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    B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 421-427, maio/nov. 2004 421

    Em busca da bioestratigrafia de alta resoluo Em busca da bioestratigrafia de alta resoluo Em busca da bioestratigrafia de alta resoluo Em busca da bioestratigrafia de alta resoluo Em busca da bioestratigrafia de alta resoluo

    a performance do zoneamento de nanofsseisa performance do zoneamento de nanofsseisa performance do zoneamento de nanofsseisa performance do zoneamento de nanofsseisa performance do zoneamento de nanofsseis

    calcrios da Petrobrascalcrios da Petrobrascalcrios da Petrobrascalcrios da Petrobrascalcrios da Petrobras

    Towards a high resolution biostratigraphy the Petrobras calcareous nannofossil zonation performance

    Rogrio Loureiro Antunes l Seirin Shimabukuro l Luiz Carlos Veiga de Oliveira l Ana LciaZucatti da Rosa l Simone de Oliveira Costa l Armando Antonio Scarparo Cunha l Francisco

    Henrique de Oliveira Lima

    (originais recebidos em 10.08.2004)

    Palavras-chave: nanofsseis calcrios l bioest rat igraf ia l geologia

    de reservatrio

    Keywords:calcareous nannofossil l biostratigraphy l reservoir geology

    in t roduoO estudo dos nanofsseis calcrios que ocor-

    rem na margem continental brasileira teve inciono final da dcada de 1960. Naquela poca, bus-

    cava-se complementar o Laboratrio dePaleontologia da Petrobras com o mais recentegrupo microfssil de comprovada aplicao naindstria do petrleo. Como resultado destas in-vestigaes pioneiras, Trlsen e Quadros (1971)publicaram o primeiro zoneamento para a mar-gem continental brasileira. Este arcabouobioestratigrgico contava, ento, com 25 biozonas

    (20 para o Cenozico e cinco para o Cretceo ps-Aptiano). Durante a dcada de 1980 a seocenozica foi intensamente estudada, e Richter

    Figura 1

    Zoneamento padro da

    Petrobras (nanofsseis

    calcrios) para o

    Cenozico.

    Figure 1

    Petrobras standard

    zonation (calcareous

    nannofossil) for the

    Cenozoic.

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    Em busca da bioestratigrafia de alta resoluo - Antunes et al.422

    et al. (1993) reestruturaram tal arcabouo pro-pondo 35 biozonas para este Eratema (fig. 1).Com relao ao Cretceo, o incremento da reso-luo foi tambm bastante considervel. Com os

    estudos desenvolvidos posteriormente, durante adcada de 1990 e incio dos anos 2000, a seomesozica marinha da margem sudeste brasileirapassou a contar com 18 unidades bioestratigrfi-cas, entre zonas e subzonas (fig. 2).

    Com este aumento expressivo de detalhe, tor-nou-se possvel individualizar intervaloscronoestratigrficos de amplitude relativamente

    reduzida. Deste modo, a bioestratigrafia com baseem nanofsseis, alm de seu enfoqueexploratrio tradicional, passou a ter um usopotencial no auxlio elucidao de questesestratigrficas que requerem bastante detalhe,como o caso dos estudos relacionados geolo-gia de reservatrios. Isto porque, para determi-nados intervalos, o arcabouo de nanofsseis

    passou a ser visto como um arcabouo muitoprximo ao da alta resoluo.

    os e s tudos noCampo de Roncado r

    O Campo de Roncador foi descoberto em1996. Naquela ocasio, encontrava-se em desen-volvimento um estudo com o objetivo de deta-lhar, em termos bioestratigficos, a seomaastrichtiana da Bacia de Campos. Em funoda descoberta de Roncador e da constatao deque seus reservatrios principais pertenciam quelaidade, os estudos bioestratigrficos foramreestruturados visando dar suporte biocronoes-tratigrfico para as interpretaes geolgicas docampo recm-descoberto. Assim, Oliveira et al.(1999), por meio da bioestratigrafia dosnanofsseis, discriminaram as idades(biocronozonas) dos principais pulsos de areia(fluxos gravitacionais) responsveis pela formaodos reservatrios do Campo de Roncador. Na ver-

    dade, esse trabalho teve uma forte conotaomultidisciplinar, onde, alm da bioestratigrafia dosnanofsseis calcrios, vrias outras ferramentasgeolgicas foram empregadas, tais como: variaesisotpicas do Carbono (13C) e do Oxignio (18O),perfis geofsicos de poos (raios gama, resistividadee snico), sees ssmicas e outros gruposmicrofsseis (foraminferos e palinomorfos).

    De acordo com Oliveira et al. (1999), os reser-vatrios do Campo de Roncador so arenitos denatureza turbidtica posicionados principalmentenos estratos das biozonas N-290.b e N-290.3c(fig. 3). Certas camadas destes reservatrios encon-tram-se interpostas a depsitos pelticos quecontm microfsseis e que permitem umadatao acurada da seo. Em algumas perfura-

    es foi constatada a possibilidade de uma partedos reservatrios do campo situarem-se nasbiozonas N-290.3a e N-280, mais antigas. Aindade acordo com os autores, com o detalhamentobioestratigrfico da seo maastrichtiana do cam-po tornou-se possvel reconhecer e caracterizarde modo mais preciso os hiatos comumente ob-servados na passagem Cretceo - Tercirio, alm

    de alguns outros hiatos intra-maastrichtianos.Depois deste estudo inicial do Campo de Roncador,muitos outros foram elaborados. Assim, atualmen-

    Figura 2

    Zoneamento padro da

    Petrobras (nanofsseis

    calcrios) para o

    Cretceo Superior das

    bacias da margem

    sudeste brasileira.

    Figure 2

    Petrobras Standard

    zonation (calcareous

    nanofssil) for the

    Upper Cretaceous of

    Brazilian Southeastern

    Marginal Basins.

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    te, sabe-se que a deposio de seus reservatriosiniciou-se ao trmino do Campaniano, duranteo tempo da biozona N-270 (Machado Jr. et al.

    2004) e estendeu-se por boa parte doMaastrichtiano.

    b ios tee r i ng no

    Campo de Mar l im su lUm arcabouo biocronoestratigrfico detalha-do condio importante para o bom entendi-mento da evoluo geolgica de um campo depetrleo. Por meio das correlaes biocronoestra-tigrficas possvel conhecer como se deu a depo-sio das camadas ao longo do tempo. Com estainformao, pode-se visualizar a geometria de tais

    camadas e identificar os principais nveis erosivosque condicionam as superfcies sobre as quais ascamadas-reservatrio encontram-se assentadas.

    Uma atividade importante e decorrente desteconhecimento o acompanhamento bioestrati-grfico de segmentos horizontais de poos de

    produo (biosteering). Esta atividade de acom-panhamento consiste na identificaoestratigrfica de um eventual desvio da trajetriahorizontal do segmento: se para cima ou parabaixo do reservatrio (fig. 4). A orientao destedesvio identificada a partir da associao fssilreconhecida nas amostras provenientes da perfu-rao. Assim, a partir do monitoramento bioes-

    tratigrfico no local onde a perfurao executa-da, a informao obtida capaz de orientar, emtempo hbil, as manobras mecnicas necessriasao acerto da trajetria do segmento, no caso deverificao de um desvio. Antunes et al. (2002)empreenderam estudo deste tipo nos reservat-rios eocnicos do Campo de Marlim sul. Para odesenvolvimento desta pesquisa foi necessrio um

    enfoque de detalhe na seo que compreende osreservatrios, que so arenitos provenientes daatuao de fluxos gravitacionais subaquosos. As-

    Figura 3

    Seo estratigrfica

    na rea do Campo de

    Roncador (modificado

    de Oliveira et al.1999).

    Figure 3

    Stratigraphic section

    in Roncador field

    (mod. Oliveira et al.

    1999).

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    sim, alguns poos foram selecionados e a seo deinteresse teve o contedo nanofossilfero investiga-do detalhadamente em amostras de calha espaa-das de 3 m ou de 6 m. Por se tratar de uma investi-

    gao de detalhe, as amostras paleontolgicas noforam utilizadas, como no caso da pesquisaexploratria. Como se sabe, amostraspaleontolgicas so compostas a partir de calha egeralmente referem-se a um intervalo com espes-sura igual ou superior a 15 m. Alm do materialde calha, tambm foram investigadas amostraslaterais e de testemunhos disponveis.

    Por meio da anlise das amostras laterais obti-das junto a nveis pelticos foi possvel identificar,em certas perfuraes, biozonas que no foramassinaladas nas amostras de calha, uma vez queestas ltimas encontravam-se empobrecidas em

    Figura 5

    Seo estratigrfica

    na rea do Campode Marlim sul

    (modificado de

    Antunes et al.

    2002). Veja-se

    tambm a figura 1.

    Figure 5

    Stratigraphical

    section in the

    Marlim sul field

    (mod. Antunes et al.

    2002). See figure

    1 also.

    Figura 4 - Monitoramento

    bioestratigrfico

    (biosteering) em segmentos

    horizontais de poos.

    Figure 4 - Biosteering

    in horizontal wells.

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    nanofsseis por problemas de contaminao dosnveis mais arenosos situados acima. Portanto, aamostragem lateral e tambm aquelas de teste-munhos que cortaram nveis pelticos, foram de

    capital importncia para a caracterizao de cer-tas biozonas. Com as informaes obtidas, foipossvel elaborar uma seo estratigrfica quepode ser vista na figura 5. Para a confeco destaseo tentou-se estabelecer uma associao en-tre as biozonas e as feies grafo-eltricas obser-vadas nos perfis geofsicos (no ilustradas na figu-ra 5). Mais uma vez, os resultados obtidos com a

    investigao das amostras laterais e de testemu-nhos foram fundamentais para esta associao.Embora considerado de detalhe, o estudo desen-volvido por Antunes et al. (2002) valeu-se dozoneamento bioestratigrfico de Richter et al.(1993), estabelecido para um contextoexploratrio (fig. 1).

    a a l t a r e so luoEm geral, os profissionais de Geologia que li-

    dam com a bioestratigrafia sempre esto empe-nhados em reconhecer os melhores biorizontes deum intervalo e a partir deles propor unidades bio-

    estratigrficas. Como praxe na indstria do pe-trleo, estes biorizontes geralmente referem-se anveis de extino de espcies, uma vez que podemser precisamente identificados em amostras de ca-lha ou em amostras paleontolgicas. Este tipo deamostragem rotineiramente realizada em poosde petrleo. Em face de problemas de contamina-o (por material que se encontra acima da pro-

    fundidade que a amostra representa), outros even-tos biolgicos no podem ser identificados com amesma preciso. Tais eventos so relacionados aosurgimento de espcies ou proliferao de umaou mais entidades taxonmicas(acmes).

    Na medida em que mais e mais biorizontesso reconhecidos em um intervalo estratigrficoespecfico, a bioestratigrafia passa a ser denomi-nada bioestratigrafia de alta resoluo. Esta ex-presso foi criada justamente para mostrar o va-lor que as investigaes micropaleontolgicas po-

    dem ter no que se refere s investigaes de ex-tremo detalhe.

    No estabelecimento da alta resoluo, busca-se, sempre, o maior refinamento possvel. Ao in-

    vs de estabelecer um arcabouo para a bacia e/ou aplicar este zoneamento em um poo, objeti-va-se, agora, reconhecer uma sucesso debiorizontes que seja aplicvel a um intervaloestratigrfico de interesse, como aqueles que con-tm os reservatrios de um campo de petrleo.Assim, a bioestratigrafia de alta resoluo objeti-va auxiliar a discriminao destes reservatrios que

    geralmente so formados em intervalos do tem-po geolgico bastante reduzidos. Neste contex-to, o zoneamento bioestratigrfico obtido e apli-cado por Oliveira et al. (1999) para o Campo deRoncador (fig. 3) pode ser visto como um traba-lho muito prximo quele de alta resoluo.

    Para a composio de um arcabouo bioestra-tigrfico de alta resoluo faz-se necessria a ob-

    teno de amostras isentas de contaminao,como aquelas provenientes de testemunhos e deamostras laterais. Claro est que estas amostrasdevem ser colhidas nos delgados nveis lutticosque geralmente se interpem s camadas-reser-vatrio (especialmente no caso daquelas forma-das por fluxos densos). Com a disponibilidadedestas amostras, os eventos de surgimento de es-

    pcies e acmes tambm podero ser reconheci-dos precisamente, contribuindo para a formula-o e o aumento da resoluo do arcabouo. Notrabalho de Oliveira et al. (1999), a disponibilida-de de amostras laterais em determinados nveispossibilitou a definio da biozona N-290.3d,cujos limites encontram-se balizados por eventosbiolgicos de surgimento de espcies. Alm disso,em funo dessas amostras, os autores indicarama possibilidade de subdiviso da unidade N-290.3e,o que mais tarde consubstanciou a proposio dabiozona N-290.3f por Grassi (2000). No trabalhode Antunes et al. (2002), na regio do Campo deMarlim sul, algumas biozonas s puderam ser re-conhecidas em face da disponibilidade de amos-tras laterais e de testemunhos.

    Alm do surgimento de espcies e de acmes,outros eventos biolgicos podem compor umarcabouo de alta resoluo. Assim, eventos que

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    seriam considerados secundrios e que ficariamdispersos nas amostras paleontolgicas, poderoter melhor caracterizao nas amostras de calha enas demais, constituindo-se em potenciais

    biorizontes. Deste modo, conclui-se que nas inves-tigaes de detalhe as amostras paleontolgicasperdem a utilidade. Em seu lugar entram as amos-tras de calha (amostras pontuais e representativasde uma certa profundidade) que, embora conta-minadas, podero propiciar uma idia das espciesque ocorrem naquele nvel estratigrfico que elarepresenta. A boa qualidade das amostras, quer

    de calha, lateral ou de testemunho de funda-mental importncia para que a bioestratigrafia dealta resoluo seja bem-sucedida. Esta qualidaderelaciona-se ausncia de contaminao e pre-sena expressiva de microfsseis.

    Na realidade, para o estabelecimento de umarcabouo de alta resoluo no h uma mu-dana de enfoque no que se refere ao objetivo

    principal da bioestratigrafia. H, sim, uma mu-dana na metodologia e na escala de trabalho.Ao invs de se investigar toda a pilha sedimentarque preenche a bacia, deve-se investigar o in-tervalo estratigrfico de interesse, geralmenteaquele que contm os reservatrios de um cam-po de petrleo.

    Alm da tradicional investigao qualitativa,

    onde se procura reconhecer as espcies guias dasbiozonas, anlises quantitativas devem ser efetuadasobjetivando a caracterizao da variao percentualdas principais entidades taxonmicas. Tais variaespodero fornecer subsdios para que um maiordetalhamento seja atingido.

    Nem todos os eventos que sero empregadosno fatiamento da seo-reservatrio tero ne-cessariamente a mesma facilidade de identifica-o. Como se sabe, h eventos biolgicos queso mais facilmente identificados do que outros.Portanto, para cada um deles deve-se atribuir umgrau de confiana. Este grau ser maior ou me-nor, a depender da facilidade ou dificuldade deidentificao de um determinado datum. Imagi-ne-se, por exemplo, um evento que tenha sidoutilizado na composio de um arcabouo de alta

    resoluo, mas que sua ocorrncia seja relativa-mente rara. O fato de tal evento no ter sido

    observado em uma anlise bioestratigrfica nosignifica que ele no exista nas amostras estuda-das. Assim, ter necessariamente um grau deconfiana pequeno.

    Na medida do possvel, devem-se associar oshorizontes estratigrficos, onde os eventos biol-gicos so registrados, s feies grafo-eltricas dosperfis geofsicos, s anomalias ou tendnciasquimioestratigrficas, aos horizontes ssmicos etc.O estabelecimento de um arcabouo bioestrati-grfico de alta resoluo deve ser um estudo denatureza integrada, totalmente inserido na geo-

    logia do reservatrio. Busca-se, agora, integrar ecorrelacionar todas as informaes geolgicasobservadas na seo-reservatrio, atribuindo-lhesuma conotao cronoestratigrfica. Isto permiti-r discriminar as vrias camadas-reservatrio, re-conhecendo-lhes a conformao (geometria), oque facilita a definio de estratgias para aexplotao do campo.

    Atualmente, a equipe de gelogos daPetrobras especializados em bioestratigrafia en-contra-se empenhada em estudar detalhada-mente determinadas sees que contm impor-tantes campos de petrleo. Deste modo, estu-dos bioestratigrficos voltados para a geologiade reservatrios tm sido desenvolvidos. Em facede tais estudos, no que se refere bioestrati-

    grafia dos nanofsseis calcrios, dispe-se hojede subdivises para as biozonas N-520, N-545 eN-570 (fig. 1). De todos esses estudos realiza-dos, o que mais chama a ateno aquele quetrata do refinamento da biozona N-545, emcujos estratos se concentram boa parte dos re-servatrios dos campos gigantes da Bacia deCampos (Marlim, Marlim sul e Marlim leste, en-tre outros). Elaborado principalmente a partirde amostras provenientes de testemunhos, esteestudo permitiu a subdiviso da zona N-545 emdez intervalos bioestratigrficos. Com uma am-plitude geocronolgica total atualmente estima-da em 3,7 milhes de anos, cada intervalo bio-estratigrfico que integra a biozona N-545 temamplitude mdia da ordem de 370 mil anos, oque possibilita individualizar vrios fluxos den-

    sos que formaram as camadas-reservatrio des-ses campos.

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    B. Geoci. Petrobras, Rio de Janeiro, v. 12, n. 2, p. 421-427, maio/nov. 2004 427

    Ainda no passado recente, objetivando odetalhamento bioestratigrfico do intervalo deinteresse em vrios poos dos campos de Marlimsul e Marlim leste, foram coletadas amostras late-

    rais para fins exclusivamente bioestratigrficos. Aobteno de tais amostras tem auxiliado sobre-maneira na individualizao e mapeamento deseus reservatrios produtores.

    agradec imentos Petrobras por permitir a publicao desta co-

    municao e geloga Sylvia Maria Couto dosAnjos pelo incentivo.

    r e f e r nc ia s b ib l i og r f i ca sANTUNES, R. L.; COSTA, S. O. C.; STROSCHOEN Jr.;CORA, C. A. G. Biosteering na perfurao de pooshorizontais nos reservatrios Enchova do campo

    de Marlim Sul Bacia de Campos. Rio de Janeiro :PETROBRAS. CENPES. PDEP. BPA, 2002. 120 f. Relat-rio interno (RT BPA 008/02).

    GRASSI, A. A.Arcabouo bioestratigrfico (nanofsseis

    calcrios) do limite Cretceo-Tercirio da margem les-te brasileira. Maca : Petrobras. E&P BC. GEXP. GELAB,2000. 1 v. Relatrio interno.

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    autor

    Rogrio Loureiro Antunes

    Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes)

    Gerncia de Bioestratigrafia e Paleoecologia

    e-mail:[email protected]

    Rogrio Loureiro Antunes graduou-se em Geologia pela UniversidadeFederal do Rio de Janeiro (UFRJ), em fins de 1978. Em janeiro de 1979ingressou na Petrobras, sendo designado para trabalhar com abioestratigrafia dos nanofsseis calcrios. Em 1990 obteve o grau deMestre em Cincias e, em 1998, o de Doutor em Cincias, ambos pelaUFRJ. Tem se dedicado ao estudo do nanoplncton por mais de 20anos. Alm disso, o responsvel pelo treinamento de vrios gelogosda Petrobras na bioestratigrafia dos nanofsseis calcrios. Na readidtica, j ministrou cursos relacionados Geologia em vriasUniversidades. instrutor da Universidade Corporativa da Petrobras.

    a u t h o r

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