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Para as questões de 20 a 24, leia o texto abaixo, letra de música de Alceu Valença:
SOLIBAR
Sei dos pingos da goteiraBatucando no passadoE sei que as cinzas da fogueiraNão recomporão os galhosDia sim e dia nãoDói a minha solidãoEu tô ficando aperreado
São trinta copos de choppSão trinta homens sentadosTrezentos desejos presosTrinta mil sonhos frustradosNo bar “Savoy” na SertãNo “Luna” bar no LeblonVejo a tristeza do gado
QUESTÃO 20 (Descritor: interpretar um texto poético)
Assunto: Modernismo
São interpretações possíveis para o texto acima, EXCETO:
a) O título relaciona solidão a bar, representando que o eu-lírico, mesmo em lugares de confraternização, se sente só e percebe a solidão a sua volta.
b) A primeira estrofe representa que o passado não há como ser recomposto e isto, associado à solidão, angustia o eu-lírico.
c) O eu-lírico mostra que é só através do álcool, do apoio dos amigos de bar, que consegue satisfazer-se, anulando a solidão e a angústia.
d) A gradação (trinta, trezentos e trinta mil) representa que o problema da angústia, da solidão, não tem solução, que ele se amplia, ao invés de ser solucionado.
e) O eu-lírico busca relacionar um mundo citadino a uma linguagem mais regional, mais coloquial a fim de tornar seu texto mais espontâneo.
QUESTÃO 21 (Descritor: reconhecer características típicas de uma escola literária)
Assunto: Poesia modernista
Mesmo considerando que o texto de Alceu Valença seja atual, podemos encontrar elementos que nos remetem ao Modernismo. Todas as alternativas abaixo apresentam características modernistas presentes na letra de música, EXCETO:
a) o uso de neologismo, como no título “solibar”.
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b) a preocupação com o emocional do ser humano.c) a representação de um fato cotidiano.d) o uso de linguagem coloquial / regional.e) a rejeição à estética do passado.
As questões de 22 a 24 referem-se ao texto abaixo, retirado da obra Manuelzão e Miguilim, de Guimarães Rosa.
(...) — Escuta, Muiguilim, uma coisa você me perdoa? Eu tive inveja de você, porque o Papaco-o-Paco fala Miguilim me dá um beijim... e não aprendeu a falar meu nome... “O Dito estava com jeito: as pernas duras, dobradas nos joelhos, a cabeça dura na nuca, só para cima ele olhava. O pior era que o corte do pé ainda estava doente, mesmo pondo cataplasma doía muito demorado. Mas o papagaio tinha de aprender a falar o nome do Dito! — “Rosa, Rosa, você ensina Papaco-o-Paco a chamar alto o nome do Dito?” ” — Eu já pelejei, Miguilim, porque o Dito mesmo me pediu. Mas ele não quer falar, não fala nenhum, tem certos nomes assim eles teimam de não entender...”
QUESTÃO 22 (Descritor: interpretar um texto literário em prosa).
Assunto: Prosa modernista
Os diminutivos e a pontuação, no texto do escritor mineiro Guimarães Rosa, contribuem para criar uma linguagem:
a) descuidada;b) lógica;c) erudita;d) afetiva;e) enxuta.
QUESTÃO 23 (Descritor: interpretar um texto literário em prosa)
Assunto: Prosa modernista
Podemos afirmar, de acordo com o texto, que:
a) Rosa pelejou para ensinar o papagaio a falar o nome dela.b) o papagaio não conseguia falar nome algum porque estava doente.c) o Dito tinha jeito para ensinar o papagaio a falar. d) a Rosa tinha inveja de Miguilim porque o papagaio falava o nome dele.e) o Dito e o Miguilim pediram à Rosa que ensinasse o papagaio a falar o nome de Dito.
QUESTÃO 24 (Descritor: interpretar um texto literário em prosa)
Assunto: Prosa modernista
O texto reproduz uma cena de convívio familiar, onde se evidencia:
a) indiferença de Miguilim.b) remorso do Dito.c) docilidade do papagaio.d) preguiça de Rosa.e) insensibilidade do autor.
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I) QUESTÕES ABERTAS
As questões 25 e 26 referem-se aos quadrinhos abaixo.
QUESTÃO 25 (Descritor: interpretar um texto imagético)
Assunto: Intertextualidade
O título dos quadrinhos, “os zeróis” , além de ser um neologismo, apresenta uma estreita relação com a linguagem oral e atribui uma crítica aos heróis. REDIJA um parágrafo, EXPLICITANDO que crítica está expressa no título.
QUESTÃO 26 (Descritor: interpretar um texto imagético a partir da intertextualidade)
Assunto: Intertextualidade
REDIJA um parágrafo COMPARANDO tanto o personagem de Ziraldo ao Super-Homem original quanto a típica fala de ambos: “Isto é mais um trabalho para o Super-Homem”, ESTABELECENDO assim o tipo de relação intertextual que há entre os dois.
QUESTÃO 27 (Descritor: analisar as características de um texto literário em oposição a um estilo de época)
Assunto: Modernismo e parnasianismo
Que eu hei de amar...
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Essa que eu hei de amar perdidamente um dia,será tão loura, e clara, e vagarosa, e bela,que pensarei que é o sol que vem pela janela,trazer luz e calor a esta alma escura e fria.
E, quando ela passar, tudo o que eu não sentiada vida há de acordar no coração que vela...E ela irá como o sol, e eu irei atrás delacomo sombra feliz... Tudo isso eu me dizia,
quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro,e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ourodo poente, me dizia adeus, como um sol triste...
E falou-me de longe: “Eu passei a teu lado,Mas ias tão perdido em teu sonho dourado,Meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!
O texto acima, de Guilherme de Almeida, é representativo de uma escola literária que apresenta características opostas às das obras dos primeiros modernistas brasileiros. A partir da leitura do poema dado e da percepção da estética do mesmo, REDIJA um parágrafo ESTABELECENDO quais aspectos do texto os primeiros modernistas se opuseram.
QUESTÃO 28 (Descritor: analisar a construção do humor e da ironia em um texto)
Assunto: Prosa contemporânea
Observe o trecho abaixo, retirado da obra A eterna privação do zagueiro absoluto, de Luis Fernando Verissimo:
“Sexo e futebol” só são diferentes, mesmo, em duas coisas. No futebol não pode usar as mãos. E o sexo, graças a Deus, não é organizado pela CBF”. (p.26)
Com base nesse fragmento, extraído da crônica “Sexo e futebol”, REDIJA um texto, DEMONSTRANDO como o humor aí se constrói através dos recursos da analogia e da ironia conjugados por Verissimo.
QUESTÃO 29 (Descritor: avaliar o efeito de sentido conseqüente do uso de recursos poéticos)
Assunto: Poesia contemporânea
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Leia atentamente os trechos do poema abaixo, retirados da parte da obra contemporânea A roda do mundo, de autoria de Ricardo Aleixo, que retrata os orixás:
OGUM Ele avançae até a terra treme.
(...)
Alguém algum diafalou enquanto ele falasse?
(...)
Rei de Irê.Rei que rido ferroestorricandoo falo do machoe a xotada fêmea.
(...)
Ogum Onirê, meu marido.
Alguémalgum diaouviu sua voz suave?
Ogum, rei da cidade de Irê, representa o orixá da agricultura, da guerra e da metalurgia. Observe a utilização da aliteração e da assonância ao longo dos trechos do poema e REDIJA um parágrafo, ANALISANDO os efeitos de sentido conseguidos com esses recursos, na caracterização do orixá Ogum.
Para responder as questões de 30 a 40, leia os quatro poemas abaixo.
IMocidade e Morte
Morrer — é ver extinto dentre as névoasO fanal, que nos guia na tormenta:Condenado — escutar dobres de sino,Voz da morte, que a morte lhe lamenta —Ai! Morrer — é trocar astros por círios,Leito macio por esquife imundo,
Trocar os beijos da mulher — no viscoDa larva errante no sepulcro fundo.
Ver tudo findo... só na lousa um nome,Que o viandante a perpassar consome.
Castro Alves
IIÚltimos Momentos
No seu olhar pintavam-se os terroresQue a morte gera, e a palidez tingiaSeu semblante ,molhado de agoniaDerradeira nos gélidos suores...
E ai! quando ouvi-lhe no último momento,Seu lamento final, convulso, aflito,Foi-me um gládio de dor esse lamento;
E atravessou-me o seio, como um grito Que fúnebre, retumba de com convento,
Nas abóbadas negras de granito...
Raimundo Correia
IIIMúsica da Morte
A música da morte, a nebulosa,estranha, imensa música sombria,passa a tremer pela minh’alma e friagela, fica a tremer, maravilhosa...
Onda nervosa e atroz, onda nervosa,letes sinistro e torvo da agonia,recresce a lancinante sinfoniasobe, numa volúpia dolorosa...
Sobe, recresce, tumultuando e amarga,tremenda, absurda, imponderada e larga,de pavores e trevas alucina...
E alucinado, e em trevas delirando,como um ópio letal, vertiginando,os meus nervos, letárgica, fascina...
Cruz e Souza IVConsoada
Quando a indesejada das gentes chegar
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(não sei se dura ou caroável),talvez eu tenha medo.Talvez sorria, ou diga:
— Alô, iniludível!O meu dia foi bom, pode a noite descer.(A noite com os seus sortilégios.)Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,a mesa posta,com cada coisa em seu lugar.
Manuel Bandeira
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QUESTÃO 30 (Descritor: comparar textos poéticos de estilos diferentes)
Assunto: Estilos de época (Romantismo)
A morte é um tema comum a praticamente todas as tendências literárias. Porém é tratada de forma diversa em cada época e estilo adotado. Pelo enfoque do primeiro texto, REDIJA um parágrafo, apontando o que há nele que possa ser considerado romântico. JUSTIFIQUE sua resposta com exemplos retirados do poema.
QUESTÃO 31 (Descritor: comparar textos poéticos de estilos diferentes)
Assunto: Estilos de época (Parnasianismo e Romantismo)
REDIJA um pequeno texto APONTANDO as características do segundo texto que poderiam enquadrá-lo como pertencente ao Parnasianismo e CONTRAPONHA-O ao primeiro.
QUESTÃO 32 (Descritor: comparar textos poéticos de estilos diferentes)
Assunto: Estilos de época (Parnasianismo e Simbolismo)
Parnasianismo e Simbolismo são estéticas que ocorreram praticamente na mesma época. Porém, apesar das semelhanças, são distintas entre si. REDIJA um breve texto APONTANDO as características do terceiro texto que poderiam enquadrá-lo como pertencente ao Simbolismo e COMPARE-O ao segundo.
QUESTÃO 33 (Descritor: comparar textos poéticos de estilos diferentes)
Assunto: Estilos de época (Romantismo e Modernismo)
Considerando que os poetas românticos iniciaram uma certa liberdade rímica e os modernos a concretizaram, REDIJA um pequeno texto APONTANDO as características do último texto que poderiam enquadrá-lo como pertencente ao Modernismo e COMPARE-O ao primeiro, em relação à utilização das rimas.
QUESTÃO 34 (Descritor: comparar textos poéticos de estilos diferentes)
Assunto: Estilos de época (Romantismo e Modernismo)
REDIJA um pequeno texto COMPARANDO a visão que se tem da morte no poema romântico (o primeiro) e no poema moderno (o último).
QUESTÃO 35 (Descritor: avaliar o emprego de recursos poéticos)
Assunto: Estilos de época (Simbolismo)
Na primeira estrofe do terceiro poema há um entrecruzamento de sentidos, que chamamos de sinestesia, TRANSCREVA a sinestesia empregada e ANALISE o efeito de sentido da mesma.QUESTÃO 36 (Descritor: avaliar o emprego de recursos poéticos)
Assunto: Estilos de época (Modernismo)
Bandeira chama a morte de “a indesejada das gentes”. REDIJA um parágrafo DEFININDO que figura de linguagem é esta e ANALISE o efeito de sentido da mesma.
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QUESTÃO 37 (Descritor: avaliar o emprego de recursos poéticos)
Assunto: Estilos de época (Modernismo)
“Dura ou caroável” é uma antítese, já que os termos se opõem, trazendo o sentido de que a morte pode ser sentida como algo sofrido ou não, terrível ou suave. REDIJA um pequeno texto APONTANDO outra antítese no texto de Bandeira e ANALISE o efeito de sentido da mesma.
QUESTÃO 38 (Descritor: avaliar o emprego de recursos poéticos)
Assunto: Estilos de época (Modernismo)
Bandeira também afirma, em seu poema, que a morte “encontrará lavrado o campo, a casa limpa, / a mesa posta, / com cada coisa no seu lugar.” Isso reflete um estado de espírito. REDIJA um parágrafo DEFININDO que estado de alma é esse.
QUESTÃO 39 (Descritor: identificar textos poéticos de estilos diferentes)
Assunto: Estilos de época (Romantismo, Parnasianismo, Simbolismo e Modernismo)
Podemos afirmar que cada um dos textos pode ser identificado com as seguintes percepções: o sentido físico da morte, a observação da mesma, o desespero perante ela e a conformação. ASSOCIE cada um dos poemas com uma das percepções apontadas.
QUESTÃO 40 (Descritor: identificar textos poéticos de estilos diferentes)
Assunto: Estilos de época (Romantismo, Parnasianismo, Simbolismo e Modernismo)
Dentre os quatro poemas lidos, apenas um se aproximaria mais do coloquialismo, com um discurso irônico.REDIJA um pequeno texto APONTANDO qual seria este poema. JUSTIFIQUE sua resposta
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