Brasil na Europa #16

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Ano 2 - nº 16 Dezembro de 2010 Entrevista: Eduardo Macedo

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Brasil na Europa #16

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Ano 2 - nº 16Dezembro de 2010

Entrevista:Eduardo Macedo

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Direção Geral Ana Maria Pavão

Heloisa Marques da Silveira

Editora Chefe e Jornalista Responsável

Ana Maria PavãoMTB: 54599

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Centro - Ubatuba / SP 55 12 3833 90 35

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A revista Brasil na Europa é uma publicação da Sapere Editora.

Artigos assinados não correspondem necessariamente a opinião da revista.

Ano 02 - Ed. 16 - Novembro 2010

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EA revista eletrônica mensal dos

brasileiros na Europa.“Amei a máteria dos parques de diversões e também a do global-man...parabéns mais uma vez e bjs a todos vcs....”Luciana Marques- Brasil

Leitor

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SapereEDITORA • COMUNICAÇÃO • MULTIMÍDIA

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Direção Silvia Kelly

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Brasil de tantas caras e raças. Brasil de misturas mil. E aí, vem vindo o meu Brasil brasileiro, no período colonial, fazendo misturas. No caldeirão brasileiro entrou: as cantigas populares, sons de origem

africanas, fanfarras militares, músicas religiosas e eruditas. Assim o Brasil começa a tecer a sua cara musical.

Século XVIII e XIX, das influencias , surge o Lundu e a Modinha. O lundu de origem africana e a modinha de origem Portuguesa. O Lundu, mais rit-mado e sensual; a Modinha, mais romantica e lenta, falando de amor.

Desse caldeirão começaram a surgir outros ritmos: o Choro ou chori-nho, que surge da soma do Lundu com a Modinha. O brasileiro começa com as suas primorosas criações, surgindo dessa fusão nada mais, nada menos que Chiquinha Gozaga, com a musica O Abre Alas, uma das mais conhecidas marchinhas de Carnaval.

Chegamos no século XX, as bases do samba começam a bater seus tambores. O samba desce os morros e cortiços do Rio de Janeiro. Mistu-ram batuques, rodas de capoeira, pagodes e batidas em homenagem aos Orixas. Vem então, surgindo e tomando corpo, o carnaval, com a participa-ção de Mulatos e negros ex-Escravos.

1917 é o auge, surge nessa época: Ernesto dos Santos (Donga) que compõe o primeiro samba, pelo Telefone. Neste mesmo ano, a primeira gravação de Pixinguinha, importante músico e compositor, que mais tar-de foi considerado um dos maiores compositores da Musica Brasileira. O rádio começa ganhar maior divulgação e popularização.

Durante as décadas de 1920 e 1930 a música popular brasileira vai crescendo ainda mais, nomes vão surgindo na rádio, destacando canto-res e compositores como Ary Barroso, Dorival Caymmi, Lupicinio Rodri-gues e Noel Rosa. Surgem também, grandes intérpretes, como Carmem Miranda, Mario Reis e Francisco Alves.

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Meu Brasil BrasileiroPor Rosi Fanny Nascimento

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Em 1940, no cenário da Musica Popular Brasileira, destaca--se Luiz Gonzaga do Nascimento, grande representante do Nordeste. O rei do Baião Luiz Gonzaga traz o retrato da seca e a tristeza do Nordestino: Asa Branca e Assum Preto.

O Baião de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Alvarenga e Ranchinho continuava fazendo sucesso. Nesse período, sur-gia o samba-canção. Influenciado pelas baladas americanas e pelo bolero mexicano, caracterizando-se como samba lento e melodioso, destacando: Dolores Duran, Antonio Maria, Mar-lene, Emilinha Borba, Dalva de Oliveira, Angela Maria e Cauby Peixoto.

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Nessa época, a musica brasileira já não é mais a mesma, vai fi-cando cada vez mais rica e influenciadora. Outros vêm surgindo.

As influencias foram muitas e aí, chega a Bossa: fusão do samba com o jazz, estilo sofismado. Elizeth Cardoso, Tom Jobim e João Gilberto são as vozes representativas desse início. Desde então a bossa nova vem cantando as belezas do Brasil e levando para o exterior a suavidade do estilo, fazendo sucesso principal-mente nos Estados Unidos. Nesse meio todo, temos Vinícius de Moraes o poeta dos poetas.

Em 1960, a televisão ganha popularização, e a Rede Record cria o Festival da Musica Popular Brasileira. Deste grande festi-val saem: Milton Nascimento, Elis Regina, Chico Buarque de Ho-landa, Caetano Veloso e Edu Lobo. Nesse mesmo período, temos os Tropicalistas, composto por: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Maria Bethania. Nasce também a Jovem Guarda: Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderleia.

Pudemos então perceber o quanto a Música Popular Brasileira crescia e enriquecia também. Compositores lançavam cantores e cantoras. Cantoras lançavam compositores. E assim a música brasileira surgiu, de maneira maravilhosa. Daí por diante, che-gam todos os nomes que hoje reverenciamos. Nosso Brasil Bra-sileiro se consagrou no mundo inteiro.

A matéria “Meu Brasil Brasileiro”, dá inicio a um delicado zelo e respeito pela nossa Arte e Musica. Há que se reservar um espaço merecido para aqueles que contribuíram de maneira majestosa para a nossa música. Fica o desejo de influenciarmos a novas gerações, para que dê valor a nossa música e os nossos grandes representantes.

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A Escritora Ligia Bras recebeu a equipe da Brasil na Europa, para um bate-papo espe-cial, em que contou um pouco do seu livro A FILA ANDA, lançado em Stuttgart, Muni-que e Zurique, em um acontecimento que incluiu dança, música e literatura .

Quem conhece Ligia Bras sabe a grande mulher que ela é, e quem não a conhece vai sa-ber um pouco desta brasileira, que tem na bagagem muita força. Ela nos conta que escre-ver sempre fez parte de sua vida, e que o Livro nasceu de uma forma simples mas diverti-da, de um reencontro com um ex-namorado, onde ele a inspirou e incentivou a transformar todos os textos que ela escrevia para ele em um livro... E aconteceu.

A partir daí, tudo tomou outro rumo. Foram correções e todo o trabaho que envolve a publicação de um livro. Mas Ligia Bras diz, que na realidade, o maravilhoso é tudo o que aconteceu em função deste livro, tudo o que o livro movimentou , os encontros, a união e o apoio de varias entidades, assim foi o lançamento em Stuttgart, onde o secretario de integração transformou um evento entre amigos, em um acontecimento na prefeitura da-quela cidade, em uma noite de muita neve e muito sucesso, que se repetiu em Zurich e Munique.

E que não vai parar, pois a escritora tem outros projetos e outros convites para o lançamento desta obra, que recomenda-

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Bate-papo com Ligia Bras

A escritora nos conta, que tem tido um enorme retorno dos leitores masculinos, que agradecem por começar a entender como funciona as mulheres e Ligia não para por aí, tem novos projetos. Confira o livro "A Fila Anda" a venda no site

Contato com a autora: - POST FACH 600129 - 70301 - STUTTGART - ALEMANHA - [email protected]

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mos aos nossos leitores.Ligia Bras é escritora, jornalista, ra-

dialista, locutora, assistente social, assessora, produtora e mãe, uma parte muito importante desta mulher, de muitas facetas. Quando pergunto onde ela nasceu , me responde com um sorriso maroto: "Sou paulistana mais ninguém é perfeito... ( risos)" Ela explica, que quando você mora no exterior, e responde a esta pergunta, seu interlocutor pensa em palmeiras, kilometros de praia, caipirinha... mas São Paulo, é entendida como poluição, industria, foge do que o europeu ideali-za do Brasil.

Ligia Bras diz que seu maior instru-mento é a palavra escrita e falada e que entre o Brasil e Alemanha, onde vive desde 1989, existe um paraíso, que não é geográfico, ele é cultural en-tre as duas nações. A barreira da lingua faz com que você procure pessoas de seu País e, quando se realiza algo de bom, você de certa forma apoia, ou melhor, incentiva as pessoas a pensa-rem. "Acho que desta forma meu livro pode com certeza ter uma influência não só nos brasileiros mais no estra-geiro em geral ,e nós mulheres temos um papel fundamental , pois somos maioria, com certeza a população bra-sileira na Europa é predominantemen-te femenina" explicou Ligia. B

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TREVISTA

por Tânia Maria Rodrigues-PetersEscritora de literatura infantil e juvenilwww.rodrigues-peters.comAmazon: http://amazon.rodrigues-peters.com

Entrevista com Eduardo Macedo

Nessa edição, a revista Brasil na Europa entrevistou Eduardo Macedo, grande músico, compositor, intérprete e produtor. Nascido em 1958, em São Paulo, Brasil, desde 1983 mora em

Hamburgo, no norte Alemão. - Brasil na Europa: Qual a sua relação com a música?- Por ser a música Deusa e sábia e por eu ser um romântico inveterado,

às vezes a contemplo de longe, às vezes sou eu seu próprio instrumento, às vezes aprendiz temeroso ou aluno vagabundo, mas algumas vezes, ela e eu nos tornamos "UM“, aí então é uma outra viagem. É como se os sons que saíssem de mim mesmo retornassem como um Bumerangue repenetrando as minhas células fazendo-as vibrar, ampliando-as e abrindo assim espaços para novas percepções e emoções. É difícil reduzir esse mágico momento em palavras, mas essa é a relação mais íntima e profunda que tenho com a música, um privilégio, algo assim meio que místico, sagrado.

- Como foi sua descoberta com a música, até a profissionalização?- Posso dizer que as primeiras músicas que ouvi conscientemente,

mesmo que por osmose, chegaram a mim através de minha mãe, que adorava Nat King Cole, Glenn Miller e Bossa Nova é claro. Por volta de meus 9 anos de idade, fascinado pela música clássica, acabei por meses pegando no sono ao som de Chopin, Beethoven, Rimsky Korsakov, Tchaikowisky entre outros compositores complicadinhos.

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TREVISTA

Essa fase daria lugar, ainda no fim dos anos 60, a uma outra , eu acabava de descobrir os Beatles. Impulsionado por essa música contagiante, tirei de uma capa empoeirada um velho violão Del Vecchio, aprendi 3 acordes com um primo e foi assim que, mesmo que pela metade, comecei a tocar uma música dos Beatles, minha primeira no violão, instrumento que hoje quase faz parte de meu próprio corpo. Quando eu tinha 15 anos, me tornei DJ e com mais dois amigos fiz as festinhas do bairro com luz negra e música Pop internacional que era tudo o que eu ouvia e gravava no momento, Hits e mais Hits. Pouco depois eu descobriria minha voz cantando no coro da Igreja aonde eu ainda aprenderia a tocar bateria, meu segundo instrumento. Nesse período eu ouvi muito Ray Charles, James Taylor e Bee Gees. MPB eu acabaria descobrindo com os festivais da Record. Passei então, a ouvir Chico Buarque, Edu Lobo, Vandré, Ivan Lins... no entanto seriam Caetano Veloso e Gilberto Gil que iriam realmente abrir minha cabeça e plantariam sementes musicais que até hoje germinam em minhas próprias composições. Além desses dois mentores posso dizer que a voz de Milton Nascimento o violão de João Bosco e a genialidade melódica de Djavan me fascinam e inspiram até hoje. Mais tarde eu também iria tocar MPB em barzinhos e festinhas em Sampa.

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TREVISTA

Eu escrevia versos desde muito cedo e comecei a fazer minhas própias canções movido, no começo, pela dificuldade que eu tinha em tirar as músicas alheias, me apaixonei pela composição e nunca mais parei de criar, claro que com espaços entre uma gravidez e outra. Eu ainda iria tomar parte de um Grupo de Música para Meditações, passei então a ouvir muito Pink Floyd, Yes, Genesis, Supertramp. Dos anos 80 até hoje passei por fases diversas que me levaram a realizar vários projetos musicais, compondo, gravando, me apresentando em muitos eventos na Europa e também a conhecer minha atual esposa, a escritora de livros infanto-juvenis Isabel Abedi com a qual trabalho intensamente seja acompanhado-a musicalmente nas leituras de seus livros ou compondo as trilhas sonoras de seus muitos livros-audio, minha última participação foi compor duas canções para seu primeiro filme de longa metragem, "Hier kommt Lola“.

- Como surgiu a idéia de ir para Alemanha?- Lá pelos 22 fui pra California, toquei nas ruas, assisti aos concertos de

Steve Wonder e Keith Jarret, vidrei na música de Pat Metheney e comprei um violão Ovation. Foi nessa época que eu conheci uma alemãzinha que iria se casar comigo e acabar me levando para a Europa. Me mudei pra Alemanha em 1983 aonde eu iria me professionalizar como músico e me tornar co-proprietário do primeiro bar brasileiro com música ao vivo de Hamburgo, o "Tropical Brasil“. Naquele palco eu iria tocar com músicos de várias partes do mundo, descobrir o Reggae, o Jazz-Funk, a World Music, mas também receber nomes brasileiros como Hermeto Pascoal, Flora Purim, Airto Moreira, Elomar, Quinteto Violado, Djalma Corrêa entre outros. Eu não precisava sair de casa para ouvir boa música. Na época acabei criando as Bandas Kizumba e Favela, em seguida a Kakao Co. e mais tarde o Trio Café Brasil, com o qual até hoje me apresento tocando minhas composições em concertos por várias partes da Alemanha.

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- Como os alemães veem seu trabalho? Como é a aceitação? - Na minha maneira de ver , entre os alemães se encontra público para

as diversas expressões da música brasileira seja ela rítmica e selvagem, romântica e melancólica, ou mesmo mais clássica e erudita. Como meu trabalho percorreu e percorre várias dessas arestas de nossa música, eu sempre tive muito reconhecimento pela parte dos alemães, mesmo agora que só toco minhas próprias canções e minhas composições intrumentais em meus shows. Essa aceitação se extende hoje, até mesmo entre o público infanto-juvenil pelo fato de eu ter feito tantas composições para esse público nos últimos anos.

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TREVISTA

- Quantos Cds você já lançou até hoje? - Nos últimos 6 anos eu escrevi, toquei e co-produzi trilhas sonoras

para 21 CDs (Livros-Audio) pelos sêlos : Jumbo , Patmos e Arena Audio. Há 4 anos produzi meu primeiro CD de cabo-a-rabo. O CD se chama "Só assim", e leva 9 composições minhas. Ainda neste ano foi lançado o CD com a trilha sonora do filme "Hier kommt Lola“ contendo duas músicas minhas, "Cocada“ e "Bahia Rap", e agora já estou grávido de novo, desta vez são gêmeos.

- E a inspiração, de onde vem? Você pensa no Brasil quando compõe? Tem por exemplo uma música do seu CD, que eu adoro, que é "Morá no Ceará", do CD "Só assim", a música é sobre um homem que deixou seu país para morar na Alemanha e sobre a saudade do Brasil, esta música você compôs pensando na sua própria experiência de vida?

- No processo de composição de uma música a inpiração pode chegar por canais bem diferentes. Os versos, por vezes chegam sózinhos já ditando suas próprias regras de divisões e ritmo e às vezes já sugerindo uma paisagem melódica. Outras vezes é o ritmo que chega soberano delineando de antemão os espaços vazios e os ocupados, às vezes chamando para si palavras, frases ou simplesmente sons. Pode ser que andando pela rua canto ou começo a assobiar uma melodia ou quando pego o violão em casa descubro uma linha melódica nova que mais tarde vai convidar um ritmo e alguma estória para o jantar. Os temas de minhas letras pintam também de modos bem diversos; um fato histórico, um romance, uma briga, uma saudade, uma palavra numa conversa, uma cena que eu vejo na rua, na TV ou mesmo num sonho. Uma notícia no jornal, uma lembrança, um olhar, aqueles que nos são caros e é claro a mulher amada. Uma maneira muito pessoal de compor é o que eu chamo de "brain storm“, hoje seria o termo "Rap“ mais apropriado, ou seja, quando já tenho uma sequência de acordes insinuando uma melodia pego o violão, ligo o gravador e começo a cantar o que vem na cabeça sem filtrar ouvindo depois tiro as melhores idéias e as desenvolvo.

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É claro que nesses momentos, a saudade do Brasil vira-e-mexe toma posse das palavras e se impõe com força e decisão, foi assim que surgiu esse "Xaxado roqueado“ ao qual dei o nome de "Morá no Cearà“ que conta puramente minha história pessoal.

- O que de mais interessante para você, tem surgido no cenário musical brasileiro?

- O mais interessante ainda é para mim a criatividade, antropofágica, trance-formadora, mi-x-turadora e integradora do(a) músico(a) brasileiro(a). Características estas que encontro na pessoa de Oswaldo Lenine Macedo Pimentel. Mesmo não sendo tão atual, Lenine é para mim um músico, assim como Chico Science (nos anos 90 e em outra praia), que abriu novas fronteiras para a música brasileira, ironicamente um do Recife outro de Olinda. Gosto do paulista Arnaldo Antunes quando ele cria melodias pentatônicas quase infantis e as canta com aquele vozeirão de „lobo bom“. Os sambas que Seu Jorge cria com o sal das praias do Rio, o ouro mineiro de Ana Carolina e o cheiro agreste da também compositora Vanessa da Mata ou do Mato (Mato Grosso).

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TREVISTA

Das aparições mais recentes a compositora, cantora e violonista Maria Gadú me impressionou bastante, uma outra paulistinha mostrando seus dotes de intérprete é Ana Paula Lopes, confiram.

- Está trabalhando atualmente, em algum projeto? - Como citei acima estou meio grávido de gêmeos, ou seja,

estou trabalhando na realização de dois novos CDs um com minhas novas canções com vários músicos envolvidos na realização e um outro solo com peças que escrevi para o violão. O primeiro tem um caráter bem romântico e tem estréia marcada para maio do ano que vem em Hamburg. O segundo ainda não tem previsão certa. Claro que com um novo CD na mão vamos querer sair por aí tocando com o Trio Café Brasil apresentando o novo "Baby“ para o público, isso significa que estamos planejando um tour pela Alemanha e quem sabe para outros países também.

- Pode deixar um recado para os leitores e para os que

querem seguir esta carreira? - A você companheiro(a) na música, seja ANTENA pois a

melhor professora de música é a própria música, por isso OUÇA.

Quando olhamos o mundo estamos à margem do acontecimento mas quando ouvimos estamos no meio do mundo, OUÇA ! B

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Foi um grande compositor, cantor, humorista e ator brasileiro. Nasceu em agosto de 1910 em Valinhos e faleceu em novembro de 1982 em São Paulo.

Filho de imigrantes italianos, aos dez anos de idade, deixou a escola para poder trabalhar, adulterando a certidão de nascimento, para constar que sua idade era de doze anos, pois esta era naquela época a idade mínima permitida para se trabalhar. Trabalhou como entregador de marmitas para ajudar a família numerosa.

Teve um caminho duro para chegar onde chegou, tentando seguir a carreira de artista, ora como ator, ora como cantor, entre uma frustracao e outra, mas por fim conseguiu o reconhecimento.

De suas inúmeras composições, foi “Trem das Onze”, seu primeiro sucesso como compositor. A canção de tão conhecida, torna impossível que exista uma roda de samba que nao a toque.

E estreando na Revista Brasil na Europa, Danilo Marquês nosso ilustrador, faz uma homenagem a este grande artista. B

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Adoniran Barbosa

Foi um grande com-positor, cantor, hu-morista e ator bra-sileiro. Nasceu em agosto de 1910 em Valinhos e faleceu em novembro de 1982 em São Paulo.

por Tânia Maria Rodrigues-PetersEscritora de literatura infantil e juvenilwww.rodrigues-peters.comAmazon: http://amazon.rodrigues-peters.com

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Brasil comercializa 3,7 milhões de computadores no terceiro trimestre de 2010, aponta estudo da IDC

O terceiro de trimestre de 2010 foi bastante aquecido para o mercado de computadores, que atingiu a marca de 3,7 milhões de unidades vendidas. Esse número acaba de ser apresentado no estudo Brazil Quarterly PC Tracker,

realizado pela IDC Brasil, e representa 19% mais do que o apontado no mesmo período do ano passado e 8% mais do que o alcançado no segundo trimestre de 2010. Entre o total de máquinas comercializadas no terceiro trimestre, 52% são desktops e 48% são notebooks.

“O varejo mostrou amadurecimento e antecipou as compras de Natal junto aos fabricantes”, declara Martim Juacida, analista de mercado da IDC. “Isso impactou positivamente o terceiro trimestre”, explica. “Apesar de nossa previsão ser otimista, os últimos meses podem ser abaixo do esperado uma vez que os varejistas já estão estocados para as vendas de fim de ano.”, antecipa o analista da IDC. A previsão é de que até o final de 2010 sejam comercializados 13,8 milhões de computadores, o que representa 24% mais do que o apresentado em 2009.

No segmento doméstico mais uma vez os notebooks lideraram. “A venda dos portáteis aumenta a cada trimestre. Somente neste último balanço eles representaram 60% das vendas para o setor. Desde 2001 esse tipo de equipamento é objeto de desejo e tem se tornado cada vez mais alvo das estratégias dos fabricantes, que acabam tendo margens de lucros maiores com esse tipo de venda”, diz o analista da IDC.

Já o segmento corporativo representou 26% do total de máquinas comercializadas, sendo grande parte delas desktops. Os notebooks avançaram mais lentamente se comparado ao segmento doméstico. “As empresas ainda investem mais em desktops, porém, aquelas que buscam mobilidade encontram ofertas bastante atrativas no mercado”, completa Juacida, da IDC. Os computadores vendidos para os setores de educação e governo representam 8% do total.

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INGREDIENTES:

* 680 gr de couve -flor ( somente a parte da flor);* 120 ml de leite;* 150 gr de queijo ralado;* 3 ovos;* 1 cebola;* 1 alho;* 300 gr de pao seco picadinho;* 2 colheres de sopa de farinha de rosca;* Sal e pimenta à gosto;* duas colheres de sopa de cheiro verde;* 1 ovo para passar os hamburgues.

PREPARO:

1 - Cozinhar a couve-flor e depois picá-la.

2 - Esfarelar bem o pão seco e misturar o leite e os ovos ligeiramente batidos.

3 - Picar bem fininha a cebola e o alho e adcionar à mistura juntamente com o sal, pimenta e o cheiro verde, misturar a farinha de rosca e o queijo ralado, misturar tudo muito bem e fazer os hamburgues.

4 - Passar cada hamburguer pelo ovo batido, de-pois pela farinha de rosca e fritar em óleo quente.

RECEITA

Hambúrguer de couve-flôrpor Tânia Maria Rodrigues-PetersEscritora de literatura infantil e juvenilwww.rodrigues-peters.comAmazon: http://amazon.rodrigues-peters.com

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Cantora apresenta no Brasil sua visão moderna do samba

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Após 17 anos na Itália, a cantora cearense Maruça Rodrigues retorna ao Brasil com nova bagagem musical. No show intitulado "Bossas e sambas trio",

ela apresenta a sua visão moderna do samba e da bossa nova. No repertório, constam algumas canções autorais, além de clássicos de Vinícius de Moraes, Caetano Veloso, Tom Jobim, Ary Barroso e algumas surpresas.

A apresentação musical de Maruça acontecerá no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - 2º andar - Centro - fone: (85) 3464.3108), dentro do programa Cultura Musical, no próximo dia 24 (quarta-feira), às 18h30, com entrada franca.

Após 17 anos na Itália, cantora Maruça Rodrigues apresenta no Brasil sua visão moderna do samba

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Trajetória artística:Os primeiros acordes de Maruça surgiram como violista na Orquestra do SESI,

sob a regência do maestro Vasquen Fermanian, reverberando para o canto coral, com a participação no grupo De Angelis e ganhando total amplitude no show "Mundana", o primeiro de muitos que faria ao longo de sua trajetória e um prenúncio do que viria a ser: uma cidadã do mundo. A intérprete radicou-se por 17 anos na Itália, a convite de músicos daquele país.

Por nove anos integrou a Banda Favela, grupo da cidade de Bologna, com o qual viajou em inúmeros shows e lançou o CD "Banda Favela - O Ritmo Misturado". Compõem sua discografia os CDs "Utukutu" e "Tropical Especial", além de várias coletâneas européias em que sua voz traduziu a força e elegância da música brasileira, com destaque para a preciosa contribuição de Ronaldo do Bandolim e DJ Marco Polo.

Participou de duas edições do "Veneto Jazz Festival" e "Marostica Jazz Festival" (Itália), fez turnês pela Europa e no Japão cantou no "Motion Blues", em Yokohama. O show "Bossas e sambas trio" traz a vivência, musicalidade e alegria de Maruça através de clássicos da MPB e canções autorais com o "desejo de contar histórias e estórias... pra falar de amor e saudade". B

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A Capital de Portugal e também a capital do Distrito, situa-se na margem direita do rio Tejo, no centro de Portugal e no Sudoeste da Europa. É também a maior cidade de Portugal.

Lisboa, foi fundada há mais de três milênios, sendo a segunda capital europeia (depois de Atenas ) mais antiga, quatro séculos mais antiga que Roma. Diz a lenda que a cidade foi fundada pelo herói Ulisses, mas, descobertas recentes comprovam que a cidade terá sido fundada pelos Fenícios há cerca de 1.200 a.C.

Lisboa, a eterna namorada do Tejo, mantém seu charme e preserva uma arquitetura peculiar, de ruas estreitas, casas antigas e prédios com azulejos - esta arte que não se vê tão intensamente em nemhum outro país .

É uma cidade repleta de espaços verdes , de variadas dimensões. O Jardim Botânico da Ajuda é sem dúvidas um ponto importante a ser conhecido. Duas pontes unem a cidade à margem sul do rio Tejo, a ponte 25 de Abril, que liga Lisboa a Almada e a Ponte Vasco da Gama, com 17,2 Km de comprimento, a mais longa da Europa e a quinta mais longa ponte do Mundo, que liga a zona Oriental e Sacavém ao Montijo. É ainda a 6° cidade a nível mundial que recebe congressos internacionais .

Caminhadas pelos bairros tradicionais e passeio em bondinhos deixa-nos entrar em uma saudosa época da história, sobre tudo para brasileiros que tem suas raízes em Portugal.

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Lisboapor Heloisa Marques

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Rock in Rio anuncia Coldplay para a edição 2011

A programação da edição 2011 do Rock in Rio tem mais duas grandes atrações anunciadas: Coldplay e Skank. A banda britânica liderada por Chris Martin vem ao Brasil mostrar por

que é uma das mais queridas e bem-sucedidas do mundo inteiro, com mais de 50 milhões de álbuns vendidos na bagagem. O grupo, assim como o Skank, assumirá o Palco Mundo, na nova Cidade do Rock, no Dia do Rock Alternativo (1º de outubro), penúltima noite do evento, que volta a ser realizado em terras brasileiras entre 23 de setembro e 2 de outubro do ano que vem. Nos próximos meses, a organização do Rock in Rio apresentará os outros nomes nacionais e internacionais que tocarão na mesma data nos palcos Sunset e Mundo.

Formado por Chris Martin (vocal/ piano), Jonny Buckland (guitarra), Guy Berryman (baixo) e Will Champion (bateria) em 1998, em Londres, o Coldplay estourou em 2000 com a balada “Yellow”, do álbum de estreia Parachutes, lançado no mesmo ano. O sucesso alcançou o topo das paradas, impulsionou as vendas do disco, que teve mais de cinco milhões de unidades comercializadas, projetou o quarteto internacionalmente e rendeu o primeiro dos seis Grammys (Melhor Álbum de Música Alternativa) que o Coldplay conquistaria ao longo da década. Com seu rock ao mesmo tempo suave e vigoroso, a banda londrina gravou uma série de discos e hits responsáveis por lotar seus shows, no início em casas pequenas, hoje em grandes estádios.Em 2002 lançou A Rush of Blood to the Head, com canções como “The Scientist”, “Clocks” e “In My Place”. Na sequencia, em 2005, veio X&Y, com “Fix You”, “The Hardest Part”, “Talk” e “Speed of Sound”.

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Produzido por Brian Eno, seu mais recente trabalho, Viva la Vida or Death and All his Friends, de 2008, tem no repertório músicas como “Violet Hill”, “Viva La Vida” e “Lost”. Os shows da turnê do álbum foram assistidos por cerca de 2,75 milhões em 25 países.

Na mesma noite, o Palco Mundo recebe os mineiros do Skank. A banda, que completa 20 anos em 2011, traz na bagagem 11 álbuns lançados, mais de 5,5 milhões de discos vendidos e uma série de hits como “Jackie Tequila”, “Garota Nacional” – sucesso inclusive na parada espanhola -, “Resposta”, “Saideira”, “Balada do Amor Inabalável”, “Dois Rios”, “Vou Deixar” e “Ainda Gosto Dela”, do último disco de estúdio, Estandarte, lançado em 2008. Hoje, Samuel Rosa (guitarra e voz), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferreti (bateria) formam um dos grupos pop mais importantes do Brasil. Este ano, o Skank lançou o CD, DVD e Blu-Ray Multishow Ao Vivo – Skank no Mineirão, registro do show lotado que gravaram em junho, no Estádio do Mineirão, na Pampulha, em Belo Horizonte, com público superior a 50 mil pessoas.

O público já pode adquirir, por meio do site oficial do festival (www.rockinrio.com.br), o Rock in Rio Card, voucher para aqueles que não querem perder a chance de garantir com antecedência seus lugares nesta grande festa. Desde 19 de novembro a organização disponibiliza um lote limitado de 100 mil ingressos a R$ 190 (inteira) e R$ 95 (meia-entrada). Apenas no primeiro fim de semana foram vendidos mais de 62 mil Rock in Rio Cards e a expectativa é de que os ingressos se esgotem nos próximos dias. A troca pelo bilhete será feita a partir do dia 11 de janeiro — antes da venda oficial, garantindo que a data escolhida não esteja esgotada.

Com cada dia destinado a um estilo diferente, o Rock in Rio é um festival para todas as tribos. Novas atrações serão divulgadas em breve, reunindo mais uma vez os maiores nomes do rock e do pop mundial ― nacionais e estrangeiros, clássicos e contemporâneos ―, no maior evento de entretenimento e música do planeta.

ACON

TECEN

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Sobre o Rock in RioO Rock in Rio é o maior evento de música e entretenimento de todos os tempos,

contando com nove edições realizadas no Brasil, Portugal e Espanha. O festival reuniu mais de 5 milhões de pessoas, que aplaudiram, ao vivo, 656 bandas. Foram mais de 780 horas de música, com transmissão para mais de 1 bilhão de telespectadores, em 80 países.

Utilizando a música como linguagem universal, que une as pessoas em todo o mundo, o Rock in Rio é um veículo de comunicação de emoções.

Um dos seus pilares é o Projeto Social. Lançado em 2001, no Rio de Janeiro, o projeto POR UM MUNDO MELHOR nasceu para, por meio da música, mostrar que pequenas mudanças de atitude do dia a dia têm um grande impacto sobre o futuro do planeta. Em sete edições, ao longo dos últimos dez anos, milhares de pessoas no Brasil, em Portugal, na Espanha e em diversos outros países, foram beneficiadas pelas doações provenientes das vendas de bilhetes do evento e das ações promovidas pelos parceiros, que hoje somam mais de quase cinco milhões de euros.

O festival acontecerá nos dias 23, 24, 25 e 30 de setembro e 1 e 2 de outubro de 2011, no Parque Olímpico Cidade do Rock, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. B

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