Brasil – o resultado da marolinha do lula

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Brasil – O resultado da Marolinha do LULA O IBGE publicou o resultado do PIB Brasileiro de 2015. O resultado, muito ruim, já era previsto pela maioria dos analistas econômicos, menos pelos componentes do Governo. Recebemos os -3,80% com perplexidade e com a certeza de que o resultado do PIB para 2016 será igual ou pior que este. A tal Marolinha da crise internacional falada pelo então Presidente LULA chegou finalmente ao Brasil agigantada como um tsunami e prestes a nos engolir. CIRINEU JOSÉ DA COSTA – ENGº MSC 28/08/2105 UNIDADES DA PETROBRÁS NA BACIA DO RIO URUCU-AMAZONIA

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Brasil – O resultado da Marolinha do LULA

O IBGE publicou o resultado do PIB Brasileiro de 2015. O resultado, muito ruim, já era previsto

pela maioria dos analistas econômicos, menos pelos componentes do Governo. Recebemos os

-3,80% com perplexidade e com a certeza de que o resultado do PIB para 2016 será igual ou

pior que este. A tal Marolinha da crise internacional falada pelo então Presidente LULA chegou

finalmente ao Brasil agigantada como um tsunami e prestes a nos engolir.

CIRINEU JOSÉ DA COSTA – ENGº MSC 28/08/2105

UNIDADES DA PETROBRÁS NA BACIA DO RIO URUCU-AMAZONIA

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A notícia não poderia ser pior: PIB 2015 recua 3,8%. Apenas a agropecuária cresceu.

A conta indústria recuou 6,2% e a conta serviços recuou 2,7% O crescimento

econômico e a sustentabilidade são parâmetros essenciais para o desenvolvimento de

um país.

A crise instalada após a eleição da Presidente Dilma para o segundo mandato paralisou

o país. Precisamos de uma saída política, econômica e social para superação da crise.

O Brasil ainda é considerado um exportador de matéria-prima (comodities). Os

produtos primários não possuem alto valor agregado e estão sujeitos a grandes variações

de preços ao sabor do mercado e das especulações.

Não podemos ignorar o fator ESTRATÉGICO embutido em cada item de recurso

natural não renovável que é exportado in natura. Jazidas de hematita, bauxita,

manganês, ouro, prata, cobre e outros metais uma vez esgotadas, não nascem

novamente. O que serão as jazidas de Minas Gerais e do Pará daqui a algumas décadas.

O que iremos exportar? Como iremos suprir nossa indústria de transformação?

O mercado internacional compra, estoca e revende os recursos naturais não renováveis

dos países pobres e em desenvolvimento. Os países ricos procuram preservar suas

reservas de recursos naturais comprando suas necessidades no mercado de comodities

internacional, abastecido pelos países mais pobres.

Hoje o Brasil possui uma taxa de crescimento populacional bem menor do que a que

apresentava no século passado. No sistema econômico atual, com uso intensivo dos

recursos naturais e a população com crescimento vegetativo positivo e vivendo cada vez

mais poderá ocorrer o sufocamento do sistema biofísico de apoio. Devemos, mesmo

assim, nos preocupar em manter um crescimento positivo para ter capacidade de

absorver a mão-de-obra que se apresenta anualmente no mercado de trabalho.

A renda per capita (PIB per capita) de diversos países tem crescido (China 6,9%, EUA

2,4%, Reino Unido 2,2%, França 1,2%, Alemanha 1,7%) e a desculpa de uma crise

internacional generalizada não se aplica.

Excluindo-se a Venezuela e a Argentina, todos os outros países da América do Sul tem

apresentado algum crescimento do PIB.

Qual o motivo de estarmos apresentando um resultado tão ruim?

O governo anterior ao de LULA fez uma reestruturação do sistema bancário nacional,

refinanciou as dívidas dos entes federados, extinguiu os bancos públicos estaduais e

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municipais e aprovou a Lei de Responsabilidade Fiscal que normatiza a conduta fiscal

do Presidente da República, Governadores e Prefeitos.

Com a casa organizada o país atravessou crises e conseguiu surfar numa onda

desenvolvimentista até o fim do segundo mandato de LULA.

Os desmandos, a ocupação de cargos técnicos na administração direta e nas estatais por

pessoas sem competência e ligadas diretamente ao partido (como se fosse uma quota

partidária) foi destruindo a capacidade administrativa e formando a inércia que

provocou a derrocada do país.

Os “companheiros” passaram a saquear os cofres públicos cada vez com mais

feracidade e sem temer a JUSTIÇA, pois no nosso país dificilmente um corrupto era

processado e punido.

Conseguiram quebrar a maior empresa do nosso país: a Petrobrás. Além dos desvios de

recursos através de propinas para membros da diretoria, políticos e partidos políticos

conseguiram aprovar leis que obrigavam a estatal a investir dinheiro que ela já não mais

possuía, promoveram a aquisição de unidades a preços superfaturados (como a refinaria

de Pasadena nos Estados Unidos) e a venda abaixo do preço de custo de ativos

existentes no exterior (como unidades na Argentina, vendidos a preço de banana para o

grupo da ex-presidente Cristina). Nossa estrela maior foi afundada num mar de dívidas e

de projetos superfaturados e inacabados.

Os governos do PT (federal, estaduais e municipais) sempre devem ter quotas de vagas

para os “companheiros” para que nunca fiquem desempregados. O Suplicy perdeu o

mandato de Senador e foi encaixado na Prefeitura de São Paulo como Secretário

Municipal, o Padilha perdeu o cargo de Ministro e ganhou uma vaguinha de Secretário

de Saúde da cidade de São Paulo. Junto com eles provavelmente vieram os assessores

que devem também ter sido colocados na prefeitura paulistana ou em outras espalhadas

pelo país.

Se formos procurar em outras administrações petistas espalhadas pelo país, veremos que

estão lotadas de “companheiros” importados de outros locais de onde tiveram que sair

por algum motivo, mas tiveram os seus empregos preservados e muitas vezes com um

salário até melhor que o anterior.

A economia real não consegue carregar nas costas tantos desvios de conduta. Os

governos só querem aumentar a carga tributária para arrecadar mais, invés de

promoverem uma reforma administrativa para diminuir gastos e aumentar a eficiência

da máquina pública.

A Presidente Dilma disse que extinguiu ministérios. Ela tinha quase quarenta ministros!

Quantos cargos foram cortados? Os ministérios simplesmente foram fundidos um no

outro ficando o resultante com um volume igual à soma dos dois anteriores. Não houve

resultado prático algum. Será que precisamos de mais que 12(doze) ministros?

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Se somarmos as máquinas públicas na esfera federal, estaduais e municipais no âmbito

dos três poderes veremos que temos um absurdo de efetivo e usado de forma ineficiente,

pois não proporcionam serviços públicos de qualidade para os cidadãos que pagam os

impostos.

A queda do PIB do Brasil prenuncia o aumento do desemprego. Os setores da economia

produzindo menos demandarão menor número de pessoas trabalhando. A falta de

emprego gera a inadimplência das pessoas que por sua vez gera a crise no sistema de

serviços, bancário e creditício. As pessoas, sem crédito, compram menos e a marola de

lojas fechando as portas nos shoppings centers só vai aumentando e com essa marola

vai engrossando a fila dos comerciários desempregados.

A quebra do comércio tem ação direta na indústria que produz os produtos vendidos

pelas lojas e o volume de desempregados aumenta em escala exponencial. Famílias

desempregadas implica em transferências de filhos de escolas particulares para as

públicas, o que gera uma pressão sobre as redes públicas de ensino ocasionando, no

mínimo, um número excessivo de alunos por classe.

Se analisarmos a nossa história republicana, desde que foi instalada em 15 de novembro

de 1889 pelo Marechal Deodoro da Fonseca, nunca vivenciamos um mar de corrupção

como este instalado pelo governo petista, começando pelo escândalo do mensalão e

agora com o petróleo escancarado pela operação lava-jato. Sabe-se lá o que a Justiça irá

descobrir quando investigar os casos de financiamento internacional do BNDES!

Não podemos negar que chegamos a uma encruzilhada. Para onde ir?

Após a campanha das DIRETAS JÁ que culminou com a eleição de Tancredo Neves

para a presidência do Brasil, num pleito indireto nós tivemos como Presidente o Sr José

Sarney, dissidente do partido que apoiava o Governo Militar (ARENA) e que era o

candidato a Vice-Presidente na chapa de Tancredo que veio a falecer antes da posse. O

Governo Sarney fez uma tentativa de conter a inflação galopante com o Plano Cruzado,

criando uma nova moeda de duração efêmera e efeitos vagos.

Nosso primeiro presidente eleito pelo voto direto (Fernando Collor de Mello) sofreu um

processo de impeachment acusado de corrupção, teve seu mandato cassado e assumiu o

Vice-presidente que implantou o Plano Real para combater a inflação introduzindo a

URV (Unidade real de valor) que foi pouco a pouco tomando a forma de moeda e

passou a se denominar Real, nossa moeda até os dias de hoje. O seu Ministro Fernando

Henrique Cardoso foi eleito Presidente, engendrou uma medida constitucional para ser

reeleito e fez a cama para que seu rival Luís Inácio Lula da Silva pudesse ficar 8 anos

no poder e ainda eleger seu sucessor, a Presidente atual Dilma.

O Governo Lula foi permeado por escândalos de corrupção que só não foram

investigados a fundo devido ao forte apoio popular que seu governo teve. Já no Governo

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Dilma o mesmo não aconteceu. Seu governo de coalisão não funcionou bem devido a

sua índole de “não dialogar” com os parlamentares. Os escândalos de corrupção

aumentaram de tal forma que foi impossível para o Ministério Público e Polícia Federal

não aprofundar as investigações. Na medida em que os atos de corrupção são apontados

e levantados os valores astronômicos desviados da Petrobrás e de outros órgãos

públicos seu governo foi perdendo apoio popular e sua base de sustentação foi sendo

desmontada. Hoje o Governo Dilma está claudicante e dificilmente escapará de ser

processado por crime de responsabilidade pelas “pedaladas fiscais” ou então a sua

reeleição será impugnada no TSE pelo uso de caixa 2 oriundo do “petrolão”. A Dilma

ainda poderá ser processada por crime de responsabilidade pelo período em que foi

Presidente do Conselho da Petrobrás, período em que aconteceram enormes desvios de

dinheiro da companhia e que estão sendo investigados inclusive por autoridades norte-

americanas, pois a companhia tem ações no mercado de Nova Iorque.

Se a Presidente Dilma quiser salvar o que resta do seu governo terá que romper com os

acordos de cargos e ministérios, romper com o clientelismo do PT e formar uma nova

base de apoio com Partidos e Políticos que se importem com os destinos do Brasil. Sua

equipe de governo está desacreditada. Nada que qualquer ministro fale é ou será levado

em conta pela maioria da população.

O Impeachment não é GOLPE. Ele é um remédio constitucional.

A renúncia, muitas das vezes, pode ser encarada não como um ato de covardia, mas sim

como um ato de coragem de quem se descobre sem condições de conduzir o barco e

passa leme para aquele que conhece o traçado do trajeto.