Bosch nas mãos da Justiça do Trabalhosoal em regime de turno e cargos de nível médio da área...
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O Sindicato dos Metalúrgicos participará ativamente das ativi-
dades do Dia Internacional da Consciência sobre a LER/Dort, pro-
movido pelo Coletivo de Saúde do Trabalhador. No dia 28 acontece
uma mesa-redonda cujos temas principais serão prevenção e
reabilitação. No dia 4 de março, será realizado um grande ato públi-
co no Parque da Cidade, no bairro do Itaigara, em Salvador.
Durante muito tempo aBosch Aratu confiscou 15 minu-tos diários do horário de al-moço dos seus trabalhadores.Agora, o Sindicato entrou comação na Justiça do Trabalho pe-
dindo o ressarcimento em do-bro por parte da empresa dosvalores relativos aos últimoscinco anos. A primeira audiên-cia está prestes a acontecer.Trabalhador da Bosch Aratu: se
você ainda não é sindicalizado,preencha logo sua ficha e par-ticipe da ação coletiva. É umdireito seu.
Ao contrário das outras empre-sas, a ABB não trata com a devidaimportância os trabalhadores quepossuem o Certificado Abraman,que acabam recebendo saláriosinferiores ao de trabalhadores eminício de carreira. Lamentável.
Nº 114
26/02/07
Bosch nas mãos daBosch nas mãos daJustiça do TrabalhoJustiça do Trabalho
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LER/Dort ABB
O incentivoa leituraserá uma
das prioridadesem Salvador em2007, graças auma lei de OlíviaSantana (PCdo-B) aprovada pelaCâmara Munici-pal. A vereadora
explica como será o Ano da Leitura.
O que é a lei e qual a sua importância?A lei que institui 2007 como o Ano daLeitura em Salvador chama a atenção dopoder público, das instituições privadas eda sociedade em geral para necessidadeda realização de políticas de incentivo àleitura. A escola não pode garantir sozi-nha a formação dos seus alunos. O hábitode ler amplia os horizontes das pessoas,alarga a sua possibilidade de compreen-são e interpretação da realidade. O livro étambém objeto de luta. A leitura é instru-mento de empoderamento do povo.Entendo que a lei não é minha, mas dacidade, do povo de Salvador,
De que forma o projeto pode incentivara leitura?Através de parcerias envolvendo poderpúblico, ongs e empresas. De iniciativasdas próprias escolas públicas e privadas.
De programas governamentais - nos trêsâmbitos - de barateamento de livros eincentivo à produção local etc.
E quanto às bibliotecas públicas?Salvador, com mais de 2,6 milhões dehabitantes, precisa ter uma política deampliação das bibliotecas. Dispomosapenas de duas bibliotecas municipais:uma delas parada, a outra funcionandoprecariamente. É preciso garantir aconstrução de outras, melhor equipa-das e situadas no miolo e no subúrbio.Esperamos chegar ao final do ano coma biblioteca Denise Tavares reabertaao público
Quais são as suas expectativas?É que ocorra o envolvimento da popu-lação, das escolas, do poder público, dasempresas, escritores e todos os que li-dam e acreditam na educação como obrade muitas mãos. Especificamente no am-biente de trabalho, acreditamos que asempresas possam criar salas de leitura,que incentivem a leitura entre seus fun-cionários e realizem parcerias com orga-nizações comunitárias e o poder públicopara construção de salas de leitura e bi-bliotecas nos bairros, acessíveis a toda acomunidade.
2 Nº 114 - 26 DE FEVEREIRO DE 2007
Livro é objeto Livro é objeto de luta, diz Olíviade luta, diz Olívia
Ano da Leitura
Só associados
Qual é a empresa que mais discrimi-
na seus próprios colaboradores?
Acertou quem respondeu Caraíba Me-
tais. Agora, ela resolveu instalar o registro
de ponto. Só que bater ponto não é obri-
gatório para todos, apenas para o "pes-
soal em regime de turno e cargos de
nível médio da área operacional e de
serviços de apoio operacional".
Trocando em miúdos, isso significa
que só precisa bater ponto a peãozada
do chão de fábrica, ou seja, aqueles que
todos os dias suam o macacão para pro-
duzir mais e mais, fazendo a empresa
superar recordes de produção e lucro.
Simplificando ainda mais, essa prática
da Caraíba tem nome: discriminação.
Discriminação
Sempre na Caraíba
O s companheiros do turno 6x2
do Complexo Ford aprovaram
em assembléias a nova jornada. Ela
é benéfica para todos, pois garante
mais folgas durante o ano, menos
horas trabalhadas e mais domingos
de descanso. São três semanas no
regime 6 x 2 e na quarta 6 x 3, sendo
a terceira folga flexível em um perío-
do e fixa no outro. Quanto às horas
trabalhadas anualmente, excluindo-
se os feriados, elas caem de 1911
para 1845.
Turno 6x2
E stá na hora da Sian se mexer
em relação a implantação ime-
diata da nova jornada de trabalho.
Recentemente o Sindicato fechou
acordo com a ThyssenKrupp, agora
falta a Sian seguir o exemplo. Ao que
tudo indica, a empresa sairá do imo-
bilismo apenas quando perceber a
mobilização dos seus funcionários.
Jornadana Sian
OSindicato acaba de assinar novosconvênios na área de educação.
Uma excelente oportunidade para quemquer crescer na vida sem gastar muito.Anote:
s A Faculdade Hélio Rocha e Co-légio Integral oferecem desconto de20%. O endereço é rua Fernando Mene-zes Góes, 570, Pituba, em Salvador, e otelefone (71) 2101 5000.
s A escola de educação fundamen-tal Favo de Mel também dá desconto de20%. Fica no Cabula, em Salvador, àrua Silveira Martins, 208 B.
s Já na escola de enfermagem doHospital Evangélico da Bahia, os des-contos vão de 5% a 15%. Fica na rua daMouraria, 56, no centro de Salvador. Os
telefones: (71)3321 3839, 3321 4298 e3321 7386.
s Na Protec, escola de cursos téc-nicos e profissionalizantes de Cama-çari, o desconto é de 18%. O endereço:rua Adelina de Sá, 23, Centro.
Novos convênios,ótimos descontos
Olívia Santana
(Com material da assessoria da vereadora
Olívia Santana)
D urante muitos anos a BoschAratu negou aos seus traba-lhadores o sagrado descanso
na hora do almoço, tirando-lhes 15minutos diariamente. Por muito tempoo Sindicato, aliado dos empregados,alertou para a ilegalidade da prática,sem que a empresa tomasse nenhumaatitude para resolver tamanho abusocontra os direitos dos companheiros ecompanheiras. Agora, a Bosch terá deencarar a Justiça do Trabalho.
Será no dia 28 a primeira audiênciade uma ação movida pelo Sindicato
dos Metalúrgicos contra a Bosch, apartir das 8:40 horas, na 1ª Vara doTrabalho de Simões Filho, na rua Alta-mirando de Araújo Ramos. Na ação,pedimos o pagamento, por parte daempresa, de valor correspondente aodobro das horas de almoço acumu-ladas que foram negadas aos traba-lhadores nos últimos cinco anos, coma devida correção monetária.
A ação é coletiva, e para participaré preciso ser sindicalizado. Por isso,se você ainda não é procure logo oseu diretor de base e peça sua ficha
de sindicalização.
Recuo da empresaEm 2006, o Sindicato já havia in-
formado sobre a ação no boletim dis-tribuído no fim do ano. A Bosch, te-mendo as conseqüências legais, regu-larizou o horário de almoço, conformenoticiamos em outro boletim, datadode 22 de janeiro. Agora, é confiar naJustiça e manter a mobilização paraque a Bosch dê um fim à sua práticahistórica de ignorar a legislação traba-lhista.
Opresidente doS i n d i c a t o
dos Metalúrgicosde Simões Filho,Natan Santos, falasobre as expectati-vas da categoria
em relação à ação contra a Bosch.Por que o Sindicato resolveu en-
trar com a ação?
Para preservar os direitos dos traba-lhadores. Os abusos na Bosch são ina-ceitáveis. Agora, eles terão de prestarcontas à Justiça do Trabalho.
Depois da nossa ação a Boschaumentou o horário do almoço...
É verdade. Depois que saiu no nos-so boletim, eles mudaram o horário, ten-tando iludir o trabalhador. Mas os traba-lhadores sabem que a mudança ocor-
reu após a atuação do Sindicato.Quais as expectativas sobre o
processo?Queremos o cumprimento da lei e que
os trabalhadores sejam ressarcidos peloque lhes foi tomado. Sabemos que osdiretores da Bosch estão temerosos, poissabem que o valor da ação é alto. Noentanto, se houvessem respeitado a lei,não teriam porque temer. Agora é tarde.
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Atuação do Sindicato
Entrevista
Direitos trabalhistas
Amaior produtora de alumínio daÍndia, Hindalco Industries, anunciou
a aquisição da Novelis. O presidente daHindalco, K.M. Birla, disse que o custoda aquisição, incluindo a dívida daNovelis, de 2,4 bilhões de dólares, seráde 5,9 bilhões.
Na unidade baiana, o impasse é ab-soluto. Mantendo uma relação fria comos trabalhadores, a diretoria da empre-sa se recusa a conversar com seusfuncionários sobre o ocorrido. Obvia-
mente, isso gera todo tipo deespeculação e incertezas. OSindicato está em cima docaso e divulgará novas infor-mações assim que houvernovidades.
A Novelis, que tem sedeem Atlanta, nos EUA, foi cria-da há dois anos a partir de umdesmembramento de ativosda gigante canadense do se-tor de alumínio Alcan.
Representantes das unidades deCandeias, Santo André (SP), Pin-
damonhangaba (SP) e Ouro Preto (MG)participaram, nos dias 7 e 8, em Salva-dor, do Encontro Nacional dos Traba-lhadores da Novelis. Na ocasião, defini-da uma pauta única a ser encaminhadaà direção da empresa, além de outrasatividades. Conheça alguns itens dessapauta:
s Pagamento de PLR ou PR de seis
salários nominais s Piso nacional único de
R$ 1.440,00s Redução da jornada de trabalho
sem redução de salários Periculosidade e insalubridade
para quem trabalha em condições derisco
s Fornecimento de laudo técnicoambiental, o PPP, em consonância como grau de risco da empresa
s Pagamento das férias em dobro
s Implantação das comissões deorganização no local de trabalho eleitapelos trabalhadores e com estabilidade
s Discussão sobre o meio ambientede trabalho, saúde do trabalhador, esegurança no local de trabalho
Negócio
Venda da Novelis gera incertezas
Encontro nacional
Bosch enfrenta aBosch enfrenta aJustiça do TrabalhoJustiça do Trabalho
Natan Santos
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BOLETIM INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DOS METALÚRGICOS DO ESTADO DA BAHIA
Presidente: Aurino Pedreira; Jornalista Responsável: Isaac Jorge (Mtb 1518 DRT-BA); Editoração Eletrônica: Eduardo Souza / Maria do Carmo; Impresso na Gráficada Federação dos Metalúrgicos da Bahia, [email protected]; Rua Inácio Tosta, 15 - Nazaré, (71)3243-1622 / STIM-Bahia (71)3243 1622 / STIM-Ca-maçari (71)3622 2600 / STIM-Candeias (71)8133 2598 / STIM-Dias d’Ávila (71)8133 2582/ STIM-Pojuca (71)3645 4985 / STIM-Simões Filho (71)3296 1750
Edição fechadaem 15/02/2007EXPEDIENTE
Insegurança totalInsegurança totalProfissão perigo
C hegou a um ponto into-lerável a insegurançanas empresas metalúrgi-
cas baianas. Em menos de doismeses, ocorreu um número ab-surdo de acidentes provocandoa morte de dois trabalhadores eferimentos em outros, sendoque algum destes estão em es-tado gravíssimo.
Não é novidade para ninguémque um dos principais fatores queprovoca esses acidentes é a pre-carização do trabalho, causada
pela terceirização irresponsávelem grande parte das empresas.
Trabalhadores sem preparoadequado são entregues à pró-pria sorte e colocam suas vidasem risco diariamente por patrõesinescrupulosos. A única coisa queesses empresários conseguemenxergar no seu estreito hori-zonte é o lucro. Dessa forma, tra-tam seres humanos como má-quinas, que servem apenas paraproduzir, cada vez mais.
O Sindicato dos Metalúrgi-
cos não será transigente comessa prática. A Justiça do Traba-lho está sendo acionada pararesponsabilizar as empresas ne-gligentes e, felizmente, a socie-dade desperta para esse pro-blema, como comprova o gran-de número de reportagens so-bre o tema veiculadas recente-mente. O momento é de refle-xão. Só com mobilização con-seguiremos semear um poucode bom senso na cabeça dospatrões.
s Logo no início do ano, Andrédos Santos, que trabalhava naTectenge, empresa de refrigeração,morreu após a explosão de umcompressor. Ele não era habilitadopara o trabalho, mas mesmo assimfoi escalado pela empresa parafazer o serviço.
s No final de janeiro, um traba-lhador teve o pé esmagado quando
fazia a manutenção de uma prensa,na ABB, no Complexo Ford. Nahora, não havia ambulância equipa-da para o devido socorro no local.Foram momentos de desespero.
s Já em fevereiro, um "sopro" emum dos fornos da RDM/Vale do RioDoce provocou queimaduras em seistrabalhadores, alguns em estadogravíssimo. Antes, um outro acidente
havia provocado queimaduras gravesnas mãos de mais um companheiro.
s Ainda em fevereiro, EdvaldoFerreira dos Santos, da MSM, caiu degrande altura durante a montagem doteto da Autometal, em Dias D'Ávila,e morreu. Não havia um técnico desegurança acompanhando o arrisca-do serviço, nem o trabalhador haviapassado por curso de segurança.
De acordo com reclamações feitaspor vários companheiros, a ABB, no
Pólo Petroquímico, está desrespeitandoos profissionais que têm o CertificadoAbraman. Como é sabido, esse certifica-do, obtido após curso de capacitação,torna o trabalhador apto a executar tare-fas mais complexas e, consequente-mente, melhor remuneradas.
O Abraman confere um nível deexcelência ao trabalhador e é aceito portodas as empresas. A Brasken, porexemplo, só admite trabalhadores que opossuam. Na ABB, ao contrário, há pes-soas muito bem qualificadas portadoresdo Certificado Abraman que ganhammenos do que novatos que chegam aomercado agora. Os companheiros ecompanheiras querem saber o porquêdessa distorção. A empresa precisacontinuar a revisão do Plano de Cargose Salários. Parte já foi feito por pressãodos trabalhadores, falta o restante.
Principais acidentes em 2007
AbramanABB