Bordeira
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Transcript of Bordeira
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t o d o o a n o
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FREGUESIa da BoRdEIRaTODO O ANONa Bordeira, as experiências marcam e este é um guia para os sentidos e as sensações, um contributo para que os visitantes conheçam melhor a nossa terra.Há todas as razões para vir conhecer as praias, que se desdobram em dunas ou se aninham no fundo das arribas. As ondas estão todo o ano disponíveis para surfar.A Natureza é um cenário luxuoso, de paisagens únicas, enquanto a gastronomia nos traz os sabores frescos dos frutos do mar, em receitas apuradas pela tradição.As lendas e a história, umas construídas pelo imaginário das nossas gentes, outras relatando os vestígios dos que nos precederam, falam de mouras encantadas, de pescadores e marinheiros, da nossa identidade cultural.Aqui, onde a Europa se debruça no Atlântico, sabe bem viver.
Bem vindos à Bordeira
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As actividades da freguesia falam de uma economia de síntese, entre a
agro-pecuária e a pesca e mais recentemente o Turismo da Natureza (ou
Ecoturismo).
Pesca e mariscagem, surgiam como complemento, isto porque muitas vezes
o mar se punha bravio, a impor respeito.
Conta-se até a passagem de estranhos monstros, que dão hoje pelo nome
de baleias e durante séculos fizeram um percurso migratório na Costa
Vicentina. Temerosos, apenas lhes aproveitavam os esqueletos que davam
à costa, para com as costelas erigir cabanas e das vértebras fazer bancos.
Desde sempre os habitantes das aldeias e dos sítios da freguesia da Bor-
deira, cultivam as várzeas férteis junto das ribeiras. Os campos verdejam
na época do milho e das hortícolas. O burro já foi auxiliar precioso, como
transporte e meio de trabalho.
Nas curvas da serra onde cresce o sobreiro, o pinheiro, o medronheiro e ul-
timamente, o eucalipto, a sobrevivência era garantida pela cortiça, pasta
de papel, madeira e a destila do medronho para aguardente. Em paralelo,
pequenos rebanhos de ovinos e bovinos.
Com o declínio destas actividades, procuram-se outros recursos.
Um deles é a imigração para outras paragens. O outro é o maior desenvol-
vimento de artes piscatórias, aplacados que foram os medos, por um maior
conhecimento dos mistérios do mar, acumulado ao longo de séculos.
Nos anos 30, já haviam pescadores profissionais. José Estevão construiu o
primeiro barco, servindo o adro da Igreja de estaleiro. Mas outros aparelhos
são usados: a linha, a cana, e a amostra de correr. Nassas, covos e alca-
truzes são também utilizados. A mariscagem, prática de toda a família,
fornece os percebes, mexilhões, lapas e burriés. Inventam-se instrumentos,
como a arrilhada, originário da lavoura, e que serve para arrancar os per-
cebes à rocha.
Chega então o tempo actual. Descobre-se que, por um conjunto de circuns-
tâncias, a zona mantinha um invejável património natural, uma riqueza
única.
Quem Somos
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O mar é uma pista perfeita para desportos cheios de adrenalina, lança
desafios que atraem os que gostam de sentir e dominar a sua força pode-
rosa. O perfil de altas arribas mergulha na espuma das ondas. As praias
estendem-se terra adentro em dunas extensas, ou são ninhos de areia
bordejados por rochas. A serra de Espinhaço de Cão contribui com uma
moldura verde potenciada pelos ventos marinhos.
A Bordeira fica justamente no centro do Parque Natural do Sudoeste Alen-
tejano e da Costa Vicentina a abranger no seu amplo arco cerca de 80 km
de território e 13 Km de costa, e oferece a oportunidade de se poder viver a
Natureza em directo.
Aqui, no seu habitat natural, estão identificadas 200 espécies de aves, 750
plantas, das quais 46 são exclusivas de Portugal, e 10 delas que apenas
existem nesta área.
Na costa, encontram-se 460 espécies de algas com destaque para a produ-
ção do ágar-ágar. Plantas que fascinam os apreciadores da flora silvestre,
adaptadas a uma vivência carregada de sol e de sal, a solos que vão das
areias macias aos terrenos pobres de xisto, ou às fissuras das rochas cal-
cárias.
A vida animal não fica atrás. Para além das raposas, javalis, texugos e ga-
tos bravos, encontram-se no meio marinho, crustáceos e uma espécie rara
de polvos. Mas são os peixes e as aves o grande tesouro do Parque. Mais
de 110 espécies de peixes já foram referenciadas. Aqui encontram refúgio
espécies ameaçadas e praticamente desaparecidas noutras paragens.
Nos ribeiros e zonas húmidas habitam mais de vinte espécies, com destaque
para as garças, cegonhas, guarda-rios e galinhas de água. As rochas da
costa abrigam corvos, pombos da rocha, gaivotas, gralhas e muitos outros.
Aves de rapina como as águias, açores, gaviões, mochos e corujas parti-
lham os céus com mais de trinta pássaros diferentes que, como o melro, o
rouxinol e o pintassilgo fazem ouvir os seus trinados por toda a região.
Muitas reproduzem-se nas falésias litorais. Outras voam, em bandos inter-
mináveis, um espectáculo raro a colorir o azul do Atlântico. À beira mar e
nos ribeiros, vivem lontras e nas grutas, os morcegos, animais expulsos de
outros habitats pela poluição.
Neste limiar do Atlântico subsiste um vasto património natural que noutras
paragens já desapareceu e aqui pode ser usufruído por todos os que nos
visitarem.
Experiências que marcam os que gostam de viver a Natureza.
onde vivemos
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A Bordeira é terra marcada pelo mar.
Já foi mar desconhecido, portador de perigos, um caos cósmico, que de for-
ma renitente lá cedeu os seus segredos. O que dantes surgia como incom-
preensível e atribuído a deuses ou monstros marinhos são agora fenómenos
que a meteorologia explica.
Sabe-se hoje de antemão quando o mar está flat, se haverá bom tempo ou
tempestade se a pesca será boa ou se o sol justifica a ida à praia, com um
simples clique para aceder à Web.
Contudo, permanece o misticismo de uma força indomável, o mar envolve
de forma irremediável todos aqueles que escolherem estar na sua proximi-
dade.
A esta atracção não escapa a Bordeira e as suas gentes.
As suas raízes remontam a tempos pré-históricos, do período Neolítico,
como alguns vestígios entretanto descobertos o comprovam. A cultura
mirense, (7.000 A.C.) de povos nómadas a circular entre a foz do rio Mira no
Alentejo e a praia do Burgau no concelho de Vila do Bispo, Algarve, deixou
igualmente as suas marcas. Caçadores e recolectores, os seus machados
serviam para recolher mariscos e para escavar a terra à procura de tubér-
culos. Ao longo dos tempos, outras influências se vão sentindo.
A mina de magnésio do Cerro do Canafrechal, a sul da Carrapateira, teria,
por sua vez, atraído os romanos, como referiu o arqueólogo algarvio Está-
cio da Veiga. E no século XIX, um texto do geógrafo Silva Lopes refere, na
costa entre a Murração e a Ponta Ruiva uma pedreira de “bom lápis preto
para desenho e outra de branco”, extraídos com dificuldade porque o veio,
de tão baixo, ficava coberto pela maré.
As invasões árabes, já encontraram habitantes ali fixados. A pirataria dos
corsários, marroquinos e outros, motivou o forte da Carrapateira, mandado
construir em 1673 por D. Nuno da Cunha de Ataíde, Conde de Pontevel e
Governador do Reino. O forte envolveu o templo já existente, de constru-
ção anterior, como o comprovam os seus retábulos de Santo António e São
Pedro (sec.XVI).
Na Bordeira, a igreja paroquial (1746) possui o arco triunfal, o altar-mor
e os colaterais em talha dourada. O portal do cemitério, em anexo, é de
estilo manuelino. A violência do terramoto de 1755 afectou todos os luga-
res da freguesia.
Uma forma simpática de conhecer um pouco melhor o território e as gentes
locais é visitar o Museu da Terra e do Mar na Carrapateira. A museologia
contemporânea criou, através de tecnologias interactivas, o cenário per-
feito para as memórias da população local. É um espaço vivo e inspirador
que permite olhar para a vida intensa da gente que persiste em manter o
sonho de uma identidade muito própria e plena de autenticidade.
as nossas raízes
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A faixa costeira da freguesia da Bordeira é um dos mais belos troços litorais
do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, um espaço
onde a simplicidade do mundo se desvenda.
O sítio perfeito para umas férias simultaneamente relaxantes e cheias de
energia, onde se pode mergulhar na Natureza, nos trilhos e veredas, nas
pregas dos cerros, ou junto ao mar, na franja das altivas falésias, por entre
as dunas e praias de areia fina.
Por aqui está a verdadeira civilização, o equilíbrio de uma vida calma e
uma paisagem surpreendente, temperada pela hospitalidade das nossas
gentes, que não abdicam dos seus valores e da sua autenticidade.
A diversidade das praias convida a visitas todo o ano. Para cavalgar ondas
sobre a prancha de surf ou de body board, observar a flora e a fauna local,
ou deixar-se simplesmente ficar naqueles outros recantos, aninhados por
entre as arribas a gozar o sol e a brisa.
E como esquecer esta estranha gastronomia, oscilando entre os sabores
frescos do mar, os legumes apanhados na hortinha ali ao lado, o mel espes-
so a derreter-se nas receitas caseiras? Não há arroz de lagosta que se lhe
compare, antecedido dos mais frescos percebes, cozidos na água do mar,
ou então de uns mexilhões abertos na chapa, sobre as brasas. Faltam pala-
vras, para descrever um sargo grelhado, o delicado sabor de um salmonete.
Quando sopram os ventos do Outono, é tempo dos jantares de feijões com
batata-doce, cultura biológica a que as areias das várzeas dão um sabor
especial ou de papas mouras, com farinha de milho e carne de porco. Para
rematar, os finos pastéis de batata-doce, perfumados pela canela, e um
cálice de medronho, água da vida, plena de sabor.
Gentes, bichos, plantas, terras, mares, aromas e sabores. Tudo razões para
vir conhecer a Bordeira, ter saudades antes de partir, saber desde logo que
um dia vai voltar.
Aqui a vida sabe bem.
o Sabor da Vida
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Caminhar na Praia do Amado, na orla da maré deixando para trás marcas
que a próxima onda vai desfazer, para que o lugar permaneça sem marcas.
Assistir, do alto do Pontal, ao majestoso voo da águia pesqueira. Surpre-
ender a pequena raposa, atravessando o trilho e logo desaparecendo sob a
capa protectora do sobreiro. Surpreender as brincadeiras da lontra, na foz
das ribeiras ou nas escarpas mais baixas das falésias imponentes.
Deixar que a chuva dos aguaceiros de Verão nos refresque o rosto. Sorver
o vento carregado de sal, quando molda as dunas. Aspirar pela manhã o
aroma das estevas do tojo e rosmaninho. Provar o sabor a mar dos peixes,
dos mariscos, o tempero terrestre do mel e da batata-doce.
Sentarmo-nos, por fim, junto aos pescadores, os que se arriscam na apa-
nha dos percebes escondidos nas rochas molhadas pelas marés e têm, ao
fim do dia, histórias múltiplas para contar.
Percorrer os trilhos da Bordeira, é viver todas as emoções de um mundo
único e muito particular, sem sair da Europa. Aceite o desafio.
os trilhos da Bordeira
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MapasLegendasdas fotografi asCapa - Praia do AmadoP2 - Vista da Malhada da Cerva para a praia da BordeiraP4 - Pescador dirige-se para a Pedra da GaléP6 - Barragem do TacualP8 - Pesca à linha junto ao Pontal da CarrapateiraP10 - Surfi sta na praia do AmadoP11- Os saborosos percebes da CarrapateiraP12 - 1.º linha 1 - Pequena praia na Costa das Alfambras; 2 - Vista parcial da Carrapateira; 3 - Ribeira da Carrapateira serpenteia entre as dunas da Praia da Bordeira; 4 - Barragem do Tacual. 2.º linha 1 - Altar da Igreja da Carrapateira; 2 - Costa da Bordeira; 3 - Uma santola recém-capturada é retirada das redes 4 - Costa da Carrapateira. 3.º linha 1 - Costa das Alfambras na zona da Mallhada da Cerva; 2 - Museu do Mar e da Terra da Carrapateira; 3 - Pequena praia na zona da Malhada da Cerva; 4 - Praia da Bordeira; 4.º linha 1 - Costa da Carrapateira; 2- Surfi sta na Praia do Amado; 3- Praia da Bordeira; 4 - Igreja da Bordeira.P13 - 1.º linha 1 - As surfáveis ondas da Praia do Amado; 2 - Igreja da Carrapateira; 3 - Ribeira da Carrapateira; 4 - Vista para a Carrapateira com a Praia da Bordeira ao fundo. 2.º linha 1 - Vista para o Norte da Praia do Amado; 2 - Formações geológicas na zona da Malhada da Cerva; 3 - Pescadores conferem as artes de pesca junto à Pedra da Galé; 4 - Perpétua-da-praia (Helichrysum procumbens) junto ao Vale Figueiras. 3.º linha 1 - Vale do Paraíso junto à Vilarinha; 2 - Altar da Igreja da Bordeira; 3 - Formações geológicas na Praia da Bordeira. 4.ª linha 1 - linha de água sazonal na malhada da Cerva; 2 - Um sargo recém-pescado; 3 - Vista parcial da Bordeira; 4 - Pesca tradicional no mar da Carrapateira.P14 - Caminhantes na Praia do AmadoP15 - Pinhal do BordaleteP16/17 - 1 - Praia do Vale Figueiras; 2 - Altar da Igreja da Bordeira; 3 - Porto da Zimbreirinha; 4 - Ribeira da Carrapateira no Vale do ParaísoP20 - A caminho da Praia do Vale FigueirasP22 - Lago com nenúfares na CarrapateiraP23 - As inúmeras ilhotas da recortada costa da Carrapateira
P��Percursos temáticos desenvolvidos na brochura "Trilhos de Aromas, Serras e Marés"
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A planta que lhe apetece colher pode ser rara.
deixe-a viver.
Os animais selvagens são isso mesmo.
Respeite o seu espaço e observe de longe e em silêncio,
para não os perturbar.
As rodas do seu carro, as da bicicleta ou as suas botas podem deixar mar-
cas irremediáveis numa paisagem até aí impoluta.
Use os percursos e os trilhos, apenas em grupos até 3 automóveis.
Leve o pic-nic já pronto. Fogueiras e grelhadores só em zonas demarcadas.
No alto de uma falésia ou no meio de um bosque não há recolha de lixo
municipal.
não deixe para trás os restos.
As pessoas que encontrar no caminho têm uma sabedoria feita de experi-
ência vivida. Escute-as, para saber mais do sítio que está a visitar e a sua
curiosidade será satisfeita, se atender a uma forma de estar diferente,
mas genuína. A sua simpatia será, certamente retribuída.
não se esqueça que este é um paraíso que cabe a todos preservar.
Assim, cumprindo estas regras simples, será sempre bem vindo.
o convívio com a natureza é uma viagem de infinitos encantos. Lembre-se:
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Freguesia da Bordeira tel 282 973 141fax 282 973 144www.cm-aljezur.pt/jfbordeira
Câmara Municipal de aljezur tel 282 990 010fax 282 990 011www.cm-aljezur.pt
Gabinete de turismo e Cultura tel 282 990 010fax 282 990 011
Posto de turismo } aljezurtel 282 998 229
Museu do Mar e da terra da Carrapateiratel 282 970 000
GnR } aljezurtel 282 998 130fax 282 991 174
GnR } Brigada Fiscaltel 282 998 469fax 282 998 098
Bombeiros Voluntários de aljezurtel 282 998 258fax 282 990 149
Centro de Saúde } aljezurtel 282 990 200fax 282 990 201
Extensão de Saúde } Bordeiratel 282 973141
Farmácia } aljezurtel 282 998 120
Protecção Civiltel+fax 282 998 808
Ctt } aljezur tel 282 990 161
Contactos úteis
Desi
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Pro
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