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O Jornal Brasil Presbiteriano é um órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 50 nº 648 – Outubro de 2008 Páginas 10 e 11 Página 08 Projeto da IP Ebenezer abraça Mairiporã Página 14 Nasce a 65ª Sinodal de Saf´s, na cidade de Carajás Página 17 "Mãos que Exaltam" colhe frutos em Minas Divulgação Maressa Moura UCP: saiba o que esse ministério representa para a IPB Divulgação Divulgação

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Divulgação Divulgação O Jornal Brasil Presbiteriano é um órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 50 nº 648 – Outubro de 2008 Páginas 10 e 11 Página 17 Página 08 Página 14 Maressa Moura Divulgação

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O Jornal Brasil Presbiteriano é um órgão oficialda Igreja Presbiteriana do Brasil

Ano 50 nº 648 – Outubro de 2008

Páginas 10 e 11

Página 08

Projeto da IP Ebenezer abraça Mairiporã

Página 14

Nasce a 65ª Sinodal de Saf´s, na cidade de Carajás

Página 17

"Mãos que Exaltam" colhe frutos em Minas

Divulgação

Maressa Moura

UCP: saiba o que esse ministério representa para a IPB

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Brasil Presbiteriano� Outubro de �008

o mês de outubro o protestantismo ger-almente comemora a

Reforma Protestante do século XVI, ou seja, aquele reaviva-mento espiritual iniciado pela publicação das 95 teses do monge Martinho Lutero em 31/10/1517. Quando Lutero pregou suas teses nas por-tas da igreja de Wittenberg, ele não tinha a intenção de causar uma ruptura na Igreja Católica, mas apenas corri-gir algumas práticas errôneas que, segundo imaginava, o Papa não aprovaria. Lutero pensava estar agindo em interesse do catolicismo.

Embora a participação de Lutero tenha sido decisiva para o início e os primei-ros avanços da Reforma, o movimento continuou a desenvolver-se após a sua morte. Na galeria dos refor-madores encontra-se homens como Ulrico Zwuínglio, João Calvino, Martin Buccer e tan-tos outros. Contudo, o ato de Lutero foi a semente de uma das obras mais importantes de reforma na igreja cristã. A fim de compreender a ideo-logia daquele movimento há que se observar os seus motos, conhecidos com os “solas” da Reforma.

Sola scriptura [Só a Palavra de Deus]. Contrário ao ensino do catolicismo romano sobre outras fontes de autoridade (a tradição e o magistério ecle-

siástico), os reformadores defenderam a doutrina de que somente a Bíblia é a Palavra de Deus. Essa tese ficou con-hecida como “o princípio formal” da Reforma. Em 1521, durante a interrogação histórica de Lutero na Dieta Imperial, reunida na cidade de Worms, o monge respon-deu aos seus acusadores: “É impossível retratar-me, a não ser que me provem que estou laborando em erro, pelo tes-temunho das Escrituras ou por uma razão evidente...”

Mais tarde os herdeiros da Reforma escreveriam na Confissão Belga: “Cremos que estas Escrituras Sagradas contêm plenamente a von-tade de Deus e que tudo o que o homem deve crer para ser salvo nelas está sufici-entemente ensinado” (art. 7). Dessa forma, este princípio tornou-se, desde o início, um pilar da Reforma.

Solus Christus [Somente Cristo]. Os reformadores conclamaram as pessoas a retornarem a Cristo como o único madiador entre Deus e os homens (1Tm 2.5). A rele-vância desse princípio pode ser observada pelo fato de que, durante a Idade Média, o sacerdote era apresentado como alguém que desfru-tava de um relacionamento especial com Deus, o qual fazia dele um mediador da graça divina e aos devotos.

O catolicismo defendia que os méritos dos santos pode-riam resultar no perdão dos pecadores e, pregava, ainda, a doutrina do Purgatório, que ensinava que os mortos pode-riam obter acesso aos céus por meio das intercessões dos santos na terra. Por último, havia a ênfase sobre Maria como a intercessora diante do Filho pela salvação dos seus devotos. Tudo isso, cer-tamente, resultava em grande confusão na mente das pes-soas e as distanciava de Cristo Jesus. Vale reforçar que a fé dos reformadores sempre foi trinitária, distinguindo as pes-soas da divindade. Contudo, a insistência dos reformadores era que somente pela obra de Cristo alguém pode ser salvo, pois para os homens isso é impossível (Mc 10.27).

Sola gratia [Somente pela graça]. Salvação pela graça de Deus pode ser consid-erado o cerne da pregação dos reformadores. O catoli-cismo popular da Idade Média incentiva a prática das boas-obras como um meio de obter a salvação. O próprio Lutero, enquanto monge, “excedeu-se em jejuns, vigí-lias, flagelações e procura-va o seu confessor para os mais leves pecados” (Nichols 1981, p. 145). Alguns, na Idade Média, até entendiam ser a salvação somente pela graça, mas ainda insistiam

que por meio de boas obras o homem, de alguma maneira, poderia contribuir na obten-ção da graça salvadora. Os reformadores, porém, insisti-am na verdade de que a graça de Deus revelada em Cristo é a única fonte da salvação e enfatizavam as palavras de Paulo: “isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8).

Sola fide [Somente a fé]. Essa declaração ficou conhe-cida como “o princípio mate-rial” da Reforma, ou seja, “o artigo por meio do qual a igreja permanece firme ou cai em ruínas”. Caso ela a sus-tente, será sustentada na ver-dade; se ela a abandonar, abre a porta de possibilidde para outras formas de heresias.

A descoberta da verdade bíblica de que o justo viverá pela fé (Rm 1.17) revolu-cionou a vida de Lutero e, posteriomente, o cristianis-mo. Essa fé salvadora, na concepção dos protestantes, era obra do Espírito Santo no coração do pecador, operada ordinariamente por meio da proclamação da Palavra de Deus. Em outras palavras, “a fé, assim recebendo e assim repousando em Cristo e em sua justiça, é o único instru-mento da justificação” (CFW, cap. XI.ii).

Soli deo gloria [Somente a Deus seja a glória]. A ênfase dos reformadores sempre foi teocêntrica ao invés de antro-

pocêntrica. Dessa forma, a doutrina bíblica da sobera-nia de Deus foi resgatada pelos Reforma Protestante. Se Deus não é soberano sobre toda a ordem criada, então não se pode ter certeza de que ele seja realmente soberano sobre coisa alguma. A mages-tade de Deus, porém, não anula a dignidade humana. Pelo contrário, ela estabel-ece o valor do ser humano que foi criado à imagem de Deus. Diferente do humanis-mo secular, os reformadores enfatizavam que a digni-dade humana não é inerente, mas ela é derivada do valor que o próprio Deus atribuiu àqueles criados à sua semel-hança. Assim, o ser humano somente encontra propósito para sua existência quando ele compreende que essa existência tem o propósito último de glorificar a Deus e desfrutar verdadeira comun-hão com ele. Por isso, alguns protestantes insistiram que o propósito último do homem é “glorificar a Deus e desfturá-lo eternamente”.

Mais do que meros slogans do passado, esses pressupos-tos da Reforma são a própria expressão da mensagem do evangelho. Eles represen-taram o cerne da Reforma Protestante e, portanto, são altamente relevantes para o protestantismo contemporâ-neo.

OS SOLAS DA REFORMA

Conselho de Educação Cristã e Publicações:Fernando Hamilton Costa – presidenteMauro Meister - secretárioAnízio Borges - tesoureiro

EXPEDIEN­TE

Uma publicação do Conselho de

Educação Cristã e Publicações

Brasil PRES­BI­TERI­A­NOAno 50, nº 648 – Outubro de 2008

Órgão Oficial da

www.ipb.org.br

Editorial

Edição e textos: Raquel Magalhães - ES - 01149/JPE-mail: [email protected] Diagramação: Aristides NetoImpressão: Folhagráfica

Conselho Editorial:

Anízio Alves Borges,Cláudio Marra (supervisão)Hermisten Maia Pereira da Costa

Jader Borges FilhoMisael NascimentoValdeci da Silva Santos

N

Casa Editora Presbiteriana:Haveraldo Ferreira Vargas - superintendente

Cláudio Antônio Batista Marra – editor

Rua Miguel Teles Junior, 394 – Cambuci, São Paulo – SP - CEP: 01540-040

Telefones: (11) 3207-7099/3207-7092 E-mail: [email protected]

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Brasil Presbiteriano �Outubro de �008

o final de 1864, o Rev. Ashbel Green Simonton, tendo o

auxílio do colega Alexander Latimer Blackford e do novo correligionário José Manoel da Conceição, lançou o jornal Imprensa Evangélica, o primeiro peri-ódico protestante do Brasil. Os originais do primei-ro número foram levados à Tipografia Universal dos Irmãos Laemmert em 25 de outubro, sendo publicados no dia 5 de novembro com uma tiragem de 450 exem-plares. Um editorial inti-tulado “Prospecto”, certa-mente escrito por Simonton, dizia o seguinte:Temos perlustrado todas as

classes da sociedade com o desígnio de lhe prestarmos de um modo proporcionado às suas mais legítimas exi-gências na esfera religio-sa. Em toda parte achamos disposição para conversa-ções santas, desejo arden-te de reformar o coração, esforços de uma alma afli-ta por se reconciliar com Deus. – Não importa isto um protesto solene de que não vivemos só para este mundo, senão também para um outro mundo, que infa-livelmente nos espera, logo que a morte nos transfor-ma?O homem, porém, pare-

ce ter no peito, à hora da devoção, um coração intei-ramente diferente daquele que revela sua vida comum. – Aqui seus atos não cor-

respondem à religião que professa; e, se ali se mos-tra escrupuloso em praticar ações que lhe acarretarão a justiça de Deus, não se mostra menos naquelas que não revelam algum amor a Deus: nem sempre a san-tidade de suas obras con-firma seus bons propósi-tos, raras vezes imitando a Jesus Cristo aqueles que mais publicamente o con-fessam.No meio do caos de idéias

religiosas que divide atu-almente os homens, inú-til fora descobrir-lhes as fontes donde borbulha o mal, se para curá-lo lhes não aplicássemos meios. A propagação do evangelho pela vivificação da devoção doméstica, pelo órgão de uma folha particularmen-te a isso consagrada, eis da nossa parte a aplicação dos meios. Se de nossos esforços não conseguirmos vingar o mínimo do nosso desígnio, ainda assim nos lisonjearemos jubilosos por havermos cumprido com o nosso dever.Tal é a única missão da

Imprensa Evangélica. Sairá um número de oito páginas, que, além dos artigos de fundo, conterá um notici-ário universal de interesse puramente evangélico. Com o progresso de nossa igre-ja, iremos dando a nossa folha o desenvolvimento que lhe convém, por publi-cações variadas, que, sem se afastarem de seu princi-pal objeto, lhe procurarão o atrativo da novidade nas

formas.Este trabalho, não tendo

em vistas senão os interesses exclusivamente religiosos da sociedade em geral, como em particular do indivíduo, estranho a toda e qualquer ingerência em política, a todos é consagrado; porém com muita particularidade o dedicamos àqueles para quem a religião de Jesus Cristo ainda não se tornou coisa indiferente, e, no meio da perversão universal de seus princípios divinos, não trairão ainda o dom mais precioso de Deus – a liber-dade de consciência peran-te o evangelho.As outras matérias do

número de lançamento possuíam os seguintes títu-los: “Considerações sobre a religião”, “Testemunho de homens distintos sobre a excelência da Bíblia”, “Instrução e culto doméstico – o Pai Nosso”, “Lúcia ou a literatura da Bíblia” (por Alfred Monod), “A experi-ência de um velho cristão”, “A caridade”, “A Epístola de São Paulo aos Romanos analisada” e “Noticiário”.Alguns dias antes, em 26

de outubro, Simonton havia anotado em seu diário: Ontem de manhã, Santos Neves e Quintana vieram até nossa casa receber os origi-nais do primeiro número da Imprensa Evangélica, o jor-nal semanal que resolvemos publicar. Sinto mais a res-ponsabilidade deste passo que de qualquer outra coisa que antes intentei. Primeiro nos ajoelhamos em oração

e entregamos essa iniciati-va e nós mesmos à direção divina. O caminho parece estar preparado e só nos resta avançar com ousa-dia. O missionário se refe-ria a dois colaboradores: o poeta e compositor Antônio José dos Santos Neves e Domingos Manoel de Oliveira Quintana, um par-ticipante da Igreja do Rio. Em 7 de fevereiro de 1865,

no relatório anual que enviou ao periódico The Foreign Missionary, Simonton afir-mou: “A fim de ampliar a nossa influência e alcançar aqueles que não freqüen-tam a pregação da Palavra, foi iniciado em novembro um jornal religioso bimen-sal, denominado Imprensa Evangélica. O seu êxito está além das expectativas. Se for adequadamente susten-tado e se tornar semanal, irá revelar-se um pode-roso auxiliar”. O valioso periódico circulou durante 28 anos, até 1892. O reco-nhecimento da utilidade da palavra impressa como instrumento de evangeliza-ção e divulgação, levou os presbiterianos brasileiros a publicarem muitos outros jornais. Os mais conhecidos no final do século 19 e início do século 20 foram Púlpito Evangélico, Salvação de Graça, Revista das Missões Nacionais, O Estandarte, Norte Evangélico e O Puritano.

Documentos da História da IPB

NAlderi Souza de Matos

V. Jornal “Imprensa Evangélica”

O Rev. Alderi Souza de Matos é pas-tor presbiteriano e historiador oficial da IPB. E-mail: [email protected]

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Brasil Presbiteriano� Outubro de �008

Reforma: a Teologia Acadêmica e a Igrejaproveitei um desses feriados para ten-tar arrumar a minha

mesa e passar os olhos em alguns dos livros recente-mente adquiridos. Um dos livros examinados foi o de John Piper, Não Jogue sua Vida Fora. No início do livro o autor narra (2003) o seu primeiro contato com as obras de C.S. Lewis (1898-1963) e faz um comentário que me pareceu muito per-tinente:

“Alguém me apresen-tou a Lewis no meu ano de calouro [1964] com o livro Cristianismo Simples. Durante os cinco ou seis anos seguintes quase nunca eu estava sem um livro de Lewis à mão... Ele me fez ter cautela quanto ao esno-bismo cronológico. Isto é, ele me mostrou que o novo não é nenhuma virtude e o velho nenhum vício. A verdade e beleza e bonda-de não são avaliadas por quando existiram. Nada

é inferior por ser velho e nada é valioso por ser moderno. Isso me libertou da tirania da novidade e abriu para mim a sabedoria das eras. Até hoje eu rece-bo a maioria de meu ali-mento-da-alma de séculos passados. Agradeço a Deus pela demonstração convin-cente do óbvio que Lewis me deu”.

Esse testemunho de Piper é bastante oportuno con-siderando a identificação comum entre o novo e o bom; o antigo e o ruim. É claro que podemos cair numa tentação oposta fazendo a seguinte associa-ção: novo = ruim e antigo = bom. A rigor, a essência de algo não está em sua pura e simples cronologia. Tal pensamento seria uma ditadura do tempo que nos faria cometer uma série de injustiças por não nos valermos daquilo que real-mente é relevante, indepen-dentemente de sua idade. O nome e a idade não con-ferem por si só valor ou desqualificam um conceito ou teoria.

1. Pretenso academicismo

Uma tendência, já não tão moderna, é o suposto academicismo teológico. Tendemos a pensar que os nomes que atribuímos à realidade mudam objetiva-mente a sua essência e não simplesmente a percepção do real. Isso me faz lembrar

a observação de Tucídides (c. 465-395 a.C.) em sua monumental obra, História da Guerra do Peloponeso, de que “a significação nor-mal das palavras em relação aos atos muda segundo os caprichos dos homens”. De fato as palavras mudam o significado e, a bem de ver-dade, muito é construído a partir do novo significado, contudo, isto não modifica a coisa em si, a sua essên-cia. Não podemos gerar a verdade, apenas a consta-tamos. A verdade jamais se perde absolutamente, nem jamais o erro se perpetua indefinidamente. Nessa luta pela legitima-

ção do ideal por intermédio da sofisticação gramatical, têm-se valido de nomes novos para vícios antigos com objetivo de transvestir a realidade com as roupas que quero, contudo, que não estou disposto a pagar. Assim, fala-se de “teologia acadêmica” em oposição a uma, quem sabe, “teo-logia piedosa” ou, talvez, “teologia de seminário”. À primeira vista, a impressão que se tem é que a teologia acadêmica é detentora de grande profundidade e a teologia piedosa serve ape-nas para contentar mentes menos brilhantes e cora-ções menos angustiados que se acalmam com ame-nidades do coração.

2. A genuína academia e a edificação da igreja

De início é preciso que

detectemos um equivoco grosseiro: a teologia deve ter sempre um compromis-so com a Igreja, leia-se, com os fiéis, no sentido de instruí-los, alimentá-los, corrigi-los e aconselhá-los. A verdadeira teologia só

é de fato relevante, se for bíblica. É por isso que todo teólogo deve ser um exe-geta já que é da Palavra que brota a sua fé (Rm 10.17; Tg 1.18; 1Pe 1.23) e de onde ele tira todo o seu ensinamento. Somente assim ele poderá aten-der à instrução de Paulo dada ao jovem ministro

Timóteo: “Procura (spou-dázõ, “esforçar-se com zelo”, “apressar-se”) apre-sentar-te a Deus, aprovado (dókimos, “aprovado após exame”), como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem (orthotoméõ, “cortar em linha reta”) a Palavra da verdade” (2Tm 2.15). Daí a conclusão do velho Calvino (1509-1564) “.... o homem que mais progride na piedade é também o melhor discípulo de Cristo, e o único homem que deve ser tido na conta de genu-íno teólogo é aquele que pode edificar a consciên-cia humana no temor de Deus”.

3. O perigo de uma teologia divorciada da igreja

Hoje, lamentavelmente, podemos falar de uma teo-logia acadêmica irrelevan-

AHermisten Maia Pereira

da Costa

Reflexão

“Até hoje eu recebo a maioria de meu alimento-da-alma de séculos passados” (Jonh Piper)

“ A verdade jamais se perde absolutamente, nem jamais o erro se perpetua indefi-nidamente

“ O nome acadêmico não pode servir ape-nas como abrigo para uma casta de pensadores que só pensam em si mes-mos enquanto são alimentados pela Igreja

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Brasil Presbiteriano 5Outubro de �008

O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a Equipe de Pastores da

IP em São Bernardo do Campo (SP). Professor de Teologia Sistemática

no Seminário Presbiteriano Ver. José Manoel da Conceição, São Paulo.

te. Irrelevante porque, na realidade, não é acadêmi-ca. O nome acadêmico não pode servir apenas como abrigo para uma casta de pensadores que só pensam em si mesmos enquan-to são alimentados pela Igreja. A academia, portan-to, deveria ser entendida como serva da Igreja, lugar de estudos sérios e pro-fundos, feitos por homens e mulheres comprometi-dos com a Revelação de Deus, desejosos de com-preender melhor a Palavra para poder vivenciá-la e ensiná-la com maior preci-são, riqueza, submissão e unção.

A teologia, portanto, não termina em conhecimento teórico e abstrato, antes se plenifica no conhecimento prático e existencial de Deus por meio da sua Revelação nas Escrituras Sagradas, mediante a iluminação do Espírito. Conhecer a Deus é obedecer a seus man-damentos (1Jo 2.4). A teologia não pode ser um estudo descompromissa-do feito por um transeunte acadêmico. Ela é função da Igreja Cristã, dentro da qual estamos inseridos. No entanto, temos teó-

logos que já iniciam a sua “vida acadêmica” aban-donando a igreja local,

distanciando-se do povo de Deus e, para agravar a situação, perfeitamente compreensível, não con-seguem produzir nada de útil à Igreja. A sua produ-ção, rara é verdade, trata de questões que se restrin-gem aos seus coleguinhas acadêmicos que vão citá-la em suas aulas, palestras e em alguma obra que consi-ga escrever, crendo assim, no poder transmetafísico da linguagem que é capaz de transformar a realida-de; seria uma espécie de mantra acadêmico filantró-pico. Desse modo, imagi-nam de forma indagatória com alguma credibilidade fenomênica: quem sabe se todos nós juntos começar-mos a falar da grandeza de um pensamento ele não se torne grande? Certamente se tornará grande entre os acadêmicos de sua esco-la que se pastoreiam a si mesmos. A atitude aparentemen-

te inofensiva de deixar a igreja local é a causa da degringolada espiritual e intelectual. A igreja local “humaniza” o teólogo. É no contato com o povo de Deus, com os seus sonhos, necessidades, angústias e o compartilhar da fé, que somos trazidos à realidade concreta da cotidianidade de nossos irmãos e, muitas vezes, redirecionamos as nossas pesquisas, reavalia-mos as nossas prioridades e crescemos em nossa fé. A teologia, por sua vez, que termina em si mesma, tenderá a nos afastar da pureza e simplicidade do evangelho, tornando-nos arrogantes e presunçosos. A igreja, de fato, é a “esco-la de Deus” para todos, inclusive para o teólogo.

Tais teólogos ufanam-se de serem acadêmicos. De fato, são acadêmicos: não crêem na autoridade das Escrituras, não pastoreiam, não freqüentam igreja, não produzem. São acadê-micos: são mantidos pela academia/Igreja, se esguei-rando entre um evento e outro numa troca de favo-res sem-fim onde as insti-tuições servem apenas para alimentá-los! Triste pers-pectiva.

4. A Teologia inserida na realidade do povo de DeusA teologia como estudo

da Palavra, não pode ser algo simplesmente teórico, menos ainda especulati-vo e abstrato, antes tem uma relação direta com a vida daqueles que a estu-dam; ela é, portanto, uma ciência teórica e prática. A profundidade do conhe-cimento dos ensinamen-tos da Palavra deve estar em ordem direta com a nossa vida cristã. A teolo-gia oferece-nos subsídios para que possamos conhe-cer mais a Deus, por meio

de sua Revelação Especial nas Escrituras. A dissocia-ção entre teologia e vida é algo estranho à fé cristã e, conseqüentemente, à Igreja de Cristo.

Num cristianismo brasi-leiro repleto de supersti-ções, assim como foi o caso da Reforma Protestante, a teologia deve ter o sen-tido de resgatar a pureza dos ensinamentos bíblicos a fim de purificar a mensa-gem que tem sido transmi-tida ao longo dos séculos. Notemos, portanto, que a teologia tem um compro-misso com a edificação da Igreja (Ef 4.11-16). A Igreja é enriquecida espi-ritualmente com os ensina-mentos da Palavra, os quais cabe à teologia organizar.

A Palavra é a fonte de onde parte todo o ensino cristão. Todavia, quan-do nos distanciamos da Palavra terminamos por substituí-la por elementos que julgamos poder entre-ter ou instruir intelectual-mente o povo. A teologia contemporânea, que em determinados grupos, cada vez mais se confunde com uma ciência social, tende a simplesmente a apresentar uma mensagem puramente intelectualizada. A Igreja deve perseverar

no estudo da Palavra. Ela é-nos suficiente para todas as nossas necessidades. Quando se afasta da Palavra a Igreja nega a sua própria condição essencial: cultuar a Deus e pregar a Palavra conforme os ensinamentos do próprio Deus. A nossa oração deve ser como a do salmista: “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Sl 119.8).

A Palavra é a fonte de onde parte todo o ensino cristão

“ A atitude aparentemente ino-fensiva de deixar a igreja local é a causa da degrin-golada espiritual e intelectual

“ Quando se afasta da Palavra a Igreja nega a sua própria condição essencial: cultuar a Deus e pregar a Palavra conforme os ensinamentos do próprio Deus

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Brasil Presbiteriano6 Outubro de �008

ma das críticas mais veementes de Paulo Freire à educação se concentra nas relações

entre os educadores e seus educandos. Para ele, essas relações são unilaterais, na expressiva maioria das vezes. Os educadores narram ou dis-sertam sobre seu assunto e os educandos são meros especta-dores, ouvintes. A esse proces-so Paulo Freire deu o nome de educação “bancária”, porque nela os professores aparecem como único sujeito da sala e seus alunos aparecem como depositários de conhecimento; estão ali para serem cheios com o conteúdo apresentado, qualquer que seja.

Essa crítica atinge inclusive a Igreja e a Escola Dominical, notadamente o ensino de jovens e adultos. Aliás, não será difícil recordar de alguém que leciona e dirige sua classe exatamente assim. E por que o faz? Há várias respostas pos-síveis, mas o foco deste artigo não é discuti-las e sim tratar do planejamento da aula, visando os alunos, o ambiente da classe e a escolha das atividades de aprendizagem.

Em seu livro Planejamento do ensino e treinamento (Juerp, 1991), LeRoy Ford demonstra que as atividades de aprendizagem necessárias ao desenvolvimento dos alunos incluem, entre outros aspectos, “conhecimento, compreensão, atividade ou habilidade” (p. 72). A obra de Ford provoca a pergunta: que atividades de aprendizagem o professor quer praticar e desenvolver, em seus alunos, ao planejar sua aula?

As atividades que têm por objetivo desenvolver o conhe-cimento exploram a memória ou retenção. Aquelas que obje-

tivam desenvolver a compre-ensão exploram o raciocínio aplicado ao conhecimento. As que objetivam a atitude ou habilidade recorrem ao conhe-cimento e a compreensão, de modo a conjugar o saber e o fazer. Pode-se acrescentar que a educação cristã é revestida de um caráter espiritual e, portan-to, seu propósito é encaminhar os cristãos ao pleno conheci-mento, compreensão e ativida-de que glorifiquem a Deus.

Quando Paulo escreveu a Timóteo sua segunda carta, recordou-o que, desde muito pequeno, o jovem pastor havia sido educado nas Escrituras (2 Tm 3.15) por sua mãe e por sua avó. Na verdade, seguindo a educação judaica, o menino já memorizava as sagradas letras desde os cinco anos de idade. Quando Paulo o

conheceu na região de Derbe e Listra, Timóteo era um jovem já reconhecido como cristão em sua cidade e nas cidades da redondeza (At 16.1,2), o que demonstrava sua compreensão do Evangelho e sua atividade como cristão. Paulo enxergava nele o conhecimento, a com-preensão e a habilidade corro-borados pelo dom ministerial

concedido por Deus (2 Tm 1.6).

A Igreja tem o grande privilégio de descobrir os seus Timóteos, mas, para isso, necessita de mes-tres cuja visão dos alunos seja ampla e planejada. As ati-vidades de aprendi-zagem para os pequenos devem apelar à memória. Há um fato interessante e consta-tado entre adultos criados na Escola Dominical. Aqueles que memorizaram os livros da Bíblia por meio de repetições, cânticos ou concursos bíbli-cos na infância, utilizam desse conhecimento até mesmo na velhice.

Entretanto, a Igreja não foi constituída para que seus mem-bros tenham apenas conheci-mento. À medida que o ser humano amadurece, o planeja-mento das aulas deve objetivar o desenvolvimento da compre-ensão e da habilidade dos alu-nos, além da informação ofe-recida. Não se pode esquecer que nos termos do Evangelho, o cristão está em íntima cone-xão com o Espírito de Deus e Ele é o verdadeiro mestre (Jo 14.26), ou seja, ainda que os mestres da Escola Dominical procurem desenvolver a com-preensão e a habilidade dos alunos, é o Espírito quem os convence e nutre esse desen-volvimento com a convicção mediante a fé.

Essa excepcional ação divina não elimina a responsabilidade docente da Igreja. Os mes-tres cristãos precisam planejar como atuarão diante de seus alunos e quais as atividades de aprendizagem que utiliza-rão para alcançar os objetivos propostos. Haverá lugar para a aula magistral, em que apenas o professor atua, mas esta não

será a única metodologia a ser empregada. Há muitas outras, pelas quais os mestres têm a oportunidade de obter maior produtividade.

Como seria, por exemplo, uma aula sobre João 3.16? Se oferecida aos pequeninos, as atividades de aprendizagem poderiam incluir qualquer estratégia que os conduza à memorização das belíssimas palavras do evangelista: repe-tições, varal de palavras, alfa-betização, flanelógrafo, etc., porque ainda não são capa-zes de abstrair. À medida que crescem, as crianças preci-sam de atividades de apren-dizagem que as encaminhem para a compreensão da verda-de declarada por João 3.16 e suas implicações para a vida. Assim, poderia se estudar com os alunos a história de Jesus e sua postura em relação a João 3.16; a história daqueles que foram abençoados e salvos pelo amor de Deus; o testemu-nho de conversão dos próprios alunos e outras atividades que os envolvam ao ponto de emi-tirem suas próprias compre-ensões. Simultaneamente, as atividades de aprendizagem devem conter elementos que

desafiem à prática, como o evangelismo pessoal, a capa-cidade de elaboração de um estudo de João 3.16, e assim por diante, até o estado chama-do adulto.

Enfim, ainda que alguns ima-ginem que as pessoas apren-dem o Evangelho independen-temente do que acontece na sala de aula, pode-se concluir que as atividades de aprendi-zagem não salvam ninguém, mas oferecem condições para um ensino mais apropriado e estão diretamente ligadas a um ensino de qualidade. Pode-se concluir, ainda, que os mestres da Igreja são as pessoas prin-cipais no processo de utiliza-ção dessas atividades, uma vez que os alunos são entregues a eles e não o contrário. Pode-se dizer, finalmente, que todo e qualquer esforço no senti-do de oferecer aos alunos a oportunidade de progredir em santidade e testemunho, rumo à imagem de Cristo, deve ser o mais ambicioso projeto de vida daqueles que foram chamados por Deus para ensinar.

UWilson do Amaral Filho

As atividades de aprendizagem necessárias ao desen-volvimento dos alunos incluem, entre outros aspectos, conhecimento, compreensão, atividade ou habilidade

Educação

O Rev. Wilson do Amaral Filho é pastor presbiteriano, Professor de TS

na Escola Superior de Teologia do Mackenzie.

“ A educação cristã é revestida de um caráter espi-ritual e, portanto, seu propósito é encaminhar os cristãos ao pleno conhecimento, compreensão e ati-vidade que glorifi-quem a Deus

A escolha das atividades de aprendizagem

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nome do reformador João Calvino (1509-1564) tem sido geral-

mente associado à sua produ-ção teológica. Suas contribui-ções, nessa área, renderam-lhe o título de “o teólogo da Reforma” e mesmo durante um século e meio após a sua morte, Calvino continuou sendo uma das figuras mais influentes no Ocidente.

A teologia de Calvino tem atraído muitos devido a sua fundamentação bíblica e rele-vância para a igreja cristã. Por estar embasada nas Escrituras, sua teologia nunca foi espe-culativa, mas verdadeiramen-te prática. Como resultado, a reflexão teológica de Calvino moldou seu pensamento social e deu origem às suas con-tribuições na política, econo-mia e educação. Todavia, há que se considerar que Calvino foi, acima de tudo, um pas-tor de almas e suas contribui-ções teológicas foram fruto de sua preocupação pastoral. Esse fato pode ser claramente observado na apresentação que ele fez de suas Institutas ao rei da França, na qual ele afirma que sua intenção “era somen-te ensinar alguns princípios elementares com os quais as pessoas que têm algum amor a Deus recebessem instrução para a verdadeira vida piedo-sa”.

O ministério pastoral de Calvino foi essencialmen-te urbano e se restringiu a duas cidades: Genebra e Estrasburgo. Ainda que os ensinamentos dos reformado-res também almejassem alcan-çar o homem do campo, esse processo sempre ocorria por intermédio dos cidadãos urba-nos. Dessa forma, o ministério de Calvino não diferiu dos

demais reformadores.Calvino chegou à cidade de

Genebra em julho de 1536 com 27 anos de idade, tendo já publicado suas Institutas e obtido certo reconhecimento. O fato é que, após sua “conver-são repentina” na França, ele teve que sair apressadamente do país com intenções de fixar residência em Estrasburgo e se dedicar à produção lite-rária em prol do avanço da Reforma. Como o caminho direto para Estrasburgo esta-va interrompido devido a uma guerra, ele tomou um desvio que o levou a Genebra. Ali ele foi pressionado por Guilherme Farel a permanecer e ajudar a causa protestante sob a amea-ça de que se recusasse, Deus haveria de amaldiçoar todos os seus esforços. A princípio, Calvino não deveria se ocupar do trabalho pastoral, mas ape-nas atuar como um professor de Bíblia. Logo, porém, o pro-fessor assumiu a responsabili-dade por um rebanho que não estava totalmente disposto a

aceitar suas exortações. A ten-são culminou com a expulsão de Calvino e Farel da cidade de Genebra em 1538.

Após ser banido de Genebra, Calvino foi convidado por Martin Bucer a unir-se a ele em Estrasburgo e ajudá-lo no ensi-no da fé protestante. Calvino permaneceu naquela cidade

por três anos e, além de suas atividades docentes, pastoreou uma comunidade com cerca de 500 refugiados franceses. Naquela cidade ele publi-cou o seu primeiro comen-tário bíblico (Romanos) e se casou com Idelette Stordeur. Enquanto Calvino permanecia em Estrasburgo, os líderes de Genebra perceberam o erro que haviam cometido e deci-diram convidá-lo a retornar à cidade e dar continuidade à obra de reforma naquele con-texto. A dificuldade de Calvino em retornar ao lugar de onde havia sido expulso pode ser observada pelo fato de que foi em meio àquela decisão que ele tomou por lema o que seria o seu moto de vida: “porque não sou o meu próprio mestre, eu ofereço o meu coração ao Senhor, pronto e sincero”. O fato é que Calvino regressou para Genebra em 1541 e per-maneceu ali até sua morte.

Além de instrutivo, o ministé-rio pastoral urbano de Calvino

oferece valiosas lições para a reflexão da liderança con-temporânea. A primeira dessas lições parece ser a importância de se ter uma visão ministerial que inclui a sociedade e não apenas o grupo a ser dire-tamente pastoreado. Ronald Wallace está correto em defen-der que o alvo de Calvino para Genebra era o de estabelecer uma sociedade cristã e não apenas uma igreja. Ele cer-tamente entendia a diferen-ça entre igreja e estado, mas também estava convicto que o papel da igreja neste mundo é o de transformar a sociedade e não apenas sobreviver no meio dela.

A segunda lição a ser des-tacada é intimamente ligada à primeira, ou seja, o fato de que o ministério pastoral de Calvino refletia sua perspec-tiva do reino de Deus. Nesse sentido, sua convicção quanto a majestade e soberania de Deus sobre cada esfera da vida o motivava a estabelecer

mecanismos de ação cristã em cada uma delas.

Em terceiro lugar, o minis-tério pastoral de Calvino foi caracterizado pelo fato de ser ele um servo da Palavra. Suas decisões e atitudes não eram moldadas meramente pelos seus sentimentos ou por sua razão, mas pela Palavra de Deus. Além do mais, a ênfase educacional do seu ministério era uma aplicação direta de sua crença na suficiência da Palavra para a conversão e edificação dos seus ouvintes. Embora outras lições possam

ser ressaltadas, essas três pare-cem corresponder diretamente a algumas carências da lide-rança contemporânea e preci-sam ser resgatadas.

Durante o mês de outu-bro, a Reforma Protestante será mais uma vez lembrada por vários cristãos. Além do mais, no próximo ano mui-tos celebrarão os 500 anos de nascimento do reformador Calvino. A maneira mais apro-priada de reconhecer a herança protestante oriunda tanto do movimento quanto do refor-mador de Genebra deve incluir a aplicação das lições de um ministério cujo enfoque cen-tral foi a glorificação do nome de Deus.

O ministério pastoral urbano de João Calvino

O

ArtigoExemplo

Valdeci da Silva Santos

“ Calvino foi, acima de tudo, um pastor de almas e suas contribuições teológicas foram fruto de sua preo-cupação pastoral

“ Suas deci-sões e atitudes não eram moldadas meramente pelos seus sentimentos ou por sua razão, mas pela Palavra de Deus

A reflexão teológica de Calvino moldou seu pensa-mento social e deu origem às suas contribuições na política, economia e educação

O Rev. Valdeci da Silva Santos (PhD.) é pastor presbiteriano e

Coordenador do D.Min./RTS/CPAJ.

Arquivo

Page 8: bp_outubro2008

Brasil Presbiteriano8 Outubro de �008

ais de 750 pesso-as foram atendidas e abençoadas por

meio do projeto “Abrace Mairiporã”, realizado no último final de semana de agosto, pela IP Ebenezer e pela Congregação Presbiteriana de Mairiporã, ambas de São Paulo.Nesta quarta edição

do projeto, cerca de 170 voluntários ofereceram seus serviços gratuitamen-te à população do municí-pio de Mairiporã. Cortes de cabelos, avaliação de saúde, dentistas, advogados, ativi-dades para crianças, ber-çário, pintura e artesana-to, orientação profissional, informática, ecologia e hor-ticultura, atendimento pas-toral, palestras, orientação aos familiares de dependen-tes químicos foram alguns dos serviços prestados na ocasião. Os visitantes rece-beram também um lanche e um kit de escovação.Mas não foi só isso. Além

de todo o trabalho de assis-tência social, por meio do projeto “Abrace Mairiporã” também foram distribuídas Bíblias e literatura evan-gelística (Cada Dia, No Cenáculo, SAF em revista e outras publicações),Durante todo o evento, os

voluntários tiveram a opor-tunidade de levar o amor de Cristo por meio de atos e palavras. “Com a prestação dos serviços e demonstra-ção de carinho e atenção, o amor de Cristo foi expres-so em atos. Por meio de conversas individuais entre

voluntários e visitantes, o amor de Cristo foi comuni-cado em palavras”, comen-tou Rev. Paulo Fontes, da IP Ebenezer.De acordo com o pastor,

muitos visitantes não enten-

diam o porquê de estarem recebendo atenção e servi-ços gratuitos, ainda mais quando sabiam que, tal ação, nada tinha a ver com a prefeitura ou com alguma campanha política. “Nós

aproveitamos o momento para falar sobre Aquele que nos mandou e ensinou a servir dessa forma”, relatou

Fontes.E que venham a quin-

ta edição do “Abrace Mairiporã”!

MAção social e evangelização em Mairiporã

ArtigoMovimento

Por meio da ação da IP Ebenezer, Mairiporã pode sentir um pouco mais do Amor de Deus

Quarta edição do projeto “Abrace Mairiporã” distribuiu bíbilias e serviços à comunidade local

Para saber mais sobre o projeto,acesse www.ebenezer.org.br/abrace

Fotos: divulgação

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Brasil Presbiteriano �Outubro de �008

os últimos dias de agosto de 2008 o Instituto

Presbiteriano de Educação Simonton (IPES) comemo-rou 20 anos de existên-cia. Localizado na graciosa cidade de Tangará da Serra, a 240 km de Cuiabá, MT, e inserido na vida da cidade, que conta com população em torno de 70 mil habi-tantes, o IPES começou suas atividades nas depen-dências da IP de Tangará da Serra, com 15 alunos matriculados na Educação Infantil, vindo a solidifi-car-se nesses 20 anos de vida, ao ponto de ofere-cer, atualmente, do Ensino Infantil ao Pré-Vestibular a centenas de alunos.A decisão do Conselho

da Igreja Presbiteriana de Tangará da Serra de ceder suas salas para funciona-mento do Instituto foi vital para o sucesso que hoje se vê. O IPES, bem instalado em sua sede própria numa das novas e importantes avenidas da cidade, conta com mais de 1600 m2 de área construída, além de quadra de esportes cober-ta, piscina infanto-juvenil e praça de alimentação, em terreno de mais de 4 mil m2 doado pela Prefeitura local, e tem como seu público, crianças, adolescentes e jovens a caminho da uni-versidade.O dinamismo dessa esco-

la presbiteriana atraiu a atenção da Associação União Escolar da cidade

de Sapezal, MT, distan-te 220 km de Tangará da Serra. Depois de uma fase de colaboração com aque-la escola, a Assembléia Geral do IPES recebeu-a em 2002 como sua filial, aumentando assim o núme-ro de alunos e patrimô-nio físico. Pela graça de Deus esta é uma história de sucesso e de como o ensino formal sob a visão educa-cional cristã presbiteriana pode cooperar para o bem da comunidade. Diretoria do Conselho -

Nas comemorações do 20º aniversário do IPES, pro-moveu-se um culto a Deus, reunindo professores, alu-nos, funcionários, parentes e membros das igrejas pres-biterianas locais, sob a lide-rança de seu diretor, Rev. Marcos Rodrigues Isidoro dos Anjos, e tendo como pregador o Rev. Dídimo de Freitas, presidente da ANEP – Associação Nacional de Escolas Presbiterianas. Aproveitando a ocasião

e o fato de o IPES ser associado fundador da Associação Nacional de Escolas Presbiterianas, a diretoria do Conselho de Administração da ANEP se reuniu durante o sábado, 30/08, nas dependências do IPES e, como conclusão de seus trabalhos, participou do culto público.A nova diretoria da ANEP

para o biênio 2008-2010, composta pelos ministros: Rev. Dídimo, presidente; Rev. Marcos Isidoro, vice-

presidente; Rev. Geomário Moreira Carneiro, secre-tário; e Rev. Wilson do Amaral Filho, tesoureiro, discutiu várias propostas e planos de trabalho. Na pauta considerou-se: 1) o aprimoramento das rela-ções da ANEP com as esco-las cadastradas e associa-das; 2) como a ANEP pode

atuar de maneira relevante junto às suas associadas; 3) o incremento do número de escolas associadas; 4) a manutenção e criação das Associações Regionais de Escolas Presbiterianas.Enfim, constatou-se que

há muito por fazer e os desafios são muito grandes. Entretanto, histórias como

a do Instituto Presbiteriano de Educação Simonton, associado da ANEP, devem estimular os presbiterianos a fundar escolas, com o desejo de abençoar a comu-nidade com um ensino for-mal de qualidade, orienta-do especialmente por uma cosmovisão cristã e refor-mada da educação.

IPES: 20 anos de bênçãos!N

ArtigoEducação de qualidade Instituição alia ensino formal sob a visão educacional cristãpresbiteriana e coopera para o bem da comunidade.

Atenção Concílios e Candidatos ao Sagrado Ministério

Vestibular UnificadoBacharel em Teologia 2009

Faça sua inscrição em um dos seminários da IPB:

• Seminário Presbiteriano do Sul – Fone (19) 3241-9399 – www.sps.br• Seminário Presbiteriano do Norte – Fone (81) 3227-0986 – www.spn.br• Seminário Teológico Presbiteriano “Rev. Denoel Nicodemus Eller” – Fone (31) 3429-5900 – www.seminariordne.com.br• Seminário Teológico Presbiteriano “Rev. José Manoel da Conceição”

– Fone/Fax: (11) 5543-3534 / (11) 5531-8452 / (11) 5542-5676 – www.seminariojmc.br• Seminário Teológico Presbiteriano “Rev. Ashbel Green Simonton” – Fone (21) 2201-6734 - www.seminariosimonton.com• Seminário Presbiteriano Brasil Central – Fone (62) 3261-1696 – www.spbc.org.br• Seminário Presbiteriano Brasil Central / Extensão Ji-Paraná – Fone (69) 3424-7411 – www.spbc-ro.com.br• Seminário Presbiteriano de Brasília – Fone (61) 3242-1434 – www.seminariopbrasilia.com.br • Seminário Teológico do Nordeste – Fone (86) 3232-1370 – www.stne.com.br

Período de Inscrições: de 01 a 31 de outubro de 2008

Mais informações no site www.ipb.org.br

JET – JUNTA DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA

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Brasil Presbiteriano Brasil Presbiteriano10 Outubro de 2008 11Outubro de 2008

Fot

os:

Mar

essa

Mou

ra

No caminho certoA UCP como importante ferramenta de integração e evangelizaçãoTempo de plantar

stá na Bíblia: “Ensina a criança o caminho em que deve andar e ainda quando for velho não se desviará

dele” (Pv 22.6). Crendo nessa promessa, a IPB tem carinho especial pelo trabalho infantil, por meio da União de Crianças Presbiterianas, a UCP. E, no mês em que tradicionalmente é comemorado o “dia das crianças”, os pequenos presbiterianos têm muito o que comemorar. Afinal de contas, na última reunião da Comissão Executiva do Supremo Concílio, em março deste ano, foi relatado que a sociedade doméstica que mais avançou, também em números, foi a UCP. De 49 mil sócios em um ano, foram para 77 mil no ano seguinte.

Os números revelam crescimento e pro-vam que, quando bem feito, o trabalho por

meio da UCP só tende a ser abençoador. “São vidas que vieram, participaram das reuniões, receberam alimento na Palavra e informações para a vida, o que significa dizer uma vida toda pela frente ainda, já que estamos falando de crianças”, comenta o secretário nacional da UCP, Rev. Jader Borges.O trabalho da UCP dentro das igrejas vai

além da instrução na Palavra. “Por meio do trabalho feito na UCP as crianças aprendem, desde cedo, como conduzir uma reunião e são preparadas para continuarem seu cres-cimento espiritual nas demais sociedades internas da igreja. Sempre motivados a serem alegres, cheios de esperança e dedi-cados nas causas que abraçam com amor e união, afinal, muitos deles serão os futuros oficiais da Igreja e professores de ED e líde-res”, defende o pastor.No intuito de capacitar e incentivar o tra-

balho das UCPs nas igrejas espalhadas em todo Brasil, o Rev. Jader, entre outros líde-res, visita vários estados brasileiros durante o ano. “Nesses encontros sempre apresento o treinamento “A UCP como importante fer-ramenta de integração e evangelismo”, por acreditar que a UCP pode desempenhar um importante papel na Igreja”, garante ele.Entre os papéis mais importantes da UCP,

ele destaca três: Integração, Diversificação e Diversão.

E

“Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele”(Pv 22.6)

Integração – Na UCP não existe tanto a questão de divi-são de classes para estudo ou de turmas por idade.. Todo o pro-grama acontece, praticamente, com todos juntos, assim, os “menorzinhos” e os “maiorzi-nhos” vão interagindo. Como a maioria sabe, os “menorzi-nhos” admiram os maiores que eles e tentam até imitá-los. São seus heróis mais próximos e se sentem bem quando podem afirmar que são amigos dos “maiorzinhos”. Por sua vez, a tendência dos

“maiorzinhos” é um tanto de repulsa pelos menores, nem tanto pela pessoa deles, mas pela terrível idéia na mente dos que se sentem “maiores” de serem confundidos com aquela faixa etária que já superaram. “No Nordeste é comum refe-rir-se aos menorzinhos como “pirralhos” e isso incomoda, pois um garoto de nove anos não quer mais ser “pirralho” ou ser chamado e tratado como

tal. Pode ferir a honra”, explica o Rev. Jader. O trabalho de integração tam-

bém funciona bem com visi-tantes descrentes e meninos e meninas recém-chegados na igreja e que estão com certa dificuldade de adaptação. Por meio das brincadeiras e espor-tes, possíveis de acontecer na UCP, a integração e interação acontecem sem maiores difi-culdades.

Diversificação de temas – Na Escola Dominical a criança aprende sobre a Bíblia, suas histórias e suas doutrinas. Na UCP, no entanto, podem ser tra-balhados, com base na Palavra de Deus, temas e assuntos diversos. Pode-se falar sobre ecologia, por exemplo. Ou até biografias de missionários. Por que eles saíram pelo mundo? Por que fizeram o que fizeram? Assim, além de conhecerem histórias belas e até recentes, poderão imitar tais vidas e

aprender mais sobre os princí-pios e valores que regeram as mesmas.

Diversão – Uma das par-tes importantes da UCP é seu tempo para esportes e brin-cadeiras. Isso não tem como acontecer tão facilmente na ED, pois ali a família chega, todos vão para as suas classes e, terminadas as aulas, todos retornam para as suas casas. Na UCP o tempo é bem maior, o espaço é todo para a criança-da e o ambiente deve ser bem infantil. “Na ED, no domingo, elas dividem espaço com todos da Igreja, o que também é bom, mas na UCP elas têm o espaço só delas o que também é muito proveitoso”, destaca Jader.Sabendo que na UCP, depois

do estudo tem brincadeiras, as roupas usadas até diferen-ciam-se das do domingo, pois pode haver até espaço para um banho de mangueira ou de piscina, nem que seja dessas de

plástico e de fundo de quintal, e a diversão vai se garanti-da. Entrosamento, facilitações para novas amizades, tudo isso pode ocorrer com o tempo de diversão da UCP.

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Brasil Presbiteriano1� Outubro de �008

UPH de Bongi, Recife, completa nove anosUPH da IP de

Bongi, no Recife, acaba de completar

nove anos de existência. Para celebrar momento tão importante, o 2º Secretário da Confederação Nacional de Homens Presbiterianos o Pb. José Roberto Albrecht, e o Vice-presi-dente da Região Nordeste, Pb. Murilo Costa, foram convidados para serem os preletores do culto em ações de graça realizado pelo grupo.As festividades foram rea-

lizadas em julho e, além do culto, fez parte da progra-mação de aniversário da

UPH de Bongi uma gran-de caminhada de evange-lização, em uma favela

próxima à igreja. Estavam presentes também a SAF – UMP e UPA. Segundo

as palavras do Pb. Murilo Costa, o momento repre-sentou uma volta ao passa-

do, quando evangelizar aos domingos a tarde era um enorme prazer.

A

Entre as atividades alusivas à data, destaque para a caminhadaevangelística realizada na região

Presbíteros Albrecht e Murilo Costa durante a camin-hada de evangelização realizada pela UPH

Homens em ação

Pb. Albrecht (CNHP) dando sua saudação a UPH de Bongi

Nasce a “Sinodal Caçula” da UPH no Nordesteo último dia 16 de agosto, nas depen-dências da 3ª IP de

Caruaru, em Pernambuco, foi organizada a Confederação Agreste Sul da região. Com a presença de quinze dele-gados, três Federações e a participação do Secretário Sinodal de UPHs do Sínodo Agreste Sul de Pernambuco, Pb. Adiel Dantas de Oliveira, nasceu o importante grupo. O clima, durante o dia da

organização da “sinodal caçula”, foi dos melhores. O Pb. Murilo Costa vice-pre-

sidente da região Nordeste e representante legal da Confederação Nacional de Homens Presbiterianos, aproveitou o momento para falar dos projetos da CNHP para o crescimento do tra-balho masculino e convidar a todos para participar da reunião anual da CE/CNHP, realizada em Fortaleza, nos dias 17 a 19 de Outubro. Após os trâmites legais,

de acordo com o Manual Unificado, a nova direto-ria da região nordeste ficou assim constituída:

N

A Confederação Agreste Sul de Pernambuco foi organizada em agosto

Novo grupo

Presidente:Pb. Daniel Alves Martins

Vice-Presidente:Manoel Leonardo de Lima

Secretário Executivo:Pb. José Lúcio Passosda Silva

1º Secretário:Cícero João da Silva

2º Secretário:Carlos Alberto Lima da Silva

Tesoureiro:Valdecir Nascimento Araújo.

Fotos: divulgação

FALE COM A GENTETem uma notícia bacana referente aos

trabalhos desenvolvidos por sua igreja,

presbitério, sínodo e/ou ministério local?

Mande para nós para que possamos

publicá-la no jornal!

Todas as contribuições são bem-vindas!

Por email, escreva para [email protected]

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Brasil Presbiteriano 1�Outubro de �008

Igreja Presbiteriana da Gávea realizou, no primeiro fim de

semana de agosto, o 1º Encontro de Plantadores de Igrejas. O evento, realiza-do no Hotel Atlântico Sul, no Rio de Janeiro foi uma iniciativa do Conselho da Igreja que, pela primeira vez, reuniu toda a liderança dos projetos de plantação de igrejas em parceira com a Gávea.O objetivo do Encontro foi

equipar pastores e líderes cristãos com ferramentas úteis para a plantação de Igrejas. Com várias pales-tras e painéis de debates o encontro foi muito produti-vo. Os preletores foram: Rev. Leonardo Sahium (Pastor da IP da Gávea, no RJ); Rev. Marcos Severo (RN) e o Rev. Fabrini Viguier do Centro Treinamento de Plantadores de Igrejas (CTPI).Participaram da mesa de

debates, além dos preletores, o Pb. Celso (IP Gávea) e o Rev. Anderson José da Silva (IP Angra dos Reis, RJ). Os momentos de cânticos foram dirigidos pelo mis-sionário Alexandre Mendes (RJ).A boa estrutura física do

hotel proporcionou aos par-ticipantes um ambiente per-feito para a reflexão com conforto e descontração. Cada participante pagou uma taxa simbólica de R$30 reais, pois todos os custos de alimentação, hospeda-gem e material do Encontro foram uma oferta da Igreja Presbiteriana da Gávea.O entusiasmo do grupo se

refletiu na confirmação da presença dos mesmos para o próximo ano, quando será realizado o 2º Encontro de Plantadores de Igrejas tam-bém no mês de agosto.O grande envolvimento

com a Plantação de Igrejas é hoje reconhecido por todos os membros da igreja que freqüentemente recebem os relatórios dos novos traba-lhos nos cultos dominicais. As viagens para verificar o andamento dos trabalhos de plantação em outras cidades já se tornaram constantes na agenda do Rev. Leonardo que está sempre acompa-nhado pelos Presbíteros Antônio Carlos Ferreira, Wilson de Souza e pelo Pb. Celso Duarte de Carvalho que é o responsável pelo ministério de Plantação de Igrejas.Aniversário – Em 2007,

a Igreja Presbiteriana da Gávea comemorou seus 40 anos de organização. Desde 1991 ela caminha com outras igrejas presbiterianas em um projeto de parceria na plantação de novos cam-pos. Em 1991, foi organi-zada a primeira filha deste projeto de parceria, a Igreja Presbiteriana de Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Depois vieram outras: Igreja Presbiteriana da Barra da Tijuca (1992), III Igreja Presbiteriana de Angra dos Reis (2004), Igreja Presbiteriana da Freguesia (2004), Igreja Presbiteriana do Jardim Colorado (2004), Igreja Presbiteriana de Itapecerica (2005), Igreja Presbiteriana

de Bracuhy (2006) e a Igreja Presbiteriana de Ipanema/Leblon (2008). Atualmente essas parcerias

com a Igreja Presbiteriana da Gávea iniciam outras quatorze igrejas, sendo treze no Estado do Rio de Janeiro e uma no interior do Rio Grande do Norte. É um exemplo e a confirmação de que missão urbana se faz com oração, comunhão, investimento e organização.

Plantadores de igreja se reúnem no RJO evento reuniu lideranças de projetos locaisCrescimento

ADivulgação

Foto Oficial do Encontro com todos os participantes.

JORNAL BRASIL PRESBITERIANOFaça sua assinatura e/ou presenteie seus familiares e amigos.

Nome: ____________________________________________________________________CPF: _____________________________________________ RG: _____________________Igreja que é membro:_________________________________________________________Endereço: __________________________________________________________________Bairro: ___________________________________________________CEP: _____________Cidade:_____________________________________________________________UF:_____ Email: _________________________________________________ Telefone: ____________Mês inicial da assinatura: ________________________ Quantidade de assinaturas: _______

Assinatura Anual – Envio mensal

• Individual (até 9 assinaturas): R$ 20,00 cada assinatura. Somente com depósito antecipado ou cartão VISA.

• Coletiva (10 ou mais assinaturas): R$ 14,00 cada assinatura.

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Boleto bancário para 30 dias (somente acima de 10 assinaturas)

Cartão VISA Nº do cartão ____________________________________________________Validade ____/_____ Nome do titular _________________________________________

Grátis! Uma assinatura para pacotes de 10 ou mais assinaturas.

Após efetuar o depósito, informá-lo pelo telefone (11) 3207-7099 ou email [email protected].

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Brasil Presbiteriano1� Outubro de �008

acapá, cidade do Pará, agora tem sua Confederação

Sinodal de Safs. Batizada de Carajás, a nova confe-deração, foi organizada em setembro. Com ela, a IPB passa a ter 65 Confederações Sinodais em 65 Sínodos. Além do trabalho femini-no, também foram orga-nizadas, na ocasião, as Confederações Sinodais de UPHs e UMPs.De acordo com Anita

Eloísa Chagas, presidente da Confederação Nacional de SAFs, o Presidente do Sínodo Carajás, Rev. Roberto Alves de Alencar, não mediu esforços para receber, atender, e coorde-nar todo o trabalho.Pelo trabalho femini-

no estavam presentes, além de Anita, a Vice Presidente Região Norte, Terezinha Moraes Santana; e a Secretária Geral do Trabalho Feminino, Eunice Souza da Silva, dando total apoio e sendo mensageira no culto do dia 06 a convite do Presidente do Sínodo.Estavam presentes muitos

irmãos da SAF, da UPH e da UMP, cujas Confederações Sinodais foram organiza-

das, bem como um sig-nificativo número de pas-tores como segue: Rev. Roberto Alves de Alencar – Presidente do Sínodo Carajás; Rev. Marthon Mendes – Secretário Sinodal de SAFs; Rev. Alan Rennê Alexandrino Lima – Pastor da Igreja Hospedeira; Rev. Antônio Mendes Pinto Neto – Secretário Sinodal de UPAs; Rev. Francisco Cristino de Souza – Secretário Sinodal de UPHs; Rev. Marcos Paulo Melucio Oliveira – I.P. Paruapebas; Rev. Maurício Ferreira do Nascimento – Secretário Sinodal de Apoio Pastoral; Rev. Osvaldino da Silva Moura – Vice Presidente do Presbitério PRCA; Rev. Ruy de Araújo Santos – Presidente do Presbitério PLTA; Rev. Wellington Dias Silva.Estavam presentes pela

UPH, o Presidente da Confederação Nacional, Pb. Paulo Roberto da Silveira Daflon; o Vice Presidente Região Norte, Pb. Ely Pascoal e o Secretário Geral, Pb. Haroldo Peyneau. “Foram momentos de con-fraternização e crescimento espiritual”, garantiu Anita.

Carajás: 65ª Sinodal de SAFsArtigoTrabalho feminino O novo sínodo está localizado em Macapá, cidade do Pará

Sinodal de Carajás

M

Diretoria eleita para a Confederação Sinodal de Carajás

Presidente: Márcia Heringer BarbosaVice-Presidente: Zenaide Kozarewicz AlvesSecretária Executiva: Ana Maria de Oliveira Menezes1ª Secretária: Lindalva Gonçalves Costa Santos2ª Secretária: Jane Vilma Soares de BritoTesoureira: Cheila Carvalho de ResendeSecretário Sinodal: Rev. Marthon Mendes

Divulgação

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Brasil Presbiteriano 15Outubro de �008

Navegar é preciso!avegar pela Internet já faz parte da rotina de uma boa parte da

população. Quer seja por necessidades profissionais, acadêmicas ou por pura curiosidade, o número de pessoas que acessa o espa-ço cibernético só cresce a cada dia. E, pensando nisso, a IP de Porto Velho, resol-veu adotar a ferramenta como forma de evangeliza-ção e criou, em sua igreja, o Ministério Internet.De acordo com o Rev.

Ewerton B. Tokashiki, o projeto do site surgiu da necessidade que igreja sentiu de divulgar mais o trabalho local. Na prática, porém, os resultados foram bem mais amplos.Além de arquivar artigos e

livros digitais, fotos, a his-tória da IP de Porto Velho, dados sobre da liderança da igreja local em cada socie-dade e ministérios, bem como esclarecer o que é e como funciona, o site ainda disponibiliza outros recur-sos da IPB como semi-nários, igrejas, editora, e outras instituições por meio dos links. “O acesso de diferentes

pessoas, bem como de dife-rentes lugares do mundo têm nos motivado a conti-nuar a aperfeiçoar o nosso trabalho. Inclusive já esta-mos nos dedicando na reformulação do site, que terá uma página e estrutu-ra totalmente nova e mais dinâmica ainda”, garante o pastor.Atualmente, a equipe do

ministério do site envolve, além de Tokashiki, Rogério, Daniel, Wilson e William. “Eu e o Rogério somos res-ponsáveis pelo conteúdo, escrevemos, selecionamos e autorizamos todo mate-rial, quer artigos, fotos, e até mesmo a censura dos recados deixados no mural do site. A preocupação com a fidelidade doutrinária e com a nossa identidade reformada é nítida em todo o site”, esclarece o pastor.De acordo com o Rev.

Tokashiki, o retorno tem sido gratificante. “Temos a empolgação dos membros em ler os artigos, bem como de indicarem para parentes, colegas de trabalho e ami-gos, da nossa cidade ou de

outras em países estrangei-ros”, comemora ele.Tokashiki conta que mui-

tas pessoas têm descober-to mais a respeito da IP de Porto Velho por meio do site, especialmente as que desejam residir naquela cidade. “Isso, para nós, é de extrema importância, pois a construção de duas usinas hidrelétricas nas proximi-dades, tem trazido muita gente para a nossa região”, comenta ele.Além disso, o pastor infor-

ma que toda semana recebe pedidos de oração, de escla-recimentos doutrinários e aconselhamentos por meio do e-mail disponível no site. “Hoje o site é indispensável para a vida da nossa comu-

nidade. Tanto por causa da sua utilidade como pelo envolvimento que o minis-tério do site requer dos seus integrantes em participação ativa na igreja local. Creio firmemente que todas as

nossas igrejas locais deve-riam se empenhar em man-ter um site e usar os recur-sos que ele oferece para a divulgação da fé reformada e da nossa denominação”, defende Tokashiki.

N

Igrejas investem em sites como ferramentas de auxílio na evangelização

Atualmente, a equipe do ministério do site envolve o Rev. Tokashiki, Rogério, Daniel, Wilson e William

Espaço virtual

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Brasil Presbiteriano16 Outubro de �008

Palavra de Deus é rica em exem-plos, ensinamentos

e exortações a respeito do sofrimento humano. Ofereço um singelo resu-mo da visão cristã-bíblica do difícil tema:Fato fundamental:

Somente Deus consola perfeitamente, mas conso-la! (2Co 1.3-5). Se há uma coisa certa é o sofrimen-to humano em decorrên-cia da queda original do homem, cujas conseqüên-cias todos nós herdamos. Se nossos primeiros pais tivessem permanecido na obediência, herdaríamos o bem e a felicidade plena. O pecado colocou o uni-verso sob a santa ira de Deus: Gn 3.17. Mas, em Sua misericórdia, Deus trata o mundo com amor; as calamidades Ele as emprega para alertar aos pecadores que O busquem, mas, se não fosse o amor de Deus, a humanidade já teria sido destruída.Os cristãos sofrem, como

todo o mundo sofre. Por um lado o não crente sofre mais porque não tem o consolo da presença amo-rosa de Deus em sua vida. Por outro, o cristão sofre mais porque tem consci-ência sensível para o peca-

do e sofre não só quando está machucado ou doente ou perdeu algo ou perdeu alguém, mas também por-que sente terrivelmente ofender a Deus com os seus pecados, e sente pro-fundamente ao ver que Deus é ofendido, e escar-necido pelos incrédulos. Além disso, em amorosa empatia, o cristão chora com os que choram.Jesus nunca prometeu

uma vida sem sofrimento aos Seus seguidores. Ao contrário, declarou que no mundo passamos por afli-ções; mas garantiu a vitória final, porque Ele venceu o pecado, o mundo, o Diabo e a morte, e quem está em Cristo (profundamente unido a Ele pela fé) tem a vitória com Ele: Jo 16.33. Já nos tempos do Antigo Testamento os crentes fiéis sofriam, vacilavam, mas venciam pela fé. Exemplos: Sl 73 e Hb 11. O apóstolo Paulo escre-

veu a carta mais vitoriosa e alegre (Filipenses) estando na prisão e diante da pos-sibilidade do martírio, o que finalmente aconteceu. Num contexto de grande sofrimento, o mesmo após-tolo declara, incluindo os demais crentes, que somos mais que vencedores por

Aquele (Cristo) que nos amou e se entregou por nós (Rm 8.32 em diante) e termina o capítulo dizendo que nem a morte, nem a vida, nem os demônios – coisa alguma – nos podem separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, o nosso Senhor. Quanto mais maduro na fé o cristão é, mais capacidade tem de até gloriar-se nas tribulações (Rm 5.1-11, mormente os versículos 3 e 11), e sua morte é declarada bem-aventurada porque aconte-ce em união com o Senhor; e suas obras o acompanha-rão – não como meio de salvação, mas como peso de galardão e de glória: Ap 14.13. Jesus Cristo, que se encar-

nou, viveu, sofreu, morreu e foi sepultado e ressusci-tou para nossa redenção, nos ordena e nos promete: “Seja fiel até a morte, e eu lhe darei a coroa da vida”: Ap 2.10. Fiel durante a vida, até a morte; fiel até mesmo na morte. E a pro-messa gloriosa vem: “Eu lhe darei a coroa da vida”. Amém.

Uma Palavra a quem Sofre

A

Consultório Bíblico

Odayr Olivetti

O Rev. Odayr Olivetti é pastor presbiteriano, ex-professor de Teologia Sistemática do Seminário Presbiteriano

de Campinas, escritor e tradutor.E-mail: [email protected]

Que posso dizer a uma mulher gravemente acometida pelo câncer?

Fiel durante a vida, até a morte; fiel até mesmo na morte.E a promessa gloriosa vem

Fiel durante a vida, até a morte; fiel até mesmo na morte.E a promessa gloriosa vem

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Brasil Presbiteriano 1�Outubro de �008

Deficientes auditivos são alvo de IP de Minas Igreja Presbiteriana

de Santa Rita do Sapucaí, MG, começa

a colher os frutos do ministé-rio “Mãos que Exaltam”. O projeto, que tem como obje-tivo levar a Palavra de Deus para deficientes auditivos, teve início há três anos e, em agosto, vivenciou um marco histórico: o batismo do irmão José Izaías Alfredo. O pri-meiro membro comungante surdo dessa comunidade de fé.

O ministério “Mãos que Exaltam” consiste na tra-dução de todos os cultos e reuniões para a Linguagem Brasileira de Sinais. Fabiana de Almeida Muniz Henrique, esposa do Rev. Luiz Henrique Filho e uma das coordena-doras do ministério, conta que a cerimônia de batismo de Izaías foi emocionante. “Além de Izaías, havia ainda na igreja outros dez surdos, que se emocionaram com o momento vivido pelo cole-ga”, afirma Fabiana.

De acordo com Fabiana a igreja vive um momento de muita alegria, por conta do

primeiro fruto do “Mãos que Exaltam”. “Estamos felizes porque o Izaías é extrema-mente interessado pela comu-nidade surda de nossa cidade. Ele sempre anda com uma lista com os nomes de seus amigos surdos pelos quais ora insistentemente. Temos certeza de que esse é um pri-meiro fruto de muitos outros que teremos no decorrer dos anos”, acredita ela. Leia, abaixo, mais um pouco sobre o projeto, na entrevista da Fabiana concedida ao BP.

Brasil Presbiteriano: Quando foi que começaram o ministério e por quê?

Fabiana de Almeida Muniz Henrique: Nosso ministério começou em Agosto de 2006, motivados pelo silêncio impe-netrável no qual vivia nossa irmã Giovana, deficiente auditiva desde nascença, mas que demonstrava uma enor-me vontade de aprender mais sobre Jesus. Foi ela quem nos motivou a sonhar com o ministério.

BP: Como a igreja recebeu o trabalho?

Fabiana: No início com algumas reservas por se tratar de algo novo, mas aos poucos, até por conhecerem a mim e ao meu esposo, o Rev. Luis Henrique Filho, e saberem de nossa seriedade, passaram a acreditar e a investir no ministério. Por conta da cre-dibilidade, conseguimos que

a igreja ajudasse, inclusive, a financiar o primeiro curso de capacitação em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), já que algumas pessoas que desejavam fazê-lo não tinham condições financeiras.

BP: O que mudou na igre-ja depois da implantação do

Mãos que Exaltam?Fabiana: Muita coisa. Hoje

o ministério é reconhecido e desfruta da confiança, da admiração e do respeito das pessoas, inclusive, há um bom número de irmãos fre-qüentando o curso que eu, juntamente com a irmã Ana Paula, ministramos.

BP: Quantas pessoas for-

mam o ministério hoje?Fabiana: Hoje somos cinco

ouvintes e três surdos.

BP: Foram capacitadas por quem?

Fabiana: Em julho de 2006, dois surdos, Eduardo Lemes e Bruno Ramos da Silva, vieram de São Caetano do Sul/SP para nos dar o curso e implantar o ministério.

BP: Há previsão de capaci-tar outras pessoas?

Fabiana: Sim, com certeza. Já iniciamos esse trabalho que visa ampliar o conhecimento da Libras aqui em nossa igre-ja e também na região, pois há muitos surdos que preci-sam conhecer o evangelho da salvação.

A

Em Sapucaí, por meio do projeto Mãos que Exaltam, surdos "ouvem" a Palavra de Deus

Voz do coração

Por meio da linguagem de sinais, feita com as mãos, a mensagem é pregada

www.ipb.org.br/sesq

Igreja Presbiteriana150 anos evangelizando o BrasilNo Brasil há muitas igrejas cristãs. Mas poucas têm um século e meio de história. A IPB tem. São cento e cinquenta anos educando, promovendo ações sociais,transformando vidas com a palavra de Deus. Igreja Presbiteriana. 150 anos evangelizando o Brasil.

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Brasil Presbiteriano18 Outubro de �008

Notas

Aconteceu a nossa tradicional Festa Rural!

No sábado, �0 de agosto de �008, a Comunidade da Igreja Presbiteriana da Tijuca desfrutou de um dia inteiro de lazer e confraternização. Foi a nossa tradiconal FESTA RURAL. Tivemos várias atrações: pula-pula, touro mecânico, piscina de bolas, etc. Sem contar a variadade de comidas típicas e doces que acrescentaram mais algu-mas calorias ao nosso organismo. Mas Deus perdoou. Foi só naquele dia!

O mais interessante é que nem as condições meteorológicas desfavoráveis impediram a garra e determinação desta Comunidade que há �1 anos está plantada em um dos mais tradicionais bairros do Rio de Janeiro. Era um dia frio e chu-voso. A festa, que todos os anos é realizada na quadra de esportes da Igreja, foi deslocada para o Salão Social. Uma cobertura de lona aqui e outra ali... Pronto! Estava resolvido o problema!Uma multidão de pessoas compareceu à Festa

e mostrou a todos nós que o SENHOR está no controle de todas as coisas. Agradecemos à todos os irmãos que estiveram presentes e deram a sua contribuição para o sucesso da Festa. Faz-nos lembrar o antigo lema do Rev. Zaqueu Ribeiro: "A Igreja Presbiteriana da Tijuca sempre faz o melhor!"

Desde o dia pri-meiro de maio últi-mo, Maria Soares Pereira está com o Senhor Jesus. Quem a conheceu de perto, sabe de seu heroísmo e de sua fideli-dade. Nascida no Município de Angelim, no agreste pernambucano, casou-se com Pedro Soares de Assumpção, com quem gerou dezoito filhos, dos quais quin-ze atingiram a idade adulta e doze ainda estão vivos. Converteu-se ao Evangelho juntamente com seu esposo e passou a fre-qüentar a Igreja Presbiteriana em Angelim e depois em Garanhuns. Ficou viúva aos �� anos e conseguiu criar os filhos na admoes-tação do Senhor. Mais tarde, veio a residir em São Paulo Capital, onde passou a fre-qüentar a Igreja Presbiteriana da Vila Maria. Posteriormente, transferiu sua residência para Campinas, São Paulo, e passou a freqüentar a Igreja Presbiteriana do Parque Taquaral. Dizimista e fiel testemunha de Cristo, Maria Soares costumava cultivar flores para ornamentar o templo. Ela era um exemplo de mulher cristã, amada por todos, notadamente dos pastores a quem costu-mava receber em sua casa com alegria. Após um longo período enfermidade, veio a falecer com 10� anos bem vividos. Damos graças a Deus por sua vida tão preciosa.

ADEUS VOVÓ MARIA!

No dia �0 de julho um coração mis-sionário deixou de bater. Nossa irmã Miriam Miranda foi chamada aos bra-ços do Pai! Uma verdadeira missio-nária sem estar no campo. Atuava na Secretaria de Missões da Igreja Presbiteriana de Inhaúma, realizando excelente trabalho na Junta de Missões da IPB e na Missão Evangélica Caiuá. Participou de diversas caravanas missionárias. Demonstrava vivo interesse pelas missões, sempre atenta às neces-sidades dos campos, missionários e suas famílias. Deixa uma lacuna na Igreja e no coração de muitos missionários... Casada com o Presb. Silas Miranda viveram quase 5� anos de vida conjugal abençoada e abençoadora. Seu trabalho ultrapassava as fronteiras da Igreja Presbiteriana, sendo suas atividades missionárias conhecidas por outros pastores, razão pela qual, do ofício fúnebre participaram pastores das Igrejas Batista, Congregacional, Maranata, além de Pastores da Igreja Presbiteriana do Brasil.Louvado seja Deus, pela preciosa vida de

D. Miriam!

MÍRIAM MIRANDA – um coração missionário deixou de bater

Será realizado, em Vitória, Espírito Santo, um seminário sobre sexualidade. O evento, organizado pelo ministério Luz na Noite, da IP de Jardim Camburi, acontecerá nos dias 1 e � de novembro e contará com a participação do ministério Exodus. Entre os temas, em pauta, durante o seminário estão “A Sexualidade e o Cristão”, “Raízes da Homossexualidade”, “Como lidar com a Homossexualidade na Igreja?”, “Abuso Sexual.”, entre outros. Mais informações pelo telefone (��) ����-1505 ou pelo email [email protected].

Seminário discute sexualidade

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Arquivo de família

Arquivo de família

Reunião com os presidentes de Sínodos Mineiros

No último dia 0� de agosto os presidentes de sínodos de Minas se reuniram para um encon-tro nas dependências da secretaria executiva em Belo Horizonte. Estiveram presentes o Rev. Roberto Brasileiro (Presidente do SC/IPB), o Rev. Ludgero Bonilha (SE/SC/IPB), Rev. Roney Prates (Sínodo Minas – Espírito Santo), Rev. Manoel Eller (Sínodo Oeste BH), Rev. Elenildo Menezes (Sínodo Oeste de Minas), Rev. Amaury Costa (Sínodo Pampulha) Rev. Eneziel Pereira (Sínodo Rio Doce), Rev. Emerson Miranda (Sínodo Triangulo Mineiro), Rev. Cleômines Figueiredo (Sínodo Belo Horizonte),.Presb. Alexandre Almeida (Sínodo Leste de Minas) Presb. Jasom Caldeira (Sínodo Vale do Aço). Na reunião, trataram, entre outras coisa, da necessidade de formularem um plano comum

de plantação de igrejas para que alcancem todos os municípios mineiros.

Aniversário

A Congregação PENIEL de jatobá – PE da IP de Itaparica do mesmo município, completou seu �º aniversário e em clima de festividades foi celebrado um culto em ações de graças. O obreiro Diácono Márcio Brito dirigiu os traba-lhos, onde o Presbítero Sérgio Mendes foi o mensageiro do Senhor, entre as muitas parti-cipações especiais, o Pastor efetivo da IPITA Rev. Antonio de Lisboa, batizou mais um mem-bro, a irmã Maria Felix e logo após ministrou a Santa ceia do Senhor. A Congregação PENIEL de Jatobá – PE Louva ao SENHOR por mais um ano anunciando sua Palavra, assim como nossa parceria IP PENIEL de Campinas na pessoa do Rev. Darci.

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Brasil Presbiteriano 1�Outubro de �008

uando a obra presbi-teriana foi iniciada no centro-oeste do Brasil,

os atuais estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul formavam uma só unidade da federação, com uma imensa área de 1.260.000 km_. Em 1912, a Assembléia Geral da IPB pediu à Missão Brasil Central que enviasse um mis-sionário aquele estado, onde não havia um único obreiro presbiteriano.

No ano seguinte, o Rev. Franklin Floyd Graham fez uma histórica viagem a cava-lo, partindo no mês de março de Caetité, no sul da Bahia, acompanhado do estudante e futuro pastor Manuel Antônio dos Santos. Depois de atra-vessarem o norte de Minas, Goiás e Mato Grosso, chega-ram a Cuiabá em 14 de outu-bro de 1913. Encontraram o Sr. João Pedro Dias, dono da Companhia Telefônica, que vinha orando para que alguém lhes fosse pregar o evangelho.

O Rev. Graham prosseguiu em sua viagem até a Bolívia, encontrando em toda parte boa aceitação. Elogiou o progresso, o interesse pela educação e a liberdade religiosa existentes em Mato Grosso, concluin-do que a missão devia ocupar aquele estado. Permaneceu em Cuiabá, por ordem da Missão, até novembro de 1914. O pri-meiro obreiro designado para o novo campo missionário foi o Rev. Filipe Landes.

Landes informa que os pri-meiros missionários evangéli-cos que trabalharam em Mato Grosso foram John W. Price, Frederick Glass, Camilo Roiz e Morris Bernard, que não che-garam a fundar nenhum traba-lho permanente. Em fevereiro de 1899, chegou a Cuiabá com

a família e outros parentes o cearense João Pedro Dias, que havia residido em Pernambuco. Passou a realizar cultos em sua própria casa. Sendo viúvo, casou-se em segundas núpcias

com uma jovem senhora que se converteu, Maria José, conhe-cida como Dona Josefa. O Sr. Dias foi a coluna mestra do tra-balho evangélico em Cuiabá. A chegada do Rev. Graham mar-cou o início da obra presbite-riana em Mato Grosso. Durante um ano, ele realizou cultos à rua Barão de Melgaço, 86. Em

4 de novembro de 1914, cele-brou pela primeira vez a Ceia do Senhor. Naquela ocasião, recebeu oito adultos por profis-são de fé e batizou cinco crian-ças. Quatro dos novos profes-sos eram da família Dias.

Filipe Landes, o obreiro designado pela Missão Brasil Central, chegou a Cuiabá em meados de 1915, recém-casa-do. Aproveitando-se de um movimento anticlerical, pregou publicamente na praça princi-pal da cidade, daí resultando algumas conversões. Foi con-vidado a ocupar a cadeira de inglês no Ginásio Estadual, o que lhe deu oportunidade de entrar em contato com homens destacados. Por um ano, travou polêmica com o jornal católico romano “A Cruz”. Por causa disso, o nome do Rev. Landes se tornou conhecido em todo o estado. Um dos principais temas da polêmica foi a infa-libilidade papal. Encerrado o debate, o missionário conti-nuou a escrever nos jornais por cerca de cinco meses, apro-veitando a oportunidade para pregar o evangelho. Algum tempo depois, resolveu-se que o campo de Mato Grosso ficas-se sob a responsabilidade da Missão Sul do Brasil, visto que o transporte, quer por estrada

de ferro partindo de São Paulo, quer fluvial pelo rio Paraguai, era mais fácil para os obrei-ros do sul. Com isso, o Rev. Landes se transferiu para essa Missão.

O pioneiro trabalhou em mui-tos pontos do vasto estado. Por algum tempo, teve a colabora-ção do velho pai, Rev. George A. Landes, que havia atuado no Paraná. Este ficava em Cuiabá enquanto o filho viajava pelo interior. Em julho de 1919 che-gou o casal Adam J. Martin. A Igreja Presbiteriana de Cuiabá foi organizada em 12 de outu-bro de 1920. Um dos presbí-teros, João Alberto Dias, era filho de João Pedro Dias. Este, embora continuasse a cooperar, recusou a candidatura a pres-bítero, por resistir a algumas práticas presbiterianas, como o batismo infantil. O lançamento da pedra fundamental do tem-plo ocorreu em 7 de setembro de 1921. Após algum tempo nos Estados Unidos, os Landes voltaram ao Mato Grosso em 1925, sendo seguidos pelo casal Charles Roy e Evelyn Harper. Houve tentativas de ter pastor nacional (Rodolfo Anders, Juvenal Batista), mas só em 1934 a igreja recebeu um obreiro estável, Rev. Augusto Araújo, que já trabalhara para a

missão antes de ir para o semi-nário e era genro de João Pedro Dias. Foi o pai dos Revs. João Dias de Araújo e Joás Dias de Araújo. Mais tarde, seu nome seria dado ao instituto bíblico de Cuiabá.

Em 1916, Maud Landes, irmã do Rev. Filipe Landes, fundou em Cuiabá uma escola primá-ria, que em 1919 foi transfe-rida para Buriti, na Chapada dos Guimarães. O plano era reproduzir a experiência do Instituto Cristão de Castro, no Paraná. Landes e Martin compraram para a missão uma enorme fazenda de 61 km_ por 4 mil dólares. Houve dificul-dade em encontrar elemento humano para a plena execução do plano de Buriti, que ficou a cargo do casal Homer e Esther Moser e de Annie Hastings, bem como de algumas pro-fessoras brasileiras. Os Moser ali permaneceram até 1941. A escola ficou praticamente fechada até que voltaram em 1953 em companhia da Sra. Jean Porter Graham, viúva do Rev. Graham. >>

Primórdios do presbiterianismo no MT e no MSHistória Cultos pelos 150 anos da IPB acontecem, este mês, na região centro-oeste

Alderi Souza de Matos

“ Filipe Landes, o obreiro designado pela Missão Brasil Central, che-gou a Cuiabá em meados de 1915. Aproveitando-se de um movimento anticlerical, pregou publicamente na praça principal da cidade, daí resul-tando algumas con-versões.

“ O Rev. Graham prosseguiu em sua viagem até a Bolívia, encon-trando em toda parte boa aceita-ção. Elogiou o pro-gresso, o interesse pela educação e a liberdade religiosa existentes em Mato Grosso, concluindo que a missão devia ocupar aquele esta-do.

Rev. Franklin Graham e família Rev. Filipe Landes Rev. George Landes

QFotos: arquivo

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Brasil Presbiteriano�0 Outubro de �008

epois de um inverno árido, instável, cheio de notícias ruins,

surge o milagre anual da natureza: a Primavera. A pri-mavera no Brasil não pode ser chamada de estação das flores, pois, Deus nos pre-senteia com as flores o ano todo, mas, sem dúvida, é a estação das primícias, o tempo de valorizar o que dá sentido a vida, ou melhor, a própria VIDA.

E as primícias das chuvas chegam...

E as flores e frutos se fazem notar. E as primícias dos dias mais longos, dos raios de sol convidando à renovação de nossas mentes e de nossos sonhos. Quero saudar esta primavera como tempo de renovar as esperanças!

O inverno terrível que tenta abraçar a humanidade não deixa dúvidas sobre um futu-ro sombrio e triste que nos esperará se não mudarmos, drasticamente e radicalmen-te, nossas mentes e nossas ações. E como mudar men-tes sem mudar os propósitos de nossa existência? Se pen-sarmos na primavera apenas como tempo de comprar e vender flores em embala-gens descartáveis, estaremos condenando nossos netos a não poderem viver as prima-veras do futuro.

Não podemos continuar nesta primavera assistindo passivamente: a emissão de milhares de toneladas de gases, o corte e a queima das “migalhas” de florestas que nos restam, o envene-namento de nossas águas e a construção das monta-nhas de lixo em toda parte

do planeta. Quando penso que na minha efêmera vida posso estar vivendo as últi-mas primaveras do planeta não posso ter outra atitude a não ser mudar cada vez mais meus próprios hábitos e ajudar as pessoas à minha volta a terem outras atitudes, sem “marketing verde”, pro-pondo mudanças, formando novos líderes, novos educa-dores.

As primaveras vêm perden-do a cada ano seu verdor por conta da infernal idéia de que nossa vida deva ser con-sumida para consumir, acu-mular coisas mortas, bens de cimento, metal, plástico ou papel. Em nome da ganân-cia, do consumismo e do prazer imediato milhões de pessoas não têm mais olhos

para o que é vivo. Em vez de louvar o autor da vida, alguns louvam o que contra-ria a vida, adoram criaturas. E a vida que deveria ser de gratidão, torna-se de mur-muração, de escravidão ao dinheiro, ao poder, ao vício.

Mas a primavera 2008 chegou! A primavera traz o convite para que todos se voltem para a vida desde as pequenas gemas florais até os grandes líderes das nações poderosas. É tempo de fazermos mudanças!

Algumas atitudes de morte, do inverno da nossa vida, precisam ser abandonadas para que o calor, a beleza da primavera, do tempo das primícias, invadam nossos corações e mentes. A maior primícia nós já temos: Deus providenciou para o inverno eterno uma primavera eter-na: seu filho Jesus Cristo.

Só quem crê ser Deus o dono e soberano Senhor dos Céus e da terra pode se tor-nar mordomo da criação, real transformador do caos e o maior restaurador da sus-tentabilidade tão discursada e tão pouco praticada pelos que pensam serem deuses.

Como continuar com os mesmos pensamentos e prá-ticas erradas e ainda acredi-tar que os resultados serão positivos? Comece você também, a trabalhar pela vida hoje, e o maior prê-mio você terá: tornar-se-á uma pessoa feliz, fazendo os outros felizes e naturalmente devolvermos à natureza, o equilíbrio, a harmonia que tanto almejamos.

Muitos outros pontos do esta-do foram atingidos. Landes começou a pregar em Rosário Oeste em 1917, tendo as pri-meiras profissões de fé ocorri-do em 1924. Os Harper ali se estabeleceram em 1928, mas por pouco tempo, pois nesse ano foi fundado o Instituto José Manoel da Conceição, onde passaram a trabalhar. O susten-táculo do trabalho por 15 anos foi o presbítero João Cruz, até a chegada do Rev. Floyd Grady, em 1948. Em Campo Grande, desde 1930 havia crentes, alguns deles vindos de Cuiabá. Landes fundou o trabalho presbiteriano em julho de 1934, tendo como valoro-so colaborador local o dentista José Verlangieri. A igreja foi organizada em 24 de abril de 1935 e dois anos depois pas-sou a ter um pastor residente, Rev. Eudes Ferrer. Em 1940, o Rev. Lauro Queiroz trans-feriu à Missão Sul a congre-gação da Igreja Presbiteriana Independente em Aquidauana. Outros pastores de Campo Grande e região foram Adam Martin, Waldyr Carvalho Luz, Augusto Araújo, Ashmum Salley e Alfredo Marien. Eudes Ferrer mais tarde foi residir em Aquidauana.

A congregação de Guia Lopes da Laguna surgiu nos anos 40, principalmente por meio dos esforços de Adam Martin. Em Corumbá, antigo campo dos batistas e da União Missionária do Interior da

América do Sul, a obra passou às mãos dos presbiterianos em 1950. Em Poxoréu trabalhou John Rees, obreiro da Missão Neotestamentária. Em 1936, a missão presbiteriana entregou-lhe o campo, que foi devolvido em 1950 ao Rev. Floyd Grady, depois de um plebiscito. Lá também atuou o Rev. Donald Reasoner. O trabalho de Rondonópolis surgiu no final dos anos 40, por iniciativa do Rev. Landes. Quando professor do Seminário de Campinas, ele fez extensas viagens evangelís-ticas em Mato Grosso, durante as férias, no pequeno avião “Arauto”. Em 1957 foi organi-zado o Presbitério de Cuiabá.

Um capítulo fundamental da história do presbiterianismo mato-grossense foi a fundação da Missão Evangélica Caiuá, instalada pelo Rev. Albert Sidney Maxwell, sua esposa Mabel e vários colaboradores nas proximidades de Dourados, em 1929. No dia 2 de março de 1937, o Rev. Filipe Landes recebeu o primeiro grupo de professos na cidade, entre os quais estava o futuro Rev. Marcelino Pires Carvalho. O segundo grupo foi recebi-do pelo Rev. Eudes Ferrer em julho do mesmo ano. A Igreja Presbiteriana de Dourados foi organizada no dia 27 de maio de 1951.

O Rev. Alderi Souza de Matos é pastor presbiteriano e historiador ofi-

cial da IPB. E-mail: [email protected]

Igreja Presbiteriana de Cuiabá

O cristão e a ecologia

Chegou o tempo das primíciasRosani Franco de Faria

Novaes

Q

Rosani Franco de Faria Novaes é Mestre em Engenharia Florestal

ESALQ/USP, professora de Biologia na rede Estadual de Educação,

ambientalista e membro da Igreja Presbiteriana de Americana-SP.

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