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    UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA UNOESC CAMPUS DE XANXERCURSO DE EDUCAO FSICA

    RODRIGO VICENZI CASARIN MARCOS TEONISTO CELLA

    ANLISE DAS SESSES DE TREINAMENTO DE FUTEBOL ENTRE CATEGORIAS DE BASE E ESCOLINHAS

    Xanxer2008

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    RODRIGO VICENZI CASARIN MARCOS TEONISTO CELLA

    ANLISE DAS SESSES DE TREINAMENTO DE FUTEBOL ENTRE

    CATEGORIAS DE BASE E ESCOLINHAS

    Relatrio de Pesquisa apresentado ao curso deEducao Fsica como requisito parcial paraconcluso da disciplina de Estgio SupervisionadoIV, pela Universidade do Oeste de SantaCatarina-Unoesc campus de Xanxer.

    Orientador: Prof. Michel Angillo Saad

    Xanxer2008

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    MARCOS TEONISTO CELLA RODRIGO VICENZI CASARIN

    ANLISE DAS SESSES DE TREINAMENTO DE FUTEBOL ENTRE

    CATEGORIAS DE BASE E ESCOLINHAS

    Relatrio de Pesquisa apresentado ao Curso de Educao Fsicada UNOESC, campus de Xanxer, como requisito parcial paraobteno do ttulo de Licenciado em Educao Fsica.

    Aprovado em 12 de dezembro de 2008.

    BANCA EXAMINADORA

    Prof. Ms. Michel Angillo Saad- Orientador -

    Prof. Esp. Sergio Ricardo Mendes dos Santos

    Prof. Esp. Alexandre Badotti

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    DEDICATRIA DE RODRIGO

    Dedico este trabalho a minha namorada Dalyne, pelo amor, compreenso e

    incentivo nas horas difceis de minha jornada. minha me Nilza e minha nona

    Clementina, pelos ensinamentos e condutas morais, bem como todo amor ao longo dosanos. Ao meu sogro Jos e minha sogra Marga, pelo apoio e carinho. A todos

    familiares, amigos e pessoas que estiveram presentes em minha vida. A todos os

    professores, especialmente a meu orientador Michel Angillo Saad que auxiliaram em

    minha formao pessoal e profissional ao longo de minha carreira escolar e acadmica.

    DEDICATRIA DE MARCOS

    Dedico este trabalho aos meus pais, Ivanir Cella e Maria Ceclia Cella. A minha

    irm Jiana Glucia Cella. Aos amigos. Ao meu orientador, Michel Angillo Saad. Aos

    professores. E a todos confiaram em minhas capacidades e auxiliaram em minha

    formao pessoal e profissional.

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    ANLISE DAS SESSES DE TREINAMENTO DE FUTEBOL ENTRE ECATEGORIAS DE BASE E ESCOLINHAS

    Rodrigo Vicenzi Casarin, Marcos Teonisto Cella

    Orientador: Michel Angillo Saad

    Rodrigo Vicenzi Casarin , Marcos Teonisto Cella

    Orientador: Michel Angillo Saad

    Este estudo teve como objetivo analisar os contedos das sesses de treinamentos defutebol da categoria de base de um clube profissional e de uma escolinha na categoriasub 15. O estudo caracterizou-se por uma pesquisa descritivo-exploratria. Utilizou-sea tcnica de observao sistemtica e direta das sesses de treinamento com oemprego de filmadora e posterior transcrio dos dados em fichas de observao, bemcomo um questionrio como instrumentos de coleta de dados. Participaram desteestudo, praticantes de futebol do gnero masculino em categoria de base e emescolinha pertencentes a categoria sub-15, sendo uma categoria de base de um clubede futebol profissional da cidade de Florianpolis e uma escolinha da fundaomunicipal de esportes da cidade de Pinhalzinho, ambos de Santa Catarina, bem comoos respectivos treinadores. Os resultados obtidos indicam que o tempo total detreinamento da categoria de base (858) foi maior que o tempo total de treinamento daescolinha (642). Verificou-se ainda que os treinadores ocupam a maior parte do tempogeral com o jogo propriamente dito. Percebeu-se uma nfase maior no treinamento

    fsico (180) por parte da categoria de base, enquanto a escolinha preferenciou otreinamento de combinao dos fundamentos (105). Os exerccios do complexo deJogo I, ou seja, situaes de jogo, enfocando aspectos tcnico-tticos, foram realizados5 vezes na equipe da categoria de base. J na equipe da escolinha, foram identificadas6 situaes. Ficou evidente que na categoria de base foram trabalhados com maiornfase os exerccios de complexo de jogo II (50). Ao analisarmos os dados obtidos naobservao dos treinamentos, importante considerarmos os objetivos distintos decada equipe. Ficou clara a maior cobrana por resultados e maior preocupao com orendimento da categoria de base, num perodo de jogos decisivos do campeonatoestadual, enquanto a escolinha realizava seus treinamentos sem mais perspectivas decompeties formais para o ano. Os resultados obtidos revelam aspectos importantes

    sobre as metodologias do ensino e do treinamento da modalidade de futebol. Procurou-se evidenciar nesse trabalho, uma reflexo crtica, contribuindo para a evoluo doensino-aprendizagem-treinamento do futebol, possibilitando um aprofundamento dosprofissionais envolvidos nesse processo. Entendemos que nossas constataes noresolvero todos os problemas que envolvem o treinamento, mas acreditamos que esteestudo possa contribuir para a evoluo do futebol, bem como servir de referencia paraoutras investigaes.

    Palavras-Chave: Futebol. Escolinha. Categoria de Base.

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    SUMRIO

    1 INTRODUO .............................................................................................................3 2 REVISO DE LITERATURA.........................................................................................65.1 A ESPECIALIZAO ESPORTIVA............................................................................6 5.2 O ENSINO-APRENDIZAGEM-TREINAMENTO DAS MODALIDADES ESPORTIVAS COLETIVAS..............................................................................................75.3 CATEGORIAS DE BASE E ESCOLINHAS NO FUTEBOL.....................................10 3 METODOLOGIA .........................................................................................................143.1 CARACTERSTICAS DA PESQUISA......................................................................143.2 SUJEITOS DA PESQUISA......................................................................................143.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.............................................................143.4 COLETA DE DADOS...............................................................................................15 3.5 ANLISE DOS DADOS...........................................................................................15 4 APRESENTAO E DISCUO DOS RESULTADOS............................................16 5 CONSIDERAES FINAIS........................................................................................27 REFERNCIAS .............................................................................................................29 APENDICES...................................................................................................................32

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    31 INTRODUO

    As Modalidades Esportivas Coletivas, desde a sua origem, tm sido

    praticadas pelas crianas e adolescentes dos mais diferentes povos e naes. Suaevoluo constante, ficando cada vez mais evidente seu carter competitivo,

    regido por regras e regulamentos (TEODORESCU, 1984). Por outro lado, os autores

    da pedagogia do desporto tambm tm constatado a importncia das Modalidades

    Esportivas Coletivas para a educao de crianas e adolescentes de todos os

    segmentos da sociedade brasileira, uma vez que sua prtica pode promover

    intervenes quanto a cooperao, convivncia, participao, incluso, entre outros

    (OLIVEIRA, 2002).

    Entre todas as Modalidades Esportivas Coletivas praticadas com bola, o

    futebol a mais apaixonante e que exige combinaes mais complexas do sistema

    neuromuscular. Sua histria ou pr-histria inicia na sia, primeiro na China, com o

    chamado Ts Chu, umas das primeiras referncias ao jogo praticado com as mos e

    com os ps, e, depois na era medieval, no Japo, com o nome de Kemari (ROSE

    JUNIOR, 2006).

    Na sociedade contempornea, o futebol tem se mostrado um fenmeno de

    grande relevncia sociocultural e , tambm, amplamente vivenciado pelo brasileiro

    em seu cotidiano e ressignificado a partir de sua institucionalizao e de sua

    apropriao pelos diversos grupos sociais. (VALENTIN; COELHO, 2005).

    Segundo Santos e Scaglia (2007) de fundamental importncia que se tenham

    definies claras a respeito dos objetivos que se deseja atingir com o esporte, para

    que sejam evitados equvocos, como a cobrana exacerbada pela performance.

    Assim sendo, existe a necessidade de se estruturar propostas pedaggicas para o

    ensino do esporte, seja na forma de treinamento ou de lazer.

    Portanto nos deparamos com duas situaes: uma que visa o rendimento,

    buscando constantemente novos talentos, disposta nas categorias de base dos

    clubes de futebol, e outra, com carter ldico-educacional, oferecidas pelas

    secretarias municipais de esporte e demais instncias administrativas do Estado,

    popularmente conhecidas como escolinhas de futebol, focando a participao.

    Diante do exposto, este estudo pretendeu esclarecer o seguinte problema:

    Como so desenvolvidos os contedos nas sesses de treinamentos defutebol em escolinha e em categorias de base?

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    4Considerando o objetivo de analisar as sesses de treinamentos de

    categorias de base e de escolinhas do futebol, propomos os seguintes objetivos

    especficos:

    Identificar os contedos desenvolvidos nas sesses de treinamentos decategorias de base do futebol.

    Identificar os contedos desenvolvidos nas sesses de treinamentos deescolinhas de futebol.

    Comparar os contedos desenvolvidos nas sesses de treinamento dacategoria de base com as sesses de treinamento de escolinhas.

    Este estudo partiu do pressuposto de que atendendo aos objetivos deve

    respondeu as seguintes indagaes:

    Quais os contedos desenvolvidos nas sesses de treinamentos decategorias de base do futebol?

    Quais os contedos desenvolvidos nas sesses de treinamentos deescolinhas de futebol?

    H diferena entre os contedos desenvolvidos nas sesses de treinamentodas categorias de base com as sesses de treinamento de escolinhas de

    futebol.

    A partir do objetivo geral desta investigao, este estudo justifica-se pela

    possibilidade de refletir a cerca do esporte praticado nas categorias de base e nas

    escolinhas de futebol, ou seja, fora do contexto escolar, e apontar como estas

    prticas esto sendo realizadas, de forma a contribuir com a formao integral dos

    seus praticantes.

    A insero de crianas e jovens em modalidades esportivas coletivas,

    regradas e sistematizadas ou mesmo em outros ambientes, requer a delimitao de

    objetivos coerentes e o planejamento das atividades que, posteriormente, serorealizadas durante o envolvimento direto com o esporte e com o ambiente que o

    cerca (COLLET et al., 2007).

    O processo de ensino-aprendizagem de qualquer modalidade esportiva

    coletiva afirma no pode ser feita sem cuidadosa e adequada metodologia, devendo

    considerar os modernos preceitos da pedagogia, da didtica geral e especial, e da

    psicologia, em razo de que h muito tempo j foi ultrapassada a fase do empirismo,

    da auto-aprendizagem e da ausncia de segura orientao (BRACHT, 1983).

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    5Portanto, o presente estudo surgiu da necessidade de investigar a realidade

    das categorias de base e das escolinhas, bem como contribuir para a melhoria da

    qualidade no processo de ensino-aprendizagem-treinamento do futebol.

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    62 REVISO LITERATURA

    2.1 A ESPECIALIZAO ESPORTIVA

    As idades em que os jovens atletas comeam o treinamento especfico e a

    participar de competies de forma regular variam de acordo com as tradies

    existentes em cada pas, assim como a modalidade esportiva considerada

    (BAXTER-JONES, 1995; DE ROSE JUNIOR, 1995; MARTENS, 1988; PAES, 1992;

    ROWLAND, 1996; ZAKHAROV, 1992, apud, ARENA, 2000).

    A fase da especializao esportiva corresponde poca do treinamento em

    que as pr-disposies de especificidade esportiva comeam a ser ressaltadas e

    compreende os dois ou trs primeiros anos da criana ou adolescente na escola

    esportiva; de forma especfica, coincide com a as fases pr-pubertria e pubertria

    (GOMES e MACHADO, 1999).

    Para Barbanti (2005), a especializao representa o elemento principal e o

    mais importante para se ter uma carreira esportiva bem sucedida. Segundo o autor,

    ela produz alteraes relacionadas a especificidade do esporte praticado. Segundo

    Greco e Benda (1998), uma fase contnua na evoluo do jovem adolescente,

    iniciando-se aos 15 anos de idade e percorrendo at a fase adulta. Na concepo de

    Shimitd (2001), o trabalho esportivo especializado deve acontecer aps os 14 anos

    de idade, em que os movimentos relacionados s habilidades esportivas passam do

    estgio especfico geral para o estgio especializado.

    Assim, essa fase deve ocorrer aps o pico de velocidade crescimento da

    estatura, tomando por base a idade biolgica da criana. O pico de velocidade da

    estatura tem, para os meninos, a idade aproximada de 14 a 15 anos e para as

    meninas os 13 a 14 anos de idade. (ASTRAND, 1997). A quantidade de horas detreinamento anual deve ser entre 600h e 1000h (GOMES, 2002).

    De acordo com Verjoshanski (1990), esta etapa de especializao, localizada

    um passo mais acima da pirmide, continuar sua progresso em especificidade e

    deste modo, tanto a preparao ttica, tcnica, fsica e psicolgica, sero levados a

    cabo de um modo unilateral para o esporte praticado. Esta fase normalmente

    desenvolve-se a partir da puberdade, quando o organismo adolescente est apto

    para receber trabalhos mais detalhados e complexos. Em funo da natureza dasModalidades Esportivas Coletivas, Oliveira (2002) confirma que as tarefas de

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    7aperfeioamento ttico-tcnico devem acontecer de forma mais detalhada, atravs

    de estruturas jogadas e com situaes especficas de 1x1 2x2 3x3 5x5 ,

    fortalecendo, tambm, os aspectos fiscos e psquicos dos atletas.

    Alm disso, a questo da especializao esportiva complexa porque

    envolve alm das dimenses tradicionais do jogo, aspectos scios culturais.

    Includos neste contexto esto representantes de vrios segmentos da sociedade,

    como dirigentes, tcnicos, professores e pais, os quais, em algumas situaes de

    treinamento, esperam resultados imediatistas, atravs de uma boa atuao e

    resultados esportivos de seus jovens atletas em jogos e competies (ARENA,

    2000).

    Assim, a fase de especializao deve ser entendida como um meio para

    buscar a excelncia esportiva, e no como um fim. Portanto, dever ocorrer com

    base em uma estrutura slida, que leva em considerao as caractersticas da

    modalidade, o desenvolvimento individual dos praticantes, o aumento regular das

    tarefas e o verdadeiro objetivo do treinamento. (WEINECK, 1991)

    2.2 O ENSINO-APRENDIZAGEM-TREINAMENTO DAS MODALIDADES

    ESPORTIVAS COLETIVAS

    De modo geral, as Modalidades Esportivas Coletivas, contedos de

    disciplinas curriculares ou prticas competitivas, podem ser abordados de diferentes

    maneiras (BAYER,1986).

    Nesse contexto, podem-se observar duas correntes pedaggicas de ensino

    das modalidades esportivas coletivas: uma utiliza os mtodos tradicionais ou

    didticos, decompondo os elementos (fragmentao), na qual a memorizao e arepetio permitem moldar a criana e o adolescente ao modelo adulto. A outra

    corrente destaca os mtodos ativos, que levam em conta os interesses dos jovens e

    que, a partir de situaes vivenciadas, iniciativa, imaginao e reflexo possam

    favorecer a aquisio de um saber adaptado s situaes causadas pela

    imprevisibilidade (BAYER,1986). Conforme o mesmo autor a corrente dos mtodos

    ativos, chamada de pedagogia das situaes, deve promover aos indivduos a

    cooperao com seus companheiros, a integrao ao coletivo, opondo-se aosadversrios, mostrando, ao aprendiz, as possibilidades de percepo das situaes

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    8de jogo", interferindo na tomada de deciso, elaborando uma "soluo mental",

    buscando resolver os problemas que surgem com respostas motoras mais rpidas,

    principalmente nas interceptaes e antecipaes, frente s atividade dos

    adversrios.

    Na concepo de Garganta (1998), tambm h duas abordagens

    pedaggicas de ensino: a primeira mecanicista, centrada na tcnica, na qual o

    jogo decomposto em elementos tcnicos: passe, drible, recepo, arremesso. Os

    gestos so aprimorados, especializados, e suas conseqncias mostram o jogo

    pouco criativo, com comportamentos estereotipados e problemas na compreenso

    do jogo, com leituras deficientes do ponto de vista ttico. As situaes problema

    ocasionadas pelas reais situaes de jogo, so pobres e podem provocar desvios na

    evoluo do aluno/atleta.

    A segunda abordagem de Garganta (1998) a das combinaes de jogo

    contidas na ttica por intermdio dos jogos condicionados, voltados para o todo, nos

    quais as relaes das partes so fundamentais para a compreenso do jogo,

    facilitando o processo de aprendizagem da tcnica. O jogo decomposto em

    unidades funcionais sistemticas de complexidade crescente, nas quais os princpios

    do jogo regulam a aprendizagem. As aes tcnicas so desenvolvidas com base

    nas aes tticas, de forma orientada e provocada.

    Para o ensino-aprendizagem-treinamento, Greco e Benda (1998) adotam a

    pedagogia das intenes, na qual as tcnicas so trabalhadas em situaes

    representadas por exerccios nos seus parmetros particulares de execuo e

    aplicao. Os autores utilizam tambm o mtodo situacional, com situaes de jogo

    de 2x2, 3x3, servindo para o aperfeioamento fsico e tcnico-ttico, as quais

    contribuem para comportamentos tticos posteriores.

    Seguindo essa linha de raciocnio, Paes (2001) arrola experincias prticasem situaes de jogo, em 1x1-2x2-3x3, e ainda o "jogo possvel" como uma

    possibilidade de ensinar as modalidades esportivas coletivas, pois o mesmo pode

    propiciar aos alunos o conhecimento e a aprendizagem dos fundamentos bsicos

    das modalidades coletivas, considerando seus valores relativos e absolutos, e

    tambm aprenderem de acordo com suas possibilidades materiais (locais de

    aprendizagem). Almeja-se, nesse procedimento, a motivao por parte dos alunos

    ou praticantes, para que os mesmos tomem gosto e possam usufruir a prtica

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    9desportiva, como beneficio para melhor qualidade de vida, caso seus talentos

    pessoais no despertem o sucesso atltico.

    Outra proposta de ensino apresentada por Mertens e Musch (1990, apud,

    OLIVEIRA, 2002), tomando como referncia a idia do jogo, no qual as situaes de

    exerccios da tcnica aparecem claramente nas situaes tticas, simplificando o

    jogo formal para jogos reduzidos e relacionando situaes de jogo com o jogo

    propriamente dito. Essa forma de jogo deve preservar a autenticidade e a autonomia

    dos praticantes, respeitando-se o jogo formal. Sendo assim, deve-se manter as

    estruturas especficas de cada modalidade; a finalizao, a criao de oportunidades

    para o drible, passe, e lanamentos nas aes ofensivas. O posicionamento

    defensivo generalizado e procura-se dificultar a organizao ofensiva dos

    adversrios, principalmente nas interceptaes dos passes, estabelecendo uma

    dinmica entre as fases de defesa-transio-ataque.

    Outra corrente o modelo baseado na compreenso Teaching Games for

    Understanding (TGFU), segundo Placek (apud, COSTA; NASCIMENTO, 2004),

    constitui-se num modelo de integrao, que favorece a compreenso dos esportes e

    facilita a transferncia da aprendizagem (THORPE, BUNKER; ALMOND, 1984 apud

    GRAA; MESQUITA, 2002), enunciaram 4 princpios pedaggicos que norteiam a

    estruturao pedaggica desse modelo:

    1) critrio na escolha dos jogos para proporcionar variabilidade nas

    experincias vividas pelos alunos, facilitando a compreenso dos elementos tticos

    do jogo;

    2) a modificao por representao, que modifica a complexidade do jogo

    formal, tornando-o mais simples, atravs de alteraes no espao, tempo e materiais

    utilizados;

    3) a modificao por exagero, atravs do estabelecimento de regras defuncionamento do jogo que considerem situaes especficas de determinados

    aspectos do jogo, colocando os alunos em situao de superioridade ou

    inferioridade numrica;

    4) a complexidade ttica, que deve ser evidenciada progressivamente.

    Observando as premissas acima, pode-se constatar que as novas

    metodologias baseiam-se na verdadeira essncia do desporto futebol, o jogo. Em

    entrevista concedida para Mello (2006), Scaglia afirma que utilizado-se ametodologia pautada nos jogos, o ponto de partida para a transio do gesto eficaz

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    10para o gesto cada vez mais eficiente se d por meio da crescente tomada de

    conscincia das aes. Assim o foco das intervenes pedaggicas do professor

    deve ser o de facilitar a compreenso das lgicas dos jogos (pequenos, mdios e

    grandes), ou seja, facilitar nunca significa dar a resposta pronta para os alunos,

    mas sim ajud-los a construir conhecimentos (SCAGLIA, 2006)

    Nesse entendimento, fica explcito no ocorreram evidncias de que o ensino

    isolado da tcnica ou de movimentos fsicos descontextualizados sejam significativos

    quanto ao ganho de aprendizagem. A aprendizagem no pode ser associada

    somente s capacidades tcnicas ou fsicas. Dessa forma, outros fatores devem ser

    considerados: como as capacidades cognitivo-perceptivas, a motivao para a

    aprendizagem, a relao professor-aluno e a complexidade das tarefas (RINK et al.

    1996).

    Desta forma necessrio que o professor tenha conhecimento sobre as

    novas tendncias de ensino dos esportes, para que possa escolher e refletir acerca

    das abordagens investigadas, utilizando-se dos procedimentos de modo a orientar a

    sua prtica pedaggica (COSTA; NASCIMENTO, 2004).

    2.3 CATEGORIAS DE BASE E ESCOLINHAS NO FUTEBOL

    As expectativas de tendncias mundiais, baseadas na tendncia da

    globalizao, voltadas para a perspectiva da totalidade do indivduo dentro da

    prtica esportiva, clamando para si um campo especfico de estudos cientficos,

    centrado na Cincia do Esporte. Da surge paradigmas distintos do entendimento do

    fenmeno esportivo, sendo o primeiro focado na idia de esporte rendimento e o

    segundo dirigido s perspectivas de participao (TUBINO, 1992).Transferindo essa realidade para o futebol, o conceito de esporte rendimento

    fica evidenciado nas categorias de base, cujo propsito formar ou revelar o atleta

    para o mundo futebolstico, visando resultados competitivos e lucro com sua possvel

    venda.

    Nas categorias de base dos clubes de futebol, entre vrios objetivos

    destacam-se: permitir a possibilidade de correo de vcios do jovem jogador,

    incutir no jovem a predisposio ao trabalho fsico e adequar o jogador s normas do

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    11clube (WILPERT, 2005). Nesse sentido, o processo de treinamento construdo pela

    busca extenuante do aperfeioamento de movimentos e tcnicas.

    Atualmente as categorias de base, principalmente em nosso pas,

    preocupam-se em formar rapidamente o atleta, para atender s necessidades do

    mercado e do mundo profissional. Muitos clubes no levam em considerao o

    processo de formao gradual, ou seja, h uma precocidade e uma forte cobrana

    em cima dos atletas pelo rendimento mximo nos treinamentos e nas competies

    disputadas.

    Azevdo (2008) dispem algumas particularidades das categorias de base:

    - Campos de treinamento em quantidade com excelente qualidade.

    - Materiais esportivos adequados para a prtica esportiva.

    - Vestirios equipados usados antes e depois da prtica esportiva.

    - Sala de musculao e reunies.

    - Equipe multidisciplinar (treinador, preparador fsico, psiclogo, massagista,

    mdico).

    - Busca de retorno financeiro.

    - Competies durante toda a temporada.

    - Metodologia de treinamento bem definida, geralmente tradicional, que visa uma a

    aquisio dos aspectos fsico, tcnicos e tticos por partes, levando os atletas ao

    rendimento total.

    O esporte de alto rendimento ou esporte performance caracteriza-se por

    trazer consigo os propsitos de novos xitos esportivos, a vitria sobre os

    adversrios nos mesmos cdigos, e exercido sob regras pr-estabelecidas pelos

    organismos internacionais de cada modalidade. Define-se desta maneira por uma

    clara fundamentao em regras estritas determinadas por cada instituio que

    exerce o poder sobre sua modalidade (TUBINO, 2001).Ainda para Tubino (2001), h uma tendncia natural que seja exercida pelos

    chamados talentos esportivos, o que o impede de ser considerado uma

    manifestao comprometida com valores democrticos. Podemos entender que a

    busca pelo desempenho, pelo brilhantismo nos esportes, fundamentalmente uma

    busca pelo reconhecimento do talento individual, pela idia de diferenciao numa

    sociedade extremamente hierarquizada que pouco permite e pouco promove o

    reconhecimento para suas classes menos favorecidas se no for atravs de meiosesportivos ou culturais, como o caso da sociedade brasileira.

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    12No difcil escutar falas entre os pais ou mesmo entre os jovens de que eles

    esto tentando adentrar no meio esportivo para ser algum, o que por definio

    remete a idia de que se no for por esta via o jovem continuar a ser um ningum.

    Nessa idia, a competio possui aspectos positivos e negativos,

    dependendo da forma como essa utilizada. Ou seja, a competio pode auxiliar na

    formao integral do atleta, nos aspectos cognitivo, social, fsico e afetivo e nas

    atitudes saudveis e de autovalorizao, se utilizada com objetivo de emancipao,

    integrao e lazer. Porm, se a competio for priorizada para se destacar as

    vitrias, autopromoo e sobrepujana ao adversrio, se estar negando uma

    convivncia sadia, onde o ser humano precisa estar em primeiro lugar (SHIGUNOV;

    PEREIRA, 1993 ).

    Betti (1991) entende que o envolvimento em atividades competitivas, desperta

    grande interesse e motivao, possibilitando desta forma uma maior afirmao

    social, sendo que o seu lado negativo se reflete no caso de possuir toda uma

    conotao burguesa e realando o sistema capitalista industrial (princpio de

    sobrepujana), podendo ocasionar traumas psicoafetivo-sociais.

    Em contraposio, temos o esporte participao, pertencente as escolinhas

    de prefeituras municipais e projetos sociais, tendo com tema central a formao

    diferenciada do atleta, visando principalmente os aspectos sociais e educacionais.

    Conforme Scaglia (1996) parece ser funo bsica da escolinha proporcionar

    um processo de ensino aprendizagem, que venha a possibilitar um aprendizado da

    modalidade em questo, mas que este aprendizado no tenha um fim em si mesmo,

    ou seja, este processo deve estar envolvido em todo um contexto vivido pelo aluno.

    Para o mesmo autor, uma escolinha envolta por uma concepo de educao

    permanente, que, atravs da aplicao de conhecimentos de pedagogia de

    esportes, ter a finalidade e a responsabilidade de possibilitar um desenvolvimentoao aluno, onde o esporte no se restringe a um fazer mecnico, visando um

    rendimento exterior ao indivduo, mas torna-se um compreender, um incorporar, um

    aprender atitudes, habilidades e conhecimentos, que o levem a dominar os valores e

    padres da cultura esportiva o deve estar envolvido em todo um contexto vivido pelo

    aluno.

    Azevdo (2008) apresenta algumas caractersticas pertencentes s

    escolinhas de futebol:- No existe retorno financeiro.

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    13- Estrutura fsica bem menor e com menos qualidade.

    - Apenas o professor est presente na comisso tcnica.

    - Materiais esportivos de menor qualidade.

    - Competies disputadas esporadicamente.

    - H uma pedagogia de formao do cidado, atravs de atividades diversificadas,

    que desenvolvam a totalidade.

    A prtica pedaggica em escolinhas serve como um meio de retirar as

    crianas da rua, do seu pedao, dos lugares onde elas desenvolvem suas redes

    de sociabilidade, onde criam uma relao homem-espao e onde estabelecem suas

    identidades. Tal representao se d sob a perspectiva de que, num ambiente onde

    ocorre o mau funcionamento da sociedade, as crianas estariam se apropriando de

    valores menos humano e compartilhando princpios desviantes, no intuito de traz

    las para o campo esportivo, onde elas se aproximariam de um outro estilo de vida,

    mais civilizado, humano e normativo (SCAGLIA, 1996).

    O esporte participao o esporte referenciado com o principio do prazer

    ldico, e que tem como finalidade o bem-estar social de seus participantes, de se

    notar que, nesta viso, o esporte perderia ao seu vis utilitrio, vis este,

    considerado de suma importncia pelo esporte de alto rendimento, na viso do alto

    rendimento esportivo deve-se sempre realar os ganhos e destacar os indivduos

    que o praticam tornando-os diferenciados em funo de sua tcnica (TUBINO,

    2001).

    Nesse entendimento, torna-se claro que o esporte participao cria a

    possibilidade de uma insero diferenciada do esporte na sociedade, contudo est

    dimenso no possui, no imaginrio social brasileiro, a possibilidade de ascenso

    social virtualmente criada pelo esporte de alto rendimento. (TUBINO, 2001)

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    143 METODOLOGIA

    Neste captulo so descritos os procedimentos metodolgicos utilizados no

    desenrolar do estudo. Em um primeiro momento ser caracterizado o estudo em

    questo, para em seguida descrever os sujeitos da pesquisa. Na seqncia, sero

    abordados os instrumentos utilizados para a coleta de dados, bem como um breve

    comentrio da realizao da coleta de dados e das estratgias adotadas e anlise

    dos resultados, e finalizando uma sntese de como foi realizada a anlise da coleta

    de dados.

    3.1 CARACTERISTICAS DA PESQUISA

    Este estudo e se caracteriza por uma pesquisa descritiva-exploratria. Para

    Trivios (1997), o estudo descritivo descreve com exatido os fatos e fenmenos de

    determinada realidade. Para Nardi e Santos (2003), a pesquisa exploratria busca

    informar ao pesquisador a real importncia do problema, em que estgio se encontra

    as informaes sobre o assunto.

    3.2 SUJEITOS DA PESQUISA

    Participaram deste estudo, praticantes de futebol do sexo masculino em

    Categoria de base e em Escolinha pertencentes a categoria sub-15, sendo uma

    Categoria de Base de um clube de futebol profissional da cidade de Florianpolis e

    uma Escolinha da Fundao Municipal de Esportes da cidade de Pinhalzinho,

    ambos de Santa Catarina, bem como os respectivos treinadores.

    3.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

    Como instrumento de coleta de dados utilizou-se:

    a) Um questionrio (APENDICE A), com questes abertas e fechadas, a ser

    aplicado aos treinadores acerca das concepes e conhecimentos utilizados no

    processo de ensino-aprendizagem-treinamento do futebol. O questionrio buscarobter informaes sobre a biografia do professor/treinador, as fontes de

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    15conhecimentos que subsidiam as sesses de treinamento, a abordagem didtico-

    pedaggica desenvolvida e o planejamento referente ao processo ensino

    aprendizagem-treinamento utilizado nas sesses.

    b) A observao sistemtica e direta das sesses de treinamento com o

    emprego de filmadora e posterior transcrio dos dados em fichas de observao

    (APENDICE B). O esquema adotado foi adaptado e similar aos procedimentos

    utilizados no estudo de Saad (2002) para contemplar a anlise pormenorizada dos

    exerccios realizados. A anlise do processo de ensino-aprendizagem-treinamento

    (APENDICE C) foi realizada basicamente em trs esferas gerais: complexidade

    estrutural das atividades (delimitao espacial, modos de participao e durao das

    atividades), complexidade estrutural das tarefas (funo, classificao e critrio de

    xito das tarefas) e complexidade do campo ecolgico (condutas do treinador e

    atletas).

    3.4 COLETA DE DADOS

    A coleta de dados foi realizada pelos prprios pesquisadores, durante um

    perodo de trs meses (setembro, outubro e novembro). Foram observadas 8 (oito)

    sesses de treinamento de uma equipe de categoria de base e 8 (oito) sesses de

    treinamento de uma escolinha.

    Antes de iniciar a coleta de dados, foi solicitada autorizao junto aos

    professores para a realizao da investigao (APNDICE D).

    3.5 ANALISE DOS DADOS

    Os dados obtidos atravs das filmagens foram transcritos em fichas

    sistemticas de observao e posteriormente agrupados para facilitar a interpretao

    dos mesmos. A discusso dos resultados foi baseada inicialmente na anlise das

    respostas obtidas por meio do questionrio aplicado e da observao direta das

    sesses de treinamento durante o perodo de coleta de dados.

    A anlise descritiva dos resultados foi realizada atravs do agrupamento dos

    dados obtidos para determinao freqncia e freqncia percentual.

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    164 APRESENTAO E DISCUSSO DE RESULTADOS

    Para a anlise dos dados utilizou-se da frequncia relativa e a freqncia

    absoluta em cada aspecto apresentado.

    No que diz respeito s atividades mais freqentes nas sesses de

    treinamento, foi possvel identificar e cadastrar 132 atividades, nas 16 sesses de

    treinamento observadas. Sendo 74 atividades realizadas na categoria de base e 58

    atividades realizadas nas sesses observadas na escolinha.

    A forma como cada treinador distribui o tempo em segmentos do treino

    durante as sesses, permitiu cadastrar 10 tipos distintos de segmentos dos treinos

    (atividades), nas quais se observa: conversa com o treinador, aquecimento sem

    bola, aquecimento com bola, treinamento tcnico, treinamento tcnico-ttico,

    treinamento ttico, treinamento fsico, jogo propriamente dito, intervalo de descanso

    e relaxamento final.

    A categoria de base observada foi de um clube de futebol profissional que

    disputa o campeonato brasileiro da srie B da cidade de Florianpolis (SC). A

    categoria sub-15 conta com 32 atletas em seu grupo, um treinador, um preparador

    fsico, um massagista, um mordomo e um auxiliar de psicologia. Alm de, contar

    com o departamento mdico do clube, nutricionista, fisioterapeuta e assessoria deimprensa.

    O treinador formado em Educao Fsica desde 1991 e ps-graduado em

    Gesto do Desporto e faz parte do Sindicato dos Treinadores Profissionais de

    Futebol do Estado de So Paulo.

    Sua experincia esportiva inclui passagens no futsal e no futebol trabalhou

    em clubes com o Vitria, Grmio, Ava, Figueirense e Flamengo. Possui experincia

    internacional na Hungria e Eslovquia, alm de estgio no ano de 2001 na Espanha,nos clubes Espanyol e Barcelona.

    O planejamento dos treinamentos e jogos da equipe infantil da categoria de

    base realizado com base na competio alvo, ou seja, no campeonato estadual da

    categoria.

    Primeiramente, o treinador realizou um levantamento contendo objetivo,

    suprimentos e materiais necessrios aos treinamentos a serem adquiridos, recursos

    humanos, comisso tcnica e funes, alm de locais e tipos de treinamento.

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    17Os treinamentos iniciaram 4 meses antes da competio. Foram feitas

    programaes mensais, semanais e por sesso de treinamento. A avaliao dos

    atletas feita de forma individual, considerando a freqncia, assiduidade, interesse,

    aproveitamento fsico, tcnico, ttico e escolar alm de disciplina. Outras

    observaes pertinentes sobre os atletas podem ser anotadas em fichas.

    Em relao a escolinha de futebol, foi observada uma Escolinha da Fundao

    Municipal de Esportes da cidade de Pinhalzinho. A escolinha tem 25 alunos e um

    treinador. O treinador formado em Educao Fsica desde 2006, com Ps Graduao

    em Treinamento Esportivo. Sua experienca esportiva inclui pasagens no futsal e no

    futebol como alteta, atuando como atleta em clubes como E. C. Pelotas (Pelotas), G. A.

    Farropilha ( Pelotas), E. C. So Paulo (Rio Grande) e E.C. Taquariense (Taquari).

    Como treinador na escolinha atua a aproximadamente 4 anos junto a FundaoMunicipal de Pinhalzinho.

    O planejamento dos treinamentos e jogos da equipe sub-15 da escolinha de

    futebol realizado de acordo com as competies que sero disputadas. Por se

    tratar de uma escolinha com um cunho social, o treinador traa estratgias para

    selecionar os atletas que participaro das competies.

    A avaliao dos atletas realizada por procedimentos pr-estabelecidos

    (assiduidade, comportamento e cooperao) e tambm atravs do desempenho emtreinamentos e jogos.

    A seguir, sero apresentadas as anlises das sesses de treinamento

    realizadas na categoria de base e na escolinha, sendo observadas 8 sesses de

    treinamento na categoria de base e 8 na escolinha, num total de 16 sesses de

    treinamento.

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    18Quadro 1 Tempo em minutos dos segmentos das sesses de treinamento dacategoria de base

    Segmentos dos Treinos Tempo emMinutos

    FreqnciaPercentual (%)

    Conversa com o treinador 55 6,41%Aquecimento sem bola 96 11,18%Aquecimento com bola 22 2,56%Treinamento Tcnico 65 7,57%Treinamento Tcnico-ttico 87 10,13%Treinamento Ttico 50 5,82%Treinamento Fsico 180 20,97%Jogo propriamente dito 200 23,31%Intervalo de repouso/descanso 72 8,39%Relaxamento Final 31 3,61%

    Total 858 100%

    Quadro 2 - Tempo em minutos dos segmentos das sesses de treinamento daescolinha

    Segmentos dos Treinos Tempo emMinutos

    FreqnciaPercentual (%)

    Conversa com o treinador 42 6,54%Aquecimento sem bola 38 5,91%Aquecimento com bola 70 10,90%Treinamento Tcnico 110 17,13%Treinamento Tcnico-ttico 89 13,86%Treinamento Ttico 20 3,11%Treinamento Fsico 25 3,89%Jogo propriamente dito 170 26,47%Intervalo de repouso/descanso 40 6,23%Relaxamento Final 38 5,91%

    Total 642 100%

    Em relao ao parmetro tempo (em minutos) foram observadas diferenas

    entre a categoria de base e a escolinha. O tempo total de treinamento da categoria

    de base foi de 858 minutos e o tempo da escolinha foi de 642 minutos.

    Em relao aos segmentos do treino: aquecimento sem bola e aquecimento

    com bola, foi verificado que a categoria de base utilizou com maior freqncia o

    aquecimento sem bola (96) e a escolinha o aquecimento com bola (70).

    Quanto ao segmento treinamento tcnico, observam-se diferenas entre as

    equipes. Na categoria de base foi direcionado 7,57%(65), enquanto que a escolinha

    destinou 17,13%(110) do tempo total das sesses de treinamento. Outra

    diferenciao foi no aspecto fsico. A categoria de base utilizou 20,97%(180) e a

    escolinha 3,89%(25).

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    19Conforme pode ser observado no quadro 1 e 2, a atividade de jogo

    propriamente dito , entre os segmentos do treino, a que mais tempo ocupa no

    geral na categoria de base e na escolinha.

    Quadro 3 Tempo em minutos das condies das tarefas das sesses detreinamento da categoria de base.

    Condies da tarefa Tempo emMinutosFreqncia

    Percentual (%)Fundamentos Individuais 42 7,84%Combinao de Fundamentos 34 6,34%Complexo do Jogo I (tcnico-ttico) 30 5,59%Complexo do Jogo II (ttico) 50 9,32%Jogo 200 37,31%Treinamento Fsico 180 33,58%

    Total 536 100%

    Quadro 4 Tempo em minutos das condies das tarefas das sesses de treinamentoda escolinha.

    Condies da tarefa Tempo em Minutos Freqncia Percentual(%)Fundamentos Individuais 30 7,43%Combinao de Fundamentos 105 25,99%Complexo do Jogo I (tcnicottico)

    79 19,55%

    Complexo do Jogo II (ttico) 20 4,95%Jogo 145 35,89%Treinamento Fsico 25 6,19%

    Total 404 100%

    Nos quadros 3 e 4 observa-se que o segmento fundamentos individuais na

    categoria de base foi destinado (7,84%)(42) e, na a escolinha (7,43%)(30) do

    tempo, mostrando a pouca utilizao do trabalho analtico de fixao tcnica.

    Observa-se tambm na categoria de base, a pouca utilizao dos quistos

    combinao de fundamentos (6,34%)(34), complexo do jogo I (tcnico-ttico)(

    5,59%)(30) , contrastando com a escolinha, que teve nos segmentos, combinao

    de fundamentos (25,99%)(105) e complexo do jogo I (tcnico-ttico)(19,55%)(79).

    Quanto ao complexo de jogo II, a categoria de base obteve 9,32%(50), enquanto a

    categoria de base utilizou (4,95%)(20).

    Em relao ao treinamento fsico, a categoria de base utilizou-se de (33, 58%)

    (180) do tempo, dando preferncia para valncia fora, desenvolvida na academia.

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    20Nessa situao evidenciada na categoria de base, Oliveira et al. (2006),

    trazem algumas consideraes onde Mourinho afirma que num exerccio tcnico-

    ttico em que existam ao mesmo tempo muitos saltos, muitas quedas, muitas

    frenagens e muitas mudanas de direo, mais importante do que um outro onde

    se trabalhe a fora de forma isolada ou descontextualizada. J a escolinha teve

    (6,19%)(25), realizando uma sesso de treinamento fsico.

    Quadro 5 - Estruturao dos segmentos das sesses de treinamento da categoriade base.

    Estruturao das seqncias de exerccios Freqncia FreqnciaPercentual

    Fundamento individual + combinao dos

    fundamentos 1

    12,5%

    Fundamento individual + combinao dosfundamentos+ jogo 1

    12,25%

    Combinao dos fundamentos + complexo de jogo I 1 12,5%Combinao dos fundam. + complexo de jogo II 1 12,5%Treinamento Fsico + complexo de jogo I 1 12,25%Treinamento Fsico + complexo de jogo II 1 12,25%Treinamento Fsico + Jogo 1 12,5%Treinamento Fsico 1 12,25

    Total 8 100%

    Quadro 6 - Estruturao dos segmentos das sesses de treino da escolinha.

    Estruturao das seqncias de exerccios Freqncia FreqnciaPercentualFundamento individual + combinao dosfundamentos 1

    12,5%

    Fundamento individual + combinao dosfundamentos+ jogo 1

    12,5%,

    Combinao dos fundamentos + complexo de jogo I 2 25%Combinao dos fundam. + complexo de jogo II 1 12,5%Treinamento Fisco + Jogo 1 12,5%Jogo 2 25%

    Total 8 100%

    Observa-se no quadro 5 e 6 que a estruturao das atividades, compactua

    com a forma com que os segmentos dos treinos (quadros 1 e 2) e as condies das

    tarefas (quadros 3 e 4) foram organizados.

    Assim, a seqncia dos treinos da categoria de base se estruturou em todos

    os segmentos de maneira uniforme, tendo uma porcentagem de (12,25%). Na

  • 8/8/2019 BoletimEF.org Treinamento de Futebol Em Categorias de Base e Escolinhas

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    21escolinha as tarefas combinao dos fundamentos + complexo de jogo I (25%) e

    jogo (25%) foram s progresses mais freqentes.

    Quadro 7 - Frequncia e frequncia percentual dos exerccios de Fundamentos

    Individuais realizados nas sesses da categoria de base.

    Fundamentos Individuais Freqncia FreqnciaPercentualPasse 2 33,33%Controle/ Domnio 1 16,66%Cabeceio 1 16,66%Finalizao 2 33,33%

    Total 6 100%

    Quadro 8 - Frequncia e frequncia percentual dos exerccios de FundamentosIndividuais realizados nas sesses da escolinha.

    Fundamentos Individuais Freqncia FreqnciaPercentualPasse 1 14,28%Controle/ Domnio 2 28,57%Cabeceio 1 14,28%Finalizao 3 42,85%

    Total 7 100

    Na categoria de base, conforme o quadro 7, os fundamentos individuais mais

    realizados nas sesses de treinamento, so os exerccios de passe e finalizao,

    todos com (33,33%). J na escolinha, o quadro 8 apresenta o aspecto tcnico de

    finalizao (42,85%) sendo trabalhado com maio nfase.

    De acordo com Gimenez (2008), como observado nos quadros acima, onde o

    trabalho realizado eram situaes isoladas do contexto do jogo, deve-se reduzir as

    propostas de trabalho que possuem um carter mais analtico ou demasiadamente

    tcnico, ou ainda, que no se desenrole na ausncia de um contexto que comum

    grande maioria das modalidades esportivas de invaso a necessidade de progredir

    no terreno com a bola e a equipa para atingir um alvo.

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    22Quadro 9 - Frequncia e frequncia percentual dos exerccios de combinaes deFundamentos realizados nas sesses da categoria de base.

    Combinaes de Fundamentos Freqncia FreqnciaPercentual

    Conduo- passe e chute 2 20%Conduo e chute 1 10%Conduo-drible e chute 1 10%Conduo-passe e recepo 1 10%Passe e recepo 2 20%Recepo-conduo e chute 1 10%Recepo-passe e chute 2 20%

    Total 10 100%

    Quadro 10 - Frequncia e frequncia percentual dos exerccios de combinaes deFundamentos realizados nas sesses da escolinha.

    Combinaes de Fundamentos Freqncia FreqnciaPercentualRecepo e chute 1 8,33%Conduo- passe e chute 1 8,33%Passe-recepo e chute 2 16,67%Conduo-drible e chute 2 16,67%Conduo-passe e recepo 1 8,33%Passe e recepo 1 8,33%Recepo-conduo e chute 1 8,33%Recepo-passe e chute 1 8,33%Outras Combinaes 2 16,67%

    Total 12 100%

    No geral, os exerccios de combinao de fundamentos mais realizados nas

    sesses de treinamento da categoria de base enfatizam os aspectos conduo

    passe e chute (20%), passe e recepo (20%) e recepo-passe e chute (20%)

    Os elementos passe-recepo e chute (16,67%), conduo-drible e chute

    (16,67%) e outras combinaes (16,67%) constituem os exerccios de combinao

    de fundamentos mais realizados pela escolinha.

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    23Quadro 11 - Frequncia e frequncia percentual dos exerccios de Complexo deJogo I realizados na categoria de base.

    Atividades de Complexo de Jogo-I Freqncia FreqnciaPercentual

    Situao de 3x2 1 20%Situao de 5 x4 1 20%Situao de 6 x5 1 20%Situao de 7 x7 1 20%Situao de 3+Goleirox2 1 20%

    Total 5 100%

    Quadro 12 - Frequncia e frequncia percentual dos exerccios de Complexo deJogo I realizados na escolinha.

    Atividades de Complexo de Jogo-I Freqncia FreqnciaPercentual

    Situao de 1 x1 1 16,67%Situao de 2x1 1 16,67%Situao de 3x2 1 16,67%Situao de 5 x4 1 16,67%Situao de 7 x7 1 16,67%Situao de 3+Goleirox2 1 16,67%

    Total 6 100%

    Nos exerccios de complexo de Jogo I, ou seja, situaes de jogo enfocando

    aspectos tcnico-tticos, na categoria de base foram possveis identificar 5 situaes

    distintas. J na escolinha, foram identificadas 6 situaes.

    Observa-se nos quadros 11 e 12 que nenhuma atividade de complexo do jogo

    foi trabalhada mais que uma vez, mostrando no haver preocupao dos treinadores

    em fixar ou automatizar as situaes de reduo de complexidade ttico-tcnicas

    que envolvem uma partida de futebol.

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    24Quadro 13 - Frequncia e frequncia percentual dos exerccios de Complexo deJogo II realizados na categoria de base.

    CATEGORIA DE BASE SUB 15

    Exerccios de Complexo de Jogo II FreqnciaFreqnciaPercentual

    Movimentao de Sada daDefesa para o Ataque

    2 18,18%

    Movimentao de Lateral 1 9,09%Movimentao de Canto 2 18,18%Movimentao de Falta 3 27,27%Posicionamento deMarcao de Canto

    3 27,27%

    Total 11 100%

    Quadro 14 - Frequncia e frequncia percentual dos exerccios de Complexo deJogo II realizados na escolinha.

    ESCOLINHA SUB 15

    Exerccios de Complexo de Jogo II Freqncia FreqnciaPercentualMovimentao de Sada daDefesa para o Ataque

    2 66,67%

    Movimentao de Falta 1 33,33%Total 3 100%

    Conforme os resultados encontrados, fica evidente que a categoria de basetrabalhou com maior nfase os exerccios de complexo de jogo II, destacando-se as

    movimentaes de falta (27,27%) e posicionamento de marcao de canto (27,27%),

    sendo que algumas dessas situaes ocorreram sem oposio, ou seja, fora do

    contexto do jogo. J na escolinha enfatizou-se a movimentao de sada da defesa

    para o ataque com (66,67%).

    Quadro 15 - Frequncia e frequncia percentual da classificao das atividades

    conforme o modo de participao dos jogadores na categoria de base.

    Participao Categoria dosJogadores Freqncia

    FreqnciaPercentual

    Individual 1 20%Duplas 2 40%Trios 2 40%

    Total 5 100%

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    25Quadro 16 - Frequncia e frequncia percentual da classificao das atividadesconforme o modo de participao dos jogadores na escolinha.

    Participao Categoria dosJogadores Freqncia

    FreqnciaPercentual

    Individual 1 14,29%Duplas 3 42,86%Trios 3 42,86%

    Total 7 100%

    Em relao forma de participao dos jogadores nos treinamentos, os

    quadros 15 e 16 demonstram que ambas as equipes deram preferncias para

    atividades realizadas em duplas e trios.

    Quadro 17 - Frequncia e frequncia percentual da conduta assumida pelo treinadorna categoria de base.

    Conduta dos Treinadores Freqncia FreqnciaPercentualCentrado no treinador 145 47,54%Iniciado pelo treinador 8 2,62%Retroalimentao do Treinador 152 49,83%

    Total 305

    Quadro 18 - Frequncia e frequncia percentual da conduta assumida pelo treinadorna escolinha.

    Conduta dos Treinadores Freqncia FreqnciaPercentualCentrado no treinador 111 41,88%Iniciado pelo treinador 6 2,26%Retroalimentao do Treinador 148 55,84%

    Total 265 100

    Quanto a conduta assumida pelos treinadores, os resultados da categoria de

    base demonstram equilbrio entre as condutas centrado no treinador (47,54%) e

    retroalimentao do treinador (49,83%). Na escolinha foi evidenciada a conduta de

    retroalimentao do treinador (55,84%).

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    26Quadro 19 - Frequncia e frequncia da estruturao das seqncias de exercciosnas sesses de treinamento considerando a funo da tarefa na categoria de base.

    Funo da Tarefa Freqncia FreqnciaPercentual

    Fixao-Competio 2 25%Aplicao-Competio 2 25%Competio 4 50%

    Total 8 100%

    Quadro 20 - Frequncia e frequncia da estruturao das seqncias de exercciosnas sesses de treinamento considerando a funo da tarefa na escolinha.

    Funo da Tarefa Freqncia FreqnciaPercentual

    Fixao-Competio 2 25%Fixao-Aplicao 3 37,5%Aplicao-Competio 1 12,5%Competio 1 12,5%Aplicao-Competio 1 12,5%

    Total 8 100%

    No que diz respeito a estruturao das progresses de exerccios, observa-se

    nos quadros 19 e 20, que no h similaridade entre a categoria de base e a

    escolinha. Enquanto que a categoria de base da preferncia para os exerccios de

    competio (50%), a escolinha enfatiza os exerccios de fixao-aplicao (37,5%).

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    275. CONSIDERAES FINAIS

    A partir do objetivo de analisar as sesses de treinamentos de categorias de

    base e escolinhas no futebol, das consideraes tericas apresentadas na revisode literatura e dos resultados obtidos, as seguintes concluses podem ser

    formuladas.

    A anlise dos resultados confirma algumas similaridades nos segmentos do

    treinamento, principalmente no segmento jogo propriamente dito, onde as equipes

    ocupam a maior parte do tempo integral, sendo que algumas vezes o jogo correu

    sem organizao didtica e interveno construtiva do treinador. Revelou-se

    tambm, nas duas equipes, a pouca utilizao dos exerccios de fundamentosindividuais fora do contexto do jogo.

    Apesar desta constatao positiva, observamos novamente algumas

    semelhanas entre as duas equipes nos exerccios do complexo de jogo I, onde

    ambas as equipes no utilizaram uma progresso lgica, mostrando pouca

    preocupao com a repetio sistemtica das situaes ttico-tcnicas para

    aquisio de padres de comportamentos da equipe.

    Quanto s tarefas mais aplicadas nas sesses de treinamento e o tempo

    gasto em cada segmento nos treinamentos, observou-se diferenas entre as

    equipes. Na categoria de base a preferncia foi dada para o treinamento fsico e o

    complexo de jogo II, enquanto a escolinha deu nfase em suas tarefas para a

    combinao de fundamentos. Tambm observamos que o tempo total de

    treinamento da categoria de base foi superior ao tempo total de treinamento da

    escolinha

    Os resultados obtidos indicam que ambas as equipes, no utilizaram uma

    metodologia apoiada na compreenso, que exija reflexo do ambiente e que vise o

    desenvolvimento de atletas pensantes, j que a realidade do jogo indica a

    necessidade constante de tomada de deciso e antecipao das aes.

    Ao analisarmos os dados na observao dos treinamentos, importante

    considerarmos os objetivos distintos de cada equipe. Ficou clara a maior cobrana

    por resultados e maior preocupao com o rendimento da equipe da categoria de

    base, num perodo de jogos decisivos do campeonato estadual, enquanto a

    escolinha realizava seus treinamentos preparando-se para uma competio regional.

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    28No pretendemos nesse estudo, opor-se aos conceitos de treinamentos vistos

    nas observaes. Inegavelmente os dados obtidos revelam aspectos importantes

    sobre as metodologias do ensino e do treinamento da modalidade de futebol.

    Procurou-se evidenciar nesse trabalho, uma reflexo crtica, contribuindo para a

    evoluo do ensino-aprendizagem-treinamento do futebol, possibilitando um

    aprofundamento dos profissionais envolvidos nesse processo.

    Para findar, entendemos que nossas constataes no resolvero todos os

    problemas que envolvem o treinamento de futebol. Acreditamos que esse estudo

    possa contribuir para evoluo do futebol, bem como servir de referencia para outras

    investigaes que envolvam o futebol em outros ambientes e em diferentes

    contextos.

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    32APENDICES

    APENDICE A - ROTEIRO QUESTIONRIO ESTRUTURADO

    Temas Geradores

    Biografia: Dados Pessoais de Identificao Experincia Esportiva Formao Inicial Formao Federativa

    Fontes de conhecimento do treinador: Formao Inicial e Continuada Consulta de Literatura Especializada

    Abordagem Metodolgica: Fundamentao Terica Procedimentos Metodolgicos Adotados Planejamento anual da equipe Planejamento e organizao da sesso de treinamento Procedimentos de avaliao

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    APENDICE B - FICHAS DE TRANSCRIO DOS DADOS OBSERVADOS Equipe: ___________________ Data:___________ Local: _______________Segmentotreino

    do Atividade Durao Delimitaoespacial Funo ClassificaoCritrioxito

    de Conduta/treinador

    Conduta/atleta

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    34APENDICE C - ANLISE DAS SESSES DE TREINAMENTO

    1. Os segmentos do treino representam momentos distintos observados durante assesses, tais como: conversa com o treinador, aquecimento, preparao

    tcnica/ttica, preparao fsica, intervalo de descanso, parte final ou encerramento,entre outros.2. As atividades constituem unidades de aes organizadas que revelam a estruturaparticipativa e relacional da sesso de treinamento. O padro organizativo da sessopode ser alterado, durante um perodo de tempo determinado, de acordo com adinmica de participao, material, meios ou recursos utilizados, podendo fornecerinformaes teis sobre a estrutura relacional e suas variaes, o fluxo dosacontecimentos, a organizao e uso do tempo e espao, as rotinas e regrasestabelecidas e os papis desempenhados.A identificao das atividades compreende a anlise efetuada da sua estruturasubstantiva que representada por uma denominao (ex: conversa com otreinador; aquecimento sem bola; ...) e apresentao resumida do seu contedodescritivo (ex: o treinador conversa com os atletas reunidos no centro da quadra,corrida lenta, em crculo, com movimentao dos membros superiores e execuodos fundamentos tcnicos do desporto sem bola;...)3. A durao que compreende o perodo de persistncia temporal e resistncia ainterrupo da atividade (ex: 7 min; 5 min; ...).4. A delimitao espacial compreende o espao requerido para a execuo daatividade (ex: quadra de futsal; meia quadra de futsal; ...).5. As tarefas configuram o padro de exigncias distintas dos atletas durante asesso de treinamento. Ao representarem as aes empreendidas com um fimclaramente delimitado e como um meio em si mesmo definido, a anlise das tarefaspermite a compreenso do modo como o treinador transforma os objetivos econtedos do treino em atividades para os atletas, bem como quais as adaptaesefetuadas e quais as demandas estabelecidas.A funo da tarefa pode ser de:Aquisio global da tcnica= tarefa que visa a obteno da idia do movimento ea elaborao do plano motor (realizao da tcnica de forma global, em condiesfacilitadas, onde o indivduo preocupa-se com a execuo do movimento na suatotalidade);Fixao da tcnica= tarefa que focaliza aspectos particulares da execuo tcnica,referenciados aos pontos crticos de sua realizao (centralizao da ateno nos

    pormenores da execuo tcnica);Aplicao da tcnica = tarefa que procura aplicar as habilidades tcnicas msituaes que contenham os ingredientes do jogo, mas que facilitam a ocorrncia doxito (preocupao de integrar os exerccios nas situaes de jogo com as devidasmudanas das dimenses de espao e adaptaes regulamentares);Competio = tarefa que visa aplicar as habilidades tcnicas em situaes queretratam as exigncias da competio oficial (Integrao dos exerccios s situaesde stress competitivo bem como de todos os requerimentos que envolvem acompetio).

    6. As condies da tarefa podem ser classificadas em:

    Fundamento individual = exerccio de aprendizagem lenta, metdica e nonecessariamente relacionado ao jogo ou exerccio de estmulo rpido com prtica

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    35em tempo veloz, durao pequena e envolvendo muitos contatos (ex: chute; passe;recepo; ...); Combinao de fundamentos = dois ou mais fundamentos em condies relacionadas ao jogo (ex: passe e recepo; recepo e chute; ...); Complexo de Jogo= situaes de jogo que combinam enfoque ttico com dois ou mais fundamentos (ex: 2x1; 2x2; movimentao de sada da defesa para o ataque); Jogo= competio governada por regras preestabelecidas, onde os resultados sodecididos pelas habilidades, estratgias ou oportunidades. 7. Os critrios de xito esto relacionados ao tipo de resposta que tem de serdada, para que o jogador tenha xito. O tipo de critrios de xito que colocado noobjetivo do exerccio varia em funo do aspecto a que o treinador quer dar maisnfase na realizao de determinada ao motora, como:Critrios que incidem na realizao correta do movimento(ex: Na realizao dopasse, o jogador coloca o p de apoio dirigidos para o alvo, olhar fixo no alvo emantm a p firme na batida da bola; 10x para a obteno da idia do movimento;10x para fixao da idia do movimento; ...);

    Critrios de xito que incidem no resultado do movimento (ex: Em 20 passeexecutados, 18 devero atingir o alvo; .. );Critrios de xito que incidem na aplicao em situao (ex: Em situao deataque contra defesa de 3x2, executa a habilidade tcnica adequada ao local ondese encontra e situao-problema que se lhe depara; 3 pontos se marcar o tento, 1ponto se finalizar e 0,5 ponto se a defesa roubar a bola; ...)8. O envolvimento ou conduta do treinador pode ser caracterizado enquanto: Centrado no treinador = treinador controla os contatos especficos de cadajogador; Iniciado pelo treinador= treinador coloca a bola em jogo com diversos jogadorespara uma posio predeterminada; Retroalimentao do treinador = treinador providencia informaes aps a resposta do jogador (descrevendo como positiva, negativa,...), corrigindo,modelando, apressando ou reenfocando.9. O envolvimento ou conduta do jogador pode ser caracterizado enquanto: Congruente = conduta do jogador corresponde para a tarefa colocada pelo treinador; Modificador = conduta do jogador muda a tarefa deixando-a mais fcil ou mais difcil; Suportivo= conduta do jogador auxilia na tarefa para a execuo de outros (ex:catar ou buscar as bolas,...); Espera= conduta do jogador de aguardar, pausa, demora.

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    APNDICE D TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

    TERMO DE CONSENTIMENTO E LIVRE ESCLARECIDO

    Prezado(a) Senhor(a)

    Considerando a Resoluo no. 196, de outubro de 1996, do ConselhoNacional de Sade e as determinaes da Comisso de tica em Pesquisa comSeres Humanos, temos o prazer de convid-lo a participar da pesquisa intituladaANLISE DAS SESSES DE TREINAMENTO DE FUTEBOL ENTREESCOLINHAS E CATEGORIAS DE BASE, como projeto de pesquisa vinculado aocurso de Educao Fsica da Universidade do Oeste de Santa Catarina (UNOESC).

    Esta investigao tem como objetivo analisar as sesses de treinamentos deescolinhas e de categorias de base do futebol. Espera-se que esta investigaopossa fornecer informaes importantes que permitam queles envolvidos - epreocupados com o desenvolvimento esportivo regional tomar decises maisinformadas, explorar possibilidades metodolgicas no ensino de esportes coletivos, etambm contribuir na estruturao de futuros cursos de formao de treinadoresdesta modalidade.

    A metodologia adotada prev a coleta de dados atravs da aplicao de umquestionrio com questes de ordem didtico-comportamental que, entre outrasquestes, abordar as metodologias de ensino dos esportes utilizadas em cadaequipe e a filmagens de algumas sesses de treinamento. A permanncia dosinvestigadores nas sesses de treinamento no afetar o desenvolvimento plenodas atividades. Alm disso, ser mantido sigilo das informaes obtidas, bem comoo anonimato dos treinadores e atletas. As informaes coletadas sero utilizadasexclusivamente para o trabalho de pesquisa, cujo acesso est limitado aosinvestigadores.

    Informamos que no haver despesas ou compensaes financeirasrelacionadas sua participao e que ter garantia de acesso, em qualquer etapado estudo, sobre qualquer esclarecimento e eventuais dvidas.

    Certos de contarmos com a sua colaborao para a concretizao destainvestigao, agradecemos antecipadamente a ateno dispensada e colocamo-nos sua inteira disposio para quaisquer esclarecimentos (e-mails:Rodrigo_chipp@hotmail fone: 49 88127222).

    Atenciosamente,

    Prof. Michl Angillo Saad Coordenador da Pesquisa/Professor Orientador

    De acordo com o esclarecido,eu___________________________________________ concordo em participar dapesquisa Anlise das sesses de treinamento de futebol entre escolinhas ecategorias de base, estando devidamente informado sobre a natureza dapesquisa, objetivos propostos, metodologia empregada e benefcios previstos.

    ____________________, _____de setembro de 2008.