BOVINOSDELEITE

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E APLICAÇÃO DE MEDICAMENTOS E VACINAS CURSO VACINAÇÃO EM ITABORAI PARA A REGIÃO METROPOLITANA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO JOSÉ HENRIQUE CARVALHO MORAES MÉDICO-VETERINÁRO CRMV 5/1995 GERENTE DE PEQUENOSE MÉDIOSANIMAIS DA EMATER-RIO

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vacinas e cuidados com os bovinos

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  • E APLICAO DE MEDICAMENTOS E VACINAS

    CURSO VACINAO EM ITABORAI

    PARA A REGIO METROPOLITANA DO

    ESTADO DO RIO DE JANEIRO

    JOS HENRIQUE CARVALHO MORAES

    MDICO-VETERINRO CRMV 5/1995

    GERENTE DE PEQUENOSE MDIOSANIMAIS DA

    EMATER-RIO

  • INTRODUO

    A Bovinocultura de Leite no Estado do Rio de Janeiro tem uma longa

    tradio, assim como a prpria criao de Bovinos para a Produo de

    Leite em todo o Brasil. Essa atividade tem se perpetuado mantendo o modo

    de vida de vrios criadores e gerando emprego para diversas famlias no

    setor rural. Infelizmente diversos problemas ocorrem pela no capacitao

    do trabalhador rural na sua atividade onde ele praticamente desenvolve

    mecanicamente seu trabalho segundo as ordens do criador e da sua

    capacidade de compreender essas ordens. Sem entender o por qu das

    coisas evidentemente muitos erros acontecem pois o trabalhador no est

    capacitado a compreender um sinal de uma doena e nem como evit-la

    gerando assim aumento de custos de produo para o criador. Alm disso,

    o correto manejo dos animais ir proporcionar um menor ndice de

    acidentes na propriedade e evitar que os animais tenham problemas

    agravados por detalhes na conduo da atividade. Essa apostila pretende

    passar as noes bsicas para um correto manejo de bovinos para a

    produo de leite desde seu nascimento at o descarte enfatizando

    principalmente o Manejo Sanitrio para evitar doenas que possam trazer

    prejuzos ao criador como tambm riscos ao trabalhador rural pois muitas

    delas so as chamadas zoonoses ( doenas que passam de animais para

    pessoas ).

    CAPTULO I

    AS DOENAS INFECTO-CONTAGIOSAS

    Doenas Infecto-Contagiosas so aquelas que pegam nos animais e se

    espalham entre eles, passando de um animal para outro. Algumas dessas

    doenas, alm de passarem de um animal para outro tambm passam para o

    Ser Humano ( como a Raiva, a Bruceloses e outras ). Essas doenas como

    vimos anteriormente so conhecidas como ZOONOSES ( passam de um

    animais para o Ser Humano e por isso devemos ter muito cuidado com

    animais portadores delas ). Vamos abaixo falar sobre as principais doenas

    as quais devemos conhecer:

    1-) A FEBRE AFTOSA:

    A) uma grave doena que ataca os Bovinos alm dos animais que tm os

    CASCOS BIUNGULADOS, isto , que tm cascos fendidos, que possuem

    2 unhas tais como os Porcos, as Cabras, as Ovelhas, os Bfalos e inclusive

    animais que vivem na mata como os Veados Silvestres, os Porcos do Mato

    etc...

  • B)CAUSA: Ela causada por um vrus Picornaviridae ARN.

    C) Ela de ALTSSIMA TRANSMISSO. Ao entrar num rebanho

    rapidamente se espalha e logo muitos animais ficam contaminados.

    D) Os animais que no morrem podem acabar ficando PORTADORES

    SOS ( isto , no apresentam os sintomas dela mas transmitem para

    outros animais que esto sadios... olha que perigo manter animais que

    tiveram essa doena no rebanho !!! ).

    E) Ela se transmite atravs da saliva do animal, pelo cho onde animais

    doentes passaram e at pelo ar onde muitos animais doente esto. Ns

    podemos passar a Febre Aftosa para outros animais quando pisamos no

    cho onde eles passaram ou temos contato com a saliva deles e depois nos

    dirigimos para outras reas onde a doena no atingiu. Ao suspeitar da

    doena no v para o vizinho cham-lo; Voc pode levar a doena para o

    rebanho dele. PROCURE IMEDIATAMENTE UM VETERINRIO que

    ir orient-lo.

    F) SINTOMAS:

    - Febre Alta que dura de 3 a 5 dias.

    - Pelos Arrepiados.

    - Baba constante devido a ferida na lngua ( AFTA ).

    - Dificuldade de andar devido a ferida entre os casco.

    FERIDAS NA LNGUA FERIDAS NOS CASCOS

    G) PREJUZOS:

    - Como no anda pelas feridas do casco e no consegue comer pelas feridas

    na lngua o animal emagrece muito rapidamente perdendo muitas arroubas

    e dando um srio prejuzo ao criador.

    - Pode causar mamites ( Doena nas mamas das Vacas ).

    - Pode causar Aborto ( o animal perde a cria que est na Barriga ).

  • - Os animais infectados pela doena e identificados pelo Servio de Defesa

    Sanitria Animal so SACRIFICADOS com um rifle sanitrio ( so mortos

    a tiro e enterrados profundamente com cal ).

    - O criador notificado e a propriedade interditada.

    H) TRATAMENTO: NO H. O que as pessoas fazem tratar do

    Sintomas ( da Febre, da Lngua e dos Cascos ) mas com isso podem

    estarem formando o tal animal Portador So como comentamos no incio,

    por isso nem pensar em tratar; O animal deve ser sacrificado para o bem

    dos outros animais e da economia de toda a regio.

    I) PREVENO: VACINAO. Ela muito eficaz desde que sigamos as

    regras que iremos descrever no captulo adiante sobre a Vacinao. Na

    nossa Regio vacinamos nos meses de MARO e SETEMBRO quando as

    vacinas ficam disponveis no Mercado. A vacinao nesses perodos uma

    estratgia do Servio de Defesa Sanitria Animal para que tenhamos a

    maioria dos nossos animais com uma alta taxa de anti-corpos ( as defesas

    do organismo ) de forma uniforme. Por isso no adianta tentar vacinar os

    animais fora desse perodo na nossa regio. Voc no ir encontrar a

    Vacina e se insistir muito ainda toma uma multa por no ter vacinado seus

    animais no perodo correto ( POR LEI voc Obrigado a vacinar seus

    animais contra a Febre Aftosa sob o risco de levar uma multa ). Fique

    ligado; Essa uma doena que causa muitos prejuzos ao Brasil

    principalmente na Exportao ( no Mercado Mundial no se compra Carne

    de Pases co Febre Aftosa no seu rebanho ). Outra coisa: S COMPRE

    ANIMAIS COM O ATESTADO DE VACINAO CONTRA A FEBRE

    AFTOSA EM DIA. Evite trazer essa doena para o seu rebanho e causar

    um prejuzo enorme em toda a regio.

    2-) A BRUCELOSE: A) Essa doena e braba e cheia de manhas: UMA ZOONOSE, portanto muito cuidado. O Bovino passa ela para o Homem e no homem

    uma doena difcil de curar ( causa aborto, dores nas juntas, infertilidade e

    pode at causar problemas na atividade sexual ).

    B) SINTOMAS: O principal Sintoma o Aborto na Vacas e inflamao

    nos testculos e no pnis do Touro. Mas a que ela braba: Muitas vezes a

    vaca aborta 1, 2 e at 3 vezes mas depois para de abortar e vira portadora s

    espalhando a doena para as outras ( e para o ser humano tambm ). O

    aborto normalmente acontece no 7 ms de gestao.

  • C) TRANSMISSO: Normalmente o Touro se infecta com uma vaca e

    vai passando para as outras, mas a maior infeco acontece quando uma

    vaca com brucelose aborta uma cria; Todo o lquido que sai na pario

    Altamente contaminante e rapidamente espalha a doena. O leite da vaca

    bruclica tambm transmite a doenas

    C) Causada por uma Bactria chamada Brucella Bovis ( nos Bovinos ).

    D) PREJUZOS: Perda de crias, diminuio na produo do leite e doena

    nos empregados e at no criador da propriedade.

    E) TRATAMENTO: NO H: No se trata ( pelo menos oficialmente ) a

    Brucelose pois carssimo e com muitas chances de no dar certo. O ideal

    e fazer um exame de sangue nos animais a cada 6 meses e descartar os

    positivos ( o exame feito no sangue do animal, portanto necessrio

    saber retirar o sangue ).

    F) PREVENO: VACINAR SOMENTE AS FMEAS De 3 a 8 MESES

    de IDADE uma vez s com uma vacina chamada B-19. Elas ficaro

    protegidas por toda a vida. MAS ATENO: A Vacina s pode ser

    aplicada por Veterinrio credenciado pelo Ministrio da Agricultura. Ela se

    mal manuseada pode causar Brucelose na pessoa que est mexendo com

    ela. Os animais vacinados recebem uma marca no rosto ( com um ferro

    quente ) identificando que esto vacinados alm de receberem um

    certificado de vacinao emitido pelo Veterinrio. Isso porque esse animal,

    caso faam exame de sangue nele dar positivo para as titulaes normais

    para animais que no so vacinados. Por isso a importncia da marca e do

    certificado. NO COMPRE VACAS SEM O CERTIFICADO DE

    VACINAO E A MARCA NA CARA Identificando-a como vacinada

    contra Brucelose. Se no for vacinada EXIJA EXAME DE SANGUE

    NEGATIVO PARA BRUCELOSE ANTES DE ADQUIRI-LA.

    OBS: Algumas Prefeituras fazem uma Campanha contra a Brucelose

    vacinando os animais ( como a de Itabora ) atravs de um Veterinrio da

    Secretaria Municipal de Agricultura do Municpio. Procure se informar na

    Secretaria do seu Municpio, na EMATER ou no SINDICATO local.

    3-) A TUBERCULOSE:

    A) Essa a outra ZOONOSE muito perigosa para o homem. A

    tuuberculose uma doena que ataca quase todos os tipos de animais e

    dificlima de se curar. Atualmente existem casos de tuberculose sem

    chances de cura pois a bactria se tornou resistente a praticamente todos os

    antibiticos. Existem pessoas que vivem dentro de um Hospital direto pois

    pegaram uma dessas bactrias resistentes e no conseguem se

    curar;Portanto muito cuidado com ela.

  • B) SINTOMAS:

    - Tosse.

    - Secreo mucosa ( catarro escorrendo pelo nariz ).

    - Dificuldade de Respirao.

    - Emagrecimento.

    - Diminuio na produo de leite.

    - Ndulos ( caroos ) principalmente na regio do pescoo.

    - O pior que muitos animais com tuberculose no apresentam sintomas,

    por isso importante o teste da tuberculina pelo menos uma vez ao ano. A

    tuberculose pode matar o seu animal e comprometer a sade de todos na

    propriedade.

    C) TRANSMISSO: Pelo contato com as secrees dos animais, pelo

    leite, queijo, cremes e manteigas preparados de produtos de animais

    infectados.

    D) A Tuberculose causada por uma bactria do grupo Mycobacterium.

    E) PREVENO: NO EXISTE VACINA PARA OS ANIMAIS; Deve-

    se uma vez por ano chamar um veterinrio para fazer um teste de

    TUBERCULINA no gado. Bezerros a partir de 6 semanas de vida j devem

    ser testados. O Veterinrio vai a propriedade e injeta na base da cauda do

    animal um reagente ( a tuberculina ). Posteriormente ele volta a

    propriedade e analisa a reao que houve no local com um instrumento

    prprio chamado paqumetro. Caso positivo esse animal marcado com a

    letra P ( de positivo ) com um ferro quente na cara e encaminhado para o

    Abate Sanitrio. As pessoas que tiveram contato com animais positivos

    devem ser encaminhadas a um Posto de Sade para serem avaliadas e

    orientadas por um Mdico.

    4-) O CARBNCULO SINTOMTICO:

    A) O Carbnculo Sintomtico tambm conhecido pelo apelido de

    MANQUEIRA, MAL DO QUARTO E MAL DE ANO. Ele ataca

    principalmente bezerros na fase de desmame, quando esto mais fraco (

    quando saem do leite, um alimento nobre, para o capim que um elemento

    de menor qualidade, por isso importante nesse perodo cuidar bem do

    animal e fornecer sal mineral alem de coloc-los em boas pastagens. No

    uma Zoonose mas mata os animais rapidamente. Animais adultos tambm

    so acometidos mas possuem mais resistncia.

    B) O Agente causador do Carbnculo Sintomtico o Costridium ( uma

    Bactria ).

  • C) SINTOMAS:

    - Febre Alta.

    - Dificuldade de locomoo.

    - As fezes caem no cho e se espalham como se fossem borras de caf.

    - Aparece um tumor na altura da p com um inchao. Ao se apertar esse

    tumor ele se mostra crepitante ( d uns estalinhos por causa do ar que se

    forma dentro dele juntamente com o material purulento ).

    - O animal nesse estgio falece 2 a 3 dias depois. uma doena de alta

    mortalidade para os bezerros e novilhos e se transmite rapidamente.

    D) TRATAMENTO: feito com antibiticos, mas, 90% das vezes

    quando se descobre a doena tarde demais para salvar o animal ( alm do

    custo do tratamento que bem mais caro que a sua preveno ).

    E) PREVENO: VACINAO. uma vacina muito barata. Vacina-se

    o bezerro aos 3 meses de idade e se faz um ms depois uma outra dose de

    reforo. Da por diante vacina-se somente uma vez ao ano. Na nossa regio

    ela endmica ( est constantemente atacando nossos animais ) portanto

    previna-se com a vacinao.

    OBS: Existe uma doena causada por um Costridium tambm chamada

    Carbnculo Hemtico, mais comum na regio Central do Brasil. No

    confunda pois ela bem diferente e mata adultos e bezerros de mesmo

    jeito; Mas os sintomas so diferentes do Carbnculo Sintomtico.

    5-) A RAIVA:

    A-) De longe a doena infecto-contagiosa mais agressiva e mortal para os

    animais e para o Ser Humano. No existe cura e 100% mortal . uma

    ZOONOSE e passa do animal para o Ser Humano.

    B-) SINTOMAS: O animal se afasta do rebanho, tem um andar

    cambaleante ( a doena afeta o crebro ), arrasta a ponta dos cascos, h

    uma paralisia nas patas traseiras e o animal cai, no cho faz o movimento

    de pedalar, as fezes ficam ressecadas, o animal baba bastante, fica

    prostrado ( isso cansado, abatido ) e acaba no resistido a doena que

    mortal. No Bovino a raiva pode tambm fazer com que ele ataque qualquer

    coisa no perodo antes que se instale a paralisia nas pernas ( mais raro,

    mas, pode acontecer ). No cachorro, gato e no ser humano a raiva faz com

    que eles ataquem qualquer um tentando morder ou arranhar numa tentativa

    do vrus em se disseminar ( espalhar, transmitir para outro ).

    C-) TRANSMISSO: O principal transmissor da raiva o Morcego

    Hematfago ( que suga sangue ). O Morcego contaminado morde o bovino

    para sugar seu sangue e transmite a raiva. claro que o Morcego acaba

    morrendo de raiva tambm, mas, nesse perodo acaba transmitindo a raiva.

  • Animal Atacado por Morcego O Morcego Hematfago

    para outros Morcegos da Colnia que disseminam a doena. A baba dos

    animais contaminados tambm transmite a raiva por isso MUITO

    CUIDADO ao suspeitar de raiva num animal; No chegue perto, no

    examine, procure imediatamente um veterinrio; Os sintomas de

    intoxicao por plantas txicas pode se confundir com a raiva; Somente um

    Veterinrio pode distinguir se raiva ou no. Uma curiosidade: O Morcego

    ataca sempre o mesmo animal identificando-o no rebanho toda a noite; A

    disseminao da raiva se d pela contaminao dos outros Morcegos na

    colnia e pela baba dos animais contaminados.

    D) TRATAMENTO: No existe; uma doena mortal em 100% dos

    casos. Pessoas que tiveram contato com animais infectados devem procurar

    urgentemente um Posto de Sade pois se detectada a tempo, existe uma

    srie de vacinas que o Ser Humano deve tomar para evitar que a doena

    progrida ( se for mordido por um animal lave muito bem a ferida com gua

    e sabo espremendo para sair sangue e procure um Mdico urgente ).

    E) PREVENO: VACINAO. Vacinar os animais a partir dos 3

    meses de idade e revacinar todo o ano no mesmo perodo. Existe uma

    vacina chamada ERA que feita por vrus vivo inativado ( leia na parte de

    vacinaes ) e tem validade por 3 anos. S que uma vacina que precisa de

    muitos cuidado ( mal aplicada pode causar raiva ) e s deve ser utilizada

    por Mdicos-Veterinrios.

    F-) O COMBATE AO MORCEGO: O Morcego um animal

    extremamente til a natureza pois os frutferos ( que comem frutas )

    polinizam as frutas fertilizando-as e os insetvoros ( que comem insetos )

    diminuem a quantidade de doenas que estes transmitem. S pouqussimas

    espcies de Morcegos sugam sangue. No mate morcegos

    indiscriminadamente; Procure orientao de um Mdico-Veterinrio;

    Rarissimamente os morcegos que se escondem em casas e telhados so

    Hematfagos. Existem produtos para espant-los sem mat-los;

  • Em caso de surtos de Raiva na regio procure o Servio de Defesa Sanitria

    da Regio ( se no souber onde procure a Emater ou o Sindicato que eles

    indicaro ); Eles possuem equipes qualificadas que identificam onde est a

    colnia infectada e combatem esse tipo de Morcego de forma seletiva, sem

    prejudicar os outros.

    6-) A MAMITE OU MASTITE:

    A-) Mamite ou Mastite ( a mesma coisa ) a inflamao das mamas da

    vaca causada por bactrias, fungos e vrus ou por uma reao inflamatria

    devido a picadas de insetos e pancadas. A mamite transmitida

    principalmente pela mo do ordenhador. Muitas vezes temos no nosso

    rebanho de corte algumas vacas separadas para produzir leite para nossas

    famlias e devemos estar atentos para que no contaminemos nossos

    animais.

    B-) CAUSAS: Picada de insetos ( marimbondos por exemplo ), pancadas e

    principalmente as mos das pessoas que tiram o leite da vaca. Quando

    ordenhamos a vaca, ao apertarmos as tetas provocamos a abertura de uma

    vlvula no canal galactfaro ( que conduz o leite para fora da mama ); Esse

    abertura rpida e o leite sai durante esse perodo; Quando acabamos de

    ordenhar essa vlvula leva de 15 a 20 minutos para fechar; nessa hora

    que os germes que esto em volta da teta penetram nas mamas atravs

    desse canal causando a mamite. Por isso fundamental que o ordenhador

    lave as mos e as tetas antes da ordenha e PRINCIPALMENTE coloque

    um produto desinfetante DEPOIS da ordenha nas tetas para evitar que esses

    germes cheguem as mamas ( existem vrios produtos no mercado para

    fazer essa desinfeco ).

    C-) TRATAMENTO: Deve ser feito por Mdico-Veterinrio de acordo

    com a causa da Mamite; O tratamento da Mamite normalmente na teta

    infeccionada ( intra-mamrio ) e sistmico ( aplicao de antibiticos no

    msculo ). Se conseguirmos identificar a Mamite antes que ela se instale,

    podemos somente com o tratamento local evit-la diminuindo custos e

    aumentando as chances de cura; COMO FAZEMOS?: Usamos uma caneca

    com um fundo escuro e uma tela cobrindo sua boca; Antes de ordenhar

    espirar um a trs jatos do leite das tetas na caneca ( desprezar os 2

    primeiros jatos ). Se formar grumos ( isto , pequenas massas brancas ) na

    tela, aquela teta est comeando a fazer uma Mamite; A deixamos a vaca

    para ser ordenhada por ltimo ( para no espalhar para outras vacas pela

    mo do ordenhador ) e aps esgotar o leite dessa teta injetar um produto

    indicado por um Mdico-Veterinrio.

  • D-) PREVENO: Utilizar Salas de Ordenha limpas e desinfetadas,

    Lavar e Desinfetar as tetas das vacas e as mos do Ordenhador antes de

    depois da ordenha ( PRINCIPALMENTE DEPOIS ), evitar casas de

    marimbondos no estbulo e evitar pastos com muitos tocos, arames e

    outros objetos que possam ferir as tetas das vacas.

    7-) PNEUMOENTERITES:

    A) As pneumoenterites so as doenas que atacam os pulmes ( pneumo )

    dos bezerros causando pneumonias e as que atacam principalmente o

    sistema digestivo ( enterites ) que causam diarrias desidratando os

    animais.

    B)CAUSAS: So causadas por germes comuns encontrados no meio

    ambiente ( Salmonellas, Strepto e Stafiloccocus, coccdios etc... ) e o meio

    de contaminao mais comum pelo umbigo do bezerro recm-nascido e

    bezerreiros midos e mal higienizados.

    C)TRATAMENTO: Antibiticos, coccidiostticos, anti-inflamatrios e

    outros recursos caros so utilizados no combate as pneumoenterites de

    acordo com os germes que esto atacando o animal. O Mdico-Veterinrio

    deve ser SEMPRE consultado para orientar o melhor tratamento.

    D) PREVENO: Vacinar a vaca 1 mes antes da pario com a vacina

    contra peneumoenterites, para que o bezerro ao mamar possa receber anti-

    corpos produzidos pela sua me atravs do leite, e vacinar o bezerro com 7

    e 15 dias de idade como reforo; No nascimento do bezerro cortar o

    umbigo em torno de 15 a 20 cm e mergulh-lo numa garrafa contendo

    lcool iodado ( em 1 litro de lcool adicionar 200 ml de iodo ); Manter os

    bezerreiros limpos e ventilados durante o dia e fechar com uma cortina o

    lado de onde vem os ventos dominantes ( tambm outra causa das

    pneumonias ); Deixar o bezerro mamar todo o COLOSTRO ( o 1 leite que

    sai da vaca aps o parto, bem amarelado ) durante os 3 primeiros dias ps

    parto j que por ele que a vaca passa sua imunidades adquiridas durante a

    sua vida para o bezerro.

    CAPTULO II

    A APLICAO DE MEDICAMENTOS

    O tratador ou retireiro muitas vezes precisa auxiliar o Mdico-Veterinrio

    no tratamento de um animal; Normalmente a aplicao de algumas vacinas

    (autgenas ) e medicamentos ( principalmente os antibiticos ) so feitas

    em vrias aplicaes e o Veterinrio no pode visitar, por exemplo, 5 dias

    seguidos a propriedade. Tendo um trabalhador rural treinado para esse fim,

  • os custos diminuem e o tratamento mais eficaz. claro que cada

    medicamento tem sua caracterstica e s um Veterinrio deve prescrev-los

    ( para evitar que os germes peguem resistncia a aquele medicamento ou

    para evitar choque anafilticos nos animais que podem se fatais ).

    A-) QUANTO DAR DE MEDICAMENTO?: AS BULAS dos

    Medicamentos devem ser lidas antes da aplicao dos Medicamentos; L

    est a dose recomendada para o animal ( com a orientao do Veterinrio ).

    Mas normalmente a dose por Quilo de peso do animal ( tipo: aplicar 10

    ml para cada tantos Quilos de peso vivo ). Como a maioria das

    propriedades no possuem balana, no anexo dessa apostila fornecemos

    uma forma de calcular o peso aproximado de um Bovino com o auxlio de

    um fita mtrica comum de costureira. Calculada a dose a ser aplicada ( no

    mude a dose por conta prpria, pode tornar o medicamento ineficiente ou

    at ser mortal para o animal ) vamos ver as vias de aplicao de

    Medicamentos.

    B-) VIA INTRAMUSCULAR: a injeo no msculo ( na parte externa

    da perna e no pescoo preferencialmente ). A agulha penetra no msculo do

    animal e o produto se espalha. A aplicao deve ser profunda pois caso ao

    contrrio poder formar um abcesso ( caroo ) no local. Caso o couro seja

    muito rgido pode-se bater primeiro a agulha no msculo com feito na

    aplicao intravenosa e depois colocar a seringa e injetar o produto.

    C-) VIA SUBCUTNEA: a injeo por debaixo do couro do animal,

    entre o couro e a carne. Muitas vacinas utilizam essa via. a menos

    perigosa pois o medicamento se espalha mais lentamente e o risco de

    formar um caroo menor.

    D-) VIA INTRAMAMRIA: a colocao do medicamento dentro da

    teta da vaca para curar a Mamite. Os produtos para esse fim normalmente

    vm com um aplicador para injetar o produto.Caso no venha existe uma

    agulha ( que no tem ponta aguda e sim orifcios por onde sai o

    Medicamento ) que utilizada com uma seringa para injetar o produto. No

    esquecer de esgotar o leite antes injetar o medicamento e injet-lo TODO e

    PROFUNDAMENTE na teta afetada. Aps a aplicao fazer uma

    massagem com o dedo para cima da teta em direo a mama a fim de que o

    produto penetre mais.

  • Aplicao intra-mamria Massagem na teta aps aplicao

    E-) VIA ORAL: Pela boca. Pode ser atravs de uma seringa ou pistola

    com um aplicador na ponta. Tambm pode ser atravs de uma garrafada

    como veremos na prtica. Cuidado ao administrar o medicamento. No

    espirre na goela do animal: injete na boca para que ele engula pois caso ao

    contrrio voc pode levar o produto diretamente para os pulmes e no

    para o rumem ( causando uma pneumonia no animal ou ser mortal pela

    quantidade de medicamento ).

    Aplicao Oral com Pistola Uso de Garrafadas

    F-) VIA INTRADRMICA: exatamente no couro, utilizado para exame

    de tuberculose por exemplo ( nas aves feito na vacinao contra a Bouba

    Aviria ). No faremos na prtica pois no usual para trabalhadores

    rurais, mas estamos citando para que voc possa saber que existe.

    G-) VIA INTRAVENOSA: sem dvida a aplicao mais difcil e a mais

    perigosa para o animal ( porm a mais eficiente e a mais utilizada em

    emergncias ). Pode ser atravs da veia do pescoo ou a veia que leva o

    sangue a teta. Para ultrapassar o couro at chegar a veia temos que bater a

    agulha no animal transpassando o couro at chegar a veia ( sem atravessar a

    veia, por isso o tamanho da agulha muito importante ). Ao acertar a veia o

    sangue jorra pela agulha; O trabalhador ento coloca a seringa ou o soro na

    agulha e faz o produto ir para a corrente sangunea do animal. Como o

    produto vai direto no sangue o efeito imediato e muito eficaz. Porm

    alguns medicamentos devem ser administrados de forma vagarosa para no

    causar um choque no animal ( Clcio por exemplo ). Caso haja dvida

    consulte antes um Mdico-Veterinrio.

    H-) APLICAES TPICAS: Nada mais que a aplicao de produtos

    na parte externa do animal para curar feridas. Deve-se sempre LAVAR

    BEM o ferimento, de preferncia com Soro Fisiolgico, a seguir enxugar o

    local com algodo ou gaze e passar o produto indicado cobrindo todo o

    ferimento incluindo os bordas. Curativos com esparadrapo em bovinos

    dificilmente ficam no lugar; Para cobrir ferimentos existem produtos que

    criam uma camada sobre ele para evitar moscas e acelerar a cicatrizao (

    Os ungentos por exemplo ).

  • Lembre-se que alguns ferimentos podem estar contaminados no s por

    bactrias como tambm por fungos; S um Mdico-Veterinrio poder

    indicar qual o produto deve ser utilizado naquele ferimento. Em leses de

    casco ( principalmente entre os dedos dos animais ) deve-se limpar o

    ferimento retirando cuidadosamente a sujeira e com uma faca o tecido

    morto ( enegrecido ) do local; A seguir fazer o animal passar por um

    PEDILVIO que um reservatrio feito de alvenaria no cho do Brete ou

    na entrada e/ou sada do curral. Nesse local colocado um desinfetante

    onde o animal passa e tem o medicamento incorporado a ferida. Ele deve

    ficar parado algum tempo no local para que o produto faa efeito; O casco

    deve ficar coberto com o produto diludo nesse reservatrio. Vrios

    produtos esto a disposio do criador para serem utilizados no pedilvio (

    Biocid, Kilol etc... ). O pedilvio tambm pode ser utilizado na

    PREVENO de doenas de casco principalmente em propriedade que

    tem pasto encharcados o que torna os animais susceptveis ( propensos ) a

    ter o GABARRO ( que uma podo-dermatite ) e causa infeces no casco.

    A passagem dos animais pelo pedilvio na entrada dos currais utilizando

    esses produtos ou at mesmo CAL auxilia na preveno da doena.

    ALGUNS TIPOS DE MEDICAMENTOS UTILIZADOS:

    1-) ANTIBITICOS: Para combater infeces causadas normalmente por

    bactrias.Podem ser bacteriostticos pois impedem as bactrias de se

    reproduzir e realizar algumas funes metablicas (Sulfas) ou Bactericidas

    que matam as bactrias (Penicilinas). Os antibiticos devem ser prescritos

    por um Veterinrio pois cada um ataca um tipo de doena e as doses podem

    ser alteradas em funo da doena ou da fase dela. No use antibiticos

    sem a recomendao do Mdico-Veterinrio. Voc pode causar um dano

    maior que a doena que est tentando curar.

    2-) ANTI-INFLAMATRIOS: Para combater inflamaes que no tm

    presena de germes e podem ser causadas por pancadas e doenas auto-

    imunes. Os anti-inflamatrios de uma maneira geral atacam o estmago dos

    monogstricos ( ns, os eqinos, os sunos etc... ) mas so bem tolerados

    por ruminantes. Podem ser Hormonais e no Hormonais.

    3-) ANALGSICOS: Para tirar a dor do animal.

    4-) ANTI-ESPAMSDICOS: Para combater a clica que a dor

    abdominal ( na barriga ). Utilizados em diarrias agudas que causam dor.

    5-) ANTI-PIRTICOS: Para combaterem a febre. A febre uma reao

    positiva do organismo. Significa que o corpo est tentando combater

    alguma doena. S que o excesso de febre nos trs prejuzo ( ataca os

    rgos, causa desidratao etc... ) e portanto em excesso deve ser

    combatida.

  • 6-) ANTI-HISTAMNICOS: Para diminurem reaes alrgicas dos

    animais causada por picadas de insetos, reao alrgica a algum tipo de

    produto ou vegetal etc...

    7-) COCCIDIOSTTICOS: Combate coccdios ( protozorios de uma

    maneira geral tais como amebas, girdias, anaplasma, babsia etc... )

    8-) ANTI-FISITICOS: Combatem o excesso de gases no estmago ou

    nos intestinos que causam dor e desconforto abdominal.

    9-) ANTI-CIDOS: Para combater o excesso de cido clordrico no

    estmago ( as azias e as dores estomacais por lceras e gastrites ).

    10-) VERMFUGOS: Para combater os vermes nos intestinos dos animais

    que causam emagrecimento e diarrias. Existem vermfugos que combatem

    vermes chatos ( Taenias e Dipildios ) e verme redondos ( Lombrigas )

    sendo que o ideal utilizar vermfugos de ampla espectro ( que combatem

    os 2 tipos de vermes ( consulte um Veterinrio ).

    11-) ANTI-PARASITOS EXTERNOS: Combatem parasitas externos no

    animal tais como pulgas, carrapatos e bernes. So aplicados em banhos ou

    colocados no dorso ( costas ) do animal. Alguns tambm so injetveis.

    12-) ANTI-FNGICOS: Para combater fungos que atacam os animais

    principalmente os que vivem em ambientes midos e sem ventilao. Os

    fungos so do reino vegetal e tambm parasitam animais.

    13-) ANTI-TXICOS: Para as intoxicaes causadas por alimentos

    estragados e excesso de medicamentos. Lembre-se que os anti-txicos tm

    pouca validade em intoxicaes por plantas txicas pois elas tm efeito

    acumulativo. Quando o animal ingere a DML ( Dose Mnima Letal ) o

    veneno se espalha pelo seu corpo o que mortal ( geralmente morre perto

    de gua pois quando ele a bebe faz o veneno espalhar pelo corpo; O animal

    costuma inchar a barriga depois disso ).

    14-) COMPLEXOS VITAMNICOS: Produtos contendo vitaminas alm

    de outras substncias para fortalecer e recuperar animais doentes. So

    complementos da dieta animal.

    15-) DIURTICOS: So auxiliares na desintoxicao, para diminuir

    edemas ( inchaos com lquido ) e para diminuir a presso arterial.

    AS BULAS

    Todos os Medicamentos vm com um papel chamado BULA onde esto

    decritas as caractersticas do produto ( para que serve, como tomar, quais as

    reaes que ele pode causar etc... ). Assim, mesmo com a orientao de um

  • Mdico-Veterinrio devemos ler a Bula do que estamos aplicando para que

    possamos estar cientes do produto que estamos utilizando e quais os danos

    que ele pode causar se aplicarmos ou utilizarmos de forma incorreta. Na

    Bula as indicaes bsicas so:

    - COMPOSIO: a base do Medicamento. O produto que ele contm.

    - INFORMAES SOBRE A AO DO PRODUTO OU INDICAES:

    o que devemos esperar daquele medicamento; Par que ele serve.

    - CONTRA-INDICAES: As situaes em que no devemos administrar

    aquele produto ( o animal pode ser alrgico a ele, pode ter alguma doena

    ou deficincia que impea de tomar aquele produto etc... ).

    - INFORMAES TCNICAS: Destinadas ao Mdico-Veterinrio para

    que possa se orientar melhor na utilizao do produto.

    - INTERAES MEDICAMENTOSAS: So os remdios que no podem

    ser tomados junto com esse produto pois podem anular seu efeito ou

    aument-lo trazendo riscos ao animal.

    - POSOLOGIA: aqui que devemos ler bem: Diz a quantidade que o

    produto deve ser administrado. Aqui s diz a dose diria; A quantidade de

    dias que o produto deve ser administrado s dever ser informado por um

    Mdico-Veterinrio. Nesse local tambm informa a via que o animal deve

    receber o medicamento ( intramuscular, oral, subcutnea etc... ).

    TODO O MEDICAMENTO DEVER SER VENDIDO SOB

    PRESCRIO MDICA,

    - Isto , s deve ser administrado sob a orientao de um Mdico-

    Veterinrio. Devemos ler a BULA para conhecermos com que estamos

    lidando ( alguns medicamentos vm at com um local que descreve para o

    paciente no caso aqui para o dono do animal o que aquele medicamento e para que ele serve ) mas nunca devemos medicar um

    animal sem consultarmos um Veterinrio para que o tratamento tenha o

    efeito desejado sem prejudicar o animal e a sua sade.

    CAPTULO III

    O MANEJO DOS BEZERROS

    Na Bovinocultura de leite, alm da produo de leite o criador pode ter 3

    tipos de atividade podendo elas serem realizadas na mesma propriedade ou

    serem feitas uma fase em outra propriedade ou por outro criador; So elas:

    A Cria ( a criao do bezerro nascido na propriedade ), a Recria ( quando

    se cria os bezerros at a idade de desmame com 5 a 6 arroubas para vender

    a outro criador ) e a Engorda ( quando se cria os garrotes e novilhos

    desmamados at o abate ).

  • No caso da Cria temos o produto dela que o Bezerro. Para que ele nasa

    forte temos vrias medidas a tomar, mas, a principal e a seguinte:

    Alimentar bem a Vaca Gestante. Nada de invernadas e retiros onde os

    pastos so os piores da propriedade. Esse animal ir produzir uma cria e

    estar comendo por 2. O alimento deve ser de boa qualidade e em

    quantidades adequadas para que no haja problemas na pario e que o

    bezerro nasa forte e saudvel. As medidas so as seguintes:

    1-) VACINAR A VACA CONTRA PNEUMOENTERITE UM MS

    ANTES DA PARIO: O Bezerro j no tero da Vaca estar recebendo a

    proteo contra a maioria das diarrias e pneumonias.

    2-) NO PARTO: CASO ASSISTA A PARIO NO SE ENVOLVER

    COM ELA; A Vaca sabe o que faz; Ela limpa o bezerro lambendo-o e com

    isso ativa a circulao sangunea do mesmo. S interfira se observar se o

    bezerro nasce muito fraco e a vaca tambm por estar muito fraca no

    proceder as lambidas no bezerro; Neste caso auxilie na sada do bezerro,

    limpe das narinas dele e passe a mo sobre todo o corpo dele,

    principalmente no trax retirando os resduos do parto e ativando a

    circulao. MAS CUIDADO COM A BRUCELOSE. S faa isso se a

    Vaca tiver sido examinada para Brucelose e o resultado for negativo. A

    maior contaminao por Brucella no ser Humano so nos casos de parto.

    3-) CORTAR E DESINFECTAR O UMBIGO: O umbigo o local onde

    os germes costumam entrar para causar diarrias e pneumonias. Cortar o

    umbigo a um palmo da sua base ( de 15 a 20 cm mais ou menos ). Ficar

    um cordo do umbigo pendurado.Pegue um frasco com uma boca larga,

    coloque um desinfetante ou lcool iodado. Mergulhe o umbigo totalmente

    nessa soluo e deixe pelo menos por 30 segundos. Evite que bezerros

    durmam em locais sujos nos primeiros dias de vida.

    4-) APLICAR UMA DOSE DE REFORO CONTRA

    PNEUMOENTERITE: Entre o 7 e o 15 dia reforando suas defesas.

    5-) MOCHAR O BEZERRO: a retirada do boto germinativo do chifre

    do animal. Issop impede que o chifre cresa deixando o animal mais dcil e

    diminuindo os acidentes entre os animal ( fora a quantidade de clcio que o

    animal deixara de utilizar na formao do chifre ). Deve ser feita no 1 ms

    quando o chifre apenas um boto. Se o chifre crescer haver a

    necessidade de uma cirurgia chamada descorna que traumtica e exige

    anestesia, fios cirrgicos alm dos riscos de infeces. O processo o

    seguinte: imobiliza-se o animal no cho enquanto deixamos o ferro de

    mochar num fogo forte; Cortamos o pelo que esto em volta do chifre e

    cortamos com uma faca a ponta do chifre deixando em exposio o boto

  • germinativo ( a parte branca do centro do chifre ); Com o ferro de mochar

    queimamos o boto germinativo e imediatamente aps o processo passar

    ungento no local. Existe uma pasta chamada R-15 que utilizada ao invs

    do ferro quente, mas, por incrvel que parea mais traumtica pois fica

    queimando o boto causando desconforto ao bezerro que, ao mamar na

    vaca encosta o local na barriga dela queimando-a.

    Bezerro sendo Mochado

    6-) VERMIFUGAR O BEZERRO COM 1 A 2 MESES DE IDADE:

    Utilizando vermfugos de amplo espectro como vimos no captulo anterior.

    7-) VACINAR CONTRA MANQUEIRA ( Carbnculo Sintomtico ):

    Aos 3 meses de idade e repetir com 4 meses.

    8-) VACINAR CONTRA A RAIVA: A partir dos 4 meses de idade.

    9-) NOS MESES DE MARO E SETEMBRO VACINAR CONTRA

    AFTOSA.

    10-) A PARTIR DO DESMAME VACINAR E VERMIFUGAR

    PERIODICAMENTE OS ANIMAIS.

    A CASTRAO DOS MACHOS

    Animais com 18 meses a no mximo 24 meses devem sr castrados

    utilizando um instrumento chamado BURDZZO ( figura abaixo ). A

    utilizao simples: Segurar os testculos e localizar os cordes

    espermticos na base da bolsa escrotal; Prenda os cordes com a boca do

    Burdzzo , loga acima dos testculos e feche o Burdzzo mantendo apertado

    por 1 minuto; Aplique um repelente no local para evitar Bicheira. A

    castrao deixa os animais mais calmos , os machos castrados podem ficar

    com as fmeas no pasto e alm disso engordam mais rapidamente e ficam

    com a carne mais saborosa.

  • O Burdizo

    CAPTULO IV

    CONTROLE DE ENDO E ECTOPARASITOS.

    Endoparasitos so os vermes e protozorios que parasitam os animais

    internamente ( nos rgos internos tais como intestinos, estmago, pulmes

    etc... ) e Ectoparasitos so os que parasitam o animal externamente (

    Pulgas, Carrapatos e Bernes ). Cada qual tem um controle e nesse captulo

    iremos descreve-los:

    1-) ENDO PARASITOS: So em maioria os vermes chatos e redondos e os protozorios ( amebas, anaplasmas, babsias etc... ).

    VERMES CHATOS E REDONDOS: Combat-los com aplicaes de

    vermifugos de forma estratgica. Aplicar nos bezerros 4 doses/ano sendo

    que 1 dessas doses deve coincidir com a entrada do perodo da Secas (

    Abril/Maio ) e uma dose na sada do perodo das secas ( Setembro/Outubro

    ). Nos adultos somente uma dose na entrada das Secas e uma dose na sada

    da Secas. No caso dos adultos avaliar a real necessidade da vermifugao

    fazendo um exame de fezes uma vez por ano numa amostragem ( pegar

    fezes de 10 a 12 animais aleatoriamente e enviar ao laboratrio ). O

    vermfugo dever ser de amplo espectro ( eliminar vermes chatos e

    redondos ). Existem produtos orais e injetveis. Um Veterinrio dever

    avaliar qual o vermfugo ideal para a regio baseado no exame de fezes.

    PROTOZORIOS: Caso aparea no exame de fezes utilizar

    medicamentos apropriados para a eliminao do mesmo. No se faz

    aplicao de preveno. Animais anmicos ( com o sangue ralo ) so

    suspeitos de doenas chamadas piroplasmoses ( causadas por anasplasmas

    e Babsias ). So protozorios que atacam o sangue rompendo hemcia e

    deixando o animal numa anemia profunda sendo mortal. Notando os

    sintomas chamar um Veterinrio que indicara o tratamento.

  • 2-) ECTO PARASITOS:

    Fmea do Carrapato Ataque de carrapatos em bovinos

    CARRAPATOS: So CARO parasitas externos que sugam o sangue do

    boi. Causam grande prejuzo pois alm de sugarem o sangue fazendo o

    animal perder peso, transmitem doenas tais como a anaplasmose e a

    Babesiose que tambm atacam o sangue do animal. O Carrapato tem um

    ciclo descrito abaixo:

    Os carrapatos macho e fmea encontram-se no corpo do animal; Acontece

    a fecundao e a fmea suga bastante sangue ficando quase 10 vezes maior

    do que o normal. Ela faz isso para alimentar os ovos que esto no seu corpo

    ( normalmente o macho o carrapato pequeno que fica embaixo da fmea

    no corpo de boi ). A fmea ingurgitada ( bem cheia ) de sangue cai no cho

  • libera os ovos no pasto ( de 2.000 a 4.000 ovos ). De 7 a 13 dias h a

    ecloso e as larvas infestantes vo para a ponta do capim. Ao passar um

    animal pelo pasto as larvas sobem no corpo dele crescem e novamente

    iniciam o Ciclo. Esse Ciclo dura em mdia 21 dias mas nesse perodo 100

    fmeas de carrapato fazem o animal perder cerca de 20 Kg de peso/ano (

    fora a transmisso de doenas )

    Carrapatos no pasto aguardando a passagem de um animal

    O CONTROLE ESTRATGICO DO CARRAPATO

    Sabemos que o perodo de reproduo do carrapato ( Boophilus microplus

    que o carrapato do boi ) no perodo das guas. Nesse perodo 95% deles

    esto no cho reproduzindo-se e 5% no animal. No perodo das secas o

    perodo de infestao, por isso vemos tantos carrapatos no boi nos meses

    frios. S que ele est mais vunervel no perodo reprodutivo. O QUE

    FAZER ENTO?

    - FAZER PULVERIZAES CARRAPATICIDAS DE 21 EM 21 DIAS NOS MESES DE JANEIRO A ABRIL DIMINUINDO

    CONSIDERAVELMENTE A QUANTIDADE DE CARRAPATOS

    NOS ANIMAIS NO PERODO SECO POR ESTAR QUEBRANDO

    O CICLO DELE NO INCIO: Quando a larva tenta subir no animal

    para realizar o ciclo reprodutivo no perodo das guas recebe uma

    carga de carrapaticida e no consegue terminar o ciclo. A carga de

    carrapatos no boi diminui muito.

    Para Que o Tratamento seja eficiente necessrio seguir as seguintes regras

    na aplicao do Produto:

    1-) PREPARAR O CARRAPATICIDA NA DOSAGEM RECOMENDADA PELO FABRICANTE. 2-) MISTURAR BEM O PRODUTO COM A GUA. 3-) UTILIZAR PULVERIZADORES BEM REGULADOS PROPORCIONANDO A FORMAO DE MICROGOTCULAS. 4-) EVITAR DIAS CHUVOSOS OU DE SOL FORTE.

  • 5-) APLICAR EM TODO O CORPO DO ANIMAL. 6-) NOS PRODUTOS POUR ON CONHECER BEM O PESO DO ANIMAL PARA UTILIZAR A QUANTIDADE RECOMENDADA. 7-) BANHAR O ANIMAL AT QUE O PRODUTO ESTEJA PINGANDO DO COURO E NO APENAS BATIZAR O ANIMAL. 8-) SEMPRE PULVERIZAR CONTRA O PELO DOS ANIMAIS. 9-) PREFERENCIALMENTE UTILIZAR BOMBAS CAPETAS OU MECNICAS.

    MIASES: So as BICHEIRAS causadas por moscas. Elas utilizam o

    Animal para colocar seus ovos que penetram no couro do animal e viram

    larvas alimentando-se dele. Assim fazem o Ciclo e viram moscas indo

    procurar outros animais. Do sempre preferncia em colocar seus ovos em

    feridas abertas por isso importante tratar as feridas com repelentes de

    moscas.

    As BICHEIRAS podem ter somente uma larva ( As moscas Dermatobias,

    que chamamosde varejeiras, aquelas grandes, colocam uma larva no animal

    ou sobre outra mosca que leva o ovo para ela ao animal ) ou vrias larvas (

    As mosca Coclyomia colocam vrios ovos no animal causando as bicheiras

    com vrias larvas ).

    A PREVENO DAS MIASES se d no controle das moscas. Ambientes

    sombrados e midos abrigam moscas ( Bambuzais por exemplo ), alm de

    estbulos sujos e sem esterqueiras. Deve-se evitar moscas com papis pega

    moscas ou barbantes pendurados banhados com melao e um produto letal

    para elas misturado. No animal deve-se curar feridas sempre que possvel

    utilizando repelentes cicatrizantes ou unguentos com o mesmo efeito. O

    leo queimado ajuda pois h necessidade da Bicheira ter um orifcio para

    que as larvas respirem e o leo queimado, alm de repelir outras moscas,

    atrapalha a respirao das larvas.

    A MOSCA DO CHIFRE: uma mosca muito pequena ( a Dermatbia

    Irritans ) com uma minscula asa-delta. Ela pica o animal deixando-o

    muito irritado e diminuindo a produo de leite e carne. Existem casos de

    5.000 a 10.000 moscas encontradas em um s animal. O inseto pousa

    sempre de cabea para baixo e prefere animais escuros ou com manchas

    escuras. Ela recebeu esse nome por causa do hbito de se situar entre os

    chifres do animal, mas ataca todo o corpo, principalmente o dorso dos

    animais. Um Boi infestado por moscas do chifre chega a perder 40 Kg/ano

    ( 500 moscas retiram 60ml de sangue do animal por dia ). Elas se acasalam

    no boi e depois depositam seus ovos no esterco.

    CONTROLE:

    1-) Manter as instalaes limpas e uma esterqueira bem manejada.

    2-) Aplicar no animal produto a base de piretrides caso o ataque seja

    muito

  • intenso ( Barrage um bom produto por exemplo desde que seja

    corretamente utilizado com as diluies corretas ).

    3-) No tratar nos meses de junho, julho e agosto pois na poca seca o n de

    moscas baixo.

    4-) Tratar 2 vezes em setembro com um produto a base de organo-

    fosforado.

    5-) O tratamento deve-se intensificar no perodo chuvoso quando as moscas

    mais incomodam os bovinos.

    6-) Uma vez introduzida na propriedade dificilmente haver erradicao

    dela; Deve-se utilizar as estratgias comentadas acima para diminuir os

    prejuzos causados por ela.

    A Minscula Mosca do Chifre

    CAPTULO V

    CONTENO DE BOVINOS

    Para trabalhar com Bovinos muitas vezes necessrio imobiliz-los para

    realizar tratamentos, vacinaes etc... Para vacinaes a melhor estrutura

    para esse tipo de trabalha o TRONCO ou BRETE; Essa estrutura um

    corredor com 0,50 a 0,60 cm de base, 1,80 a 2,00 metros de altura e 1,00 a

    1,10 metros de largura no alto ( isso devido ao tamanho dos animais a

    serem trabalhados ). O ideal que um lado seja ereto e o outro cado saindo

    de 0,60 cm do solo at 1,10 metros no topo. Os animais ao entrarem num

    local assim tm a sensao de desequilbrio e se preocupam em no cair

    facilitando a vacinao e aplicao de medicamentos. TODA A

    PROPRIEDADE que criam Bovinos devem ter OBRIGATRIAMENTE

    essa estrutura para facilitar as vacinaes diminuindo significativamente os

    acidentes para o empregado e para os animais. Deve haver uma passarela

    paralela ao Brete na altura de 50 cm para facilitar a vacinao pelo

    empregado.Toda a estrutura feita em rguas de madeira. No esquecer de

    uma seringa ( que um funil feito em madeira para direcionar o gado para

    o Brete ).

  • O Brete ou Tronco a melhor estrutura para realizar Vacinaes

    PARA A CONTENO DE BOVINOS COM CORDAS EXISTEM

    DIVERSOS PROCESSOS; VAMOS INDICAR OS MAIS SIMPLES:

    1-) PARA DERRUBAR UM ANIMAL NO CHO:

    - Prender o animal num mouro com uma corda; Utilizar uma corda de 10 metros; Passar a corda pelo pescoo do animal e cruze por baixo

    das axilas; Cruze a corda por cima do lombo do animal; Cruze a

    corda passando-as pelas pernas traseiras; Puxe a corda para trs, a

    presso far o animal cair; Afrouxar a corda do pescoo e amarrar as

    patas.

    2-) PARA IMOBILIZAR O ANIMAL EM P:

    - Amarrar a cabea do animal num mouro; Puxar o animal at o mouro; Pegar uma corda com as duas mo, uma na ponta e outra no

    meio da corda; Jogar a corda pelas patas traseiras do animal acima

    do joelho; Puxe a corda juntando as pernas; Passe a corda entre as

    pernas do animal envolvendo a outra corda por cima; Puxe a corda

    juntando as pernas; Amarre a corda fazendo um lao de maneira que

    possa ser solto puxando uma das pontas.

  • Amarrar no mouro e pear o animal a fim de cont-lo em p

    Amarre sempre as cordas de forma que possa solta-las rapidamente caso

    haja necessidade ( sempre em lao ); Todo o objetivo conter o animal sem

    machuc-lo em sem machucar algum; O animal no tem noo da fora

    que tem e sempre tentar se desvencilhar das cordas; Trabalhe com calma e

    atento ao trabalho para evitar acidentes desnecessrios.

    CAPTULO VI

    VACINAO DE BOVINOS 1-) O QUE VACINA ?

    - UMA SUBSTNCIA QUE UMA VEZ INTRODUZIDA NO ANIMAL ESTIMULA A PRODUO DE ANTI-CORPOS DE

    DEFESA DO ORGANISMO CONTRA A DOENA A QUAL A

    SUBSTNCIA ORIGINOU.

    2-) DE QUE FEITA A VACINA ?

    - FEITA DOS MICRBIOS MORTOS OU DE FORA ATENUADA .

    3-) PARA QUE SERVEM AS VACINAS ?

    - PREVENTIVAS = SO AS MAIS COMUNS. ELAS NO

    CURAM SE A DOENA ESTIVER INSTALADA. ELAS

    APLICADAS NO ANIMAL EVITAM QUE ELE PEGUE

    AQUELA DOENA EX: New Castle, Bouba, Aftosa, Raiva ,

    Coriza, Manqueira etc...

    - CURATIVAS = AS QUE OBRIGAM O ORGANISMO A REAGIR CONTRA A DOENA J INSTALADA; SO

    CHAMADAS DE VACINAS AUTGENAS Ex: Papilomatose (

    Figueira ).

  • 4-) POR QU VACINAR ?

    - PORQUE A VACINAO A MEDIDA MAIS BARATA E ECONMICA PARA DAR PROTEO AOS ANIMAIS.

    - O HOMEM INTELIGENTE AGE EVITANDO A DOENA. PESSOAS DE BAIXO NVEL APENAS REAGEM QUANDO

    VM UMA DOENA TENDO MAIOR CUSTO E TRABALHO.

    10 MANDAMENTOS PARA VACINAR CORRETAMENTE:

    1-) APLICAR A DOSE INDICADA NA BULA.

    2-)VERIFICAR O PRAZO DE VALIDADE DA VACINA

    3-) VERIFICAR A VIA DE APLICAO DA VACINA.

    - VIA SUB-CUTANEA ( Sobre a pele ). - VIA INTRA-MUSCULAR ( No msculo ). - INTRADRMICA ( Na pele ).

    4-) VERIFICAR SE A AGULHA A SER UTILIZADA COMPATIVEL

    COM A VIA DE APLICAO.

    5-) NO DEIXAR VACINA EXPOSTA AO SOL.

    6-) VACINA CONGELADA VACINA INUTILIZADA.

    7-) A VACINA DEVE ESTAR A TEMPERATURA ENTRE 4 A 8 C.

    8-) SACUDIR O FRASCO DE VACINA PARA MISTUTAR A

    SUBSTNCIA SLIDA ( A VACINA ) COM A PARTE LQUIDA ( O

    VECULO DE APLICAO ).

    9-) VACINAR ANIMAIS SADIOS E DESCANADOS.

    10-) LAVAR E ESTERILIZAR OS MATERIAIS DE VACINAO (

    PRINCIPALMENTE AS AGULHAS ) ANTES E DEPOIS DO

    TRABALHO.

    TIPOS DE MEDICAMENTOS:

    A INTELIGNCIA NO MEDIDA PELA QUANTIDADE DE

    CONHECIMENTOS QUE A PESSOA TEM MAS SIM PELO

    EFETIVO USO DOS CONHECIMENTOS ADQUIRIDOS.

    LEMBRETE: LCOOL FIXADOR E NO DESINFETANTE. UTILIZADO NA

    APLICAO DE MEDICAMENTOS PARA EVITAR QUE OS GERMES ANDEM AT

    O ORIFICIO FEITO PELA AGULHA DANDO TEMPO PARA O ORGANISMO

    CICATRIZAR A ABERTURA.

  • OBS 1: A VACINA CONTRA AFTOSA DEVE SER APLICADA NA

    TBUA DO PESCOO DO ANIMAL.

    OBS 2: A PISTOLA DE VACINAO DEVE SER DESMONTADA E

    LAVADA COM DETERGENTE APS VACINAO PASSANDO

    VASELINA LQUIDA NAS PARTES DE BORRACHA E WD-40 ( UM

    LUBRIFICANTE EM SPRAY ) NAS ROSCAS E PARTE INTERNA.

    OBS 3: NO DEIXAR DE LEVAR A DECLARO DE VACINAO DE

    AFTOSA NA DEFESA SANITRIA ANIMAL OU NA COOPERATIVA PARA

    CONTROLE DO ESTADO DA VACINAO ( EVITE MULTAS POIS A

    VACINAO CONTRA AFTOSA OBRIGATRIA ).

    CAPTULO VIII

    HIGIENE E SEGURANA NO TRABALHO

    O trabalhador rural vive num ambiente sadio, sem poluio, com poucos

    momentos de estress e com uma alimentao sadia desde que ele plante e

    colha o que come. Mas evidente que existem momentos em que existem

    risco a sua sade e a sua integridade fsica, por isso deve estar atento as

    seguintes regras, pois, em caso de doena ou acidente tanto o empregado

    como o empregador tm prejuzo com os dias parados:

    1-) Sempre que puder lavar as mos principalmente antes das refeies.

    ISSO FUNDAMENTAL para a nossa sade e a sua manuteno.

    2-) Ao utilizar materiais cortante lav-los ANTES E DEPOIS DE UTILIZA-

    LO. Manter esses instrumentos em lugares limpos e seguros ( facas,

    agulhas, serras etc... ).

    3-) Andar calado, de preferncia de BOTAS para proteger de vermes,

    carrapatos, cobras etc... A Bota pode ser quente e desconfortvel, mas, o

    que ela evita ( mordeduras, doenas por carrapatos, cortes profundos no p

    etc... ) muito mais.

    4-) Trabalhar com os animais com calma e sempre concentrando-se no

    trabalho para evitar acidentes. Antes de qualquer trabalho verificar se o

    material que ir utilizar ( cordas, ferros, agulhas, seringas etc... ) esto a

    disposio e de fcil acesso. No comece um trabalho sem antes de

    PLANEJAR O QUE IR FAZER; A maioria dos acidentes acontecem por

    falta de planejamento; No custa nada verificar se o Brete est em boas

    condies de uso antes de utiliz-lo; De repente uma tbua solta ou uma

    dobradia enferrujada causa um grave acidente; Verifique tudo antes de

    iniciar o trabalho.

    5-) A vaca, o Touro e o Bezerro tem a tendncia de dar o coice para o lado

    e no para trs como o cavalo; E ELES SO RPIDOS E FORTES; Ao

  • chegar perto de um animal v com calma. No caso aqui o SER

    RACIONAL voc, portanto quem deve tomar os cuidados e planejar o

    que fazer no o animal.

    6-) Tenha sempre em mos para os Primeiros Socorros: GAZE,

    ESPARADRAPO, MERCRIO CROMO OU MERTIOLATE, GUA

    OXIGENADA, UMA TESOURA E LUVAS.

    7-) MANTENHA EM DIA A VACINA ANTI-TETNICA: Estamos no

    meio rural num ambiente onde os cortes so constantes. Desses cortes

    muitos so em materiais enferrujados onde vivem as bactrias do ttano,

    doena perigosa e mortal para o ser humano. importante procurar um

    Posto de Sade e manter o empregado vacinado contra essa doena j que

    bastante perigosa, mas, pode ser evitada com a vacina em dia.

    8-) Lembre que quando voc se arrisca e diz que o problema seu, na

    verdade no pois algum tem que lev-lo a um Hospital e muitas vezes

    tem que ficar com voc l durante alguns dias; Portanto o problema de

    todos; No se arrisque a toa, siga as normas de segurana e higiene e tenha

    qualidade de vida para voc e para a sua famlia.

    A PROTEO DO MEIO AMBIENTE

    - Em meio ao caos que est se tornando o nosso planeta em relao ao

    clima, fundamental que cada um faa a sua parte para preservar o meio

    ambiente e para isso devemos comear pela nossa propriedade com as

    seguintes regras bsicas:

    1-) TODAS as embalagens de produtos utilizados na propriedade tais

    como: medicamentos, adubos, raes etc... devem ser descartados. No

    deixar embalagens e vidros jogados no estbulo, no pasto e ao redor das

    construes pois, alm de poderem causar acidentes graves contaminam o

    ambiente com resduos.

    2-) AS embalagens de Agro-Txicos devem ser devolvidas para as casas

    comerciais que as venderam, pois elas esto orientadas a receb-las e dar o

    destino correto a elas de acordo com a legislao ambiental.

    3-) NO realizar queimadas sem a orientao de rgos competentes.

    Mesmo aceiros ( reas abertas para evitar a propagao do fogo ) devem ter

    a orientao de pessoas que tm a experincia no assunto ( bombeiros por

    exemplo ). Agora, o certo mesmo e NO UTILIZAR O FOGO para limpar

    reas e outros procedimentos. O Fogo SEMPRE ir prejudicar o meio

    ambiente e o seu solo destruindo o trabalho de centenas de ano da natureza

    que formou aquele solo, dando vida a ele.

    4-) AS rvores nativas no devem ser derrubadas sem a autorizao do

    rgo responsvel no municpio. Mesmo as rvores plantadas para corte (

    tais como eucalipto, pupunha etc... ) devem ter um registro para o corte

    registrado no Ibama atravs do rgo ambiental municipal. Cortar rvores

  • um crime ambiental e deve haver autorizao com uma boa justificativa

    para tal ato.

    5-) Retirar arola crime ambiental dos mais graves. S com autorizao

    expressa dos rgos responsveis do setor. A retirada causa estrago severo

    a sua propriedade. O que a natureza leva anos e anos construindo,

    destrudo pelo homem em poucas horas e a natureza levar centenas de

    anos para reconstruir. Essa retirada causa um grande desequilbrio ao meio

    ambiente e a sua propriedade. Preserve a sua propriedade para seus filhos e

    netos e no faa essa retirada que lhe dar recursos momentneos mas

    prejuzos duradouros.

    BIBLIOGRAFIA

    - O BOVINOCULTOR Apostila da EMATER-RIO Dr. Aldecy Jos Hermerly e Dr. Jos Cantarino Villela.

    - ADMINISTRAO DE MEDICAMENTOS Livreto do SENAR 1998 Elaborao Administrao Regional de Gois.

    - TRANSMISSO DE DOENAS POR CARRAPATOS Apostila da UFRrJ Professor C. L Massard.

    - REVISTA a Lavoura Dezembro de 2002- Sociedade Nacional de Agricultura.

    - FOLHETOS DA DEFESA SANITRIA ANIMAL DO RJ Aftosa, Brucelose, Raiva e Carbnculo Sintomtico.

    - CUIDADOS COM BEZERROS Embrapa 1996 Dr Mrcia Cristina de Sena Oliveira e Dr Gilson Pereira de Oliveira.

    - CONTENO DE BOVINOS Livreto do SENAR Dr. Leon Enrique Kalinowski Olivera.

    - ALIMENTAO DE CANA X URIA Livreto da EMATER-RIO Dr. Ivan Mondaini Dr Waldir Terran de Carvalho Dr Carlos Alberto Ribeiro.

    - AS LEIS DO VERMFUGO Folheto da SAE Tortuga 1999. - IMPORTNCIA DOS ALIMENTOS VOLUMOSOS NA

    NUTRIO DE RUMINANTES Dr. Ivo Francisco Andrade. - A MOSCA DO CHIFRE VIROU PRAGA Folheto da Revista

    PRODUTOR PARMALAT Janeiro 1999 - PALESTRA SOBRE O CONTROLE DO CARRAPATO DR

    MARCIA PRATA Mdica-Veterinria da EMBRAPA Centro Nacional de Pesquisa em Gado Leiteiro Coronel Pacheco - MG