram os preços dascommodities agrícolas nas bolsas ame-ricanas na sexta-feira e prometem manteras cotações sob pressão nas próximas se-manas, àespera sobretudodaconsolidaçãodas novas relações cambiais entre o dólaramericano, o euro e a libra.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Comércio Internacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.15

Reflexos sobre o país causam inquietação nogoverno

BRASIL

O governo tentou, com notas de diversosministérios, mostrar tranquilidade e se-gurança sobre a capacidade de enfrentar osdesdobramentos da crise gerada pela de-cisão do Reino Unido de sair da União Eu-ropeia. Mas nos bastidores há, sim,inquietação com os impactos dessa de-cisão sobre a economia brasileira.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Comércio Internacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.16

Londres e Bruxelas terão tarefa de renegociar boaparte do seu comércio

INTERNACIONAL

O Reino Unido vai ter de renegociar com58 países com os quais a União Europeia(UE) tem acordos de livre comércio, numasituação jamais vista no comércio in-ternacional e que pode causar algumas tur-bulências nas trocas globais.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Comércio Internacional

Valor Econômico

cni.empauta.com pg.17

Setor de carnes espera aumentar vendas para o ReinoUnido

BRASIL

Apesar das muitas incertezas, a indústriabrasileira de carnes recebeu a aprovação dasaída do Reino Unido da União Europeiacomo uma oportunidade. Sem as amarras esubsídios do bloco europeu, os britânicostendem a importar mais carnes do Brasil.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Colunas e Editoriais

O Estado de S. Paulo

cni.empauta.com pg.18

Competência e habilidade NOTAS & INFORMAÇÕES

Em tese, o governo provisório de Michel Temerpreenche a seu favor duas precondições para en-frentar com sucesso a crise em que o País está mer-gulhado: uma equipe econômica comprovadamentecompetente para apontar os novos rumos e ex-periência e habilidade políticas do presidente emexercício, essenciais para garantir o apoio do Con-gresso Nacional a suas iniciativas.

O governo já passou nos primeiros testes no Con-gresso, com a aprovação de medidas como a Des-vinculação das Receitas da União (DRU) e achamada Lei de Responsabilidade das Estatais. Maso desafio maior está pela frente, quando o CongressoNacional tiver que discutir e votar medidas tão re-levantesquanto impopulares, como areforma daPre-vidência e outras que de alguma maneira afetam osinteresses dos assalariados e por essa razão terão suarejeição imediatamente transformada em bandeirasda oposição lulopetista.

Nesse momento - que só deverá acontecer depois deconfirmadoo impeachment deDilma Rousseff -, Mi-chel Temer já terá que ter comprovado a sua ca-pacidade de reunir em torno de seu programa umaamplaesólida basedesustentação.Não será tarefa fá-cil.

Em entrevista à rádio Jovem Pan, Temer foi otimista:"A base está disposta a partilhar com o Executivo atentativa de tirar o País da crise. Temos um apoiomuito significativo e expressivo no Congresso Na-cional". A esperança de todos os brasileiros que an-seiam por ver a luz no fim do túnel é de que essaexpectativa se confirme.

Não se trata realmente de tarefa fácil porque dependede que seja obtido o delicado equilíbrio entre o bom eo ótimo, entre o ideal e o possível. Ou seja: não bastaque o Executivo tenha competência e convicção paraapresentar propostas que considera indispensáveis.

Quando essas propostas dependerem de aprovaçãodo Legislativo, o que ocorre geralmente com as maisimportantes, é preciso que deputados e senadores asexaminem, talvez modifiquem e, finalmente, apro-vem. É assim que funciona o jogo democrático.

É muito fácil, por exemplo, acusar de incoerência opresidente em exercício porque ao mesmo tempo queprega rigoroso controle fiscal concede reajustes sa-lariais a servidores públicos. A aparente incoerênciada proposta desses reajustes tem origem no governoDilma, que só não teve tempo nem condições de sub-metê-los ao Congresso. Mas é preciso levar em contaaté que ponto sua aprovação é necessária para a con-solidação da base de apoio de que o governo vai pre-cisar para fazer passar projetos verdadeiramenteindispensáveis ao equilíbrio das contas públicas. Éuma questão essencialmente política, que implicamedidas cujo acerto ou erro só poderá ser de-vidamente avaliado a partir dos resultados que vie-rem a produzir.

Um fator complicador para a união das principaiscorrentes políticas que podem integrar a base deapoio ao governo Temer é a escolha do sucessor deEduardo Cunha, que brevemente terá o mandato cas-sado ou, no mínimo, será obrigado a se afastar da Pre-sidência da Câmara dos Deputados. Sua substituiçãoaté a nova eleição da Mesa, em fevereiro do próximoano - já é motivo de forte disputa, por enquanto li-mitada aos bastidores, entre as correntes políticasque apoiam Temer.

O presidentenãodeve se envolver nessa disputa, poissabe que não fica bem intervir em problemas de outroPoder. Mas é claro que todo seu grupo político estáatento à necessidade de garantir no comando da Câ-mara, nesses decisivos primeiros meses de governo,um político que trabalhe a favor dos projetos do Pla-nalto.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Colunas e Editoriais

O Estado de S. Paulo

cni.empauta.com pg.19

Continuação: Competência e habilidade

Só a boa política poderá resolver os grandes pro-blemas que atormentam o Brasil. Boa política sig-nifica ter a capacidade de definir e conciliar os fins aserem atingidos em benefício de todos com os meiospara atingi-los.

Vale insistir: adefinição dos fins, quenomomentodi-

zem respeito prioritariamente à área econômica, Te-mer está sabendo delegar a quem tem competênciapara tal. A viabilização dos meios para atingi-loscontinuará dependendo de sua própria competênciapolítica num ambiente extremamente conturbado.Quem deseja o bem do País torce por isso.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

O Estado de S. Paulo

cni.empauta.com pg.20

Brexit já aumenta onda protecionista na UniãoEuropeia

ECONOMIA

Primeiro-ministro da França declarou ontem que ne-nhum acordo de comércio será fechado 'se não res-peitar os interesses da UE'

Jamil Chade

A decisão do Reino Unido de sair da União Europeiaabriu espaço para o fortalecimento de governos pro-tecionistas naEuropa. Ontem, aFrança já deixou cla-ro que, a partir de agora, poderá enterrar acordoscomerciais como o da UE com os Estados Unidos. Otratado entre europeus e o Mercosul também correrisco de ser colocado em segundo plano.

Foi a partir de uma iniciativa de Londres que ame-ricanos e europeus passaram a negociar, desde 2013,a criação do maior acordo de livre-comércio do mun-do. Ontem, porém, a França deu um primeiro sinalconcreto de que, sem o impulso britânico, Paris estádisposta a frear qualquer abertura do bloco. "A partirde agora, nenhum acordo de livre-comércio deve ser

fechado se ele não respeita os interesses da UE", dis-se o primeiro-ministro francês, Manuel Valls. Paraele, o acordo negociado com os EUA "não vai nobom caminho".

"A Europa deve ser firme e a França vigiará para queesse seja o caso. Não pode haver um acordo tran-satlântico", insistiu,num gesto aplaudido por go-vernos do Leste Europeu e economias com fortepresença agrícola.

As declarações, feitas apenas três dias depois do Bre-xit, foram interpretadas por negociadores com um si-nal claro dequeasaída do Reino Unido deixarácomoherança um bloco europeu mais protecionista e me-nos disposto a abrir mão de seus subsídios agrícolas.Diplomatas e especialistas, desde sexta-feira, mer-gulharam nos tratados comerciais para tentarentendero queocorrerá com arelação demais deumadezena de países com Londres. Mas admitiram que,por alguns meses, a prioridade de Bruxelas não serásuas relaçõescom novos mercados, esimrecosturar aestrutura que ameaça ser desmontada no bloco.

Golpe.NosEUA, asaída do Reino Unido também foiconsiderado como um golpe contra a estratégia co-mercial. Especialistas e políticos como o senadorMark Warner alertaram que decisão britânica é uma"ameaça" a propostas de acordos de livre comércio."Sem o Reino Unido, será muito difícil fechar umacordo de livre-comércio entre EUA e UE em 2017ou mesmo mais tarde", disse o economista Gary Huf-bauer, do Peterson Institute for International Eco-nomics.

A declaração da França ainda confirma o temor dochanceler José Serra de que o Brasil perdia um "a-liado" nas negociações comerciais com a saída deLondres. Diplomatas brasileiros consultados pelo

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

O Estado de S. Paulo

cni.empauta.com pg.21

Continuação: Brexit já aumenta onda protecionista na União Europeia

Estado apontaram que, internamente, o temor é que omesmo tom adotada pela França com os EUA possaser feito em relação ao Mercosul.

A preocupação do Itamaraty é compartilhada por es-pecialistas, como Isabel Schnabel, da Universidadede Bonn. "Um dos custos do Brexit pode ser a mu-dança política dentro da UE em direção a um maiorprotecionismo, maior intervencionismo e forças me-nos amistosas ao mercado", disse.

Dentro da UE, diplomatas em Bruxelas confirmaramqueaperspectiva dequeaComissãofaça propostas li-beralizantes no setor de agricultura serão cada vezmenores. "A Europa passará a olhar para si mesma

por alguns meses, tentando entender o que ocorreu ecomo resolver sua pior crise", afirmou um ne-gociador,na condição de anonimato. "O acordo como Mercosul tem uma chance grande de ficar em al-guma gaveta, por enquanto."

-

Inovação

Londres defendia que os subsídios agrícolas fossemreduzidos e que o dinheiro fosse usado para in-vestimentos em inovação.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

O Estado de S. Paulo

cni.empauta.com pg.22

Mudanças na UE trarão 'incerteza e ajuste', diz bancoECONOMIA

Mudanças na UE trarão 'incertezae ajuste', diz banco

O diretor-geral do Banco de Compensações In-ternacionais (BIS, na sigla em inglês), Jaime Ca-ruana, reconhece que a saída do Reino Unido daUnião Europeia vai gerar consequências negativaspara o funcionamento do sistema financeiro in-ternacional, com "incerteza e ajuste" à frente. Por is-so, defende que, com uma ação coordenada global,será possível passar pelo período de ajuste "da ma-neira mais suave possível".

Em discurso durante areunião geral anual doBIS rea-

lizada neste fim de semana na Suíça, Caruana re-conheceu queo mundofinanceiro vai sentir adecisãodo plebiscito anunciada namadrugadadesexta-feira."É provável que se abra agora um período de in-certeza eajustes", disse, aolembrarque"o Reino Uni-do está estreitamente integrado à economia mundialeabriga umdos centros financeirosmais importantesdo mundo".

Apesar dos problemas, Caruana demonstrou con-fiança de que a reação das autoridades e o preparo dossistemas financeiros serão adequados para conter osefeitos negativos. / f.n.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

O Estado de S. Paulo

cni.empauta.com pg.23

BIS alerta sobre peso da dívida pública nos bancosbrasileiros

ECONOMIA

Banco decompensações internacionaischamaaaten-ção para a elevada exposição das instituições aos pa-péis do governo

Fernando Nakagawa

O Banco de Compensações Internacionais (BIS, nasigla em inglês) chama atenção no relatório anual di-vulgado ontem para a elevada exposição do setorbancário brasileiro à dívida pública. Com exposiçãoequivalente a cerca de 20% dos ativos aos papéis dogoverno, o Brasil faz parte do grupo de cinco nações-junto com índia, Itália, México e Japão - onde osbancos são

mais expostos às contas públicas. O cenário pode ge-rar vulnerabilidades, inclusive a chance de que os ris-cos fiscal e financeiro se retroalimentem.

Em um dos capítulos do relatório, o BIS, que fun-ciona como um banco central dos bancos centrais,avalia a influência da política fiscal sobre a es-tabilidade financeira. Nesse trecho do documento, oseconomistas da entidade avaliam a exposição do se-tor bancário à dívida soberana doméstica. "Em re-lação aos ativos bancários, a exposição érelativamente grande no Brasil, índia, Itália, Japão eMéxico", cita o relatório.

Bancos dos três emergentes lideram a exposição à dí-vida soberana, com mais de 25% dos ativos no casoda índia, mais de 20% no México e cerca de 20% noBrasil. Itália e Japão têm indicadores abaixo de 20%.

Ativos seguros. O BIS explica o fenômeno es-pecialmente por três aspectos dos mercados de dí-vida e bancário. O primeiro é a característicadealgumas dessas economias, onde os papéis do go-verno são considerados os ativos mais seguros domercado local. O segundo aspecto é o próprio ta-manho da dívida pública e o BIS cita que essa é umacaracterística do Brasil, índia, Itália e Japão.

Por fim, o estudo aponta também para a estrutura dasoperações dos bancos centrais, que dá mais espaçopara os papéis públicos como garantia em operaçõesde mercado.

Sistemas bancários com grande exposição à dívidapública, diz o BIS, podem ficar mais vulneráveis àeventual deterioração das contas públicas. "A re-lação próxima entre bancos e o setor público cria po-tencial para um círculo vicioso. Nesse caso, riscossoberanos e financeiros se retroalimentam, como de-monstrado na recente dívida da crise da zona doeuro", cita o documento.

Diante desse risco, o BIS diz que é essencial que a re-gulação - classificada como "favorável" atualmente -mude para refletir os riscos dessa exposição. Mas is-so não é suficiente. "Bancos podem continuar ex-postos indiretamente em meio à instabilidademacroeconômica que o aumento do risco soberanopode causar", cita o estudo. Dessa forma, o BIS de-fende que seja construída e mantida uma posição fis-cal sólida desses países.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Seção Economia - mídia nacional

O Estado de S. Paulo

cni.empauta.com pg.24

Britânicos terão agora de fechar acordo com a UE ECONOMIA

GENEBRA

Se os novos acordos de comércio em negociação naEuropa devem ser congelados, europeus e britânicosterão de acelerar o ritmo de conversas para definir oque deve ocorrer com acordos já existentes do blococom a Turquia, Coreia do Sul, Chile, Canadá e Cin-gapura. O emaranhado de tratados comerciais aindacorre o risco de gerar confusão entre exportadores eincertezas legais.

No divórcio, Londres ainda terá de fechar um novoacordo comercial com a UE,já que, teoricamente,passaria a ser tratada como qualquer outra economiado mundo. O novo tratado ainda teria de chegar a umacordo sobre o setor de serviços financeiros, centralpara a economia do Reino Unido.

No fim de semana, empresários alemães deixaramclaro que seria"idiota"erguer barreiras entre Londrese a UE. Mas, para que isso não ocorra, os britânicostambém terão de aceitar a livre circulação de tra-

balhadores europeus, o que ninguém no campo vi-torioso nas urnas estaria disposto a aceitarpublicamente por enquanto.

Dados da Organização Mundial do Comércio(OMC )apontam que o Reino Unido poderia importarifas de importação avaliadas em 9 bilhões de li-bras esterlinas, enquanto seus exportadores po-deriam sofrer taxas extras de 5 bilhões de libras.

Depois do resultado, o diretor-geral da OMC, o bra-sileiro Roberto Azevêdo, adotou um tom di-plomático, apontando que sua entidade estava"disposta a trabalhar com o Reino Unido e com a UEe prestar a eles toda a ajuda possível".

Antes, porém, Azevêdo deu entrevistas alertando pa-raacomplexidadequeasaída representaria. Segundoele, Londres "não tem como escapar" de uma longasérie de negociações comerciais para manter as ta-rifas que hoje aplica ao restante do mundo e que eramharmonizadas com a UE.

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Comércio Internacional

O Estado de S. Paulo

cni.empauta.com pg.25

Brexit já aumenta onda protecionista CAPA

A França já deixou claro que, a partir de agora, po-derá enterrar acordos comerciais como o da UniãoEuropeia com os EUA. "A Europa deve ser firme",disse ontem o primeiro-ministro francês, ManuelValls. O tratado entre europeus e Mercosul tambémcorre risco de ficar em segundo plano.economia/pág. B4

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Colunas e Editoriais

Folha de S. Paulo

cni.empauta.com pg.26

Chance para o Mercosul OPINIÃO

Dominado nos últimos anos por governos es-querdistas e protecionistas, o Mercosul tem fun-cionado antes como obstáculo do que comotrampolim para negociações comerciais do Brasilcom o restantedo mundo.Faztempo quese tornoune-cessário mudar essa situação, mas somente agora pa-rece abrir-se uma janela de oportunidade.

O Itamaraty agora tem em seu comando José Serra,defensor da abertura de novos mercados e crítico dosmecanismos que impedem o país de negociar sem oaval dos demais membros do bloco. A Argentina, porsua vez, também adotou nova orientação ideológicacom aeleição deMauricio Macri, no final do anopas-sado.

O Mercosul hoje mal passa de um espaço pro-tecionista, garantindo uma reserva de mercado paraprodutosbrasileiros naArgentina evice-versa-esem-pre gerando controvérsias conforme os saldos po-sitivos pendam para um lado ou para o outro.

Na prática, o bloco não implementou sua visão fun-dadora. Não se criou plenamente uma zona de livrecirculação de mercadorias nem uma plataforma re-gional de integração aberta e competitiva. Tampoucose concretizou a ideia de, com o peso do conjunto, ga-

nhar poder de barganha em negociações.

A razão para o último ponto está no modelo de uniãoaduaneira, cuja característica principal é a existênciadeuma tarifaexternacomum em relação aoutros paí-ses. Ou seja, nenhum membro pode buscar tarifas di-ferentes por conta própria. Quando nãohádisposiçãodos parceiros, como foi o caso nos últimos anos,tem-se um impasse.

Tal formato precisa ser repensado. O Mercosul fun-cionaria melhor como zona de livre-comércio, umaárea com fluxo aberto de mercadorias entre os mem-bros, mas sem a fixação de política comercial e ta-rifas comuns para terceiros. Há nisso um risco para aindústria nacional, que tem no Mercosul um mer-cado mais ou menos cativo para seus produtos, hojepouco competitivos globalmente. A questão deve serlevada em conta no desenho da estratégia brasileira.

O fundamental, porém, é considerar que a com-petitividade nacional só virá com a integração nasgrandes cadeias de produção. Não se trata de repelir oMercosulnem deignorar as vantagens daposição pri-vilegiada na região, mas de adequar o bloco às cir-cunstâncias e necessidades do Brasil

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Comércio Internacional

Folha de S. Paulo

cni.empauta.com pg.27

Brasil x Brexit. Bola pra frente TENDÊNCIAS/DEBATES

Os artigos publicados com assinatura não traduzem aopinião do jornal Sua publicação obedece ao pro-pósito de estimular o debate dos problemas bra-sileiros emundiais ede refletir as diversas tendênciasdo pensamento contemporâneo

-

O mundo assistiu apreensivo à decisão do povo bri-tânico, em plebiscito, pela saída da União Europeia.O Brasil respeita, mas não comemora a notícia. Oprojeto da União Europeia é o mais avançado pro-cesso de integração econômica e política existente.Construído sobre as cinzas da Segunda Guerra Mun-dial, a integração econômica que levou à formação daUnião Europeia trouxe paz e prosperidade à EuropaOcidental por 60 anos e tornou menos traumática atransição dos países da antiga Europa Oriental para omundo que sucedeu à Guerra Fria.

A saída do Reino Unido abala o relativo consensopró integração que predominou na Europa há dé-cadas e alenta as forças desagregadoras no con-tinente. Amplia a incerteza e terá efeito negativosobre o crescimento no Reino Unido, na União Eu-ropeia e na economia mundial, em momento no qualos países europeus, ainda fragilizados pela crise ini-ciada em 2008, buscavam retomar o crescimento.

O Tesouro britânico estima que pode haver queda noPIB de longo prazo de cerca de 6% em seu país. Se-gundo o FMI,o PIB do Reino Unido poderia crescer amenos, até 2019, entre 1,4%, se mantiver o acessopleno ao mercado europeu, e 5,6%, se tiver que pagaras tarifas de importação sem descontos. Afinal, ocomércio exterior corresponde a 59% do PIB bri-tânico, e 45% de suas exportações vão para a Europa.Parte do setor financeiro, tão crucial à economia deLondres e do Reino Unido, poderia migrar para ou-traspraças europeias e,com menosinvestimentos en-trando no país, as taxas de juros poderão elevar-se,

27 de junho de 2016Temas de Interesse | Comércio Internacional

Folha de S. Paulo

cni.empauta.com pg.28

Continuação: Brasil x Brexit. Bola pra frente

pressionando a desvalorização da libra, pois o déficitem conta corrente é de 5% do PIB.

Sucessivos estudos mostraram que a imigração é be-néfica para a economia do Reino Unido, mas o temoraos estrangeiros foi uma das principais motivaçõesdos que votaram pela saída. Os britânicos pensamque o percentual de estrangeiros na população é mui-tas vezes superior aos dados reais. Ou seja, uma dasprincipais razões que teriam motivado a saída da UEnão tem fundamento na realidade.

O fato de que percepções equivocadas tenham in-fluenciado o voto majoritário no plebiscito não di-minui sua importância. É preciso perguntar de ondenascem e como combatê-las. Na década de 1940,Karl Mannheim, um dos pais do Estado de bem estarsocial instalado no Reino Unido no pós-guerra, ar-gumentava que uma das razões que havia levado àderrocada da democracia liberal e aos totalitarismospré-guerra foi o enfraquecimento dos vínculos de so-lidariedade social. Hoje, é preciso fazer acompanharo avanço da integração econômica global de me-canismos de inclusão social e redução das de-sigualdades, assim como recusar inequivocamenteas soluções isolacionistas. Confiamos que a UniãoEuropeia e o Reino Unido saberão trilhar esse ca-minho enquanto ajustam com serenidade seu re-lacionamento. Afinal, as dificuldades que a Europaenfrenta com migrantes e refugiados não se re-solverão com a redução de sua presença no mundo.

Requerem, na verdade, atuação cada vez mais so-lidária com as nações e os povos de origem dosfluxos humanos de nossa era.

O efeito econômico na União Europeia tende a sercomparativamente menor, mas o impacto político épreocupante. Visões excessivamente nacionalistas exenófobas poderiam ganhar força, levando a ummaior fechamento europeu ao resto do mundo. Não éprovável que aconteça, mas o mundo sairá perdendose a Europa apostar mais no isolamento do que nacooperação.

O Brasil não será muito afetado diretamente. É pe-quena a participação (1,52%) do mercado britâniconas nossas exportações. Mantém-se também a ex-pectativa de que os investimentos britânicos con-tinuem a buscar as oportunidades por aqui. Asituação externa da economia brasileira, com re-servas elevadas e superávit comercial, reduz osriscos para o Brasil. Sofremos um pouco mais com ainstabilidade de curto prazo dos mercados financeiroe cambial e com o impacto negativo de médio prazopara o crescimento no Reino Unido e na União Eu-ropeia. De nossa parte, redobraremos os esforços pa-ra concluir o acordo de associação Mercosul-UE enos empenharemos em buscar acordos de comercio einvestimentos com o Reino Unido.

JOSÉ SERRA é ministro das Relações Exteriores

cni.empauta.com pg.29

Índice remissivo de assuntosTemas de Interesse | Colunas e Edi-toriais4, 5, 18, 26

Temas de Interesse | Seção Economia -mídia nacional6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 20, 22, 23, 24

Temas de Interesse | Comércio In-ternacional8, 9, 13, 14, 15, 16, 17, 20, 24, 25, 26, 27

Temas de Interesse10, 18

Temas de Interesse | Infraestrutura10