BNDES Patrocina Ideologia Partidária Do Governo

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 BNDES patrocina ideologia partidária do Governo, enriquece protagonistas do sistema e empobrece o Brasil? “Descortinando seu véu protetor!”  Salvar  10 comentários  Imprimir  Reportar Publicado por Leonardo Sarmento - 4 horas atrás 22 Trabalharemos com fatos político-sociais e traremos questionamentos. Não infirmaremos a existência de crimes, mas interpretaremos a partir de fatos que demonstram a probabilidade de suas existências. Há diversos fatores que conjugados são capazes de demonstrar o quão democrático é um Estado. Sustentamos porém, que um fator distintivo denota o que é real e o segrega do que é vendido pelo sistema. Esse fator é a transparência das instituições públicas do Estado ou das instituições que simplesmente recebem aporte de

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Artigo de Leonardo Sarmento sobre a utilização do BNDES

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  • BNDES patrocina ideologia partidria do Governo,

    enriquece protagonistas do sistema e empobrece o

    Brasil? Descortinando seu vu protetor!

    Salvar 10 comentrios Imprimir Reportar

    Publicado por Leonardo Sarmento - 4 horas atrs

    22

    Trabalharemos com fatos poltico-sociais e

    traremos questionamentos. No infirmaremos a

    existncia de crimes, mas interpretaremos a partir

    de fatos que demonstram a probabilidade de suas

    existncias.

    H diversos fatores que conjugados so capazes de

    demonstrar o quo democrtico um Estado.

    Sustentamos porm, que um fator distintivo denota

    o que real e o segrega do que vendido pelo

    sistema. Esse fator a transparncia das

    instituies pblicas do Estado ou das

    instituies que simplesmente recebem aporte de

    http://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/171125726/bndes-patrocina-ideologia-partidaria-do-governo-enriquece-protagonistas-do-sistema-e-empobrece-o-brasil-descortinando-seu-veu-protetor?ref=homehttp://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/171125726/bndes-patrocina-ideologia-partidaria-do-governo-enriquece-protagonistas-do-sistema-e-empobrece-o-brasil-descortinando-seu-veu-protetor?ref=home#commentshttp://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/171125726/bndes-patrocina-ideologia-partidaria-do-governo-enriquece-protagonistas-do-sistema-e-empobrece-o-brasil-descortinando-seu-veu-protetor?print=truehttp://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/artigos/171125726/bndes-patrocina-ideologia-partidaria-do-governo-enriquece-protagonistas-do-sistema-e-empobrece-o-brasil-descortinando-seu-veu-protetor?ref=homehttp://leonardosarmento.jusbrasil.com.br/

  • dinheiro pblico em suas contabilidade. Iniciemos

    o presente deste ponto.

    No novidade para ningum que o Brasil tem

    indeclinvel problema grave de infraestrutura.

    Diante dessa questo, o que faz o Banco Nacional

    de Desenvolvimento Econmico e Social (BNDES)?

    Financia portos, estradas e ferrovias no

    exatamente no Brasil.

    Desde que Guido Mantega deixou a presidncia do

    BNDES, em 2006, e se tornou Ministro da Fazenda, o

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e

    Social tornou-se pea chave no modelo de

    desenvolvimento proposto pelo governo. Desde

    ento, o total de emprstimos do Tesouro ao BNDES

    saltou de R$ 9,9 bilhes 0,4% do PIB para R$

    414 bilhes 8,4% do PIB.

    Alguns desses emprstimos, aqueles destinados a

    financiar atividades de empresas brasileiras no

    exterior, eram considerados secretos pelo banco.

    S foram revelados (pequena parcela) porque o

    Ministrio Pblico Federal pediu justia a

    liberao dessas informaes. Em agosto (2014), o

    juiz Adverci Mendes de Abreu, da 20. Vara Federal

    de Braslia, considerou que a divulgao dos dados

    de operaes com empresas privadas no viola os

    princpios que garantem o sigilo fiscal e

    bancrio dos envolvidos. A partir dessa deciso,

    o BNDES est obrigado a fornecer dados solicitados

    pelo Tribunal de Contas da Unio, o Ministrio

    Pblico Federal e a Controladoria-Geral da Unio

    (CGU) solicitarem. Descobriu-se assim uma lista

    com mais de 3.000 emprstimos concedidos pelo

    banco para construo de usinas, portos, rodovias

    e aeroportos no exterior.

    A seleo dos recebedores destes investimentos,

    porm, segue incerta: ningum sabe quais critrios

    o BNDES usa para escolher os agraciados pelos

    emprstimos. Boa parte das obras financiadas

    ocorre em pases pouco expressivos para o Brasil

    em termos de relaes comerciais, o que nos leva a

  • suspeita do carter poltico-ideolgico de suas

    escolhas. A ausncia de transparncia uma das

    principais hipteses de incidncia dos desvios de

    finalidade, portanto razovel at aos que

    carregam teoria garantista como verdadeiro

    preceito de f advindo de uma ordem divina

    inafastvel, sob pena de pecado.

    Outra questo polmica so os juros abaixo do

    mercado que o banco (BNDES) concede s empresas.

    Ao subsidiar os emprstimos, o BNDES funciona como

    umaBolsa Famlia invertida, um motor de

    desigualdade: tira dos pobres para dar aos ricos.

    Explicando, capta dinheiro emitindo ttulos

    pblicos, com base na taxa Selic (11% ao ano), e

    empresta a 6%. Isso significa que ele arca com 5%

    de todo o dinheiro emprestado. Dos R$ 414 bilhes

    emprestados no ano de 2014, R$ 20,7 bilhes so

    pagos pelo banco. um valor similar aos R$ 25

    bilhes gastos pelo governo noprograma Bolsa

    Famlia, que atinge 36 milhes de brasileiros.

    Seguem exemplos de investimentos que o banco

    considerou estarem aptos a receberem investimentos

    financiados por recursos brasileiros:

    Porto de Mariel (Cuba): Valor da obra US$ 957

    milhes (US$ 682 milhes por parte do BNDES).

    Empresa responsvel Odebrecht.

    Hidreltrica de San Francisco (Equador): Valor da

    obra US$ 243 milhes. Empresa responsvel

    Odebrecht. Aps a concluso da obra, o governo

    equatoriano questionou a empresa brasileira sobre

    defeitos apresentados pela planta. A Odebrecht foi

    expulsa do Equador e o presidente equatoriano

    ameaou dar calote no BNDES.

    Hideltrica Manduruacu (Equador): Valor da obra

    US$ 124,8 milhes (US$ 90 milhes por parte do

    BNDES). Empresa responsvel Odebrecht. Aps 3

    anos, os dois pases reatam relaes, e apesar

    da ameaa de calote, o Brasil concede novo

    emprstimo ao Equador.

    http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97981/lei-de-criacao-do-programa-bolsa-fam%C3%ADlia-lei-10836-04http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97981/lei-de-criacao-do-programa-bolsa-fam%C3%ADlia-lei-10836-04http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97981/lei-de-criacao-do-programa-bolsa-fam%C3%ADlia-lei-10836-04

  • Hidreltrica de Cheglla (Peru): Valor da obra

    US$ 1,2 bilhes (US$ 320 milhes por parte do

    BNDES). Empresa responsvel Odebrecht.

    Metr Cidade do Panam (Panam): Valor da obra

    US$ 1 bilho. Empresa responsvel Odebrecht.

    Autopista Madden-Coln (Panam): Valor da obra

    US$ 152,8 milhes. Empresa responsvel

    Odebrecht.

    Aqueduto de Chaco (Argentina): Valor da obra US$

    180 milhes do BNDES. Empresa responsvel OAS

    Soterramento do Ferrocarril Sarmiento

    (Argentina): Valor US$ 1,5 bilhes do BNDES.

    Empresa responsvel Odebrecht.

    Linhas 3 e 4 do Metr de Caracas

    (Venezuela): Valor da obra US$ 732 milhes.

    Empresa responsvel Odebrecht.

    Segunda ponte sobre o Rio Orinoco

    (Venezuela): Valor da obra US$ 1,2 bilhes (US$

    300 milhes por parte do BNDES). Empresa

    responsvel Odebrecht.

    Barragem de Moamba Major (Mocambique): Valor da

    obra US$ 460 milhes (US$ 350 milhes por parte

    do BNDES). Empresa responsvel Andrade

    Gutierrez.

    Aeroporto de Nacala (Moambique): Valor da obra

    US$ 200 milhes ($125 milhes por parte do BNDES).

    Empresa responsvel Odebrecht.

    BRT da capita Maputo (Moambique): Valor da obra

    US$ 220 milhes (US$ 180 milhes por parte do

    BNDES). Empresa responsvel Odebrecht.

    Hidreltrica Tumarm (Nicargua): Valor da obra

    US$ 1,1 bilho (US$ 343 milhes). Empresa

    responsvel Queiroz Galvo.

  • Projeto Hacia El Norte Rurrenabaque-El-Chorro

    (Bolvia): Valor da obra US$ 199 milhes.

    Empresa responsvel Queiroz Galvo.

    Abastecimento de gua da capital peruana Projeto

    Bayovar (Peru): Valor no conhecido. Empresa

    responsvel Andrade Gutierrez.

    Renovao da rede de gasoduto em Montevideo

    (Uruguai): Valor no informado. Empresa

    responsvel - OAS.

    Existem mais 3000 (trs mil) emprstimos

    concedidos via BNDES apenas no perodo entre 2009

    e 2014, porm nem o BNDES nem e o Governo Federal

    fornecem valores.

    Importante refirmar que, o banco est sujeito

    Lei de acesso a informaes pblicas e que os

    contratos da instituio no so protegidos por

    sigilo fiscal ou bancrio porque envolvem recursos

    pblicos. Isso precisa ser colocado, pois, o

    BNDES, como mencionamos, alegou a necessidade de

    preservao da privacidade dos atos referentes

    gesto bancria, argumento absolutamente risvel e

    tosco e no amparado pelo ordenamento. Hoje, o

    BNDES s revela os beneficirios de 18% dos

    emprstimos. Aqui, alm dos robustos indcios,

    teria cabida o uso do brocado de onde h fumaa

    h fogo?

    O pas hoje vive uma das maiores crises de sua

    histria. Sem credibilidade alguma entre os

    investidores internacionais, desacreditado por sua

    forma nada transparente de fazer poltica e

    gesto, sempre apto a perpetrar desvios de

    finalidade e locupletamentos ilcitos aos

    participantes do sistema (fatos!). Um pas sem

    infraestrutura alguma para crescer, sem dinheiro

    para investir no prprio pas para alm das

    inchadas remuneraes dos agentes polticos do

    Estado, que onera a sociedade com uma carga

    tributria confiscatria crescente (fatos!) e

    procura educar nos passando que roubar normal

  • (roubar em seu sentido popular, juridicamente

    atcnico), faz parte...

    Contratos superfaturados onde h consabido conluio

    entre os prestadores de servios para o Estado,

    como so as empreiteiras, com bilhes do errio

    pblico sendo desviados para contas fantasmas no

    exterior em benefcio de agentes polticos,

    intermedirios e empreiteiras. Estas e outras

    prticas transformam o pas, lamentavelmente, em

    uma das mais insinuantes latrinas do mundo, onde

    ficam os dejetos e saem s riquezas (fatos de

    cunho reflexivos).

    O Ministrio Pblico Federal conhece grande parte

    dos autores, do modus operandide conluios dos

    esquemas, enfim, da putrefao do sistema como um

    todo. Apesar de sua independncia devidamente

    constitucionalizada recebe uma presso poltica

    para manter-se inerte verdadeiramente inspita. A

    PF, sem a independncia do MP, controlada pelo

    Ministrio da Justia, leia-se, Governo Federal,

    pouco podem fazer alm do que j fazem,

    lamentavelmente (fatos!).

    Da forma que est o sistema, com o aparelhamento

    escrachado de Estado, aproximado aos vistos em

    ditaduras militares, com uma sociedade pouco

    esclarecida em sua maior poro, e contando que a

    exceo mais esclarecida no tem acesso s

    verdadeiras informaes (ocultadas), preocupadas

    ainda na manuteno diria de suas dignidades

    familiares de subsistncia, a poltica torna-se o

    paraso para se perpetrar o inferno. H sempre um

    cego incapacitado na cena do crime! (Fatos!).

    Princpios constitucionais que nos termos do

    Diploma Constitucional formariam as vigas da

    Administrao Pblica, do Estado, restam

    achincalhados pelo sistema. Moralidade,

    eficincia, transparncia/publicidade, legalidade

    e impessoalidade, princpios insculpidos no art.

    37 da Carta que no apresentam efetividade mnima

    afervel. Como disse Ferdinand Lassale, quando

  • podemos vestir a carapua, umaconstituio escrita

    s ser boa quando corresponder a real, do

    contrrio teremos apenas uma folha de papel.

    J para Hesse, a Constituio no e no deve ser

    um subproduto mecanicamente derivado das relaes

    de poder dominantes, ao contrrio do que sustenta

    Lassale, ou seja, sua fora normativa no deriva

    unicamente de uma adaptao realidade, mas,

    antes, de uma vontade de constituio. quando o

    ser se distancia do dever ser.

    Hesse faz com que o leitor questione sobre o papel

    da Constituio, em seu sentido mais sublime,

    inclusive em momentos de sua maior prova: quando

    da necessidade e crise extrema. Ele o faz na

    medida em que abre um caminho conciliador entre as

    radicais posies, quais sejam: normativa de um

    lado, e de outro diametralmente oposto, espelho

    das relaes entre os fatores reais de poder. Tal

    como afirmado por Hesse, a Constituio somente se

    converter em fora ativa quando se fizer

    presente, na conscincia dos principais

    responsveis pela ordem constitucional, no s a

    vontade de poder, mas tambm a vontade

    de constituio.

    Lassale e Hesse nos so teis para refletir.

    Finalizamos o presente lembrando que o

    Art. 3 da Constituio da Republica Federativa do

    Brasil, em seu inciso II, normatiza ser um de seus

    objetivos fundamentais garantir o desenvolvimento

    nacional. Em momento algum menciona ser objetivo

    garantir o desenvolvimento de outros pases de

    mesma ideologia partidria, deixemos assentado! O

    art. 4 pargrafo nico anuncia que a Repblica

    Federativa do Brasil buscar a integrao

    econmica, poltica, social e cultural dos povos

    da Amrica Latina, visando formao de uma

    comunidade latino-americana de naes. Em momento

    algum menciona garantir o desenvolvimento da

    comunidade latino-americana. H neste particular

    inconstitucionalidade pelo desvio de finalidade

    dos investimentos realizados pelo Governo Federal,

    que deixa de priorizar o desenvolvimento nacional,

    o interesse pblico nacional, com seus parcos

    http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641719/artigo-3-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988

  • investimentos em infraestrutura que impede o pas

    de crescer, para investir em pases vizinhos. O

    art. 3, II da Carta Republicana que mencionamos,

    nos impele por esta melhor hermenutica

    constitucional (nossa interpretao).

    O Governo Federal, na figura da Presidente Dilma

    Rousseff garantiu em encontro presidente Mujica do

    Uruguai, aos 45 minutos do 2 tempo, no ano

    passado (2014), que o BNDES financiar um porto em

    seu pas orado em 1 bilho de dlares. Enquanto

    isso no Brasil... (Fatos!).

    Emprstimos de dinheiro pblico para o exterior

    sem que se perpetre qualquer controle nem do

    Estado-Juiz, nem do Congresso Nacional. A teoria

    do checks and balance, idealmente aplicvel ao

    caso, no informa nossa realidade, que resta

    avessa a maiores controles.

    No so apenas emprstimos internacionais a

    jurus baixos ou que no retornam feitos para

    financiar investimentos de pases vizinhos, no

    Brasil no faltam casos, diramos, interessantes

    para estudos... A JBS/Friboi tornou-se a gigante

    das carnes no pas com 10 bilhes do BNDES. Alis,

    um dos emprstimos no valor de 8 bilhes o BNDES

    obstruiu auditoria que seria feita pelo TCU.

    Eike Batista, de quem j se articulou, foi outro

    grande beneficirio do BNDES. Hoje completamente

    quebrado j pegou bilhes (no sabemos precisar

    quanto) em emprstimos, a juros de 5%, quando o

    BNDES para emprest-lo pagava juros de 11%

    poca. Fato que o banco passou a se abastecer

    com dinheiro do Tesouro: foram R$ 450 bilhes nos

    ltimos cinco anos (at 2014), sendo que os

    recursos do Tesouro so pagos taxa Selic, que

    estava em 11% ao ano, enquanto o BNDES cobrava

    mdicos 5% para emprest-lo aos protegidos do

    sistema. Foram R$ 30 bilhes de subsdio/ano.

    Crescimento Brasil e PIB so alguns reflexos

    desses desacertos, que diramos minimamente de

    fundo tico...

  • Com a bilionria evaso de dinheiro pblico da

    Petrobras lembremos que em 2009, por exemplo, o

    BNDES investiu 25 bilhes para apoio no programa

    de investimentos da Petrobras, quando

    perguntamos: Onde foram parar esses 25 bilhes?

    Nas mos de doleiros? Demonstre BNDES.

    A Sete Brasil pode estar perto de receber um

    emprstimo-ponte de 800 milhes de reais de um

    consrcio de bancos comerciais liderado pelo Banco

    do Brasil, enquanto aguarda um aporte bilionrio

    do Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e

    Social (BNDES) em torno de 3,1 bilhes de reais,

    informaram duas fontes agnciaReuters. O

    objetivo aliviar o caixa da maior fornecedora de

    sondas para a Petrobras no pr-sal, que precisa

    honrar compromissos financeiros equivalentes a 4

    bilhes de dlares nos prximos meses. Quem ir

    controlar, fiscalizar para onde ir esse

    bilionrio aporte de dinheiro do Tesouro Nacional?

    Se tudo continuar na forma que est ningum, o TCU

    encontra-se politicamente impedido.

    Explicando melhor: Para apoiar o BNDES, o Tesouro

    emite ttulos da dvida pblica remunerados pela

    taxa bsica de juros (a Selic, atualmente em

    12,25% ao ano) e aporta a quantia no banco. Este,

    por sua vez, ao receber esses recursos,

    compromete-se a quitar a dvida com o governo no

    em conformidade com as taxas de mercado, mas sim a

    valores inferiores. Em resumo, o Tesouro tem

    prejuzo neste tipo especfico de transao e a

    manuteno desse subsdio implica aumento do gasto

    pblico. O governo tenta esconder generosos

    subsdios concedidos a empresas mediante o

    suprimento de recursos pblicos ao BNDES.

    Lembramos que, quando se fala de dinheiro pblico,

    inafastvel o completo atendimento ao princpio

    da Transparncia, e no defenestr-lo como se tem

    feito nos ltimos anos.

    Nos termos que relatamos quando abrirmos a caixa

    de pandora do BNDES, quando investigarmos as

    operaes das empreiteiras que trabalham para o

  • Governo Federal, a fundo, perceberemos que

    notveis brasileiros possuem mais riquezas em

    contas fantasmas em parasos fiscais que o prprio

    tesouro Brasil com a sua sobra... (Como os fatos e

    a ausncia de transparncia nos facultado

    racionalmente conjecturar com as probabilidades).

    Daqui a algumas dcadas, caso os livros de

    histria tenham a oportunidade de retratar a

    nossa realidade desta ltima dcada, realidade que

    se protrair no tempo enquanto dominados pelo

    atual sistema, veremos que o Brasil voltou a ser

    uma colnia de explorao, apenas mais sofisticada

    que o modelo portugus de 1500 (aqui fizemos um

    exerccio de futurologia pautado em fatos e nas

    experincias da vida).

    Vale notar que o Governo mantm Luciano Coutinho

    frente do BNDES e gestores alinhavados poltica

    ideolgica do Governo na Caixa (CEF) e no Banco do

    Brasil (BB), passando-nos a mensagem de que nada

    pode mudar.

    Enfim, o papel desenvolvimentista do BNDES, como

    observou Giambiagi (2009) est envolto em

    controvrsias/polmicas, muitas vezes contaminadas

    pelo vis ideolgico dos debatedores. O tema tem

    sido muito pouco discutido em profundidade

    contam-se nos dedos as teses acadmicas sobre o

    assunto pelo fato de o BNDES fechar-se em copas

    como verdadeira caixa de pandora. Desta

    perspectiva, seria interessante investigar em

    profundidade esse excesso de autonomia da

    Instituio para cobrar do empresariado eleito

    metas de desempenho e cumprimento das regras

    contratuais estipuladas (mormente se o negcio der

    errado). Dinheiro pblico, contratos

    transparentes! A ao deve ser daqui em diante e

    para o passado!

    O Brasil precisa voltar a ter a corrupo como uma

    exceo que promova indistintas punies e no

    mais como a regra imbricadora de certeiras

    impunidades.